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 Neste sábado (16), acontecerá o 8º Congresso do Psol PE. Ao menos 151 delegados(as) estaduais, eleitos(as) durante as plenárias municipais, terão vez e voto para escolher o novo comando da legenda pelos próximos três anos. O encontro acontecerá, a partir das 10h, no Clube do Sindsprev, BR-101, Km 57 - s/n - Guabiraba, no Recife.

Além disso, na ocasião serão debatidas as quatro teses propostas pelos grupos que disputam o comando da legenda; e aprovadas as resoluções de organização partidária, conjuntura politica e a tática para as eleições de 2024.

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As teses que disputam o comando do PSOL em Pernambuco são:  Primavera Socialista por um PSOL Popular; Psol Pernambuco de Todas as Lutas- Revolução Solidária; PSOL-PE Independente! Pra Lutar contra a Extrema-direita e Conquistar Direitos e Sementes PSOL-PE.

Vale salientar que a tese 02 “Revolução Solidária”, teve 1.956 dos 4.379 votos nas etapas municipais. Isso corresponde a quase 45% dos eleitores. O grupo que já larga na frente, tem como referência a deputada estadual Dani Portela; a vereadora do Recife Elaine Cristina, as ex-codeputadas das Juntas Robeyonce, Jo Cavalcanti e Joelma Carla, além de Eugênia Lima, em Olinda e o atual presidente estadual Tiago Paraíba.

O grupo Primavera Socialista por um PSOL Popular é representado por João Arnaldo. O PSOL-PE Independente! Pra Lutar contra a Extrema-direita e Conquistar Direitos tem à frente do grupo o dirigente Leandro Recife ; e a tese Semente PSOL-PE, é representada pelas ex- codeputadas Carol Vergolino e Kátia Cunha, além do vereador do Recife Ivan Moraes.

De 29 de setembro a 1° de Outubro, acontece o Congresso Nacional em Brasília (DF). Nele, haverá discussões estratégicas do partido, além de aprovação de resoluções e da escolha da nova Presidência Nacional. Serão avaliadas e debatidas a conjuntura Nacional e Internacional, além da tática partidária para o próximo período; os desafios para as eleições 2024 e 2026; análise do balanço da gestão e organização partidária, e a eleição da nova direção nacional, dos integrantes do Conselho Fiscal, da Comissão de Ética, e da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco.

*Da assessoria 

 Viralizou nas redes sociais o relato da jovem que assumiu a direção depois que um motorista da Uber foi pego no bafômetro. O caso aconteceu no último sábado (10), quando Nicole Leslie, de 21 anos, se deslocava com mais duas amigas da cidade de Americana para Nova Odessa, no interior de São Paulo. 

No Tiktok, a jovem contou que estava a caminho de uma festa quando o veículo foi parado pela polícia. Antes disso, o condutor errou o percurso algumas vezes. "Como [a festa] era em outra cidade, ele tinha que pegar a estrada ou a rodovia. A gente estava no caminho e tinha que pegar uma saída para entrar na cidade e ir para festa. Só que o uber errou esse caminho e ele acabou seguindo reto”, disse Nicole em entrevista ao R7.

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De acordo com a estudante, policiais sugeriram que ela seguisse a viagem como condutora. (Reprodução/redes sociais)

A conduta causou preocupação nas três passageiras, que passaram a manter contato com outros amigos que já estavam no evento. "Ele começou a parar em um lugar muito estranho. Estávamos em uma estrada e fomos para uma estrada de terra sem luz, sem nada. Ele começou a perguntar para onde a gente ia, porque ele conhecia um caminho por dentro, e fomos ficando nervosas", acrescentou a estudante.

Após o motorista passar duas vezes pelo pedágio por engano, Nicole pediu que ele seguisse a rota sugerida pelo aplicativo. O carro, então, passou por policiais, que solicitaram que o condutor fizesse um teste de bafômetro. "Quando ele fez o retorno estava tendo uma blitz. Ele passou por uma policial militar, que falou: 'Olha, a gente está fazendo uma batida [policial], você tem que fazer o teste do bafômetro'. Aí ele disse: 'Mas precisa? Eu estou trabalhando'", relatou Nicole.

O resultado do procedimento deu positivo, impedindo o motorista de continuar a viagem. "Depois, ele ficou bravo, disse várias vezes: 'Estou trabalhando, estou só trabalhando', e não quis fazer o novo bafômetro porque ele sabia que ele poderia ser preso. Nem imagino a cena dele sendo preso e nós três ficando lá na pista", continuou a jovem.

Diante da situação, os policiais deram duas opções ao motorista. Soprar novamente em outro aparelho e, em caso de resultado positivo ser preso e ter o carro apreendido ou ser multado e deixar uma das passageiras assumir o volante até o destino. Como Nicole era habilitada e não tinha bebido, topou dirigir o carro até a festa, onde o grupo foi recebido com aplausos por amigos que acompanhavam a situação por mensagens.

Por meio de nota, a Uber lamentou o ocorrido e informou que este tipo de comportamento viola o Código de Conduta da Comunidade do aplicativo. "A conta do motorista foi desativada da plataforma enquanto aguardamos pelas investigações", diz a empresa no posicionamento oficial.

James Gunn é um dos novos chefes da DC e acaba de revelar que também será diretor do futuro filme do Superman. O projeto contará com uma versão mais jovem do personagem e um novo ator.

"Superman: Legacy", como foi chamado o longa, mostrará Kal-El/Clark Kent tentando conciliar a vida de jornalista com os deveres de herói. A história também é roteirizada por Gunn e o novo intérprete do protagonista ainda não foi anunciado.

