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A aversão a risco no primeiro pregão do ano deu novo impulso ao dólar, que fechou o dia aos R$ 4,9158, alta de 1,29%. A preocupação com a possibilidade de uma desaceleração global mais forte, até mesmo de recessão, levou a moeda americana à maior cotação desde 15 de dezembro (R$ 4,9372). Além do ambiente desfavorável no exterior, o desempenho foi influenciado pela tensão entre governo e Congresso após mudanças promovidas pelo Executivo de decisões tomadas no Legislativo.

Os investidores também evitaram aumentar a exposição em real antes da divulgação da ata do Federal Reserve, marcada para amanhã, e dos dados do mercado de trabalho dos EUA, previstos para sexta-feira, o que acabou contribuindo para a realização de lucro na bolsa, com consequências no câmbio.

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A cautela foi puxada desde cedo, entre outros motivos, pelo receio em relação ao ritmo de desaceleração da economia global, após indicadores industriais mais fracos do que o esperado em grandes economias. Essa foi a foto mostrada por medições de dezembro dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, da China e do Reino Unido.

Como consequência, as taxas nos títulos do tesouro americano, os Treasuries, subiram e o petróleo, após mostrar volatilidade, terminou a terça-feira em baixa, hoje de 1,77% nos contratos do WTI para fevereiro. O cenário foi, dessa forma, desfavorável para as moedas de mercados emergentes. Também ante as divisas principais, o DXY subiu a 102,2 pontos, o maior nível desde o dia 20 de dezembro.

Frente ao real, o dólar chegou a bater nos R$ 4,9202 na máxima da sessão, também porque o mercado teme pela escalada nos atritos entre governo e Congresso. Depois da medida provisória que elimina aos poucos a desoneração que o Congresso havia prorrogado na folha salarial de 17 setores, vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mexerem no calendário de distribuição das emendas parlamentares. Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o deputado Danilo Forte (União-CE) disse que recebeu os vetos presidenciais com preocupação.

"O investidor começa o ano realizando lucro por causa de incertezas sobre a atividade geradas por dados industriais. Além disso, os vetos do presidente Lula ao orçamento pesaram porque atritos entre os poderes afetam tanto a confiança quanto as incertezas fiscais", resume Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

No mercado futuro, o dólar para liquidação em fevereiro subia 1,54% perto do fechamento, a R$ 4,9420. Firme, o volume era de US$ 19,5 bilhões.

Em linha com o mercado internacional, o dólar teve nesta quinta-feira, 28, última sessão de 2023, mais um dia de alta frente ao real, fechando aos R$ 4,8534, valorização de 0,43%. A semana termina assim acumulando desvalorização de 0,17%, o que leva a queda da moeda americana no ano para 8,08%. Foi o melhor ano para o real desde 2016, quando o tombo do dólar foi de 17,88%.

Nesta quinta-feira, o comportamento do câmbio teve a influência, até o início da tarde, da disputa técnica pela formação da última taxa Ptax de 2023: R$ 4,8413, o que corresponde a uma queda de 1,91% em dezembro e de 7,21% no ano.

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Passada esta pressão, o cenário externo acabou prevalecendo. No mercado internacional, após dias perdendo valor por causa da expectativa de que os juros nos Estados Unidos aproximam-se do início de um ciclo de baixa, o dólar passou por um ajuste. O impulso veio da alta dos Treasuries, com os títulos de dois e dez anos renovando máximas.

Dessa forma, o real devolveu parte dos ganhos dos últimos dias, chegando a bater nos R$ 4,8710 na máxima do pregão.

Sofreram mais as moedas de mercados exportadores de commodities. Os investidores reagiram a mais uma sessão de queda do petróleo, cuja desvalorização foi superior a 3% no contrato do WTI para fevereiro. Na China, queda também, de 1,33%, na cotação do minério de ferro, um dos três principais produtos exportados pelo Brasil.

Aliás, a robusta balança comercial brasileira foi um dos motivos a ancorar a cotação do real em 2023. Até a primeira quinzena de dezembro, o saldo positivo no ano era de US$ 94,179 bilhões, com apoio da supersafra agrícola.

