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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, rebateu, nesta terça-feira (26), a possibilidade defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes de um retorno do Ato Institucional nº 05. De acordo com Toffoli, “o AI-5 é incompatível com a democracia. Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado".

A afirmativa do presidente da Corte foi dita durante a sua participação no segundo dia do Encontro Nacional do Poder Judiciário em Maceió, capital de Alagoas, que está reunindo presidentes dos 91 tribunais brasileiros.

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A declaração de Guedes causou reações em personalidades políticas após ele ter dito, em coletiva de imprensa realizada em evento nos Estados Unidos, que não seria uma surpresa caso pedissem uma reedição do AI-5 diante de manifestações radicais. No mesmo momento, Paulo Guedes também tentou justificar a fala dita pelo deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também saiu em defesa do ato que marcou o período da Ditadura Militar, pelas torturas e repressões.

Questionado sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro, que em outras ocasiões já se mostrou a favor do regime militar, desconversou da pergunta."Eu falo de AI-38, quer falar do AI-38, eu falo agora contigo aqui. Quer o AI-38, eu falo agora. 38 é meu número. Outra pergunta aí", retrucou fazendo menção ao número da nova sigla do presidente, o Aliança pelo Brasil.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) afirmou, nesta quinta-feira (1º), que o chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, cometeu crimes.

A publicação no Twitter do filho de José Dirceu - um dos condenados na investigação - avalia as últimas revelações feitas pelo site The Intercept Brasil, a partir de conversas do procurador no aplicativo Telegram. 

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“Talvez, no mundo invertido em que vive, as ações de Deltan Dallagnol à frente da Lava Jato, sejam íntegras, éticas e morais, porque nessa realidade aqui, você cometeu crimes, meu 'caro' Deltan Dallagnol”, disparou Zeca Dirceu. 

As mensagens divulgadas pelo site sugerem que Deltan Dallagnol fez questionamentos sobre uma reforma feita pela OAS na casa do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e incentivou uma espécie de cerco contra o ministro em 2016. 

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que vai apresentar, nesta quarta-feira (17), uma denúncia de crime de responsabilidade contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. O parlamentar acredita que os ministros incorreram em abuso de poder ao instaurarem um inquérito e executarem medidas judiciais por conta própria, sem a participação do Ministério Público.

O pedido também será subscrito por outros senadores. Já estão confirmados os apoios de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Lasier Martins (Pode-RS), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Reguffe (sem partido-DF). A denúncia pode levar ao impeachment de Toffoli, que é presidente do STF, e de Moraes.

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"O desrespeito desses dois ministros ao básico do direito brasileiro exige uma reação. Eles avançaram qualquer linha razoável na democracia. Abusaram flagrantemente do poder que têm para constranger denunciantes e críticos", afirmou o senador.

Em março, Dias Toffoli instaurou um inquérito para investigar ataques virtuais contra ministros do STF. Alexandre de Moraes é relator da investigação e já expediu mandados de busca e apreensão contra sete pessoas e determinou o bloqueio das suas redes sociais.

Além disso, Moraes também determinou que o site Antagonista e a revista Crusoé retirassem do ar uma reportagem que citava uma ligação de Dias Toffoli com a Odebrecht, investigada pela Lava Jato. 

Alessandro citou ainda um ofício da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviado ao tribunal nesta terça-feira, que sugere o arquivamento do inquérito. No documento, Dodge afirma que as decisões de Toffoli e Moraes configuram “afronta” a princípios do ordenamento jurídico, ao excluir o Ministério Público do papel de promotor de ações penais e ao concentrar todas as etapas do processo na figura do juiz.

"Seguramente este é o primeiro pedido de impeachment que tem como lastro a manifestação da procuradora-geral da República, apontando os fatos concretos de abuso de autoridade por parte dos ministros", observou Alessandro Vieira.

Quem decide se o pedido de impeachment terá prosseguimento ou não é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Já há pedido de impeachment contra outro ministro do STF, Gilmar Mendes, no Senado. Até o momento, Alcolumbre não se manifestou sobre o assunto. Para que um ministro do STF seja destituído do cargo, é preciso que dois terços da Casa ou 54 senadores votem a favor.

*Com informações da Agência Senado

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, anunciou, no início da sessão plenária desta quinta-feira (14), a abertura de um inquérito para apurar notícias falsas (fake news) que tenham a Corte como alvo.

A medida foi tomada “considerando a existência de notícias fraudulentas, conhecidas como fake news, denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de ânimos caluniantes, difamantes e injuriantes, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal (STF), de seus membros e familiares”, disse Toffoli.

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Ele designou o ministro Alexandre de Moraes como relator da investigação, sem dar mais detalhes sobre o alvo específico do inquérito. Segundo a assessoria do Supremo, trata-se de um procedimento sigiloso.

Ao fazer o anúncio, Toffoli fez uma defesa enfática do Supremo e da liberdade de imprensa. “Tenho dito sempre que não existe Estado Democrático de Direito, não existe democracia, sem um Judiciário independente e sem uma imprensa livre”.

Presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta terça-feira (6), que na democracia o único norte deve ser a Constituição Federal. Em discurso rápido, ao participar da solenidade que comemora os 30 anos da conhecida “Constituição Cidadã”, Bolsonaro disse também que vai continuar construindo o Brasil que a população merece.

