Tópicos | Dia da Mulher

O governo federal realizou, neste mês de março, o mês da mulher, que tem o Dia Internacional da Mulher celebrado no dia 8, uma série de anúncios de ações e medidas para a garantia dos direitos das mulheres, sendo o envio do projeto de lei que garante a igualdade salarial entre homem e mulher, proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e enviada ao Congresso Nacional no Dia Internacional da Mulher deste ano. A medida estabelece a igualdade salarial para o exercício da mesma função e que empresas tenham maior transparência remuneratória, além de ampliar a fiscalização e o combate à discriminação salaria. 

O presidente Lula também enviou ao Congresso o projeto de lei que cria o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento da Violência Política, de Gênero e Raça, a ser comemorado no dia 14 de março, com o objetivo de reconhecer a luta da vereadora ativista e do atuar no enfrentamento à violência política de gênero e de raça. A data marca o dia em que a vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada, em 2018. 

##RECOMENDA##

O Programa Mulher Viver sem Violência, com implantação de 40 unidades das Casas da Mulher brasileira, com investimento de R$ 372 milhões e uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, será recriado pelo governo federal, segundo anunciou a ministra das Mulheres Cida Gonçalves. O programa também prevê a doação de 270 viaturas para a Patrulha Maria da Penha, em todos os estados, incluindo Pernambuco. Inclusive, a governadora Raquel Lyra (PSDB) já recebeu a chave simbólica das viaturas em evento em Brasília neste mês de março. 

Na saúde, haverá um decreto que trata sobre a dignidade menstrual. O compromisso é a distribuição gratuita de absorventes feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além do lançamento de um programa de equidade de gênero e raça entre os servidores do SUS. 

Para a educação, as obras de 1.189 creches que estavam com o andamento paralisado serão retomadas, assim como serão asseguradas vagas em cursos e programas de educação profissional e tecnológica para 20 mil mulheres em situação de vulnerabilidade nos próximos dois anos. 

Junto com as já mencionadas, o governo federal fez o anúncio de pelo menos 30 ações em vários âmbitos voltadas às mulheres e meninas neste mês de março, sendo outras delas: Empreendedoras.tech: Programa de Apoio a Empreendedoras na Tecnologia; Programa “Mulher Cidadã - cidadania fiscal para mulheres”; Mulheres na Favela - Capacitação de mulheres em 3 laboratórios de inovação social no Rio de Janeiro (Penha), São Paulo (Paraisópolis) e Salvador (Coutos); Projeto de Lei que altera a Lei do Bolsa Atleta (Lei 10.891 de 09/07/2004) para garantir licença maternidade e proteção aos direitos da gestante; Política de enfrentamento ao assédio sexual e moral e discriminação na administração pública federal - Protocolo de apuração e denúncia; 8% de contratação de mulheres vítimas de violência nas licitações. 

Pernambuco

O Estado de Pernambuco, comandado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) também fez o anúncio de algumas medidas importantes. O funcionamento em regime de plantão 24 horas de cinco Delegacias da Mulher começou a valer no início de março, a partir de publicação no Diário Oficial do Estado. 

As unidades que passaram a atender de forma ininterrupta foram: Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Petrolina e Caruaru, além da unidade do Recife, no bairro de Santo Amaro, área central, que já funcionava neste formato. 

 

 

Um aluno do Centro de Ensino Médio (CEM) 9, em Ceilândia, no Distrito Federal (DF), cometeu um ato racista contra sua professora de português, na última quarta-feira (8). No Dia da Mulher, ele entregou para a docente, uma mulher negra, um pacote de esponja de aço na sala de aula, na frente dos demais colegas.

A cena foi filmada por outro aluno e publicada nas redes sociais. No vídeo é possível ouvir a professora comentando, após abrir o 'presente': “tudo o que vem, volta”. Ela ainda agradece ao aluno pelo presente e ele responde "Por nada, professora. Feliz Dia da Mulher.".

##RECOMENDA##

A escola informou, em entrevista à TV Globo, que solicitou ao aluno que escrevesse um texto pedindo desculpas à professora, e que os pais foram notificados sobre o caso. A diretoria da escola informou também que já conversou com a professora.

Em nota, a Secretaria de Educação do DF (SEDF) lamentou o caso, e disse que “repudia qualquer tipo de preconceito e reforça compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos”.

Procurada pelo LeiaJá, a SEDF atualizou sobre os passos que serão tomados, já que a escola só ficou sabendo do ocorrido na última segunda-feira (13). "A direção da escola indicou ainda que fará ações nas salas de aula, como rodas de conversa para instruir estudantes sobre o assunto", diz a nota.

O presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Samuel Fernando, também se manifestou por meio de nota. “É lamentável episódio como esse contra professora em exercício da profissão dentro da sala de aula. Precisa ser apurado com o rigor da lei. É apenas mais um exemplo de como os professores são tratados em sala de aula, os professores precisam ser valorizados, os professores merecem respeito”, disse ele.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) anunciou nesta quinta-feira (9), em suas redes oficiais, que entrou com notícia-crime contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) devido ao discurso feito por ele na plenária da última quarta-feira (8). Na ocasião do Dia Internacional da Mulher, a sessão especial tinha o intuito de homenagear as mulheres. Ferreira subiu ao palanque com uma peruca loura, se apresentou como “deputada Nicole”, e atacou as mulheres trans ao dizer que “mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres”.

