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Nesta quarta-feira (17), a Polícia Federal (PF) prendeu um suspeito de integrar um esquema de tráfico internacional, em um resort em Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. Conforme a investigação, a organização criminosa atuava desde 2020 e distribuía entorpecentes do Paraguai para cinco estados. 

O homem preso em Porto de Galinhas vai ser enviado para Curitiba, onde será interrogado e passará por audiência de custódia. Caso sua prisão preventiva seja  confirmada, ele será encaminhado ao sistema prisional do estado, onde ficará à disposição da Justiça Federal. 

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Um celular e um computador também foram apreendidos com o suspeito. O material será enviado para a perícia da Coordenação da Operação em Cascavel, no Paraná. 

De acordo com as investigações, o grupo utilizava ao menos quatro empresas de fachada, uma de lavagem de veículos, uma loja de roupas, um autocenter e uma loja de móveis, para emitir notas fiscais falsas de produtos naturais. As empresas eram registradas no nome de outros traficantes presos, informou a polícia.  

“A atividade envolvia, além das empresas a criação de logomarcas, uniformes e plotagem de veículos e embalagens para simular a efetiva remessa dos produtos naturais sem chamar atenção das transportadoras”, apontou a PF em nota.  

A organização fazia o translado das drogas do Paraguai através do lago Itaipu e as distribuía para os estados do Ceará, Espírito Santo, São Paulo e, principalmente, Rio Grande do Sul. “Para promover o transporte e o despacho da droga, os líderes do grupo cooptavam preferencialmente mulheres com filhos menores, visando garantir que a soltura em caso de prisão fosse mais rápida”, acrescentou.  

A operação foi deflagrada por meio de 14 mandados expedidos pela Justiça Federal, que ainda determinou a prisão preventiva de sete membros da organização. Também foi autorizado o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas.  

Os envolvidos devem responder por tráfico internacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas ultrapassam 30 anos de reclusão. 

Mesmo antes da pandemia, os jovens brasileiros já estavam mais vulneráveis, se cuidando menos e se expondo mais a riscos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada na manhã desta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos dez anos, houve um aumento no consumo de álcool e drogas e uma redução significativa no uso de preservativos nessa faixa etária.

O trabalho comparou os dados das quatro edições da pesquisa, 2009, 2012, 2015 e 2019. Foi feito com alunos do 9º ano do ensino fundamental (entre os 13 e os 17 anos) das redes pública e privada em todas as capitais brasileiras. Envolveu 159 mil pessoas. Embora tenha sido feito antes da crise da covid-19, o trabalho já indica uma crescente vulnerabilidade entre os adolescentes, que pode ter aumentado depois da crise sanitária.

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A experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012, para 63,2% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4% no mesmo período) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%). O consumo excessivo de álcool (quatro doses para as meninas, e cinco para os meninos, em um mesmo dia) também aumentou. Foi de 19% em 2009 para 26,2% em 2019 entre eles e de 20,6% para 25,5% entre elas. A experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.

Alerta sobre saúde mental entre os jovens

A saúde mental dos jovens em 2019 - portanto antes da pandemia e do isolamento social - já era considerada preocupante, sobretudo entre as meninas. Pelo menos 45,5% delas (contra 22,1% deles) relataram a sensação de ninguém se preocupar consigo. Mais grave ainda, 33,7% delas (contra 14,1% deles) disseram sentir que a "vida não vale a pena".

"Calcula-se que 50% dos transtornos mentais dos adultos começam antes dos 14 anos, na adolescência, uma época de intensidade emocional, maturação do cérebro e descontrole emocional, que pode trazer à tona problemas", afirmou o gerente da pesquisa, Marco Antonio de Andreazzi. "E a pandemia afetou isso de maneira muito séria, o impacto ainda será verificado nos próximos anos."

Como mostrou o Estadão, escolas públicas e particulares têm visto episódios de crises de ansiedade e dificuldades dos alunos com a retomada de aulas presenciais, após longo período de pouco convívio social imposto pela quarentena anticovid.

Insatisfação com o corpo

De 2009 a 2019, cresceu o número de estudantes insatisfeitos com o corpo. Entre os que reclamavam de serem gordos e muitos gordos, passou de 17,5% para 23,2% em 2019. Já entre os que se consideravam magros ou muito magros, a taxa era de 21,9% e chegou a 28,6%.

"As estimativas da série histórica revelaram algumas tendências, no que se refere a comportamentos de risco entre adolescentes, tais como insatisfação com a imagem corporal, uso de preservativos, consumo de alimentos não saudáveis, cigarro, álcool, outras drogas, saúde mental", sustenta o trabalho.

"Ou seja, ainda que os resultados se refiram a uma realidade pregressa (à epidemia), esta já evidenciava comportamentos de vulnerabilidade dos escolares brasileiros, profundamente intensificados pela pandemia. Esse cenário demanda intervenções urgentes."

O porcentual de escolares que sofreram agressão física por um adulto da família teve aumento progressivo no período, passando de 9,4%, em 2009, para 11,6% em 2012 e 16% em 2015. Em 2019, houve uma mudança no quesito e 27,5% dos escolares relataram ter sofrido alguma agressão física cujo agressor tenha sido o pai, mãe ou responsável. Já 16,3% dos escolares sofreram agressão por outras pessoas.

Entre 2009 e 20019, caiu de 72,5% para 59%, o porcentual de estudantes que tinham usado camisinha na última relação sexual. Mais uma vez, a situação foi mais preocupante entre as meninas. Caiu de 69,1% para 53,5%. Entre os meninos, a queda foi de 74,1% para 62,8%.

