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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso para restabelecer a condenação do ex-coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra a indenizar a família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, assassinado em julho de 1971, durante a ditadura militar.

O STJ analisou a legalidade da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que derrubou a condenação dos herdeiros de Ustra a pagarem R$ 100 mil para a viúva e a irmã de Merlino, além de reconhecer a participação do então coronel nas sessões de tortura que mataram o jornalista. Ustra morreu em 2015.

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Integrante do Partido Operário Comunista na época da ditadura militar, Merlino foi preso em 15 de julho de 1971, em Santos, e levado para a sede do DOI-Codi, onde foi torturado por cerca de 24 horas e morto quatro dias depois. 

Julgamento

O julgamento começou em agosto, quando o relator, ministro Marco Buzzi, votou pela anulação da decisão do tribunal paulista e determinou que a primeira instância julgue o caso novamente.  O relator entendeu que os crimes atribuídos a Ustra podem ser considerados crimes contra a humanidade. Dessa forma, a pretensão de reparação às vítimas e seus familiares não prescreve.

"A qualificação dos atos supostamente praticados pelo agente do DOI-Codi como ilícito contra a humanidade impede a utilização desse instituto, consideradas as gravíssimas violações cometidas contra direitos fundamentais e a proteção jurídica contra a tortura", afirmou.

O ministro acrescentou que a Lei de Anistia, aprovada em 1979 para anistiar crimes cometidos durante a ditadura, não impede o andamento das ações indenizatórias, que são de matéria cível. 

Após sucessivos adiamentos, na sessão realizada ontem (29), por 3 votos a 2, a Quarta Turma do STJ negou a tentativa dos familiares de Merlino de serem indenizados pelos atos de tortura praticados pelo então coronel.  Prevaleceu no julgamento o voto proferido pela ministra Maria Isabel Galotti, que votou para manter a decisão da Justiça paulista que considerou o caso prescrito.

Procurado pela Agência Brasil, o advogado Joelson Dias informou que a família Merlino vai recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta sexta-feira, 6, que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube a lei aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo e sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em homenagem ao coronel reformado do Exército e ex-deputado estadual Antônio Erasmo Dias, expoente da ditadura militar (1964-1985).

A lei batizou um entroncamento de rodovias em Paraguaçu Paulista, cidade natal do coronel, no oeste de São Paulo, com o nome do militar.

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"A trajetória de vida da personalidade homenageada com a designação de seu nome a via pública, historicamente ligada a atos antidemocráticos praticados na vigência da ditadura militar no Brasil, significa perenizar a memória de momento tormentoso da história brasileira e, em consequência disso, enaltecer, mesmo que de forma simbólica, o autoritarismo", diz um trecho da manifestação enviada pela PGR ao Supremo.

A procuradora-geral interina Elizeta Maria de Paiva Ramos, que assina o parecer, afirma o tribunal tem o dever de reagir a ataques, 'explícitos ou velados', à democracia.

"Qualquer ato estatal que, de forma explícita ou velada, enalteça o autoritarismo é contrário à própria gênese do regime democrático e merece o mais veemente repúdio", acrescentou.

O governador de São Paulo justificou ao STF que sancionou a lei para prestigiar a 'deliberação democrática' da Assembleia Legislativa de São Paulo. Tarcísio também argumentou que Antônio Erasmo Dias foi deputado estadual por três legislaturas, 'eleito democraticamente', e que não há registro de 'qualquer condenação judicial por atos praticados durante sua vida pública pregressa geral'.

A decisão sobre a validade da lei será tomada pela ministra Cármen Lúcia. Ela é relatora de uma ação movida em conjunto pelo PT, PSOL e PDT e pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, contra a homenagem.

Erasmo Dias foi secretário de Segurança Pública de São Paulo no governo de Paulo Egydio Martins (1975-1979) e ficou conhecido por ter liderado a invasão à PUC em 1977, no auge da repressão, em uma ação truculenta que prendeu quase 900 alunos organizados em um ato público pela reorganização da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Quando Xi Jinping chegou ao poder em 2012, alguns previram que ele seria o líder mais liberal do Partido Comunista Chinês por causa de seu perfil discreto e histórico familiar. Dez anos depois, a realidade é bem diferente.

Depois de assegurar neste domingo (23) o terceiro mandato à frente do partido, e portanto do país, e de estabelecer-se como o líder mais poderoso desde Mao Tsé Tung, Xi demonstrou uma ambição implacável, intolerância à dissidência e um desejo de controle que se infiltrou em quase todos os aspectos da vida cotidiana na China.

Conhecido a princípio como marido de uma cantora popular, ele emergiu como um líder de aparente carisma e uma narrativa política hábil que criou um culto pessoal não visto desde os dias de Mao.

Mas pouco se sabe sobre sua pessoa ou impulsos.

"Eu contesto a visão convencional de que Xi Jinping busca o poder pelo poder", comentou à AFP Alfred L. Chan, autor de um livro sobre sua vida. "Eu diria que ele anseia pelo poder como instrumento para cumprir sua visão".