“Vamos acionar todos os meios legais para dar um BASTA. Transfobia é CRIME! Tá na lei. Enquanto não formos intolerantes contra o ódio, nosso país seguirá sendo o que mais mata pessoas trans no mundo.”, afirmou Amaral em suas contas nas redes sociais.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Na noite de ontem ela já havia entrado com pedido de cassação do deputado pelos ideais defendidos em seu discurso. Além dela, outras bancadas entraram com ações contra Nikolas Ferreira. O presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou contra o parlamentar.

Dos 513 deputados federais eleitos no Brasil, cerca de 10% são mulheres, e apenas duas são mulheres trans. Segundo o ranking anual Transgender Europe (TGEU), o Brasil é, há 14 anos, o país que mais mata pessoas trans no mundo.

O discurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) na Câmara dos Deputados viralizou na internet na tarde desta quarta-feira, 8, e isso ocorreu após ele ironizar o feminismo e dizer que o lugar das mulheres está sendo "roubado" por "homens que se sentem mulheres". O mineiro de 26 anos colocou uma peruca loura para ter o seu "lugar de fala" respeitado no Dia das Mulheres. O ato abriu debate sobre a possibilidade de Nikolas ter praticado transfobia e ter infringido o decoro parlamentar.

Natural de Minas Gerais, Nikolas Ferreira se tornou o deputado federal mais votado do País nas últimas eleições. Filiado ao PL, o jovem que recebeu quase 1,5 milhão de votos é apoiador de Bolsonaro e próximo dos filhos do ex-presidente. Essa aproximação, no entanto, não se restringe apenas à amizade. Durante a pandemia, o parlamentar seguiu a mesma linha do ex-chefe de estado e tentou revogar a lei que obrigava o uso de máscaras em espaços públicos em Belo Horizonte.

##RECOMENDA##

Nikolas é bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e se descreve nas redes sociais como "cristão, conservador e defensor da família". Nas redes sociais, o deputado já acumula quase nove milhões de seguidores. No ambiente virtual, tornou-se conhecido por falas polêmicas e de grande repercussão. Durante as eleições de outubro do ano passado, por exemplo, o parlamentar convocou jejuns e vigílias na tentativa de convencer fiéis indecisos ou eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a votarem em Bolsonaro.

Sua atuação na Câmara, até o momento, se restringe ao discurso voltado à família, religião e liberdade econômica. Antes de conquistar a cadeira no parlamento, o deputado já pleiteou uma vaga na prefeitura de Belo Horizonte e recebeu cerca de 30 mil votos para vereador. Durante seu mandato de vereador, Ferreira apresentou 13 projetos de lei, dentre eles, um contra a adoção da linguagem neutra.

Nesta quarta, 8, a bancada do PSOL na Câmara, em conjunto com parlamentares de outros partidos, entraram com uma representação no Conselho de Ética da Casa contra o deputado. Uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que o parlamentar cometeu crime de transfobia, também foi realizada.

Além dessa acusação, o deputado já acumula outras denúncias, uma na 5ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, por injúria racial contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG), e outra no Ministério Público de Minas Gerais por expor vídeo de uma aluna trans no banheiro de uma escola do estado. Ambos os casos estão em andamento.

Após vestir peruca no plenário da Camara para criticar a abertura da mulher trans na sociedade, o deputado Nikolas Ferreira (PL) negou que seu discurso foi transfóbico. Em pleno Dia Internacional da Mulher, nessa quarta-feira (8), o parlamentar bolsonarista reforçou estereótipos em sua fala e, em tom pejorativo, disse que se chamava "Nicole" para poder discutir sobre a temática. 

Diante da cobrança de parlamentares pela cassação do seu mandato e da notícia-crime protocolada pelo PSOL, na madrugada desta quinta (9), Nikolas usou as redes sociais para classificar a resposta à sua fala como "histeria e narrativa". 

##RECOMENDA##

"Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso é histeria e narrativa", escreveu em seu perfil. Ele ainda disse que defendeu o espaço das mulheres nos esportes e de não ter um "homem" no banheiro feminino. 

Nikolas ainda foi repreendido pelo presidente Arthur Lira. O Ministério Público Federal acionou a Câmara para que seja apurada a existência de 'violação ética'. 

A bancada do PSOL na Câmara acaba de entrar com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele é acusado de transfobia.

O deputado usou a tribuna nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, para atacar mulheres transgênero. Ele afirmou que as 'mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres'. Também vestiu uma peruca e ironizou: "Hoje me sinto mulher, deputada Nicole."

##RECOMENDA##

"Estou defendendo a sua liberdade. A liberdade por exemplo, de um pai recusar de um homem de dois metros de altura, um marmanjo, entrar no banheiro da sua filha sem você ser considerado um transfóbico. Liberdade das mulheres, por exemplo, que estão perdendo seu espaço nos esportes, estão perdendo os seus espaços até mesmo em concurso de beleza, meus senhores. E pensa só isso: uma pessoa que se sente simplesmente algo impõe isso pra você", afirmou em seu discurso.

A iniciativa do PSOL é liderada por Erika Hilton (SP), primeira deputada transgênero da história, ao lado de Duda Salabert (PDT-MG). Ambas foram eleitas no ano passado.