A boa notícia ficou por conta do alcance da internet. O porcentual de alunos que relataram dispor de acesso à rede em casa chegou a 93,6% em 2019. Foi um aumento de 76,8% desde 2009.

Nesse quesito, a diferença entre estudantes de escola pública e privada, que era grande, despencou 36,2 pontos porcentuais no período. Em 2009, os alunos de escolas públicas que tinham internet em casa eram 43,9%. Dez anos depois, esse índice chegou a 91,6%.

Veja alguns pontos de atenção sobre a saúde dos jovens:

 

Riscos do álcool. O álcool repercute na neuroquímica de áreas cerebrais ainda em desenvolvimento, associadas a habilidades cognitivo-comportamentais, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Isso resulta em desajuste social e atraso na aquisição de habilidades próprias da adolescência.

Como abordar. Para a SBP, é preciso que os pais tenham diálogo aberto com os filhos e estabeleçam normas claras. Por exemplo, proibir a oferta e o consumo de bebidas alcoólicas em festas de aniversário que tenham a participação de crianças e adolescentes e evitar a glamourização das "bebedeiras" nas festas de família.

Presença é prevenção. Estar presente na vida dos filhos é um dos fatores de prevenção contra o uso de drogas. Para a SBP, é preciso que os pais tenham conhecimento do que as crianças e adolescentes fazem no tempo livre. Além disso, momentos juntos, como os das refeições, são importantes para o compartilhamento de pensamentos e atitudes.

Saúde mental. Para identificar sinais de transtornos mentais, é preciso estar atento a alterações de comportamento, como crises de choro e acessos de raiva. Sinais como cansaço, queda da concentração e exageros nos padrões alimentares (comer muito ou comer muito pouco) também devem ligar o alerta. Em caso de dúvida, busque um profissional (psicólogo ou psiquiatra).

Sexo protegido. Sobre as relações sexuais na adolescência, é preciso que os pais conversem com seus filhos sobre o assunto. Casos de repercussão na TV ou nas mídias sociais podem ser ganchos para trazer o assunto à tona e ouvi-los. Se os pais não se sentem confortáveis, podem pedir ajuda a um especialista. O pediatra, por exemplo, deve apresentar os métodos contraceptivos e enfatizar a necessidade do uso de preservativo.

Brittney Griner se declarou culpada das acusações de posse de drogas em um tribunal russo nesta quinta-feira. Ela está detida na Rússia desde fevereiro deste ano. De acordo com autoridades do país, a pivô do Phoenix Mercury, time da WNBA, liga feminina de basquete dos EUA, foi flagrada em posse de um cigarro eletrônico carregado com óleo de haxixe, um derivado da maconha, no Aeroporto Internacional de Moscovo-Sheremetievo.

"Eu gostaria de me declarar culpada, meritíssimo. Mas não houve intenção. Eu não queria infringir a lei", disse Griner em inglês, de acordo com uma das advogadas da atleta americana. Aleksandr Boikov, outro defensor da esportista, disse que os cartuchos do cigarro eletrônico apareceram na bagagem de Griner "por descuido".

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Durante os últimos quatro meses, a jogadora aguardou pelo julgamento em detenção. A punição de Griner pode chegar a 10 anos de prisão. Em carta endereçada à Casa Branca nesta semana, Brittney Griner pediu que o governo norte-americano, através do presidente Joe Biden, a ajude a reconquistar a liberdade.

"Estou aterrorizada por poder ficar aqui para sempre. Sou consciente de que (Joe Biden) está atarefado com muitas coisas, mas, por favor, não se esqueça de mim e dos outros americanos presos. Por favor, faça tudo o que pode para me levar para casa. No dia 4 de julho, nossa família normalmente honra o serviço dos homens que lutaram pela nossa liberdade, incluindo meu pai, que é um veterano da Guerra do Vietnã. Me dói pensar como comemorar normalmente este dia, por que a liberdade significa algo completamente diferente para mim este ano", escreveu Griner em um trecho da carta.

O flagrante aconteceu no dia 17 de fevereiro, cerca de uma semana antes da invasão russa na Ucrânia. A prisão da atleta enfraquece ainda mais a relação entre os países. Além disso, Griner pode ser utilizada como "moeda de troca" para possibilitar a libertação de presos russos nos Estados Unidos. O uso recreativo de cannabis é permitido no Arizona, estado americano em que a jogadora atua.

QUEM É BRITTNEY GRINER?

A atleta de 31 anos foi campeã da WNBA em 2014 pelo Phoenix Mercury e bicampeã olímpica pelos Estados Unidos (nos Jogos do Rio-2016 e Tóquio). Brittney Griner é a mulher com mais enterradas na história da liga feminina, com 17 na temporada regular, cinco no All-Star Game e uma vez nos playoffs.

Mesmo sendo considerada uma das maiores jogadoras da história, a atleta estava no país para participar da temporada russa de basquete, pelo UMMC Ekaterinburg. É comum que jogadoras americanas participem de outras ligas durante a intertemporada da WNBA. Isso acontece, principalmente, pelos baixos salários. Enquanto estrelas do basquete masculino, como Stephen Curry, LeBron James e Kevin Durant, ganham cerca de US$ 40 milhões (cerca de R$ 209 milhões) por ano, o teto da liga feminina fica em torno de US$ 228 mil (R$ 1,1 milhão) por temporada.