"Ele realmente tem uma visão para a China. Quer ver a China como o país mais poderoso do mundo", disse outro biógrafo, Adrian Geiges.

Nessa visão que ele chama de "sonho chinês" ou "o grande rejuvenescimento da nação chinesa", o Partido Comunista (PCC) desempenha um papel central.

"Xi é um homem de fé. Para ele, Deus é o Partido Comunista", escreveu Kerry Brown em seu livro "Xi: A Study in Power". "O maior erro que o resto do mundo comete sobre Xi é não levar sua fé a sério".

- "Traumatizados" -

Embora sua família integrasse a elite do partido, Xi não parecia destinado a esta posição. Seu pai, Xi Zhongxun, um herói revolucionário que se tornou vice-primeiro-ministro, foi alvo de expurgo durante a Revolução Cultural de Mao.

"Xi e sua família ficaram traumatizados", diz Chan.

De um dia para o outro, o agora presidente perdeu seu status. Uma de suas meias-irmãs cometeu suicídio por causa das perseguições.

Xi foi condenado ao ostracismo por seus colegas de classe, uma experiência que, segundo o cientista político David Shambaugh, contribuiu para "um distanciamento emocional e psicológico e para sua autonomia desde muito jovem".

Aos 15 anos, ele foi enviado para o centro da China, onde passou anos carregando grãos e dormindo em cavernas. "A intensidade do trabalho me impactou", reconheceu.

Também participou de sessões em que teve que denunciar seu próprio pai, como explicou em 1992 ao The Washington Post. "Mesmo que você não entenda, eles te obrigam a entender (...) Isso faz você amadurecer mais cedo", comentou.

Para o biógrafo Chan, essas experiências lhe deram "dureza".

"Tem noção da arbitrariedade do poder, por isso enfatiza a governança baseada na lei", aponta.

- De baixo -

A caverna onde Xi dormia foi transformada em atração turística para mostrar sua preocupação com os mais pobres.

Em uma visita da AFP em 2016, um morador local o descreveu como uma figura quase lendária, que lia muitos livros entre os intervalos do trabalho intenso. "Você podia ver que ele não era um homem comum".

Mas o caminho não foi tranquilo para Xi. Antes de ingressar no PCC, seu pedido foi rejeitado várias vezes devido ao legado familiar.

E então ele começou em um "nível muito baixo" como líder do partido em um vilarejo em 1974, observa Geiges. "Ele trabalhou muito sistematicamente" e tornou-se governador regional de Fujian em 1999, líder provincial do partido em Zhejiang em 2002 e depois em Xangai em 2007.

Enquanto isso, seu pai foi reabilitado na década de 1970 após a morte de Mao, o que fortaleceu sua posição.

Na vida pessoal, Xi se divorciou de sua primeira esposa para se casar em 1987 com a popular soprano Peng Liyuan, então mais conhecida que ele.

Para Cai Xia, ex-líder do PCC e agora exilada nos Estados Unidos, Xi "sofre de um complexo de inferioridade, sabendo que teve pouca educação formal em comparação com outros líderes do partido".

É por isso que ele é "teimoso e ditatorial", escreveu em um artigo recente na Foreign Affairs.

- Lições da URSS -

Mas Xi sempre se considerou "herdeiro da revolução", diz Chan.

Em 2007 ele foi nomeado para o Comitê Permanente do Politburo, o principal órgão de decisão da China. E cinco anos depois ele subiu ao topo, substituindo o presidente Hu Jintao.

Seu currículo não prenunciava o que viria a seguir: repressão a movimentos civis, mídia independente e liberdades acadêmicas, supostos abusos de direitos humanos na região de Xinjiang ou uma política externa muito mais agressiva que a de seu antecessor.

Sem acesso a Xi ou a seu círculo íntimo, os estudiosos procuram em seus primeiros textos pistas sobre suas motivações.

A importância central do partido e sua missão "de tornar a China um grande país é evidente desde os primeiros registros de Xi", diz Brown.

A narrativa de uma China em ascensão teve um grande efeito sobre a população, usando o nacionalismo a seu favor para legitimar o partido entre a população.

Mas o medo de perder o poder também é evidente.

"A queda da União Soviética e do socialismo no Leste Europeu foi um grande choque" para Xi, opina Geiges.

E sua conclusão é que o colapso aconteceu por causa da abertura política. "Ele decidiu que algo assim não deve acontecer na China (...) Por isso defende uma liderança forte do Partido Comunista, com um líder forte", acrescenta.

Joe Biden se apresentou como um presidente unificador e líder do mundo livre contra Vladimir Putin, a quem chamou de "ditador russo" que subestimou a resposta do Ocidente à invasão da Ucrânia, em seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

"Por favor, levantem, se possível, e demonstrem que sim, nós, Estados Unidos, estamos com o povo ucraniano", começou o discurso, quase uma semana depois da invasão da Rússia à Ucrânia e depois de conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pediu por ajuda para "frear o agressor o quanto antes".

Para Biden, Putin é "um ditador russo, que invade um país estrangeiro".

"Ao longo de nossa história aprendemos esta lição: quando os ditadores não pagam o preço de sua agressão, eles provocam mais caos", afirmou, em referência ao presidente russo, que rejeitou o diálogo e ignorou as advertências.

