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Sem aulas desde março, por causa da pandemia do novo coronavírus, os 460 mil estudantes da rede pública do Distrito Federal retomam nesta segunda-feira (22) o ano letivo por meio de aulas online. A Secretaria de Educação fixou prazo de uma semana para que alunos e responsáveis possam tirar dúvidas e se ambientar à plataforma que será utilizada para a aulas. Para a retomada do ano letivo, além de web aulas, os alunos que não têm como acompanhar o ensino remoto poderão receber teleaulas e apostilas impressas, entregues pela escola.

A partir do próximo dia 29, a frequência será obrigatória. Durante esse período os alunos da rede pública não terão provas, como as aplicadas presencialmente em sala de aula. As avaliações serão feitas por meio de atividades e tarefas aplicadas pelos professores. O acesso à plataforma é intuitivo e há um passo a passo na página inicial sobre como entrar nas turmas virtuais e como funcionarão as teleaulas. O login será feito a partir de um e-mail com final @estudante. Para isso, será necessário ter o código de aluno, disponível no boletim escolar, e gerar uma senha.

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Aulas

Nas aulas para crianças até cinco anos, o acesso será destinado aos pais. Durante uma hora por dia, esses alunos terão atividades mais lúdicas e conteúdo adequado para cada ano/série. Segundo a Secretaria de Educação, mais de 23 mil famílias terão de se adaptar ao novo modelo.

Os estudantes do 6º ao 9º ano do fundamental e do ensino médio serão integrados à rede com aulas e atividades para reforço da aprendizagem. Todos os 50 mil estudantes e professores dos 17 centros interescolares de Línguas (CILs) também estão com acesso ao sistema para seguir o conteúdo programático.

Dados

Quem tem celular ou computador, mesmo sem acesso à internet, poderá ver o conteúdo, sem gasto de dados de navegação. O custo será bancado pela Secretaria de Educação. “A família tem papel importante de ajudar a organizar esse tempo dentro de casa. Esta é uma nova forma de estudo e, para funcionar, é necessário o esforço de toda a comunidade”, ressalta o coordenador do Programa Escola em Casa DF, David Nogueira.

Calendário

A previsão é de que o ano letivo de 2020 termine no dia 28 de janeiro de 2021. A semana de 29 de janeiro de 2021será destinada para a recuperação de aprendizagem dos alunos. O calendário escolar, definido pela Secretaria de Educação, prevê recesso de sete dias no fim do ano, durante as festividades de Natal e Ano-Novo. Haverá ainda uma semana, em setembro, para planejamento pedagógico.

Resistência

O Sindicato dos Professores ndDistrito Federal (Sinpro-DF) é contra a proposta. De acordo com a entidade, a volta às aulas por meio remoto ignora e exclui mais de 100 mil alunos sem acesso aos meio tecnológicos adequados. “É uma total exclusão desses alunos. As atividades impressas para os estudantes excluídos não vão garantir a aprendizagem deles. O que vai acontecer é a disseminação do novo coronavírus, com esse vai e vem de papéis”, defende o sindicato.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o subcomandante da Polícia Militar (PM) em reação aos protestos de apoiadores do Governo Federal que dispararam fogos na Praça dos Três Poderes, contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite do último sábado (13).

A decisão foi publicada em um decreto assinado neste domingo (14) pelo próprio Ibaneis, que foi alvo de críticas dos manifestantes. O governador afirmou ao jornal Metrópoles que “A Polícia Militar do DF deve servir, no mínimo, para resguardar o cidadãos e as instituições da capital federal. Se não fez isso, errou grosseiramente”. 

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Ao justificar sua decisão, Ibaneis Rocha afirmou ainda que só não exonerou o comandante da corporação, Julian Rocha Pontes, pois o mesmo se encontra hospitalizado com Covid-19 e, portanto, não é culpado. 

“Eu só não responsabilizei e exonerei o próprio comandante da PM, porque ele está com coronavírus e internado. Não teve culpa de nada”, afirmou o governador do DF. 

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), determinou à polícia legislativa a retirada dos manifestantes bolsonaristas que invadiram a cúpula do Congresso neste sábado (13). De acordo com a assessoria de Alcolumbre, a polícia negocia uma saída pacífica do grupo das instalações do Legislativo.

Depois de ter o acampamento desmontado pelo governo do Distrito Federal na manhã, um grupo do movimento que se autodenomina "300 do Brasil" invadiu a parte de cima da cúpula do Congresso, pelo lado do Senado Federal, onde é proibido o acesso ao público.

