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Um grupo de WhatsApp reunindo juristas e políticos de todo o Brasil, chamado Prerrogativas, está se articulando para dificultar a carreira advocatícia do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a plataforma reúne nomes como o Alberto Toron - que defende a ex-presidente Dilma Rousseff-, Antonio Carlos de Almeida Castro (advogado de Renan Calheiros, do MDB), o deputado federal Aécio Neves (PSDB) e Celso Antonio Bandeira de Mello, professor de direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC). "Ele não terá vida fácil na planície", diz o advogado e fundador do grupo Marco Aurélio de Carvalho.

O grupo surgiu em 2014, quando Aécio Neves contestou o resultado das eleições após perder o pleito para Dilma Rousseff. O desenvolvimento da Operação Lava-Jato também foi responsável por tornar os debates constantes. Apesar disso, Carvalho garante que diversos tipos de pensamento político estão representados. “Há no grupo diversidade política e ideológica. Há petistas, há tucanos, há gente de centro, só não há bolsonaristas, porque o grupo se uniu contra o avanço do autoritarismo e do estado de exceção", comenta.

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Um dos alvos prediletos do grupo, Moro tornou-se o foco principal das discussões depois que deixou o governo Bolsonaro, em 24 de abril. Depois disso, duas representações foram protocoladas na Comissão de Ética pública da Presidência da República, acusando o ex-ministro de violar o Código de Ética do Servidor, ao passo que ele não informou os órgãos competentes de supostas irregularidade cometidas por Bolsonaro, além das acusações de ter negociado favores com presidente em troca de nomeação para o Supremo Tribunal Federal e por ter solicitado uma pensão para a família quando assumiu o ministério, sem legislação existente para tal.

Agora, o grupo analisa as medidas a serem tomadas caso moro peça à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) autorização para advogar. "Nós não temos uma questão fechada sobre esse assunto. Eu, por exemplo, sou contra a hipótese de impugnar a carteira dele. Embora eu considere que ele desonrou a cadeira de juiz, sou contrário a hipótese de ele não ter a carteira, porque acho que isso não pode virar uma regra", diz o criminalista Almeida Castro.

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