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Deputados do PT e do PSOL planejam apresentar nesta quarta-feira (3) questões de ordem e pedidos de investigação contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira (02), a deputada Iriny Lopes (PT-ES) protocolou um processo disciplinar contra Feliciano pela declaração de que a comissão era dominada por "Satanás" antes de ser presidida por ele.

Na tarde desta quarta-feira, deputados do PT entregarão à Presidência da Câmara uma questão de ordem que contesta a validade da eleição de Feliciano como presidente. A deputada Erika Kokay (PT-DF) argumentará que, durante a sessão de eleição do deputado do PSC de São Paulo, três questões de ordem apresentadas não foram resolvidas, como prevê o regimento da Casa.

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Está prevista ainda a apresentação pelo PSOL de um pedido de investigação na Corregedoria da Câmara. O partido deve pedir apurações sobre a evolução patrimonial de Feliciano, o uso por ele de verba pública no mandato e a relação com uma produtora de vídeo. O PPS também deve entrar com pedido de investigação.

Ao longo das últimas semanas, o deputado do PSC vem reafirmando que não deixará o comando da comissão. A permanência de Feliciano é questionada em razão de declarações passadas consideradas preconceituosas. Na tarde desta quarta-feira, o deputado preside nova sessão da comissão. Na pauta da reunião, está prevista a discussão sobre a ida dele à Bolívia para tratar da prisão de torcedores corintianos.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira um pedido do presidente da Comissão de Direitos Humanos, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), para que fosse adiado depoimento marcado para esta sexta-feira (5) na Corte sobre processo no qual o congressista é acusado de estelionato.

Na ação, Feliciano é acusado de ter recebido R$ 13,3 mil para realizar dois cultos religiosos no Rio Grande do Sul, mas não teria comparecido. Para tentar adiar o depoimento, o deputado tinha sustentado que tem agendado para o mesmo dia um culto no interior do Estado do Pará.

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Ao recusar o pedido de adiamento, Lewandowski afirmou que marcou o depoimento para uma sexta-feira com o objetivo de não prejudicar a atuação parlamentar de Feliciano. "As atividades judiciárias preferem a quaisquer outras de natureza privada", justificou o ministro.

O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) justificou sua declaração de que antes dele a Comissão de Direitos Humanos era dominada por satanás dizendo que falava em um ambiente espiritual. Ele disse se sentir "livre" para continuar o trabalho na comissão.

"Eu não disse nome de ninguém. Eu estava no culto, num ambiente espiritual. Eu falava sobre situações espirituais. Se vocês assistirem ao vídeo, minutos depois, eu falei que a comissão fez um seminário com apologia ao sexo para crianças de zero até seis anos. Isso para quem é espiritual não é coisa de Deus. E se não é coisa de Deus é do adversário. Satanás significa adversário. No culto, eu tenho liberdade de expressão", disse o deputado, participa nesta terça-feira de uma reunião da bancada do PSC.

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Feliciano informou que colocará em votação nesta quarta-feira, na comissão, o requerimento para que realize uma viagem para a Bolívia para discutir a situação dos 12 torcedores corintianos presos naquele país.

a deputada federal e ex-ministra de Políticas para as Mulheres Iriny Lopes (PT-ES) protocolou na Mesa Diretora da Câmara pedido de abertura de processo disciplinar contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Casa. O pedido foi motivado por causa de declaração do pastor de que, antes dele, a comissão era dominada por Satanás. Se a investigação seguir adiante, a punição pode ser até a da perda do mandato.

"É inaceitável que um deputado faça esse tipo de declaração, ferindo a honra e a imagem dos nobres colegas que atuam com dedicação e firmeza para a promoção e valorização dos direitos humanos", afirma Iriny, que foi presidente do colegiado em 2006.

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Na visão da deputada petista, Feliciano infringiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar em dois incisos: o que zela pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas e representativas e o que fala sobre tratar com respeito e independência os colegas e autoridades.