Depois de um esforço de várias semanas para unificar os aliados ocidentais em torno de sanções econômicas sem precedentes contra a Rússia e um fluxo de ajuda militar para a Ucrânia, que não é membro da Otan, Biden apresentou um cenário do que, em suas palavras, representa uma liderança global revitalizada dos Estados Unidos.

O presidente russo "rejeitou os esforços diplomáticos. Pensou que o Ocidente e a Otan não responderiam. E pensou que poderia nos dividir aqui em casa. Mas Putin estava errado. Estávamos prontos".

"Na batalha entre democracia e autocracia, as democracias estão à altura das circunstâncias e o mundo está claramente escolhendo o lado da paz e da segurança", destacou.

"Putin está isolado como jamais esteve", disse Biden. "Não tem ideia do que se aproxima", acrescentou, em referência às sanções econômicas que continuam sendo anunciadas, à medida que os tanques russos prosseguem o avanço em direção a Kiev.

As sanções também têm consequências no Ocidente, pois a Rússia é um grande produtor de petróleo e gás.

- "Líderes corruptos" -

Quase 30 países alcançaram um acordo para "liberar 60 milhões de barris de petróleo das reservas em todo o mundo", dos quais os Estados Unidos participarão com 30 milhões para estabilizar o mercado, anunciou o presidente aos americanos, preocupados com uma guerra que provocou a disparada dos preços dos combustíveis.

E Putin não é o único alvo do Ocidente. O democrata também criticou o círculo de governo russo, os oligarcas e os "líderes corruptos" que, segundo Biden, desviaram bilhões de dólares. O presidente americano advertiu eles ficarão "sem os seus iates, apartamentos de luxo e aviões privados.

A embaixadora da Ucrânia em Washington, Oksana Markarova, assistiu ao discurso como convidada da primeira-dama, Jill Biden, e foi aplaudida de pé.

Biden, no entanto, voltou a repetir que as tropas americanas "não estão envolvidas e não participarão" na guerra na Europa.

- Economia -

Após o início sobre a Ucrânia, o democrata passou a abordar as questões domésticas. O presidente de 79 anos enfrenta vários desafios políticos em casa, que mencionou e para os quais apresentou possíveis soluções, consciente de que sua popularidade está em queda nas pesquisas após 14 meses no cargo, ao redor de 40%.

Apesar da economia forte, a inflação no país é a maior em quatro décadas.

"Minha prioridade é controlar os preços", disse, em um país em que as votações são decididas pelos temas econômicos e a poucos meses das eleições de meio mandato nas quais os republicanos, ainda sob forte influência de seu antecessor Donald Trump, podem conquistar a maioria no Congresso.

Ele pediu a redução do preço dos medicamentos, sobretudo da insulina, que é usada por Joshua Davis, um adolescente com diabetes para o qual pediu aplausos durante o discurso.

Também prometeu reduzir o déficit e ter mais produtos "feitos nos Estados Unidos para não ficar à mercê das redes de abastecimento estrangeiras".

- Reforma migratória -

Enumerando temas de sua agenda presidencial, Biden afirmou que a resposta "não é retirar fundos da polícia, e sim financiá-la", ao comentar a questão da violência em algumas cidades.

Ao falar sobre a migração ao longo da fronteira sul, por onde chegam centenas de milhares de migrantes, muitos deles da América Central, ele pediu ao Congresso que aprove a reforma migratória "de uma vez por todas" porque não é apenas a coisa certa a fazer, mas o que é"economicamente inteligente".

Além da figura de presidente unificador, Biden se apresentou como defensor das oportunidades para as minorias e protetor dos menos favorecidos, como os menores transgêneros, contra os quais alguns estados conservadores adotam medidas contrárias aos processos médicos seguidos por alguns deles.

O democrata também tentou levantar a moral dos americanos, deprimidos pela pandemia. "A Covid-19 não deve mais controlar nossas vidas", afirmou aos congressistas sem máscaras, após a flexibilização das medidas sanitárias.

E não evitou temas polêmicos, incluindo o direito ao aborto, que voltou a defender, apesar de ser um católico praticante.

O objetivo de Biden: recuperar o brilho perdido pelo desgaste no poder, unir seus eleitores e levar ânimo à população. Tudo em apenas uma hora.

Na tarde desta sexta-feira (7), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) usou a sua conta no Instagram para revelar que o Twitter "reduziu" os seus direitos na plataforma. O parlamentar chamou a rede social de "ditatorial".

"Por algum motivo que não sei qual acabo de ter meus direitos reduzidos no Twitter. Talvez eu possa até estar errado e eu gostaria de melhorar, mas como saber se sequer eles me dizem o que eu fiz? Isto é como ser acusado de algo e não ter direito de ver no processo sobre o que é. Isto é ditatorial", reclamou.

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O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou que está preparando uma interpelação judicial contra o Twitter, "perguntando o motivo pelo qual fui censurado, se eles têm conhecimento do art. 5º da constituição que trata da liberdade de expressão e do art. 53 que trata da imunidade parlamentar", pontuou.