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Liderado pela militante pró-governo Sara Winter, o grupo ficou na cúpula por 30 minutos.

Depois, ocupou o gramado em frente ao espelho d'água do Congresso.

Em um vídeo publicado em redes sociais, Sara relatou que, se retirados, os manifestantes voltariam a ocupar o local.

O governo do Distrito Federal informou ter removido o acampamento bolsonarista "300 do Brasil", neste sábado (13), por causa das medidas restritivas decretadas durante a pandemia do novo coronavírus. Insatisfeitos, os acampados cobraram nas redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro reaja à operação de desmontagem, realizada pela manhã.

As secretarias de Segurança Pública e DF Legal (Proteção da Ordem Urbanística) afirmaram ter atuado com o respaldo do decreto distrital que "proíbe aglomerações com mais de 100 pessoas em eventos que demandem a autorização prévia do governo". O decreto número 40.509/20 foi assinado em março pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Ele foi xingado pelos manifestantes removidos hoje. Além disso, as secretarias ressaltaram que o grupo ocupava área pública na Esplanada dos Ministérios, "o que não é permitido".

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Os agentes de segurança agiram, segundo o governo, em apoio aos servidores do DF Legal para desmontar os "acampamentos irregulares". "Houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto", informaram as pastas.

O grupo "300 do Brasil" protestava frequentemente contra os demais poderes - Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) - e a favor do presidente Jair Bolsonaro. Eles estavam acampados na Esplanada dos Ministérios há mais de um mês e travavam uma disputa judicial com o Ministério Público para permanecer no local.

Diante da suspeita de que portassem armas e das restrições a aglomerações determinadas para evitar o aumento de casos de Covid-19, o MP do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu a remoção do acampamento na Justiça, o que foi negado. A assessoria de imprensa do MPDFT disse que a operação do governo não tem relação direta com o pedido feito ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Uma das líderes do movimento é a ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter. Ela disse que a militância bolsonarista foi "destruída" e relatou "agressões". Ex-ocupante de cargo de confiança no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado pela ministra Damares Alves, Sara é investigada pela Polícia Federal no inquérito judicial das fake news, em curso no Supremo.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) abre, nesta quarta-feira (3), as inscrições para o chamamento público destinado a contratação de 249 aposentados pelo regime próprio de previdência social da União. Os interessados podem se candidatar até o dia 9 de junho, exclusivamente pelo site do órgão.

A oportunidade é para os cargos de engenheiro, arquiteto e analista administrativo. Além de possuir o nível superior, os candidatos ainda precisam atender as exigências para cada função que constam no edital publicado no Diário Oficial da União (DOU).

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O processo seletivo será composto pela análise do tempo de trabalho na Administração Pública Federal. Os aprovados trabalharão em uma jornada de 40 horas semanais e terão uma remuneração de R$ 2.677,42 a R$ 3.955,50, a depender do cargo escolhido. Além disso, o certame não cobra taxa de inscrição.

A seleção com prazo de validade de dois anos está distribuindo as vagas entre os Estados do Distrito Federal, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Outras informações podem ser obtidas por meio do edital.

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou três pessoas que agrediram enfermeiros que participavam de um ato pacífico em homenagens aos colegas mortos pela Covid-19 no dia 1º de maio, na Praça dos Três Poderes. Os indiciados são duas mulheres, de 20 e 45 anos, e um homem, de 57. Os três vão responder por crimes contra a liberdade individual. O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi instaurado no 5ªDP (Asa Norte). Os envolvidos podem aguardar a decisão em liberdade.

Os indiciamentos estão no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e serão encaminhados para o Ministério Público, que tomará as medidas que entender adequadas. A assessoria de imprensa da Polícia Civil não divulgou os nomes dos envolvidos.

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O ato dos enfermeiros reuniu 60 profissionais da saúde, que pediam melhores condições de trabalho e a manutenção do isolamento social. Eles estavam vestidos de jaleco e com máscaras de proteção e se posicionaram em fileiras, segurando cruzes e respeitando o distanciamento recomendado de pelo menos um metro entre cada um.

A manifestação pacífica foi interrompida por um homem e uma mulher carregando uma bandeira do Brasil. A dupla agrediu física e verbalmente enfermeiras que participavam do ato. Uma delas foi empurrada violentamente pelo agressor.

Na ocasião, o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) emitiu nota que afirmava que "o episódio retrata a triste realidade de milhares de profissionais da Enfermagem, que trabalham para salvar vidas e sofrem violência nos hospitais do país, caladas e calados, sem chance de se defender".

