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A partir desta quarta-feira (12) a Prefeitura de Guarulhos amplia a faixa etária de vacinação contra a meningite C a pessoas de 15 a 59 anos. O imunizante estará disponível no Ambulatório da Criança, no Centro, e em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município até o final de abril ou até que o estoque para a campanha seja finalizado.  

Os endereços das UBS de Guarulhos podem ser consultados em http://www.guarulhos.sp.gov.br/unidades-basicas-de-saude-ubs 

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 Já o Ambulatório da Criança fica na rua Oswaldo Cruz, 151 – Centro. Vale lembrar que a UBS Paulista está em reforma e que, portanto, não receberá doses. A vacina contra a meningite C faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo indicadas duas doses, aos três e aos cinco meses de idade, e um reforço preferencialmente aos 12 meses. No entanto, em razão das chamadas doenças de outono, Guarulhos estende a faixa etária de vacinação, que abrange também os adultos.  

A meningocócica é uma infecção bacteriana aguda que pode causar meningite (infecção do cérebro e da medula espinhal) e septicemia (infecção da corrente sanguínea). Essa enfermidade, embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em crianças com menos de cinco anos. Dessa maneira, a Secretaria da Saúde reforça a importância da imunização para evitar a ocorrência de surtos, hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos. 

A campanha de imunização contra a monkeypox começa nesta segunda-feira (13). A expectativa é que 47 mil doses sejam distribuídas pelo Ministério da Saúde. O esquema, que conta com duas doses, vai priorizar pessoas com HIV/aids e profissionais de laboratório expostos ao vírus. 

O Brasil notificou 50.803 casos suspeitos da Mpox, sendo 10.301 confirmados, correspondente a 20,3%. A vacina "Jynneos/Imvanex", da Bavarian Nordic A/S., foi aprovada em agosto do ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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As doses serão distribuídas conforme a exposição ao vírus. Para evitar a contaminação de pessoas com HIV/aids, os pacientes serão priorizados devido à vulnerabilidade do sistema imunológico. Profissionais de laboratório, entre 18 a 49 anos, que trabalham com a família do vírus da varíola, com nível de biossegurança 3, também terão prioridade. Nesses dois grupos, o recomendado é que o imunobiológico seja aplicado após um intervalo de 30 dias de qualquer vacina. 

Já para quem esteve exposto ao vírus, serão aplicadas vacinas em pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes e pessoas suspeita. Quem já contraiu a monkeypox ou apresentar lesão suspeita não deverá ser vacinado. 

Pelo menos uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a Covid-19, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) entre o dia 22 e a segunda-feira (28). O levantamento também aponta que a maioria teve aumento de casos da doença e de procura por testes e volta da recomendação de máscaras.

"É fato que até o momento temos a vacinação como a maior arma contra a Covid-19, seguida das medidas de distanciamento social e proteção individual, como a máscara, por exemplo. E notamos pela pesquisa que essas medidas já começaram a ser adotadas por grande parte dos municípios que enfrentam alta na disseminação da doença", explica Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

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A pesquisa ouviu 1.970 municípios na última semana de novembro. Dentre os 416 que apontaram falta de vacinas para o público infantil dos 3 aos 11 anos, a maioria está no Nordeste (31,5%), seguida por Centro-Oeste (26,9%), Sudeste (19,4%), Sul (17,5%) e Norte (10,8%). A maioria (85,1%) diz não ter estoque suficiente da Coronavac, o único produto autorizado para crianças de 3 e 4 anos. Uma parcela de 152 cidades (36,5%) também relata falta da Pfizer infantil, destinada ao público de 5 a 11 anos. Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou um lote de doses da Coronavac para serem distribuídas aos Estados e municípios, mas as secretarias alegam que a quantidade foi baixa para a demanda.

No Recife, a vacinação em crianças de 3 e 4 anos foi suspensa na própria quarta e, segundo a prefeitura da capital pernambucana, dois ofícios foram enviados ao governo federal, cobrando remessas prometidas, mas nenhum deles foi respondido. Esta foi a segunda vez em um mês que a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) precisou suspender a imunização. Após a primeira interrupção, no início de novembro, o governo federal enviou 1,3 mil doses, que já se esgotaram. Apenas 27,27% das crianças de 3 e 4 anos moradoras da cidade conseguiram a imunização até o momento.

SEM DOSE

O Rio de Janeiro também suspendeu a primeira aplicação da vacina em crianças de 3 e 4 anos, por causa "da pequena quantidade de doses recebidas na última remessa enviada pelo Ministério da Saúde", segundo nota da Secretaria de Saúde. Na capital fluminense, o estoque enviado foi redirecionado para completar o esquema vacinal com a segunda aplicação, em unidades específicas

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a vacinação segue normalmente, mas que tem aplicado a Coronavac apenas em crianças de 3 e 4 anos, enquanto as demais até os 11 anos têm recebido a dose pediátrica da Pfizer. A pasta afirma aguardar o envio de novos lotes pelo governo federal, mas ainda não há data prevista de quando isso deve acontecer.

AUTORIZAÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer, para crianças dos 6 meses aos 4 anos de idade. No entanto, a Coronavac continua a ser o único imunizante incorporado pelo Ministério da Saúde para crianças de 3 e 4 anos. A Pfizer afirmou que foram entregues 24 milhões de doses da sua vacina pediátrica contra a covid para serem aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. O último lote, enviado em agosto com 2,06 milhões de doses, tem validade até janeiro. A empresa reforça ainda que "tem capacidade de produção para fornecer mais vacinas" e "atender às necessidades do país".