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Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçar processar e pedir o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Senado, neste sábado (14), o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido), o comparou ao ex-estadista venezuelano Hugo Chávez. Ele disse que o mandatário brasileiro é um ditador.

Contrariado pela prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, Bolsonaro foi às redes e comentou sobre os riscos de uma ruptura institucional. Ele foi rebatido por Maia que, apesar de caducar dezenas de pedidos de impeachment contra o presidente na sua gestão, tece duras críticas ao Governo desde o fim do mandato no comando do Congresso.

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"Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições democráticas e tentam destruir a democracia representativa e o Estado democrático. É, na verdade, um ditador igual a Chávez", repreendeu o deputado.

A reação contra os ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes é o estopim do desalinho da gestão federal com as instituições democráticas. A ala que apoia o presidente da República costuma estimular o uso de força para fechar o Congresso e o STF, e defende o retorno do regime militar de exceção. Essas pautas são consideradas antidemocráticas pela Constituição e indicam incentivo ao golpe de Estado.

A crise com Moraes foi amplificada no inquérito das fakes news, especialmente com a investigação contra a organização de milícias digitais que compõem o suposto 'Gabinete do Ódio". Assim como Roberto Jefferson, outros representantes do bolsonarismo virtual foram presos por ordem do STF, que enfraqueceu a divulgação de informações falsas contra adversários políticos do presidente.

Já com o Barroso, o desagrado se dá pela oposição veemente à obrigatoriedade do voto impresso. Ele também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fez uma ampla campanha contra a tentativa de alteração da regra eleitoral.

A última estátua pública do ditador Francisco Franco que restava na Espanha foi retirada de Melilla, território do norte da África, 45 anos depois de seu falecimento.

"Dia para a História", tuitou o governo da cidade autônoma de Melilla na terça-feira (23) à noite, ao lado de várias fotografias de operários retirando a estátua com a ajuda de uma retroescavadeira.

A estátua de bronze do general, na entrada da cidade, havia sido construída em 1978 para recordar o papel de Franco como comandante da Legião Espanhola na Guerra do Rif (1920-1926), um conflito em que a Espanha enfrentou tribos berberes ao norte de Marrocos.

Esta era a última celebração em via pública do homem que liderou a revolta em 1936 contra o governo republicano e, após uma violenta guerra civil, governou com mão de ferro o país de 1939 até sua morte em novembro de 1975.

As autoridades de Melilla informaram que a estátua foi levada para um depósito municipal, sem explicar qual o futuro uso.

Em 2007, o governo espanhol liderado pelo primeiro-ministro socialista José Luis Rodríguez Zapatero aprovou uma lei que obrigava a retirada dos símbolos da ditadura do espaço público e a mudança de nome de várias ruas dedicadas a figuras do franquismo.

Na segunda-feira, a assembleia municipal de Melilla aprovou, em acordo com esta lei, a retirada da estátua, apesar do voto contrário do partido de extrema-direita Vox e da abstenção do conservador Partido Popular.

O Vox alegou que a estátua prestava tributo a Franco por defender a cidade durante a Guerra do Rif e não como homenagem à ditadura.

O atual primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, transformou a reparação e a reabilitação das vítimas do franquismo em uma de suas prioridades desde que chegou ao poder em 2018.

Após uma longa batalha judicial com os descendentes do ditador, em outubro de 2019 o Executivo retirou os restos mortais de Franco do grande mausoléu nas proximidades de Madri em que estava enterrado e os transferiu para um discreto jazigo da família em um cemitério da capital.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou um vídeo no Facebook, na noite do domingo (31), com uma famosa frase atribuída ao líder fascista Benito Mussolini. No vídeo, um idoso italiano está caminhando na rua e fazendo um discurso supostamente defendendo a liberdade. Em determinado momento da gravação ele diz "melhor um dia como leão do que cem anos como ovelha", citação usada pelo fascismo italiano e que teria sido repetida por Mussolini.

"Em 1 minuto o velho italiano resumiu o que passamos nos dias de hoje", escreveu Bolsonaro na publicação.

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Em 2016, o então pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou a mesma frase no Twitter. Ela havia sido escrita por uma conta paródia cuja foto de perfil era uma imagem do ditador italiano com os cabelos de Trump.

O atual presidente dos Estados Unidos recebeu uma série de críticas por compartilhar a mensagem. Em entrevista à TV americana NBC, Trump disse que não sabia que a citação era de Mussolini, mas não pareceu arrependido. "É uma citação muito boa. Eu não sabia quem tinha dito, mas que diferença faz se foi Mussolini ou outra pessoa? É uma ótima citação", disse na ocasião.

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Alguns políticos criticaram Bolsonaro pelo vídeo compartilhado. "Bolsonaro exalta Mussolini, um ditador fascista aliado de Hitler, responsável por mais de 440 mil mortes e que perseguiu quem discordava dele. O presidente brasileiro deixa bem claro que quer um regime autoritário por aqui", escreveu o deputado federal Alessandro Molon (PSB). A deputada federal Luzianne Lins (PT) afirmou: "O genocida Bolsonaro não para de flertar com o fascismo e de cometer crimes de responsabilidade. Faz postagem com frase de Mussolini, fundador do fascismo, para atiçar sua horda de lunáticos. Já conhecemos bem suas artimanhas". O presidente não se manifestou sobre a publicação.