Pelo trâmite normal, o pedido deve ser encaminhado à Corregedoria da Casa. O órgão, porém, não tem titular desde que se decidiu pela criação de uma corregedoria autônoma. Por acordo de líderes, a indicação deve ser do deputado Átila Lins (PSD-AM). Caberá ao corregedor, dar um parecer sobre o caso e submetê-lo à Mesa Diretora, que decidirá pelo encaminhamento do processo ao Conselho de Ética ou arquivamento. No Conselho, o deputado seria investigado e, se considerado culpado, estará sujeito a penas que vão de uma advertência até a cassação do mandato, que teria de ser aprovada pelo plenário.

O líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), afirmou nesta terça-feira que a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) recuou da decisão de deixar o cargo de vice-presidente da comissão de Direitos Humanos. Ela ameaçou deixar a função após a declaração do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) de que o colegiado estava dominado por satanás antes dele. Moura classificou a declaração do correligionário de "infeliz" e afirmou que cabe à Mesa Diretora da Câmara analisar a conduta dele, uma vez que já foi anunciada a apresentação de um pedido de investigação contra Feliciano na Corregedoria da Casa.

"A deputada Antônia Lúcia teve uma conversa conosco hoje pela manhã. Ela ontem deu uma declaração mediante aquilo que foi passado para ela, mas ela conversou com deputado Pastor Marco Feliciano na noite de ontem, teve uma conversa conosco hoje, e ela permanece na primeira-vice-presidência da comissão", afirmou Moura.

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O líder criticou as declarações feitas pelo colega no culto realizado em Passos (MG). "Eu entendo que são declarações infelizes da parte dele e disse isso ao deputado. Acho que agora cabe a ele um pedido de desculpas oficial e, logicamente, que a Mesa Diretora da Casa fará uma análise das consequências da declaração mesmo porque, apesar de ser num culto evangélico, ele fez referência a parlamentares que faziam parte da comissão no ano passado e alguns que continuam fazendo parte".

Moura esclareceu que a decisão da Mesa Diretora deverá ter como base um pedido de investigação que o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) anunciou que apresentará nessa semana. Ele afirmou que a bancada do PSC já pediu antes a Feliciano que reconsiderasse sua decisão de permanecer no cargo e ressaltou que a executiva do partido decidiu apoiar o pastor. O líder reconheceu que a continuidade das polêmicas incomoda a bancada.

"É uma situação que deixa o partido incomodado, toda a bancada incomodada. As declarações do pastor também nos deixam preocupados. Mas entendo que nesse momento a coisa tomou proporções maiores que fogem da alçada da bancada e da liderança e tem que ser resolvida pela Executiva Nacional do partido e, logicamente, pela Mesa diretora da Casa", disse Moura.

Ele acredita que a conversa de Feliciano com os líderes na próxima semana poderá ser "decisiva" para que ele possa ouvir os argumentos dos que pedem sua renúncia e expor os motivos que o levam a continuar. Moura disse que o pastor fez uma avaliação precipitada ao dizer que tem sido "achincalhado" pelos líderes.

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) disse, por meio de sua página no Twitter, que, ao afirmar que satanás estava na presidência da Comissão de Direitos Humanos antes dele, estava querendo dizer que eram adversários que ocupavam o espaço. Ele disse ter conversado com o líder do seu partido, André Moura (SE), e com a vice-presidente da comissão, Antonia Lucia (PSC-AC), para explicar a situação. A deputada chegou a falar em deixar o cargo após a nova declaração do colega.

No culto realizado na noite de sexta-feira (29) em Minas Gerais, o pastor, cuja permanência na presidência da comissão é alvo de protestos, causou nova polêmica ao fazer uma crítica direta a seus opositores na Câmara. "Pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de Espírito Santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por satanás", disse ele na ocasião.