Um empresário pernambucano do ramo de exportação de frutas foi preso em flagrante, nessa terça-feira (5), com armas e drogas em um condomínio na Zona Sul de Natal, no Rio Grande do Norte. Ele era procurado pela Justiça Federal da Bahia.

O acusado, de 23 anos, tinha um mandado de busca e apreensão e um de prisão em seu desfavor. Ele foi autuado por policiais federais no bairro de Ponta Negra, com duas pistolas calibre 380, munições, documentos falsos, veículos e relógios de luxo, joias e maconha.

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Durante o interrogatório, o empresário permaneceu calado na maior parte do tempo, mas chegou a negar qualquer envolvimento com o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas, segundo a PF.

Encaminhado à superintendência da Polícia Federal, onde ficou à disposição da Justiça, ele vai responder pelos crimes previstos no Estatuto do Desarmamento e na Lei Antidrogas.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou a maior apreensão em quantidade de droga do ano de 2022. Foram 16,1 toneladas de maconha apreendidas na madrugada do sábado, 11, em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. O casal que transportava a droga - um homem de 29 anos e uma mulher de 41 anos - foi preso no km 30 da rodovia estadual MS-164 em um veículo com placa de São Paulo.

Segundo a PRF, o homem disse que transportava soja, mas deu respostas contraditórias às perguntas dos policiais e demonstrou um nervosismo exagerado com a abordagem policial.

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Após os policiais dizerem que realizariam vistoria no semirreboque, o condutor confessou que transportava produtos ilícitos junto à carga de soja.

O homem disse, ainda segundo a polícia, que receberia R$ 10 mil para levar a droga até Santos (SP). Já a mulher negou saber da existência da droga.

O valor da droga apreendida ultrapassa R$ 34 milhões.

Ponta Porã fica na fronteira com Paraguai, a 316 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

Usada oficialmente no País como tranquilizante anestésico para animais de grande porte, como cavalos, a cetamina (ou ketamina) tem crescido como droga popular para uso recreativo e aplicação de golpes do tipo "boa noite, Cinderela", em que criminosos drogam a vítima para praticar roubos e outros delitos. O Estado de São Paulo teve alta de 78,94% nos exames toxicológicos que detectaram a substância entre 2019 e 2021, segundo dados da Polícia Técnico-Científica obtidos pelo Estadão via Lei de Acesso à Informação. Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elevou o grau de risco do produto.

Em 2013, apenas cinco exames feitos pela Polícia Técnico-Científica apontaram ketamina. Já em 2022 foram 34 de janeiro a abril. O aumento no uso e nas apreensões tem sido gradual e atingiu o pico no ano passado, com 102 testes positivos para a droga, só entre casos oficialmente registrados. Em 2019, haviam sido 57. Os números são referentes a provas coletadas em investigações da polícia e enviadas aos institutos de Criminalística e Médico-Legal. Na prática, significa o aumento de apreensões de material do tráfico e de exames das vítimas de abuso.

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Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou o status da ketamina e da escetamina na lista de substâncias controladas. Com isso, ela "subiu" um degrau na classificação de perigo e saiu da C1, de "substâncias sujeitas a controle especial", para a B1, de "psicotrópicas" e "sujeitas à notificação de receita 'B'". O órgão disse que a mudança foi motivada "pela necessidade de maior controle" e para "possibilitar o aperfeiçoamento de medidas de combate ao seu uso irregular/recreativo como droga de abuso".

A diferença entre uma lista e outra também é vista no tipo de receita necessária para adquirir o produto. A nova versão exige, além de dados básicos do comprador, fornecedor e emitente, especificações sobre quantidade, forma farmacêutica, dose e posologia indicadas. Essas distinções entre o "tamanho" da dose e a forma da substância são, além do óbvio consentimento, o que diferencia o uso da ketamina para fins recreativos ou para golpes de abuso. No primeiro caso, a quantidade é menor e em pó branco ou colorido, a depender da presença de um corante; no segundo, a dosagem é maior e costuma ser na forma líquida, de fácil dissolução em drinques e bebidas.

"O usuário de forma recreativa utiliza menos, se prepara e fica em ambiente protegido com os amigos. No uso criminoso, a quantidade é maior e a vítima está despreparada, o que faz ela confundir os sintomas com passar mal. O criminoso já atua ao lado para fingir que presta apoio", diz Alexandre Lehart, perito criminal do Núcleo de Análise Instrumental da Polícia Técnico-Científica. "Em qualquer contexto, a ketamina apresenta sérios riscos e é perigosa, por isso tem de ser controlada."

SUBNOTIFICAÇÃO

Em agosto de 2020, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou as primeiras fases da Operação Hypnos. Batizada em alusão ao deus grego do sono, a investigação identificou e prendeu membros de uma quadrilha conhecida por agir em bares, baladas e restaurantes aplicando o golpe do "boa noite, Cinderela" com a ajuda da ketamina. Roberto Monteiro, delegado da 1.ª Seccional Centro, diz que a região sofreu simultaneamente aumento e mudança na forma dos crimes com a pandemia.

"Com a restrição de circulação, tornaram-se comuns os encontros dentro de casa. Sem a possibilidade de ir a locais públicos, muitos acabaram se relacionando por redes sociais e aplicativos, convidando os autores de crime para dentro das suas residências", afirma ele.

