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O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, usou as redes sociais nesta quarta-feira (18) para exigir retratação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que mais cedo postou mensagem em que culpa o país pela pandemia do novo coronavírus. O representante de Pequim disse que o filho do presidente Jair Bolsonaro feriu a relação amistosa com o Brasil e "precisa assumir todas as suas consequências".

O embaixador publicou uma sequência de mensagens em que repudia a atitude do filho do presidente Jair Bolsonaro e menciona o chanceler Ernesto Araújo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês", disse o embaixador. A China é o principal parceiro comercial do Brasil.

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Em postagem no Twitter, Eduardo Bolsonaro republicou a mensagem de outro usuário que escrevera: "A culpa pela pandemia de coronavírus no mundo tem nome e sobrenome. É do Partido Comunista Chinês". O parlamentar ainda acrescentou uma comparação com o desastre nuclear de Chernobyl e disse que o governo de Xi Jinping, chamado por ele de "ditadura", escondeu a epidemia.

"Quem assistiu (sic) Chernobyl (filme sobre o desastre nuclear) vai entender o que ocorreu. Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. Mais uma vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas. A culpa é da China e liberdade seria a solução", escreveu o deputado.

Eduardo preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e tem influência direta na condução da política externa brasileira. Eduardo é declaradamente fã do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também havia se referido ao coronavírus como "vírus chinês".

O perfil oficial da embaixada chinesa no Twitter também protestou contra o filho do presidente: "As suas palavras são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Não deixam de ser uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus mental, que está infectando a amizade entre os nossos povos".

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 10, que deve trocar o embaixador do Brasil em Israel, cargo ocupado por Paulo Cesar de Vasconcellos.

Bolsonaro afirmou que "está no radar" indicar o coronel do Exército, da reserva, Paulo Jorge de Nápolis, ex-adido militar em Israel.

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"Não quer dizer que seja ele. O coronel está no radar. Foi adido militar por três anos lá", disse o presidente. "O que está lá, acho que está há mais de dois anos. É natural trocar."

Bolsonaro ressaltou querer embaixadores "mais afinados" com o governo. Também afirmou que pretende enviar mais jovens brasileiros para estudar em Israel.

"Ver questão de agricultura, piscicultura, tecnologia. Quero uma garotada nossa sempre em Israel para fazer intercâmbio e voltar", disse ele.

O presidente se encontrou nesta manhã com o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley.

O embaixador da Bolívia no Brasil, José Kinn Franco, afirmou nesta terça-feira, 12, que a saída de Evo Morales da Presidência da Bolívia foi um "golpe" "organizado, programado e estruturado" pela extrema-direita boliviana. Franco afirmou ainda que, até o momento, o chanceler Ernesto Araújo não o convidou para discutir a situação do país após a renúncia do Morales.

"Quero aproveitar também para fazer a denúncia desse golpe que foi construído já antes das eleições, foi organizado e programado e estruturado finalmente pela extrema-direita de nosso país. É uma direita muito conservadora, violenta, racista e que está agora fazendo perseguição das lideranças de nosso partido e perseguição dos deputados, senadores do oficialismo", afirmou o embaixador no Salão Verde da Câmara após uma reunião com líderes da oposição.

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Nesta terça-feira, o ex-presidente da Bolívia chegou ao aeroporto da Cidade do México depois de aceitar a oferta de asilo político feita pelo mandatário mexicano, Andrés Manuel López Obrador. Ele foi recebido pelo chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, ao desembarcar de um avião da Força Aérea do México.

Em seu primeiro pronunciamento em solo mexicano, Morales disse que "a luta continua", e que somente haverá paz em seu país quando houver "justiça social". "Graças ao México, a suas autoridades, mas também quero dizer que, enquanto eu tiver vida, continuarei na política; enquanto eu estiver no trem da vida, a luta continua. E temos certeza de que os povos têm todo o direito de libertar-se", disse.

O governo brasileiro acompanha o desenrolar da crise boliviana que pode trazer impactos indiretos ao País. O presidente Jair Bolsonaro ironizou a decisão de Evo Morales de deixar o país andino e se exilar no México: "Lá a esquerda tomou conta de novo. Tenho um bom país para ele: Cuba", afirmou o presidente.

No domingo, o presidente brasileiro já tinha escrito "grande dia" seguido de uma imagem de sinal de "joinha" pouco depois do anúncio de renúncia de Morales, que deixou o cargo por pressão do Exército. O vice-presidente boliviano e os chefes das duas casas legislativas renunciaram também, deixando a sucessão presidencial em um limbo.

