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Quase um ano após a tentativa de golpe de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão de 66 indivíduos, das mais de duas mil pessoas detidas por causa do ato. Dentre os reclusos, oito já foram condenadas pelo STF; 33 foram denunciadas como executoras dos crimes praticados; e, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), 25 pessoas seguem presas até a conclusão de diligências em andamento, elas estão sendo investigadas por financiamento ou incitação dos crimes.

Paulatinamente, foram concedidas diversas liberdades provisórias. Entre fevereiro e março, a maioria dos suspeitos foi posta em liberdade, mediante pedido da PGR. Nos meses abril a junho, novas liberdades provisórias foram concedidas, e permaneceram presas 283 pessoas.

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Em julho, após o término das audiências de instrução, mais 166 passaram a responder em liberdade, e 117 permaneceram presas. De setembro a dezembro, outros 61 acusados de participarem dos atos obtiveram liberdade provisória.

Julgamentos

A Suprema Corte já julgou e condenou 30 pessoas por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Ainda faltam 200 denunciados para serem julgados.

Em seus pareceres, os ministros do STF enfatizaram que a democracia brasileira correu risco real diante da ação dos condenados. Segundo os magistrados, os criminosos visavam claramente o impedimento ou a restrição do exercício dos poderes constitucionais, com uso de violência e depredação do patrimônio público.

Primeiros atos

Horas após os ataques, a então presidente do STF, ministra Rosa Weber, manifestou o compromisso do Poder Judiciário em assegurar a responsabilização integral dos envolvidos. "O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos", afirmou.

Neste mesmo dia, 243 pessoas foram presas dentro dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes, durante ação da polícia para retomar o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo.

Além disso, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que também determinou o encerramento, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações de unidades militares, e, também, da apreensão de ônibus que trouxeram os vândalos para Brasília.

Dia seguinte

No outro dia, mais 1.927 foram presas e conduzidas à Academia Nacional de Polícia. Dessas, 775 foram liberadas (idosos e mães de crianças menores, entre outros), e 1.152 permaneceram presas. Após exame dos flagrantes (audiências de custódia), 938 permaneceram presas.

Atendendo a um pedido formulado pelo diretor-geral da Polícia Federal, o ministro determinou a prisão preventiva de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), e do coronel Fábio Vieira, comandante da Polícia Militar do DF na época, por condutas omissivas dolosas que teriam, em tese, contribuído para a prática dos atos terroristas.

Foram abertos inquéritos para apurar as condutas tanto de Ibaneis quanto de Torres no dia dos atos extremistas. No dia 14 de janeiro, Anderson Torres foi preso por ordem da Suprema Corte.

Acordos

Para os que estavam acampadas em frente aos quartéis e incitaram a tentativa de golpe de Estado, mas não participaram diretamente da invasão da Praça dos Três Poderes, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a tramitação de 1.113 ações penais referentes ao dia 8 de janeiro para que a PGR avalie a possibilidade de negociar Acordo de Não Persecução Penal (ANPP). No último mês, o magistrado validou 38 destes acordos.

Para que o ajuste entre o Ministério Público e a pessoa investigada seja possível é necessário que o investigado confesse a prática dos crimes e cumpra determinadas condições. O acordo tem de ser validado por um juiz e, se for integralmente cumprido, é decretado o fim da possibilidade de punição.

Neste caso, além de confessar os crimes, os réus devem se comprometeram a prestar 300 horas de serviços à comunidade ou a entidades públicas, a não cometer delitos semelhantes nem serem processados por outro crime ou contravenção penal e a pagar multa. Eles também terão de participar, presencialmente, de um curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

A polícia de Israel anunciou a detenção de mais de 350 pessoas durante confrontos violentos na madrugada de quarta-feira (5) na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, ao mesmo tempo que o movimento Hamas convocou os palestinos a comparecer ao local para defender o emblemático templo muçulmano.

Os confrontos coincidem com as celebrações do Ramadã muçulmano e da Páscoa judaica, em um clima de grande tensão entre israelenses e palestinos desde o início do ano.

O movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, denunciou um "crime sem precedentes" e convocou os palestinos da Cisjordânia ocupada "a comparecer em massa à mesquita de Al Aqsa para defendê-la".

O templo fica na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Sagrada ocupado e anexado por Israel.

A Esplanada está construída sobre o que os judeus chamam de Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.

O ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, afirmou que "o nível de brutalidade (da polícia israelense) exige uma ação urgente palestina, árabe e internacional".

A Jordânia, que administra os locais sagrados muçulmanos de Jerusalém, condenou o "ataque" à mesquita e pediu às forças israelenses que se retirem imediatamente. A Arábia Saudita afirmou que "rejeita categoricamente" as ações que violem "os princípios e normas internacionais de respeito aos locais sagrados".

Explosões

A polícia israelense divulgou um vídeo que mostra explosões do que pareciam ser fogos de artifício dentro do santuário e o que parecem ser pessoas atirando pedras.

Em outro vídeo da polícia, agentes da tropa de choque avançam em direção à mesquita e usam escudos como proteção aos disparos de foguetes.

As imagens mostram uma porta cercada por barricadas, fogos de artifício em um tapete e a polícia retirando pelo menos cinco pessoas algemadas.

Em um comunicado, a polícia denuncia a ação de "vários jovens criminosos e agitadores mascarados que entraram com fogos de artifício, pedaços de pau e pedras" na mesquita.

"Os líderes ficaram entrincheirados dentro da mesquita durante várias horas (após a última oração vespertina) para perturbar a ordem pública e profanar a mesquita, enquanto gritavam frases que incitavam o ódio e a violência", acrescenta a nota.

"A polícia foi obrigada (a intervir) para desalojá-los e permitir que ocorressem (as primeiras orações do amanhecer) e evitar distúrbios violentos", destacou a força de segurança.

"Ação determinada"

O ministro israelense da Segurança Interna, Itamar ben Gvir, acusou os palestinos que foram retirados da mesquita de tentativa de "ferir e matar policiais, e ferir cidadãos israelenses". Ele elogiou a "ação rápida e determinada" da polícia.