"O aumento maciço do excedente comercial transformará o Brasil, a médio prazo, numa anomalia latino-americana: um país com excedente em conta corrente. O Brasil um dia será a Suíça da América Latina", escreveu o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, em publicação no X, antigo Twitter.

Outro fator apontado por economistas é a atratividade da renda fixa local, a despeito do processo de redução de juros pelo Banco Central. Hoje, o IBGE informou que o IPCA-15 acelerou a 0,40% em dezembro, ante consenso de 0,25%. O dado inibiu apostas, no mercado de juros, de maior intensidade da queda da Selic.

Indicadores divulgados nesta quinta, 21, e que apontaram para uma economia mais fraca que a esperada nos Estados Unidos reforçaram a tese de corte nos juros do país a partir de março e levaram o dólar a fechar em baixa, tanto no comparativo com o real quanto em relação a outras moedas fortes e de países exportadores de commodities.

O real, porém, teve um desempenho mais forte que o de seus pares, em parte por causa de comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repisando que a taxa básica de juros, a Selic, deve cair a um ritmo de 0,50 ponto porcentual nos próximos meses, sem aceleração nos cortes. Isso ajudou a manter o dólar em baixa, mesmo diante de uma leve recuperação nas taxas dos Treasuries na segunda metade do pregão.

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Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, aponta que a linguagem do Banco Central em relação à trajetória de juros é um pouco mais cautelosa quando comparada à dos dirigentes do banco central dos Estados Unidos, onde alguns membros do comitê de política monetária admitem que os juros podem cair antes do esperado. "Isso acaba explicando desempenho mais favorável do real. Real é um dos melhores desempenhos quando olha emergentes", disse o economista.

Na abertura do pregão, o real também foi favorecido pela aprovação da medida provisória da subvenção do ICMS no Senado. A medida determina que empresas não poderão mais retirar da base de cálculo dos impostos federais (CSLL e IRPJ) os benefícios (subvenções) concedidos pelos Estados e relativos ao ICMS.

Leandro Petrokas, diretor de Research e sócio da casa de análises Quantzed, ressalta que o mercado está monitorando o quadro fiscal como um todo e que a qualquer sinal de falta de compromisso com as contas públicas pode haver venda de ativos de risco e busca por investimentos mais seguros, como o dólar. A percepção de que o Brasil está "fazendo o dever de casa" no momento joga a favor do real, segundo Rodrigo Simões, economista e professor da Faculdade do Comércio (FAC). Segundo ele, a aprovação da reforma tributária e o contexto de crescimento econômico com desaceleração da inflação e queda de juros contribui para que o mercado veja o País com bons olhos.

O dólar à vista caiu 0,49%, a R$ 4,8877, mais perto da máxima (R$ 4,8997) que da mínima (R$ 4,8645) intradia.

O cenário esperado para o câmbio brasileiro neste e no próximo ano não sofreu alteração no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio no fim de 2023 seguiu em R$ 5,00, ante os mesmos R$ 5,00 de um mês antes. Para 2024, a mediana continuou em R$ 5,05 também igual a quatro semanas antes.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O cenário esperado para o câmbio brasileiro continuou a mostrar apreciação no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio este ano passou de R$ 4,97 para R$ 4,91, de R$ 5,00 um mês antes.

Para 2024, a mediana passou de R$ 5,05 para R$ 5,00, contra R$ 5,08 quatro semanas antes. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o Banco Central espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O dólar opera em alta no mercado à vista desde a abertura, estendendo o sinal positivo do fechamento de sexta-feira, embora a divisa americana tenha acumulado perdas de 1,46% ante o real na semana passada. O mercado de câmbio acompanha o sinal positivo da moeda americana predominante ante pares principais e a maioria das divisas emergentes ligadas a commodities no exterior por frustração dos investidores com o crescimento do PIB da China de 6,3% no segundo trimestre de 2023 ante igual período de 2022, aquém da previsão de analistas, de alta de 6,9%.

Apesar das expectativas no mercado de anúncio de novos estímulos do governo chinês, o BC do país (PBoC) deixou algumas de suas taxas de juros inalteradas nesta segunda-feira, sugerindo que manterá congeladas suas principais taxas de referência nos próximos dias.

