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Um embate político entre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), impediu a construção de um hospital de campanha, com capacidade para cerca de 500 leitos, destinado ao tratamento de pacientes com covid-19.

Até esta quarta-feira (8), Minas tinha 14 mortes confirmadas por coronavírus e outros 97 óbitos sob investigação. Ao todo, foram 614 casos confirmados para a doença, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde.

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O hospital seria construído na esplanada do estádio Mineirão. A estrutura seria bancada pela prefeitura em parceria com empresa do setor de mineração. A concessionária que administra o estádio já havia autorizado a obra e, segundo o prefeito, foi acertado com Zema.

Porém, na segunda-feira passada, Kalil informou que o hospital não seria mais construído depois do que classificou de proposta "imoral, indecorosa e politiqueira" por parte do Estado, que é o dono do Mineirão. A proposta citada pelo prefeito foi apresentada pelo secretário estadual de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, segundo a qual Kalil e Zema deveriam aparecer juntos em apresentações públicas que envolvessem o hospital.

"O Estado não cedeu a esplanada para a prefeitura de Belo Horizonte, infelizmente, apesar de que eu já tinha combinado pessoalmente com o governador. E, depois, um secretário, Marco Aurélio Barcelos, que é um garotinho, acho que tem 39 anos, fez uma proposta imoral, indecorosa e politiqueira para ceder o espaço", disse Kalil, em entrevista coletiva na segunda-feira. "Quero dizer a esse rapaz que isso não é hora de promover o governador, de promover governos. É hora de salvar vidas", acrescentou.

A reportagem procurou a assessoria de comunicação do governador, que encaminhou nota da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade. A Secretaria afirmou, em nota, que ofereceu na semana passada o espaço para a montagem do hospital de campanha pela prefeitura "sem qualquer custo". Mas, "por se tratar de um equipamento administrado por empresa privada, contratada pelo Estado de Minas Gerais, informou-se que seria necessária a atuação conjunta de ambos os entes para a realização do empreendimento, tendo sido a Secretaria Municipal de Saúde comunicada de que as equipes da Seinfra estavam de prontidão para dar andamento a todas as medidas jurídicas e operacionais necessárias".

A nota diz ainda que "a oportunidade de atuar em conjunto com as autoridades municipais neste momento de crise independe de preferências ou de qualquer contexto eleitoral".

Kalil afirmou ter resolvido o problema em acerto feito entre as secretarias estadual e municipal de Saúde e os hospitais Santa Casa de Misericórdia, São Francisco e São José. Conforme o prefeito, houve um remanejamento que tornou possível oferecer mil leitos especificamente para atendimento a pacientes acometidos pela covid-19. Segundo a assessoria da prefeitura, os leitos serão montados na medida em que for identificada demanda pelo sistema de saúde na cidade.

Isolamento

Zema e Kalil já haviam se estranhado no início da adoção de medidas de isolamento social como forma de reduzir a velocidade do contágio do novo coronavírus. O prefeito, no dia 18 de março, disse que o governador não havia adotado medidas necessárias em relação ao comércio nas cidades.

Ao mesmo tempo, decretou o fechamento de lojas consideradas não essenciais e regras sanitárias para o funcionamento de estabelecimentos como lanchonetes, que não podem permitir a entrada de clientes, e restaurantes, que só podem funcionar com entregas em casa.

Zema retrucou afirmando que essas decisões deveriam ser tomadas pelos prefeitos e que o momento "não era para bate-boca". 

O pedido da oposição para que a Força Nacional seja solicitada para auxiliar na segurança em Pernambuco durante o Carnaval e por mais 30 dias foi condenado pelo líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa (Alepe), Isaltino Nascimento (PSB). Sob a ótica do pessebista, o colegiado adversário tem feito a política do “quanto pior melhor”.

“Não dá para fazer proselitismo político. Pedir a vinda da Força Nacional é dizer que não confiamos na Polícia Militar. É apostar no quanto pior, melhor, e fazer agouro com relação ao Carnaval”, afirmou, durante a sessão plenária dessa terça-feira (21). 