De acordo com o embaixador boliviano, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, até o momento, não o convidou para debater a decisão de Morales e que segue no cargo até um novo governo ser formado.

"Estamos esperando para ver como vão terminar os acontecimentos na Bolívia para então fazer uma relação com o governo brasileiro, na luz dos resultados finais desses acontecimentos", afirmou.

Asilo

Evo Morales renunciou ao cargo em meio à crise gerada pelas denúncias de fraude nas eleições presidenciais de outubro. A disputa deu um quarto mandato consecutivo ao líder boliviano, mas a eleição foi colocada em xeque. O pleito foi auditado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) que indicou a necessidade de novas eleições.

Morales tentou convocar uma nova eleição para diminuir a tensão, mas uma cobrança pública do chefe das Forças Armadas da Bolívia levou o presidente à renúncia e ao asilo no México.

Foi aprovada no Plenário do Senado nesta terça-feira (12) a indicação do diplomata Eduardo Augusto Ibiapina de Seixas para o cargo de embaixador do Brasil junto à República de Chipre, a terceira mais populosa ilha do Mediterrâneo. A nomeação (MSF 48/2019) recebeu 51 votos favoráveis, 3 contrários e duas abstenções.

Ibiapina nasceu em 1954, em São Roque (SP). É formado em Ciências Econômicas no Centro Ensino Unificado de Brasília (CEUB), em 1978. Ingressou na carreira diplomática em 1976. Desde então, foi cônsul-geral em Paris e em Toronto, embaixador em Beirute e cônsul-Geral em Madrid. Desde 2015, é embaixador do Brasil em Bucareste.

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Em sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), em setembro, o diplomata destacou que o Chipre descobriu recentemente a terceira maior jazida de gás natural conhecida em todo o mundo (o campo Glafkos), e empresas brasileiras do setor podem se beneficiar das oportunidades que se abrem. Ele destacou também que empresas cipriotas já dispõem de um estoque de investimentos na economia brasileira que chega a U$ 645 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões).

República de Chipre

A República de Chipre, cuja capital é Nicósia, repousa na intersecção de três continentes, a Europa, do qual oficialmente faz parte, a Ásia e a África, tendo o grego como língua oficial. Em 1960, conquistou sua independência e em 2004 foi aceita na União Europeia. Estima-se que a população total gira em torno 1,2 milhão de pessoas, distribuídas em uma área total de 9,3 quilômetros quadrados.

Brasil e Chipre mantêm relações diplomáticas desde 1966, quando trocaram embaixadas cumulativas: a do Brasil, em Tel Aviv; a de Chipre, em Lisboa. Com o propósito de intensificar o diálogo e de expandir as relações econômico-comerciais, os dois países decidiram pela troca de embaixadas residentes: a criação oficial da Embaixada da República de Chipre em Brasília ocorreu em 4 de agosto de 2009; a Embaixada do Brasil em Nicósia foi criada em janeiro de 2010.

Já as relações comerciais entre os dois países vêm desde 2008, tendo saldo favorável ao Brasil de US$ 44,7 milhões. A situação superavitária do Brasil com o Chipre resulta principalmente das exportações de óleo combustível, sucedido pela exportação de tubos metálicos e café.

*Da Agência Senado

 

Dois meses depois de ter o nome mencionado pelo pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL) como o próximo embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA), Eduardo Bolsonaro (PSL) ainda não teve a indicação oficializada. O clima no Senado, segundo apurou o LeiaJá, não é dos mais receptivos diante desta possibilidade e o governo tem tentado driblar essa resistência.

Na próxima semana, Eduardo deve viajar com o pai para Nova York, onde Bolsonaro fará o discurso de abertura da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira (24). A expectativa, de acordo com informações de bastidores, era de que após essa viagem o presidente formalizasse a indicação, contudo, ainda não há confirmações quanto a intenção do presidente.

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Um fato que pode postergar mais a oficialização é a estremecida na liderança do governo no Senado, atualmente ocupada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Bezerra colocou o cargo à disposição de Bolsonaro depois que ele foi alvo, nessa quinta-feira (19), de mandados de buscas e apreensão da Polícia Federal em investigação sobre pagamento de propinas a partir de contratos em obras federais no Nordeste.   

O clima na Casa Alta, de acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), é de incertezas para indicação, uma vez que membros de partidos aliados ao presidente já se colocaram contra Eduardo Bolsonaro como representante do Brasil em Washington.