A notícia-crime afirma que Nikolas Ferreira tentou 'humilhar e constranger toda a população transexual' e que as declarações do deputado aumentam o risco de violência contra pessoas trans.

Os parlamentares também afirmam que o discurso é "ofensivo", "criminoso" e "vulnerabiliza ainda mais as minorias de gênero". "Direcionado a manifestar discriminação e ridicularizar pessoas transexuais e travestis", diz o documento.

Nikolas Ferreira já responde a um processo por dizer que só chamaria a deputada Duda Salabert de 'ele'. "Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou em uma entrevista concedida em dezembro de 2020, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte.

Em 2019, o STF equiparou a transfobia ao crime de racismo. Com a decisão, quem discriminar pessoas transgênero pode ser condenado a até cinco anos de reclusão.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), repreendeu o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que, no Dia Internacional da Mulher, fez uma pregação contra o feminismo usando uma peruca loura e se apresentando como "deputada Nikole".

"O plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém", escreveu Lira em sua rede social.

##RECOMENDA##

Deputado mais votado do País, com 1,47 milhão de votos, Nikolas, debochou do movimento de direitos das mulheres e defendeu que elas retomem a feminilidade concebendo filhos e casando.

Como mostrou o Estadão, o nível de ofensas na Casa levou Lira a pedir aos colegas o controle verbal e ameaçar com processo no Conselho de Ética aos que não se controlarem.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) disse que vai entrar com pedido de cassação do deputado pela fala transfóbica. "Estamos falando de um homem, que no dia internacional das mulheres, tirou o nosso tempo de fala para trazer uma fala preconceituosa, criminosa, absurda e nojenta. A transfobia ultrapassa a liberdade de discurso que é garantida pela imunidade parlamentar. Transfobia é crime no Brasil", afirmou. Nikolas retrucou: "Não precisa ter mais diálogo. Tudo agora é cassação".

Ao final do discurso do parlamentar mineiro, Maria do Rosário, presidente da sessão desta quarta-feira, evitou citar nominalmente Nikolas e pediu aos colegas uma "sessão respeitosa" por conta da data especial para as mulheres.

"Eu peço licença aos senhores, eu não concederei o microfone de aparte neste momento. Porque eu não quero este plenário no dia 8 de Março com dificuldades. Eu quero que vossas excelências respeitem essa presidência. Eu concederei o microfone de apartes exclusivamente, para as mulheres. Porque o objetivo dessa sessão, é que elas usem da palavra", afirmou durante a sessão.

A sessão da Câmara nesta semana teve destaque para pautas voltadas às mulheres. Nesta quarta-feira, a sessão foi presidida interinamente por deputadas. A Casa, que tem quase 200 anos de existência, nunca elegeu uma mulher à Presidência.

Na manhã desta quarta-feira (8), em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), abriu uma programação especial voltada para o público feminino. Na ocasião, o presidente da Assembleia, Álvaro Porto (PSDB) e o primeiro-secretário e deputado estadual Gustavo Gouveia (Solidariedade), anunciaram o oferecimento de 120 bolsas de pós-graduação para o curso de Gestão Pública e Sustentabilidade Social na Faculdade Novo Horizonte, destinadas às servidoras. 

A iniciativa, promovida pela presidência e primeira-secretaria da Casa, faz parte da necessidade de fomentar a participação feminina no mercado de trabalho e em espaços de poder. “Hoje, temos um percentual de 44% de trabalhadoras mulheres na Alepe. Nosso objetivo é qualificá-las para que possamos equilibrar e fortalecer a sua participação em espaços de trabalho”, destacou Gustavo Gouveia. 

##RECOMENDA##

Também estiveram presentes no evento as deputadas estaduais Dani Portela (PSOL) e Rosa Amorim (PT), além de Margarida Novaes, que tem um trabalho voltado para as funcionárias da Casa e representou as demais servidoras do poder legislativo de Pernambuco. 

A programação em alusão ao Dia Internacional da Mulher segue até o dia 15 do mês de março. As atividades fazem parte do projeto “Alepe Mulher” e incluem debates, palestras, rodas de conversas sobre temas da atualidade como feminicídio, direitos da mulher, vida saudável e o papel das trabalhadoras no serviço público.

Da assessoria 

 

A cantora Preta Gil encantou os fãs com uma postagem no Instagram. Nesta quarta-feira (8), a artista usou a rede social para lembrar do Dia Internacional da Mulher. Sem maquiagem, Preta celebrou com os seguidores a importância da data. "Sigamos nossas lutas, celebrando nossa existência, nossa história, nossa força e nossa liberdade de ser quem somos!!!", escreveu.

Depois de fazer a postagem, a voz do hit Sou Como Sou recebeu o carinho dos internautas. "Você é necessária e foi fundamental pra chegarmos no momento em que estamos hoje! Gratidão por isso!", disse uma pessoa. Famosas como Camila Pitanga, Carolina Dieckmann, Giovanna Antonelli, Sandra de Sá, Marina Sena, Silvia Poppovic e Beth Goulart exaltaram a trajetória de Preta Gil.

##RECOMENDA##

Veja o conteúdo:

[@#video#@]

Primeira mulher a ocupar o cargo de vice-prefeita da história do Recife, Isabella de Roldão foi uma das convidadas da cerimônia de abertura da Semana da Mulher da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Bastante exaltada na sua chegada no evento, Isabella reforçou durante o seu discurso a importância das mulheres permanecerem na vida pública, apesar de todas as dificuldades enfrentadas no meio político, majoritariamente composto por homens, e de conciliar com as diversas atribuições diárias.