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Por meio da rede social, o pastor afirmou nesta segunda-feira que manifestações atrapalharam o culto em que falou a polêmica frase. Segundo ele, os ativistas falavam palavrões e batiam tambor na porta do ginásio onde o evento foi realizado.

"Ver mães tapando os olhos e ouvidos de suas crianças para não verem os ativistas fazendo gestos obscenos e palavras de baixo calão, machuca. Mas isso não interessa, não é mesmo? Não vende, não cria curiosidade, afinal o que se quer é a anarquia, a bandalheira", afirmou Feliciano. "Duas mil pessoas tiveram seu direito de liberdade de culto violado. Mas o que interessa é que falei sobre satanás, que significa adversário", completou. Ele disse continuar contando com a oração de seus apoiadores e disse que pediu à polícia que não agisse contra os manifestantes.

O deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou na noite de sexta-feira, 29, que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados era "dominada por Satanás" antes de sua nomeação para a presidência do colegiado.

A declaração foi feita durante um culto num ginásio de Passos, no interior de Minas Gerais. O evento foi organizado pela União das Igrejas Abençoando Passos (Uniap) e reuniu cerca de 2 mil pessoas. "Pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por satanás", afirmou Feliciano. O vídeo está disponível no Youtube.

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Alvo de protestos de ativistas de direitos humanos e do movimento LGBT, Feliciano disse que "está sangrando", mas afirmou que seguirá pregando. "Sei que Jesus me levantou neste momento para abrir os olhos da igreja brasileira", discursou.

Do lado de fora do culto, um protesto convocado por estudantes reuniu cerca de 50 pessoas com faixas que pediam a renúncia do deputado. Ao se referir aos manifestantes, Feliciano disse que "a natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo".

Após a pregação, o deputado usou a internet para dizer que sua presença em Passos foi um sucesso. Pelo Twitter, afirmou que "foi lindo ver os cristãos unidos em apoio a nossa causa". A assessoria de Feliciano informou que o deputado fez as declarações em Passos na condição de pastor, e não na de parlamentar.

A permanência do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias provocou uma debandada de servidores. Dos 19 funcionários que trabalhavam no colegiado, somente dois ficaram. Alguns foram dispensados, outros pediram para sair. As mudanças podem provocam um prejuízo de perda de "memória" do trabalho na comissão. Exercendo a presidência sob protestos, Feliciano será levado ao Conselho de Ética pelo PPS pela suspeita de uso de recursos da Casa em proveito próprio.

A assessoria do deputado do PSC afirmou que o processo de substituições é "natural". Diz que alguns dos servidores pediram desligamento ao longo do mês e outros foram dispensados para que o deputado pudesse formar sua própria equipe. Dos 17 funcionários que saíram, 12 são efetivos da Casa e estão sendo realocados em outras atividades. Os dois servidores que ficaram pediram ao parlamentar para continuar.

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Servidores que atuaram na comissão contam que sete deles deixaram os cargos por diferenças ideológicas assim que Feliciano foi eleito. Outros continuaram na expectativa de uma renúncia do pastor, o que teria levado alguns aliados de Feliciano a tomá-los por "espiões".

Ex-presidente da comissão, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) relata que uma consequência da debandada é a perda da "memória" do trabalho realizado. "Esse é mais um capítulo dessa tragédia que se abateu sobre a comissão. As pessoas que estavam ali eram pessoas que estavam há muito tempo e tinham todo o conhecimento do que já foi feito", disse. Para ele, o PSC, que não teria parlamentares ligados à causa, também não possui servidores com o perfil necessário para o trabalho. A assessoria de Feliciano sustenta que foi feita uma transição para se absorver o máximo possível de informações dos funcionários que deixaram os cargos.

Conselho de Ética

 

Na tentativa de retirar Feliciano do comando da comissão, uma vez que ele se recusa a renunciar, o PPS decidiu entrar na próxima terça-feira (2) com processo por quebra de decoro parlamentar contra o pastor no Conselho de Ética da Casa. O colegiado tem a possibilidade de decidir por um afastamento de Feliciano da função.