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Outro ponto comovente da revelação é que a data de lançamento do filme é a mesma em que o pai de James Gunn fazia aniversário. O diretor conta ainda que seu irmão chorou quando o relembrou desse fato.

Superman: Legacy está programado para estrear em 11 de julho de 2025.

 

 

O diretor do Espaço Ciência Antônio Carlos Pavão foi exonerado do cargo que exerce há 28 anos pela gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB). Pavão travou uma batalha com o ex-governador Paulo Câmara (PSB) nos últimos meses por conta da doação de parte do museu do Espaço Ciência para a instalação de um centro tecnológico. 

A equipe de transição, que foi coordenada pela vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), questionou a cessão de 8 mil metros quadrados do equipamento para a iniciativa privada, avaliado em R$ 16 milhões, como uma medida tomada de “última hora” no governo do socialista. 

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Para surpresa de alguns, o ator Finn Wolfhard recentemente publicou nas redes sociais detalhes da trama de seu próximo filme, “Hell of a Summer”. Ele é famoso por interpretar Mike Wheeler na aclamada série da Netflix, Stranger Things. Agora, o jovem segue os passos de outros atores que também se aventuraram na direção, ao assinar um longa-metragem slasher.  

Sem grandes detalhes sobre a trama até o momento, durante uma conversa com o site Collider, Wolfhard revelou que o longa-metragem ocorrerá em um acampamento de verão durante o fim de semana dos conselheiros antes da chegada dos campistas, tirando sarro dos inúmeros slashers com essa temática produzidos na década de 1980. “É um filme de terror cômico, que se passa em um acampamento de verão. É um tipo de comédia de acampamento com sangue. Eu co-escrevi e co-dirigi com Billy Bryk. Estamos no meio da edição agora”, compartilhou o ator.  

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Multitarefas, além de dirigir e co-escrever o projeto, Finn também lidera o elenco de Hell of a Summer, ao lado de outro co-roteirista do filme, Billy Bryk. Juntando-se aos dois, ainda estarão presentes D’Pharaoh Woon-A-Tai, Abby Quinn e Pardis Saremi. Fred Hechinger, Jason Bateman, Michael Costigan e Jay Van Hoy também estarão a bordo como produtores. Wolfhard expressou que pretende tentar estreá-lo em algum festival em breve.

 

A cantora Taylor Swift irá dirigir seu primeiro filme, revelou a revista Variety. A cantora e compositora vai comandar e também escrever um longa para a Searchlight Pictures, mesmo estúdio de A Forma da Água, ganhador do Oscar. 

A cantora já dirigiu alguns de seus clipe, como de The Man, do álbum, Lover e o short film de All Too Well, do álbum Red, que tem Sadie Sink e Dylan O’Brien na trama. Ela também já fez participações em filmes, sendo o mais recente chamado Amsterdã, do diretor David O. Russell.

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Ainda não foi revelada nenhuma informação sobre o longa. Taylor lançou em Outubro o seu álbum Midnights, que ainda está fazendo sucesso e a música Anti Hero, do álbum, continua em primeiro lugar da Billboard Hot 100.

Por Emanuelly Lisboa

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Bento Gonçalves, rejeitou a tese de que a direção do PL não tenha participação na elaboração do documento em que a legenda questiona a credibilidade do processo eletrônico de votação.

"O relatório foi produzido e divulgado por iniciativa do PL, e contando com a participação de seus dirigentes máximos, sendo lógico extrair do contexto a ciência e a anuência da agremiação com o conteúdo", destaca Gonçalves em despacho desta sexta-feira, 30.

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O corregedor disse que não é possível atribuir o relatório exclusivamente à equipe técnica, uma vez que o PL contratou o projeto e validou seu conteúdo. Também apontou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aparece como "participante" do projeto e compõe a coordenação geral do relatório.

O despacho faz parte do processo administrativo aberto a mando do presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, após a divulgação do documento "Resultado da auditoria de conformidade do PL no TSE". O ministro encaminhou o processo ao Ministério Público e determinou que a Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE colete informações sobre a participação do PL durante as etapas "regulares" do processo de fiscalização.

Para Gonçalves, o PL não seguiu o calendário previsto para fiscalizar o processo eleitoral e classificou o documento como um "esforço de apresentar um quadro especulativo de descrédito institucional da Justiça Eleitoral, às vésperas do primeiro turno".

"Percebe-se também a opção por um calendário que se mostra, de plano, incompatível com o aproveitamento de eventuais sugestões para o pleito de 2022, tendo em vista que os principais dados viriam a público às vésperas do primeiro turno e entre este e o segundo turno", completou o ministro no despacho.

A manifestação de Gonçalves ocorre um dia após Costa Neto ter enviado ofício ao TSE atribuindo ao Instituto Voto Legal, contratado pela legenda para realizar o processo de fiscalização, toda a responsabilidade pelo conteúdo do documento.

O presidente do PL negou o uso de recursos públicos. Disse ainda que, com o texto, que questiona segurança do sistema eletrônico de votação, alega possibilidade de fraudes nas urnas e levanta questionamentos sobre a integridade dos servidores, o partido desejou "apenas colaborar com os esforços desse Colendo Tribunal Superior Eleitoral na garantia da higidez das eleições de 2022, tal como permitido pela legislação de regência - e nada além disso".

Os Estados membros da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) elegeram nesta quarta-feira, 28, o brasileiro Jarbas Barbosa Da Silva Jr. como novo diretor. Em comunicado, a entidade informou que assumirá o cargo no dia 1º de fevereiro do ano que vem para um mandato de 2023 a 2028.

Ele sucederá Carissa F. Etienne.