"Primeiro eu gostaria de desejar um feliz oito de março para todas as mulheres que constroem a nossa cidade e o nosso estado. A mulher brasileira é feita de coragem. Sabemos o quão desafiador é para as mulheres entrarem na política. Entrar na política já é difícil e permanecer é um ato ainda maior de resistência", ressalta Isabella.

##RECOMENDA##

Para a vice-prefeita do Recife, o grande despertar da data de hoje é conscientizar as meninas e mulheres a se interessarem cada vez mais pela política. "Sempre que posso, incentivo as mulheres a aprenderem mais sobre política. Por exemplo: eu adoro receber crianças no meu gabinete e ontem recebi um grupo de estudantes de 10 anos. Fiz questão de inspirar as meninas a entrarem na política, afinal, são essas crianças que irão construir nosso futuro." 

Abrindo o evento, o presidente da Alepe, Álvaro Porto, ressaltou o papel da Assembleia na luta pelo direito feminino. "Hoje é o dia que o mundo inteiro reverencia e celebra as conquistas femininas. A Assembleia Legislativa de Pernambuco se coloca como uma aliada na luta pela ampliação desses direitos." Também discursaram sobre o tema as deputadas estaduais Rosa Amorim e Dani Portela, presentes na solenidade que contou ainda com a palestra da jornalista e cientista política, Priscila Lapa.

Encontro com as secretárias da Prefeitura 

Depois do evento na Alepe, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, participou de um almoço com as secretárias e ex-secretárias da Prefeitura do Recife, em celebração à data. Participaram do encontro Ana Paula Vilaça, Luciana Albuquerque, Ana Rita Suassuna, Glauce Medeiros, Cinthia Mello e Adynara Gonçalves, além das ex-secretárias Eduarda Médicis e Erika Moura.

*Da assessoria 

A Casa Marielle Franco, localizada em frente à Praça do Derby, no Recife, é onde cerca de 200 mulheres e suas famílias se reúnem em um acampamento provisório realizado pelo Movimento Sem Terra (MST) desde a última segunda-feira (6). A concentração foi montada para que hoje, 8 de março, elas participem do ato do 8M, caminhada pelo Dia Internacional da Mulher.

De acordo com a coordenação de comunicação do MST, nos últimos dias chegaram ônibus de quase todas as regionais do estado com assentadas para participarem da passeata, que sai do Parque 13 de Maio, no centro do Recife, até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. O intuito é entregar à governadora Raquel Lyra (PSDB) as reivindicações de moradia digna para os integrantes do movimento.

##RECOMENDA##

Uma das participantes é Mauriceia Matias, vinda do assentamento Normandia, localizado em Caruaru, no Agreste do estado. “Entre outros pontos, pontuamos a condição de produção. Como é que a mulher consegue se empoderar a partir, inclusive, de sua economia, da sua geração de renda? E a partir daí gerar todas as suas condições”, ela explicou ao LeiaJá.

[@#galeria#@]

Além disso, Mauriceia menciona outro ponto crucial dentro dos pedidos do movimento, em relação ao acesso à alimentação. Políticas públicas já existentes, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que são iniciativas do governo federal, precisam chegar com mais eficiência a essas populações. “Para que as mulheres camponesas possam produzir em uma larga escala para que possa ser entregue na merenda escolar dos municípios e do estado”, ela defende.

Na terça-feira (7) foram realizadas rodas de debate e oficinas, em que foram elaboradas as pautas inseridas nas reivindicações para o governo do estado. “O campo, infelizmente, não tem a mesma visibilidade do que a capital, mas imaginar que a gente pode fortalecer o campo é uma forma de organização para a gente contribuir para os municípios onde residimos”, concluiu Mauriceia.

O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta quarta-feira (8). Para ressaltar a importância da data, de lembrar que o lugar da mulher é onde ela quiser, o LeiaJá destaca cinco famosas que fazem acontecer nas redes sociais.

Tais Araújo

##RECOMENDA##

Tais Araújo ficou nacionalmente conhecida na década de 1990, quando protagonizou a novela Xica da Silva. Colecionando no currículo trabalhos intensos, a atriz usa seus perfis na internet para falar o que muita gente gostaria de ouvir e também de dizer. Atenciosa com os seguidores, a estrela da dramaturgia sempre rompe barreiras ao falar de assuntos que movimentam a sociedade.

Mônica Martelli

Quem acompanha Mônica Martelli na internet sabe que a luta dela pela conquista de espaços não é de agora. A atriz nascida em Macaé, no Rio de Janeiro, conviveu de mãos dadas com mulheres fortes desde quando era criança. Assim como a amiga Tais Araújo, Mônica também é uma inspiração para outras mulheres com relatos fortes, humorados e empáticos.

Astrid Fontenelle

Com 2,3 milhões de seguidores (Instagram e Twitter), Astrid Fontenelle não perde tempo quando o assunto é levantar reflexões. Cheia de atitude, a jornalista e apresentadora do GNT encanta internautas com postagens que estimulam o ser humano a pensar, agir com equilíbrio e criar conexões responsáveis no seu dia a dia.