Segundo Monteiro, "houve bastante apreensão de ketamina" na pandemia, o que pode significar aumento no tráfico e desvio da droga. "Isso facilitou para o marginal. Também tivemos muitos casos envolvendo pessoas da comunidade LGBTI+, que são mais vulneráveis nesse sentido." Em uma ocorrência, conta, a vítima perdeu mais de R$ 150 mil via Pix e o roubo de TV, notebook e até roupas de grife. É comum que casos de "boa noite, Cinderela", com ou sem ketamina, sejam subnotificados. O caráter noturno e/ou sexual do golpe é agravante de culpabilização da vítima, que fica desconfortável para denunciar, por medo de ser desacreditada.

Álvaro Pulchinelli, toxicologista do laboratório Fleury Medicina e Saúde, conta que isso dificulta ainda mais os diagnósticos. "Às vezes a pessoa fica na dúvida se teve contato com a substância, mesmo sem prestar queixas. Chega confusa e constrangida, porque é uma violência", diz, acrescentando notar "aumento de substâncias como a ketamina". A "vida útil" para ela ser identificada em exames é curta. Entre 2 e 6 horas após entrar no organismo, não está mais no sangue. Costuma durar mais na urina, mas não ultrapassa três dias, a depender do tanto ingerido e do metabolismo.

Delegados ouvidos pelo Estadão dizem que a ketamina vem de outros países, mas usuários e peritos relataram que há a compra direta em lojas de produtos veterinários e agrários, com desvios de receita ou da própria substância. Em nota, a Polícia Federal disse não ter encontrado a substância em nenhum exame toxicológico feito pela instituição.

Já a Anvisa afirma que "não foi localizado registro legal e válido de medicamento contendo a substância" no Brasil. Acrescenta que, com a inclusão na lista B1, a numeração dos receituários - que têm modelo oficial - é concedida pelo órgão sanitário local, o que facilita o monitoramento.

'ILUSÃO'

Apesar de não ser exclusiva desses espaços, a ketamina é popular nas baladas de música eletrônica por São Paulo, onde é conhecida como "keta", "key", "keyla" ou, se misturada com cocaína, como "c.k." ou "calvin klein". Assim Yan (nome fictício), de 52 anos, foi apresentado à droga. "Já conhece a keyla?", indagou um amigo em uma balada na Lapa, zona oeste paulistana.

A primeira droga que tomou foi a "balinha" (ecstasy), mas ele conta que depois de um tempo não sentia mais efeito. Aí resolveu provar a ketamina. "No início, o efeito das luzes e do som era maravilhoso. Mas é tudo uma ilusão, né?", conta.

Na última década, foram três overdoses por cocaína. "Não sei como sobrevivi." Ele conta só escapar do vício de ketamina quando não está em São Paulo, onde o acesso à droga é mais fácil. "Às vezes tenho esses 'starts' de jogar fora (vidros de ketamina). Alguns amigos até falam 'louco, desperdiçando dinheiro!'" Ele diz pagar de R$ 250 a R$ 350 em um vidro com 50 ml do produto no estado líquido, que ele transforma em pó. Nas baladas, um pacote de 1g da droga já solidificada e pulverizada chega a R$ 100. É possível encontrá-la em cores diferentes, com adição de corantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma mulher grávida foi presa, neste domingo (5), tentando entrar com drogas na Cadeia Pública de Gravatá. Ao receberem a denúncia, policiais militares da 5ª CIPM foram até a área próxima à unidade, e localizaram a suspeita na rua 4 de Outubro, no bairro Jucá.

Foi feita a busca por uma policial feminina e nada de ilícito foi encontrado. No entanto, ela acabou revelando que estava grávida e tinha escondido drogas em sua vagina. O policiamento conduziu a envolvida para a UPA da cidade, onde o médico de plantão realizou o procedimento de retirada de uma embalagem com 72g de maconha.

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Segundo a mulher, a droga seria entregue a seu companheiro, que está preso. O material apreendido e a suspeita foram entregues na delegacia da cidade, para a adoção das medidas legais.

Com informações da assessoria da Polícia Militar de Pernambuco

No final da tarde dessa segunda-feira (30), a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante uma idosa, de 68 anos, conhecida como “vovó do pó”, pelo crime de tráfico de drogas.

Segundo a delegacia, a investigada realizava o tráfico de drogas no bar que fica no interior do lote onde reside a envolvida, situado na região do Sol Nascente.

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Policiais identificaram um usuário que havia acabado de comprar uma porção de crack da traficante no lote da investigada, onde houve a abordagem dos envolvidos e a idosa foi presa em flagrante.

Após ser realizada uma varredura no local, foram apreendidas quatro porções de crack e R$ 81, em espécie.

“Vale destacar que a investigada já foi presa anteriormente pela equipe da 19ª DP e já tinha antecedentes criminais pelo mesmo crime desde o ano de 1984. Atualmente a idosa estava em prisão domiciliar e em razão do flagrante, ela foi recolhida à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça”, explica o delegado-adjunto da 19ª DP, Thiago Peralva.

Da assessoria da PCDF

Um bebê de três meses foi encontrado morto dentro de casa, na Zona Rural de Aliança, Mata Norte de Pernambuco. Os pais teriam confessado que haviam consumido drogas e deixado ele sob os cuidados dos outros três filhos.

A Polícia Militar (PM) foi acionada após receber uma denúncia nesse sábado (21) e autuou os pais em flagrante. Eles foram indiciados por abandono de incapaz.

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Conforme a equipe que atendeu à ocorrência, a mulher, de 31 anos, e o homem, de 21, confessaram que usaram drogas e deixaram as crianças em casa. Quando voltaram, o bebê estava morto.

"O casal teria consumido bebida alcoólica e usado entorpecentes durante todo o dia e saiu de casa, deixando quatro filhos sozinhos", comunicou a Polícia Civil..