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"Eu estou muito orgulhoso. Para qualquer especialista em saúde pública desta região, assumir o cargo de diretor de uma organização que tem 120 anos e que é tão respeitada pelos países é uma grande honra", disse Jarbas Barbosa da Silva na sua conta no Twitter.

No lugar de tutoriais de maquiagem, orientações de como ajustar o retrovisor. Em vez das já famosas dancinhas, técnicas de baliza. Um novo nicho de produção de conteúdo tem ganhado força em redes como a plataforma de vídeos curtos Tiktok: o de materiais que falam sobre medo de dirigir e reúnem conselhos de como driblar isso. As dicas tratam desde aspectos mais práticos a maneiras de tranquilizar motoristas que querem sair com o carro.

Em parte dos casos, mesmo quem já tirou carteira nacional de habilitação (CNH) se sente paralisado ao pegar no volante. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) estima que oito a cada dez pessoas que sofrem com medo de dirigir já estão habilitadas e que ao menos duas milhões de pessoas têm essa condição no País - a grande maioria, mulheres. O "empurrão" dado por dicas sobre o assunto, além da criação de redes de apoio, tem ajudado algumas delas a virar a chave. Por outro lado, a venda de cursos online sobre o tema por profissionais não especializados exige atenção, alertam especialistas.

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A pedagoga e psicanalista Aline Rosário, de 32 anos, decidiu criar conteúdo nesse nicho quando percebeu que outras mulheres passam pela mesma situação vivenciada por ela anos atrás: a de ter medo de dirigir, mas, ao mesmo tempo, não encontrar ajuda para enfrentar isso.

"Após superar meu medo, decidi fazer pós-graduação em Psicanálise e me dediquei aos estudos sobre o tema 'medo de dirigir' em 2018. Desde então, não parei mais", explica. Hoje, ela produz conteúdo rotineiramente e reúne mais de 75 mil seguidores em perfil criado para abordar o tema no Tiktok. No Instagram, são 67 mil.

Os conteúdos avançaram tanto que Aline, moradora de Balneário Camboriú (SC), lançou dois cursos online focados no assunto. "Como já são mais de 2 mil alunas nos meus cursos, precisei abrir mão da minha profissão como pedagoga para me dedicar 100% às minhas alunas e à criação de conteúdo nas redes sociais. Essa é minha principal fonte de renda."

Há cerca de um ano, a estudante de Psicologia Tayse Alves, de 34 anos, adotou caminho parecido e lançou um perfil focado em medo de dirigir no Tiktok, agora com mais de 100 mil seguidores. Com o sucesso das publicações, ela também vende um curso online. "O público maior são mulheres que já tiraram a CNH há muitos anos e não conseguem dirigir sozinhas. Grande parte só dirigiu na autoescola porque tinha o instrutor ao lado. Em casa, na realidade delas, paralisam e não dirigem mais."

Diversos perfis seguem a mesma fórmula: produzem conteúdos dando dicas sobre medo de dirigir para atingir uma quantidade grande de pessoas e também oferecem cursos mais específicos - a partir deles, são criados grupos de apoio para compartilhamento de experiências, em redes como Facebook, WhatsApp e Telegram. O que muda um pouco são os enfoques. Enquanto alguns são mais voltados para a questão psicológica, outros dão mais espaço para dicas práticas - por vezes, o que falta para ter mais confiança.

Moradora de São Pedro da Aldeia (RJ), Izabella Souza, de 40 anos, se formou como instrutora em 2015. Em autoescolas, porém, só trabalhou por dois anos: "Logo percebi que eu poderia ser muito mais útil ajudando as diversas mulheres que voltavam na autoescola e falavam que não estavam dirigindo por causa do medo."

Observando ali uma oportunidade, abriu a empresa Bellas no Trânsito, focada em dar aulas para mulheres com medo de dirigir. "Comecei, então, a gravar as aulas e a explicar tudo que fazia nas aulas presenciais. Os vídeos foram alcançando muitas pessoas", explicou Izabella, que hoje também cursa Psicologia.

Com presença ainda tímida no Tiktok, o perfil da instrutora no Instagram, principal rede usada por ela, reúne quase 150 mil seguidores. No Facebook, há ainda um grupo privado onde alunos e ex-alunos trocam experiências e se ajudam. Mais de 5 mil pessoas já foram atendidas por Izabella no curso online. Uma delas, a dona de casa Nadia Almeida, de 52 anos.

Embora tenha tirado a CNH em 2004, Nadia sempre teve medo de sair com o carro. Ela associa a situação ao trauma motivado pela morte do irmão mais velho em um acidente de carro quando ainda era pequena - ela tinha apenas seis anos. "Apesar de trabalhar como motorista, meu pai não me incentivou a dirigir depois daquilo", disse a dona de casa, que mora na Ilha do Governador (RJ).

Persistente, Nadia conta que conseguiu tirar a carteira ainda assim, mas diz que só depois sentiu o peso de conduzir um carro. Outros acontecimentos também se somaram para que ficasse paralisada ao tentar dirigir "na vida real". "Uma das falas que me deixou traumatizada foi, na aula do Detran, o professor falar que o carro era uma arma, aquilo ficou na minha mente como algo negativo", disse.

Depois disso, a dona de casa até tentou fazer aulas presenciais com instrutores particulares - como as oferecidas por autoescola para quem já tem habilitação -, mas o método também não funcionou. Nos últimos anos, quando já pensava em desistir, Nadia passou a consumir conteúdos para pessoas como ela e focou nas dicas de pessoas como Izabella. "Me chamou atenção primeiro por ser uma mulher, algo que eu não via."