Zezé Motta

A turma que acompanha os passos de Zezé Motta nas redes sociais é presenteada com os conhecimentos e vivências da atriz. Dona de um talento admirável, Zezé cria pontes com outras mulheres através de opiniões certeiras, evidenciando o poder que cada brasileira possui para alcançar seus objetivos.

Paola Carosella

"Eu luto porque eu quero, porque eu posso e porque ainda não cansei. Minha vida é fácil demais se comparada a de milhões, a maioria das mulheres do mundo que não tem nem a possibilidade de escolher lutar. A vida delas é um campo de batalha". Foi com o trecho desse texto que a chef Paola Carosella falou do Dia da Mulher, nesta quarta-feira (8). A empresária argentina reverbera na internet com declarações intensas e que impulsionam suas seguidoras a serem o que desejar nessa vida. No Instagram e Twitter, Paola encoraja o seu público com sabedoria e atenção.

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, afirmou nesta quarta-feira, 8, que é um alvo de ameaças nas redes sociais maior do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um evento de homenagem ao Dia Internacional da Mulher no Senado Federal, a socióloga defendeu a presença de mulheres na política e se comprometeu a lutar contra a violência e gênero nos espaços de poder. O encontro marcou a entrega do diploma Bertha Lutz, que Janja recebeu ao lado de outras seis mulheres.

Janja abriu o seu discurso utilizando gênero neutro, com "todos e todes", e compartilhou a situação de ataques que tem vivenciado. "Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataques a honra e ameaças nas redes sociais, ate mais que o presidente da República. Sei que muitas de vocês também passam por isso, pela mesma e terrível experiência de ver seu nome, seu corpo, sua vida exposta de uma forma mentirosa", afirmou.

##RECOMENDA##

A primeira-dama lembrou o recorde no número de mulheres ocupando os ministérios e também defendeu a ampliação da presença feminina na política. "Precisamos institucionalizar a nossa presença nos espaços de poder e garantir que exista e sejam cumpridas as regras de paridade. Também serei aliada incondicional de primeira hora nas ações de violência e gênero na política", disse. "Nenhuma de nós com medo, todas de nós na política."

Nas últimas eleições, o País consolidou um número recorde de mulheres no Senado, somando 15 parlamentares, mas ainda longe da metade do total de 81 cadeiras. Na Câmara, as deputadas representam apenas 18% das 513 vagas, mesmo com o aumento de 41% nas candidaturas nas eleições de 2018 para 2022. No caso dos ministérios, Lula levou 11 mulheres para o primeiro escalão - há 37 cargos disponíveis.

O Senado Federal entregou nesta quarta-feira, 8, o diploma Bertha Lutz para sete mulheres que contribuíram, de forma relevante, para a defesa dos direitos das questões de gênero no Brasil. O prêmio leva o nome da bióloga e advogada paulista que foi uma das figuras mais importantes do feminismo e da educação no País durante o século XX.

Os nomes foram escolhidos pela bancada feminina da Casa. Na lista de homenageadas, estão nomes das áreas de segurança pública, da comunicação e do direito. Dentre as premiadas estão Ilona Szabó de Carvalho, Ilana Trombka, Nilza Valéria Zacarias, Rosa Weber, Rosângela Silva, Clara Filipa Camarão e Glória Maria.

Um a cada cinco brasileiros afirma ter visto alguma mulher sendo abusada sexualmente em 2022, aponta o levantamento International Women's Day, realizado pelo instituto de pesquisa de mercado Ipsos em conjunto com a Universidade King College, de Londres. O estudo, direcionado ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, 8 de março, entrevistou 22.508 pessoas entre 16 e 74 anos de 32 países diferentes sobre assuntos que envolvem igualdade de gênero, violência contra a mulher e percepções sobre a discriminação contra o público feminino.

Mil brasileiros participaram da pesquisa, que foi feita de forma online entre os dias 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro deste ano. O grupo de 21% de entrevistados do Brasil que afirmou ter visto, de forma próxima, uma mulher sendo vítima de abuso sexual no ano passado colocou o País na 8ª colocação do ranking na categoria, cuja média de respostas positivas foi de 14%.

##RECOMENDA##

O país que mais reuniu testemunhas deste tipo de violência foi a Tailândia, com 30%, seguido de Peru (29%), Índia (28%), Indonésia (25%), África do Sul (23%), Colômbia (22%) e Malásia (21%). As três últimas nações do ranking foram a Hungria e a Polônia (as duas com 6%), e o Japão, onde só 4% disseram ter visto alguma mulher sendo vítima de violência sexual.

O Brasil também ficou na oitava posição quando a pergunta do levantamento foi se, no ano passado, o entrevistado ou a entrevistada teria ouvido um amigo ou membro da família fazer um comentário sexista sobre uma mulher? Dos brasileiros abordados, 36% responderam positivamente. A média foi de 27%.

Quem encabeça o ranking nesta categoria da pesquisa é o Chile, com 45% dos participantes respondendo sim à pergunta. Dos outros quatro que estão no top 5, três são países sul-americanos: Argentina (44%), Peru (40%) e Colômbia (39%) - Portugal também aparece como um dos líderes do ranking com 41%.

Também para esse questionamento os japoneses foram os que menos presenciaram um amigo ou membro da família fazendo um comentário sexista sobre uma mulher: 4%.