“Há uma campanha forte. O que temos visto é que o presidente do Senado, os líderes do governo têm trabalhado fortemente pela candidatura dele [a embaixador]. No entanto, não existe uma certeza de que vão aprovar. Há uma dissidência forte dentro da própria base do governo, vários partidos independentes que não aceitam a ideia e é por isso que o governo está no jogo forte de toma lá dá cá”, observou o petista. 

Na avaliação de Humberto, “Bolsonaro vai sair enfraquecido” com a indicação. “Se ele não mandar a indicação é um sinal de fraqueza, se ele mandar e for derrotado é uma derrota com todas as letras e se ele mandar e ganhar, vai ganhar com pelo menos 30 votos contra. Ninguém, normalmente, vota lá contra indicados a embaixador e cônsul”, considerou. 

Apesar disso, o próprio Eduardo disse recentemente que estava otimista e o pai não recuaria diante da nomeação para a embaixada brasileira nos EUA. “Acredito que se (a sabatina) fosse hoje, eu conseguiria a aprovação. Estou confiante. Eu não contei os votos, mas meu instinto, meu faro, e a conversa que estou tendo com os senadores têm sido positiva, inclusive de senadores que não declararam votos, aqueles neutros e indecisos”, chegou a afirmar em entrevista no último dia 10.

Atuação de Eduardo na Câmara e foco na campanha

Em julho, quando foi anunciado pelo pai, Eduardo iniciou uma movimentação de intensas articulações, mas e, neste período, como vem sendo a atuação dele como deputado federal? 

De acordo com o site da Câmara foram realizadas 31 reuniões plenárias, entre ordinárias e extraordinárias, desde 11 de julho, quando o pai anunciou que o nomearia embaixador do país em Washington. Além de um mês de recesso parlamentar. Neste período, ele não registrou presença em apenas três sessões extraordinárias e, apesar de em muitas delas estar presente, deixou de votar em 14 itens [entre requerimentos e destaques].

Os números mostram a presença maciça de Eduardo no plenário. Entretanto, no fim do mês de agosto, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) chegou a chamar Eduardo de “deputado fantasma” e a afirmar que o parlamentar, ao invés de participar das votações e discussões na Câmara, estava preocupado apenas em angariar votos favoráveis dos senadores e nas articulações da sua eventual campanha de embaixador do Brasil nos EUA. Na ocasião, o filho do presidente rebateu. 

O LeiaJá ouviu outros deputados federais sobre o assunto que confirmaram, apesar da presença, que Eduardo tem investido na campanha pela aprovação do seu nome. 

Em reserva, um parlamentar que tem apoiado as propostas do governo Bolsonaro, disse que, “de fato, Eduardo deu uma mergulhada nas articulações para embaixada”, apesar do seu mandato ser proativo, inclusive nas comissões da Casa.

“Justiça seja feita a situação dele é difícil. Por ele ser filho, quando ele fala, de certa forma fala o presidente da República. Está trabalhando bem, mas o sentimento que permeia no congresso é que foi um erro ser indicado”, avaliou o deputado federal. 

Ronaldinho Gaúcho foi nomeado nesta quinta-feira Embaixador do Turismo Brasileiro pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). O ex-jogador está impedido de sair no país após ter o seu passaporte retido pelo não pagamento de uma multa por dano ambiental.

Ronaldinho e nomes como os cantores Amado Batista e Bruno e Marrone participarão de campanhas para divulgar o Brasil e fomentar o turismo internacional no País. "O turismo é importantíssimo para gerar empregos e recuperar nossa imagem internacionalmente", afirmou o ex-jogador.

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Segundo a Embratur, a imagem do pentacampeão mundial será utilizada redes sociais para divulgar as belezas do Brasil no exterior. "Você pega o caso do Ronaldinho, uma pessoa que tem quase 100 milhões de seguidores em suas redes e nos ajuda voluntariamente, sem custos, por patriotismo. É inestimável essa atitude", disse o diretor de Marketing e Relações Públicas da Embratur, Osvaldo Matos de Melo Júnior.

O primeiro projeto que Ronaldinho participará será o reality show "Rei do Rolê". Estrangeiros vão enviar vídeos e concorrerão a uma viagem ao Brasil. O escolhido será recebidos por Ronaldinho e outros embaixadores da Embratur.

A expectativa da autarquia é que o número de turistas internacionais no país dobre do atual número de 6 milhões anuais até o fim de 2022.