A frase dita pelo idoso é uma das utilizadas pelos regimes nazifascistas, explica o professor de história José Carlos Mardock. Segundo o professor, tais regimes tinham como característica o uso de linguagem simples e objetiva, com o objetivo de manipular as massas e ativar o nacionalismo. Na opinião do docente, Bolsonaro usou o vídeo para confundir os espectadores, afirmando que “o Congresso estaria infringindo um direito constitucional, o de ir e vir, garantido pela Carta de 1988. Porém, as frases destacadas pelo idoso são, em sua maioria, de extrema direita. Essa tem sido a saída do presidente, o uso de mensagens subliminares ou com duplo sentido”, avalia.

O ditador norte-coreano Kim Jong-un, que não era visto em público desde o último dia 11 de abril, fez sua primeira aparição pública desde então nessa sexta-feira (1º). Por conta sumiço, surgiram especulações sobre seu estado de saúde e até rumores de que ele estaria morto

Em visita a uma fábrica de fertilizantes, onde já havia estado a pé, Kim usou um carrinho de golfe para se locomover, apresentava certa rigidez de movimentos nas pernas e uma marca no punho que, segundo um profissional de saúde americano à NK News, agência que se dedica a notícias sobre a Coreia do Norte, parece uma perfuração na artéria radial direita, meio comum para chegar às coronárias e implantar stents. 

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A marca, que não estava no punho do líder norte-coreano em sua última aparição, pode então ser um indicativo de que Kim Jong-un passou por uma cirurgia cardiovascular recente. Em 2014 Kim também foi visto se locomovendo por meio de um carrinho de golfe e a suspeita, na época, foi de que ele tivesse passado por uma cirurgia no joelho ou na perna. 

Outro fator que levantou suspeitas sobre a saúde de Kim Jong-un foi o fato de ele ter permanecido sumido no dia 15 de abril, quando são realizados os festejos que celebram o aniversário de nascimento de seu avô, Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte. Anualmente, Kim vai ao mausoléu onde o corpo do avô está preservado em um evento no qual ele teria que passar muito tempo de pé, motivo pelo qual se especula sua ausência e uma possível nova cirurgia que o deixou impossibilitado de cumprir tal agenda. 

A idade precisa de Kim Jong-un não é conhecida, mas especula-se que ele tenha 36 anos. De acordo com site Daily NK —página especializada e administrada por opositores do regime— uma fonte não identificada afirmou que a saúde do ditador coreano vem se deteriorando nos últimos anos devido à obesidade, cigarro e estresse. A mesma fonte declarou, no dia 20 de abril, que ele estaria se recuperando de uma cirurgia em uma casa de campo no condado de Hyangsan, na província de North P'yŏngan, na Coreia do Norte. 

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A operação para exumar os restos mortais do ditador Francisco Franco, que provocou muitas discussões e reabriu velhas feridas na Espanha, começou nesta quinta-feira (24) no Vale dos Caídos, o grande mausoléu onde está sepultado há 44 anos.

Os trabalhos para remover os restos mortais embalsamados e sepultá-los novamente no discreto cemitério de El Pardo-Mingorrubio, em Madri, onde está enterrada sua esposa, Carmen Polo, começou pouco antes das 11h00 locais (6H00 de Brasília), informou o governo espanhol.

Poucos momentos antes do início da operação, 22 membros da família do general, que governou a Espanha com mão de ferro entre 1939 e 1975 após sua vitória na Guerra Civil (1936-1939), entraram na basílica para acompanhar a exumação.

O processo, para o qual foram credenciados quase 500 jornalistas e é exibido parcialmente pela televisão, pode durar várias horas.

Se a visibilidade permitir, o traslado até Mingorrubio, quase 50 km de viagem, será feito de helicóptero. Se não for possível, a viagem acontecerá por terra. Uma vez no cemitério, a missa para o novo sepultamento, em uma cripta familiar, será oficiada pelo padre Ramón Tejero, filho de Antonio Tejero, o tenente-coronel que liderou uma tentativa frustrada de golpe de Estado em 1981.

O governo do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez transformou a exumação em uma de suas prioridades depois de chegar ao poder em junho de 2018, para que este mausoléu, algo que não tem comparação com outro país de Europa Ocidental, deixe de ser um lugar de exaltação do franquismo.

Sánchez havia prometido a exumação ainda para 2018. Mas o processo foi adiado em mais de um ano pela batalha judicial iniciada por sete netos do ditador.

A oposição, tanto de direita como de esquerda, acusa o líder do PSOE de utilizar a exumação para obter frutos eleitorais a pouco mais de duas semanas das legislativas de 10 de novembro.

"Isto deveria ser feito em um período não pré-eleitoral", disse o líder do partido de esquerda radical Podemos, Pablo Iglesias.

"Nós não vamos gastar nem um minuto para falar sobre o que aconteceu na Espanha há 50 anos", declarou recentemente o líder do conservador Partido Popular (PP), Pablo Casado, enquanto Santiago Abascal, líder do partido de extrema-direita Vox, criticou a "profanação de um túmulo".

A Espanha deve exumar na quinta-feira (24), após vários adiamentos, os restos mortais de Francisco Franco de seu monumental mausoléu na região de Madri, 44 anos após o fim de uma ditadura que não teve as feridas completamente cicatrizadas.

O governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez (PSOE), no poder desde junho de 2018, transformou a exumação em uma de suas bandeiras para que o complexo do Vale dos Caídos deixe de ser um local de "exaltação" da ditadura franquista (1939-1975).

"É uma grande vitória da dignidade, da memória, da justiça, da reparação e, portanto, da democracia espanhola", declarou Sánchez.

A exumação, que será transmitida ao vivo pela televisão, deve começar às 10H30 locais (5H30 de Brasília). Os restos mortais do ditador serão transportados do Vale dos Caídos, 50 km ao noroeste de Madri, até o cemitério de El Pardo-Mingorrubio, na zona norte da capital, onde sua esposa foi sepultada.

Se o tempo permitir, a transferência será feita de helicóptero.

Sánchez prometeu a exumação em 2018, mas o processo foi adiado em mais de um ano pela batalha judicial iniciada pela família do ditador que governou a Espanha com mão de ferro depois de liderar o golpe de Estado contra a II República espanhola e vencer a Guerra Civil (1936-1939).

A oposição acusa o líder do PSOE de utilizar a exumação para obter uma vantagem eleitoral a pouco mais de duas semanas das legislativas de 10 de novembro, nas quais os socialistas enfrentam um cenário complicado pela semana de distúrbios violentos na Catalunha.

Idealizado por Franco em 1940 para celebrar sua "gloriosa cruzada" contra os republicanos "sem Deus", a construção do Vale dos Caídos aconteceu de 1941 a 1959, com a participação de presos políticos.

O complexo, situado na serra ao norte da capital espanhola, consiste em uma basílica e uma cruz de 150 metros de altura, visível a quilômetros de distância.

Em nome de uma pretendida "reconciliação" nacional, Franco ordenou a transferência para o local dos restos mortais de mais de 33.000 vítimas - do lado franquista e do lado republicano - da guerra civil, sem avisar suas famílias.

Desde sua morte em 1975, Franco permanece em um túmulo, sempre com flores frescas, aos pés do altar da basílica.

Os herdeiros do ditador apresentaram uma série de recursos contra a exumação e depois tentaram, sem sucesso, transferir os restos mortais para a catedral de Almudena (Madri), onde sua filha foi sepultada, mas o Tribunal Supremo espanhol rejeitou os pedidos.

A Fundação Francisco Franco, que defende o legado do ditador, convocou uma manifestação na quinta-feira no cemitério de Mingorrubio para rezar "por quem tanto fez pela Espanha e sua grandeza", mas as autoridades proibiram a iniciativa.

Os restos mortais do ditador Francisco Franco serão finalmente exumados na próxima quinta-feira do grande mausoléu em que se encontram para um sepultamento em um local mais discreto, anunciou o governo da Espanha, que transformou este tema em uma das suas principais bandeiras.

Dezesseis meses depois de o primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez anunciar o desejo de retirar Franco do Vale dos Caídos, que fica 50 km ao noroeste de Madri, o governo anunciou que "procederá na próxima quinta-feira 24 de outubro, às 10H30 (5H30 de Brasília), a exumação.

"Os restos mortais serão levados, após a exumação, ao panteão de Mingorrubio, no qual está sepultada sua viúva, Carmen Polo, no cemitério do Pardo, ao norte de Madri", informa o texto.

A operação acontecerá de "maneira íntima, na presença de parentes, com dignidade e respeito", indicou o governo, que designou como representante do Estado a ministra da Justiça, Dolores Delgado.

- Exumação na campanha eleitoral -

Desta maneira, o governo de Pedro Sánchez, que não aceita que os restos mortais do ditador permaneçam em um mausoléu público que exalta sua figura, cumprirá uma de suas principais promessas, anunciada quando assumiu o poder em junho de 2018.

O procedimento acontecerá a menos de três semanas das eleições legislativas de 10 de novembro, no momento em que as pesquisas apontam uma estagnação do Partido Socialista e um avanço do conservador Partido Popular e do Vox (extrema-direita). Mas nenhum dos lados conseguiria maioria clara para governar.

E tudo isto em meio à crise na Catalunha, onde os protestos de manifestantes independentistas terminaram em distúrbios violentos desde que o Tribunal Supremo condenou na semana passada nove líderes separatistas a penas de até 13 anos de prisão.

Assim que assumiu o poder após uma moção de censura que derrubou o conservador Mariano Rajoy, Sánchez tentou aprovar a exumação de Franco de seu mausoléu, onde foi sepultado depois de governar a Espanha com mão de ferro de 1939, quando venceu a guerra civil, até sua morte em 1975.