Como estava gostando, resolveu, então, dar uma última cartada no começo da pandemia, mais de 15 anos após ter tirado a carteira. "Pedi para meu marido me dar o curso online de presente e comecei a fazer", relembra. Além das aulas, a dona de casa também entrou no grupo de apoio do curso no Facebook, iniciativa que conta ter ajudado bastante. Após pegar o carro e aplicar as dicas de forma gradativa, hoje se considera uma motorista funcional e conta que inclusive ajudou a filha tirar a CNH. "Foi uma vitória."

O relato é similar ao de outra aluna, a paulistana Marcia Maria de Araújo, de 45 anos. Também dona de casa, ela conta ter tirado carteira de motorista há cerca de cinco anos, o que não significa que começou a dirigir desde então. "Eu até tentava algumas, mas sem sucesso", relembra.

Com filho autista, Marcia conta que a condição a limitava bastante, uma vez que não conseguia levá-lo a sessões de terapia ocupacional e a outras consultas. "Dependia que meu marido levasse, mas às vezes ele estava trabalhando, ou de pegar condução (transporte público)", explicou a dona de casa. Neste último caso, no entanto, ela conta que o filho ficava estressado em algumas situações, o que foi aumentando a urgência para que ela procurasse uma solução.

Há cerca de um ano, a dona de casa começou a consumir conteúdos nas redes sociais que abordavam desde dicas práticas sobre como estacionar a formas de vencer o medo e a ansiedade, além de fazer o mesmo curso online que Nadia. Passou, então, a aplicar as dicas aos poucos e a se empolgar com a evolução - até chegar na condição atual. "Moro na zona leste e meu filho faz terapia na zona norte, no Tucuruvi. Agora consigo sair com o carro para levá-lo", disse ela, que busca repassar o que aprendeu em grupos de apoio com outros motoristas.

É preciso cuidado com curso online, dizem especialistas

A venda de cursos online sobre medo de dirigir por profissionais não especializados em instrução de trânsito ou mesmo em psicologia ou medicina exige cuidados, apontam especialistas.

Professor de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Enzo Bissoli diz que não há uma regulamentação que impossibilite a uma pessoa dar um curso sobre um aprendizado da vida dela. O que se tem são limitações quanto ao exercício ilegal de uma profissão. Ainda assim, ele destaca que, sobretudo no caso práticas relacionadas a sofrimentos adquiridos, a recomendação é que a abordagem seja feito por um profissional da saúde e/ou que esteja capacitado e orientado para olhar para essas questões.

"Quando tenho uma pessoa que superou o medo, por exemplo, ela tem mérito por ter superado o medo dela, certamente se esforçou e descobriu jeitos de construir uma vida diferente", disse. Por outro lado, ele alerta que uma experiência individual pode não ser suficiente para pautar escolhas de interferência na vida de outras pessoas que vão produzir efeitos diretos no bem-estar, o que requer um maior cuidado.

Para a médica de tráfego Juliana de Barros Guimarães, da Comissão de Saúde Mental da Abramet, os materiais vendidos na internet requerem maior cuidado, sobretudo se miram travas psicológicas.

Se, por um lado, a médica explica que, no caso de materiais voltados para dicas mais do dia a dia sobre como dirigir, a oferta de cursos é mais descomplicada. Por outro, reforça que, quando se entra na seara de dicas focadas em aspectos psicológicos que não permitem que as pessoas dirijam, a questão é mais sensível e deve ser olhada com mais cuidado.

"Nesse caso, você (aluno) não sabe com quem está mexendo. Pode ser alguém que não tenha preparo científico, capacitação e formação para identificar se a pessoa é insegura apenas ou se há componente emocional nisso", explica. A parte complexa é que muitos produtores de conteúdo do Tiktok e de outras redes misturam essas duas frentes, o que torna a questão difícil de ser mapeada.

Ainda assim, Juliana reforça que, em casos mais graves, é importante haver o encaminhamento de alunos para profissionais qualificados em tratar questões mais complexas, como transtornos de ansiedade. Ou mesmo o atendimento individualizado de algumas pessoas, quando os próprios produtores de conteúdo são profissionais da área. "É o psicólogo ou o psiquiatra que vai poder identificar e diagnosticar (um transtorno), fazendo um trabalho junto com essas pessoas, para que um determinado instrutor possa ajudá-lo ou não."

Medo de dirigir não é o mesmo que amaxofobia

Um ponto importante, explicam os especialistas, é entender que o medo de dirigir não é em todos os casos uma fobia, que, neste caso, tem até um nome específico: amaxofobia. Enquanto o medo de dirigir, diz Juliana, é uma reação inerente do ser humano, que pode gerar instintos de defesa e que, em casos mais graves, pode até ser paralisante, a fobia é algo mais sério, que requer tratamento de profissionais capacitados.

"Muitas vezes, o medo começa paulatinamente e vai crescendo, quando não tem o devido olhar, o devido tratamento", diz. A médica reforça que os motivos para isso podem ser diversos: abarcam desde traumas específicos a questões mais triviais, que fazem as pessoas não se sentirem capazes de dirigir. "Quando esse medo é exacerbado, o caso estaria encaixado melhor no que seria uma amaxofobia, que é uma fobia específica e que pode estar associada a transtornos de ansiedade."

No caso da fobia de dirigir, Enzo Bissoli reforça que a importância de se ter acompanhamento especializado é ainda maior. "Quando vamos para estados crônicos, em que a pessoa não consegue desenvolver a atividade, tem sintomas físicos intensos no contexto da atividade e descreve sofrimento agudo (...) isso dificilmente poderá ser adequadamente cuidado sem acompanhamento frequente de psicólogos e médicos psiquiátricos."

