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Os indicados à 90ª edição dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos foram anunciados nesta terça-feira (23), com "A forma da água", "Dunkirk" e "Três anúncios para um crime" liderando as apostas.

Além das indicações, há outros dados e números curiosos que chamam a atenção.

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Veja cinco deles.

- Mulheres também fazem filmes -

Os mais de 6 mil votantes da Academia se lembraram, neste ano, que as mulheres também fazem filmes.

Greta Gerwig, diretora de "Lady Bird: É hora de voar", é a única mulher indicada na categoria de direção neste ano e a quinta na história dos Oscar.

Apenas uma já ganhou, Kathryn Bigelow, em 2010, por "Guerra ao Terror". Desde então, nenhuma outra mulher concorreu.

Já Rachel Morrison é a primeira mulher a ser indicada para melhor direção de fotografia, por "Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi".

- Mais diversidade -

Com "Corra!", Jordan Peele se tornou o terceiro cineasta indicado ao mesmo tempo nas categorias de melhor filme, direção e roteiro em sua primeira produção.

Peele, que usou o gênero de terror para denunciar o racismo, é ainda o quinto negro a ser indicado a melhor diretor, após John Singleton ("Os Donos da Rua"), Lee Daniels ("Preciosa"), Steve McQueen ("12 anos de escravidão") e Barry Jenkins, com "Moonlight", que ganhou o prêmio de melhor filme.

Denzel Washington foi indicado pela oitava vez por "Roman J. Israel, Esq.". Ele é o ator negro com maior número de indicações e ganhou em duas ocasiões - "Tempos de Glória" e "Dia de Treinamento".

A rapper Mary J. Blige conseguiu duas indicações: de melhor atriz coadjuvante e melhor canção, por "Mighty River", ambas por "Mudbound: lágrimas sobre o Mississipi".

- Blackjack para Streep -

Meryl Streep aumentou seu recorde de intérprete mais indicada ao Oscar na história, ao concorrer pela 21ª vez por "The Post: a guerra secreta", de Steven Spielberg, que entrou apenas em duas categorias.

Ela tem três estatuetas em casa: "Kramer vs. Kramer" (1979), "A Escolha de Sofia" (1982) e "A Dama de Ferro" (2011).

Já John Williams bateu sua marca de trilhas sonoras indicadas, concorrendo pela 46ª vez por "Star Wars - Os últimos Jedi", oitavo capítulo da saga.

Ao todo, são 51 indicações, inclusive cinco por canção original. Williams é a pessoa viva mais indicada e a segunda da indústria, atrás de Walt Disney, que recebeu 59.

- Da NBA ao Oscar -

A lenda da NBA Kobe Bryant, ganhador de cinco títulos com os Lakers, foi indicado por seu curta-metragem de animação "Dear Basketball", feito com Glen Keane e o compositor John Williams.

"O que? Isso vai além do reino da imaginação", tuitou Bryant, de 39 anos, após o anúncio.

- Surpresas -

Entre as maiores surpresas estão os indicados ao Globo de Ouro Armie Hammer ("Me chame pelo seu nome") e Hong Chau ("Downsizing"), que ficaram de fora do Oscar, assim como "Mulher Maravilha", que não entrou em nenhuma categoria.

"Mudbound: lágrimas sobre o Mississipi" e "Doentes de amor" ficaram de fora da categoria de melhor filme, embora tenham estejam concorrendo a prêmios.

Steven Spielberg ("The Post: a guerra secreta") e Martin McDonagh ("Três anúncios para um crime") não se classificaram para melhor direção, apesar de seus filmes estarem entre os mais aclamados do ano.

Nesta terça-feira (23), foram divulgados os indicados para o Oscar 2018, que chega a sua 90ª edição em meio a premiações marcadas por protestos, discursos e campanhas contra o assédio sexual em Hollywood. A entrega dos prêmios será realizada no dia 4 de março, e o apresentador escolhido para esse ano foi o comediante Jimmy Kimmel.

Entre os títulos que se destacaram entre as indicações está ‘A Forma da Água’, do diretor Guillermo Del Toro. O longa concorre em 13 categorias, entre elas a de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original, Melhor Atriz, com Sally Hawkins, Melhor Atriz Coadjuvante, com Octavia Spencer, Melhor Ator Coadjuvante, com Richard Jenkins e categorias técnicas.

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'Três Anúncios Para um Crime' vem logo atrás, com oito indicações, entre elas a de Melhor Filme, Melhor Diretor e duas indicações entre Melhor Ator Coadjuvante. 'Dunkirk' e 'Lady Bird' também se destacaram entre os indicados. O primeiro, dirigido por Christopher Nolan, está concorrendo em seis categorias, incluindo Melhor Filme.

