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Os moradores do município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR) ainda tentam entender o que aconteceu na cidade, um dia após o fim da greve da Polícia Militar de Pernambuco. Palco dos principais relatos de saques, o comércio da cidade voltou a funcionar, mas com muitas lojas fechadas e o medo ainda está presente entre lojistas e clientes.

A loja de calçados Di Santinni foi alvo dos saqueadores, que arrombaram a porta do estabelecimento. Segundo o gerente Sergio Antonio Marcelino, os saqueadores levaram quase todos os calçados. “Não sobrou quase nada nas vitrines. Teve até quem levasse apenas um pé do calçado", disse.

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O funcionário Edson Silva, da loja de roupas Emanuelle, contou que, apesar do estabelecimento não ter sido alvo dos vândalos, o sentimento de medo é muito grande. “Estamos muitos assustados ainda. Eu vi carros da polícia passando, mas nenhum para, apenas passa e vai embora”. Ele contou que a ação dos ladrões prejudicou a venda. “O movimento é bem baixo e isso está prejudicando as vendas, porém, vamos operar de forma normal”.

O motorista Carlos Alberto da Silva, 53 anos, perdeu um filho. Segundo o motorista, pessoas armadas confundiram seu filho com os ladrões que estavam saqueando. “Meu filho foi morto ontem com quatro tiros. Confundiram-no com os ladrões que estavam saqueando tudo”. Ele ficou impressionado com a dimensão dos casos. “Nunca vi isso na minha vida. Parecia que o mundo estava acabando e o povo desesperado atrás de suprimento”.

A ambulante Vânia Ferreira, 45 anos, admitiu que ainda tem medo do que possa acontecer após as ondas de saques. “Ainda tenho medo, vou embora mais cedo para evitar qualquer problema, mas graças a Deus não levaram nada meu”.

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