Morreu aos 88 anos o embaixador Orlando Soares Carbonar, na última sexta-feira, 23. Um dos responsáveis pelo Tratado de Itaipu, que estabeleceu as regras para o uso da hidrelétrica binacional por Brasil e Paraguai, Carbonar dedicou-se por mais de 30 anos à diplomacia e conciliou o trabalho em alguns dos cargos mais altos da carreira no Itamaraty com um perfil discreto.

Nascido em Guaragi, atualmente um distrito de Ponta Grossa, no Paraná, Orlando Carbonar foi diplomado em 1952 pela Universitá Italiana per gli Stranieri de Perugia, na Itália, e se formou em Ciências Jurídicas na Universidade do Paraná. Nesse período, trabalhou no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba.

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Ingressou na carreira diplmática em 1961, e no ano seguinte fez um estágio na Academia de Direito Internacional de Haia, na Holanda. Até 1994, serviu nas embaixadas de Washington, Genebra, Caracas, Assunção e Roma - nas três últimas, como embaixador.

"Carbonar será lembrado por sua competência a dignificar o serviço público", descreve o embaixador Sergio Telles. "Disponível para quaisquer desafios, como o de intermediar o resgate de reféns da guerrilha colombiana."

Após participar das tratativas que resultaram no acordo entre Paraguai e Brasil, foi o representante do Ministério das Relações Exteriores no conselho de administração da Itaipu Binacional de 1979 a 1983. No mesmo período, foi também chefe de gabinete do chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro.

"Dizia, quando perguntado pelos familiares, que não escreveria memórias, pois 'o que era interessante não poderia escrever e o que podia escrever não era interessante'", escreve o filho Afonso Carbonar, que é embaixador em Roma.

Orlando deixa a esposa, Alcina, e três filhos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem adotado um tom cada vez mais duro ao avaliar atitudes do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Desta vez, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, o tucano, que é cotado como candidato a presidente em 2022, elevou a crítica ao analisar a intenção de Bolsonaro de indicar o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

"Eu jamais nomearia meu filho nem ninguém da minha família para nenhuma função pública, ainda mais numa circunstância de uma embaixada que é a mais importante embaixada brasileira no exterior", observou Doria. Nessa terça (20), apesar do presidente dizer que não queria expor o filho ao fracasso, dando sinais de recuo na indicação, Eduardo afirmou que seu nome estava mantido como futuro embaixador do Brasil. 

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João Doria não parou por aí e também rechaçou o radicalismo ambiental do chefe do Executivo. “Não é um bom caminho”, disse, completando com observações que fez após viagem recente a Londres. "No caso da Comunidade Europeia posso afirmar que a reação foi muito forte. E pode colocar em prejuízo o agronegócio brasileiro." 

Durante a entrevista, ao serem listadas as últimas notícias que repercutiram na mídia sobre interferências do presidente no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na Polícia Federal e na Receita Federal, além da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, suspendendo processos com dados do Coaf e da Receita; Doria foi questionado se estava em curso uma série de ações para enfraquecer a Lava Jato. 

"Não sei se a intenção deliberada é essa. Mas a interpretação é cabível", observou o governador. "Não há enfraquecimento em você voltar atrás e reconhecer um erro para o aprimoramento de uma medida. Há grandeza, sabedoria das pessoas que adotam essa atitude", emendou.

O tucano ainda aconselhou o presidente a adotar a prática do diálogo com mais intensidade: "Tenha capacidade de dialogar, de compreender, de entender. E fazer desse diálogo uma bandeira importante para o seu governo”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que “de forma nenhuma” a proposta que proíbe o nepotismo na administração pública federal (PL 198/19) será utilizada para barrar a possível indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para ser embaixador do Brasil em Washington.

“Aqui, não existe projeto que tenha nome e seja contra uma pessoa, se ele passar não será misturado e acelerado porque o presidente vai indicar o filho para embaixada”, afirmou Rodrigo Maia.

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A indicação deve ser encaminhada ao Senado. Antes de assumir o posto, o deputado precisa passar por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores daquela Casa. Ao fim da sabatina, o colegiado submete a indicação à votação secreta. Independentemente da aprovação ou rejeição na comissão, o plenário do Senado precisa referendar o resultado, também em voto secreto com maioria simples.

“Essa vai ser uma decisão do Senado, o deputado vai ser sabatinado, mas de forma alguma podemos aprovar um projeto que limite um direito que o deputado tenha, podemos concordar ou não com a indicação, mas não podemos usar uma lei ou uma MP contra ninguém”, completou o presidente da Câmara.