O governo do Distrito Federal decidiu flexibilizar as medidas de restrição do funcionamento do comércio local e editou um novo Decreto liberando a retomada de novos serviços na capital federal, incluindo a abertura de shoppings centers. Esses estabelecimentos poderão reabrir na próxima quarta-feira (27) em horário reduzido, das 13h às 21h, desde que seguidas algumas regras de proteção aos empregados e clientes. O uso dos shoppings fica limitado a 50% da capacidade para evitar aglomeração.

Segundo o decreto, os shoppings terão de fornecer equipamento de proteção individual e álcool em gel a empregados, colaboradores, terceirizados e prestadores de serviço. Todos os empregados terão de realizar testes de covid-19 a cada 15 dias. Apesar de liberada a abertura das lojas, terão de continuar fechadas áreas de recreação, lojas como brinquedotecas, de jogos eletrônicos, cinemas, teatros. As praças de alimentação e quiosques do setor devem permanecer fechados, sendo autorizado apenas os serviços de entrega em domicílio e retirada do produto, vedado o consumo no local. As mesas das praças de alimentação não poderão ser utilizadas para consumo, devendo ser retiradas ou bloqueadas.

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Os shoppings também terão de medir a temperatura de todos os clientes antes de entrarem no local. As lojas de roupa não poderão liberar o uso de provadores.

O Decreto divide os horários de funcionamento de diversos setores na capital federal, para evitar um maior número de pessoas nas ruas e no transporte público. Além dos shoppings, que poderão funcionar das 13h às 21h, os setores de indústria e serviços ficam com horário de funcionamento limitado das 9h às 17h; comércio varejista, das 11h às 19h.

Somente podem funcionar 24h comércios e serviços considerados essenciais, como supermercados, hortifrutigranjeiros, mercearias, açougues, padarias, farmácias, clínicas e consultórios médicos, odontológicos, laboratórios, clínicas veterinárias, comércio atacadista, postos de combustíveis e lojas de conveniência.

Os estabelecimentos que se mantiverem abertos terão de observar todos os protocolos e medidas de segurança, como garantir a distância mínima de dois metros entre as pessoas, utilização de equipamento de proteção individual por empregados, colaboradores, terceirizados e prestadores de serviço. Além disso, terão de organizar uma escala de revezamento de dia ou horário de trabalho entre os funcionários.

Continua proibido no Distrito Federal o funcionamento de escolas, universidades, creches, sejam da rede pública ou privada. O governador reforça no Decreto que as escolas particulares poderão antecipar recesso ou férias escolares a critério de cada unidade.

Também continuam suspensos eventos de qualquer natureza; atividades coletivas como cinema e teatro, com exceção do cine drive-in, desde que as pessoas permaneçam dentro dos seus carros; o funcionamento de academias de esporte de todas as modalidades; visitação a museus, zoológico, parques; funcionamento de boates e casas noturnas; de feiras populares, com exceção das feiras permanentes; clubes recreativos; funcionamento de salões de beleza, barbearias, esmalterias e centros estéticos; bares, restaurantes, quiosques, foodtrucks; e comércio ambulante de forma geral. Bares, restaurantes continuam só podendo funcionar com o sistema de entrega ou retirada, mas sem consumo local.

Os cultos, missas e rituais de qualquer religião continuam vetados e a exceção é se ocorrer nos estacionamentos das igrejas ou templos, desde que as pessoas permaneçam dentro dos seus veículos, mantida a distância mínima de dois metros entre cada carro estacionado.

A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal deflagram nesta sexta-feira, 15, a Operação Grabato para apurar possíveis irregularidades em contratações emergenciais, sem licitação, feitas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

As investigações miram contrato, no valor de R$ 79 milhões, com uma empresa para gerenciamento de aproximadamente 200 leitos no hospital de campanha construído no Estádio Nacional Mané Garrincha. A unidade emergencial montada para atender pacientes de Covid-19 tem inauguração prevista para os próximos dias.

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Também estão sendo investigados os procedimentos de contratação para gerenciamento das UTIs do Hospital da Polícia Militar do Distrito Federal e de aluguel de ambulâncias, ambas relacionadas aos esforços de enfrentamento à pandemia.

A suspeita é que a empresa contratada tenha se aproveitado da situação de calamidade para, com a participação de servidores públicos, 'burlar as regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos'.