O Instituto Butantan informou ter repassado um total de 12 milhões de unidades da Coronavac ao Ministério da Saúde neste ano. Desde o dia 10, quando fez a entrega do último lote adicional de 1 milhão de doses solicitadas pelo Ministério da Saúde, o instituto não foi mais procurado pelo governo federal. Pelo menos 2,6 milhões de doses já foram produzidas neste trimestre e estão prontas para a entrega, com validade de um ano, diz o Butantan.

O infectologista Júlio Croda, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, destaca que essa falta de vacinas pode apresentar um risco aumentado de hospitalização e óbito para as crianças, visto que elas compõem o segundo grupo de maior risco de internações em UTI. "O covid é a doença imunoprevenível que mais matou crianças nessa faixa etária, mais do que qualquer doença que é prevenível por vacina" diz o médico, que ressalta que as mortes estão associadas à falta de esquema vacinal completo. Para mitigar o problema, destaca a importância de se adquirir e distribuir mais imunizantes.

Procurado pela reportagem, o ministério negou que haja desabastecimento de vacinas e afirmou que elas "são enviadas de maneira proporcional e igualitária". Não foi enviada uma previsão de quando novas remessas devem ser enviadas via Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo o presidente da CNM, a entidade vai remeter um ofício ao governo federal "para apresentar os dados da pesquisa e buscar soluções".

TRANSIÇÃO

Como o Estadão mostrou, a equipe responsável pela transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou na última semana que a administração de Jair Bolsonaro ainda não havia comprado as doses necessárias para manter a imunização contra a covid no País em 2023.

Anteriormente, a precariedade dos dados disponíveis fez com que o Tribunal de Contas da União (TCU) informasse ao grupo de transição que não era possível nem avaliar o cumprimento de metas de imunização no País. Um documento aponta que faltam dados de morbidade (doenças adquiridas) e mortalidade relacionados à síndrome pós-covid 19. A falta de informações "pode afetar o planejamento das políticas de saúde, em razão do número elevado de possíveis casos", diz. (Colaborou Stéphanie Araújo, Especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Estados devem receber até esta sexta-feira (11) um milhão de doses pediátricas da Pfizer para crianças com comorbidades entre 6 meses e menores de 3 anos de idade para a proteção contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta (10). O anúncio da distribuição acontece quase dois meses após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso do imunizante. Nas últimas semanas, o Brasil e o mundo têm registrado uma nova onda de casos.

As doses pediátricas, conforme o comunicado da pasta, serão distribuídas "de forma proporcional e igualitária". Para São Paulo, está prevista a chegada de 206,3 mil doses do imunizante. O total, no entanto, é menor do que as 615 mil solicitadas pela Secretaria de Saúde do Estado.

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Atualmente, a campanha de vacinação contra covid-19 em São Paulo contempla todas as crianças de 3 e 4 anos de idade, que estão aptas a tomar a Coronavac. Em setembro, o Instituto Butantan doou 2 milhões de doses para o Estado.

Até o momento, há duas vacinas pediátricas disponíveis para todas as crianças: a da Pfizer, que pode ser aplicada para quem tem mais de 5 anos, e a da Coronavac, disponível para faixa etária de 3 a 4 anos.

A ampliação do uso da vacina para crianças que não são imunocomprometidas será avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), segundo o Ministério da Saúde. De acordo com os dados da pasta, 938,4 mil crianças entre 3 e 4 anos tomaram a primeira dose da vacina e 323,9 mil receberam a segunda aplicação do imunizante em todo o País.

O Ministério da Saúde recomenda que as vacinas contra o coronavírus sejam administradas nas crianças simultaneamente aos demais imunizantes do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais.

Aumento de casos

A chegada da vacina pediátrica aos braços dos mais novos acontece em um período de recrudescimento da doença e aumento de casos da covid-19 no Brasil e em demais países do mundo, como Estados Unidos e China. O país asiático, que pratica a política de zero contaminação, contabilizou na semana passada o maior número de infectados dos últimos seis meses.

De acordo com os especialistas, o crescimento pode estar associado ao surgimento de duas novas subvariantes da variante Ômicron, a BQ.1 e XBB. No Brasil, as equipes de vigilância dos Estados já rastrearam a presença dessa linhagem do vírus em novos pacientes. Em São Paulo, a Secretaria de Saúde confirmou, na última terça-feira, 9, a primeira morte de uma paciente de 72 anos contaminada pela BQ.1.

Na maioria dos casos, as pessoas que estão contraindo a covid-19 não têm apresentado quadros graves da doença. Mesmo assim, especialistas reforçam a necessidade de usar máscaras em locais fechados e atualizar e completar o esquema vacinal para todos os que estão aptos a receber algum imunizante contra a covid-19.

A partir de hoje (13), Guarulhos passa de oito para 24 polos de vacinação contra a meningite meningocócica C para trabalhadores da saúde. Os novos polos são as UBS São Ricardo, Cavadas, Ponte Grande, Tranquilidade, Continental, Recreio São Jorge, Primavera, Cidade Martins, Carmela, Presidente Dutra, Soberana, Santa Paula, Marcos Freire, Uirapuru, Cumbica (Mario Macca) e Piratininga.  