Após os confrontos em Al-Aqsa, vários foguetes foram disparados a partir do norte da Faixa de Gaza em direção ao território de Israel.

Em represália, o exército israelense executou ataques aéreos contra o que afirmou que eram instalações militares do Hamas na Faixa de Gaza, onde dezenas de pessoas haviam protestado horas antes. Os manifestantes queimaram pneus e prometeram "defender e proteger a mesquita de Al-Aqsa.

O ministério das Relações Exteriores do Egito condenou a "entrada da polícia israelense na mesquita de Al Aqsa e a agressão contra os fiéis".

O conflito palestino-israelense ficou ainda mais tenso nos últimos meses, após a posse em dezembro de um dos governos mais à direita da história de Israel.

A violência provocou quase 110 mortes desde janeiro e foi retomada no fim de semana passado, após uma calma relativa que era observada desde o início do Ramadã, em 23 de março.

Três pessoas foram detidas no Japão por uma série de brincadeiras anti-higiênicas em restaurantes com esteiras giratórias de sushi, uma questão que provocou indignação nas redes sociais.

A polícia acusou os três jovens de "obstrução de negócios" contra um grande restaurante da rede Kura Sushi, que recebeu muitas queixas de clientes depois que os vídeos com as ações anti-higiênicas viralizaram na internet.

Um vídeo mostra um integrante do trio tirando um pedaço de sushi de um prato e colocando inteiro na boca, antes de beber molho de soja diretamente da garrafa dividida pelos clientes.

Vídeos similares gravados em vários restaurantes foram divulgados no mês passado em redes sociais como Twitter e TikTok, ações que foram chamadas de "terrorismo do sushi".

Em um dos vídeos, um jovem lambe uma garrafa de molho de soja e a borda de um copo, depois o coloca de volta na esteira giratória.

Um porta-voz da polícia afirmou à AFP nesta quinta-feira (9) que três pessoas foram detidas na região de Aichi: uma adolescente de 15 anos e dois jovens de 21 e 19.

A ação dos jovens obrigou os funcionários do Kura Sushi a realizar uma limpeza de emergência, o que dificultou a operação normal do restaurante, segundo o policial.

As detenções são as primeiras do caso, que provocou indignação no Japão, um país conhecido por seus rígidos padrões de higiene e limpeza.

Embora nenhuma acusação tenha sido apresentada oficialmente, "a obstrução de negócios" pode resultar em penas de até três anos de prisão no Japão.

A empresa que administra a rede Kura Sushi, com quase 500 estabelecimentos no Japão, elogiou as detenções e acredita que servirão para dissuadir imitadores no futuro.

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Dois domingos após os atos golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, praticamente metade dos extremistas que foram detidos pelas forças policiais já não está detida na prisão.

O Estadão fez um levantamento levando em conta o número total de detentos registrados, aquelas que seguem vigentes e as que tiveram autorizações de saída com uso de tornozeleira eletrônica, além das primeiras liberações feitas sem a realização prévia de depoimentos, ou seja, sem a tomada das "oitivas" pela Polícia Federal.

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Após os atos do dia 8 de janeiro, 1.984 pessoas chegaram a ser detidas pelas forças policiais, englobando os golpistas presos em flagrante na Praça dos Três Poderes e os que já tinham se deslocado para o acampamento na frente do Quartel General do Exército.

Hoje, deste total, 1.030 permanecem nas celas do Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina, a "colmeia", do Distrito Federal, ou seja, outras 954 pessoas já foram liberadas.

O balanço se baseia em informações oficiais da Corregedoria Nacional de Justiça e da Secretaria Penitenciária do Distrito Federal. Conforme os dados, 355 pessoas chegaram a passar pela triagem da Polícia federal e foram encaminhadas para as penitenciárias, mas já deixaram as celas e foram para casa, utilizando tornozeleiras eletrônicas. Esse número, que tem aumentado, será atualizado nos próximos dias.

Outras 599 pessoas foram libertadas ainda entre os dias 8 e 11 de janeiro, sem passarem por audiências com Justiça, por "questões humanitárias". Esse primeiro grupo, que teve suas informações coletadas pela polícia, inclui idosos, pessoas com problemas de saúde, mães acompanhadas de crianças e outras em situação de rua.

Entre as 1.030 pessoas que seguem presas em Brasília, 658 são homens e estão na Papuda. Na colmeia estão 372 mulheres até a tarde deste domingo, 22.

O ministro Alexandre de Moraes decretou que, aqueles que forem liberados com o uso de tornozeleira eletrônica, estão proibidos de fazerem de uso de redes sociais. Foi determinado ainda o cancelamento de passaportes e a suspensão do porte de arma e de "certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça".

As primeiras liberações com tornozeleiras começaram a ocorrer nesta quinta-feira, 19, conforme informações da Secretaria Penitenciária do DF. Cada equipamento demora cerca de uma hora para ter a instalação concluída, porque precisa passar por testes e checagem.

Conforme revelou o Estadão, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e a Defensoria Pública da União (DPU), órgãos que prestam serviços gratuitos de defesa para detentos, vão apresentar um pedido para que os golpistas que estão presos em penitenciárias do DF sejam transferidos para cadeias de seus Estados de origem.

Esse requerimento já foi tema de conversa com a Secretaria Penitenciária do DF e que um documento deve ser formalizado nos próximos dias. A medida deve se concentrar nos golpistas que já passaram por audiência de custódia, ou seja, já prestaram depoimentos com suas defesas ao juiz, e que tiveram a prisão preventiva decretada. Essa decisão final tem sido dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Reportagem publicada na quinta-feira, 19, pelo Estadão revelou ainda os detalhes da rotina dos golpistas desde que chegaram às dependências do Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a "colmeia", destinada às mulheres. As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino, há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens. O jeito é lançar o colchão fino no chão e procurar algum canto para se acomodar.

O dia a dia inclui banhos de chuveiro frio, noites sobre um colchão fino lançado no chão e o mau cheiro que escapa dos banheiros, com "vasos turcos" no chão, um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo.