Rodrigo Maia explicou que da mesma maneira que houve críticas quanto à edição da medida provisória que desobriga a publicação de balancetes em jornais impressos, como instrumento para prejudicar os jornais, (MP 892/19) não se pode aprovar uma lei para prejudicar uma pessoa específica.

“A gente viu muita crítica à MP de publicação de balanços nos jornais, porque tinha um objetivo de prejudicar os jornais, dito pelo próprio presidente (Bolsonaro). Então, não posso aprovar uma lei que tenha o objetivo exclusivo de prejudicar o deputado Eduardo Bolsonaro”, ponderou Maia.

O projeto que amplia os casos de nepotismo foi aprovado nesta quarta-feira (14) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e recebeu uma emenda do relator, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que transforma em nepotismo a nomeação de parente de autoridade para os cargos de ministro de Estado e embaixador.

GT Anticrime

Maia também afirmou que o grupo de trabalho que debate o pacote anticrime deve terminar o relatório em duas semanas, aproximadamente, e destacou que o texto pode ir direto a Plenário, sem passar por uma comissão especial da Câmara.

“A ideia é que dure mais uma ou duas semanas, e acho que o texto construído ali pode ter ambiente para levar ao Plenário, nesse prazo ou um pouco mais para frente”, destacou.

*Da Agência Câmara Notícias

O projeto de lei que amplia as ações classificadas como nepotismo na administração pública avançou na Câmara dos Deputados. A proposta, do deputado Roberto Lucena (Pode-SP), foi aprovada nesta quarta-feira (14) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Casa. 

O texto recebeu uma emenda do relator, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), classificando como nepotismo o ato de nomear parentes de autoridades como ministro de Estado ou embaixador.  

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Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que indicará o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, uma vez que o cargo não necessariamente precisa ser ocupado por um diplomata. Antes de ser oficializado, o nome de Eduardo precisa ser aprovado pelo Senado. 

No relatório, Kataguiri observa que o nepotismo é uma “injustiça patente que demonstra profundo desprezo pela coisa pública e, por consequência, desrespeito ao pagador de impostos”. 

O democrata também lembrou que, em 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma súmula vinculante regulando a prática de nepotismo e proibindo autoridades de nomearem cônjuge ou parente até terceiro grau para cargos públicos, contudo não trata de cargos políticos. 

Na avaliação de Kataguiri, “é uma vergonha que o Parlamento ainda não tenha tratado do nepotismo em nível federal e que isso tenha sido tratado pelo Supremo Tribunal Federal”.

Proibição mais ampla

O texto aprovado altera o capítulo que trata das proibições aos servidores públicos, previstos no Regime Jurídico Único (Lei 8.112/90). Hoje a lei apenas proíbe o servidor de manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau.

Entre outros casos, o projeto considera nepotismo a nomeação para cargo ou a contratação temporária de cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau da autoridade nomeante ou de servidor da mesma unidade investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento.

Os casos de nepotismo cruzado, em que uma unidade contrata o parente de alguém de outra e vice-versa, também são abrangidos pelo projeto.

Conforme o texto, fica proibida ainda a contratação de empresa que tenha como sócio cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau da autoridade contratante ou de servidor da mesma unidade administrativa investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento.

A matéria agora será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, depois seguirá para votação em plenário.

O biólogo Richard Rasmussen é o novo embaixador do turismo no Brasil. A confirmação veio nessa sexta-feira (2), através de uma publicação no Twitter do presidente Jair Bolsonaro. Richard ficou conhecido nacionalmente após apresentar programas televisivos envolvendo a vida animal. Atualmente, lidera o "Sábado Animal", na Bandeirantes.

"Richard Rasmussen, com muita honra, é o Embaixador do Turismo no Brasil", publicou Bolsonaro. Em um vídeo integrado ao post, o biólogo afirmou que pretende ajudar o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e o desenvolvimento do ecoturismo no país.

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O ex-apresentador do SBT e Record também revelou a intenção de apresentar outras formas de explorar os recursos naturais. Ele acredita que o turista estrangeiro deve sair do "eixo vicioso de turismo no Brasil".

Confira

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A deputada estadual de São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), afirmou que está “chocada” com opção do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de escolher o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA). “Não é comparável com os desvios bilionários, mas não é certo. Eu achava que ele não cometeria erros como esse”, disparou Janaína, em entrevista ao site Universa. 

Na ótica da parlamentar, que foi autora do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a medida é ilegal e fere a lei de improbidade administrativa. “O presidente da República não pode indicar o filho embaixador. Será que nenhum diplomata presta no país? E como isso é recebido no exterior? Na minha leitura, isso fere a lei de improbidade administrativa e é ilegal, mas colegas dizem que não. Ela exige impessoalidade nas decisões”, observou.  