A ampliação se deu devido ao repasse de novas doses pelo Governo do Estado. Os outros oito polos abertos desde o dia 4 de outubro são o Ambulatório da Criança, na rua Osvaldo Cruz, 151 – Centro e as UBS Parque Cecap, Vila Galvão, Jovaia, Seródio, Inocoop, Pimentas e Jurema. Os endereços das UBS são consultados em: https://www.guarulhos.sp.gov.br/article/www.guarulhos.sp.gov.br/unidades-basicas-de-saude-ubs. Para se vacinar, é necessário apresentar documento com foto e comprovante do exercício da profissão em Guarulhos.  

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Trabalhadores da saúde 

Os trabalhadores da saúde são todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, UBS, instituições de longa permanência, clínicas, ambulatórios e laboratórios. Fazem parte desse grupo médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares.  

 

Pernambuco recebeu, na tarde desta quarta-feira (9), mais 60.900 doses de vacina contra a Covid-19 da Pfizer destinadas ao público pediátrico. Essa é a 12ª remessa recebida pelo estado voltada para crianças. 

O montante recebido deve ser utilizado para finalização dos esquemas vacinais, com aplicação de segunda dose, em todos os grupos etários infantis. A vacinação de crianças no Estado, com as doses da Pfizer - a primeira que recebeu autorização para uso nesse público -, teve início no dia 14 de janeiro. 

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“Chamamos a atenção dos gestores municipais e dos responsáveis por essas crianças que a partir da próxima semana inicia-se o período de aplicação da segunda dose daqueles meninos e meninas que iniciaram seus esquemas vacinas nos primeiros dias da campanha, com este imunizante. A segunda dose do imunizante da Pfizer deve ser ministrada após 8 semanas da primeira aplicação”, diz a superintendente de Imunizações, Ana Catarina de Melo. “A estratégia de cada território deve estar atenta para buscar este público e ofertar a segunda dose em tempo oportuno. Não devemos dar brecha para criação de bolsões de crianças desprotegidas”, acrescentou.

No Brasil, podem receber a vacina Coronavac as crianças de 6 a 11 anos, exceto as imunossuprimidas, que devem receber exclusivamente a vacina Pfizer. As crianças de 5 anos, também só podem receber o imunizante da Pfizer. Até a terça-feira (08) foram aplicadas 515.857 primeiras doses (cobertura de 43,63%) e 25.132 segundas doses (2,13%), no público pertencente à faixa etária de 5 a 11 anos.

Doses recebidas - Do início da campanha, em 18 de janeiro de 2021, até o momento, Pernambuco já recebeu 20.466.583 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 5.341.920 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; 4.287.253 da Coronavac/Butantan; 8.359.560 da Pfizer/BioNTech; 563.300 doses da vacina pediátrica da Pfizer; 947.240 doses da vacina da Coronavac/Butantan para as crianças e 940.310 da Janssen.

Com informações da assessoria.

Um milhão de doses da vacina contra a Covid-19 Sputnik V, que a Guatemala comprou da Rússia, venceram nesta segunda-feira (28). O governo do país centro-americano culpou grupos antivacinas, que geram desinformação sobre os imunizantes.

"Infelizmente, temos que conviver com um fator que tem a ver com a rejeição à vacinação por um setor importante da população", lamentou o ministro da Saúde, Francisco Coma, em entrevista coletiva. Ele informou que 1.062.412 doses da vacina russa - que não tem o aval da Organização Mundial de Saúde (OMS) - atingiram o prazo de validade devido à resistência de algumas pessoas a serem vacinadas.

Segundo autoridades, a campanha de vacinação no país esbarrou em "mitos e rumores". Elas apresentaram casos em que funcionários da área de saúde foram agredidos em algumas comunidades.

Com a informou que tentou-se negociar com a Rússia uma troca das vacinas próximas do vencimento, sem uma resposta favorável. As doses vencidas fazem parte das 8 milhões que a Guatemala comprou do Fundo de Investimento Direto da Rússia em abril passado, a um custo de 79,6 milhões de dólares.

Diante do vencimento do milhão de doses, deputados da oposição anunciaram que irão pedir uma prestação de contas ao ministro da Saúde no Congresso, denunciando deficiências do governo no processo de repasse das vacinas.

A Guatemala tem 17 milhões de habitantes e soma 777.000 casos de Covid, com 17.000 mortos. Um total de 5,6 milhões de pessoas estão com o esquema vacinal completo, de diferentes vacinas, aplicadas em pessoas com idade a partir de 12 anos. O país já aplica a dose de reforço.

Para acelerar a imunização do público infantil, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) vai promover o Dia C da vacinação no próximo sábado (26). A mobilização conjunta com os municípios foi anunciada pelo secretário André Longo nesta quinta-feira (17).

O secretário apresentou dados do Instituto de Avaliação e Tecnologia em Saúde (IATS), que projeta a queda dos efeitos da pandemia com o aumento de vacinados.

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"Caso a vacinação infantil pudesse ser acelerada para um patamar de um milhão de doses por dia no Brasil, poderíamos evitar até abril, 5.400 mil hospitalizações e 430 mortes por Covid nessa faixa de 5 a 11 anos. Juntando todas as faixas etárias, a vacinação acelerada evitaria 14 mil hospitalizações e mais de três mil óbitos pela doença", previu.

