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Nesta quarta-feira (1º), a Comissão de Direitos Humanos do Senado decidiu enviar integrantes a Sergipe para apurar as circunstâncias da abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que resultou na morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, no último dia 25, na cidade de Umbaúba. O pedido da diligência foi requerido pelo presidente do colegiado, senador Humberto Costa (PT). 

A agenda no estado foi dividida em dois dias. Primeiro, os senadores vão às sedes da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil e da Polícia Rodoviária Federal no próximo dia 13. No dia seguinte, se encontrarão com a família de Genivaldo em Umbaúba. 

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O senador Humberto ainda protocolou um projeto de lei que prevê pensão permanente e provisória no valor de um salário mínimo à esposa e ao filho da vítima. A proposta também indica a indenização de R$ 1 milhão à família. 

Um terço dos senadores apoiam que a proposta seja tramitada em regime de urgência. Dois terços são necessários para aprovação, correspondente a 54 parlamentares. 

A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) apresentou o relatório referente à diligência, realizada em Barcarena, no dia 23 de fevereiro, sobre o vazamento de rejeitos da mineradora Hydro. O presidente da Comissão e relator da diligência, deputado Carlos Bordalo (PT), disse durante a apresentação do relatório que a situação no município é grave. “É necessário que haja a decretação de um estado de emergência. Esta crise não será enfrentada com distribuição de galões de água ou cestas básicas para a população", afirmou.

Segundo Bordalo, é preciso que haja uma força-tarefa para avaliar os impactos reais do vazamento e verificar qual a extensão dos danos causados às comunidades de Barcarena. "Não sou contra a exploração minerária, mas é necessário que ela seja revestida de todos os cuidados para preservar o nosso território, porém, antes de tudo, preservar a vida dos paraenses e dar efetivas condições de desenvolvimento humano e social para eles”, disse o deputado.

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No relatório constam algumas recomendações. Uma das propostas da Comissão é para que o Governo do Estado possa acelerar a Avaliação Territorial Estratégica (ATE), na forma da Lei 8.602/2018, que diz respeito à Socioeconômia do Estado do Pará, sem prejuízo da consulta às populações tradicionais e enviar ao Parlamento Estadual, ainda na atual legislatura. Outro ponto que consta também no conjunto de informações feito pela comissão é de que o governo seja capaz de sustar o processo de licenciamento da Ferrovia Paraense (Fepasa), a fim de mensurar a agregação de impactos que a ferrovia trará, somando-se a situação calamitosa que o município já se encontra.

Segundo o parlamentar, há um histórico na localidade de Barcarena que traz prejuízos aos cidadãos. “São em torno de quinze acidentes ambientais que comprometem a sustentabilidade ambiental e provocando dramas humanos: acidentes de navios derramando óleo em abundância, comprometendo as bacias hidrográficas, despejos de fuligem, de resíduos continuados que colocam a situação de Barcarena num impasse. Isto tudo revela que é um quadro assustador, de emergência social, que o Estado reveja a sua política  de concessões e de benefícios fiscais, concedido à Hydro Alunorte”, destacou.

Fizeram parte da diligência os deputados estaduais Airton Faleiro (PT), Lélio Costa (PCdoB), Jaques Neves (PSC) e Renato Ogawa (PR); os deputados federais Eder Mauro (PSD), Edmilson Rodrigues (Psol), Elcione Barbalho (PMDB) e Arnaldo Jordy (PPS); autoridades governamentais; membros da Comissão Minerária da OAB; e lideranças comunitárias. As informações contidas no documento da Comissão serão entregues ao Governo do Estado Pará, Ministério Público Federal e Estadual, Defensoria Pública da União e do Estado, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Comissão Externa da Câmara Federal, Nações Unidas e para Governo da Noruega.

Da assessoria da Alepa.

A CPI do Assassinato de Jovens do Senado virá a Pernambuco e a outros sete estados para apurar a realidade da violência e as ações do poder público para contê-la. Os parlamentares querem ir também a Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão, Roraima, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.

O requerimento que pedia a visita é da senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Segundo ela, o colegiado pretende recolher ideias para apresentar alternativas de políticas públicas que reduzam o problema. “[A intenção é] que a gente possa atualizar o diagnóstico sobre o problema da violência contra os jovens, para que, ao final, a CPI possa contribuir com o encaminhamento e com sugestões de ações concretas”, frisou.

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O cronograma de visitas ainda não foi definido. Para a presidente da CPI, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), colher informações in loco é fundamental para o andamento dos trabalhos. “Nós vamos visitar as cidades para discutir, na localidade, como essas mortes se dão, entrar em contato com as famílias das vítimas e saber como o Estado trata as mortes”, explicou.

Com informações da Rádio Senado.

 

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