"Precisamos acabar de vez com a situação vexatória vivida na a Câmara desde a eleição do pastor para presidir o colegiado", afirmou o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).

Para o PPS, além das acusações de racismo e homofobia, o pastor precisa explicar denúncias de uso irregular de verbas de sua cota na Câmara. Jordy alega que Feliciano paga com dinheiro público escritórios de advocacia que lhe defendem em processos de interesse pessoal. O pastor nega irregularidade. O deputado do PPS defendeu ainda como outra alternativa uma renúncia coletiva dos integrantes da comissão de Direitos Humanos, mas a ideia deve ser descartada pelos líderes porque a maioria do colegiado é composta por apoiadores do pastor.

Feliciano respondeu republicando nas redes sociais um vídeo que veio a público no ano passado em que Jordy estaria pedindo a uma namorada para realizar um aborto. Na ocasião, o deputado do PPS diz que apenas estava demonstrando cuidado com a gravidez, fruto de um relacionamento fortuito.

Ignorando os protestos e as pressões por sua saída, Feliciano segue tentando promover uma agenda na comissão. Sua assessoria divulgou que o parlamentar, acompanhado de outros colegas, irá à Bolívia no dia 9 de abril para tratar da situação dos 12 torcedores corintianos presos devido à morte de um garoto durante um jogo da Copa Libertadores, em Oruro. O pastor pretende ainda manter a agenda de audiências públicas no colegiado.

 

A renúncia coletiva dos membros da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional será solicitada pelo PPS que também entrará com uma representação no conselho de ética contra o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

A legenda argumenta que o atual presidente da comissão quebrou o decoro parlamentar ao usar recursos públicos no pagamento do advogado que lhe defende de um inquérito onde é acusado de homofobia.

De acordo com o deputado Federal e suplente da comissão, Arnaldo Jordy (PPS-PA), contou que por causa da intransigência de Feliciano não há condições de se fazer acordos políticos e que na próxima terça-feira (2) entrará com uma representação contra o deputado.

O deputado ainda reforçou que caso metade e mais dois membros da comissão renunciem uma nova eleição para a presidência seria convocada. “Ele passou do limite admissível ao ponto de mandar prender que exerce o direito da livre manifestação. Por isso vamos pedir a renúncia coletiva dos membros da comissão”, defendeu Jordy.

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O líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), foi à tribuna da Casa para defender a permanência do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e questionou o PT pelas indicações feitas para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O partido indicou para a comissão mais importante da Casa os deputados José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP), condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão.

"Nós respeitamos as indicações de todos os partidos, mas queremos que nossa posição seja respeitada. Quando ela não é, nos dá o direito de questionar as indicações para a CCJ", afirmou Moura após falar em plenário. "Como o PT indica para a CCJ dois mensaleiros condenados. Esses deputados que protestam contra o Feliciano deveriam exigir do líder do PT que não indicasse os dois para a CCJ", complementou.

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A polícia da Câmara reagiu com força e detenção à manifestação contra a permanência do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), no corredor de acesso ao gabinete do deputado. Os manifestantes não pararam na barreira formada pelos seguranças próxima ao gabinete e houve tumulto. Os policiais imobilizaram manifestantes passando o braço em torno do pescoço, a chamada "gravata".

Allyson Rodrigues, servidor público, foi detido por policiais da Câmara e presta depoimento neste momento. Vários manifestantes afirmaram que havia um assessor de Feliciano junto com policiais, desferindo socos nas pessoas que protestavam contra o deputado. Mais cedo, o manifestante Marcelo Reges Ferreira, antropólogo, também foi detido pela política da Câmara, na sala da Comissão de Direitos Humanos, a pedido de Feliciano. Ele estava no grupo de manifestantes que chamou o deputado de racista, durante a gritaria generalizada na comissão.