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Aqui, os agentes de câmbio olham a deflação do IGP-10 maior que a esperada e o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. No radar está ainda a live do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, com o tema "Política Monetária: por que a comunicação é tão importante?" (14h00).

No Focus, após a deflação de 0,08% no IPCA de junho, a expectativa inflacionária para 2023 ficou estável em 4,95%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção continuou em 3,92%. Há um mês, era de 4,00%. Os economistas do mercado financeiro atualizaram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses, de 4,22% para 4,20%, de 4,18% há um mês.

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) caiu 1,10% em julho, após a queda de 2,20% em junho. Com este resultado, o IGP-10 acumula recuo de 5,20% no ano e declínio de 7,89% em 12 meses. A queda mensal foi ligeiramente maior que a de 1,07% projetada pela mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de -1,80% a -0,68%.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,07% na segunda quadrissemana de julho, após variação zero (0,0)% na primeira leitura do mês.

Na China, as vendas de moradias no país no primeiro semestre também tiveram forte desaceleração, trazendo pressão aos preços de produtos básicos, como petróleo e cobre. Outros dados da segunda maior economia mundial, como o de produção industrial e investimentos em ativos fixos vieram acima da previsão dos analistas, enquanto as vendas no varejo chinês avançaram 3,1% em junho, na comparação anual, e 0,23% na comparação mensal.

Na Bélgica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar a conclusão de um acordo "equilibrado" entre Mercosul e União Europeia ainda neste ano e que preserve "a capacidade das partes em responder aos desafios"

Às 10h30, o dólar à vista subia 0,84%, aos R$ 4,8347. O dólar para agosto ganhava 0,87%, aos R$ 4,8470.

A cotação do dólar passou por uma desvalorização neste primeiro semestre de 2023 que não se via há sete anos no mercado brasileiro. A moeda americana caiu dos R$ 5,23 com que começou o ano para R$ 4,77 na última quinta-feira, o menor patamar para o câmbio desde maio de 2022.

Entre o dia 1º de janeiro e o dia 19, o dólar Ptax para venda, índice de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro calculado pelo Banco Central, registrava um recuo de 8,38%. Este é o maior declínio para um primeiro semestre desde 2016, quando a cotação caiu 17,80%.

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O fortalecimento da moeda brasileira reflete uma melhora brusca no humor com que o mercado iniciou o ano em meio às incertezas macroeconômicas globais e o novo governo no Brasil. No final de 2022, logo após as eleições, pesquisas indicavam que gestores, estrategistas e economistas viam o dólar acima dos R$ 5,40 em 2023. Em março, uma enquete dizia que o dólar ultrapassaria os R$ 5,30.

Ainda que 2023 esteja apenas se aproximando da metade, boa parte dessa instabilidade foi atenuada e o País conseguiu se colocar como destino do capital estrangeiro entre os emergentes.

"Temos reservas cambiais bastante robustas e uma certa estabilidade política e econômica, que muitos países emergentes não têm", destaca Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank.

O atual patamar da taxa de juros do País também ajuda a manter o real valorizado. Com a Selic estacionada em 13,75% ao ano e a queda dos indicadores de inflação, o Brasil tem o maior juro real do mundo - o que também atrai investidores estrangeiros que vem atrás de boa rentabilidade a um risco relativamente baixo.

"É um movimento que chamamos no mercado de carry trade, onde você pega o dinheiro do seu país e leva para outro onde vai receber um juros maior, no caso, o Brasil", explica Gabriel Moraes, assessor de investimentos do escritório Arcani Investimentos.

Com mais dólares entrando no mercado brasileiro, o real conseguiu se fortalecer e se estabilizar abaixo dos R$ 4,80 nos últimos pregões. Para o segundo semestre, no entanto, pairam algumas dúvidas sobre a continuidade dessas quedas.

A projeção mais recente do Boletim Focus indica um dólar a R$ 5 até o final do ano. Moraes destaca que, embora o Focus reúna um resumo das expectativas do mercado, ainda há divergência entre os agentes. Nem todos, diz ele, acreditam que a tendência para o segundo semestre é de valorização do dólar.