Na ação de hoje foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga, Asa Norte, SIA e Lago Sul, em endereços comerciais e residenciais de empresários e na casa de um servidor público envolvido, bem como na Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde da SES-DF, responsável pela contratação.

As ações, em etapa inicial, buscam elementos para subsidiar as investigações em andamento. De acordo com os órgãos envolvidos na operação, há, até o momento, indícios dos crimes de inobservância deliberada das formalidades pertinentes à dispensa de licitação e estelionato contra a administração pública.

A investigação conta com uma força-tarefa formada por membros da CGU, Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal (CECOR/PCDF), Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (PRODEP) e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSUS), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

COM A PALAVRA, O GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

"A Secretaria de Saúde informa que está colaborando com as autoridades e que preza pela transparência e lisura dos processos de compras e contratações, tanto nos casos regulares, quanto nos emergenciais.

A pasta zela pelo pronto atendimento à população mesmo considerando as dificuldades impostas pela pandemia Covid-19. Confiamos em nossos servidores e na boa fé dos atos administrativos praticados.

Em caso de quaisquer irregularidades, as punições serão aplicadas no rigor da Lei."

Sara Winter vem convocando, em suas redes sociais, bolsonaristas a ingressar em luta armada. (Twitter/reprodução)

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O Ministério Público do Distrito Federal ajuizou uma ação civil pública para transformar o grupo “300 do Brasil’ em alvo de uma operação de busca e apreensão de armas de fogo irregulares que estejam em posse do grupo. O movimento bolsonarista é liderado pela bolsonarista filiada ao Democratas Sara Winter, que chegou a publicar, em suas redes sociais, que o acampamento formado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, conta com Caçadores Atiradores e Colecionadores (CACs) portando armas de fogo. Os “300 do Brasil” afirmam ainda estarem promovendo treinamentos paramilitares.

O MP pediu ainda que o governo do Distrito Federal seja obrigado a utilizar "o poder de polícia para resguardar a segurança pública, e evitar a mobilização de milícias armadas no Distrito Federal". De acordo com a denúncia, o grupo solicitou que o grupo levasse ao acampamento, “itens que você levaria para uma guerra na selva! Te esperamos para a guerra!”.

O documento do MP coloca também que “milícias não se subordinam à normatividade jurídica do Estado; seguem paralelas a ela ou em contraposição ao poder estatal. Não é necessário haver uniforme, distintivo, continência ou sinais de respeito à hierarquia, símbolos ou protocolos de conduta visíveis ou explícitos. Importa, e muito, o emprego paramilitar dos associados para finalidade política nociva ou estranha à tutela do Estado Democrático de Direito”.

Aglomeração

O MP leva em consideração ainda o fato de o grupo se manter em permanente aglomeração, em contrariedade às recomendações da Organização Mundial de Saúde em prol das políticas de isolamento social. Assim, o órgão pede que o Distrito Federal proíba aglomerações de pessoas para a realização de manifestações populares, ou seja, a caracterização expressa de tais atividades como não essenciais à manutenção da vida e da saúde.

No dia 7 de maio, os presidentes de PT, PSB, PSOL, REDE e PV, no Distrito Federal, ofereceram representação junto à Procuradoria-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, pedindo que sejam impedidas manifestações que atentem contra a saúde pública, o regime democrático e o princípio da separação de poderes. Os partidos também solicitaram diretamente a desmobilização do acampamento dos “300 do Brasil”.

De cada seis pessoas contaminadas por Covid-19 no Distrito Federal, uma está presa dentro do complexo penitenciário da Papuda, um dos maiores sistemas carcerários do País. Os dados oficiais do governo do DF mostram que, nesta segunda-feira (11), a capital federal registrava 2.740 casos oficialmente confirmados de contaminação pelo coronavírus. Deste total, 443 casos são de detentos da Papuda.

Até o momento, porém, não foi confirmada a morte de nenhum preso: 186 se recuperaram, 11 estão na enfermaria do complexo e um está na UTI. Os demais continuam em observação e foram isolados. Até sexta-feira, pelo menos 110 policiais penais da Papuda tinham contraído o vírus e 41 tinham se recuperado, segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário.