A superintendente de Imunizações Ana Catarina de Melo adiantou que mais 200 mil doses pediátricas da Coronavac e Pfizer serão entregues nesta sexta (18) e alertou para baixa adesão do público na Mata Sul e no Agreste do estado.

Pandemia ainda é grave

Atualmente, quatro em cada cinco internados não concluíram a cobertura vacinal e Pernambuco acumula meio milhão de pessoas com doses atrasadas. 

As taxas indicam que houve uma desaceleração da variante Ômicron em Pernambuco, mas Longo cobrou precaução: “apesar disso, a situação ainda exige cautela por que atingimos um platô, mas com indicadores ainda em patamares elevados".

Conforme a SES, na última semana houveram 629 solicitações por UTIs públicas e mais de 800 pessoas internadas com diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nas últimas 24h, o estado bateu o recorde de casos confirmados com 12.825 diagnósticos.

Ele teme que o panorama se agrave com a chegada de março, quando inicia o período sazonal de doenças respiratórias em Pernambuco. Como representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Longo garantiu que já articula para antecipar a vacinação da Influenza.

Um ano após o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Recife, 1.346.943 pessoas completaram o esquema vacinal. De acordo com a Prefeitura, o índice representa 86,25% da população acima de 12 anos.

Ao todo, 3.346.973 doses aplicadas e 1,5 milhão de pessoas receberam pelo menos uma dose até o domingo (13), informou a Secretária Municipal de Saúde (Sesau).

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Ao longo dos últimos 12 meses, 26 pontos de imunização foram montados, sendo 12 centros e 14 drive-thrus, com destaque ao Geraldão, na Imbiribeira, Parque da Macaxeira e UPA-E Professor Fernando Figueira, no Ibura. Os shoppings RioMar, Boa Vista, Plaza e Recife também aplicaram o imunizante.

Além de iniciativas como o Caldinho da Vacina e o Carro da Vacina, que promoveu a vacinação itinerantes e aplicou cerca de 70 mil doses em comunidades da capital, a descentralização da campanha em 22 unidades de saúde também foi responsável pela adesão da população.

A imunização no Recife continua de domingo a domingo, das 7h30 às 18h30. Para receber a dose, é necessário fazer cadastro e agendamento através do site ou aplicativo do Conecta Recife.

Moradores de áreas vulneráveis do Recife serão vacinados em oito comunidades espalhadas pela cidade a partir desta terça (8) até sexta-feira (11). A ação itinerante já visitou 210 locais e aplicou 63,6 mil doses, de acordo com a Prefeitura.

Profissionais da Secretaria de Saúde farão a busca ativa por moradores no perfil para receber os imunizantes sem agendamento. Para receber a vacina, a pessoa precisa apresentar documento de identificação com foto e comprovante de residência.

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Caso não tenha o comprovante, pode apresentar o certificado de domicílio eleitoral ou uma autodeclaração de moradia.

A ação percorrerá os bairros de Nova Descoberta, Mangueira, Apipucos, Bomba do Hemetério, Mangueira, Lagoa Encantada, entre outros.

Confira a agenda da vacinação itinerante:

TERÇA-FEIRA (8)

Manhã

- Comunidade Mussum - Rua do Mussum, 209 - Apipucos;

- Comunidade Alto da Brasileira - Rua Alto da Brasileira, 875, Nova Descoberta, na igreja evangélica;



Tarde

- Centro Educacional Comunitário Redenção - Rua João Praxedes Oliveira Filho, 25, Chão de Estrelas;



QUARTA-FEIRA (9)

Manhã

- Praça Tauá - Rua Tauá - Santa Amaro - Próximo a Rua das Oficinas após o Centro da Juventude;



Tarde

- Assistência Comunitária "O Plebeu" - Rua da Constância, 288 - Campina do Barreto;



QUINTA-FEIRA (10)

Tarde

- Escola de Samba Gigantes do Samba - Rua das Crianças, 63 - Bomba do Hemetério;



SEXTA-FEIRA (11)

Manhã

- Comunidade da Mangueira - Rua da Mangueira, 484 - Espaço Bar dos Homens Fortes ( em frente a igreja Batista da Mangabeira);



- Associação Asa Branca - 1ª Travessa da Av. Doutor Benigno Jordão de Vasconcelos, 41 - Lagoa Encantada.

O Ministério da Saúde informou que a Pfizer antecipará mais um lote de 1,8 milhão de vacinas pediátricas contra a covid-19. De acordo com a pasta, as doses com previsão de entrega para 3 de fevereiro foram antecipadas para o dia 31 de janeiro.

O lote do imunizante específico para o público com idade entre 5 e 11 anos desembarcará no Aeroporto Viracopos, em Campinas (SP). Ao todo, o Brasil já recebeu 4,2 milhões de doses pediátricas dessa vacina.

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Já para o público acima de 12 anos, o Ministério da Saúde informa que foram distribuídas 407,4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, alcançando “quase 92% da população acima de 12 anos”, com pelo menos a primeira dose. “Isso equivale a 163,5 milhões de pessoas”, informa a pasta.

A imunização com a segunda dose (ou a dose única) já alcançou 85% da população, o que corresponde a cerca de 150,9 milhões. “Mais de 37,1 milhões já garantiram a dose de reforço, fundamental para completar a imunização contra a doença”, complementa a pasta.

