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Algemado, o empresário Thiago Brennand desembarcou no Brasil neste sábado, 29, e chegou às 19 horas na sede da Superintendência da Polícia Federal na Lapa, zona oeste de São Paulo. Ele chegou em um comboio de quatro viaturas, sentado no banco de trás, com agentes armados. O empresário vai passar a noite no prédio e a audiência de custódia está prevista para a tarde de domingo, 30.

Ele chegou ao Brasil em um voo da Air France e desembarcou no aeroporto de Guarulhos, usando boné e máscara de proteção.

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A previsão é de que Brennand seja transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros.

Ele possui cinco ordens de prisão preventiva contra si e é acusado dos crimes de estupro, cárcere privado, lesão corporal e ameaça em ao menos oito ações na Justiça de São Paulo.

Cinco advogados o acompanham na sede da Polícia Federal. Eduardo César Leite chegou com um assistente e, antes dele, mais três advogados aguardavam Brennand, que será submetido a exame de corpo de delito na própria sede da PF.

Além deles, um perito e um membro do consulado acompanham a chegada do acusado na sede da PF.

Os processos contra o empresário tramitam na Justiça Estadual e um dos juízes que emitiu uma das cinco ordens de prisão deverá fazer a audiência de custódia. A atuação da Polícia Federal foi apenas para o processo de extradição de Brennand.

Ele estava preso em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, desde o último dia 17, aguardando os últimos trâmites da sua extradição. Ele saiu do Brasil em direção ao país em setembro do ano passado, poucos dias antes de a juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, expedir a sua primeira ordem de prisão.

O caso do empresário ganhou grande repercussão depois que a modelo Helena Gomes veio a público denunciá-lo. Brennand foi flagrado por câmeras de segurança agredindo-a dentro de uma academia em São Paulo em agosto do ano passado.

Depois da denúncia de Helena, outras mulheres se sentiram encorajadas a denunciar o empresário. Há relatos de ameaças, agressões físicas e verbais e estupro. Uma das vítimas teria sido tatuada à força com o sobrenome do empresário.

Há também ações criminais nas quais Brennand é acusado por um garçom e um caseiro do condomínio onde o empresário vive em Porto Feliz, interior de São Paulo. Eles teriam sido agredidos e ameaçados por Brennand. A Polícia também apreendeu armas e munições em uma das suas propriedades.

Os Emirados Árabes Unidos aprovaram a extradição do empresário Thiago Brennand para o Brasil. Há cinco mandados de prisão preventiva do pernambucano, acusado de agredir uma modelo, sequestrar e tatuar, sem consentimento, outra mulher, bem como de estuprar mais duas vítimas. A informação foi veiculada pela TV Globo.

Na última quarta-feira (12), o portal G1 havia publicado que a extradição de Brennand seria um dos assuntos debatidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita aos Emirados Árabes. De passagem pelo país neste sábado (15), Lula negou que tenha tratado do assunto.

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Em dezembro de 2022, a embaixada brasileira em Abu Dhabi havia sido informada de que o pedido de extradição de Brennand estava sendo analisado. O pedido foi realizado sob o acordo de reciprocidade em casos análogos, pois não há acordo bilateral estabelecido para a matéria em vigor.

O empresário e herdeiro Thiago Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos, pagou fiança e foi solto em Abu Dhabi na sexta-feira, 14, horas após a prisão em uma operação coordenada pela Polícia Federal (PF). Ele era considerado foragido e chegou a ter o nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. Brennand segue nos Emirados Árabes, onde deve aguardar o julgamento do processo da extradição.

Entenda:

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O pagamento da fiança impede a extradição?

 

Um delegado de Polícia Federal com expertise na área internacional disse reservadamente ao Estadão que o pagamento da fiança garante que o empresário aguarde o julgamento em liberdade, mas não afeta o processo de extradição. "Não significa que não haverá extradição. O país mantém um bom controle de fronteiras", explica.

Do que depende a extradição?

 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública é o órgão responsável pela condução dos processos de extradição. Antes de agir, normalmente a pasta aguarda o pedido formal de repatriação feito pelo Poder Judiciário, para então encaminhar a solicitação ao governo do país estrangeiro.

O Estadão procurou o Ministério para saber o andamento do caso, mas não teve retorno até o fechamento do texto.

 

Brennand precisa obedecer alguma regra?

 

No lugar da prisão, o empresário deve cumprir medidas cautelares alternativas, como informar um endereço fixo, não deixar os Emirados Árabes sem comunicar a Justiça e comparecer a audiências sempre que for notificado.

Quais são as acusações que pesam contra o empresário?

 

Até momento, a Justiça de São Paulo recebeu duas denúncias contra o empresário. A primeira por agressões contra a modelo Helena Gomes, no dia 3 de agosto, em uma das academias mais caras da capital paulista. O caso foi registrado por câmeras de segurança e viralizou nas redes sociais. Brennand responde por lesão corporal e corrupção de menores - por supostamente ter incentivado o filho adolescente a também ofender a modelo.

