Foi aprovada no Plenário do Senado nesta terça-feira (12) a indicação do diplomata Eduardo Augusto Ibiapina de Seixas para o cargo de embaixador do Brasil junto à República de Chipre, a terceira mais populosa ilha do Mediterrâneo. A nomeação (MSF 48/2019) recebeu 51 votos favoráveis, 3 contrários e duas abstenções.
Ibiapina nasceu em 1954, em São Roque (SP). É formado em Ciências Econômicas no Centro Ensino Unificado de Brasília (CEUB), em 1978. Ingressou na carreira diplomática em 1976. Desde então, foi cônsul-geral em Paris e em Toronto, embaixador em Beirute e cônsul-Geral em Madrid. Desde 2015, é embaixador do Brasil em Bucareste.
##RECOMENDA##Em sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), em setembro, o diplomata destacou que o Chipre descobriu recentemente a terceira maior jazida de gás natural conhecida em todo o mundo (o campo Glafkos), e empresas brasileiras do setor podem se beneficiar das oportunidades que se abrem. Ele destacou também que empresas cipriotas já dispõem de um estoque de investimentos na economia brasileira que chega a U$ 645 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões).
República de Chipre
A República de Chipre, cuja capital é Nicósia, repousa na intersecção de três continentes, a Europa, do qual oficialmente faz parte, a Ásia e a África, tendo o grego como língua oficial. Em 1960, conquistou sua independência e em 2004 foi aceita na União Europeia. Estima-se que a população total gira em torno 1,2 milhão de pessoas, distribuídas em uma área total de 9,3 quilômetros quadrados.
Brasil e Chipre mantêm relações diplomáticas desde 1966, quando trocaram embaixadas cumulativas: a do Brasil, em Tel Aviv; a de Chipre, em Lisboa. Com o propósito de intensificar o diálogo e de expandir as relações econômico-comerciais, os dois países decidiram pela troca de embaixadas residentes: a criação oficial da Embaixada da República de Chipre em Brasília ocorreu em 4 de agosto de 2009; a Embaixada do Brasil em Nicósia foi criada em janeiro de 2010.
Já as relações comerciais entre os dois países vêm desde 2008, tendo saldo favorável ao Brasil de US$ 44,7 milhões. A situação superavitária do Brasil com o Chipre resulta principalmente das exportações de óleo combustível, sucedido pela exportação de tubos metálicos e café.
*Da Agência Senado