 A maior parte das vacinas da Janssen que chegaram ao Brasil estão jogadas em um galpão em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. O país recebeu ao todo 41 milhões de doses, mas quase 32 milhões estão paradas no estoque, expôs o Jornal Nacional nessa quarta-feira (26).

O Ministério da Saúde confirmou que apenas 9.202.380 de unidades imunizantes da fabricante foram repassadas aos estados e 31,7 milhões continuam no Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos.

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O contrato feito em março de 2021 determinou a compra de 38 milhões de vacinas. Em seguida, o Brasil recebeu a doação de três milhões de doses do governo norte-americano.

Em nota, a pasta apontou que alguns estados "solicitaram a suspensão do envio dos imunizantes devido à saturação da rede de frios (freezeres e geladeiras para armazenagem)" e que as doses retidas poderão ser repassadas conforme solicitação.

Quase metade dos voos para a entrega das doses pediátricas da vacina da Pfizer contra a covid-19, previstos para acontecer nos últimos dias, acabaram sofrendo atrasos. Ao todo, 12 dos 26 voos foram remanejados - em alguns casos, os atrasos aconteceram por causa da contaminação da tripulação pelo coronavírus. Mesmo com os atrasos, a distribuição das doses estava prevista para ser concluída até o fim da noite desta sexta-feira, dia 14, segundo o diretor de logística do Ministério da Saúde.

As informações foram tornadas públicas pelo diretor de logística da pasta, o general Ridauto Fernandes, na manhã desta sexta, 14. Um dos voos cancelados por conta da contaminação da tripulação foi o que levaria as doses para o Piauí, por exemplo.

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"Já é notório que tivemos alguns problemas com os voos. Foram problemas operacionais. Quando você faz uma pauta de mais de vinte voos, é normal alguns voos (terem problemas). Às vezes acontecem cancelamentos, às vezes você demora um pouco mais para empacotar e não consegue (embarcar a carga)", disse Ridauto Fernandes ao Estadão. Segundo o diretor, porém, até o fim da noite a distribuição desta leva de imunizantes para os Estados estará concluída - a última unidade federativa a receber as vacinas deve ser o Acre.

A entrega das vacinas pediátricas está sendo feita de forma gratuita pela empresa Latam. "Esperamos que hoje mesmo, até o final da noite, todos os Estados já tenham recebido as doses que estão previstas", disse o diretor do Departamento de Logística.

Em nota à reportagem, o Ministério da Saúde confirmou que todas as trocas de voos "foram bem sucedidas" e que a entrega das doses será concluída ainda esta noite. "As entregas ocorrem menos de 48 horas após a chegada ao Centro de Distribuição da Pasta. Normalmente este processo leva de 5 a 9 dias", disse a pasta.

O primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer contra a covid chegou ao Brasil na madrugada da quinta, 13, para esta sexta-feira. O carregamento desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) - na manhã de hoje, o imunizante foi aplicado pela primeira vez em uma criança brasileira, o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos. A aplicação aconteceu em uma cerimônia no Hospital das Clínicas, em São Paulo, com a presença do governador do Estado, João Doria (PSDB).

Próximo a completar um ano do início da campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco recebeu, na madrugada desta sexta-feira (14), a primeira remessa dos imunobiológicos destinados para crianças de 5 a 11 anos.

As 60 mil doses da Pfizer/ Pfizer/Comirnaty chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre às 10h50, onde permanecem, aguardando a empresa contratada pelo Ministério da Saúde para fazer o transporte. Em seguida, deverão seguir para sede do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE) para conferência e posterior encaminhamento aos municípios. A vacina da Pfizer é a única, até o momento, autorizada pela Anvisa para aplicação nessa faixa etária.

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“Nossa logística já está montada para o envio das doses para todas as Regionais de Saúde, onde os municípios fazem a retirada. Após o recebimento, iniciaremos nossa distribuição ainda nesta sexta-feira (14), finalizando no sábado (15)”, explica a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

As Gerências Regionais de Saúde (Geres) ficam responsáveis por disponibilizar os imunobiológicos para aos gestores, que possuem autonomia na criação de estratégias para promover o acesso a sua população.

“No caso da imunização do público infantil, a orientação é que sejam criadas alternativas distintas dos adultos, pois embora o imunizante seja do mesmo fabricante, sua apresentação, dosagem e composição são diferentes do imunizante utilizado para maiores de 12 anos. Além da formulação pediátrica ser diferente dos adultos, o intervalo de duas doses para completar o esquema vacinal será de dois meses. Neste período de preparação, orientamos os gestores municipais e as equipes de imunização a ficarem atentos a essas especificidades para evitar erros de administração”, reforça Ana Catarina.

O envio de novas doses será feito pelo Ministério da Saúde de forma gradativa, chama atenção o secretário estadual de Saúde, André Longo.

“Estamos vivendo o mesmo momento de 1 ano atrás, que é o envio de remessas abaixo do necessário para fazer grandes avanços. Diante desse fato, precisamos eleger prioridades dentro das prioridades previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Esta semana, nosso Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação orientou e os gestores municipais se reuniram e pactuaram com o Estado para a campanha de vacinação das crianças entre 5 e 11 anos ser iniciada por aqueles meninos e meninas com doença neurológica crônica e com distúrbios do desenvolvimento neurológico, priorizando a síndrome de down, o autismo e indígenas”, afirmou o gestor.