Os pedidos de transferência já são uma realidade no sistema prisional e o volume atual de solicitações que não foram atendidas dá uma ideia da dificuldade de se fazer esse trabalho. Hoje existem 140 pedidos de transferência de presos anteriores aos golpistas e que já passaram por análise de juízes e foram aprovados. Na prática, no entanto, essa fila não andou e todos permanecem nas carceragens da capital federal.

Cerca de 1,2 mil pessoas foram detidas diante do quartel-general do Exército em Brasília nesta segunda-feira (9), em função dos distúrbios promovidos por bolsonaristas no último domingo (8).
De acordo com a Globo News, os extremistas foram detidos pela Polícia Federal e estão sendo levados para a sede da corporação em pelo menos 40 ônibus.
A desmobilização do acampamento foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou em sua decisão que "nada justifica" a existência de concentrações cheias de "terroristas".
Membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consideram que esse acampamento era uma "incubadora" dos atos de violência vistos na capital federal desde o ano passado.
George Washington de Oliveira, acusado de planejar um atentado terrorista em Brasília na véspera de Natal, frequentava o acampamento em frente ao QG do Exército, assim como muitos dos vândalos que promoveram quebra-quebra no Congresso Nacional, no STF e no Palácio do Planalto.
O acampamento foi montado para protestar contra a vitória de Lula nas eleições de 2022 e pedir um golpe militar para subverter o resultado das urnas.

A PF agora deve investigar quem eram os financiadores da concentração e da insurreição de domingo. 

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*Da Ansa

A polícia russa deteve nesta quinta-feira (24) em várias cidades mais de 800 pessoas por participarem de manifestações contra a guerra na Ucrânia, segundo a ONG de direitos humanos OVD-info.

A organização afirma que pelo menos 788 pessoas foram detidas em 42 cidades, metade delas em Moscou, onde a AFP testemunhou dezenas de detenções na praça Puskhin, no centro da capital russa.

A Rússia possui uma legislação severa para o controle das manifestações, que costumam culminar com muitas detenções. As autoridades russas ameaçaram nesta quinta-feira reprimir qualquer manifestação "não autorizada" relacionada à "situação tensa sobre política externa".

Vários ativistas pediram à população nas redes sociais para desafiar essa ordem e tomar as ruas, depois que o presidente russo Vladimir Putin lançou sua ofensiva contra a Ucrânia na madrugada de hoje.

Cerca de 2.000 pessoas se reuniram na praça central Pushkin em Moscou e cerca de 1.000 na antiga capital imperial São Petersburgo, segundo correspondentes da AFP. Os manifestantes na praça Pushkin gritavam: "Não à guerra!".

"Estou em choque. Meus familiares vivem na Ucrânia", contou Anastasia Nestulya, em Moscou. "O que posso dizer a eles por telefone? Se vão ficar lá?", acrescentou esta mulher russa de 23 anos que, como muitos, afirma ter medo de protestar.

As mesmas reações foram ouvidas em São Petersburgo. "Tenho a sensação de que as autoridades ficaram loucas", afirmou Svetlana Volkova, de 27 anos, que considera que poucas pessoas estão dispostas a se manifestarem na Rússia. "Foram enganados pela propaganda". Um jovem gritava enquanto era detido: "Contra quem vocês lutam? Prendam Putin". 

A invasão russa da Ucrânia ocorre ao mesmo tempo que uma repressão sem precedentes à oposição no país, com muitos de seus líderes mortos, detidos ou forçados ao exílio. O opositor Alexei Navalny, preso desde janeiro de 2021, disse no tribunal, durante um novo julgamento que começou na semana passada, que rejeita a invasão.

"Esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia está sendo travada para encobrir o roubo de cidadãos russos e desviar a atenção dos problemas que existem dentro do país, da deterioração da economia", disse ele, segundo um vídeo publicado pelo canal opositor Dojd.

Dez policiais ficaram feridos e 16 pessoas foram detidas na terça-feira (9) à noite durante confrontos paralelos a uma manifestação contra os recentes "abusos policiais" em um subúrbio de Atenas, informou a Polícia nesta quarta-feira (10).

Entre os policiais feridos, três continuam hospitalizados, segundo nota da Polícia.

Um deles sofreu graves ferimentos na cabeça, mas "sua vida não está em perigo", disse um porta-voz da Polícia à AFP.

De acordo com imagens da televisão, os manifestantes derrubaram o policial de sua motocicleta antes de espancá-lo.

Quase 5.000 pessoas protestaram na terça em Néa Smyrni, a 5 km de Atenas, contra uma intervenção policial no domingo neste distrito. De acordo com imagens que se tornaram virais, um jovem foi espancado por um policial durante um controle das medidas de confinamento, antes de ser hospitalizado e, em seguida, preso.

O jovem, que disse ter sido chutado por outros três policiais presentes no local, gritou "Está doendo", frase que virou hashtag nas redes sociais.

O principal policial envolvido, visto espancando o jovem, foi suspenso de suas funções, segundo uma fonte policial.

O incidente gerou alvoroço no país e a Justiça ordenou uma investigação.

De acordo com um fotógrafo da AFP no local, os confrontos na terça-feira à noite começaram quando cerca de 200 encapuzados caminharam em direção à delegacia de Néa Smyrni, onde atiraram pedras e coquetéis molotov.

A polícia de choque respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água. Cerca de dez latas de lixo foram incendiadas, obrigando os bombeiros a intervir.

Vários carros foram danificados, informou a polícia.

Dezesseis pessoas foram presas e serão apresentadas ao promotor de Atenas nesta quarta-feira.

A polícia denunciou delitos de "tentativa de homicídio", "lesões corporais graves", "violência", "perturbação da paz comum" e "incêndio criminoso".

A oposição de esquerda, jornalistas e advogados denunciaram nos últimos meses inúmeros incidentes de "repressão policial", a pretexto, segundo eles, da fiscalização do cumprimento das medidas de confinamento.

As manifestações de estudantes ou grupos de esquerda se multiplicaram em Atenas e outras cidades gregas.

Mais de 2.000 estudantes - de acordo com um jornalista da AFP -, protestaram em Atenas na tarde desta quarta-feira contra uma lei que cria uma polícia universitária, a primeira na Grécia.