A International Women's Day também revelou que, apesar das pessoas presenciarem essas cenas, não são todos que intercedem ou repreendem os agressores. No Brasil, apenas 14% afirmam confrontar o abusador, sendo que a iniciativa do embate, na maior parte das vezes, é feito pelas mulheres (15%), do que os homens (12%).

Apenas 27% responderam na pesquisa que alertaram, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher.

Em contrapartida, somente 5% dos brasileiros entrevistados afirmaram que o assunto sobre violência contra a mulher não foi importante para elas no ano passado, e apenas 9% consideram que tomar alguma medida contra isso não teria feito nenhuma diferença para diminuir esse espaço de desigualdades.

No entanto, 11% admitiram ter medo de tomar alguma medida em defesa da igualdade de gênero com receio de ser abusado fisicamente ou ameaçado. Esse pode ser um dos motivos, segundo a pesquisa, pelo qual as pessoas deixaram de tomar alguma ação quando presenciaram cenas de mulheres sendo vítimas de alguma violência sexual.

Até porque, no País, apenas 11% afirmam que não tomaram nenhuma atitude frente a um caso de violência sexual contra mulheres porque nunca estiveram em uma situação em que tenham visto um exemplo de desigualdade de gênero. Ou seja, os brasileiros que nunca viram uma cena do tipo são minoria. É um dos menores índices de respostas afirmativas da pesquisa, que posicionam o Brasil à frente apenas de Turquia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Japão no ranking do estudo.

Outros dados sobre brasileiros levantados na pesquisa:

- 70% acreditam que as mulheres vão conseguir atingir a igualdade de gênero quando os homens apoiarem os direitos delas;

- 74% afirmam que há medidas que a própria pessoa pode adotar para promover a igualdade entre homens e mulheres;

- 46% dos brasileiros se definem como feministas;

- 66% discordam da afirmação de que um homem é "menos homem" quando precisa ficar em casa para cuidar de uma criança;

- 78% enxergam que, atualmente, existe uma desigualdade entre mulheres e homens em termos de direitos sociais, políticos e/ou econômicos no país;

- 47% dizem ter medo de defender os direitos das mulheres por receio das consequências;

- 23% admitem ter presenciado descriminação de gênero no trabalho em 2022 e 21% afirmam que falaram sobre o assunto no ambiente profissional no ano passado;

- 34% afirmam ter conversado com amigos ou familiares sobre igualdade de gênero em 2022;

- 27% dizem ter alertado, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher;

- 10% (9% homens e 11% mulheres) admitem ter participado de algum protesto em defesa dos direitos das mulheres no ano passado;

- 13% dizem não saber como conversar sobre igualdade de gênero;

- 8% admitem que se preocupam com o que as outras pessoas vão achar sobre o posicionamento adotado; e 10% temem que isso pode prejudicá-los no trabalho;

- 7% dizem não querer promover a igualdade de gênero e 5% acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres não existem.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, afirmou nesta quarta-feira (8) que há uma "sub-representação feminina" no Congresso Nacional, destacando como um "projeto em permanente construção" a batalha pelo fim da discriminação de gênero. A fala ocorreu no Senado, onde a ministra recebeu o diploma Bertha Lutz, importante ativista do feminismo no século XX.

"A igualdade fez-se assim e continua a se fazer a sub-representação feminina também nesse Parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher. Vale dizer, igualdade formal, na lei, e não igualdade substancial, efetiva", disse.

##RECOMENDA##

Segundo Rosa Weber, a sociedade brasileira é marcada por um "machismo estrutural" em torno do qual "se edificaram as estruturas procedimentais e de tomada de decisão de modo a não considerar a mulher como ator político institucional relevante no projeto democrático constitucional".

"Por isso, reafirmar o direito das mulheres à igualdade de tratamento e de acesso aos espaços decisórios públicos como forma de luta à discriminação de gênero não se trata de projeto realizado, mas, sim, de projeto em permanente construção", reiterou a presidente do Supremo.

Milhares de mulheres vão às ruas nesta quarta-feira (8) para denunciar uma ofensiva global contra seus direitos e exigir o fim da discriminação e dos feminicídios, que aumentam em diversos países.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, eventos e manifestações serão organizados em várias cidades ao redor do mundo.

As razões da mobilização são inúmeras: a discriminação imposta no Afeganistão desde a volta do Talibã ao poder, a repressão aos protestos no Irã pela morte de Mahsa Amini, o questionamento do direito ao aborto nos Estados Unidos ou as consequências da guerra da Ucrânia para as mulheres.

No Brasil, atos em São Paulo e no Rio de Janeiro denunciarão os "cortes nas políticas de proteção às mulheres" e o "crescimento vertiginoso do machismo e da misoginia" durante o mandato do direitista Jair Bolsonaro (2019-2022), afirmou Junéia Batista, da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O atual presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, participará em Brasília do lançamento de programas para mulheres e da criação do Dia Nacional Marielle Franco contra a violência política, em homenagem à vereadora assassinada em 2018.

"Os avanços obtidos em décadas estão evaporando diante de nossos olhos", alertou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na segunda-feira.

"No ritmo atual, a ONU Mulheres calcula que serão necessários 300 anos" para alcançar a igualdade entre homens e mulheres, acrescentou ele, depois de recordar a situação no Afeganistão, onde mulheres e meninas foram "apagadas da vida pública" desde o retorno do Talibã ao poder, em agosto de 2021.