A segunda denúncia foi recebida ontem. Brennand foi acusado de mandar tatuar a força as iniciais do seu nome em uma mulher com quem se relacionou. Os crimes imputados são estupro, cárcere privado, tortura, lesão corporal, coação no curso do processo, constrangimento ilegal, ameaça, registro não autorizado da intimidade sexual e divulgação de cena de estupro ou sexo.

O empresário teve a prisão preventiva decretada nos dois processos.

O que diz a defesa?

 

O advogado de Brennand disse que não comentaria a soltura do empresário.

Emirados Árabes Unidos querem aumentar a presença de veículos autônomos e começaram a testar 'robô-táxis' em Abu Dhabi.

Sem tocar no volante, com as mãos nos joelhos, Mustafá deixa que o robô-táxi dirija sozinho.

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A condução foi "tranquila", disse à AFP o encarregado da segurança durante esses testes, organizados por Bayanat, filial da empresa Group 42, especializada em inteligência artificial.

Quatro veículos sem motorista, dois elétricos e dois híbridos, denominados TXAI, foram testados desde novembro no emirado de Abu Dhabi.

Os clientes podem reservar uma viagem por meio de um aplicativo e são buscados e deixados em nove lugares definidos na ilha artificial de Yas.

"Nos últimos dias, a maioria dos nossos clientes pediu táxis em frente a shoppings ou hotéis", disse Mustafá.

Após a primeira fase de testes, se iniciará uma segunda fase na capital emiradense, com ao menos dez veículos, segundo a empresa.

Os robô-táxis foram testados em vários países nos últimos anos. Em novembro, uma frota de 67 veículos entrou em serviço em Pequim, mas sempre com um motorista de segurança presente para uma eventual emergência.

Os Emirados Árabes Unidos ajudaram a retirar 28.000 pessoas do Afeganistão desde o retorno dos talibãs ao poder - disse um funcionário do alto escalão da monarquia do Golfo nesta quinta-feira (26).

Alguns dos voos de retirada de afegãos e estrangeiros feitos por países ocidentais fizeram escala nos Emirados e no Catar. Ambos serviram de base para seus aviões.

Das 28.000 pessoas que chegaram aos Emirados, cerca de 12.000 foram para o Reino Unido, e 9.000, para os Estados Unidos.

Antes da queda de Cabul, esta monarquia já havia ajudado a retirar mais de 8.500 pessoas. O funcionário, que pediu para não ser identificado, não especificou quando isso aconteceu.

No momento, os Emirados abrigam, de forma temporária, 8.500 pessoas retiradas de Cabul. A maioria deve viajar para os Estados Unidos nos próximos dias. Alguns se encontram hospitalizados, ou recebem atendimento médico.

Países ocidentais, entre eles Reino Unido, França e Estados Unidos, fazem os últimos voos de retirada do Afeganistão. Abu Dhabi espera que a operação esteja concluída até o final do mês, disse a mesma fonte da AFP.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, definiu para 31 de agosto o fim da retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viajará na quinta-feira (11) aos Emirados Árabes Unidos em sua primeira visita oficial a este Estado que recentemente normalizou suas relações com Israel, informou a imprensa israelense nesta quarta-feira.

Quando falta dez dias para eleições legislativas cruciais para sua sobrevivência política, Netanyahu planeja se reunir com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeique Mohamed bin Zayed Al-Nahyan, informou a imprensa israelense, citando fontes do governo não identificadas.

Consultado pela AFP, o escritório do primeiro-ministro não confirmou nem desmentiu as informações. "Não vamos fazer comentários", disse um alto funcionário do gabinete de Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense adiou sua visita aos Emirados e a Bahrein no início de fevereiro devido às restrições de viagem pela pandemia de coronavírus.

Esses dois Estados árabes assinaram em setembro acordos para normalizar suas relações com Israel.

Esses acordos, os primeiros deste tipo entre os países do Golfo e Israel, foram classificados como "traição" pelos palestinos.

Todas os olhares de Dubai a Abu Dhabi estão voltados nesta terça-feira (9) para a primeira missão espacial árabe com destino a Marte: a sonda "Hope", dos Emirados Árabes Unidos, deve entrar na órbita do planeta vermelho durante uma delicada manobra.

Em caso de êxito, a sonda - que pretende revelar segredos do clima marciano - será a primeira de três missões espaciais a chegar a Marte em fevereiro.

Além dos Emirados Árabes Unidos, país rico do Golfo, China e Estados Unidos também lançaram missões em julho, aproveitando o período em que a Terra e Marte estão mais próximos

A entrada da "Hope" ("Amal" em árabe, "Esperança" em português) na órbita de Marte pretende marcar o aniversário de 50 anos da unificação dos sete emirados em uma federação. Todos os monumentos do país serão iluminados de vermelho durante a noite.