"A repressão não passará", proclamava uma faixa. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o Ministro da Proteção ao Cidadão, chamando-o de "lixo" e "fascista".

A porta-voz do governo conservador, Aristotelia Peloni, acusou nesta quarta o principal partido de oposição de esquerda Syriza de "alimentar a tensão" e "mostrar irresponsabilidade ao apostar no cansaço psicológico de parte da sociedade devido às restrições" para conter a pandemia do coronavírus.

A Grécia atravessa o quinto mês consecutivo de confinamento. A pandemia matou mais de 6.800 pessoas no país, a grande maioria delas desde o início de novembro.

Os militares no poder em Mianmar desde o golpe de Estado ordenaram a libertação de mais de 23.000 prisioneiros nesta sexta-feira (12), após a detenção nos últimos dias de pessoas próximas à chefe de Governo deposta Aung San Suu Kyi e de altos funcionários eleitorais.

As grandes anistias de prisioneiros para liberar espaço em estabelecimentos superlotados são frequentes e anunciados em datas importantes do calendário birmanês. Esta sexta-feira é feriado no país.

"O conselho de administração do Estado (...) suspendeu a pena de 23.314 pessoas detidas em prisões, centros de detenção e campos", anuncia o jornal estatal Global New Light of Myanmar, usando o termo oficial para designar o governo militar birmanês.

O jornal também afirma que 55 presos estrangeiros serão libertados.

As duas ordens têm a assinatura do chefe da junta, o general Min Aung Hlaing.

Não foram divulgados detalhes sobre os prisioneiros liberados.

Aung San Suu Kyi e outras figuras políticas foram detidas durante operações realizadas no dia 1 de fevereiro, quando o exército deu golpe de Estado.

As Forças Armadas denunciam fraude nas eleições de novembro, que o partido de Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), venceu por ampla maioria.

Desde então, a vencedora do Nobel da Paz de 1991 não foi vista em público. De acordo com membros da LND, ela está em prisão domiciliar, mas se encontra "bem de saúde".

Desde o golpe de Estado, o novo regime prendeu mais de 200 pessoas, segundo uma ONG de defesa dos presos políticos.

Entre estas pessoas está o australiano Sean Turnell, assessor econômico do governo derrubado de Aung San Suu Kyi.

A LND confirmou na quinta-feira a detenção de diretores da Comissão Eleitoral,

Além disso, policiais realizaram uma operação esta semana na sede do partido em Yangon.

burs-gle/del/ybl/erl/GM/fp

Cerca de 50 membros da oposição em Hong Kong foram detidos nesta quarta-feira (6) sob a lei de segurança nacional, revelaram duas fontes da polícia à AFP, na maior operação até agora contra os críticos de Pequim.

As prisões somam "quase 50", duas fontes de alto escalão da polícia disseram à AFP, que pediram para permanecer anônimas.

Opositores e membros do partido relataram em suas contas no Facebook e no Twitter pelo menos 21 detenções, a maioria por "subversão".

A operação teve como alvo ex-parlamentares pró-democracia, como James To, Andrew Wan e Lam Cheuk Ting, bem como ativistas mais jovens.

Entre esses mais jovens, duas confirmaram suas prisões via Facebook: Gwyneth Ho, uma ex-jornalista de 30 anos, e Tiffany Yuen, uma vereadora distrital de 27 anos.

Pessoas ao redor de Joshua Wong, uma das figuras mais conhecidas do movimento pró-democracia, atualmente preso, relataram em sua conta no Facebook que sua casa havia sido revistada durante a mesma operação policial. A polícia de Hong Kong não respondeu a perguntas sobre a operação, o número de pessoas presas ou os motivos das prisões.

Segundo dados da oposição, as prisões estão relacionadas às primárias organizadas por partidos pró-democracia no ano passado.

Mais de 600.000 cidadãos de Hong Kong votaram nestas primárias não oficiais, que visavam escolher candidatos para as eleições legislativas de Hong Kong, para uma assembleia em que apenas metade dos 70 assentos são eleitos pelo povo.

O objetivo da campanha era conquistar todas as 35 assentos eleitos e obter a maioria na legislatura pela primeira vez.

Funcionários do poder em Pequim alertaram então que fazer campanha por uma maioria era "subversão" sob a nova lei de segurança. Esta lei foi imposta na cidade no final de junho em resposta às massivas e muitas vezes violentas manifestações pró-democracia de 2019, nas quais milhões de pessoas foram às ruas.

O número de jornalistas detidos no mundo alcança 387 no fim de 2020, dado que praticamente não mudou em 12 meses, apesar do aumento das prisões arbitrárias relacionadas com a crise de saúde, afirma o balanço anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Como em 2019, quando a RSF contabilizou 389 jornalistas detidos pelo exercício da profissão, cinco países concentram mais da metade das prisões (61%), destaca a organização em seu relatório.

A China continua no primeiro lugar da lista, com 117 jornalistas (profissionais ou não) detidos, à frente de Egito (30), Arábia Saudita (34), Vietnã (28) e Síria (27).

"O número de jornalistas detidos em todo mundo permanece em um nível historicamente alto", afirma a RSF.

E as mulheres, "cada vez mais numerosas na profissão, não estão livres", denunciou o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, em um comunicado.

De acordo com o documento, 42 delas "estão privadas da liberdade atualmente", enquanto em 2019 eram 31 nesta situação (+35%).

Dezessete foram presas durante o ano, quatro delas em Belarus, centro de uma repressão sem precedentes desde a reeleição, considerada fraudulenta, de Alexander Lukashenko. Ele governa a ex-república soviética desde 1994.

O balanço destaca ainda o aumento das detenções vinculadas com a crise de saúde, com 14 jornalistas presos por sua cobertura da pandemia, sete deles na China.

A ONG, que criou em março o Observatório 19, dedicado ao tema, registrou "mais de 300 incidentes diretamente relacionados à cobertura jornalística da crise de saúde" entre fevereiro e o fim de novembro, que envolveram quase 450 repórteres.

"As detenções arbitrárias, que representam 35% dos abusos registrados (à frente da violência física, ou psíquica), quadruplicam entre março e maio", indica o documento.