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Para contrapor a solicitação, Nascimento relatou que o Governo tem um plano de segurança para o Carnaval, que irá mobilizar 31.213 servidores da área de segurança pública, incluindo Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica, entre outros setores. “Criamos um protocolo para grandes eventos em Pernambuco que foi referência para todo o Brasil na Copa do Mundo e nas Olimpíadas”, destacou.

Os deputados Waldemar Borges, Antônio Moraes, Rodrigo Novaes (PSD), Terezinha Nunes (PSDB) e Lucas Ramos (PSB) corroboraram as críticas à oposição. “Se a Força Nacional vier, só deverão vir no máximo cem homens. Não acredito que isso vá resolver a questão”, declarou Moraes. “Há um desejo velado da bancada para que aconteçam várias mortes e furtos no Carnaval”, julgou Novaes.

A solicitação da bancada aconteceu após um assalto a uma empresa de transporte de valores na Zona Oeste do Recife durante na madrugada dessa terça. A ação criminosa deixou três policiais feridos e um prejuízo estimado em cerca de R$ 60 milhões para a empresa. A polícia não conseguiu prender nenhum dos bandidos. Apesar disso, o governador Paulo Câmara (PSB) elogiou a atuação do efetivo.

Para o líder oposicionista, Sílvio Costa Filho (PRB) o pedido é um alerta de “que este pode ser um dos carnavais mais violentos da história de Pernambuco”. “O Governo está perdendo a guerra contra a criminalidade, achando que vai resolver o problema da segurança sem planejamento e sem diálogo”, avaliou.

Tradição, experiência e continuidade. Esse era o perfil dos candidatos que planejavam seguir a carreira política há alguns anos atrás. Mas esse universo está mudando, pois os jovens estão querendo conquistar espaço na política brasileira. O pleito deste ano conta com 1,5 mil candidatos na faixa etária dos 20 aos 29 anos, o que representa 6,1% dos concorrentes. O candidato mais jovem que está apto a disputar o cargo de deputado estadual é Netinho de Paula (PDT), da cidade de Manaus–AM, cujo o ano de nascimento é 1994.

Em Pernambuco, das 544 pessoas que pretendem disputar o cargo de deputado estadual, cerca de 8% tem até 29 anos. O postulante mais novo, que já está com a candidatura deferida, é Romero Albuquerque (PV). Aos 22 anos e em busca de renovação, o candidato decidiu entrar na disputa para ‘mudar’ a gestão política. “O que me levou a querer disputar a eleição foi o sentimento de decepção e revolta com a classe política. Não aguento a mesmice. Para a população, o termo política tem sentido pejorativo. É lamentável, mas com os inúmeros escândalos envolvendo a classe, não há como pensar de outra maneira. O político é eleito para representar o povo, mas eles lutam em causa própria. Quero fazer diferente e defender os interesses da população”, afirmou o candidato.

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De acordo com a cientista política Priscila Lapa, existem dois vieses que levam os jovens a querer disputar um cargo político: continuidade e renovação. O fator continuidade está relacionado a dar prosseguimento ao trabalho realizado na política por um membro da família. Já a renovação mexe com anseios do povo, pois a necessidade de mudança pode estar ‘interligada’ à juventude. “Muitas vezes os jovens entram na política para substituir um parente, seja porque ele está se aposentando ou caiu na lei da ficha limpa e teve a conta rejeitada. Então, para se manter ‘ativo’, o candidato elege um substituto que dará continuidade ao seu trabalho no poder político. A segunda opção é a estratégia utilizada pelos partidos políticos, que vendem o discurso de renovação atrelado à imagem do jovem. Dependendo do sentimento do eleitor naquele momento, se ele estiver insatisfeito, é provável que o desejo de renovação impere”, conclui a cientista.

Segundo os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maioria dos candidatos que irão disputar o pleito de 2014 tem entre 40 e 49 anos. Com base na Constituição Federal de 1988, para concorrer a cargos eletivos é necessário que o indivíduo tenha, até a data da posse, as seguintes idades mínimas: 

Presidente e Vice-Presidente – 35 anos

Senador – 35 anos

Governador – 30 anos

Deputado Federal – 21 anos

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