Das 60 mil doses, 5.960 serão destinadas para 100% dos indígenas com esta faixa etária e 53.980 doses serão para 4,28% da população de crianças de 5 a 11 anos, dentro do grupo prioritário.

A vacina contra a Covid-19 estará disponível para as crianças de cinco a 11 anos nos postos e pontos de vacinação organizados no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que acompanhadas pelo pai, pela mãe ou responsáveis. No ato da imunização, será exigida a apresentação de um documento de identificação oficial da criança para fins de registro do imunizante. A estimativa é de que o público entre cinco e 11 anos seja de 1,1 milhão no Estado.

Da assessoria

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira, 10, a antecipação de 600 mil doses do imunizante infantil produzido pela Pfizer para que sejam incluídos na campanha de vacinação das crianças de 5 a 11 anos, prevista para ter início entre os dias 14 e 15 de janeiro, logo após a chegada do primeiro lote de vacinas no dia 13 deste mês.

Com a chegada de doses extras, a pasta estima que devem ser entregues 4,3 milhões de vacinas em janeiro. A previsão inicial era de 3,7 milhões. "Quero tranquilizar todos os brasileiros: estamos conduzindo a questão da vacinação de uma forma muito apropriada", disse Queiroga na manhã desta segunda ao fazer o anúncio.

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O Ministério da Saúde firmou um contrato com a Pfizer que garante o fornecimento de 20 milhões de doses de vacinas pediátricas no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a pasta, o País vai receber 4,3 milhões de doses em janeiro, 7,2 milhões em fevereiro e 8,4 milhões em março, completando o esquema de fornecimento.

A inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) só foi anunciada na semana passada pela Saúde, após muito resistência do ministro Queiroga, que chegou a convocar uma consulta pública para avaliar a receptividade da população à sugestão do Ministério de exigência de prescrição médica para vacinar os mais jovens. A maioria dos participantes rejeitou a proposta de parecer médico para vacinar seus filhos e tutelados.

Reunião debate período de isolamento

Além do anúncio sobre a vacinação infantil, Queiroga afirmou que haverá na tarde desta segunda uma reunião da Secretaria de Vigilância e Saúde do Ministério com os representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para deliberar sobre a redução do período de isolamento para pacientes com covid-19, incluindo assintomáticos.

A proposta da Saúde é reduzir de 14 para cinco dias o período de quarentena dos infectados. Questionada pelo Estadão, a pasta não informou o horário do encontro.

Queiroga ainda comentou o recrudescimento da pandemia no País devido ao avanço da variante Ômicron da Covid-19 e argumentou que o impacto da nova onda não deve gerar altas taxas de mortalidade por causa cobertura vacinal da população, atualmente em 67,8% dos brasileiros completamente vacinados com duas doses. O ministro, no entanto, disse que, "no pior cenário", o Ministério "tem capacidade de duplicar os leitos de terapia intensiva".

"Nós temos um cenário polêmico de uma certa incerteza em face da variante Ômicron, com aumento de casos, mas nós temos a esperança de que não haja uma explosão de internações hospitalares e também um aumento proporcional de óbitos, porque a nossa população está fortemente vacinada", avaliou.

O Brasil deve receber 3,7 milhões de vacinas infantis da Pfizer contra a Covid-19 no mês de janeiro. Até o fim do primeiro trimestre, 20 milhões de doses chegarão ao País, no total, de acordo com fontes do governo ouvidas pelo Estadão/Broadcast.

Dados do IBGE mostram que o Brasil tem 20,5 milhões crianças entre 5 e 11 anos, ou seja, haveria como aplicar a primeira dose em toda essa faixa etária até março. Já a quantidade a ser recebida em janeiro seria suficiente para imunizar, por exemplo, todas as crianças de 11 anos (2,8 milhões, segundo o instituto).

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Apesar de haver uma audiência pública marcada para amanhã para discutir o tema, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira, 3, que a vacinação deve começar na segunda quinzena deste mês.

Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a ideia é dar a primeira dose nesse intervalo e a segunda no segundo trimestre, quando uma nova remessa de 20 milhões de unidades do imunizante deve ser recebida.

A vacina para crianças tem dose menor do que a de adulto, cerca de 1/3, e é fornecida em frascos diferenciados. A vacinação deverá ser feita seguindo, inicialmente, critérios de comorbidade e, em seguida, de idade, do maior para o mais novo.

A primeira remessa, com 1,248 milhão de doses, deve chegar ao País no dia 13 de janeiro. Mais 1,248 milhões de unidades são esperadas para 20 de janeiro e outras cerca de 1,2 milhão até o fim do mês.

Em novembro, o Estadão/Broadcast antecipou que o governo negociava essa quantidade de imunizantes para a faixa etária, já se antevendo a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O fornecimento foi incluído em um contrato já assinado com a Pfizer e condicionado, à época, à aprovação da agência.

O tema, no entanto, enfrenta resistência do presidente Jair Bolsonaro e de apoiadores, o que levou o Ministério da Saúde a criar empecilhos, como uma consulta pública e a audiência marcada para amanhã.

Queiroga hoje chegou a dizer que o Brasil será "um dos primeiros países a distribuir a vacina para crianças que os pais desejem fazer". A vacinação contra a covid-19 em crianças, porém, já está permitida em pelo menos 31 países de quatro continentes. O imunizante já começou a ser aplicado em países como Estados Unidos, Áustria, Alemanha, Chile, China e Colômbia.