As idades das outras três crianças não foram reveladas. Elas foram acolhidas pelo Conselho Tutelar. O corpo do bebê foi encaminhado ao Instituto Médio Legal (IML), no Recife, que vai investigar a causa da morte.

Os pais foram levados à Delegada de Goiana, onde ficaram à disposição da Justiça.

Um colombiano, de 46 anos, aproveitou a viagem de lua de mel no Recife para transportar 6,5 quilos de cocaína. A droga foi descoberta e o homem preso no Aeroporto do Recife na última sexta-feira (13).

O suspeito estava acompanhado da esposa e do filho de dois anos. Eles casaram no dia 23 de abril deste ano e escolheram a capital pernambucana para comemorar o matrimônio.

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De acordo com a polícia, os agentes realizavam os trabalhos de fiscalizaçao quando abordaram o casal. Durante a revista da bagagem do homem, os policiais encontraram o entorpecente.

O colombiano disse que pegou as malas em Medelín e levaria a droga até Zurique, na Suíça. Disse também que receberia o valor de US$ 5 mil dólares (cerca de R$ 25 mil) por mala deixada no país europeu.

A mulher também foi ouvida, mas não foi comprovada sua participação no crime. Ela, inclusive, reagiu de forma agressiva contra o marido sendo preciso ser contida pelos policiais quando tomou conhecimento da existência de droga nas bagagens.

O homem, que já foi preso no seu país por adulteração de um chassis de carro, foi atuado por tráfico interestadual de entorpecentes e caso seja condenado poderá pegar penas que variam de 5 a 15 anos de reclusão. Além da droga os agentes apreenderam dois aparelhos celulares, passagens aéreas, diversos documentos e 935 euros, 3 dólares e 19 mil pesos colombianos.

O atacante Jobson, com passagens por clubes como Botafogo, Atlético-MG e Bahia, foi levado a uma delegacia na quinta-feira, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, devido a uma investigação a respeito de tráfico de drogas na região. Policiais do 33º BPM encontraram dois suspeitos em uma casa com 16 trouxinhas de maconha e 12 pinos contendo pó branco.

Durante a abordagem, um dos detidos recebeu uma mensagem de Jobson no celular em que o atacante dizia que estava levando arma e drogas da cidade do Rio para Angra dos Reis. Depois da ação na casa, os policiais localizaram o jogador e levaram os três à 166ª DP. Jobson foi liberado e não estava com posse de armas ou drogas. Os outros dois suspeitos foram presos.

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Jobson acumula um longo histórico de problemas nos últimos 15 anos. Depois de testar positivo para cocaína em exame antidoping em 2009 e ficar seis meses fora do futebol, foi novamente punido por ter se recusado a realizar outro teste quando atuava na Arábia Saudita, em 2014. Em 2011, já no São Caetano, foi acusado de agredir a mulher. Também foi detido por desacato em uma blitz no ABC. Antes desse episódio, ele havia "desaparecido" do clube por 15 dias.

Em 2016, a Polícia Civil prendeu Jobson sob acusação de estuprar quatro adolescentes em Conceição do Araguaia, no Pará. Jobson foi detido em sua chácara, em Couto Magalhães, no Tocantins. Em setembro do mesmo ano, Jobson foi liberado mediante o pagamento de fiança, mas descumpriu pelo menos duas das medidas impostas pela Justiça na época e retornou à cadeia em junho do ano seguinte.

Em agosto de 2017, foi novamente solto, sob monitoramento de uma tornozeleira eletrônica, mas deixou a área estabelecida em diversas oportunidades e, por isso, foi mais uma vez detido já em setembro. Por vários clubes, também enfrentou casos de indisciplina.

Jobson, de 34 anos, começou sua carreira no Brasiliense e passou também por Santa Maria-DF, Jeju United, da Coreia do Sul, Botafogo, Atlético-MG, Bahia, Grêmio Barueri, São Caetano, Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Brasiliense, Portuguesa-RJ, Independente-PA, Campinense e União Cacoalense.

A polícia da Suíça informou, nesta quinta-feira (5), que apreendeu mais de 500 quilos de cocaína proveniente do Brasil em sacos de grãos de café entregues a uma fábrica da Nespresso.

Os trabalhadores da fábrica em Romont (leste do cantão suíço de Friburgo) alertaram às autoridades, na segunda-feira, sobre um misterioso pó branco encontrado em sacos de grãos de café, indicou a polícia.

Funcionários da fabricante de cápsulas de café, que é de propriedade da Nestlé, relataram que encontraram "uma substância branca indeterminada quando abriram os sacos recém entregues de grãos de café", segundo a polícia de Friburgo.

As análises da polícia determinaram que a substância era cocaína.

Segundo as investigações iniciais, o envio veio do Brasil, assinalou a polícia.

As autoridades acrescentaram que a cocaína apreendida tem 80% de pureza e um valor de mercado de mais 50 milhões de francos suíços (51 milhões de dólares).

As buscas em cinco contêineres "entregues no mesmo dia por trem resultou na apreensão de um total de 500 quilos da droga", acrescentaram.

Além disso, a polícia informou que um perímetro de segurança foi montado em torno da fábrica durante a operação, que contou com a participação de um contingente de funcionários alfandegários.

As unidades que continham a droga foram isoladas e a substância não contaminou a produção da fábrica, segundo o comunicado das autoridades.

"Toda a droga estava destinada ao mercado europeu", concluiu a polícia suíça.