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O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) definiu como exemplo de democracia a realização de uma sessão da Comissão de Direitos Humanos sem a presença de manifestantes. Após pedir a prisão de um dos jovens que protestava por sua saída do cargo e mudar o plenário da comissão, permitindo a entrada apenas de parlamentares, assessores e jornalistas, o pastor acompanhou a reunião que durou cerca de duas horas para um debate sobre a contaminação de pessoas por chumbo na cidade de Santo Amaro da Purificação (BA).

"Me sinto realizado. Democracia é isso. Talvez seja preciso tomar medidas, não austeras, mas necessárias", afirmou o deputado do PSC durante a audiência. Ele se recusou a dar entrevistas após a reunião.

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O deputado afirmou que as vítimas de contaminação que estiveram presentes na audiência teriam conseguido condições melhores se tivessem os manifestantes a seu lado. "Se vocês tivessem um grupo por trás gritando, seriam atendidos, se tivessem condições de impedir uma comissão de trabalhar, talvez tivessem sido atendidos", afirmou.

Feliciano presidiu apenas o início da reunião. Ainda com a presença dos manifestantes, o deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP) fez uma exposição sobre a situação dos torcedores corintianos presos na Bolívia. Após trocar de plenário e impedir a entrada de manifestantes, Feliciano passou o comando ao deputado Roberto de Lucena (PV-SP), autor do requerimento para audiência pública. Aproveitou para dizer que essa será sua praxe na comissão e negou que tenha "fugido" da reunião na semana passada, quando ficou em plenário por apenas 8 minutos. Desta vez, sem público, Feliciano acompanhou toda a audiência.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Pastor Marco Feliciano, determinou à polícia legislativa que detivesse um dos manifestantes que faziam protesto contra ele durante sessão da Comissão nesta tarde. A sessão começou às 14h22 e a ordem de Feliciano para a retirada do rapaz do local foi dada cerca de apenas 10 minutos depois do início dos trabalhos, após o deputado ter sido acusado de racista pelo manifestante. Marcelo Régis foi levado para a sede da polícia legislativa para prestar depoimento.

Depois da confusão, Feliciano tentou dar prosseguimento aos debates, mas logo suspendeu a sessão e transferiu a audiência pública para outro plenário, onde só poderão participar parlamentares, jornalistas e assessores.

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A Comissão havia começado a discutir a situação dos corintianos presos na Bolívia. Agora a audiência pública que ocorrerá em novo local vai debater a contaminação de pessoas por chumbo na cidade Santo Amaro da Purificação (BA).

Ativistas que realizam uma petição online contra a presença do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão de Direitos Humanos fizeram na manhã de hoje uma entrega simbólica para as lideranças do partido de 455 mil assinaturas. Eles foram recebidos por André Moura, líder do PSC, Everaldo Dias Pereira, vice-presidente do partido, e outros integrantes da cúpula do partido. Segundo o relato, o partido pediu 30 dias para avaliar a conduta de Feliciano no comando da comissão.

"O que o líder nos pediu foi que, como houve a decisão dele (Feliciano) de continuar, seja dado um prazo de 30 dias para exercer o cargo e, se houver algum deslize, o próprio partido abrirá um processo disciplinar contra ele", disse Pedro Abramovay, diretor de campanhas da Avaaz, uma entidade de mobilizações pela internet.

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Os ativistas disseram não aceitar o prazo por entender que as atitudes anteriores de Feliciano já tiram sua condição de presidir o colegiado. "As declarações feitas por ele não podem ser taxadas como um deslize, há uma constatação de ofensas aos direitos humanos", afirmou Abramovay.

Autor da petição, Bruno Maia afirma que a pressão vai continuar e que novos protestos de rua serão realizados em São Paulo nos próximos dias pedindo a renúncia do pastor. Abramovay destacou o apoio de 455 mil pessoas ao tema e disse considerar a adesão uma vitória sobre Feliciano. Em petição no seu site, o pastor computa o apoio de 292 mil pessoas a sua permanência. "Nunca imaginamos que teríamos apoio maior do que um pastor, que tem toda a estrutura da igreja".