As universidades afegãs reabriram na segunda-feira após as férias de inverno, mas apenas os homens foram autorizados a frequentar as aulas.

A União Europeia (UE) adotou na terça-feira sanções contra o ministro talibã do Ensino Superior, Neda Mohammed Nadeem, "responsável pela violação generalizada do direito das mulheres à educação".

Outros indivíduos ou entidades responsáveis por violações dos direitos das mulheres no Irã, Rússia, Sudão do Sul, Mianmar e Síria também foram alvos de sanções.

- Manifestações proibidas -

As manifestações de mulheres foram proibidas em vários lugares, como no Paquistão, onde as autoridades acusaram os "cartazes controversos" que as manifestantes costumam carregar, com reivindicações sobre o divórcio ou contra o assédio sexual.

As organizações feministas independentes de Cuba, que convocaram uma "marcha virtual" nas redes sociais para conscientizar sobre a violência de gênero e os feminicídios, também não receberam autorização para protestar.

Outro tema central dos protestos será a defesa do direito ao aborto, enfraquecido nos Estados Unidos pela decisão da Suprema Corte em junho de revogar a decisão de 1973 que o garantia o acesso a nível federal.

Na Europa, esse direito também foi enfraquecido na Hungria e na Polônia.

"Lutamos contra um patriarcado (...) que disputa até a morte esses nossos direitos - como o aborto - que conquistamos lutando", afirma o manifesto da marcha que acontecerá em Madri.

Na França, foram convocadas manifestações pela "igualdade no trabalho e na vida". O país está em crise por greves e protestos contra a reforma da Previdência promovida pelo governo liberal de Emmanuel Macron, que os críticos dizem ter efeitos nocivos sobre as mulheres.

Também há protestos marcados nas principais cidades do México, Colômbia e Venezuela.

burs-rs-js/mas/aa

Existem diferentes teorias que versam sobre a criação do Dia Internacional da Mulher. A mais aceita prega que a data foi instituída após o histórico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em Nova Iorque, em 1911. Dois anos antes, as trabalhadoras do lugar já haviam feito uma greve, reivindicando melhores condições de trabalho e o voto feminino. 

Também são apontados como origem da data as primeiras etapas da Revolução Industrial, no começo do século 19, e a Revolução Russa, na qual mulheres lutaram por melhores condições de vida e pelo fim da Primeira Guerra Mundial. Por fim, só em 1975, o 8 de março foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dia para celebrar as lutas e dos direitos do gênero feminino. 

##RECOMENDA##

Para entender melhor sobre a data e os motivos pelos quais ela deve ser lembrada, o LeiaJá preparou uma lista de produções audiovisuais que trazem o feminismo como mote. São filmes que podem ensinar mais sobre essas lutas e sua relevância não só para as mulheres, mas para a sociedade como um todo. 

As Sufragistas

Na Inglaterra do início do século XX, a primeira onda do movimento feminista lutava para conseguir o direitos de voto e melhores condições de vida para as mulheres. 

[@#podcast#@]

Histórias Cruzadas

Nos anos 1960, nos Estados Unidos, as mulheres afrodescendentes tinham de abandonar suas famílias para trabalhar para a elite branca. O filme narra a história de uma dessas mulheres da elite que decide entrevistá-las para mostrar suas histórias. 

[@#video#@]

Mulheres do século 20 

O filme se passa na Califórnia do ano de 1979 e acompanha três mulheres de diferentes gerações lidando com questões cotidianas em um mundo pensado por homens e feito para homens. 

Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta

Baseado no livro homônimo de Jennifer Mathieu, o filme conta a história de Vivian Carter (Hadley Robinson), uma adolescente tímida que muda e se depara com um cenário feminista na sua nova escola, na qual as estudantes não se calam perante o assédio masculino e as desigualdades geradas pelo patriarcado.

Feministas: o que elas estavam pensando

O documentário parte de um álbum de fotografias dos anos 1970, preenchido de imagens de mulheres da época que lutavam por seus direitos. O longa mergulha nos desdobramentos da segunda onda do movimento feminista, constituída por mulheres que lutavam por suas carreiras, por liberdade sexual, por autonomia financeira e por direitos reprodutivos. 

 

No mês que marca o Dia Internacional das Mulheres, a Articulação de Organizações de Mulheres Negras do Brasil (AMNB) e a Rede de Mulheres Negras do Nordeste lançam, a partir desta terça-feira (7), agenda coletiva para a 5ª edição do Março de Lutas. Esse ano, o evento tem como tema “Reparação no Brasil: o que as mulheres negras estão pensando?” e contará com programações  que ocorrerão ao longo deste mês em todas as regiões do país. 

Maior grupo demográfico do Brasil, as mulheres negras são também as maiores afetadas pelas desigualdades sociais, retrato de um país que ainda vive sob a égide de uma herança colonial. Nesse sentido, o debate sobre reparação surge com a necessidade de chamar atenção do Estado brasileiro para a dívida histórica que possui com a população negra, em especial mulheres negras, pelos mais de três séculos de escravidão no país.