"Estamos aqui em um dos centros do Poder, juntos. A responsabilidade é de todos nós… E na democracia existe só um norte, é o da nossa Constituição", declarou, ao lado dos presidentes da República, Michel Temer (MDB); do Senado, Eunício Oliveira (MDB); da Câmara, Rodrigo Maia (DEM); do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. 

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“Juntos vamos continuar construindo o Brasil que o nosso povo merece, temos tudo para sermos uma grande nação. A união de nós, que ocupamos cargos chaves da República, pode mudar o destino desta nação”, acrescentou, o capitão da reserva na primeira agenda em Brasília como presidente eleito.

Seguindo o alinhamento dos seus discursos, o ainda deputado federal de mandato disse que estava honrado em voltar ao Congresso Nacional, mencionou futuras alianças que tende a firmar com os parlamentares, voltou a fazer agradecimentos a Deus, por ter sobrevivido ao atentado sofrido no dia 6 de setembro durante agenda de campanha, e invocou o Deus para iluminar o caminho dele no comando do país.

Logo depois da fala, Bolsonaro deixou a sessão de comemoração dos 30 anos da Constituição Federal. O carioca deve ficar em Brasília nesta terça e quarta (7) para atividades de transição e reuniões. Ele deve encontrar individualmente com os representantes dos Três Poderes e das Forças Armadas. Também está prevista uma reunião com a equipe de transição com previsão de entrevista e anúncios nesta quarta.

Foi sancionada, nesta quarta-feira (26), a Lei 13.719/2018 que inclui o nome de ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005) no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A nova legislação é oriunda de uma proposta apresentada pelo deputado federal Tadeu Alencar (PSB), em 2016. 

Apesar de cearense, Miguel Arraes de Alencar fez carreira política em Pernambuco. Ele foi prefeito do Recife, deputado estadual e federal, além de governador do Estado por três vezes (1963-1964, 1987-1990, 1995-1998), tendo o primeiro mandato destituído pela ditadura militar, em 1964.

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O Livro dos Heróis e Heroínas fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, e guarda a memória de personagens importantes da história do Brasil. Nele estão registradas figuras como Dom Pedro I, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Ana Néri, Joaquim Nabuco e Alberto Santos Dumont.

Acesse a série de reportagens do LeiaJá sobre o centenário de Miguel Arraes, celebrado em dezembro de 2016:

--> Miguel Arraes: o político que conquistou o povo

--> Magdalena Arraes: saudade, memórias e herança

--> Chapéu de Palha: o programa que marcou governo Arraes

--> Krause: obstinação de Arraes podia ser vista como teimosia

--> Um sertanejo desconfiado

 --> Exílio: a lembrança mais marcante do avô

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Tofolli disse nesta quarta-feira (6), em Washington, que a Operação Lava Jato e o juiz federal Sérgio Moro estão fazendo um bom trabalho de combate à corrupção no Brasil, mas que o magistrado – responsável pelas ações penais da operação na primeira instância – não é o único condutor da “transformação” que vem ocorrendo no país. Segundo Toffoli, as mudanças refletem um processo apoiado por toda a sociedade brasileira no combate à corrupção.

“Não é um juiz sozinho que está mudando a história do Brasil, quem está mudando a história do Brasil é a sociedade civil”, disse o ministro em apresentação no Instituto Brasil do Wilson Center, entidade que apoia o diálogo democrático entre Brasil e Estados Unidos.

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Segundo Tofolli, em meio ao apoio da sociedade brasileira, está o “papel tremendamente importante desempenhado pelo Estado de Direito e pelo sistema de Justiça”. O ministro falou sobre os esforços feitos pelo STF para dar transparência aos julgamentos e disse que, como parte desse esforço, a Corte permite que o público assista a todos as sessões, que também são transmitidas por rádio, TV e internet.

Ministros

De acordo com Tofolli, todo o esforço em favor da transparência colocou o STF no centro das atenções do país. “Atualmente, os cidadãos brasileiros podem até não se lembrar de todos os nomes dos 11 jogadores da seleção brasileira de futebol, mas certamente saberão o nome de cada um dos 11 Ministros do Supremo Tribunal”, disse.

Na avaliação do ministro, o combate à corrupção no Brasil só vem sendo possível graças à aprovação de leis que permitiram a delação premiada. A base da transformação do cenário de combate à corrupção, segundo Toffoli, começou no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a melhora na transparência dos negócios públicos e a liberdade obtida pelo Ministério Público para propor o nome do procurador-geral da República. A Ação Penal 470, o chamado mensalão, também contribuiu para fortalecer o Poder Judiciário, segundo o ministro.

Para Toffoli, o Supremo se tornou mais rigoroso em relação à separação das pessoas que têm ou não têm direito à jurisdição privilegiada e manteve sob sua jurisdição apenas os réus que tenham esse direito. Com isso, as investigações obtiveram “eficiência considerável”, com resultados como o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a prisão em flagrante do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).

Wilson Center

A palestra de Toffoli fez parte de uma série de debates sobre o Brasil no Wilson Center. No próximo dia 14, segundo o diretor do Instituto Brasil do Wilson Center, Paulo Sotero, será a vez do juiz federal Sérgio Moro, que vai falar sobre como o Poder Judiciário vem lidando com os casos de corrupção no Brasil.

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