O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, deputado Pastor Feliciano (PSC-SP), reafirmou nesta quarta-feira que não vai renunciar ao cargo em hipótese alguma e desafiou o colégio de líderes da Casa, que junto com o presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), vai pedir a ele para deixar o cargo e por fim à crise iniciada com sua eleição. "Não renuncio de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado", disse.

Feliciano foi na manhã desta quarta-feira à Embaixada da Indonésia entregar um pedido de clemência em favor de dois brasileiros condenados à pena de morte por tráfico de drogas naquele país. Segundo o deputado, noticiário internacional indica que os dois figuram numa lista de estrangeiros que estariam prestes a serem executados por fuzilamento.

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Indagado se o momento é oportuno para fazer esse tipo de apelo, em razão da crise na Comissão e de sua fragilidade no cargo, o Pastor mostrou-se muito irritado. "Essa é uma pergunta estúpida. E lá existe tempo para fazer pedido de clemência?", questionou. Em seguida, dirigindo-se aos jornalistas, ele prosseguiu: "Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um assunto sério e vocês estão de brincadeira".

Depois, Feliciano reafirmou que não existe crise alguma na Comissão de Direitos Humanos e que vai tocar seu trabalho com tranquilidade. "O que está em crise são vocês, falando besteiras e coisas que não existem". "Já fizemos duas sessões, e na primeira votamos toda a pauta; na segunda, só fui impedido por causa do tempo", contou Feliciano, alheio aos protestos sociais contra a sua permanência na presidência da Comissão. Ele confirmou que nesta quarta-feira às 14 horas, haveria a terceira sessão da Comissão, mas não soube dizer se seria aberta ou fechada.

A Executiva e a bancada do PSC na Câmara decidiram nesta tarde pela manutenção do pastor e deputado Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ele tem sido alvo de protestos por declarações consideradas racistas e homofóbicas. "Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", afirmou o pastor Everaldo Pereira, vice-presidente do PSC. "Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo então todas as prerrogativas de estar na Comissão de Direitos Humanos e Minorias", completou.

Ele leu uma nota de três páginas na qual o partido relata o seu histórico de alianças com o PT, desde 1989 até a eleição da presidente Dilma Rousseff. "Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la por pensar diferente de nós", disse. Ele ressaltou ainda que o partido fez protestos pacíficos contra a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres. "Respeitamos a todos e gostaríamos que também nos respeitassem".

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O partido afirmou que os protestos contra Feliciano são naturais, mas devem ser "respeitosos". Destacou o fato de o deputado pastor ter sido eleito por seus pares. "Democracia é voto. Democracia não é grito, nem ditadura", disse Everaldo. O PSC disse ainda que não fará ameaças, mas que pode convocar também militantes.

Feliciano entrou e saiu da reunião sem dar entrevistas. Na chegada, questionado se era o "dia do fico" respondeu apenas: "é só olhar para o meu rosto". Na saída, mesmo com o respaldo do partido, saiu escoltado por seguranças e por pastores que se manifestaram de forma favorável a ele. Uma faixa trazida pelos pastores dizia: "E se Jesus renunciasse? O que seria do mundo?"

A decisão do PSC pode criar um problema para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na semana passada, ele definiu como "insustentável" a situação de Feliciano e prometeu uma solução até esta terça-feira.

A incômoda situação do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara provocou um bate-boca entre líderes partidários em reunião fechada na manhã desta terça-feira. O líder do PSol, Ivan Valente (SP), cobrou do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a prometida solução para o caso e foi interrompido pelo líder do PSC, André Moura (SE), que ameaçou cancelar a reunião convocada para esta tarde na tentativa de convencer Feliciano a renunciar. Alves interveio na discussão e Moura manteve o encontro de seu partido para debater o tema.