O risco, caso isso não seja feito, é agravar ainda mais a situação. "Como todas as fobias que são relacionadas a padrões de ansiedade, o problema de não ter tratamento adequado logo de cara é sair de um situação episódica e entrar em uma crônica", alerta. "Ela começa não dirigindo. Depois, não indo de carro. Daqui a pouco, fica mais em casa. E aí a coisa vai progredindo, o prognóstico não é bom."

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 7,5% da população brasileira sofre com transtornos de ansiedade. Sobre, especificamente, a amaxofobia, Juliana reforça que as pesquisas ainda são escassas, mas complementa que a percepção de quem trabalha na área é de que esse tipo de fobia ainda é bastante subnotificado.

Estimativa da Abramet com dados coletados no período entre 2009 e 2018 aponta que duas milhões de pessoas sofrem com medo de dirigir no País, mas não há distinção de quantos casos tratam-se de fobias. Uma das causas seria a percepção de que há baixa procura por atendimento médico para tratar a questão. A médica reforça que, quando os sintomas se manifestam de forma intensa, atrapalhando inclusive outras atividades da rotina, as orientações são procurar um psicólogo ou médico especializado.

Um homem foi preso por direção perigosa e embriaguez ao volante na noite deste último domingo (1º), em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. O suspeito foi identificado após o filho, de seis anos, chorar por medo do pai estar conduzindo o carro bêbado.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que, ao perceber a aproximação da viatura, o condutor deu uma arrancada brusca para fugir do policiamento, mas foi alcançado.

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Após a abordagem, foi constatado que o homem apresentava fortes sinais de embriaguez. Ele explicou que estava indo levar o filho, de seis anos, para a casa da ex-companheira e que o choro era por medo de ele dirigir depois de ter bebido.

Diante dos fatos, o efetivo conduziu a criança para sua residência e o entregou para avó materna. O envolvido foi detido e conduzido à delegacia. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e a autoridade de plantão lavrou sua prisão em flagrante.

O Ministério Público de Stendal, no leste da Alemanha, está investigando um magnata tcheco por conduzir seu veículo a 417 km/h em uma rodovia entre as cidades de Berlim e Hanover, e por filmar a si mesmo nessa velocidade.

Na Alemanha, é "recomendado" não superar os 130 km/h em rodovias, mas o tcheco Radim Passer ultrapassou os limites ao se filmar em 2021, durante o dia, a 417 km/h, ao volante de um Bugatti Chiron na autopista entre Berlim e Hanover.

Passer publicou um vídeo no YouTube, em meados de janeiro, dizendo que "muitas pessoas pediram para compartilhar imagens não editadas".

"Agradecemos a Deus pela segurança e as boas condiciones que nos possibilitaram alcançar a velocidade de 417 km/h", afirmou o motorista com orgulho no vídeo.

A "visibilidade era boa e o carro tem capacidades de frenagem que tornam possível" alcançar essa velocidade, acrescentou.

O vídeo, que tem mais de nove milhões de visualizações no YouTube, chamou a atenção das autoridades.

O Ministério Público de Stendal iniciou nesta segunda-feira (7) uma investigação por corrida "individual" proibida, um delito que, segundo o código penal, consiste quando um motorista "se desloca a uma velocidade inadaptada e de maneira imprudente e contrária ao código da rodovia".

Em um país apegado à ausência de limite de velocidade nas rodovias, o vídeo provocou críticas e gerou debate sobre a imposição de possíveis limitações de velocidade.

O ministro de Transportes, o liberal Volker Wissing, condenou em entrevista aos jornalistas a atitude ao volante do milionário.

O ministro-presidente da Saxônia-Anhalt, o estado federal onde fica Stendal, o social-democrata Stephan Weil, defende a instauração de um limite.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está estudando indicar para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o médico pró-cloroquina Hélio Angotti, que atualmente comanda a pasta de Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. 

Segundo a Folha de São Paulo, o nome de Angotti foi sondado por ele ter posicionamentos mais alinhados ao governo e ser favorável às bandeiras negacionistas do presidente Bolsonaro. O jornal aponta que a possível indicação do médico para ocupar o cargo de direção na Anvisa agradou o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que já desejava afastar o médico do ministério, mas sem gerar atrito.

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A indicação de Hélio Angotti precisa ser aprovada pelo Senado, onde o secretário encontra resistência dos partidos que integram o centrão. 

Interlocutores do centrão revelaram à Folha que o ideal seria indicar alguém com perfil mais discreto para que assim o presidente consiga aprovar o nome sem disputas ou barganhas. 

A vaga de direção da Anvisa ficará à disposição em julho deste ano e atualmente é ocupada pela médica Cristiane Jourdan. Os diretores da Anvisa têm mandados de cinco anos.

Os diretores de futebol do Sport - Nelo Campos (VP de futebol), Augusto Moreira, Guilherme Falcão, Gabriel Campos e Rocine Milet - que entregaram seus cargos devido ao grave erro na inscrição de atletas na Série A divulgaram uma carta de renúncia. E nela eles apontam erros que podem ser entendidos como sabotagem.

Logo após o presidente do Sport, Leonardo Lopes, confirmar a saída do grupoa carta de renúncia foi divulgada. Nela eles relatam ataques a Nelo Campos desde que decidiu disputar eleições com Milton Bivar que venceu, mas deixou o cargo, vazamentos ‘intencionais’ de informações internas e tentativas de “minar o trabalho”, como diz na carta. 

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“Observamos ainda a prática de erros grosseiros, inimagináveis em procedimentos triviais do dia-a-dia administrativo do futebol profissional como a inscrição de atletas no Campeonato Brasileiro da Série A”, informa parte da carta que levanta a hipótese de sabotagem dentro do clube. O comunicado ainda aponta que os desejos políticos estão se sobressaindo ao bem estar do time. 