A "Hope" deve iniciar a manobra de 27 minutos às 15H30 GMT (12H30 de Brasília) desta terça-feira. A operação consistirá em reduzir a velocidade e de maneira suficiente para que seja atraída pela gravidade marciana, a parte mais difícil da missão, segundo os especialistas.

A sonda deve girar e acionar os seis poderosos propulsores para reduzir a velocidade de 121.000 km/h a 18.000 km/h. O sinal vai demorar 11 minutos para chegar à sala de controle da Terra.

"Vinte e sete minutos sem informações determinarão o destino de sete anos de trabalho", tuitou Sarah al Amiri, presidente da Agência Espacial dos Emirados e ministra de Tecnologias Avançadas.

Em caso de sucesso, um espetáculo de fogos está previsto em Dubai ao redor do Burj Khalifa, o maior prédio do mundo.

- 50% de possibilidade -

"Este projeto é muito importante para a nação, para toda a região e a para a comunidade científica e espacial mundial", declarou à AFP Omran Sharaf, diretor de projeto da missão.

Ele afirmou que o objetivo é "muito maior" que o simples fato de chegar a Marte.

"O governo quer provocar uma grande mudança no espírito da juventude dos Emirados (...) para acelerar a criação de um setor setor científico e tecnológico de ponta", acrescentou.

Embora a sonda tenha sido concebida para dar uma imagem completa da dinâmica meteorológica do planeta vermelho, também representa um passo rumo a um objetivo muito mais ambicioso: a criação de uma colônia humana em Marte no prazo de 100 anos.

Além de consolidar seu status como país regional chave, os Emirados desejam que o projeto sirva de fonte de inspiração para a juventude árabe, em uma região que aparece com frequência na imprensa pelos conflitos e suas crises políticas, e não pelas conquistas científicas.

"A sonda tem 50% de probabilidades de entrar na órbita de Marte, mas conseguimos 90% de nossos objetivos em termos de construção de novos conhecimentos", tuitou o xeque Mohammed bin Rashed Al Maktum, primeiro-ministro dos Emirados e dirigente de Dubai.

Ao contrário das missões chinesa Tianwen-1 e americana Marte 2020, a "Hope" não vai pousar no planeta vermelha.

A sonda utilizará três instrumentos científicos para monitorar a atmosfera marciana e deve começar a transmitir informações em setembro.

Os cientistas de todo o mundo terão acesso aos dados obtidos pela "Hope".

O governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) autorizou oficialmente nesta quarta-feira (9) a vacina contra o coronavírus produzida pelo grupo farmacêutico chinês Sinopharm e afirmou que tem 86% de eficácia, de acordo com uma análise dos testes clínicos de terceira fase.

O ministério da Saúde do país anunciou o registro oficial da vacina, informou a agência estatal de notícias WAM, sem revelar detalhes sobre quando será utilizada.

A vacina foi submetida a testes de terceira fase nos Emirados a partir de julho e aprovada para uso emergencial nos profissionais de saúde em setembro.

"O anúncio é um voto de confiança significativo das autoridades de saúde dos EAU na segurança e eficácia da vacina", afirmou a WAM.

As autoridades de saúde do país revisaram a análise intermediária da Sinopharm dos testes de terceira fase, que mostra uma eficácia de 86% contra o coronavírus, segundo a agência.

Duas vacinas foram submetidas a testes de terceira fase nos Emirados, a da Sinopharm e a Sputnik-V russa.

O líder de Dubai, xeque Mohammed bin Rashid Al-Maktum, afirmou em novembro que tomou uma vacina experimental contra a covid-19.

O primeiro voo comercial direto entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, operado pela companhia aérea de baixo custo Flydubai, pousou nesta quinta-feira (26) em Tel Aviv saindo de Dubai, dois meses após a normalização das relações entre os dois países patrocinada pelos Estados Unidos.

O avião, que decolou pela manhã do Aeroporto Internacional de Dubai, chegou pouco antes do meio-dia desta quinta-feira ao Aeroporto Internacional Ben Gurion de Tel Aviv, sob o olhar satisfeito do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"É a realização de um sonho", declarou Netanyahu, afirmando que os cidadãos israelenses e emirados logo poderão viajar de um país para outro "sem visto".

O presidente dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Khalifa bin Zayed Al Nahayan, declarou nesta quinta-feira em Abu Dhabi que o acordo com Israel atende às "aspirações dos povos de prosperidade e progresso".

Em setembro, os Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo, negociado pelos Estados Unidos, para normalizar suas relações com Israel, o primeiro do gênero em um país do Golfo Árabe.

Os Emirados Árabes Unidos se tornaram o terceiro país árabe a normalizar suas relações com Israel, depois do Egito em 1979 e da Jordânia em 1994, sendo rapidamente seguido pelo Bahrein.