Já Lady Bird, muito aclamado pela crítica, rendeu uma indicação para Greta Gerwig pela sua direção. Com isso, ela se tornou a quinta mulher a concorrer por esta categoria na história da premiação. O longa disputa também as estatuetas de Melhor Roteiro Original e Melhor Filme.

Confira a lista completa:

MELHOR FILME

"Dunkirk"

"Me chame pelo seu nome"

"O destino de uma nação"

"Corra!"

"Lady Bird - É hora de voar"

"Trem Fantasma"

"The Post - A Guerra Secreta"

"A forma da água"

"Três anúncios para um crime"

MELHOR DIRETOR

Martin McDonagh ("Três anúncios para um crime")

Jordan Peele ("Corra!")

Greta Gerwig ("Lady Bird: É hora de voar")

Paul Thomas Anderson ("Trem fantasma")

Guillermo del Toro ("A forma da água")

MELHOR ATOR

Timothée Chalamet ("Me chame pelo seu nome")

Daniel Day-Lewis (“Trem Fantasma")

Daniel Kaluuya ("Corra!)

Gary Oldman ("O destino de uma nação")

Denzel Washington ("Roman J. Israel, Esq.")

MELHOR ATRIZ

Sally Hawkins ("A forma da água")

Frances McDormand ("Três anúncios para um crime")

Margot Robbie ("Eu, Tonya")

Saoirse Ronan ("Lady Bird: É hora de voar")

Meryl Streep ("The Post - A Guerra Secreta")

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

"Lady Bird: É hora de voar" (Greta Gerwig)

"Doentes de Amor" (Emily V. Gordon e Kumail Nanjiani)

"Corra!" (Jordan Peele)

"A forma da água" (Guilermo Del Toro)

"Três anúncios para um crime" (Martin McDonagh)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

"Artista do desastre" (Scott Neustadter e Michael H. Weber)

"Me chame pelo seu nome" (James Ivory)

"A Grande Jogada" (Aaron Sorkin)

"Logan" (Scott Frank, James Mangold e Michael Green)

"Mudbound" (Virgil Williams and Dee Rees)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Willem Dafoe ("Projeto Flórida")

Woody Harrelson ("Três anúncios para um crime")

Richard Jenkins ("A forma da água")

Sam Rockwell ("Três anúncios para um crime")

Christopher Plummer ("Todo o Dinheiro do Mundo")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Mary J. Blige ("Mudbound")

Allison Janney ("Eu, Tonya")

Lesly Manville ("Trama Fantasma")

Laurie Metcalf ("Lady Bird: É hora de voar")

Octavia Spencer ("A forma da água")

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

"A fantastic woman" (Chile)

"The insult" (Líbano)

"Loveless" (Rússia)

"On Body and Soul" (Hungria)

"The Square" (Suécia)

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

“A bela e a fera”

“Blade Runner 2049”

"O destino de uma nação"

"Dunkirk"

“A forma da água"

MELHOR FOTOGRAFIA

“Blade Runner 2049” (Roger Deakins)

"O destino de uma nação" (Bruno Delbonnel)

“Dunkirk” (Hoyte van Hoytema)

“Mudbound” (Rachel Morrison)

“A forma da água” (Dan Laustsen)]

MELHOR FIGURINO

"A bela e a fera"

"O destino de uma nação"

"Trama Fantasma"

"A forma da água"

"Victória e Abdul"

MELHOR CANÇÃO

"Mighty river" (Mudbound)

Mystery of love ("Call me by your name")

"Remenber me" ("Viva - A vida é uma festa")

"Stand up for something" ("Marshall")

"This is me" ("O rei do show")

MELHOR TRILHA SONORA

"Dunkirk"

"Trama Fantasma"

"A forma da água"

"Star Wars: Os últimos Jedi"

"Três anúncios para um crime"

MELHOR EDIÇÃO

"Em ritmo de fuga"

"Dunkirk"

"Eu, Tonya"

"A forma da água"

"Três anúncios para um crime"

MELHOR MIXAGEM DE SOM

"Em ritmo de fuga"

"Blade Runner 2049"

"Dunkirk"

"A forma da água"

"Star Wars: Os últimos Jedi"

MELHOR EDIÇÃO DE SOM

“Em ritmo de fuga”

“Blade Runner 2049”

“Dunkirk”

“A forma da água”

“Star Wars: The Last Jedi”

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

“Dear Basketball”

"Garden Park"

“Lou”

“Negative Space”

“Revolting Rhymes”