DE OLHO NOS JUROS

"Para o dólar voltar para R$ 5, duas coisas precisam acontecer: os juros dos EUA ficarem altos por mais tempo, o que atrai o dinheiro para lá; e os juros do Brasil caírem muito rápido", explica. "Se o BC baixar os juros em uma velocidade muito rápida, isso pode fazer o dólar se apreciar de novo. Talvez isso explique a tese do dólar aos R$ 5."

Mas esse não parece ser o cenário base até o momento. Na reunião do dia 21, o BC surpreendeu o mercado ao manter o tom ainda duro contra o combate à inflação, sem sinalizar o início do ciclo de cortes na Selic para agosto, como esperavam analistas.

"Se houver um corte de juros exagerado e sem fundamentos para isso podemos ter uma desvalorização do real. Mas é algo que eu não acredito que o Banco Central vá fazer", diz Bruno Perottoni. Mantidas as outras condições, o especialista vê espaço para uma cotação mais baixa do que os R$ 5 ao final do segundo semestre.

A cotação do dólar é uma das variáveis mais difíceis de se prever no mercado, por isso especialistas não conseguem cravar o futuro da trajetória da moeda. Ainda assim, para aqueles investidores interessados em dolarizar o portfólio ou turistas com viagens agendadas que precisam comprar a moeda, a desvalorização atual pode indicar uma boa janela de oportunidade.

"Estamos falando da menor cotação em mais de um ano. Considerando o contexto atual, o risco de uma correção é maior do que a oportunidade de uma queda mais acentuada", diz Diego Costa, chefe de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio.

A recomendação, no entanto, é sempre fazer múltiplos aportes - ou seja, ir comprando aos poucos. "Nós sempre indicamos que os clientes façam suas compras em partes", diz Haryne Campos, especialista em câmbio na WIT Exchange. "Analisando graficamente, o dólar ainda tem margem para continuar em queda; mas também temos fatores que podem influenciar a alta."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar americano apresentou, nesta quarta-feira (14), o quarto dia de queda no mercado financeiro, e fechou custando R$ 4,80. Em janeiro, quando a gestão atual do governo federal iniciou o mandato, a moeda custava R$ 5,30.

O aumento do Real se deu pela valorização da nota na S&P. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com índice positivo de 8,63%. Especialistas comentam que a valorização da moeda brasileiro pode acarretar em um crescimento de até 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Esse é o menor valor da moeda desde abril de 2022, quando chegou à marca de R$ 4,77. 

O cenário esperado para o câmbio brasileiro em 2023 mostrou estabilidade no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio este ano ficou em R$ 5,10, de R$ 5,20 há um mês. Para 2024, a mediana passou de R$ 5,16 para R$ 5,17, contra R$ 5,20 quatro semanas antes.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o Banco Central espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O cenário esperado para o câmbio brasileiro em 2023 mostrou valorização de uma semana para a outra no Relatório de Mercado Focus. A estimativa para o câmbio este ano passou de R$ 5,20 para R$ 5,15, de R$ 5,20 há um mês.

Para 2024, a mediana permaneceu em R$ 5,20, contra R$ 5,25 quatro semanas antes. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o Banco Central (BC) espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta sexta-feira (14) em Pequim com o homólogo Xi Jinping para reforçar os vínculos com a China, um dia depois de criticar o dólar como moeda global e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lula está na China para estreitar os laços econômicos com o principal parceiro comercial do Brasil e afirma que o país "está de volta" ao cenário internacional, com a intenção de assumir um papel de mediador no conflito na Ucrânia.

Durante a primeira etapa da viagem, em Xangai, Lula questionou o uso do dólar como moeda global, poucas semanas depois de seu governo estabelecer um acordo com Pequim para operações comerciais com concordar com o real e o yuan, sem a necessidade do câmbio na moeda americana

"Toda noite me pergunto por que todos os países estão obrigados a fazer o seu comércio lastreado no dólar? (...) Hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar quando poderia exportar na sua própria moeda", afirmou Lula na quinta-feira.

As declarações aconteceram durante a cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) no comando do banco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Durante o evento, Lula também reservou palavras duras par ao FMI, aludindo às acusações de que a instituição impõe cortes draconianos nos gastos públicos em países em dificuldades econômicas, como a Argentina, em troca de empréstimos.