Em outubro, um acordo entre Israel e Sudão também foi anunciado. E Netanyahu viajou para a Arábia Saudita neste domingo, segundo fontes israelenses, para discutir uma possível normalização com o peso pesado na região.

- Frutos econômicos -

A Flydubai anunciou no início do mês que realizaria "14 voos por semana e um serviço duplo diário entre o Aeroporto Internacional de Dubai e o Aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv".

"O princípio dos voos regulares contribuirá para o desenvolvimento econômico e criará novas oportunidades de investimento", disse o CEO da Flydubai, Ghaith al-Ghaith.

As companhias aéreas israelenses El Al e Israir iniciarão voos comerciais entre as duas cidades no próximo mês. A Etihad Airways, com sede em Abu Dhabi, capital dos Emirados, havia anunciado o início de seus voos para Tel Aviv para março de 2021.

Com suas economias bastante atingidas pela crise de saúde, os Emirados e Israel esperam que esse acordo de normalização dê frutos rapidamente. Eles já assinaram acordos sobre conexões aéreas e isenção de vistos, bem como pactos de proteção de investimentos e cooperação nos setores de ciência e tecnologia.

Os países do Golfo têm-se aproximado gradualmente de Israel nos últimos anos, em especial aqueles que também mostram animosidade em relação ao Irã.

A oficialização dessa reaproximação por parte dos Emirados e do Bahrein quebra um antigo consenso árabe que condicionava as relações com Israel a uma solução prévia para o conflito com os palestinos e à retirada de Israel de todos os territórios árabes que ocupou desde 1967.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu assinou nesta terça-feira (15) acordos históricos com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein que alteram a balança no Oriente Médio, sob apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interessado em se apresentar como um "pacificador", a sete semanas das eleições em que buscará o segundo mandato.

"Depois de décadas de divisões e conflitos, estamos testemunhando o amanhecer de um novo Oriente Médio", disse o presidente republicano durante uma cerimônia de grande pompa na Casa Branca. Trump disse que cinco ou seis países adicionais seguiriam "muito em breve" o exemplo dos dois Estados do Golfo, sem especificar quais.

Junto com ele, Netanyahu chamou os acordos de "um marco na história" e afirmou que o entendimento alcançado em Washington poderia "encerrar" o conflito árabe-israelense de uma vez por todas.

Por meio do acordo promovido por Trump, Israel estabelece formalmente relações diplomáticas com esses dois países árabes, a primeira conquista do gênero desde os tratados de paz com o Egito e a Jordânia em 1979 e 1994, respectivamente.

O líder israelense não poupou elogios ao "amigo" Trump, antes de se dirigir, em árabe, aos seus novos interlocutores: "Salaam Alaikum" (que a paz esteja com você). No entanto, ele não citou os palestinos, a maior ausência do evento, embora os ministros do Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos tenham lembrado de sua causa.

O ministro das Relações Exteriores dos Emirados, Abdullah bin Zayed al Nahyan, comemorou "uma mudança no coração do Oriente Médio" e agradeceu pessoalmente a Netanyahu "por escolher a paz e impedir a anexação de territórios palestinos", ainda que o líder israelense afirme que essa medida foi apenas adiada.

O chefe da diplomacia do Bahrein, Abdel Latif al Zayani, por sua vez, defendeu claramente uma "solução de dois Estados" para encerrar o conflito entre Israel e os palestinos.

- "Conquista de primeira classe" -

Emirados e Bahrein, duas monarquias sunitas, têm em comum com Israel a animosidade a respeito do Irã, que também é o inimigo número um dos Estados Unidos na região.

Há muitos anos, vários Estados árabes petroleiros cultivam discretos laços com o governo israelense, mas a normalização das relações oferece amplas oportunidades, especialmente econômicas, a países que buscam superar os prejuízos provocados pela pandemia de coronavírus.

"É uma conquista de primeira classe", disse David Makovsky, do centro de estudos Washington Institute for Near East Policy. Segundo ele, para Netanyahu isto "não implica os mesmos riscos" enfrentados por Menahen Begin "quando deixou o Sinai" para o Egito ou Yitzhak Rabin quando aceitou negociar com Yasser Arafat a criação de um Estado palestino.

A "visão para a paz", plano apresentado no início do ano por Trump com o objetivo de resolver o conflito israelense-palestino, ainda está longe do sucesso. A Autoridade Palestina rejeita a iniciativa e nega a Trump o papel de mediador por ter tomado decisões favoráveis a Israel.

- "Facada nas costas" -

Os palestinos, que afirmam que receberam uma "facada nas costas" dos países árabes que aceitaram o acordo com Israel sem esperar a criação de seu Estado, convocaram manifestações. Dezenas de ativistas se reuniram para protestar em frente à Casa Branca durante a assinatura dos acordos.

O governo Trump sempre afirmou que desejava transformar a região com a aproximação de Israel e dos árabes em uma espécie de aliança contra o Irã. Os acordos antecipam uma mudança de cenário e parecem relegar a um segundo plano a questão palestina, como esperava a Casa Branca.

O ministro das Relações Exteriores dos Emirados, Anwar Gargash, disse que "um avanço estratégico" era necessário porque "a abordagem dos árabes de não ter contato com Israel" não "ajudou as aspirações do povo palestino".

De acordo com Makovsky, o Oriente Médio vira uma "nova região" na qual, em um fato inusitado, a Liga Árabe se negou a condenar a decisão das duas monarquias do Golfo.

"Os palestinos querem esperar e ver o que acontece nas eleições americanas, mas quando a poeira baixar eles devem repensar sua posição", disse.

Os acordos representam uma vitória para Netanyahu e aproximam Israel de seu objetivo de ser aceito na região.

- Polêmica venda de aviões -

Para Trump, que até agora tinha poucos resultados diplomáticos a oferecer aos eleitores, os acordos são um êxito reconhecido até pelos adversários democratas.

Desde o acordo entre Israel e EAU anunciado em 13 de agosto, seguido pelo anunciado com o Bahrein na semana passada, republicanos não poupam superlativos para elogiar sua ação e afirmam que ele merece o Prêmio Nobel da Paz.

Apesar das celebrações, algumas divergências surgiram sobre as condições do acordo com os Emirados.

Trump afirmou, nesta terça-feira, que não teria "nenhum problema" em vender aviões de combate F-35 aos Emirados Árabes unidos, um caça que há muito tempo Abu Dhabi deseja para tornar-se uma potência militar regional.

Porém, esta é uma venda à qual Israel se opõe, o único país da região que possui esses caças americanos e que pressiona para manter sua vantagem tecnológica esmagadora em relação aos seus vizinhos árabes.

Artistas e intelectuais árabes vêm se desligando há semanas de eventos culturais e prêmios literários financiados pelos Emirados Árabes Unidos, uma forma de protestar contra o acordo para normalizar as relações com Israel e apoiar a causa palestina.

"Considerando que a arte não tem valor se não estiver intimamente relacionada a questões humanitárias e de justiça, estou cancelando minha participação em sua exposição", escreveu o fotógrafo palestino Mohamed Badarne à fundação artística de Sharjah, um dos sete emirados da federação.

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No dia 13 de agosto, os Emirados Árabes Unidos anunciaram a normalização de suas relações com Israel no âmbito de um acordo negociado com os Estados Unidos para se tornar o primeiro país do Golfo e o terceiro árabe a estabelecer relações oficiais com o Estado hebreu, depois do Egito e da Jordânia.

Os palestinos denunciaram o pacto e reiteraram que a paz entre palestinos e israelenses deve ser uma etapa anterior a qualquer normalização, e não o contrário.

O ministro da Cultura palestino, Atef Abu Seif, exortou os intelectuais árabes a se posicionarem contra a decisão que "fortalece o inimigo" Israel.

Radicado em Berlim, Mohamed Badarne rapidamente decidiu se retirar da exposição em Sharjah. "Como um povo sob ocupação, temos que nos posicionar contra qualquer coisa que tenha a ver com a reconciliação do ocupante israelense", disse à AFP.

"Pecar"

Nas redes sociais, personalidades do mundo cultural de vários países árabes, como Argélia, Iraque, Omã ou Tunísia, criticaram a posição de Abu Dhabi. Até mesmo artistas dos Emirados levantaram suas vozes contra o acordo.

"Um dia triste e catastrófico", disse a escritora Dhabiya Khamis quando o pacto foi anunciado. "Não à normalização entre Israel e os Emirados e os países árabes do Golfo! Israel é o inimigo de toda a nação árabe", enfatizou no Facebook.

Nos últimos anos, os Emirados têm investido somas colossais no setor cultural, principalmente com a inauguração, no final de 2017, de uma antena do museu parisiense do Louvre em Abu Dhabi.

Vários prêmios literários são financiados pelo país, como o Prêmio Chefe Zayed, em homenagem ao ex-presidente dos Emirados.

A romancista marroquina Zohra Ramij, concorrendo a este prêmio, anunciou que se retirava "em solidariedade ao povo palestino". O poeta marroquino Mohammed Bennis disse, por sua vez, que estava deixando o comitê organizador do prêmio.

"Seria um pecado ganhar um prêmio" dos Emirados, considerou o escritor palestino Ahmed Abu Salim, que desistiu de concorrer ao Prêmio Internacional de Ficção Árabe (IPAF).

"Sou um intelectual a favor da causa palestina, seja qual for o preço a pagar", disse ele à AFP.

Apoiado pela fundação London Booker Prize, este prêmio é financiado pela Autoridade de Turismo e Cultura de Abu Dhabi.