"As leis de emergência, ou as medidas de emergência na maioria dos países para conter a pandemia contribuíram para confinar a informação", explica a RSF.

Além disso, "pelo menos 54 periodistas estão presos atualmente como reféns" na Síria, Iêmen e Iraque, 5% a menos que há 12 meses.

A ONG informou ainda que quatro jornalistas foram declarados desaparecidos em 2020, enquanto em 2019 não foi registrado nenhum novo caso de desaparecimento. Os repórteres afetados são do Oriente Médio, África Subsaariana e América Latina.

Quatro pessoas foram presas por suspeita de recolher parte do dinheiro espalhado nas ruas de Criciúma, em Santa Catarina, na manhã desta terça-feira (1º). As cédulas foram abandonadas por criminosos que explodiram, pelo menos, quatro bancos da cidade na madrugada.

A Polícia Militar (PM) calcula que R$ 810 mil foram recuperados com os moradores detidos. O delegado Ulisses Gabriel explica que eles não integram a quadrilha e desceram de um apartamento nas proximidades de um dos bancos atacados.

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Cerca de 30 homens chegaram em 10 carros e realizaram a investida contra a Tesouraria regional do Banco do Brasil, aponta a Gaúcha ZH. Eles estavam armados com fuzis e chegaram a fazer um 'escudo humano' com funcionários da prefeitura durante a fuga. Até o momento, os criminosos não foram presos.

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Neste sábado (23), o diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Carlos Vasconcellos, e a agente de combate a endemia, Lúcia Pádua, foram conduzidos à 26ª Delegacia de Polícia. Os dois haviam acabado de participar de um protesto que cobrava do governo estadual medidas para proteger a população e garantir equipamentos de proteção de individual necessários ao profissionais de saúde no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Segundo o jornal O Globo, a manifestação ocorreu por volta das 10h20, reunindo cerca de 15 pessoas na praça de pedágio da Linha Amarela e durou cerca de 20 minutos, sem que houvesse obstrução do trânsito.

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De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Carlos Vasconcellos e Lúcia Pádua foram autuados no artigo 268 do código penal (“infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”) e, em seguida, liberados. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal - Jecrim.

Segundo a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ), a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ chegou a comparecer na 26ª DP para acompanhar o caso. “Não a criminalização dos que lutam”, afirmou a parlamentar.

A polícia de Hong Kong anunciou nesta segunda-feira (11) a prisão de 230 pessoas, incluindo um garoto de 12 anos, durante o fim de semana, nos primeiros protestos políticos no território desde o início da pandemia de coronavírus.

Nesse contexto, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, favorável ao poder de Pequim, prometeu nesta segunda-feira uma reforma educacional, por considerar que o sistema atual contribui para alimentar o movimento pró-democracia, que no ano passado abalou este território chinês.

"Com relação à maneira, no futuro, de abordar o ensino da disciplina de 'estudos liberais' [uma disciplina de cultura geral para desenvolver o espírito crítico], vamos esclarecer as coisas antes do final do ano", disse ela em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal "Ta Kung Pao", também favorável a Pequim.

No domingo, dois dias após o levantamento, entre outros, da proibição da reunião em razão do coronavírus, a polícia de choque dispersou manifestantes que se reuniram em vários shopping centers no distrito de Mong Kok, usando spray de pimenta e cassetetes.

Segundo autoridades médicas, 18 pessoas ficaram feridas.

Em meio a novas tensões políticas, as declarações de Lam podem provocar a raiva dos militantes pró-democracia de Hong Kong, que temem que Pequim reduza as liberdades que o território possui.

Com o apoio de Pequim, o governo de Lam está tentando aprovar uma lei para sancionar ofensas contra o hino nacional chinês. Várias personalidades próximas ao poder pedem, por sua vez, uma lei contra a sedição.

A nova legislação visa a coibir o movimento cada vez mais amplo, particularmente entre os jovens, em favor da democracia e por mais autonomia da China.

A oposição acredita que essas leis reduzirão a liberdade de expressão.

As escolas e universidades de Hong Kong estão entre as melhores da Ásia, e o ensino tem uma liberdade que não existe na China continental.

Os cursos de cultura geral foram introduzidos em 2009, e as escolas podem escolher como ensiná-los.

É por isso que eles se tornaram objeto de críticas da mídia oficial chinesa e de políticos pró-Pequim, que exigem uma educação mais patriótica.

Em sua entrevista, Lam diz que essas aulas permitem que os professores promovam suas posições políticas e que elas precisam ser observadas mais de perto pelo governo.

Entre junho e dezembro de 2019, Hong Kong passou por grandes manifestações, acompanhadas de confrontos entre ativistas e policiais para denunciar a influência de Pequim.

Mais de 8.000 pessoas foram presas. Em torno de 17% eram estudantes do ensino médio.

Dezoito deputados montenegrinos da oposição pró-Sérvia foram detidos no Parlamento durante incidentes que eles mesmos causaram para impedir a adoção de uma lei, que segundo a Igreja Ortodoxa da Sérvia significará uma pilhagem de mosteiros e igrejas.

A Igreja Ortodoxa Sérvia (CEP), a principal instituição religiosa em Montenegro, possui centenas de mosteiros e milhares de metros quadrados de terras nesta pequena ex-república da antiga Iugoslávia - que se tornou independente da Sérvia em 2006 -, onde 72% dos 620.000 habitantes são ortodoxos.

A lei, adotada por maioria, prevê a nacionalização dos bens que as igrejas não puderem provar que pertenciam a elas antes de 1918. Nesse ano, Montenegro perdeu sua independência e foi integrado ao reino dos sérvios, croatas e eslovenos.

Os 18 deputados da Frente Democrática (FD), que apoiam as posições da Igreja Sérvia sobre esta lei, estão sendo interrogados, segundo a imprensa local.

Antes da detenção, eles ameaçaram, durante os debates, causar incidentes, até mesmo pegar em armas, se a lei fosse aprovada.

Os deputados opositores pediram a seus apoiadores que bloqueassem estradas em todo o país.

Após a rejeição de suas emendas, os deputados do FD lançaram fogos de artifício na sala do Parlamento e garrafas de plástico, vandalizaram os móveis e os microfones e tentaram atacar fisicamente os deputados da maioria, segundo um fotógrafo da AFP presente em o lugar.