"Não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como o FMI está fazendo agora na Argentina e como fizeram com o Brasil durante muito tempo e com todos os países do terceiro mundo", afirmou.

"Nenhum governante pode trabalhar com una faca na garganta porque está devendo".

Ucrânia na agenda

Desde seu retorno ao poder janeiro, após dois mandatos entre 2003 e 2010, Lula tem como objetivo recolocar o Brasil "na nova geopolítica mundial" e deixar para trás o isolacionismo de seu antecessor, Jair Bolsonaro.

Depois de viagens para Argentina e Estados Unidos, o petista visita a China com a intenção de consolidar a relação e atuar como ponto de ligação entre as diferentes regiões do mundo.

"A época em que o Brasil estava ausente nas grandes decisões mundiais já é coisa do passado. Estamos de volta no cenário internacional depois de uma ausência inexplicável", declarou em Xangai, cidade que deixou na quinta-feira à noite para viajar a Pequim.

Na capital, ele tem uma agenda repleta de compromissos, que começaram com um encontro com o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji.

"Queremos elevar o patamar da parceria estratégica entre nossos países, ampliar fluxos de comércio e, junto com a China, equilibrar a geopolítica mundial", tuitou a conta oficial de Lula ao lado de uma foto com Zhao.

Ele também se reunirá com o primeiro-ministro Li Qiang no Grande Palácio do Povo, antes de ser recebido pelo presidente Xi Jinping e participar em uma entrevista coletiva.

Além das questões sobre investimentos e comércio, um dos principais temas do encontro entre Lula e Xi deve ser a guerra na Ucrânia.

Nem a China nem o Brasil adotaram sanções contra a Rússia como fizeram os países ocidentais. As duas nações tentam estabelecer posições como mediadores para alcançar a paz.

Lula propõe formar um grupo de países para trabalhar em uma solução negociada para o conflito causado pela invasão russa.

Vínculos comerciais

A passagem por Xangai também demonstrou a importância econômica da viagem de Lula, que estava prevista para o fim de março, mas foi adiada depois que o presidente de 77 anos foi diagnosticado com pneumonia.

Em sua quarta visita oficial à China, principal sócio comercial do Brasil, Lula é acompanhado por uma comitiva de quase 40 representantes políticos, incluindo nove ministros, governadores, deputados e senadores, além de empresários.

O volume de comércio entre as duas economias cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país em 2004. Em 2022, o gigante asiático importou do Brasil 89,7 bilhões de dólares (443 bilhões de reais), com destaque para soja e minerais.

Depois da cerimônia no banco dos BRICS, Lula visitou um centro de pesquisas de empresa de tecnologia Huawei e se reuniu com o presidente da montadora de carros elétricos BYD, que negocia a abertura de uma fábrica na Bahia.

 

O cenário da moeda norte-americana em 2023 e 2024 ficou estável mais uma semana no Relatório de Mercado Focus. A estimativa para o câmbio neste ano continuou em R$ 5,25, mesmo valor esperado há um mês. Para 2024, permaneceu em R$ 5,30, mesma mediana de quatro semanas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O dólar opera em alta no mercado local, na manhã desta quarta-feira (15), acompanhando a tendência da moeda norte-americana no exterior. Os investidores adotam cautela diante da turbulência nos mercados globais deflagrada por preocupações com o Credit Suisse.

Por temores de contágio no setor bancário global e os riscos de recessão, o monitoramento do CME mostrava crescimento da possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mantenha os juros na reunião da próxima semana.

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Há pouco, o monitoramento mostrava 51,3% de chance de manutenção nos juros e 48,7% de uma alta de 25 pontos-base. Ontem, havia 69,4% de possibilidade de elevação de 25 pontos-base e 30,6% de manutenção dos juros.

A queda dos preços do petróleo, que chegou a subir mais cedo, adiciona pressão aos ativos locais. Os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale e da Petrobras registram quedas de 2,51% e 1,51%, respectivamente, no pré-mercado de Nova York.

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian fechou estável, a US$ 134,32; em Cingapura, registra queda de 1,34%, a US$ 129,95. Os contratos futuros de petróleo recuam 1,64% (Brent) e 1,68% (WTI).