##RECOMENDA##

Buscando trazer tonicidade à temática, a AMNB e a Rede de Mulheres Negras do Nordeste construíram uma agenda coletiva com programações nacionais e regionais. São mais de 40 atividades incluindo rodas de conversa, atos, seminários e lançamentos de campanhas. Dois dos pontos altos da programação acontecem no próximo dia oito, quando será lançado um manifesto coletivo intitulado "O ‘brado retumbante’ por reparação no Brasil rumo à 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras"; e 21 de março, data que marca o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Neste dia, serão organizados diversos atos pelo Nordeste e em outras regiões do país. A programação completa aqui

Uma das organizadoras do Março de Lutas e coordenadora da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, Halda Regina destaca a importância da mobilização em busca do protagonismo do feminismo negro. "O 8 de março ainda traz aquele discurso de que se há pauta das mulheres ali também estarão inseridas as pautas das mulheres negras, mas sabemos que isso não acontece", comenta. "Então o Março de Lutas tem essa importância, ele enrobustece e alimenta o oito de março quando pautamos as lutas diversas das mulheres negras do Nordeste, do Brasil".

Reiterando o posicionamento de Halda, Cleusa Aparecida, que integra a AMNB e também constrói o Março de Lutas, diz que essa precisa ser uma reivindicação conjunta com todos os setores da sociedade. "Por isso, convidamos a todas, todos e todes a participarem dessa agenda de incidência política em todo solo brasileiro", frisa Cleusa, que menciona o Março de Lutas também como um momento propício para iniciar a  construção da Marcha de Mulheres Negras+10, que deve ocorrer em novembro de 2025, ano em que a primeira edição completa uma década. A marcha aconteceu pela primeira vez em  2015, no Distrito Federal, onde mulheres negras de todo o país se reuniram em defesa de pautas como o fim do racismo e o combate às desigualdades sociais. 

 

Março de Lutas

Criado em 2019 pelo Odara - Instituto da Mulher Negra, o Março de Lutas é uma agenda coletiva para reafirmar a resistência negra no Brasil. O objetivo é que as mulheres negras brasileiras protagonizem uma chamada para compartilhar práticas, experiências e viabilizar denúncias que fortaleçam o enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbofobia que impactam a vida das pessoas negras, especialmente as mulheres.

#MarçodeLutas é a forma de celebrar o legado dos homens e mulheres negras que morreram lutando pela humanidade, cidadania e direitos reconhecidos e assegurados para a população negra. É uma ação que vai reafirmar a denúncia contra as violações de direitos humanos protagonizadas pelo Estado brasileiro, bem como, visa reforçar os debates sobre a importância da vida das mulheres negras no que diz respeito ao enfrentamento a violência doméstica, o feminicídio, o racismo religioso e a violência política.

 

Da assessoria 

A primeira-dama Janja da Silva afirmou que o governo fará uma série de anúncios voltado às mulheres no dia 8 de março, Dia das Mulheres. De acordo com ela, fazer com que o feminicídio no País chegue a zero é uma "obsessão" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como o combate à fome.

"O mês de março é o mês das mulheres e vamos trabalhar com todas as pautas, o tema mulher é um tema transversal, de todos os ministérios", declarou a primeira-dama, em café da manhã fornecido a ministras mulheres do governo e presidentes da Caixa e Banco do Brasil, na manhã desta quarta-feira (1º), no Palácio do Planalto. De acordo com ela, cada ministra e presidente dos bancos presentes no evento têm um "segredo" a ser anunciado no dia 8. "Quero que no dia 8 de março, a gente possa fazer um evento bonito aqui no Planalto com todos esses anúncios", complementou.

##RECOMENDA##

Em discurso de encerramento do evento promovido, Janja prestou homenagem a Ellen Otoni, sobrinha do deputado federal Reimont (PT-RJ), que foi vítima de tentativa de feminicídio ao levar tiros do namorado. "Queria lembrar que esse tema da violência contra a mulher chega a ser pessoal, particular, e que vou, com todas as minhas forças, trabalhar junto com o Ministério das mulheres e sociedade civil para que a gente não possa mais ter que mandar mensagem de força para uma mulher que foi baleada pelo seu namorado ou companheiro", declarou.

"E o pior, esses homens não estão satisfeitos apenas em matar as mulheres, começaram a matar as crianças, os filhos", emendou. "A gente sabe quanto é difícil ocuparmos espaço de decisão e poder, principalmente, na política."

O presidente Lula (PT) afirmou, nesta terça-feira (28), que apresentará no Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, a lei que decreta a igualdade salarial entre homens e mulheres exercendo a mesma função. A promessa da normativa vem ainda da campanha presidencial, e foi o que motivou a entrada da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, na ala de apoio ao então candidato.

O presidente foi enfático em suas palavras, deixando nítida a proposta da lei que será apresentada. “Toda hora que você vai procurar essa lei, parece que existe, mas tem tantas nuances que tudo é feito para a mulher não ter o direito. Ou seja, então é preciso fazer uma lei que diga que a mulher deve ganhar o mesmo salário do homem se exercer a mesma função. E pronto, não tem vírgula”, afirmou.

##RECOMENDA##

Ele complementou sua fala mencionando Ministério do Trabalho e Emprego e o ministro da Pasta, Luiz Marinho. “E é obrigado: se não pagar, vai ter que ter alguém para fiscalizar”, disse.

O presidente Lula discursou no Palácio da Alvorada, em Brasília, durante a reinauguração do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). O órgão foi desativado em 2019, no início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando