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Com o aumento dos casos de viroses e síndromes respiratórias e gripais em crianças nessa época do ano, os cuidados dos pais e responsáveis devem ser redobrados para evitar a contaminação. Um exemplo desse crescimento, é o vírus sincicial respiratório (VSR) que esteve presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no país entre janeiro e março de 2023. No total, foram mais de 3,3 mil infecções computadas - dessas, 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos.

O vírus conhecido por ser o "vilão" da temporada das estações outono e inverno, aparecia pouco nos meses em que as temperaturas são mais elevadas, mas o comportamento mudou nos últimos anos. Os dados do Ministério da Saúde, coletados e monitorados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram uma mudança de padrão na circulação do VSR, um vírus bastante perigoso e transmissível. Em 2022, ele foi responsável por infectar 13.542 crianças.

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Atenção para os grupos de risco

Grupos de risco, como bebês, crianças, idosos e portadores de distúrbios cardíacos congênitos ou doenças pulmonares crônicas, podem sofrer com a forma mais grave do vírus. ele pode evoluir e atingir alvéolos, brônquios e pulmões, o que pode ser fatal. Entre os sinais, estão muita tosse, febre alta e, principalmente, dificuldades do paciente em respirar.

Bronquiolite

Em casos graves, o vírus causa bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos, que são pequenas ramificações dos canais que levam ar para os pulmões. Além disso, o VSR ocasiona pneumonias, que são infecções no órgão, devido a penetração de um agente infeccioso. Vale ressaltar, que a pneumonia também pode ser causada por outros vírus, bactérias, fungos e por reações alérgicas. Os principais tipos da doença são os que mais acometem crianças.

Pneumonia

A pneumonia viral normalmente começa como um resfriado, e ao longo dos dias, vai evoluindo. A criança pode ter febre acima de 38,5 graus, persistência da tosse, além de respiração rápida e curta. Já na bacteriana, os sintomas surgem com mais rapidez. Febre alta, acima de 39 graus, respiração curta e ofegante, tosse, são os sintomas mais comuns. A perda de apetite e a falta de energia também são marcas registradas da pneumonia, mas é sinal de alerta o fato de a criança continuar prostrada e inerte mesmo depois de controlada a febre. Com a apresentação desses sintomas, os pais precisam procurar a unidade hospitalar mais próximas da residência.

Covid-19

Outra doença que ainda preocupa, é a Covid-19. Nas crianças, os sintomas do coronavírus que requerem atenção médica com urgência incluem dificuldade para respirar, respiração rápida ou superficial, grunhidos e incapacidade dos recém-nascidos de mamar. Os pequenos também podem apresentar lábios ou rosto azuis, incapacidade de despertar, confusão mental, falta de interação, incapacidade de ingerir líquidos e fortes dores na região do estômago. Os médicos também já registraram relatos de erupções ou outros sintomas cutâneos. Comorbidades, podem agravar os sintomas da doença.

Em entrevista ao LeiaJá, o médico infectologista Nayro Ferreira, falou sobre o aumento das internações devido essas doenças neste primeiro semestre de 2023, e sobre os sintomas. ''O número de casos de gripe por influenza ou vírus sincicial respiratório em crianças tem assustado. Os sintomas são os mais diversos possíveis, desde tosse, febre, coriza, falta de ar, queda do estado geral e bastante espirro'', pontuou.

Tratamento

A equipe médica deve estar sempre atenta aos sintomas ocasionados pelas síndromes gripais e doenças respiratórias, porém os pais têm uma função fundamental na observação do quadro clínico dos menores. ''A equipe médica procede principalmente em crianças menores de três anos de idade, observando a gravidade dos sintomas, a piora do padrão respiratório, a piora do padrão do raio-x. A gente não pode deixar que isso piore, sem que os nossos olhos estejam atentos’’, afirmou o especialista.

 Prevenção

Com as crianças brincando juntas é difícil para os pais, evitar que elas contraiam alguma virose. Mas, com alguns aprendizados adquiridos durante toda a pandemia, é possível reforçar cuidados de higiene para proteger a saúde de toda a família:

 -Lavar bem as frutas e verduras antes do consumo;

-Na ausência de água para lavar as mãos das crianças, leve um frasco de álcool em gel para fazer a higienização;

-Lavar as mãos das crianças com água e sabão antes da alimentação, quando saírem do banheiro ou ao voltarem da rua;

-Não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, garrafas de água e copos;

 -É importante higienizar os brinquedos compartilhados, especialmente na fase em que as crianças costumam levar os objetos à boca;

-Usem máscaras;

-Manter a carteira de vacinação atualizada. A vacinação contra a Covid-19, salva vidas;

-Não permitir o contato das crianças com pessoas que apresentam sintomas gripais;

 

 

 

 

 

Os hospitais de São Paulo enfrentam expressivo aumento de atendimentos a bebês e crianças com sintomas de doenças respiratórias. O causador da maioria das infecções é o vírus sincicial respiratório (VSR). "Principalmente as crianças de até 2 anos estão muito sujeitas a doenças graves, como a bronquiolite", diz o médico intensivista Anderson Oliveira.

Por causa do aumento das doenças respiratórias em crianças (de 0 a 12 anos), a lotação das unidades de terapia intensiva (UTIs) pediátricas na rede pública de saúde de São Paulo está se esgotando. Na terça-feira, 87% dos 124 leitos disponíveis na rede municipal da capital estavam ocupados, e 70% desse porcentual eram de crianças vítimas de doenças respiratórias, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

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Na rede estadual paulista, que conta com 888 leitos de UTIs e unidades de terapia semi-intensiva pediátrica, a taxa média de ocupação pediátrica na quarta-feira era de 72,07% para hospitais de administração direta e de 75,64% para hospitais geridos por organizações sociais de saúde (OSS), segundo a secretaria estadual.

DADOS. Ainda conforme a pasta, apenas em janeiro e fevereiro de 2023 cerca de 14 mil crianças foram internadas com diagnóstico de doenças respiratórias. As referências estaduais para atendimento pediátrico são os Hospitais Darcy Vargas, no Morumbi, zona sul, e Cândido Fontoura, no Belenzinho, zona leste. No Cândido Fontoura, na quarta-feira, a ocupação tanto na UTI pediátrica quanto na UTI neonatal era de 85%, segundo a secretaria estadual de Saúde.

Em leitos de enfermaria pediátrica, a taxa de ocupação era de 92%. No Hospital Darcy Vargas, a ocupação na UTI pediátrica era de 83,8% e na UTI neonatal, de 53,9%. Os leitos de enfermaria pediátrica tinham a taxa de ocupação mais alta: 99,8%.

Metade dos casos é de VSR; covid-19 responde por 1/3

O Boletim InfoGripe, pesquisa semanal divulgada pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), constatou que, no período de quatro semanas encerrado em 22 de abril, praticamente a metade (48,6%) dos casos de síndromes respiratórias agudas graves com resultado laboratorial positivo foi causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), enquanto o coronavírus causou 29,5% das doenças. É uma diferença de quase 20 pontos porcentuais.

Segundo o médico Anderson Oliveira, que também é cirurgião geral e gestor em saúde, o crescimento de doenças respiratórias é comum desde o fim de março até julho, mas neste ano está ocorrendo uma incidência maior. "Em São Paulo, a taxa de internação chegou a aumentar em 40%, e algumas UTIs pediátricas chegaram a estar com até 90% de ocupação. Isso não é comum", afirma.

"O VSR é o maior causador de bronquilite e outras doenças respiratórias agudas graves, e pode aumentar a taxa de mortalidade, principalmente de crianças menores de dois anos. Crianças que nasceram prematuras, com doenças como asma ou com má-formação também têm prognóstico ruim", diz o especialista. O médico ressalta que esse vírus é muito mais grave para crianças do que para adultos, por causa do menor nível de imunidade alcançado.

IMUNIZAÇÃO

Não existe vacina contra o VSR, mas especialistas afirmam que imunizar as crianças contra gripe e covid-19, como já é feito normalmente nesta época, também ajuda a evitar doenças causadas pelo VSR. "Embora para o VSR ainda não tenhamos vacina disponível, levar as crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a covid-19 reduz a chance de as crianças terem problemas respiratórios por esses outros vírus, que também são perigosos. Isso diminui a própria exposição das nossas crianças ao VSR nos hospitais e postos de saúde", diz o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mudança de temperatura entre os dias de chuva e sol das últimas semanas parece ter prejudicado as crianças do Grande Recife. Na busca por atendimento médico, os pais encontram emergências pediátricas lotadas devido aos mesmos sintomas: tosse, febre, coriza e dor no corpo. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) aumentou a vigilância e acompanha os efeitos desse surto. 

A infectologista pediátrica Alexsandra Costa explicou que o estado atravessa o período sazonal de doenças respiratórias, que vai de março a julho, tempo em que a transmissão de quadros virais entre crianças é mais presente.  

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“Todos os anos, nessa mesma época, observamos um aumento dos quadros respiratórios na infância superlotando as emergências pediátricas. Esse período une a circulação de vários agentes infecciosos virais, como o VSR, Influenza, rinovírus, SARS-CoV-2", ressaltou a médica. 

Além dos principais sintomas, ela destacou que também é comum que alguns pacientes apresentem diarreia, dor abdominal, falta de apetite e vômitos. Em relação aos dados da SES referentes a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 96 casos foram notificados na última semana, sendo 86 em crianças até os cinco anos. 

Ainda sem diagnóstico preciso, 69 casos são analisados pela pasta. Outros 24 foram descartados para a Covid- 19 e três tiveram a infecção confirmada. Alexsandra reforça a importância de aderir à vacinação, sobretudo da gripe e do coronavírus. Ela acrescenta que a prevenção nesses casos se dá pelo cuidado ao lavar as mãos e evitar aglomerações.  

Também é importante que os pais estejam comprometidos com as outras crianças e não mandem os filhos doentes para creches e escolas, e mantenha o uso de máscara na criança sintomática. “O tratamento deve ser individualizado a cada caso, a depender dos sintomas e do agente etiológico provável”, disse a infectologista, que reforçou a necessidade de os pais buscarem atendimento médico especializado. 

A SES informou que acompanha a evolução dos casos nos serviços de saúde junto à Central de Regulação Hospitalar do Estado e apontou a tendência de aumento de internações. 

“Até o momento, a Central de Regulação junto à rede assistencial tem observado uma tendência de aumento dos casos com necessidade de internação e que está em estado de vigilância diária quanto ao número de casos. A Central ainda esclarece que essa tendência de aumento não está relacionada a casos de covid positivo, e sim, aos demais vírus, principalmente influenza tipo B”, citou em nota.

Pernambuco faz nova recomendação para o uso de máscaras nas unidades de saúde: mantém a obrigatoriedade na assistência e flexibiliza em áreas administrativas   A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) publica nota técnica, nesta quarta-feira (5) recomendando o uso de máscaras faciais em serviços de saúde no estado de Pernambuco e a manutenção da higiene das mãos.

Diante do período de sazonalidade das doenças respiratórias, que acontece entre os meses de março e julho, onde se costuma registrar um aumento da circulação de vírus respiratórios, como vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus, influenza e adenovírus, entre outros, a SES-PE orienta o uso de máscaras em serviços de saúde como uma medida de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de covid-19.

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O documento recomenda a obrigatoriedade do uso de máscaras, para pacientes, acompanhantes e trabalhadores da saúde, para acesso e durante a permanência dentro dos serviços/setores/unidades de saúde que realizam ações de triagem e/ou  prestem quaisquer tipos de assistência nos ambulatórios, enfermarias, urgência/emergência, unidades de terapia intensiva, com destaque para serviços que atendem pacientes imunossuprimidos de qualquer natureza.

A Secretaria destaca que além da exigência do uso de máscaras, os serviços devem manter e fortalecer o rigor na orientação para pacientes, acompanhantes e trabalhadores da saúde sobre a higiene das mãos com água e sabonete líquido e ou com preparação alcoólica 70%, bem como demais práticas de etiqueta respiratória.

Ficam liberados da obrigatoriedade do uso de máscaras, os trabalhadores da saúde que atuam em áreas administrativas das unidades de saúde, sem contato com áreas assistenciais e demais pessoas que circulam nesses locais.

Por fim, a SES-PE reforça que a vigência dessa orientação será avaliada semanalmente, podendo ser alterada, a qualquer momento, de acordo com o cenário epidemiológico loco-regional vigente para os supracitados vírus respiratórios, e o dinâmico processo de análise de situação de saúde realizado pela equipe da SES, com apoio de especialistas sobre o tema.

*Da assessoria 

Hospitais da capital e do interior de São Paulo estão com enfermarias infantis e unidades de terapia intensiva (UTIs) lotadas, por causa de um novo aumento nos casos de doenças respiratórias, incluindo a Covid-19. Alguns centros médicos da rede pública já recorreram à central de regulação do Estado por falta de capacidade para receber novos pacientes. A entrada do inverno e o retorno às aulas presenciais depois da pandemia agravam o quadro. Há também falta de medicamentos nas farmácias.

Na capital paulista, a taxa de ocupação de leitos pediátricos se manteve em torno de 90% ao longo da semana passada. A Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde (SMS), informou que dispõe de 372 leitos de enfermaria pediátrica e 131 de unidades de terapia intensiva (UTIs) para este público nos hospitais municipais. Nesta sexta-feira, segundo a pasta, 347 leitos de enfermaria pediátrica estavam ocupados, índice de 94%. Já as UTIs pediátricas estavam com 111 ocupações, representando 85%.

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A SMS informou que o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, referência 24h no atendimento de crianças e adolescentes, apresentava taxa de ocupação da UTI pediátrica de 90%. "A SMS esclarece que a taxa de ocupação é dinâmica e pode variar ao longo do dia. Com a chegada das baixas temperaturas do inverno, é esperado aumento nos atendimentos e internações por doenças respiratórias, principalmente por vírus sincicial respiratório e o da Covid-19. A rede municipal está preparada para atender a população."

Desde abril, o Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP) está com as alas pediátricas lotadas. Segundo informou, as UTIs têm pacientes menores de 1 ano de idade, com quadro grave de insuficiência respiratória. Na quarta-feira, o HU precisou fechar o pronto-socorro infantil por seis horas por superlotação de pacientes com problemas respiratórios. O atendimento só foi retomado depois da transferência de crianças para outros hospitais.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a principal causa das internações são os vírus que causam doenças respiratórias, como resfriado, bronquite e até pneumonia. Os casos costumam aumentar nessa época do ano, entre o fim do outono e a entrada do inverno. Conforme a pasta estadual, a demanda alta exige monitoramento permanente do cenário epidemiológico, com base nos indicadores, principalmente os de internação, que são avaliados em tempo real. "Além de fortalecer os serviços de saúde estaduais para atender pacientes com covid-19 e outras patologias, a pasta mantém diálogo com gestores regionais para análises técnicas e definição das estratégias assistenciais. Vale lembrar que, neste período, com a chegada do inverno, é comum o aumento dos sintomas gripais, que causam doenças sazonais e maior procura pelos serviços", informou.

Rede privada

Hospitais da rede privada da capital também enfrentam a alta de demanda de pacientes pediátricos. No Sabará, a taxa de positividade para vírus respiratórios era de 73% nesta sexta-feira, considerada elevada. Os testes detectaram 18 vírus respiratórios e, entre os mais apontados, estavam adenovírus, bocavírus, rinovírus e o sincicial respiratório. Ali, os casos e as internações por Covid-19 voltaram a crescer nas três últimas semanas, atingindo os mesmos patamares de janeiro deste ano. Só nesta semana, dos 132 pacientes "positivados" para Covid-19, 15 ficaram internados.

O pediatra Felipe Lora, diretor técnico do hospital, disse que a demanda costuma ser mais exacerbada neste período do ano, pela sazonalidade das doenças respiratórias. "Hoje, a covid não é o principal problema, e sim as bronquiolites causadas por outros vírus." Ele acredita que, com as férias escolares, os casos devem cair em julho. "Vamos ter menos aglomeração." O mesmo ocorre no Hospital Santa Catarina Paulista, que tinha nesta sexta-feira 55 pacientes pediátricos internados. Do montante, 21 estavam em UTI.

Interior

O interior também enfrenta aumento na procura por leitos infantis. O Hospital da Unicamp, em Campinas, que é referência regional, estava com 100% de ocupação dos leitos pediátricos nesta sexta. Já na rede do SUS Municipal de Campinas, a ocupação de leitos pediátricos de UTI estava em 76,4%. Pela manhã, pacientes denunciaram a demora no atendimento no Hospital Municipal Mário Gatti, que faz parte do SUS Municipal. A Guarda Municipal até precisou ser chamada. Em nota, a rede informou que a equipe está completa, mas a unidade enfrenta sobrecarga.

Falta de medicamento prejudica mais crianças

O diretor do Sabará Hospital Infantil, Felipe Lora, apontou a falta de medicamentos nas farmácias como um dos problemas decorrentes da alta na incidência de vírus respiratórios. "Nosso PS (pronto-socorro) prescreve um remédio, o paciente vai à farmácia e não acha. O que temos feito é trocar a receita."

Um levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) apontou que mais de 98,5% dos farmacêuticos confirmaram problemas de desabastecimento. Desses, 10,2% são do setor público. Mais de 90% citaram a falta de antimicrobianos (entre os mais citados, amoxicilina e azitromicina); 76,56% com a falta de medicamentos mucolíticos (entre os mais citados, acetilcisteína e ambroxol); 68,66% com a falta de medicamentos anti-histamínicos (entre os mais citados, dexclorfeniramina e loratadina); 60,59% com a falta de medicamentos analgésicos (como dipirona, ibuprofeno e paracetamol).

Segundo Marcelo Polacow, presidente do CRF-SP, as crianças são as que mais têm sofrido. "Os medicamentos em falta são principalmente em suas formulações líquidas, o que prejudica em especial a população pediátrica."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do aumento das doenças respiratórias, que tem provocado o crescimento das internações de crianças com quadros respiratórios graves, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) está recomendando aos pais que evitem expor os seus filhos menores de cinco anos em locais como shoppings e escolas.

“A orientação é que nos próximos 15 dias que os vírus ainda estão circulando de forma efetiva em Pernambuco, as crianças pequenas sejam poupadas de espaços onde essa transmissão pode ocorrer, como festas infantis, shoppings e até as escolas, se possível. Os pré-escolares, se possível, devem ficar em casa”, diz o pediatra Eduardo Jorge Fonseca, conselheiro do Cremepe.

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Ele detalha que o sincicial, rinovírus, adenovírus, influenza (gripe) e também o vírus da Covid-19, em menor percentual, são as infecções que estão circulando pelo estado. 

O pediatra pede que os responsáveis mantenham as crianças protegidas com o uso da máscara e higienização adequada das mãos. "Não esquecer a vacinação contra o vírus da gripe, contra o vírus da influenza e a vacinação dos maiores de cinco anos contra a Covid-19. Contamos com vocês". 

Pernambuco deve dobrar o número de leitos de UTI

Durante coletiva realizada na última quarta-feira (18), o secretário de Saúde, André Longo, afirmou que, em duas semanas, Pernambuco deve abrir 80 novas vagas de UTI para crianças. 

Longo destacou que o estado está vivendo "um grande aumento de casos de doenças respiratórias, com maior grau de severidade e também frequência de solicitação de leitos, desta vez com foco nas crianças e predominância do vírus sincicial e rinovírus".

O secretário assegura que o número de solicitações de UTI para crianças teve aumento de três vezes em comparação com o período sazonal do ano passado. O gestor detalhou que, na sazonalidade das doenças respiratórias de 2021, o estado registrava, em média, 53 solicitações por leitos de UTI infantil por semana. Na semana passada, foram 150.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a alta na demanda por internações envolvendo crianças e o aumento no fluxo de atendimentos pediátricos têm relação direta com a maior exposição dos pequenos aos diversos vírus e também ao menor contato deles com os agentes infecciosos. 

Em crianças de até 2 anos de idade, o vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais agentes da infecção aguda nas vias respiratórias, corresponde a mais de 40% dos quadros. Nas crianças maiores, o rinovírus humano (HRV) corresponde a 20% dos casos na faixa etária entre 3 e 5 anos e 66% nas crianças entre 6 e 9 anos. 

“A maioria dos casos fazem infecções leves, com tosse, coriza, febre baixa, e com uma resolução de 3 a 5 dias. No entanto, mesmo não sendo uma característica em todos os casos, há quadros de maior gravidade. Indicamos que, se possível, evitem nesse momento lugares fechados e com aglomeração. Esperamos que em junho, esses números comecem a reduzir e desafogar o sistema de saúde”, afirmou o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca.

Reforço

O Governo de Pernambuco também publicou no Diário Oficial da quarta-feira (18), a nomeação de 369 concursados para reforçar a rede pública estadual de Saúde. Do total de convocados, são 72 médicos, 129 analistas em saúde (profissionais de nível superior), 166 assistentes em saúde (profissionais de nível médio), além de dois fiscais de vigilância sanitária. Dentre os médicos, 14 são pediatras e 46 são fisioterapeutas, que irão reforçar os plantões em unidades de referência em pediatria.

Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data busca sensibilizar a sociedade sobre os prejuízos que o tabaco pode trazer de maneira social, econômica, ambiental e principalmente os riscos à saúde.

Atualmente, não só o cigarro é o vilão da história. Uma das febres, principalmente entre os jovens, é o consumo de narguilés e cigarros eletrônicos. Esses que são usados com a crença de que fazem menos mal à saúde ou até mesmo servem de auxílio para quem está tentando largar o cigarro convencional. O que é um mito, pois qualquer produto derivado do tabaco contém nicotina e substancias cancerígenas. “Uma sessão de narguilé, por exemplo, equivale ao consumo de 100 cigarros ou até mais. Além do fato que o fumante fica exposto à inalação da fumaça por mais tempo do que quando ele fuma um cigarro”, explica o diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia Mauro Gomes.

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Para as pessoas que optam por cigarros eletrônicos com essências sem nicotina, precisam ficar atentas, pois a fumaça também é muito prejudicial. “Ainda que o cigarro eletrônico não tenha a maioria dos elementos químicos cancerígenos presentes no cigarro convencional, o líquido em que a essência é diluída quando aquecida se transforma em uma substância diretamente associada ao câncer de pulmão, o formaldeído”, esclarece Gomes.

Para quem está tentando parar de fumar e opta por cigarros eletrônicos por achar que pode causar menos danos à saúde, está enganado. Segundo o especialista, não há comprovações que o cigarro eletrônico seja um auxílio para quem deseja parar de fumar. “Na verdade influência ainda mais o tabagismo. Além de que, estudos comprovam que o cigarro eletrônico aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias e pulmonares”, conclui Gomes.

 

O pronto-socorro do Hospital Infantil Sabará, em Higienópolis (região central de São Paulo), fechou as portas na manhã desta segunda-feira (23) após alcançar a marca de mais de 30 crianças internadas, o dobro da capacidade, de 14 leitos. A medida sobrecarregou outros hospitais da região. No Samaritano, no mesmo bairro, a espera para atendimento de pediatria chegou a seis horas.

O quadro se agravou com o aumento de casos de doença respiratória em bebês. A maioria das infecções é provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que em adultos provoca apenas um resfriado, mas em crianças pequenas pode levar a um quadro grave de bronquiolite, com insuficiência respiratória e até risco de morte.

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O aumento de pacientes com bronquiolite já é esperado no outono, mas o quadro deste ano parece mais severo, segundo médicos. "O que tem surpreendido é o alto número de casos graves de bronquiolite entre bebês muito pequenos, de até 3 meses. Essas crianças precisam de um cuidado intensivo, uma estrutura de UTI. Por isso, resolvemos fechar o pronto-socorro, porque não tínhamos estrutura física para atender mais pacientes com esse quadro", explica Sabrina Nery, diretora clínica do Sabará.

É a segunda vez em 56 anos de existência que o Sabará fecha o pronto-socorro. A primeira foi em abril do ano passado, pelo mesmo motivo. O PS do hospital atende, em média, 333 crianças por dia. Não há previsão para a reabertura do serviço, mas a situação será reavaliada pela direção nesta terça-feira, 24, conforme o número de altas dos pacientes internados na unidade.

Segundo a direção do hospital, o índice de casos graves no PS quadruplicou no mês passado. A estimativa toma por base uma campainha instalada no pronto-socorro e tocada toda vez que um paciente muito grave dá entrada no local. Em média, essa campainha é acionada oito vezes por mês. Em março, ela foi tocada 40 vezes.

Sem opção

Nesta segunda-feira, os pacientes que procuravam o PS do Sabará eram orientados a buscar outro centro médico. Só casos muito urgentes eram atendidos. Grande parte dos pacientes seguiu para o PS infantil do Samaritano, onde as salas de espera estavam lotadas. "Procurei o Sabará, mas soube que estava fechado e vim para o Samaritano. Só não esperei tanto porque meu filho está com febre alta, de 38,9ºC, e foi passado na frente", conta a administradora Taís Andrade, de 32 anos, mãe de Victor Hugo, de 1 ano.

A dona de casa Marcela Bueno Martins, de 34 anos, não teve a mesma sorte. Às 18 horas de desta segunda, ela já esperava havia três horas atendimento para a filha Lívia, de 3 anos, e não tinha nem passado pela triagem. A menina estava com dor no ouvido, tosse e febre. "Só abri a ficha. Por enquanto, não sei que horas conseguirei passar pelo médico, mas vou esperar porque sei que, se eu for para casa, à noite ela vai piorar e vou ter de retornar", diz.

Segundo o Samaritano, a demanda no pronto-socorro infantil cresceu 15% entre março e abril e o número de leitos foi ampliado em 30% neste mês para dar conta da procura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aumentaram em 80% os casos de doenças respiratórias registradas em Guarulhos, em relação aos anos anteriores. Os dados são do  Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA) e levam em conta os 20 dias que antecederam a chegada do outono

Segundo a Secretaria de Saúde, as doenças que surgiram com mais frequência neste período foram as bronquiolites, H1N1, asma e pneumonias.

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É preciso ficar atento para as medidas de prevenção contra as doenças respiratórias, comuns nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. O Ministério da Saúde alerta para os cuidados de higiene, que devem ser redobrados com crianças e idosos. No caso dos idosos, o perigo está nas complicações advindas com a gripe, como a pneumonia e agravamento de doenças crônicas, entre elas a hipertensão e diabetes. Uma, entre as várias formas de prevenção, é a vacina contra a gripe.                                                      

Já para as crianças, é recomendável — especialmente no ambiente escolar — que além das mãos, os brinquedos e objetos de uso comum sejam lavados com água e sabão ou higienizados com álcool gel a 70%.                                                                                                                                                                                                                                                                          

A concentração de pessoas em ambientes fechados favorece a circulação de diversos tipos de vírus respiratórios, inclusive o da influenza. Hábitos simples de higiene são importantes para prevenção, já que o vírus permanece vivo no ambiente por até 72 horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras, por até 10 horas.

Medidas preventivas de eficácia comprovada:

H1N1

- Ao espirrar, sempre cubra a boca com as mãos ou de preferência um lenço

- Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e outros objetos de uso pessoal

- Evite tocar nos olhos, boca e nariz em ambientes públicos ou antes de higienizar as mãos, pois esses são locais por onde o vírus pode entrar

- Lave sempre as mãos, com sabão ou álcool em gel, especialmente após tossir ou espirrar

- Evite locais aglomerados de pessoas e ambientes fechados propícios à contaminação

- Mantenha os ambientes arejados.

 Gripe e resfriados

-  Alimentação saudável;

- Ingestão diária de pelo menos 2 litros de água;

- Reponha as energias dormindo pelo menos 8 horas de sono por noite

- Antibióticos somente com prescrição médica

- Para combater alguns sintomas opte por dipirona ou paracetamol e não faça uso das aspirinas

- Evite grandes aglomerações de pessoas

- Deixe as janelas da casa abertas, para manter o ambiente ventilado

- Lave sempre as mãos

- Para o nariz entupido use soro fisiológico

- Medicamentos como descongestionantes e xaropes devem ser tomados somente com prescrição médica

- Caso os sintomas agravem, procure um médico

 Asma

- Não há como curar a asma, mas pode-se prevenir as crises de falta de ar com o uso correto dos medicamentos

- Pratique atividade física que desenvolva a capacidade respiratória, como a natação. Porém, as demais atividades devem ser orientadas por um médico

- Higienizar o ambiente é muito importante para prevenir as crises

- Evite exposição a mudanças bruscas de temperaturas

 Bronquite

- Evitar o fumo

- Lavar as mãos, tapar a boca ou nariz ao tossir ou espirrar, isso ajuda a evitar o contágio do vírus

- Evitar locais em que o ar é muito seco

- Vacinar contra a gripe e pneumonia

 Sinusite /Rinite

- Inalar vapor de água e soro fisiológico, ajudam a eliminar as secreções

- Em períodos que antecedem os surtos de doenças respiratórias, hidrate bastante o corpo

- Evite permanecer em locais onde o ar-condicionado é muito frio, pois ressecam as mucosas do nariz e são grandes agentes infecciosos, caso não sejam bem limpos

-  Evitar o contato direto com poeira, pelo de animal, cheiros fortes, poluição

 

 Pneumonia

- Tomar as vacinas contra o vírus da influenza e o pneumococo, preferencialmente antes da chegada do inverno

- Cuidados básicos com a higiene pessoal, como lavar as mãos

- Manter o corpo hidratado, especialmente em dias quentes e com baixa umidade

- Fazer inalação com vapor de água, ajuda na eliminação das secreções pulmonares

- Exercícios físicos leves

- Dieta balanceada, com verduras e legumes e frutas, de preferência ricas em vitamina C (laranja, limão, acerola)

- Evitar bebidas muito geladas

- Evite ambientes fechados, já que são mais propícios a contaminação

 

Em 10 anos o número de mortes provocadas por doenças respiratórias como bronquite, enfisema e asma registrou um crescimento de 20% em todo o País. De acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, foram 40.608 casos em 2010, ante 33.713 casos em 2000.  A falta de acesso a medicamentos para combate e controle dessas doenças, que têm características específicas e distintas, pode ser um dos fatores para o aumento do número de óbitos. 

“Muitos não seguem corretamente o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico porque, infelizmente, não têm dinheiro suficiente para isso”, diz Rodrigo Bacellar, diretor da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos). “É urgente que se criem as mínimas condições para que a população possa se tratar, cuidar da própria saúde. É um dever do Estado e um direito do cidadão”, completa.

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Na opinião de Bacellar, com investimentos públicos insuficientes nessa área, a iniciativa privada ganha extrema importância e deveria ser estimulada pelo governo, indicando o PBM como uma importante opção para a solução desse problema no país. As empresas que adotam o PBM oferecem a seus funcionários subsídios para a compra de medicamentos. Alguns remédios podem ser até 100% subsidiados, embora a média praticada pelas empresas brasileiras seja da ordem de 50%.

A poluição é sempre um problema para a saúde da população. Os efeitos são vários e as causas podem ser oriundas de alterações no ar, na água e no solo, além dos transtornos sonoros e visuais.

Especialmente nas grandes cidades, onde a emissão de poluentes é mais intensa e há uma grande concentração de moradores, o contato diário pode acarretar sérios problemas à saúde de crianças, adultos e idosos. As doenças mais corriqueiras se desenvolvem principalmente nas vias respiratórias, tendo em vista que pelo ar há uma das maiores propagações de elementos tóxicos.

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De acordo com a clínica geral Fernanda Flora Garcia, alguns desses problemas são desencadeados devido a uma predisposição genética. A rinite alérgica é o mais comum, mas a poluição pode estimular crises de sinusite, bronquite alérgica, provocar crises de asma e até mesmo causar o aparecimento de dermatite, que é uma lesão na pele.

Os agravantes da poluição são vários e uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) – divulgada no último mês de julho – revelou que as infecções respiratórias enquadram a terceira posição entre as doenças que mais matam no mundo. A análise verificou que esses problemas foram a causa do falecimento de 3,2 milhões de pessoas apenas em 2011, o equivalente a 5,9% de todas as mortes do planeta.

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