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“Ao indicar uma pessoa, deve-se levar em consideração o perfil, as ideias, mas o fator pessoal não pode ser o determinante. E quando ele diz que vai indicar Eduardo para essa embaixada, ele coloca como centro dessa decisão o fato de o rapaz ser filho dele. Isso é um absurdo. A pessoa que está no poder não pode tudo. Eu passei anos dizendo isso para o PT e eles não ouviram”, emendou a deputada, deixando claro que não estava desmerecendo Eduardo. 

Na entrevista, a deputada ainda avaliou o governo Bolsonaro até o momento. Apesar de críticas pontuais, Janaína disse gostar da linha administrativa do presidente.  

“Acho importante ele quebrar exageros que a gente tem no país, como a legislação ultrapassada sobre o Meio Ambiente. Quando o presidente faz suas críticas, ele tem razão. O problema é o tom que usa. Ele perde a paciência e escracha. Até as pessoas que concordariam com ele ficam chocadas. Tive a oportunidade de dizer para ele tomar cuidado na intensidade. Ele tem que lembrar que ele é o chefe da nação, e exemplo para muitos jovens”, disse Janaína Paschoal. 

Com possibilidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicar um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), à chefia da embaixada brasileira em Washington (EUA), muitas dúvidas surgiram em relação ao ingresso na carreira diplomática e sobre o que de fato faz um embaixador e um diplomata.

Esses profissionais fazem parte da missão diplomática de um país em terra estrangeira, ou seja, trata-se de uma equipe formada por diplomatas chefiados por um embaixador e que mediam relações e negociações entre países, além de defender interesses e proteger cidadãos patrícios que vivem naquele local. Eles atuam na embaixada, uma instalação física situado na capital de um país.

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O diplomata é um servidor que precisa ser aprovado em um concurso público que, no Brasil, é organizado pelo Instituto Rio Branco. No último dia 17, foram abertas as inscrições para esse concurso. Serão 20 vagas para o cargo de terceiro-secretário, o primeiro na estrutura da carreira. Se promovido, o diplomata pode seguir para segundo ou primeiro-secretário, depois conselheiro, ministro de segunda classe e, por fim, ministro de primeira classe. Esses dois últimos, no exterior, são os que podem atuar como embaixadores.

Segundo o doutor em Ciências Políticas e professor de Política internacional do Damásio Educacional Paulo Afonso Velasco Júnior, não há outro caminho de entrada para a carreira de diplomata. "O acesso é exclusivo por concurso público então qualquer brasileiro que queira atuar como diplomata em um país do exterior sendo integrante da carreira terá que fazer a prova do Instituto Rio Branco", explica.

A inscrição para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata custa R$ 208, é autorizado pelo Ministério das Relações Exteriores, e os candidatos precisam ter curso superior, fluência em quatro idiomas (português, inglês, espanhol e francês), História do Brasil e do mundo, política internacional, geografia, economia, direito e direito internacional público.

Há uma prerrogativa presidencial que pode escolher qualquer brasileiro nato acima dos 35 anos para a função de embaixador do Brasil em outro país. Tal atitude não é costumeira em nomeações brasileiras para chefes da diplomacia no exterior, mas, com a sinalização recente de Bolsonaro, Velasco Júnior esclarece que esta seria a única forma de alguém de fora da carreira diplomática ser indicado a assumir o cargo. "Tirando essa exceção da prerrogativa presidencial, só podem atuar como diplomatas brasileiros no exterior aqueles que integram o serviço exterior brasileiro fazendo parte da carreira", declara o professor.

Mesmo havendo a exceção, o especialista explica que é imprescindível a solidificação na carreira, pois isso é o que possibilita que o diplomata absorva experiência no cargo. "O diplomata pode chegar a embaixador se tiver uma carreira na qual ele evolua bem e, em chegando no final da carreira, ele será, em algum momento, representante chefe do Brasil em alguma embaixada no exterior", considera.