Após os incidentes e a detenção dos legisladores, os deputados adotaram a lei por 45 votos a favor.

O primeiro-ministro Dusko Markovic declarou após a aprovação do texto que esperava que não houvesse "radicalização da situação" no país e condenou os fatos.

A agência britânica de combate ao crime anunciou nesta quarta-feira (16) o desmantelamento de uma das maiores redes que vendiam vídeos de pedofilia on-line, o que levou à prisão de 337 suspeitos em 38 países.

As prisões ocorreram após o desmantelamento de uma página gerenciada na "Dark Web" da Coreia do Sul, onde se "monetizava o abuso sexual de crianças".

Os países em questão incluem Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Coreia do Sul, Alemanha, Espanha e Arábia Saudita, entre outros.

Cinquenta e uma pessoas foram detidas em diversas áreas da Catalunha na madrugada de quarta-feira (16), durante protestos contra a condenação de nove líderes separatistas, anunciou o governo da Espanha.

De acordo com o ministério do Interior, 29 pessoas foram detidas na província de Barcelona, 14 em Tarragona e oito em Lleida. Além disso, 54 policiais regionais e 18 policiais nacionais ficaram feridos. Alguns deles sofreram fraturas, de acordo com o ministério.

O centro de Barcelona foi cenário de uma batalha campal entre a polícia e independentistas. Várias ruas foram bloqueadas por barricadas em chamas e algumas amanheceram fechadas em consequência da destruição.

No total, 40.000 pessoas participaram na manifestação de Barcelona antes dos confrontos entre centenas de manifestantes, alguns deles com os rostos cobertos, e policiais, que tentaram dispersar a multidão à força.

Também foram registrados confrontos nas cidades de Girona, Tarragona e Lleida, onde foram organizadas concentrações diante das respectivas sedes das delegações do governo espanhol.

Após quatro meses de julgamento e outros quatro de deliberação, os juízes do Tribunal Supremo condenaram na segunda-feira, por sedição, nove dos 12 líderes catalães processados a penas de entre nove e 13 anos de prisão.

Os protestos devem prosseguir nesta quarta-feira e uma greve geral foi convocada para sexta-feira na Catalunha.

Várias figuras importantes do movimento pró-democracia de Hong Kong foram detidas nesta sexta-feira, incluindo Joshua Wong e um deputado, uma operação denunciada por associações como uma tentativa da China de amordaçar a oposição após a proibição de uma nova grande manifestação programada para sábado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticado no momento por uma aparente indulgência em relação às autoridades comunistas, pediu à China nesta sexta-feira que administre os protestos pró-democracia em Hong Kong com "humanidade".

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"Eles têm uma posição muito forte. Não acredito que ninguém já tenha visto passeatas com dois milhões de pessoas", disse Trump sobre as manifestações em Hong Kong.

A região semiautônoma enfrenta há quase três meses a crise mais grave desde sua devolução, por parte do Reino Unido, à China em 1997, com manifestações quase diárias, incluindo algumas que terminaram em confrontos.

Um novo protesto estava previsto para sábado para marcar o quinto aniversário da rejeição por parte de Pequim de eleições com sufrágio universal na cidade, decisão que provocou o "Movimento dos Guarda-Chuvas" em 2014, marcado por 79 dias de ocupação do centro financeiro e político de Hong Kong.

Mas após a confirmação de que o protesto foi proibido, os organizadores retiraram nesta sexta-feira a convocação para não agravar a situação. Outras iniciativas, no entanto, estariam sendo planejadas.

Dois líderes do "Movimento dos Guarda-Chuvas", Joshua Wong e Anges Chow, ambos de 22 anos e muito populares nos protestos das últimas semanas, foram detidos nesta sexta-feira, acusados de "incitar a participação em uma concentração proibida".

- "Terror branco" -

Os dois foram indiciados em uma audiência durante a tarde e colocados em liberdade após o pagamento de fiança.

"Continuaremos o combate, não vamos nos render", prometeu Wong fora do tribunal. Ele criticou o "efeito de congelamento" das detenções de opositores em Pequim.

"Estas detenções mostram a propagação do 'terror branco' em relação aos manifestantes de Hong Kong", declarou Issac Cheng do partido Demosisto, cofundado por Joshua Wong.

Algumas horas antes, outro ativista, Andy Chan, foi detido no aeroporto.

Chan é o fundador do Partido Nacional (HKNP), minúscula formação que defende a independência do território e que foi proibido pelas autoridades em 2018.

Um quarto manifestante pró-democracia, Rick Hui, membro do conselho do bairro popular de Sha Tin, também foi detido nesta sexta-feira, assim como o ex-líder estudantil, Atlhea Suen.

E pela primeira vez desde o início da mobilização em junho, três deputados - Cheng Chung-tai, Au Nok-hin e Jeremy Tam - também foram detidos, de acordo com seu partido, 'Civic Passion'.

A polícia confirmou a detenção de um homem de 35 anos, que identificou pelo sobrenome "Cheng", por "complô para provocar danos criminais" em relação ao ataque do Parlamento em julho.

Pouco depois, a Paixão Cívica informou a prisão de outros dois deputados por "obstrução da polícia".

Mais de 900 pessoas foram detidas desde o início dos protestos, que começaram com o repúdio a um projeto de lei que pretendia autorizar extradições para a China continental.

O movimento ampliou suas reivindicações e passou a denunciar o retrocesso das liberdades, assim como a interferência crescente da China na região semiautônoma, o que viola o princípio "um país, dois sistemas" que determinou a devolução de 1997.

- "Ridícula" -

A organização Anistia Internacional criticou "a operação ridícula durante o amanhecer" e condenou as detenções de Wong e Chow, que são "ataques escandalosos contra a liberdade de expressão e de reunião" e "táticas com o objetivo de espalhar o medo, retiradas dos manuais chineses".

A polícia negou, no entanto, uma tentativa de sufocar as manifestações do fim de semana. "É totalmente falso", declarou John Tse, porta-voz da força de segurança.

O Executivo de Hong Kong não consegue apresentar respostas a um movimento de protesto inédito.