Em uma carta, laureados e membros do júri pediram aos responsáveis do IPAF que rejeitassem o financiamento dos Emirados. Um dos signatários do texto, o intelectual palestino Khaled Hroub, disse à AFP que havia se retirado do júri.

Contactado pela AFP, o IPAF recusou-se a comentar o assunto.

Esses boicotes são "uma resposta natural e patriótica dos intelectuais árabes", estima Omar Barghouti, um dos líderes palestinos do movimento BDS (boicote, desinvestimento, sanções).

E quem quiser se beneficiar do acordo entre Israel e os Emirados, "verá suas empresas (...) boicotadas", alertou.

Este movimento, acusado de antissemitismo por Israel, clama por um boicote econômico, cultural e científico ao Estado hebreu, com vistas a acabar com a ocupação e colonização dos Territórios Palestinos.

O poeta palestino Ali Mawassi afirma que, quando os Estados decidem normalizar suas relações, a população nem sempre concorda.

A maioria dos artistas egípcios e jordanianos "continua a se recusar a se associar a qualquer coisa que esteja ligada a Israel".

Mas, segundo o poeta, "há muitos artistas que se calam para aproveitar as oportunidades que o dinheiro dos Emirados traz".

A Turquia acusou os Emirados Árabes Unidos de "trair a causa palestina" ao aceitar um acordo de normalização das relações com Israel, com mediação dos Estados Unidos.

"Enquanto trai a causa palestina para servir a seus pequenos interesses, os Emirados Árabes Unidos se esforçam para apresentar isto como uma espécie de sacrifício pelos palestinos", afirma um comunicado do ministério turco das Relações Exteriores.

Emirados Árabes Unidos e Israel anunciaram na quinta-feira a normalização das relações, como parte de um acordo histórico que converte a federação de sete emirados no terceiro país árabe com o qual o Estado israelense mantém relações diplomáticas, após os acordos assinados com Jordânia (1994) e Egito (1979).

O acordo, anunciado pelo presidente americano Donald Trump, contempla que Israel renuncie ao plano de anexação de territórios palestinos da Cisjordânia ocupada.

"A História e a consciência dos povos da região nunca esquecerão esta hipocrisia e nunca a perdoarão", completa a nota do ministério turco.

Fervoroso defensor da causa palestina, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, critica de maneira habitual os países árabes, que na sua visão não adotam uma atitude suficientemente firme ante Israel.

Os Emirados Árabes Unidos entraram, neste sábado (1º), no grupo dos países que utilizam a energia nuclear civil, com o lançamento de uma usina em Barakah, a primeira do mundo árabe.

"Anunciamos hoje que os Emirados Árabes Unidos realizaram, com sucesso, o lançamento do primeiro reator da central nuclear de Barakah, a primeira do mundo árabe", tuitou o xeque Mohamed ben Rashed al Maktum, primeiro-ministro dos Emirados e governante de Dubai.

"É um momento histórico para os Emirados, em sua meta de fornecer uma nova forma de energia limpa à nação", disse Hamad Alkaabi, representante do país na Agência Internacional de Energia Atômica (OIEA) e elogiou o "sucesso" da inauguração da instalação.

As autoridades dos Emirados anunciaram em 17 de fevereiro a autorização para instalar a usina após vários testes e explicaram que a gestão está a cargo da Nawah Energy Compagny.

Esta empresa, fundada em 2016, vai operar e manter os quatro reatores da usina.

"É uma nova etapa em nosso caminho ao desenvolvimento da energia nuclear pacífica", disse então Mohamed ben Zayed Al Nahyan, o príncipe herdeiro de Abu Dhabi.

A instalação foi construída por um consórcio liderado pela Emirates Nuclear Energy Corporation (ENEC) e pela sul-coreana Korea Electric Power Corporation (KEPCO), com um custo estimado em US$ 24,4 bilhões.

- 25% das necessidades do país -

Quando estiverem totalmente em funcionamento, os quatro reatores terão capacidade de produzir 5.600 megawatts de eletricidade, ou seja, cerca de 25% das necessidades dos Emirados Árabes Unidos, um país rico em petróleo.

O Estado federal, composto por sete emirados, conta com uma população de 9,3 milhões de habitantes, dos quais 80% são estrangeiros.

As necessidades de eletricidade estão aumentando devido ao uso do ar condicionado durante os verões de altas temperaturas.

ENEC, uma empresa pública, anunciou em dezembro que o carregamento de combustível nuclear no reator aconteceria no primeiro trimestre de 2020.

As autoridades dos Emirados insistiram no caráter "pacífico" de seu programa nuclear e garantem que não inclui nenhuma parte militar, em um contexto de tensões na região.

O país já recebeu mais de 40 missões internacionais e inspeções da OIEA e da Associação Mundial de Operadores Nucleares (Wano) desde 2010.