--> Erros podem gerar rombo de R$ 600 mil

Mas além do erro na inscrição de Nicolás Aguirre, Vander e Saulo, a carta volta a apontar para outro equívoco, esse ainda mais grave: o caso do zagueiro Pedro Henrique, que teria feito sete jogos pelo Internacional e não poderia atuar pelo Sport. O jogador entrou em campo quatro vezes. Isso pode acarretar na perda de pontos da equipe e uma queda nesse caso seria inviável. 

Segundo os ex-diretores do clube,  o staff responsável pela inscrição do jogador sabia do impedimento de Pedro Henrique. O sistema da CBF teria informado a situação que,  segundo a carta, foi ignorada e tratada como ‘um erro do sistema’. O comunicado ressalta ainda que os funcionários receberam um pedido para apurar a súmula dos jogos e se aprofundar na situação, mas a justificativa seguia igual, ‘erro do sistema’. 

“Mais uma vez as circunstâncias destes fatos não autorizam concluirmos em mera desídia, ou descaso. O Sport foi prejudicado por razões que, até então, sequer conseguimos imaginar”, pontua.

O ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo, permanecerá no comando do PSDB até maio de 2022. A decisão unânime da Executiva Nacional do partido referendou ofício assinado pelos presidentes de diretórios estaduais do partido e pelas bancadas na Câmara e no Senado.

Também serão prorrogados os mandatos nos segmentos partidários – PSDB-Mulher, Juventude, Tucanafro e Diversidade Tucana – e no Instituto Teotônio Vilela (ITV), o centro de estudos políticos do PSDB.

Reunida online nesta sexta-feira (12), a Executiva também garantiu autonomia para que os diretórios estaduais e municipais possam decidir sobre a prorrogação ou não dos mandatos locais.

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Enquanto a casa do BBB21 tem novas polêmicas a cada dia, os familiares dos participantes do reality precisam lidar com a repercussão e o ataque de haters fora do confinamento. Depois de uma das irmãs de Fiuk e da namorada de Lumena, a esposa de Projota, Tâmara Contro, também se pronunciou sobre as mensagens que vem recebendo em suas redes sociais.

Em um vídeo postado em seu Instagram, Tâmara desabafou e alegou ter sofrido ameaças direcionadas a ela e a filha do casal, Marieva, de apenas um ano de idade:

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- Eu vinha recebendo xingamentos, ameaças, mas eu ia me blindando da forma que dava, apagando comentário bloqueando a pessoa. Até que antes de ontem, a Marieva foi jurada de morte e aí eu fiquei muito mexida com isso. Pra mim acabou ali. Porque eu acho que nada que o Projota pudesse ter feito na casa deveria respingar em pessoas que estão aqui fora, que não fizeram nada. Eu dediquei meu final de semana a isso, falando com advogado, fazendo boletim de ocorrência.

Ela também criticou as interferências da direção do programa. Na primeira formação de paredão, no domingo, dia 31, Tiago Leifert elogiou a postura de Projota com Lucas Penteado na noite anterior. Depois da desistência do ator, no último domingo, dia 8, um áudio vazado mostrava a conversa entre o rapper e a direção do reality no confessionário, em que o diretor aconselhava Projota a permanecer no programa. Segundo Tâmara, as interferências mais atrapalharam do que ajudaram seu esposo:

- O programa mais uma vez deu direcionamentos errados pro Projota, isso me deixa revoltada. Fala: Não, o Lucas é muito gente boa, mas quando ele bebe ele tem problema. O inferno acabou, o inferno vai acabar, tipo, o Lucas é o capeta. O problema era 100% ele. Como que podem mais uma vez dar uma narrativa errada do jogo pro Projota? Se não vai ter interferência, não é pra ter interferência. E se vai ter interferência, que seja dita a verdade. Que seja dita sem palavras ou sem induzir ninguém a nada. Se você vai fazer interferência tem que ser claro.

De acordo com a colunista Fabia Oliveira, a Globo confirmou em nota que o áudio vazado realmente era da conversa entre Projota e o diretor do BBB, Boninho. A emissora ainda afirmou que está dando suporte psicológico para Lucas mesmo após sua saída do programa.

Filho de Karol Conka também se pronuncia

Quem também está sofrendo com a participação de um familiar no programa é o filho de Karol Conka, Jorge Conka. Em seu Instagram Stories, o adolescente desabafou sobre os ataques que vem sofrendo:

"Eu não tenho nada a ver com o que acontece dentro ou fora daquela casa. As pessoas viraram reféns de vidas que não são delas, e começaram a incitar ódio à pessoas aleatórias. Se coloquem no meu lugar, imaginem se fosse alguém te ameaçando e xingando a sua mãe. Zero empatia, rapaziada. A única coisa que peço é empatia da parte de todos."

A franquia dos filmes “Velozes e Furiosos” chegará ao fim após mais dois longas, por decisão da Universal Pictures. As informações são do portal Deadline e, segundo eles, o final da produção será dividido em duas partes.

Devido a pandemia do novo coronavírus, a estreia do novo filme da franquia foi adiada com o fechamento dos cinemas, mas segundo o portal as duas próximas produções já estão sendo planejadas e terão a direção de Justin Lin, que já conduziu cinco da franquia.

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Ainda de acordo com o Deadline, o final da saga terá como centro a história do personagem do ator Vin Diesel e trará no elenco Michelle Rodriguez, Tyrese Gibson, Chris “Ludacris” Bridges, Jordana Brewster, Nathalie Emmanuel e Sung Kang.