Na sexta-feira, 31, o Ministério da Saúde afirmou em nota que sua recomendação é "pela inclusão da vacinação em crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização das Vacinas Contra a covid-19".

"No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro", informou a pasta.

A aplicação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos está autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 16 de dezembro. O Ministério da Saúde, no entanto, ainda não anunciou publicamente um cronograma para a imunização deste público até o momento.

Antes do Natal, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou o prazo para o governo federal se manifestar sobre a atualização do Programa Nacional de Imunização (PNI) para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid antes da volta às aulas no primeiro semestre de 2022. A resposta poderá ser enviada até quarta-feira, 5 - o período inicial era de 48 horas.

Em meio à indefinição do cronograma da vacinação das crianças, o Ministério da Saúde criou uma consulta pública para manifestação da sociedade civil sobre a imunização na faixa etária dos 5 aos 11 anos. O instrumento, criticado por especialistas, foi fechado neste domingo, 2.

A Saúde realiza nesta terça-feira, 4, uma audiência pública sobre o tema. Representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) participarão da reunião.

A vacinação das crianças é um tema que enfrenta dura resistência do presidente Jair Bolsonaro e de sua base ideológica. Bolsonaro entrou em conflito com técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após dizer que divulgaria os nomes dos servidores que autorizaram a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

O presidente afirmou também que as mortes de crianças por covid não justificam a adoção de uma vacina contra a doença e informou que não vai imunizar sua filha Laura, de 11 anos.

Início das aulas

Especialistas alertam que as crianças deveriam ser vacinadas antes do início do ano escolar, mas revelam apreensão com o prazo curto - na maioria dos Estados, as aulas presenciais começam em fevereiro. Com isso, na visão dos epidemiologistas, as crianças vão voltar às aulas apenas com a primeira dose aplicada, ou seja, sem a imunização completa.

"Dá para iniciar a vacinação, mas será muito difícil conseguir vacinar todas, pois são cerca de 20 milhões de crianças, lembrando que a proteção ideal é feita com duas doses com intervalo mínimo de 21 dias", lembra a epidemiologista Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde de 2011 até 2019.

Ethel Maciel, epidemiologista da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), concorda. "As crianças vão conseguir tomar apenas a primeira dose. Nós deveríamos ter iniciado a campanha em dezembro", opina.

As crianças vão voltar às aulas sem a imunização completa mesmo que o processo seja rápido, como explica o infectologista Julio Croda. "Após a chegada das vacinas, a logística de distribuição para os Estados e daí para os municípios leva uma semana. Esse seria o prazo para começar a vacinar as crianças", diz o professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). "Vamos começar a vaciná-las, mas vai ser bem difícil concluir o processo", opina.

Além do prazo apertado, os especialistas mostram preocupação com a falta de uma campanha de mobilização. Para Carla Domingues, distribuir as vacinas e esperar a demanda espontânea da população não são ações suficientes. "A gente não tem uma comunicação forte do governo falando que são vacinas seguras e eficazes. Por outro lado, existem fake news que propagam a não vacinação. Isso também tem de ser avaliado no impacto da vacinação nas crianças", alerta.

Julio Croda usa a expressão "desafio da comunicação" para argumentar que as medidas propostas pelo governo federal, como a necessidade de consentimento da mãe e do pai e de prescrição médica são empecilhos para a vacinação. "Isso não foi exigido para nenhuma vacina do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Também não foi necessário para vacinar os adolescentes contra covid, considerando que são menores de idade. Isso vai dificultar o acesso", prevê.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (23), em Brasília, que o governo já tem contrato com a Pfizer para disponibilizar vacinas para as crianças caso a decisão seja aplicar o imunizante na faixa etária de 5 a 11 anos.

“Qualquer que seja o cenário, quero assegurar que o Ministério da Saúde tem o contrato com a farmacêutica Pfizer/Biontech para fornecer a dose da vacina para todas as faixas etárias incluídas no Programa Nacional de Imunização. Isso quer dizer, se a faixa etária de 5 a 11 for incluída, automaticamente nós teremos essas doses”, assegurou o ministro, na portaria do Ministério da Saúde.

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O Ministério da Saúde deve abrir hoje consulta pública que coletará manifestações da sociedade civil sobre a vacinação contra a Covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos. A vacina da Pfizer para essa faixa etária foi autorizada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No último dia 18, Queiroga afirmou que a decisão do governo sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência e consulta públicas.

Decisão é validada

Nesta quinta-feira, o ministro disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) validou a decisão de governo de colocar o assunto em consulta pública. “Já foi validado no Supremo Tribuna Federal, pela decisão de sua excelência o ministro Ricardo Lewandowski, o procedimento administrativo sugerido pelo Ministério da Saúde”, disse.

No último dia 20, Lewandowski ampliou para 5 de janeiro o prazo para que o governo se manifeste sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de vacinação contra a Covid-19. Inicialmente, o governo teria 48 horas para se manifestar, mas teve o prazo ampliado após recurso da Advocacia-Geral da União (AGU).

Queiroga citou ainda que não há necessidade de urgência na decisão devido ao menor número de mortes de crianças. “Há uma queda sustentada de número de casos e os óbitos de crianças estão em patamar que não implica em decisões emergenciais. Isso favorece que o ministério possar tomar uma decisão baseada na evidência científica, na questão da eficácia e da efetividade”, assegurou.