Mas ele esbarrou na negativa dos herdeiros do ditador, que primeiro rejeitaram de modo veemente a exumação e depois tentaram, sem sucesso, transferir os restos mortais para a catedral de Almudena (Madri).

O confronto virou uma prolongada batalha legal. Nas últimas semanas, o Supremo Tribunal espanhol decidiu os últimos recursos a favor do governo.

Fechado ao público para a preparação da exumação, o Vale dos Caídos recebeu no domingo máquinas pesadas, "para proceder a profanação", criticou a administração do local, contrária à operação.

- Carga ideológica -

A medida tem uma grande carga ideológica, em um país onde ainda se debate a memória histórica. A esquerda apoia exumação, enquanto os conservadores desdenham da medida e o partido de ultradireita Vox critica com veemência.

Sánchez afirma que a exumação servirá para fechar "simbolicamente o círculo da democracia espanhola".

O gigantesco mausoléu católico, com uma cruz de 150 metros, era visitado a cada ano por milhares de turistas e também por alguns nostálgicos que continuam enaltecendo a figura de Franco e celebrando missas em sua homenagem.

Idealizado pelo próprio Franco, o complexo foi construído entre 1941 e 1959 em plena serra de Guadarrama, em parte com o trabalho forçado de presos republicanos, alguns deles falecidos durante o confinamento.

Em nome de uma pretendida "reconciliação" nacional, Franco ordenou a transferência para o local dos restos mortais de mais de 33.000 vítimas - do lado nacional e do lado republicano - da guerra civil, sem avisar suas famílias.

O governo socialista anunciou em um primeiro momento que a ideia era transformar o Vale dos Caídos em um local em memória de todos os espanhóis, mas seu destino ainda não foi decidido.

Uma frota de supercarros confiscados em uma investigação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o filho do ditador de Guiné Equatorial foi a leilão neste domingo na Suíça. No pacote, 25 carros de luxo vendidos por mais de US$ 25 milhões pela casa de leilões Bonhams. "Os carros representam uma lista de marcas internacionais de prestígio e performance", informou um comunicado da Bonhams.

A maior parte da frota pertence a Teodoro Obiang Mang, ex-vice-presidente de Guiné Equatorial e filho de Teodoro Nguema Obiang, ditador do país - Mang é o mesmo que foi flagrado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em setembro do ano passado, com US$ 1,4 milhão em uma mala e 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões na outra. Durante anos, o filho manteve uma vida luxuosa em uma mansão de 100 quartos na Avenida Foch, em Paris, regada a garrafas de Romanée-Conti carrões de luxo.

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Em 2007, duas ONGs e uma associação de cidadãos congoleses apresentaram uma queixa contra três chefes de Estado africanos por desvio de dinheiro público. Foi quando autoridades começaram a apreender propriedades de Obiang, em 2011, incluindo 11 carros de luxo - duas Bugatti Veyrons, uma Mercedes Maybach, um Aston Martin, uma Ferrari Enzo e outra Ferrari 599 GTO, um Rolls-Royce Phantom e uma Maserati MC12.

Em 2016, autoridades suíças confiscaram outros carros como parte de uma investigação de corrupção envolvendo o pai de Obiang e ordenaram a apreensão de um iate. Segundo o jornal Le Monde, a coleção de arte do ditador inclui quadros de Degas e cinco trabalhos de Rodin.

O leilão de sua coleção de carros de luxo aconteceu em um mosteiro localizado no Bonmont Golf Country Club, em Genebra. Entre os modelos leiloados havia um Lamborghini Veneno branco e creme, um dos nove carros criados para celebrar o aniversário de 50 anos da empresa. A previsão inicial era de vendê-lo por US$ 5,5 milhões, mas ele acabou arrematado por US$ 8,4 milhões.

O dinheiro arrecadado deve ser doado para uma instituição de caridade de Guiné Equatorial, um dos países mais pobres do mundo. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho foi preso em Miami, Estados Unidos, por suspeita de integrar um esquema envolvendo pagamento de propina a dirigentes do Banco de Brasília (BRB). O suposto acordo seria em troca de recursos para a construção do Trump Hotel, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Ele é neto do último ditador brasileiro, o general João Baptista Figueiredo.

A operação da Polícia Federal aponta que pelo menos R$ 16,5 milhões foram pagos a diretores do BRB. A intenção era que liberassem recursos de fundos de pensão estatais e de órgãos públicos para projetos que davam prejuízo e não passavam por análise técnica adequada. O empresário estava foragido e era procurado pela Interpol, mas foi capturado na última sexta-feira (2).

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é um “insano” que quer difundir uma visão preconceituosa no país e tem agredido os políticos para esconder o mau governo que faz. 

Na última sexta-feira (19), a TV Brasil vazou o áudio de uma conversa entre  Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e no momento disparou críticas contra os gestores da região Nordeste. Sobre Dino, ele foi claro: “Dentre os governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara.”

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Ao ser questionado sobre a fala, em entrevista ao jornal O Globo, Dino disse que “o presidente externou uma visão de preconceito, de ódio”.