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O alto número de detentos da Papuda com Covid-19 é atribuído pelo governo ao grande número de testagens que estão ocorrendo na prisão. Foram realizados mais de 2,1 mil exames entre os detentos e agentes penitenciários até agora. As visitas de famílias estão suspensas há dois meses. Para evitar o aumento de pressão e estresse dentro do presídio, o governo tem permitido que parentes se comuniquem com os detentos por meio de um aplicativo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro apareceu usando máscara ao cumprimentar apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (11), data em que o governo do Distrito Federal começou a multar quem não utilizar máscaras em espaços públicos. Quem descumprir a determinação pode ser penalizado com multa a partir de R$ 2 mil e responder por infração de medida sanitária preventiva, com pena de detenção de um mês a um ano.

 Bolsonaro já havia usado máscara em outras oportunidades, mas é a primeira vez que usa o equipamento para interagir com os apoiadores em Brasília. 

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 O grupo que acompanhava o presidente também usava a peça. Bolsonaro não falou com os jornalistas que estavam no local.

Um grupo de bolsonaristas está convocando a população para invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) com suposto apoio de militares. Em um vídeo publicado no Facebook, Marcelo Stachin, manifestante que também tem participado ativamente dos movimentos pela criação do Aliança Pelo Brasil desde que Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o PSL, defende o fechamento dos poderes.

Outro defensor do ato golpista é Paulo Felipe, criador dos grupos Soldados do Brasil e Voluntários da Pátria que afirma contar com apoio de apoio de militares da reserva para a invasão na qual os dois prometem “dar cabo” dos dois poderes que são alvos do grupo.

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"Nós temos um comboio organizado para chegar a Brasília até o final dessa semana, no dia 8 de maio de 2020. Pelo menos com 300 caminhões, muitos militares da reserva, muitos civis, homens e mulheres, talvez até crianças, para virem para cá para Brasília, para nós darmos cabo dessa patifaria que está estabelecida no nosso país há 35 anos, por aquela casa maldita ali, Supremo Tribunal Federal, com 11 gângster, que têm destruído a nossa nação. São aliados com o Foro de São Paulo e o narcotráfico internacional", diz Paulo em um vídeo publicado no Facebook essa semana.

Os dois fazem parte do grupo bolsonarista chamado “300 do Brasil”, que reúne pessoas acampadas no entorno da Praça dos Três Poderes, usando fardamento militar, enviam mensagens de apoio ao presidente, atacam inimigos do governo e realizam treinamentos paramilitares secretos marcados através do Telegram. Em outro vídeo no qual afirma que fará uma “intervenção militar no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal", Paulo convoca a população a se manifestar e “avisa” que a intenção é o fechamento dos poderes.

“Se você realmente não puder vir, quando chegar o dia D, onde nós vamos invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, saia para as ruas, chame seus vizinhos, pegue uma bandeira do Brasil, se manifeste. Que a imprensa internacional fique sabendo que já estamos em ação nos arredores do Congresso Nacional, a missão é o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, para que o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro possa governar", disse Paulo Felipe.

Esta não é a primeira vez que Paulo ameaça fechar o Congresso. Dois meses atrás, ele afirmou que o suposto fechamento seria realizado no dia 15 de março de 2020, dia em que foram feitas manifestações de apoio a Bolsonaro. "Vamos fechar o Congresso no dia 15 de março de 2020, não existe outra pauta, não queremos mais argumento, não queremos mais desculpas. Vamos chamar o nosso presidente, vamos chamar os nossos generais, vamos invadir o Congresso e o Supremo, não sairemos de lá enquanto aquelas duas Casa malditas não forem fechadas", afirmou ele. Não houve, no entanto, nenhum registro de tentativa de invasão ao Supremo nem ao Congresso na data.

Questionado pelo site Congresso em Foco sobre o caso por informações sobre o suposto envolvimento de militares da reserva em planos de fechamento de poderes no Brasil, o Ministério da Defesa não se posicionou até o momento.

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Até 31 de maio, a plataforma de empregos Adecco receberá currículos para preencher vagas na área da saúde. Entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, serão 500 contratações em caráter temporário nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Os salários variam entre R$ 3.167 e R$ 5.863.

De acordo com a Adecco, os profissionais vão atuar em pronto-socorros, clínicas médicas e unidades de terapia intensiva (UTIs). Um dos requesitos para o cargo de enfermeiro é ter pós-graduação na área. Já para a colocação de técnico, é exigida formação completa.

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Ambos os cargos requerem experiência e registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Os contratos valem por 90 dias e os colaboradores tem chance de efetivação.

As incrições podem ser feitas pelo app.jobconvo.com.