Às 9h18, o dólar à vista subia 0,71%, a R$ 5,2948. O dólar para abril ganhava 0,76%, a R$ 5,3130.

O cenário da moeda norte-americana em 2023 e 2024 ficou estável nesta semana no Relatório de Mercado Focus. A estimativa para o câmbio neste ano continuou em R$ 5,25, mesmo valor esperado há um mês.

Para 2024, a mediana permaneceu em R$ 5,30, repetindo a mediana de quatro semanas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

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Com isso, o Banco Central (BC) espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

O dólar abriu em alta nesta segunda-feira, 6, acompanhando a valorização externa, mas os investidores ajustaram posições em meio à manutenção das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 2025 no boletim Focus e chegou a cair também em meio a relatos de ingresso de fluxo comercial. Na mínima, o dólar à vista cedeu aos R$ 5,1965. A máxima, após abertura, ficou em R$ 5,2135 (+0,26%).

Há pouco, o dólar retomou sinal positivo moderado de olho na valorização externa. Há também expectativas sobre a apresentação do novo arcabouço fiscal, que deve ser antecipado, possivelmente antes da reunião do Copom, nos dias 21 e 22 de março.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (10h30), para discutir o novo arcabouço fiscal e o Desenrola, considerados fundamentais para as contas públicas e o setor de crédito.

Sobre a âncora, Haddad disse que a ideia é que o novo arcabouço seja de conhecimento público já em março para que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) seja enviado com formato final, atualizado pela nova regra fiscal, evitando retrabalho por parte do Congresso. À tarde, o presidente Lula vai se reunir também (16 horas), com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para decidir sua permanência ou não no Ministério.

No boletim Focus, a projeção para o IPCA - índice oficial de inflação - deste ano seguiu em 5,90% após 11 altas consecutivas. Um mês antes, a mediana era de 5,78%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção continuou em 4,02% pela segunda semana seguida, de 3,93% há quatro semanas. Considerando somente as 57 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 5,93% para 5,91%. Para 2024, variou de 4,05% para 4,01%, considerando 53 atualizações no período. Já a estimativa para a Selic no fim de 2023 seguiu em 12,75% ao ano e no fim de 2024 permaneceu em 10,00%.

No exterior, o dólar avança ante pares principais e moedas emergentes e o petróleo recua em meio a estimativa de crescimento em torno de 5% da China em 2023, considerado modesto por analistas, e expectativas por novas altas de juros no país e os comentários de política monetária do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Senado dos EUA amanhã, e à Câmara dos Representantes, na quarta-feira.

Às 10h06, o dólar à vista tinha alta de 0,07%, a R$ 5,2040). O dólar abril ganhava 0,10%, a R$ 5,2330, após oscilar de R$ 5,2260 (-0,04%) a R$ 5,2440 (+0,31%).

O cenário da moeda norte-americana em 2023 e 2024 ficou estável nesta semana no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 6. A estimativa para o câmbio neste ano continuou em R$ 5,25, mesmo valor esperado há um mês. Para 2024, a mediana permaneceu em R$ 5,30, repetindo a mediana de quatro semanas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O cenário da moeda norte-americana em 2023 e 2024 ficou estável nesta semana no Relatório de Mercado Focus. A estimativa para o câmbio neste ano continuou em R$ 5,25. Há um mês, a mediana era de R$ 5,28. Para 2024, a mediana continuou em R$ 5,30, mesmo valor de quatro semanas antes.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o Banco Central espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O dólar à vista furou os R$ 5,00 e renovou mínima a R$ 4,9408 (-2,36%) na manhã desta quinta-feira, atingindo a menor cotação intraday desde 10 de junho do ano passado (R$ 4,8856).

O analista de inteligência de mercado da Stonex, Leonel Mattos, disse que há um apetite maior por mercados mais arriscados, como o Brasil, tanto de investidor local como de estrangeiros, após decisão suave do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a comunicação mais rígida do Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro, na quarta-feira.

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Às 10h33, o dólar à vista cedia 2,27%, a R$ 4,9458. O dólar março perdia 2,06%, a R$ 4,9765.