Um homem foi preso pela Polícia Civil por dar bebidas alcoólicas e drogas a um menor de idade e incitá-lo a praticar sexo com um morador de rua, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (27).

 Segundo a polícia, as investigações apontaram que o ato foi filmado e postado em redes sociais e aplicativos de mensagem. Diante dos fatos, o acusado recebeu um mandado de prisão.

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O acusado irá responder pelos crimes de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente.

Ele também será acusado de vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.

A doleira Nelma Kodama e o seu ex-namorado, o advogado Rowles Magalhães, eram a "alta cúpula da organização criminosa" que fazia parte de um esquema de tráfico internacional de cocaína estabelecido entre Brasil e Portugal desarticulado na terça-feira, 19, pela Polícia Federal, após um ano e dois meses de investigação. Ainda segundo o delegado responsável pelo caso, Adair Gregório, os dois presos "passavam a imagem, na sociedade, de terem uma atividade lícita e bem-sucedida".

A PF deflagrou, no início da manhã desta terça-feira, uma operação que teve como alvo o tráfico internacional de cocaína. A cidade de Salvador era uma rota obrigatória. No aeroporto da capital baiana, pousavam aviões acondicionados com droga em São Paulo que voavam para Portugal. O grupo criminoso teria feito, pelo menos, cinco viagens entre os continentes.

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Batizada de "Descobrimento", a operação expediu 43 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos em cinco Estados brasileiros. Sete pessoas foram presas preventivamente em São Paulo, Mato Grosso e Pernambuco. Outras duas pessoas foram detidas em Portugal. Entre elas, está a doleira Nelma Kodama, encontrada em um hotel de Lisboa.

Em 2014, Nelma já havia sido presa, no âmbito da extinta operação Lava Jato, com 200 mil euros escondidos na calcinha, em Milão, na Itália. Ex-namorado de Nelma, o advogado Rowles Magalhães foi preso em São Paulo.

A defesa dos dois, feita pelo advogado Adib Abdouni, afirmou ao Estadão que a prisão do ex-casal se "baseia na necessidade de que os dois se mantenham em cárcere, porque viajam frequentemente ao exterior, mas que a princípio, não há elementos para a manutenção da prisão, que pode ser substituída por medidas diversas". Nelma deve ser extraditada para o Brasil, mas ainda não há data para que isso ocorra.

De acordo com a PF, o grupo criminoso era formado por doleiros, fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação, transportadores responsáveis pelos voos e pessoas que abriam a fuselagem das aeronaves para esconder o entorpecente. As investigações para frear o tráfico internacional de drogas tiveram início em fevereiro do ano passado, quando policiais identificaram a presença de 595 quilos de cocaína escondidos em diferentes partes da fuselagem de uma aeronave. Naquela manhã, o avião apresentou panes elétricas depois de pousar em Salvador, vindo de Jundiaí, em São Paulo. O jatinho seguiria voo para Portugal em seguida.

Depois da pane, a Polícia Federal localizou os quilos de entorpecente que provocaram o problema elétrico, segundo Adair Gregório. A empresa portuguesa de táxi aéreo proprietária do avião, não é relacionada, até o momento, ao esquema de tráfico internacional de drogas. O piloto da aeronave chegou a ser ouvido pela polícia, mas nenhum vínculo entre ele e a cocaína alocada na fuselagem foi encontrada.

Tráfico continuou depois da apreensão

As investigações apontam que a responsável direta pela droga era uma facção criminosa paulista - o nome não é compartilhado pela PF. Mas o delegado Adair Gregório suspeita que haja envolvimento de outras facções brasileiras, pois a droga apreendida em fevereiro de 2021, em Salvador, estava prensada com "várias logomarcas".

"Existem alguns casos em que as drogas são exclusivas de uma facção e outros casos em que há um consórcio de pessoas que contratam a aeronave para levar a droga", afirmou o delegado.

A aeronave onde os policiais identificaram os quase 600 quilos de cocaína, um jato executivo Dessault Falcon 900, já tinha despertado a suspeita da PF em um voo que teve escala em Fortaleza, em 2020. "Ela chegou a ser abordada, mas não foi localizada a cocaína", conta Adair Gregório. A pane elétrica identificada no jatinho foi fundamental para o desmonte do grupo criminoso.

Os criminosos teriam realizado, pelo menos, cinco viagens entre Europa e Brasil para fazer o transporte de drogas antes da apreensão da PF no Aeroporto Internacional de Salvador. A capital foi escolhida como rota, afirma Gregório, pela localização territorial. "É onde os aviões costumam parar para reabastecer. Mas eles não permaneciam na Bahia por longos períodos", afirmou.

No Estado, os policiais bateram à porta de um doleiro que atuava em Vitória da Conquista. As investigações o identificaram como um dos responsáveis pela movimentação financeira do grupo. Ele seria a pessoa indicada por pagar os voos que partiam de São Paulo com destino à Europa. A PF não informou quantos e quais materiais foram apreendidos na casa dele.

A PF teve apoio, ao longo das apurações, do Ministério Público Federal (MPF), da Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos e da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária de Portugal.

Ex-secretário de Estado de Mato Grosso é preso

O ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso e também ex-prefeito de Glória D’Oeste, região de fronteira com a Bolívia por Mato Grosso, Nilton Borgatto, também foi preso na manhã desta terça-feira, 19, na operação "Descobrimento" da Polícia Federal. Segundo a PF, ele era uma peça curinga dentro da estrutura da quadrilha internacional.