O questionamento feito por Valente foi dirigido a Alves. Ele lembrou que o presidente da Câmara tinha prometido uma solução na semana passada. Moura irritou-se com a cobrança. "A reação do André Moura foi muito ruim, ele disse que, se a gente forçasse a barra, ele ia manter o Feliciano", contou Valente.

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O líder do PSC confirmou a discussão e disse que o partido não aceitará pressão para tomar uma decisão. "Eu disse que se houver pressão eu cancelava a reunião. Nós vamos manter a nossa pauta, mas sem pressão, a intenção é decidir essa situação ainda hoje, mas não tem problema nenhum deixar para depois da Páscoa, um mês ou dois meses", afirmou Moura ao sair da reunião.

Ele reiterou que foi pedido para Feliciano reavaliar sua posição de permanecer no cargo e afirmou que a reunião da bancada e da Executiva do PSC nesta tarde tentará buscar uma solução. Reconheceu que a pressão pela saída do pastor decorre das manifestações populares contra ele. "O partido não pode tomar uma posição só pela Casa, é preciso ouvir as ruas, a sociedade, as manifestações contra e a favor, é isso que mais importa e será levado em conta".

Brasília - A bancada do PSC vai decidir nesta terça-feira (26) se pede a renúncia do deputado Pastor Marco Feliciano (SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O líder do partido, deputado André Moura (SE), disse há pouco que é interesse da própria bancada encerrar a polêmica ainda hoje.

"Independentemente da posição do presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é uma preocupação nossa resolver isso hoje. A situação já tomou proporção maiores e vamos decidir hoje", disse Moura.

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Segundo ele, a questão está entre os pontos a serem discutidos pela bancada. “Há essa possibilidade, entre outros assuntos, como a reforma política, essa situação da comissão também está entre temas. Tivemos uma conversa com o pastor Marco e pedimos que ele analisasse as manifestações que estão sendo feitas na sociedade".

Feliciano é alvo de protestos de grupos defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros por ter publicado nas redes sociais comentários ofensivos contra gays e negros.

Moura ponderou, no entanto, que mesmo que a bancada decida pela saída de Feliciano da presidência da comissão, como o pastor foi eleito, a renúncia terá que partir do próprio parlamentar. "Se essa decisão pela renúncia for tomada pela maioria da bancada, teremos que ter o convencimento do pastor Marco", disse Moura.

Na semana passada, o presidente da Câmara classificou a situação de “insustentável” e assegurou que tomará uma posição definitiva nesta terça-feira (26) sobre a polêmica em torno da eleição do deputado Marco Feliciano.

Brasília – A permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara dos Deputados, deve ser definida até a próxima terça-feira (26). Pastor evangélico, ele é acusado de postar em redes sociais mensagens homofóbicas e racistas e, por isso, é alvo de protestos desde que foi indicado para o cargo.

Na segunda-feira (25), um ato liderado pelo deputado federal Jean Wyllys e pelo estadual Marcelo Freixo, ambos do PSOL-RJ, vai reunir artistas como Caetano Veloso, Leandra Leal, Lázaro Ramos e lideranças de várias religiões na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. “Será um ato em defesa da cultura contra o fundamentalismo religioso”, adianta Wyllys.

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A próxima reunião da CDH está prevista para quarta-feira (27). A Agência Brasil tentou falar com o deputado Feliciano, mas o assessor de imprensa dele, Wellington de Oliveira, disse que o pastor não está atendendo a jornalistas. Ainda segundo o assessor, o deputado continua firme no propósito de continuar presidindo a comissão e considera as acusações contra ele infundadas. Oficialmente, durante o fim de semana, o deputado não terá nenhum encontro com integrantes do PSC e deve se dedicar exclusivamente à agenda religiosa.