Após uma manhã de instabilidade, o dólar à vista se firmou em terreno negativo no mercado doméstico de câmbio ao longo da tarde desta segunda, 23, alinhando-se ao sinal predominante de baixa da moeda americana em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities. Com agenda de indicadores esvaziada e liquidez reduzida, em meio ao feriado de Ano Novo Lunar na China, a divisa fechou a sessão desta segunda-feira, 23, em leve queda (0,15%), cotada a R$ 5,20, após oscilar entre mínima a R$ 5,1655 e máxima a R$ 5,2210.

Segundo operadores, depois de uma sequência de três pregões de alta e de uma valorização de 1,98% do dólar na semana passada, havia espaço para um respiro do real, dado o ambiente externo propício ao risco. O vaivém das versões em torno da criação de uma suposta moeda única entre Brasil e Argentina (na verdade uma unidade de troca para fins comerciais) foi monitorado, mas não teve papel relevante na formação da taxa de câmbio. Falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Buenos Aires sobre papel mais ativo do BNDES em financiamento a outros países, contudo, trouxeram preocupações.

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Parte da alta do dólar pela manhã foi atribuída ao desconforto com a piora das expectativas de inflação reveladas pelo Boletim Focus, o primeiro após as críticas do presidente Lula ao nível das metas de inflação e à autonomia do Banco Central. A mediana das projeções para o IPCA deste ano subiu de 5,39% para 5,48% (de 5,23% há um mês). Houve também deterioração das estimativas para 2024 (de 3,70% para 3,84%), ao passo que a expectativa para 2005 se manteve em 3,50%. Amanhã, sai o IPCA-15 de janeiro. A mediana de Projeções Broadcast é de 0,52%, idêntica à variação registrada pelo índice em dezembro.

Os altos e baixos do dólar por aqui também estiveram ligados ao comportamento do índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis pares fortes. Não por acaso, a mínima do dólar, na casa de R$ 5,16, se deu quando o índice tocou território negativo, aos 101,589 pontos. E a divisa voltou ao nível dos R$ 5,20 na reta final dos negócios justamente quando o DXY flertou com o patamar dos 102,200 pontos.

O diretor de produtos de câmbio da Venice Investimentos, André Rolha, observa que, a despeito do soluço hoje, o DXY vem perdendo força com a perspectiva de aperto monetário menos intenso pelo Federal Reserve, o que favorece a moeda brasileira.

"O pano de fundo local não mudou, tem muita preocupação como fiscal. Mas o sentimento global melhorou, com alta das commodities. O Brasil também continua muito atrativo para 'carry trade' porque os juros não vão cair tão cedo", diz Rolha, para quem o dólar, após o estresse no início do ano, passa por uma acomodação. "Tem gordura para queimar ainda, mas quando caia baixo de R$ 5,10, aparece uma demanda grande de compra".

Por aqui, causou rebuliço declaração do ministro da Argentina, Sergio Massa, ao Financial Times, no domingo, dando conta de que há conversas para criação de moeda única entre Brasil e Argentina, à semelhança do euro.

O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, ressalta que há muitos anos é discutida a intenção de construir uma moeda (digital ou não) que possa ser usada como unidade de pagamentos para o comércio dentro do Mercosul e que há até discursos do ex-ministro Paulo Guedes sobre o tema. "Ao que tudo indica, o governo argentino quis 'ganhar' em cima da notícia de que os dois governos vão iniciar estudos e acabou falando em moeda comum. A Argentina tem eleições em 2023 e o apoio de Lula é visto como relevante", afirma Oliveira, em nota.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Massa assinaram hoje memorando conjunto para simplificação e modernização de acordo de pagamentos em moedas locais. O documento dá início a estudos para criação de unidade com de troca entre os dois países restrita a transações comerciais e financeiras.

O cenário da moeda norte-americana em 2023 não sofreu alterações nesta semana no Relatório de Mercado Focus publicado na manhã desta segunda-feira (13). A estimativa para o câmbio neste ano permaneceu R$ 5,28. Há um mês, a mediana era de R$ 5,26. Para 2024, também continuou em R$ 5,30, contra R$ 5,25 há quatro semanas.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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