Borgatto também era peça importante no cenário político no Estado. Antes de ser eleito prefeito por dois mandatos, ele foi secretário municipal em Porto Esperidião (2001/2008) também na região de fronteira da Bolívia. Entre 2017/2019, foi assessor especial do então vice-governador Carlos Fávaro.

Em março deste ano ele foi um dos secretários de Estado que se desincompatibilizou do cargo para disputar as eleições de outubro. E, desde então, já se declarava pré-candidato a deputado federal.

O PSD soltou nota informando que vai aguardar as investigações. O diretório do partido informa que: "tomou conhecimento das medidas judiciais contra o ex-secretário Nilton Borgato na manhã desta terça-feira (19), através da imprensa". Ainda segundo a nota, o "PSD vai aguardar o desenrolar das investigações, respeitando o direito de ampla defesa, assegurado pela Constituição Federal, antes de tomar qualquer decisão". O governador Mauro Mendes não quis comentar a prisão.

Borgatto foi preso em seu apartamento, num prédio de luxo na região central de Cuiabá. Foi ouvido no inquérito da PF e levado para exame de corpo de delito. Em seguida foi para o Centro de Custódia da capital onde aguardará audiência.

No apartamento, a polícia encontrou R$ 29,3 mil, US$ 4 mil e diamantes acondicionados em saquinhos zip lock, debaixo do colchão da cama.

O advogado de defesa do ex-secretário, Luiz Derze, afirmou que fará um estudo completo do processo para identificar qual medida judicial irá adotar. "Pode ser um habeas corpus ou um pedido de revogação da prisão", disse ele, acrescentando que "qualquer encaminhamentos que possa adotar será depois de uma análise com calma".

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 19, uma operação batizada "Descobrimento" para desarticular suposta organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína entre Brasil e Portugal. A apuração teve início após agentes apreenderem mais de 500 quilos da droga escondidos na fuselagem de um jato português que pousou na Bahia.

Agentes cumprem 46 ordens de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva nos dois países. No Brasil, as diligências são realizadas nos Estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Já em Portugal, a polícia vasculha três endereços e executa duas ordens de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

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Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa. A Justiça Federal ainda decretou o sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.

De acordo com a PF, as apurações foram iniciadas em fevereiro de 2021, com a apreensão de cocaína escondida na fuselagem de um jato executivo Dassault Falcon 900. A aeronave, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, havia pousado no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento.

A Polícia Federal afirma que conseguiu, a partir da apreensão, identificar a estrutura da organização criminosa sob suspeita. De acordo com os investigadores, o grupo é composto por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).

Ao longo das apurações, a PF contou com o apoio do Ministério Público Federal, da Drug Enforcement Administration - a Agência de combate às drogas dos Estados Unidos -, e da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) apreendeu 450 quilos de crack e prendeu uma pessoa, em Teodoro Sampaio, no Estado de São Paulo, nesta segunda-feira (18). A apreensão gera um prejuízo de mais de R$ 20 milhões ao crime organizado.

A droga estava dividida em tabletes e foi localizada dentro de um avião agrícola, utilizado para aplicar veneno em lavouras.

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A aeronave e um carro utilizado durante o crime foram apreendidos pelos policiais. O motorista do veículo foi preso em flagrante, no momento em que descarregava a droga do avião para o carro.

Durante as investigações, a PCPR apurou que o principal suspeito do crime seria o piloto da aeronave. Ele e outras duas pessoas suspeitas de participarem da ação criminosa estão foragidos.

A atriz britânica Danniella Westbrook, 48 anos de idade, ficou noiva de David, um detento que a pediu em casamento na cadeia - vale lembrar que ela tem passado por diversas cirurgias nos últimos anos após ter o rosto desfigurado por uso abusivo de drogas, principalmente cocaína.

Segundo informações do Daily Mail e Daily Star, ela já passa uma longa temporada longe dos entorpecentes e tem feito tratamentos estéticos como botox e preenchimentos.

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O noivo de Danniella, David, tem 28 anos de idade, 20 anos a menos que ela, e os dois se conheceram em 2017 - dois anos depois ele foi preso.

Ele foi preso por produtos falsificados e teve uma briga com alguém, eu não fui ao tribunal nem nada, não estava com ele quando ele foi preso, isso foi quando nos separamos, explicou Danniella.

Eu o conheço há anos. Eu o conheci em 2017 na Espanha. Mas nós apenas mantivemos contato e ele foi preso no início de 2019 e pegou 9 anos e 9 meses [de prisão]. Ele vai para a casa no próximo ano, mas ainda tem 11 meses pela frente.

O pedido, por sua vez, foi feito dentro da prisão.

Ele me pediu em casamento, mas eu disse a ele para esperar até chegar em casa. Ele me pede o tempo todo [em casamento], ele até me pediu na prisão. Ele não se ajoelhou nem nada, mas ele é como nós vamos nos casar, você sabe.

A Polícia Federal e a Receita deflagraram na manhã desta quinta-feira (24) duas operações simultâneas para desarticular organizações criminosas especializadas no tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa. Batizadas Retis e Spiderweb, as ofensivas cumprem 17 mandados de prisão e vasculham 86 endereços em três Estados - Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, foi expedida ordem de bloqueio de cerca de R$ 55 milhões em contas dos investigados.

Segundo a PF, as quadrilhas sob suspeita têm vínculo direto com a máfia italiana, especificamente com um grupo da Calábria, "que contrata a logística executada pelos investigados em Paranaguá (PR) para enviar os carregamentos de cocaína até os portos da Europa, em especial o porto situado na região".