Com a decisão da Universal, acaba uma era iniciada em 2001 e que tornou “Velozes e Furiosos” a franquia de filmes de maior bilheteria do estúdio. A produção final ainda não tem data marcada para começar as gravações.

A partir desta segunda-feira (27) o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) volta a aplicar as provas práticas de direção em todo o estado, com agendamento prévio feito por meio do sistema e-CNH.

Os exames estavam suspensos devido à restrição causada pela pandemia da covid-19. Em junho o governo estadual permitiu que as atividades dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) fossem reiniciadas gradualmente com as aulas práticas.

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De acordo com o governo estadual, a partir de agora, os exames práticos poderão ser aplicados em ambientes abertos e de maneira segura, seguindo os protocolos estabelecidos no Plano São Paulo e pelo Detran-SP.

Segundo o diretor-presidente do Detran-SP, Ernesto Mascellani Neto, a ampliação dos serviços digitais e as inovações tecnológicas trarão benefícios aos profissionais também após o período de distanciamento social.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá decidir em julgamento se é constitucional a aplicação de multa ao motorista que se recusa a passar pelo exame do bafômetro. A lei prevê que a ação é considerada infração de trânsito, mas é questionada na Corte em matéria de repercussão geral, ou seja, que será válida para todos os processos sobre o tema.

O ministro Luiz Fux, relator do caso, apontou que o caso extrapola os interesses entre o condutor e o Detran devido à relevância do ponto de vista econômico, político, social e jurídico da questão. O ministro destacou que o debate envolve garantias individuais relativos à liberdade de ir e vir, presunção de inocência, autoincriminação e princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

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O caso será julgado pelo plenário virtual do Supremo, ferramenta que simula o plenário físico e no qual os ministros decidem remotamente sobre os processos.

Em segunda instância, a justiça do Rio Grande do Sul anulou a multa aplicada ao motorista que moveu o processo por considerar que, não havia sido constatado que ele conduzia o veículo sob efeito de álcool, não deveria haver uma infração de trânsito pela recusa ao soprar ao bafômetro.

Os desembargadores apontaram que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a recusa só produz multa caso o motorista apresente sinais externos de influência de álcool e características que apontem embriaguez - tudo isso perante uma testemunha. A decisão de segunda instância apontava que, no caso em discussão, a mera recusa em soprar o bafômetro não qualificaria o motorista como potencial ameaça à segurança do trânsito.

O Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) recorreu da decisão, alegando ser razoável e proporcional a aplicação de multa a quem se recusa a soprar o bafômetro e que o direito fundamental da coletividade à vida e à segurança do trânsito não deve ser confrontada pelo direito individual de liberdade.

 As vias de maior fluxo de veículos em Pernambuco terão grupos de fiscalização e de ações educativas - atuando em esquema especial -, durante os festejos natalinos e da virada. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a Operação Lei Seca será empenhada para o enfrentamento aos acidentes de trânsito em Pernambuco. Natal Luz de Garanhuns, no Agreste Pernambucano, e as festividades na Ilha de Fernando de Noronha serão as principais áreas da operação.

"Além da capital pernambucana e região metropolitana, uma equipe será deslocada para o Agreste, garantindo a segurança no trânsito do Natal Luz, em Garanhuns. Também estamos apoiando as ações da VII Gerência Regional de Saúde no combate à direção perigosa na região, com foco nos locais de grandes eventos e nos horários específicos de maior movimentação", pontua o coordenador executivo da Operação Lei Seca em Pernambuco, Felipe Gondim.

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Dados

Neste mês de dezembro, a Operação Lei Seca (OLS) completa oito anos de atuação em Pernambuco. Nesse período, a OLS abordou 2,8 milhões de motoristas e as infrações por alcoolemia correspondem a apenas 1,7% do total de abordagens realizadas no Estado e os crimes por embriaguez chegam a menos de 0,1% em relação às infrações. Desta forma, a OLS vem atuando de forma permanente na mudança de comportamento e no hábito de beber e dirigir.

*Com informação da assessoria

Símbolo de maturidade, status e autonomia desde que chegou ao Brasil, em 1891, o automóvel vem perdendo espaço entre os mais jovens. Identificada pelos governos, setor automotivo e por autoescolas, o crescente desinteresse dos jovens tem diversas causas. Entre os principais motivos apontados, estão a crise econômica, os inconvenientes do trânsito, os custos para manter um veículo próprio e a popularização de aplicativos móveis.

“Muitos jovens não consideram mais a CNH [Carteira Nacional de Habilitação] uma prioridade”, disse à Agência Brasil o presidente da Federação Nacional das Autoescolas e Centro de Formação de Condutores (Feneauto), Wagner Prado. Também presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Mato Grosso do Sul, Prado afirma que o fenômeno se intensificou a partir de 2015, com o agravamento da crise econômica e o acesso aos serviços de aplicativos de transporte pago ou compartilhado.

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“Muitos jovens estão adiando o momento de tirar a habilitação. As famílias têm optado por investir em outras coisas, como em cursos universitários para estes jovens. Com isso, muitos acabam desistindo de tirar suas carteiras”, comentou Prado.

“Antes, tudo que um garoto queria era completar 18 anos para poder dirigir o próprio carro. Hoje, eles veem os custos com IPVA, manutenção, seguro; o trânsito nas cidades; tem mais consciência sobre os riscos de acidentes. Somando a isso, aspectos como a Lei Seca, muitos acabam optando por outras formas de se deslocar, como os aplicativos de compartilhamento”, explicou o presidente da Feneauto.