No entanto, seu vizinho Catar considera a usina de Barakah "uma ameaça para a paz regional".

Como vários de seus aliados, incluindo a Arábia Saudita, Abu Dabi cortou relações oficiais com o Catar desde junho de 2017.

Abu Dabi também tem relações tensas com o Irã, sancionado pela comunidade internacional por causa de seu polêmico programa nuclear até a assinatura de um acordo com as grandes potências mundiais em 2015 em Viena, do qual os Estados Unidos se retirou.

Os Emirados Árabes Unidos estabeleceram um programa de energia nuclear e enviaram um astronauta ao espaço. Agora, desejam integrar outro clube de elite, lançando uma sonda chamada "Hope" para Marte.

Somente Estados Unidos, Índia, a ex-União Soviética e a Agência Espacial Europeia colocaram com sucesso sondas ao redor do planeta vermelho. A China também se prepara para enviar uma, além de um robô.

O Estado federado, formado por sete emirados unificados em 1971 e conhecido por seus arranha-céus e ilhas artificiais em forma de palmeira, fará história para um país árabe.

A sonda "Al Amal", "Hope" em inglês, será lançada a partir do centro espacial japonês de Tanegashima em 15 de julho e chegará à órbita marciana em fevereiro.

O objetivo da missão é fornecer uma imagem completa da dinâmica meteorológica da atmosfera de Marte e promover avanços científicos.

É o primeiro passo de um projeto mais ambicioso: a construção de uma colônia humana em Marte nos próximos 100 anos.

- "Ponte para o futuro" -

O mais famoso dos sete emirados, Dubai, contratou arquitetos para imaginar como seria essa colônia e recriá-la no deserto sob o nome de "Cidade da Ciência". O projeto custará cerca de 500 milhões de dirhams (mais de 135 milhões de dólares).

Em setembro de 2019, o emir Hazza al Mansouri se tornou o primeiro cidadão árabe a permanecer na Estação Espacial Internacional (ISS), à qual se juntou a bordo de um foguete russo Soyuz.

"Nossos avós seguiram as estrelas enquanto caminhavam para a glória. Hoje, nossos filhos olham para elas para construir seu futuro", disse o governante de Dubai, o xeque Mohamed bin Rachid Al Maktum, na terça-feira.

A jovem nação do Golfo, cuja influência se estende do Iêmen à Líbia, passando pelo Chifre da África, é apresentada como um ator regional importante.

Já se tornou um centro financeiro e um destino turístico, apesar da desaceleração econômica nos últimos anos. É também o primeiro país árabe a ter um programa nuclear civil.

O país, e particularmente Dubai, atrai milhões de jovens graduados de todo o mundo, principalmente do Oriente Médio e Norte da África.

A federação, criticada por alguns por sua intervenção no Iêmen, afirma defender a tolerância e acolheu a primeira visita de um papa à Península Arábica.

"Os Emirados Árabes Unidos entenderam que o espaço é muito importante para seu desenvolvimento e sustentabilidade. É uma ponte para o futuro", disse à AFP Mohamed al Ahbabi, diretor geral da agência espacial do país.

- "Vetor de mudança" -

Sarah al Amiri, de 33 anos, ministra de Tecnologias Avançadas e vice-diretora do projeto, vê isso como "uma mensagem de esperança para a região, um exemplo do que é possível se usar os talentos da juventude e de maneira positiva".

"Investimos no espaço há mais de 15 anos (...) e trata-se de colocar nosso talento a serviço do resto da região", disse à AFP a partir de Tóquio.

Após a missão Marte, os Emirados anunciaram que estão abrindo portas para jovens de países árabes participarem de um programa espacial de três anos.

"Eles podem vir, ganhar experiência, ser vetores de mudanças para toda a região. Não podemos dizer que essa região é instável e permanecer passivos", afirmou a ministra.

Em Dubai, o Centro Espacial Mohamed Bin Rashid (MBRSC) foi a ponta de lança do projeto, envolvendo cerca de 450 pessoas.

Depois de enviarem um astronauta ao espaço no ano passado, os Emirados Árabes Unidos lançarão a primeira sonda árabe em direção ao planeta Marte em 15 de julho, anunciou a agência de notícias oficial WAM nesta terça-feira (19).

A "Missão Marte Emirados" faz parte do projeto deste país rico no Golfo de se estabelecer como uma potência científica e espacial, tornando-se o primeiro país árabe a colocar uma sonda na órbita no planeta vermelho.

"O mundo participará do lançamento da sonda 'Hope' ao espaço na quarta-feira, 15 de julho de 2020 às 00H51 (local, 17H51 de Brasília) do centro espacial japonês de Tanegashima", informou a agência WAM.

"A contagem regressiva para o lançamento começa depois que a sonda for transferida com sucesso dos Emirados para o Japão, durante uma jornada que vai durar mais de 83 horas por terra, ar e mar", acrescentou.