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A corporação diz ainda que as organizações criminosas alvos das operações deflagradas nesta manhã "se caracterizam pela extrema violência empregada em suas ações", com o envolvimento de seus integrantes em homicídios, sendo que o líder de um dos grupos foi executado a tiros.

As operações Retis e Spiderweb miram, em especial, integrantes das quadrilhas que atuam na parte operacional do esquema, com o depósito, transporte, e inserção de cocaína em navios com destino à Europa.

Os investigadores apontam que os grupos remetiam os carregamentos de droga a partir do Porto de Paranaguá (PR), por meio de "métodos variados" - os quais incluíam a inserção da droga por mergulhadores em compartimento submerso do navio ("sea chest") e também a ocultação da cocaína em cargas lícitas de madeira, suco de laranja e açúcar. O grupo também escondia a droga em contêineres sem conhecimento do exportador.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2019, sendo que, desde então, as autoridades apreenderam 21 toneladas em cocaína, em cera de 80 diligências realizadas no Brasil e no exterior. A corporação mira nos crimes de tráfico internacional de drogas, pertinência a organização criminosa e associação para fins de tráfico.

Durante as apurações, a PF realizou, junto com as autoridades da França, duas entregas controladas, que levaram os investigadores a acompanhar o recebimento da cocaína em solo europeu. Com tais diligências foi possível identificar o grupo criminoso responsável pela retirada da droga no Porto de Le Havre, com a consequente prisão dos envolvidos e apreensão de pistolas e fuzis, além da droga remetida.

A Polícia Federal informou que as ofensivas abertas na manhã desta quinta são um desdobramento da Operação Enterprise, que foi deflagrada em novembro de 2020 em diferentes Estados e no exterior contra um "conglomerado" de traficantes internacionais de drogas.

Dois homens foram presos com 85 big bigs e 805g de maconha nessa terça-feira (22), em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. A droga foi apreendida quando a Polícia Militar (PM) cumpria o mandado de prisão contra um dos envolvidos. 

Com a chegada dos policiais à Rua Radialista Fernando Castelão, o suspeito com a ordem judicial em seu desfavor tentou fugir, mas foi capturado na laje do imóvel.

A droga foi encontrada dentro da casa junto com uma balança de precisão e R$ 101,00. Diante do flagrante, a dupla foi conduzida à Central de Plantões da Capital, onde ficou à disposição da Justiça.

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Traficantes e usuários de drogas deixaram a região conhecida como Cracolândia, na Luz, ao longo deste final de semana e se espalharam por outros pontos do centro da cidade de São Paulo. O local de maior concentração agora é Praça Princesa Isabel, distante menos de um quilômetro.

Moradores e trabalhadores da região relatam que a concentração - o chamado "fluxo" - no quadrilátero da rua Helvétia, alamedas Dino Bueno e Cleveland e a praça Júlio Prestes já vinha diminuindo nos últimos dias. De acordo com monitoramento da Prefeitura, a região recebia um fluxo médio de 527 pessoas por dia. Em fevereiro, o número caiu para 397.

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O esvaziamento rápido, no entanto, surpreendeu até os moradores. Nesta segunda-feira, 21, as ruas amanheceram praticamente vazias. Moradores ocuparam a praça, conhecida como Praça do Cachimbo, no final da tarde.

"Tivemos um dia que podemos comemorar. Tivemos a saída dos traficantes da praça neste final de semana e no dia de hoje", afirmou Alexis Vargas, secretário executivo de Projetos Estratégicos da Prefeitura de São Paulo. "Não dá para dizer que acabou a Cracolândia. Tivemos um final de semana e uma segunda-feira sem a presença de usuários, mas é a vitória de uma batalha. Tem muita guerra pela frente ainda", afirmou.

Vargas nega que a Cracolândia esteja se transferindo para a Praça Princesa Isabel. Outro local que vem registrando aumento de usuários e traficantes é o túnel de interligação entre as avenidas Paulista e Rebouças. "Um contingente foi para a Praça Princesa Isabel, mas o local não chega a ter 100 pessoas. Alguns traficantes estão tentando se instalar ali, mas estamos monitorando esse e outros pontos, como o túnel que liga a Avenida Paulista com a Rebouças. Não adianta fazer uma lista. Isso é dinâmico. A gente não vai deixar eles se acomodarem em nenhum outro ponto", promete o secretário.

Nos últimos meses, a Prefeitura e o Governo Estadual vinham intensificando as ações de segurança na região. Desde janeiro de 2019 até o dia 28 de fevereiro, às forças de segurança estaduais informam a apreensão de mais 3,8 toneladas de drogas e 48,3 litros de drogas líquidas na região. No mesmo período, foram apreendidas 18 armas de fogo, 111 facas, 522 munições de diversos calibres, 446 balanças de precisão e mais de R$ 900 mil em notas e moedas.

Entidades de assistência social alertam que o espalhamento dos usuários de substâncias psicoativas pode dificultar o oferecimento de cuidados básicos de saúde e ações de redução de danos do uso de drogas, como oferecimento de anticoncepcionais para as mulheres.

O padre Julio Lancelotti vê com estranheza o esvaziamento. "É um vazio repentino e não se deve a nenhuma intervenção social do Estado ou da Prefeitura. O fluxo foi pulverizado, desde a Praça Princesa Isabel até outros locais do centro. O repentino vazio sugere algum acordo com o tráfico e agentes públicos. Precisamos esclarecer o que está por trás desse repentino e inexplicável vazio", afirmou o líder da Pastoral do Povo de Rua em São Paulo.

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