MELHOR CURTA

"Dekalb Elementary"

"The 11 o' clock"

"My Nephew Emmett"

"The silent Child"

"Waty Wote/All of us"

MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO

“Heroin(e)”

“Edith + Eddie”

“Heaven is a traffic Jam on the 405”

“Knife Skills”

“Traffic Stop”

Christopher Nolan é um contador de histórias clássico. Seu cinema recorta o tempo e o espaço no qual o espectador precisa imergir, e o que se situa fora de seu traçado pode ser considerado dispensável à leitura. Exceções a obras cuja narrativa se desfragmenta sem traços de didatismo como “Following”, “Amnésia” e “Insomnia”. Mas, no geral, a verborragia de seus contos filmados, aliada à ditadura da trilha sonora e da montagem que embala seus longas, retira do espectador a experiência da aproximação e o aproxima à experiência da indução: este precisa sentir, entender, ver o que o cineasta previu ou pressentiu para o produto final.

O afã pelo tecnicismo, que invade até o desenvolvimento de storytellings e diálogos, faz irregular filmes que surgiram com as melhores das intenções como “A Origem” e “Interestellar”, no elixir do espírito ‘kubrickiano’ adaptado nas coxas pelo cineasta inglês. Mas Nolan, o comandante da recente trilogia do Cavaleiro das Trevas, já mostrou que experimentar faz parte de seu ofício e, após os últimos tentos duvidosos, traz aos cinemas uma narrativa beligerante que é um espetáculo extremamente bem concebido e executado.

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O cenário é a Segunda Guerra, num retrato do evento real em que quase 400 mil soldados britânicos estavam ilhados na cidade de Dunquerque, no norte da França, sob ataque incessante das forças armadas inimigas. “Dunkirk” propõe inserir o espectador no cenário da famosa evacuação, quando milhares de civis ingleses se lançaram ao mar em seus barcos particulares para ajudar no traslado das tropas, encurraladas na cidade francesa.

O filme é econômico quanto às explicações iniciais e investe no som e na fotografia inebriante do holandês Van Hoytema, cheia de tons azulados e um incômodo acinzentado, para ambientar a tensão e ameaça sofrida pelos protagonistas. Os diálogos surgem a conta gotas, até porque as intempéries se sucedem em ritmo alucinante nos três recortes do longa. Inclusive, a organização pseudo não linear da montagem é uma característica que adiciona ainda mais tensão à narrativa, já que isola camadas de dias, horas, minutos, de forma que estas se completem e intensifiquem a sensação de urgência das situações retratadas.

Hans Zimmer, o principal criador dos famosos efeitos sonoros de “A Origem”, novamente surge com sua trilha quase incessante, que parece querer ditar as emoções de quem assiste ao filme. Mas desta feita a edição de som e a direção falam mais alto, adicionando camadas riquíssimas à experiência cinematográfica: seja no ar com Tom Hardy e o rastro dos caças inimigos (em cenas filmadas com uma câmera Imax acoplada em um Spitfire real, realizando movimentos circulares); seja na água (com marinas gigantes fotografadas em planos abertos de tirar o fôlego e a ‘sutil visceralidade’ das atuações de Mark Rylance e Cillian Murphy), seja na terra (com locações, set pieces fidedignos e, também, ótimas atuações de nomes como Kenneth Branagh e de um estreante e surpreende Harry Styles, mais conhecido por ser ex-integrante do grupo One Direction).

Em “Dunkirk”, apesar de desaguar num terceiro ato levemente confuso, dada a escolha da montagem paralela, e em rusgas de seu melodrama moral, Nolan consegue subverter o didatismo e entregar ao público um panorama próximo ao que Clint Eastwood fez em seu duo “A Conquista da Honra” e “Cartas de Iwo Jima”, em que a guerra ganha contornos diferentes nos diversos pontos de vista - da câmera e dos personagens. Mas é inegável que sua preocupação mor é a imagem e os efeitos que ela evoca. Felizmente, o casamento da tecnologia com a gravação em película 70 mm faz do filme um convite ao mergulho no que de melhor o cinema blockbsuster atual pode oferecer.

O fato real ganha vida e suas peculiaridades se revelam em expressões pontuais no rosto de Mr. Dawnson - um pai que perdeu o filho na guerra e desde então resolveu lutar pela honra de seu país - na lágrima que surge sorrateira nos olhos do Comandante Bolton - responsável por lidar com a possível perda eminente de centenas de milhares de homens - e em todos os detalhes que o filme entrega sob a batuta de um Nolan muito mais razoável do que de atual costume.