A polícia decidiu proibir a manifestação de sábado alegando razões de segurança, uma medida drástica que pode ter o efeito contrário e provocar novos confrontos com ativistas radicais.

O paradoxo é que a manifestação de sábado foi convocada pela Frente Civil de Direitos Humanos (FCDH), um movimento pacífico pacífica que liderou as maiores passeatas dos últimos meses, em particular a de 18 de agosto, que reuniu 1,7 milhão de pessoas, segundo os organizadores, e terminou sem incidentes.

- Partida de futebol -

Uma das líderes da Frente, Bonnie Lang, afirmou que a FCDH "não tem outra opção a não ser cancelar a manifestação de sábado", depois que o recurso apresentado contra a proibição foi rejeitado.

Mas outras iniciativas estão sendo planejadas. Alguns ativistas pró-democracia propõe uma partida de futebol, uma saída em massa para compras ou uma concentração religiosa improvisada.

É provável que a ala radical, integrada em sua maioria por estudantes muito jovens, ignore o pedido de calma, o que poderia provocar novos distúrbios.

"A polícia acredita que existem líderes no movimento e que sua decisão de proibir a manifestação vai nos deter", afirmou à AFP uma manifestante que se identificou como Kelly.

"Somos nossos próprios líderes e vamos continuar nas ruas. O governo não consegue entender", completou.

Várias figuras importantes do movimento pró-democracia de Hong Kong foram detidas nesta sexta-feira (30), incluindo Joshua Wong, depois que a polícia proibiu uma nova grande manifestação programada para sábado.

A região semiautônoma enfrenta há quase três meses a crise mais grave desde sua devolução, por parte do Reino Unido, à China em 1997, com manifestações quase diárias, incluindo algumas que terminaram em confrontos violentos com as forças de segurança.

Um novo protesto está previsto para sábado para marcar o quinto aniversário da rejeição por parte de Pequim de eleições com sufrágio universal na cidade, decisão que provocou o "Movimento dos Guarda-Chuvas", marcado por 79 dias de ocupação do centro financeiro e político de Hong Kong.

Dois líderes deste movimento, Joshua Wong e Anges Chow, ambos de 22 anos e muito populares nos protestos das últimas semanas, foram detidos nesta sexta-feira.

"Nosso secretário-geral @joshuawongcf foi detido esta manhã por volta de 7h30", informou no Twitter o partido Demosisto.

"Ele foi empurrado à força para dentro de uma caminhonete particular, na rua, em plena luz do dia. Nossos advogados trabalham no caso", completou a formação.

Chow foi detida em sua residência, de acordo com o partido.

- Andy Chan detido -

A polícia se limitou a anunciar a detenção de duas pessoas de 22 anos, que foram identificadas apenas pelos sobrenomes, Wong e Chow. Eles foram acusados de "incitar outros a participar em uma concentração não autorizada".

Mais de 850 pessoas foram detidas desde o início do movimento, que começou com o repúdio a um projeto de lei que pretendia autorizar extradições para a China continental.

O movimento ampliou suas reivindicações e passou a denunciar o retrocesso das liberdades, assim como a interferência crescente da China na região semiautônoma, o que viola o princípio "um país, dois sistemas" que determinou a devolução de 1997.

O site Hong Kong Free Press informou na quinta-feira à noite a detenção do ativista independentista Andy Chan.

O fundador do Partido Nacional (HKNP), minúscula formação que defende a independência do território e que foi proibida pelas autoridades em 2018, foi detido quando pretendia embarcar em um voo para o Japão.

Um porta-voz da polícia afirmou que Chan era suspeito de participação em um distúrbio e de agredir um agente.

Esta não é a primeira vez que Chan e Wong são presos.

- Paradoxo -

A operação acontece no momento em que o Executivo de Hong Kong não consegue apresentar respostas à crise política e a um movimento de protesto inédito, caracterizado também por uma criatividade sem precedentes em suas ações.

A polícia decidiu proibir a manifestação de sábado alegando razões de segurança, uma medida radical que pode ter o efeito contrário e provocar novos confrontos com ativistas radicais.

O paradoxo é que a manifestação de sábado foi convocada pela Frente Civil de Direitos Humanos (FCDH), um movimento pacífico pacífica que liderou as maiores passeatas dos últimos meses, em particular a de 18 de agosto, que reuniu 1,7 milhão de pessoas, segundo os organizadores, e terminou sem incidentes.

Em uma carta enviada ao FCDH, a polícia mencionou o temor de "atos violentos" e "atos de destruição" por alguns participantes.

A polícia afirmou que em manifestações anteriores alguns participantes "provocaram incêndios e bloquearam avenidas, utilizaram bombas incendiárias, pedaços de metal, tijolos, diversas armas artesanais para destruir bens públicos em grande escala, perturbar a ordem social e provocar ferimentos em outros".

- "Somos nossos líderes" -

A Frente apresentou um recurso contra a proibição. Um de seus líderes, Jimmy Chan, anunciou que a convocação seria retirada em caso de confirmação da proibição, para não agravar a situação.

Mas é provável que a ala radical, integrada em sua maioria por estudantes muito jovens, ignore o pedido de calma, o que poderia provocar novos distúrbios.

"A polícia acredita que existem líderes no movimento e que sua decisão de proibir a manifestação vai nos deter", afirmou à AFP uma manifestante que se identificou como Kelly.

"Somos nossos próprios líderes e vamos continuar nas ruas. O governo não consegue entender", completou.

No domingo, a polícia usou jatos de água e, pela primeira vez, recorreu a um tiro de advertência com arma de fogo durante uma manifestação autorizada.

O exército chinês, que a princípio não deve atuar em Hong Kong, mas que tem uma guarnição na cidade, fez na quinta-feira uma nova advertência com a substituição de suas tropas no território.

Um tiroteio num shopping de El Paso, no estado do Texas, deixou entre 15 e 20 vítimas, informaram as autoridades, acrescentando que três pessoas foram detidas.

"Temos entre 15 e 20 vítimas, não sabemos a quantidade de mortes", disse o vice-governador do Texas, Dan Patrick, à Fox News.