O ministro da Casa Civil, Braga Netto, disse nesta segunda-feira, 4, que é "inadmissível" qualquer tipo de agressão a jornalistas. Ele foi questionado, em coletiva no Palácio do Planalto, sobre o ataque de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas durante ato pró-governo ocorrido neste domingo, 3, como chutes, socos e empurrões a equipe de profissionais do Estadão.

"Liberdade de expressão é requisito fundamental e a liberdade de imprensa é prezada como um todo. O que pedimos, exatamente, é que mostrem todos os lados. Qualquer tipo de agressão a jornalistas, isso é opinião minha e do governo, ela tem de ser apurada. E ela é inadmissível", disse Braga Netto.

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O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, concordou com Braga Netto. Ele disse que Bolsonaro "se mostrou bastante aborrecido" com a agressão. "É o que ele fala, ele não controla esse pessoal todo", disse Ramos.

Mais cedo o presidente Jair Bolsonaro colocou em dúvida a agressão sofrida por profissionais do jornal O Estado de S. Paulo em ato realizado contra o Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) do domingo, 3, em Brasília, e disse que, "se houve", partiu de "possíveis infiltrados". Bolsonaro esteve presente na manifestação, mas disse que não viu a violência ao fotógrafo Dida Sampaio e a outros membros da equipe de reportagem.

Também nesta segunda, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, divulgou nota na qual afirma que qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável e que a liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático.

Notícias positivas

No dia seguinte ao número acumulado de casos da covid-19 no Brasil ultrapassar 100 mil, o ministro Ramos voltou a pedir notícias positivas sobre a covid-19.

Ele disse que não é preciso omitir imagens de caixões e números sobre mortos e casos acumulados da doença, mas que faria bem para a população saber sobre quantas pessoas já foram curadas.

Oficiais-generais influentes avaliaram que o presidente Jair Bolsonaro tentou, no domingo, 3, fazer uso político do capital das Forças Armadas. Ao afirmar que a caserna estava com o governo, ele partiu para "pressões" e "ameaças dissuasórias" que provocaram novo incômodo no setor.

Em conversas com o jornal O Estado de S. Paulo, interlocutores do presidente deixaram claro que a Aeronáutica, o Exército e a Marinha estão "sempre" na defesa da independência dos poderes e da Constituição.

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"Ninguém apoia aventura nenhuma, pode desmontar essa tese. Estamos no século 21", resumiu uma das fontes, que ainda destacou a "retórica explosiva" do presidente que permite interpretações.

Na declaração a apoiadores que provocou reações, Bolsonaro disse que "chegamos ao "limite".

Os militares ressaltaram que a frase voltou a colocá-los em uma "saia justa" e reafirmaram que não vão se meter em questões políticas. "É uma declaração infeliz de quem não conhece as Forças Armadas", reagiu de forma mais dura um deles. "O problema é que deixa ilações no ar. Afinal, não há caminho fora da Constituição."

As novas investidas do presidente contra o Judiciário, o Congresso e a imprensa ocorreram, segundo essas fontes, um dia depois de um encontro dele com ministros e comandante militares.

Nessa reunião ocorrida no Palácio da Alvorada, no sábado, Bolsonaro e sua equipe discutiram a situação do País, a saída de Sérgio Moro da pasta de Justiça e Segurança Pública, as consequências de uma crise política arrastada nesta pandemia do novo coronavírus e a decisão do Supremo que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem na Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira, 4, o presidente da República, Jair Bolsonaro, atribuiu a agressão sofrida por profissionais do jornal O Estado de S. Paulo a "possíveis infiltrados" em ato realizado contra o Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo, 3, em Brasília. Bolsonaro esteve presente na manifestação, mas disse que não viu a violência ao fotógrafo Dida Sampaio e outros membros da equipe de reportagem.

Na mesma publicação, o presidente criticou o destaque dado pela emissora Rede Globo ao ocorrido.

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"A TV Globo no Fantástico de ontem se dedicou a ataques ao Presidente Jair Bolsonaro, pelo fato de um fotógrafo do Jornal O Estado de SP ter sido agredido por alguns possíveis infiltrados na pacífica manifestação", disse o mandatário no post.

O mesmo texto foi disparado nas primeiras horas da manhã por Bolsonaro para alguns de seus contatos pessoais. O presidente disse condenar a violência e alegou que não viu a agressão pois estava na área cercada do Palácio do Planalto.

"Também condenamos a violência. Contudo, não vi tal ato, pois estava nos limites do Palácio do Planalto e apenas assisti a alegria de um povo que, espontaneamente, defendia um governo eleito, a democracia e a liberdade", declarou o presidente da República.