“Foi a prova que tem um insano no comando do país. Há um método instalado no poder central. É um método de discriminação, de perseguição e de preconceito… Isso nada mais é que a repetição de tratamentos pejorativos para menosprezar uma região que concentra um terço da população brasileira”, observou o comunista.

Sobre o fato de ser mencionado como o pior governador da região, Flávio Dino disse que não ficou abalado. “Não é a opinião do presidente que baliza as minhas ações. Fui eleito duas vezes em primeiro turno, em 2014 e 2018. Isso confirma que temos apoio da maioria da sociedade no nosso Estado. Em uma semana, nosso governo teve mais resultados que o dele em 200 dias”, disparou. 

“Isso deriva da visão extremista e sectária que ele tem praticado. Um traço do discurso fascista é a identificação de inimigos para justificar suas próprias carências. As pesquisas mostram que o governo não consegue cuidar do que é fundamental, como o desemprego e a recessão. Para esconder este fato, o presidente pratica a política da agressão, da busca de inimigos. É para tentar esconder o mau governo que ele faz”, acrescentou.

Flávio Dino também classificou a fala do presidente como uma “agressão gratuita” e ponderou que ele e os demais gestores de partidos da oposição têm procurado “praticar a boa política republicana”. Além disso, ele ressaltou que não vai “recuar um milímetro”.

“Mais que um direito, considero que é um dever dizer o que penso. O país precisa de uma correção de rumos. Não há uma agenda sequer em que se identifique uma preocupação com o social”, declarou. 

“Se o intento dele foi me silenciar, será inútil. Não vou aceitar que um discurso de caráter autoritário determine minha atuação política. É um dever resistir a qualquer proposta de caráter ditatorial no Brasil. Não tenho medo de ditador nem de projeto de ditador”, emendou.

Para Dino, “não se trata apenas de algo tosco ou ridículo”, mas “é preciso compreender que a visão expressada pelo presidente da República é perigosa para o Brasil”.

O comunista disse ainda que Bolsonaro “está criando um ambiente de conflituosidade em que até coisas básicas, como a inauguração de uma obra, se tornam impraticáveis. Não é algo isolado contra o Flávio Dino. É uma coisa geral, que visa promover uma desorganização da política brasileira”, ao lembrar da inauguração, nesta terça-feira (23), do aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia.

Uma agência imobiliária em Lisboa vende por 5,5 milhões de euros (7,4 milhões de dólares) a casa na qual o ditador António de Oliveira Salazar viveu durante quatro anos.

A agência destaca o enorme potencial do terreno de 1.410 m2, perto do centro de Lisboa. É este terreno, "e não o edifício em si", o que justifica o preço de venda, indicou o vendedor.

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O esclarecimento era necessário, porque o que já foi uma casa de três andares atualmente não passa de uma fachada em ruínas, na qual a agência imobiliária colocou um cartaz com o anúncio "Vende-se". Galhos de árvore atravessam as janelas sem vidros.

A mansão, sem dúvida, foi luxuosa um dia. Salazar a escolheu em 1933, quando acabava de se converter em presidente do Conselho, para que fosse "coerente com a dignidade de sua função". No mesmo ano instaurou seu regime, o Estado Novo.

O ditador abandonou a mansão em 1937, depois de ter escapado por pouco de um atentado.

Então decidiu pela criação de uma residência oficial para o chefe de governo, o palácio de São Bento. Salazar permaneceu até sua morte, no dia 27 de julho de 1970, nesta residência, que ainda hoje serve de domicílio para o primeiro-ministro português.

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Um comunicado lido pelo apresentador da TV estatal da Coréia do Norte citou os motivos que levaram Jang Song-Thaek, tio do ditador Kim Jong-un, ser executado depois que um tribunal militar especial o considerou culpado de traição.

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Todos os crimes  cometidos pelo acusado teriam sido comprovados e admitidos por ele. ''Jang Song Thaek era a escória humana, pior do que cachorro'' cita o comunicado. Jang teria formado um grupo dentro do partido com objetivo de derrubar o ditador Coreano.

A morte do ditador norte-coreano Kim Jong-il, de 69 anos, foi anunciada nesta segunda-feira por meio de um comunicado divulgado pela TV estatal. O locutor, vestindo preto, disse que o líder havia morrido no sábado, na capital Pyongyang, em virtude de excessivo trabalho físico e mental. Acredita-se que Kim tenha sofrido um derrame em 2008. Ele apareceu relativamente saudável em fotos e vídeos feitos em suas recentes viagens à China e à Rússia, além de várias outras incursões pela própria Coreia do Norte, cuidadosamente documentadas pela mídia estatal. O líder, que nasceu em 16 de fevereiro de 1942, tinha fama de gostar de charutos, conhaque e da boa mesa. Acredita-se que ele sofria de diabetes e doenças cardíacas. Kim herdou o poder depois da morte de seu pai, Kim il Sung, em 1994. Em setembro de 2010, provavelmente abalado pelo derrame, Kim anunciou seu terceiro filho, de pouco mais de 20 anos, Kim Jong Un, como seu sucessor, colocando-o em um dos postos mais altos do governo. As informações são da Dow Jones.

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