A ministra de Ciências Avançadas dos Emirados Árabes Unidos, Sarah bint Yousif Al Amiri, também vice-chefe da missão, insistiu no "compromisso" das autoridades de continuar esse projeto, apesar do "contexto da pandemia global" do novo coronavírus.

Em setembro de 2019, Hazza Al Mansuri entrou na história ao se tornar o primeiro cidadão dos Emirados a viajar para o espaço.

Aos 35 anos, esse piloto de caça também é o primeiro astronauta de um país árabe a pisar na Estação Espacial Internacional.

O secretário de Estado americano Mike Pompeo disse neste domingo (23) que visitará a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para conversações sobre a crise provocada pela derrubada de um drone americano pelo Irã.

"Vamos conversar com eles sobre como nos certificaremos de que todos estamos estrategicamente alinhados e como podemos construir uma coalizão global" sobre o Irã, afirmou.

Pompeo disse que fará paradas na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos - que ele chamou de "grandes aliados no desafio que o Irã representa" - a caminho da Índia, onde ele começa uma visita na terça-feira.

Uma egípcia, considerada "a mulher mais gorda do mundo" pelos 500 quilos que chegou a pesar há algumas semanas, foi transferida nesta quinta-feira (4) da Índia, onde foi operada, aos Emirados Árabes Unidos, onde prosseguirá seu tratamento.

Eman Ahmed Abd El Aty, de 37 anos, pesava meia tonelada ao chegar a Mumbai em fevereiro. A mulher sofre de elefantíase, uma patologia que provoca o inchaço dos membros e de outras partes do corpo.

A mulher, confinada até então na cama, foi submetida a uma cirurgia em março. Graças a isso, e a um regime alimentar líquido, perdeu 323 quilos em três meses.

Abd El Aty, que agora pesa 176,6 quilos, deixou o hospital para ser levada a Abu Dhabi. Ali seguirá um tratamento de fisioterapia de um ano no hospital VPS Burjeel, anunciou sua equipe médica.

"Trouxemos uma cama hidráulica da Itália para a viagem de Eman, e terá junto dela médicos, cuidadores e enfermeiras", declarou à AFP Sanet Meyer, responsável de transferências médicas em VPS Burjeel.

A história desta mulher que estava há 25 anos sem sair de casa deu a volta ao mundo e levou um cirurgião indiano a se oferecer para operá-la.

Em viagem ao Qatar, nos Emirados Árabes, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou que esteve reunido com a empresa CEO global da Qatar Airways em busca de revitalizar as marginais da cidade de São Paulo. “Cada vez mais, as empresas estão entendendo que sua responsabilidade global gera muito valor para suas marcas. Continuamos aqui fazendo a nossa parte”, ressaltou. 

“A contrapartida não será apenas publicidade institucional, mas também o reconhecimento da população pelas benfeitorias para a cidade e toda a repercussão nas redes sociais. Essa é uma forma inovadora de envolver a iniciativa privada nas melhorias da cidade sem custos para os cofres públicos”, explicou Doria.

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Nessa quarta (15), o prefeito se reuniu com um dos maiores investidores do Qatar, Khalid Al Thani, dono de uma fortuna de 20 bilhões de dólares. João Doria afirmou que o trabalho será focando esforços para também conseguir serviços e equipamentos modernos para os paulistanos. 

“Mais cedo, a cidade de São Paulo foi presenteada com uma jangada, símbolo do comércio nascido na região no século passado. O que reforça o interesse deles em estreitar as relações comerciais conosco. Até o momento, os resultados não poderiam ser melhores. Ressalto que as privatizações e concessões vão diminuir os gastos da prefeitura com aquilo que não é essencial”, contou.

Os Emirados Árabes Unidos vão aumentar, até o final do ano, a capacidade de produção de petróleo bruto de 2,8 milhões de barris diários para 3,0 milhões de barris diários, de acordo com o ministro do Petróleo, Mohammad Al-Hamli, em anúncio feito hoje. Atualmente os Emirados produzem 2,6 milhões de barris de petróleo por dia.

O ministro também afirmou que o mercado de petróleo está bem abastecido e que os Emirados estão atendendo as exigências dos compradores. Sobre os preços, Hamli disse que também está satisfeito. "Estamos satisfeitos com os atuais preços do petróleo e ficaremos assim enquanto nossos clientes estiverem felizes, comprando mais petróleo bruto."

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Hamli afirmou ainda que o oleoduto de Fujairah, obra de 400 km que circunda o Estreito de Ormuz, vai funcionar totalmente "até o final do ano ou no primeiro trimestre de 2013". A previsão inicial era de que o oleoduto, que pode transportar 1,5 milhão de barris por dia de petróleo bruto, tivesse um fluxo regular em agosto. As informações são da Dow Jones.

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