Bolsonaro comparou a agressão aos profissionais de imprensa com a situação de pessoas que estão sendo abordadas por forças policiais por descumprirem o distanciamento social. "Até agora não vi, em dias anteriores a TV Globo sair em defesa de uma senhora e filha que foram colocadas à força dentro de um camburão por estarem nadando em Copacabana, outra ser algemada por estar numa praça em Araraquara/SP ou um trabalhador também ser algemado e conduzido brutalmente para uma DP no Piauí", afirmou .

Segundo o chefe do Executivo, "a maior violência que o povo sofre no Brasil é aquela contra seus direitos fundamentais, com o apoio ou omissão da Rede Globo".

Participação em manifestação antidemocrática

O presidente da República participou da manifestação antidemocrática na Esplanada dos Ministérios no domingo e fez transmissão ao vivo em suas redes sociais.

No ato, manifestantes também gritaram palavras de ordem contra o ex-ministro Sergio Moro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). E foi neste ato que apoiadores de Bolsonaro agrediram fisicamente profissionais do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente disse que não irá mais admitir o que chamou de interferência em seu governo e afirmou que as Forças Armadas estão ao lado do povo.

Ao fim da transmissão, ele disse pedir a "Deus" para que não tenha problemas nessa semana, porque, segundo ele, se chegou ao "limite".

Ministros do Supremo, partidos políticos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e entidades como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) rechaçaram no domingo os ataques.

Em nota, a direção do jornal O Estado de S. Paulo disse que "trata-se de uma agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia".

A postagem de Bolsonaro nas redes sociais somente nesta segunda-feira foi a primeira manifestação oficial de alguém do governo sobre o episódio.

Em nota, a líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Fernanda Melchionna (RS), condenou o protesto deste domingo em Brasília realizado por apoiadores do governo, no qual houve agressão física e insultos a profissionais do jornal O Estado de S. Paulo, presentes à cobertura da manifestação na Praça dos Três Poderes, acompanhada da rampa do Palácio do Planalto pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Inaceitável mais uma manifestação claramente inconstitucional e golpista, estimulada pela extrema-direita e pelo próprio presidente em meio a uma pandemia. No dia do trabalhador, os mesmos trogloditas agrediram uma enfermeira; hoje, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas do Estadão e de outros veículos de comunicação. Mais grave ainda são as ameaças golpistas de Bolsonaro em seu discurso, amplamente divulgadas pelas suas redes sociais", disse a deputada, em nota.

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"É urgente uma reação mais contundente das forças democráticas. Inúmeros crimes de responsabilidade já foram cometidos. O Brasil enfrenta a pior crise sanitária das últimas décadas. Afastar Bolsonaro é uma medida sanitária urgente para salvar nosso povo do Covid-19 e do vírus do autoritarismo. Queremos, de fato, que as Constituição seja cumprida, quem comete crimes de responsabilidade precisa ser impedido", acrescenta o texto.

O governador do Rio, Wilson Witzel, criticou mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro via redes sociais ao afirmar que ele diz pregar a democracia, mas fica em silêncio diante das agressões sofridas por profissionais do Estadão/Broadcast em manifestação da qual participou neste domingo (3).

"Alimentar o caos é o único plano de governo do presidente", afirmou Witzel em postagem no Twitter, logo após replicar reportagem do Estadão/Broadcast que relata que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe de profissionais do jornal que acompanha uma manifestação pró-governo realizada hoje, em Brasília.

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O fotógrafo Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente a rampa do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, numa área restrita para a imprensa quando foi agredido.

Mais cedo, o governador fluminense afirmou que enquanto o ponto básico de atenção no mundo inteiro é manter o isolamento social, o presidente do Brasil segue em caminho contrário, "mandando as pessoas para o corredor da morte". Witzel questionou: "Até quando o presidente vai tratar a covid-19 como um resfriadinho?".

O governador do Rio é um dos principais atores da guerra política instaurada entre o presidente e governadores em meio à pandemia do novo coronavírus. Em artigo publicado ontem no jornal O Globo, Witzel pediu que o mandatário pare de incendiar o Brasil e assuma sua responsabilidade em ajudar os Estados no enfrentamento da pandemia do coronavírus.

"(O presidente) não consegue ter conosco (os Estados) uma relação institucional. Quer jogar nas nossas costas a culpa de tudo. Não vai ser assim, presidente. Assuma sua responsabilidade. Ou sua irresponsabilidade", escreveu.