Apesar disso, a pedido do presidente da Câmara Henrique, que considera a situação do parlamentar na CDH “insustentável”, o líder do PSC na Casa, André Mora (SE) pediu que o colega de legenda reavaliasse neste fim de semana sua posição de não deixar a presidência da comissão.

“Na conversa que nós tivemos com o presidente Henrique Alves, ele apresentou preocupação com andamento dos trabalhos da Comissão e com a Câmara Federal. Tudo isso nós levamos ao pastor Marco Feliciano. Pedimos que ele fizesse uma reflexão, e na próxima semana teremos uma reunião, primeiro com ele e, depois, com toda a bancada para discutir o assunto”, diz o líder do PSC.

No Congresso Nacional, a definição do comando das comissões respeita a proporcionalidade dos partidos, por isso, mesmo se Feliciano renunciar ao cargo, a vaga continua com o PSC. Os deputados Hugo Leal (RJ) e Antônia Lúcia (AC), são vistos como nomes que sofreriam menos resistências entre diversos movimentos sociais na condução dos trabalhos da Comissão de Direitos Humanos.

“Acho que quem quer que vá para a presidência [da Comissão de Direitos Humanos] vai ter separar dogmas religiosos da condução dos trabalhos. O que daqui pra frente fica claro é que quem sobe ali, sobe sabendo que a sociedade está vigilante”, avalia Jean Wyllys.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), classificou na manhã desta quinta-feira como "insustentável" a situação da Comissão de Direitos Humanos, que está em guerra desde a eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente. Alves prometeu uma solução para o caso até a próxima terça-feira. Ele tem cobrado do PSC a saída de Feliciano do cargo, mas o pastor se recusa a renunciar. "Do jeito que está se tornou insustentável a situação. Eu asseguro que será resolvida até terça-feira da semana que vem", afirmou Alves.

Ele disse que o clima de "radicalização" não pode ser aceito na Casa e assumiu a responsabilidade por encontrar uma saída para o impasse. "Agora passou a ser também responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados".

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A escolha de Feliciano para a comissão gerou a revolta de grupos ligados a direitos dos negros e de homossexuais devido às declarações dele em redes sociais sobre o tema. Um vídeo publicado por um assessor com ataques a adversários e rituais africanos nessa semana aumentou ainda mais a pressão pela renúncia. O pastor, porém, resiste e seus aliados argumentam que uma saída significaria uma concessão ao grupo rival.

Feliciano reafirmou na manhã desta quinta-feira, em entrevista à Rádio Estadão, que não vai renunciar "de maneira alguma". Tentou minimizar os protestos dos quais tem sido alvo e as acusações de atitudes homofóbicas e intolerantes. Garantiu representar "mais de 50 milhões de evangélicos diretamente, mais um sem-número de pessoas e de famílias que têm a mesma visão que eu".

Na quarta-feira, 20, Feliciano foi alvo de manifestantes dentro da Comissão e deixou o local após oito minutos de sessão. Ele minimizou a presença dos ativistas, a quem definiu como "vinte e poucas pessoas gritando, promovendo bagunça, dizendo que estavam ali para tumultuar" e afirmou que "isso não vai acontecer mais". O deputado disse que é "praxe" o presidente da Comissão se retirar em sessões que promovem audiências públicas e afirmou que a imprensa foi "sensacionalista" ao divulgar o fato.

Estelionato

Em relação ao processo por estelionato a que responde no Supremo Tribunal Federal - ele teria recebido R$ 13 mil por um culto que não ministrou no Rio Grande do Sul - Feliciano afirmou já ter depositado em juízo o valor, com juros, e se disse vítima de uma tentativa de extorsão.

"Eu adoeci, não pude ir. (..) Minha equipe ligou e eles disseram que iam remarcar o evento. Ficamos aguardando remarcar e o evento não foi remarcado. Quando tentamos entrar em contato, já haviam feito um processo gigantesco, quase uma extorsão, pedindo um milhão de reais", afirmou.

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