No fim, Dunkirk se mostra um filme a ser assistido na melhor qualidade possível de exibição possível, pois está muito mais próximo de Kubrick e seu “2001: Uma Odisséia no Espaço” do que Nolan tentou estar em “Interestellar”. Não por similaridade narrativa, mas por grandiosidade técnica e que, de fato, merece ser contemplada. 

Apesar de seu último filme (Interestellar) não ter sido muito hegemônico entre a crítica, Christopher Nolan é um queridinho do público cinéfilo. Sua trilogia do Cavaleiro das Trevas e filmes como “Amnésia” e “A Origem” possuem um bom contingente de fãs que estão prontos para surtarem com “Dunkirk”. E o EstreiaJá desta semana vem para confirmar (ou não) essa tendência, já que o programa fala sobre o o novo filme do cineasta inglês, que estreia nessa quinta feira (27).

O EstreiaJá é apresentado pelo jornalista e crítico de cinema Rodrigo Rigaud e é publicado todas as quintas no Portal LeiaJá.

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Confira todos os detalhes no vídeo abaixo:

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Bombardeios, naufrágios e batalhas aéreas. O diretor britânico Christopher Nolan, conhecido por "A Origem", "Interestelar" e a trilogia de "Batman", se apropria de um capítulo pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial em seu novo filme, "Dunkirk".

Maio de 1940: 400.000 soldados britânicos estão cercados na praia francesa de Dunkerque, presos entre as tropas alemães e o mar, enquanto os aviões inimigos os bombardeiam para evitar que retornem ao seu país.

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Do outro lado do Mar do Norte, a Royal Air Force decide enviar várias equipes para defender as embarcações e os seus soldados desprotegidos. Paralelamente preparam uma operação ambiciosa e inédita: as autoridades britânicas enviam centenas de pequenos barcos, tripulados por civis, para socorrerem seus soldados.

Em nove dias, 338.220 soldados - em sua maioria britânicos, mas também franceses e belgas - foram evacuados em condições extremas pelos chamados "little ships".

Em seu filme, que estreou nos cinemas de grande parte do mundo na quarta-feira e no Brasil chegará às telas em 27 de julho, Nolan retrata esta operação conhecida como "Dínamo" ou a "Evacuação de Dunkerque".

Mais do que um filme de guerra, "Dunkirk" é, sobretudo, a história de uma fuga. "Um suspense de ação", "um filme sobre a sobrevivência", diz Nolan ao descrever este longa-metragem em que o inimigo, o alemão, é invisível até o último minuto.

Embora no elenco destaquem-se atores conhecidos - Cillian Murphy, Kenneth Branagh, Mark Rylance -, Nolan decidiu completar a equipe com caras novas, como Fionn Whitehead, Tom Glynn-Carne e a estrela do pop britânico Harry Styles.

- Caras novas -

"Milhares de jovens passaram pelos testes de elenco. Queríamos a todo custo caras novas, pessoas desconhecidas, mas paradoxalmente quem conseguiu o papel foi Harry. Não sabia que era tão conhecido!", admite Nolan sobre o cantor, que tem mais de 30 milhões de seguidores no Twitter.

Um dos integrantes do grupo One Direction interpreta um jovem soldado britânico desesperado para escapar de Dunkerque. "A atuação de Harry foi incrível", assegurou Nolan.

Diferentemente de quase todos os grandes diretores de Hollywood, Nolan evitou usar efeitos especiais em seu filme.

Insistiu em utilizar os locais reais onde tudo aconteceu, assim como verdadeiros navios de guerra, aviões da Segunda Guerra e muitos dos "little ships" originais que levaram os soldados sãos e salvos de volta à Inglaterra.

"Para mim era impossível gravar em outro lugar, sem importar as dificuldades que isso podia representar", contou o diretor, que para a filmagem fez com que restaurassem mais de um quilômetro do cais.

"O filme inteiro foi um desafio, não trabalhamos em condições normais", contou Styles à AFP antes da estreia na cidade de Dunkerque no domingo.

"Chris é muito visceral em sua forma de trabalhar, que pode ser intensa às vezes. É claro que não foi nada comparado com a verdadeira história [...] mas sim, foi difícil", acrescentou.

Durante um tempo, Nolan, conhecido por sua audácia técnica e narrativa, cogitou fazer "Dunkirk" "quase como um filme mudo", dando mais importância às imagens e aos efeitos de som em detrimento dos diálogos.

"Tentei fazer o cinema puro", com a ajuda de enormes câmeras Imax e rodado com grandes rolos de 70mm, duas vezes o tamanho do formato habitual, para fazer desta produção "uma experiência angustiante e real".

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