Já o prefeito de El Paso, Dee Margo, informou à CNN sobre "várias mortes" e disse que havia "três suspeitos sob custódia".

"Hoje, a comunidade de El Paso foi atingida por um ato de ódio e violência demente", declarou o governador do Texas, Greg Abbott, através de um comunicado.

A Casa Branca disse que o presidente Donald Trump foi informado sobre o ataque em El Paso e continuava monitorando a situação.

Por volta do meio-dia (14h de Brasília), la polícia de El Paso postou no Twitter: "Alerta de tiroteio, fiquem longe do centro comercial Cielo Vista, a situação ainda está em desenvolvimento".

Uma hora depois, reiterou que o evento seguia "em desenvolvimento". "Recebemos muita informação sobre a presença de vários atiradores", acrescentou.

Uma mulher que chegava para fazer compras numa loja da Walmart no centro comercial disse à Fox News que havia escutado algo "parecido com fogos de artifício" enquanto procurava um lugar para estacionar. "Me dirigi à saída", contou.

"Eu vi um homem com uma camiseta preta e calça de camuflagem que usava o que parecia ser um rifle, apontava para as pessoas e atirava diretamente nelas, vi três ou quatro caindo no chão", continuou.

Emissoras de televisão americanas mostraram imagens das equipes de segurança na área do ataque.

A delegação do Dallas da Agência Federal para o Controle de Armas, Explosivos, Tabaco e Álcool (ATF) anunciou que estava a caminho do shopping para ajudar a polícia de El Paso.

Este é o terceiro atentado a tiros registrado nesta semana nos Estados Unidos. Na terça-feira passada, duas pessoas morreram e um policial foi ferido numa loja da rede supermercados Walmart no estado do Mississipi.

No domingo, três pessoas, incluindo uma criança de seis anos, morreram quando um homem de 19 anos entrou armado em um festival gastronômico em Gilroy, Califórnia, ao sul de San Francisco, e abriu fogo contra as pessoas que estavam no local.

Cerca de 700 pessoas foram detidas neste sábado (3) em Moscou durante um protesto da oposição, que denuncia há semanas a exclusão de seus candidatos das eleições locais de setembro e é alvo da pressão das autoridades.

Segundo a ONG OVD-Info (especializada em acompanhar as manifestações) e a polícia, 685 pessoas foram detidas no protesto, não autorizado.

No último fim de semana, outra manifestação, também reprimida, terminou com cerca de 1,4 mil detidos, o que não ocorria desde o retorno do presidente Vladimir Putin ao Kremlin, em 2012.

Centenas de pessoas se concentraram em diversos pontos do centro de Moscou, sob uma leve chuva, cercados por vários policiais e soldados da Guarda Nacional, que não demoraram a efetuar as primeiras detenções.

A manifestação não contou com a presença de líderes, depois que foram anunciadas várias condenações desde o protesto do fim de semana passado na capital russa, que terminou com quase 1.400 detidos, algo que não acontecia desde o retorno do presidente Vladimir Putin ao Kremlin em 2012.

A grande líder opositora que permanecia em liberdade, Liubov Sobol, uma advogada de 31 anos, foi detida poucos minutos antes do início da manifestação.

"As autoridades fazem todo o possível para tentar intimidar a oposição, para assegurar que as pessoas não saiam às ruas para protestar pacificamente", declarou antes da detenção.

Em greve de fome há três semanas, Sobol havia escapado da prisão até agora por ter um filho pequeno.

A ONG Anistia Internacional condenou o "uso desnecessário e excessivo da força" e as "tentativas infundadas" de apresentar manifestações pacíficas como um ato de rebelião.

- Líderes detidos -

O principal opositor ao Kremlin, o blogueiro e ativista anticorrupção Alexei Navalny, cumpre desde 24 de julho uma pena de 30 dias de prisão. Hospitalizado no domingo por uma "grave reação alérgica", ele não descartou a possibilidade de ter sido "envenenado". Ele já foi levado de volta para a prisão.

Vários de seus aliados e outros líderes opositores também foram condenados a penas curtas de prisão, como Ilia Yashin, Ivan Jdanov e Dmitri Gudkov, candidatos excluídos das eleições locais.

Antes do protesto deste sábado, a justiça acusou diversas pessoas por "distúrbios em massa", uma dura acusação que pode resultar em penas de até 15 anos de prisão.

Cinco acusados, incluindo advogados que trabalham para ONGs de defesa dos direitos humanos, foram colocados em prisão preventiva na sexta-feira e aguardam julgamento.

A polícia pediu que os manifestantes desistissem da passeata e prometeu uma reação imediata. O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, leal ao Kremlin, alertou a oposição para qualquer "nova provocação".

- Eleições de setembro -

O descontentamento foi provocado pela rejeição das candidaturas independentes para as eleições locais de 8 de setembro, que devem ser difíceis para os aspirantes ligados ao governo diante do atual contexto social.

Este é um dos maiores movimentos de protesto desde as manifestações fortemente reprimidas contra o retorno de Putin ao Kremlin em 2012.

Na quinta-feira, o Fundo de Luta Contra a Corrupção de Navalny acusou em uma investigação a vice-prefeita de Moscou, Natalia Sergunina, de ter desviado bilhões de rublos de dinheiro público para a gestão do parque imobiliário do município.

A oposição afirma que as autoridades querem bloquear seus candidatos nas eleições de setembro para evitar que, caso entrem no Parlamento de Moscou, descubram e denunciem os circuitos de corrupção e desvio na gestão de uma cidade com um orçamento anual astronômico de 38 bilhões de euros (42 bilhões de dólares).

A justiça anunciou neste sábado que abriu uma investigação por "lavagem de dinheiro" contra o Fundo de Navalny. Os investigadores acusam o opositor de ter recebido ilegalmente quase um bilhão de rublos (13,8 milhões de euros, 15,3 milhões de dólares).

Após um protesto duramente reprimido na semana passada, os tribunais russos ordenaram a detenção preventiva para 88 pessoas e condenaram outras 332 ao pagamento de multas. Três investigações foram abertas por "violência" contra a polícia, delito que pode ser punido com cinco anos de prisão.

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