Um estudo desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou que pessoas vacinadas com as duas doses da própria Oxford-AstraZeneca e da Pfizer-BioNTech não produzem anticorpos suficientes contra a variante Ômicron.

A variante pode levar uma nova onda de infecções até mesmo em quem já se vacinou, mas a dose de reforço aumenta a concentração de anticorpos e podem melhorar a proteção. Mesmo com o aumento de casos e uma possível sobrecarga do sistema de Saúde, a forma mais grave da doença não deve se intensificar na maioria.

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O resultado das amostras analisadas mostra que o nível de anticorpos neutralizantes que impedem a entrada do vírus nas células em quem recebeu duas doses da AstraZeneca caíram abaixo do limite detectável em todos, exceto em um dos vacinados.

Quem recebeu a Pfizer registrou queda de 29,8 vezes e, em cinco vacinados, ocorreu a queda abaixo do nível de detecção.

O professor de Pediatria e Vacinologia e co-autor do estudo, Matthew Snape, ressalformou que os resultados apresentam só uma parte do cenário. “Eles só olham para os anticorpos neutralizantes após a segunda dose, mas não nos falam sobre a imunidade celular, e isso também será testado em amostras armazenadas assim que os testes estiverem disponíveis”, considerou.

Pernambuco recebeu, na manhã desta quarta-feira (8), a primeira remessa de vacinas da Janssen para iniciar a dose de reforço contra a Covid-19 naqueles que fizeram a primeira aplicação com esse imunizante. Ao todo, chegaram ao Estado 19.450 doses, que vão atender 11,2% dos 173.073 pernambucanos imunizados anteriormente com a Janssen. As vacinas chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre e foram encaminhados ao Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), que fará a divisão proporcional por município. A distribuição está prevista para a sexta-feira (10).

Inicialmente, o esquema completo da Janssen era feito apenas com uma dose única. Agora, por orientação do Ministério da Saúde, é preciso um reforço com o insumo do mesmo fabricante, com intervalo mínimo de dois meses entre as aplicações. “Estávamos na expectativa dessa chegada da Janssen para as doses de reforço. Orientamos que a população fique atenta às informações da secretaria de Saúde da sua cidade para saber qual será a estratégia de aplicação. Recebemos, neste momento, apenas pouco mais de 11% do necessário para proteção de todos aqueles que fizeram uma dose da Janssen, mas contamos com o compromisso do Ministério da Saúde para termos, ao longo das próximas semanas, o quantitativo necessário do insumo para atender a todos os pernambucanos que precisam desse imunizante”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

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De acordo com o ministério, a partir das doses da Janssen já liberadas para envio aos Estados, de pouco mais de um milhão, essa distribuição contemplará integralmente os municípios com fronteiras internacionais e as estimativas de população de rua de todas as cidades do Brasil, além de começar a atender, proporcionalmente, a população em geral.

A estratégia se baseia em evidências científicas, que apontam o aumento dos níveis de anticorpos no organismo com esse reforço da Janssen, ampliando a proteção contra a Covid-19. “Pessoas que foram vacinadas com dose única da Janssen e já fizeram uma dose de reforço da Pfizer não necessitarão de mais uma dose da Janssen, tendo seu esquema vacinal considerado completo”, explicou a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo. Ela destacou a importância de observar que, caso a mulher que se vacinou anteriormente com a Janssen esteja grávida, a orientação do Ministério da Saúde é fazer o reforço com a Pfizer.

Do início da campanha de vacinação, em janeiro deste ano, até o momento, Pernambuco já recebeu 16.632.683 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 5.044.420 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 4.287.253 da Coronavac/Butantan, 7.107.750 da Pfizer/BioNTech e 193.260 da Janssen.

Da assessoria

Em entrevista coletiva em Nova York, o governador João Doria afirmou neste sábado (4) que São Paulo vai manter a redução no intervalo do prazo de aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. Na quinta feira (2), o tucano havia anunciou a redução no prazo de cinco para quatro meses, mas um dia depois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu a reavaliação da decisão.

"São Paulo vai seguir orientação do Comitê Científico, que define as medidas de combate à pandemia desde o primeiro caso de covid no estado. A Anvisa não tem poder de determinar e proibir decisões estaduais", disse o governador paulista. "O Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou recentemente que cabem aos Estados definir as políticas de vacinação e de saúde."

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Em nota enviada à Prefeitura de São Paulo nesta semana, a Anvisa afirmou que não tem como garantir que os "benefícios superam os riscos" se a dose de reforço for aplicada em quatro meses, independente da vacina ofertada. A Agência também afirmou que os dados disponíveis ainda não são suficientes para adoção e reprodução da Anvisa. Com a disseminação da variante Ômicron, a capital também decidiu alterar o cronograma entre as doses.

A Anvisa alertou, ainda, que a redução generalizada do intervalo para a aplicação da dose de reforço "pode favorecer o aumento e o aparecimento de reações adversas desconhecidas".

A medida é válida para quem tomou duas doses dos imunizantes da Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer. No caso do imunizante de dose única da Janssen, o reforço poderá ser recebido a partir de 2 meses.

O governo de São Paulo também decidiu manter obrigatoriedade do uso de máscaras diante da nova variante Ômicron.

*O repórter viajou a convite da InvestSP

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