Moradora do Distrito Federal, a universitária Aghata Ingridi de Sousa Sampaio, 22 anos, é um exemplo dos que dizem não ter interesse em tirar a primeira habilitação. “Quando eu estava prestes a completar 18 anos, meu pai se ofereceu para me pagar a autoescola. Só que eu me mudei para Foz do Iguaçu [PR] para fazer faculdade. Como eu morava perto do campus, ia às aulas de bicicleta. Além disso, a cidade não é tão grande e o transporte público lá funciona relativamente bem. Então, quando eu precisava, apanhava um ônibus”, contou Aghata.

De volta à capital federal, onde está concluindo o curso de geografia, a jovem continua preferindo se deslocar de carona ou de ônibus entre sua casa, em Planaltina, e o campus da Universidade de Brasília (UnB). Um percurso de cerca de 60 quilômetros que, considerando ida e volta, consome, em média, duas horas e meia de seu dia.

“Não quero ter carro para não expor outras pessoas a riscos, me expor a engarrafamentos, ter que pagar todas as despesas. Também acho que é uma questão de consciência. Depender do transporte público pode ser cansativo, mas acho mais cômodo andar de ônibus que dirigir no trânsito de Brasília. Principalmente quando você consegue um assento para viajar sentado em um ônibus que não esteja completamente lotado – o que depende muito dos horários”, comentou a estudante.

Para a jovem, a falta de qualidade do transporte público motiva as pessoas a recorrer ao carro ou à moto particular como uma solução cômoda. “Só que dirigir no nosso trânsito é muito estressante. E quanto mais a pessoa utiliza o transporte público, mais ela vai cobrar do Poder Público um serviço de transporte coletivo de qualidade e melhorias na mobilidade urbana”, disse.

Mudança gradual

De acordo com o presidente da Feneauto, exemplos como o de Aghata são cada vez mais comuns. “Isso ajuda a diminuir ainda mais a procura por aulas, derrubando a margem de faturamento e forçando muitas autoescolas a reduzirem o número de funcionários e a frota de veículos”, disse Prado, ele mesmo dono de um centro de formação de condutores. Por esse e outros motivos, as autoescolas vivem um momento de incertezas”, admite Prado.

No Distrito Federal, onde a universitária voltou a residir, a emissão total de CNHs (incluindo novas, renovação, mudança de categoria e segunda via) vem caindo ano a ano desde 2015, quando foram emitidas 554.554 carteiras. Em 2016, foram 386.422; em 2017, 392.147 e, no ano passado, 333.952 CNHs. A diminuição atinge todos os grupos etários, mas sobressai entre os condutores de 18 e 24 anos. Em 2015, foram emitidas 26.537 primeiras habilitações para essa faixa etária. Em 2018, o número caiu para 14.581, retração de 45%.

“Temos recomendado cautela ao setor. Há cinco, seis anos, muitos não previam a popularização dos aplicativos. Hoje, veículos que não precisam de condutores estão sendo testados. Daqui a poucos anos, portanto, teremos novas surpresas e eu acredito que tendemos a perder ainda mais clientes entre esta faixa mais jovem do público”, complementou Prado.

Revisão

Em nota, a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Economia, do Ministério da Economia, informou que “vê como uma tendência para os próximos cinco anos a diminuição do interesse pela propriedade de automóveis e o aumento da procura por compartilhamento de veículos e uso de soluções alternativas, como bicicletas e patinetes”. E que, ao fim deste prazo, o assunto pode ser tema da primeira revisão do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, a política industrial para o setor automotivo que entrou em vigor em dezembro do ano passado, com previsão de vigorar até 2030.

“A mudança do padrão de consumo de motoristas mais jovens não consta diretamente no texto do primeiro ciclo da política Programa Rota 2030”, acrescentou a secretaria. O órgão explicou que, pelos próximos cinco anos, os consumidores mais jovens “ainda deverão ter participação significativa no mercado dos veículos tradicionais”. A pasta também lembrou que o Rota 2030 contempla incentivos a novas tecnologias de propulsão e soluções estratégicas para a mobilidade e logística em consonância com “novos modelos de negócio”.

Pesquisa

Uma recente pesquisa analisou a relação das diferentes gerações com a mobilidade. Apresentado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em novembro de 2018, o estudo contempla os resultados das entrevistas com 1.789 pessoas de 11 capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Na ocasião da divulgação, o então presidente da Anfavea, Antonio Megale, classificou os resultados como “surpreendentes”.

Apenas 39% dos entrevistados entre 26 e 35 anos possuíam carro. O percentual entre os jovens de até 25 anos era ainda menor: 23%. Entre os do primeiro grupo, 31% responderam não desejar comprar um carro nos próximos cinco anos. Percentual idêntico ao dos entrevistados com 36 a 55 anos de idade. Já entre os mais jovens (até 25 anos), 30% não tinham interesse em adquirir um veículo automotivo.

Somente 35% da geração mais nova têm habilitação para dirigir, e 8% dos que não têm CNH disseram que não pretendiam tirar o documento. O que pode ser explicado pelo fato de que saber dirigir sempre foi visto como uma habilidade capaz de ampliar as chances de conseguir um emprego.

Na época, o presidente da Anfavea interpretou que os dados sugerem que, mesmo entre os mais jovens, o desejo de ter um veículo e a CNH se mantém, mas que, de fato, algumas mudanças começaram a ocorrer entre os indivíduos da chamada Geração Y (de 26 a 35 anos) e se potencializaram entre os da Geração Z (até 25 anos). Os dois grupos são os mais propensos a usar outros tipos de transporte, como a bicicleta e os veículos compartilhados por aplicativos (que 34% de todos os entrevistados acreditam representar o futuro do carro). Por outro lado, são estes dois grupos os mais críticos aos ônibus – o que, para a Anfavea, pode demonstrar a necessidade de modernização do modal.

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