Ainda sobre estar preparado para ter uma carreira diplomática duradoura, o professor Velasco Júnior alerta que a nomeação de um embaixador sem experiência poderia trazer riscos para a política externa do Brasil. O especialista acredita que se os demais diplomatas estiverem preparados para auxiliar uma chefia inexperiente na tomada de decisões, os problemas podem ser minimizados. "Certamente irão assessorá-lo nas questões mais sensíveis e contornar eventuais problemas, mas claro que se espera a indicação de alguém com experiência para que diminua a possibilidade de tomar alguma decisão que possa prejudicar os interesses brasileiros", pontua.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a indicação de um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro, ao cargo de embaixador nos Estados Unidos e disse que pretendia "beneficiar o filho, sim". "Pretendo beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon para o meu filho, eu dou, mas não tem nada a ver com o filé mignon essa história aí. É aprofundar o relacionamento com a maior potência do mundo", alegou o mandatário, em sua tradicional transmissão ao vivo via Facebook, a qual faz toda quinta-feira à tarde.

Bolsonaro já anunciou que está decidido a endossar a indicação de Eduardo. A decisão, porém, tem dividido opiniões, pois o filho do presidente não tem formação na área nem experiência como diplomata. Além disso, a oposição aponta para um caso de nepotismo. 

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"Você tem de ver o seguinte: é legal? É. Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende ao interesse público, qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de Estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio", disse Bolsonaro, ontem, ao deixar o Palácio da Alvorada. Para virar embaixador, Eduardo Bolsonaro precisaria ainda ser aprovado pelo Senado. Na Casa, os senadores se dividem quanto à ideia.

Já nos Estados Unidos, o filho do presidente Donald Trump, Eric, negou que possa virar embaixador no Brasil, como um gesto de amizade entre os dois países e como o gabinete de Bolsonaro chegou a cogitar. "Eric dirige as Organizações Trump e está comprometido com o negócio. O Brasil é um país incrível, mas isso [ser embaixador] não passa de um rumor", esclareceu a porta-voz de Eric, Kimberly Benza, consultada pelo jornal "O Globo".

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou, nesta quinta-feira (18), as críticas em torno da indicação do filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), para assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Na avaliação do presidente há muita pressão em cima de Eduardo.

Segundo Bolsonaro, a indicação é legal e está confirmada, porém ainda não foi oficializada. 

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"Por que essa pressão em cima de um filho meu? Ele é competente ou não é competente? Dentro do quadro de indicações políticas, que vários países fazem isso, e é legal fazer no Brasil também, tá certo", disse à imprensa ao deixar o Palácio da Alvorada.

O Brasil está sem embaixador em Washington desde abril. E, na avaliação de Bolsonaro, Eduardo tem um bom relacionamento com o presidente Donald Trump, o que também atende as necessidades para representar o país no exterior.

"Você tem que ver o seguinte: é legal? É. Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende ao interesse público? Qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de Estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio", argumentou o presidente.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tem listado, nos últimos dias, as qualificações que o credenciam para assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, como quer seu pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL). Uma pós graduação citada pelo deputado em Economia, contudo, ainda não foi concluída. 

A informação é do jornal Estadão. De acordo com a reportagem, o parlamentar ainda falta entregar o trabalho de conclusão de curso. A especialização foi iniciada em 2016 na Escola Austríaca de Economia, do Instituto Mises Brasil, com sede em São Paulo.

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"Sou formado em direito pela UFRJ, advogado concursado, passei na prova da OAB, escrivão de Polícia Federal, uma pós-graduação em Economia, falo inglês, português e espanhol", listou Eduardo, em vídeo publicado nas redes sociais na última sexta-feira (12). 

O jornal entrou em contato com o Instituto Mises Brasil, que confirmou que ele ainda não concluiu a pós. Já o deputado preferiu não se manifestar.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou o Twitter, nesta segunda-feira (15), para enaltecer o “equilíbrio” do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) diante das últimas discussões políticas do país. FHC, que está no exterior, disse que a sensação que ele tem é de que os políticos estão “engalfinhados na pequenez”, menos Maia. 

Ao fazer o comentário, o ex-presidente também alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) que admitiu a possibilidade de indicar o filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos (EUA) e os políticos de oposição que se colocaram contra a reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

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“Do exterior dá a sensação de os políticos estarem engalfinhados na pequenez: uns sugerem filhos para funções impróprias. Outros confundem interesses públicos com eleitorais: votam contra as reformas para atrapalhar ‘o governo’. Nem todos: R [sic] Maia se destaca pelo equilíbrio”, salientou Fernando Henrique. 

O tucano tem usado constantemente o Twitter, desde o início do ano, para disparar contra atitudes de Bolsonaro e criticar a oposição. 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou o Twitter, neste sábado (13), para publicar um vídeo em que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, faz elogios ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). As imagens foram gravadas durante a visita oficial de Bolsonaro aos EUA, em março, e são rememoradas no momento em que o presidente sinaliza o desejo de indicar o filho para embaixador do Brasil no país americano. 

A eventual nomeação tem causado reações negativas no meio político e entre diplomatas de carreira. Eduardo e o pai se reuniram neste sábado para tratar do assunto. Desde abril o país está sem embaixador em Washington.

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No vídeo divulgado, Trump diz que Eduardo fez um trabalho fantástico. “Eu vejo aqui no horizonte o filho do presidente que tem sido fantástico. Poderia por favor se levantar? O trabalho que você fez durante tempos difíceis foi simplesmente fantástico e eu sei que seu pai é gato por isso, posso te garantir. Muito obrigado. Fantástico trabalho”, chega a observar o americano na ocasião. 

A fala de Trump aconteceu após um questionamento sobre uma possível intervenção militar na Venezuela. 

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Além deste vídeo, Bolsonaro também já chegou a salientar que Eduardo tem um bom relacionamento com os filhos de Trump. E, inclusive, nos corredores do Palácio do Planalto tem circulado a especulação de que se a nomeação for confirmada, o presidente dos EUA vai fazer o mesmo indicando o filho, Eric Trump para embaixador no Brasil.

Um dos assuntos mais comentados dessa sexta-feira (12) foi a possibilidade do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ser indicado para chefiar a embaixada do Brasil em Washington pelo seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.

Além do próprio Bolsonaro pai, o chanceler Ernesto Araújo defendeu a possível nomeação. Além disso, a imprensa divulgou rumores de que um dos filhos do presidente dos EUA também poderia assumir a chefia da missão norte-americana em Brasília.

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Sputnik Brasil conversou sobre o tema com Luiz Augusto Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, presidente emérito do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), ex-embaixador do Brasil na China, Japão, Paraguai, Canadá e Reino Unido. Para ele, o frisson na mídia parece relativamente antecipado.

"Até o momento são só rumores", destacou o diplomata.

Dr todo modo, se o assunto avançar, Castro Neves acrescentou que o filho do presidente precisaria renunciar ao cargo de Deputado Federal para assumir a embaixada. Quanto à nomeação do filho de Trump, o interlocutor da Sputnik Brasil também ressaltou se tratar de um rumor.

"O Brasil raramente nomeia embaixadores de fora da carreira [diplomática]. Normalmente usa os embaixadores são diplomatas de carreira", acrescentou ele, destacando, por outro lado, não haver nenhum "impedimento legal".

Ao ser perguntado sobre se a indicação configuraria um caso de nepotismo, o embaixador apontou que o assunto deverá ser tratado pela Comissão de Ética da presidência para determinar se há eventual impedimento ou não.

"Dadas as tensões políticas não será uma tarefa muito fácil fazer aprovar o filho de presidente da República para a embaixador do Brasil em Washington", ponderou o diplomata.

"Todo chefe de missão diplomática em caráter permanente tem que receber, em primeiro lugar, o acordo (agrément) do governo que o recebe. No caso, o governo americano. De posse desse agrément, o presidente submete ao senado o nome do candidato a embaixador, que será ouvido na comissão de Relações Exteriores, que votará o parecer e encaminhará para o plenário aprovar ou não", explicou o interlocutor da Sputnik Brasil.

Todavia, o diplomata especificou que casos de rejeição dos indicados não são muitos. "No passado recente só tivemos um caso de não aprovação, que foi embaixador Guilherme Patriota que foi rejeitado pelo Senado", concluiu.

Da Sputnik Brasil

A declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que poderá indicar o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos (EUA) causou polêmicas no meio político. Líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) e ex-candidato a presidente pelo PSOL, Guilherme Boulos acredita que a indicação configura nepotismo. 

Em publicação no Twitter, Boulos disse que se não for considerado favorecimento ilícito de parentes a definição de nepotismo no dicionário deve ser alterada. “Se a indicação de um filho para embaixador não for nepotismo será preciso redefinir o verbete no Aurélio. Incrível!”, ironizou. 

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A eventual indicação levou o nome de Eduardo para um dos assuntos mais comentados do microblog desde a noite dessa quinta-feira (11). 

De acordo com a Constituição qualquer brasileiro pode ser indicado para o cargo de embaixador, sem precisar pertencer ao quadro diplomático do Itamaraty, basta ter 35 anos. Idade de Eduardo Bolsonaro. 

A principal polêmica é se configura ou não nepotismo. A Súmula Vinculante 13, estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) caracteriza como nepotismo a nomeação de "parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal".

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