Na semana passada Bolsonaro voltou a dizer que não se responsabiliza pelas mortes pela covid-19 e que "a conta" deve ser direcionada aos governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrição.

Mais um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) repudiou neste domingo (03) as agressões sofridas por jornalistas durante manifestação pró-Bolsonaro em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que o episódio deve ser repudiado "pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito".

"As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade", disse Moraes em postagem no Twitter. Foi Moraes quem suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão se seu após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro sair do governo e acusar Bolsonaro de interferir politicamente na corporação.

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe de profissionais do Estadão/Broadcast que acompanhava a manifestação pró-governo realizada em Brasília, e que tinha entre os alvos de crítica o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ministros do STF.

Mais cedo, a ministra Cármen Lúcia afirmou que "quem transgride e ofende a liberdade de imprensa, ofende a Constituição, a democracia e a cidadania brasileira". Segundo Cármen Lúcia, isso "significa atuar de maneira inconstitucional".

Já o ministro Gilmar Mendes disse que "a agressão a jornalistas é uma agressão à liberdade de expressão e uma agressão à própria democracia". "Isso tem que ficar claro", completou Mendes. Ele e Cármen participam de transmissão ao vivo pela internet promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Logo após os ataques, o ministro Luís Roberto Barroso foi ao Twitter defender o jornalismo profissional como forma de combater o "ódio, a mentira e a intolerância". "Dia da liberdade de imprensa. Mais que nunca precisamos de jornalismo profissional de qualidade, com informações devidamente checadas, em busca da verdade possível, ainda que plural. Assim se combate o ódio, a mentira e a intolerância", postou Barroso no início da tarde em uma rede social.

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, 3, que as "Forças Armadas" estão ao lado do seu governo e que pede a Deus que "não tenhamos problemas nesta semana" porque ele "chegou no limite" e "daqui para frente não tem mais conversa" e a Constituição "será cumprida a qualquer preço".

"Vocês sabem que o povo está conosco, as forças armadas ao lado da lei, da ordem, da democracia, liberdade também estão ao nosso lado. Vamos tocar o barco, peço a Deus que não tenhamos problema nessa semana, porque chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço. Amanhã nomeados novo diretor da PF, e o Brasil segue seu rumo", afirmou em discurso publicado nas suas redes sociais.

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O discurso do presidente ocorre na semana em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, proibiu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a Polícia Federal, e o ex-ministro Sérgio Moro prestou depoimento numa ação que tramita no STF que investiga se Bolsonaro tentou interferir na PF para ter acesso ilegal a inquéritos sigilosos que miram seus filhos e apoiadores.

O presidente Jair Bolsonaro participa neste domingo, 3, de manifestação em favor de seu governo e repleta de palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "O que nós queremos é o melhor para o nosso país, a independência verdadeira dos três Poderes, não apenas uma letra da Constituição. Chega de interferência, não vamos mais admitir interferência, acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente", disse.

O presidente também afirmou que a manifestação organizada em Brasília é espontânea, com chefes de família, "pela governabilidade, democracia e liberdade". Ele afirmou também que tem o povo ao seu lado e as Forças Armadas ao lado do povo pela "lei, ordem, democracia e liberdade.

Ao defender a volta ao trabalho, o presidente disse que "infelizmente" muitos serão infectados pelo novo coronavírus, e que muitos perderão suas vidas, mas emendou afirmando que "é uma realidade, que temos que enfrentar". "O País de forma altiva vai enfrentar seus problemas, sabemos do efeito do vírus, mas infelizmente muitos serão infectados, infelizmente muitos perderão suas vidas também, mas é uma realidade, e nós temos que enfrentar. Não podemos fazer com o que o efeito colateral do tratamento do combate ao vírus, seja mais danoso que o próprio vírus", disse.

Bolsonaro também afirmou que o Brasil "como um todo" reclama pelo volta ao trabalho e que governadores "irresponsáveis" estão destruindo empregos. "Brasil como um todo reclama volta ao trabalho, essa distribuição de empregos irresponsável por parte de alguns governadores é inadmissível, o preço será muito alto na frente, desemprego, miséria", afirmou.

Neste sábado, 2, o Brasil chegou a 96.559 pessoas diagnosticadas com a covid-19 e 6.759 mortes decorrentes da doença. Mesmo assim, manifestantes furaram o isolamento social e fazem aglomerações pela Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. Ao cumprimentar seus apoiadores da rampa do Planalto, Bolsonaro reuniu centenas de pessoas em frente ao prédio.

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