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Um aluno da Escola Estadual Germano Benencase Maestro, em Americana-SP, alega ter sido obrigado a vestir uma camisa com a palavra "empréstimo" escrita nas costas. Em entrevista à EPTV, filiada à Rede Globo, Priscila de Lourdes Mobilom, mãe do estudante, disse que o garoto de oito anos de idade teve que vestir a farda repassada pela unidade de ensino porque a família não tinha, no momento, recursos financeiros para arcar com uma camisa nova. O caso aconteceu no dia 11 de fevereiro.

De acordo com a mãe, a atitude da escola abalou o emocional da criança. "Crueldade, porque isso mexe com o psicológico da criança, além de eu mandar um recado no caderno dele, dizendo que eu ia comprar uniforme no dia 20 com o Bolsa Família que eu recebo. E eu achei ridícula a atitude da diretora", contou a mãe em entrevista à EPTV.

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Henrique Pereira de Oliveira, pai do garoto, descreveu como o episódio afetou o filho: "O meu moleque não sabe o que falar. Está até com medo de ir na escola". Segundo Alexsander Messias da Silva, pai de outro aluno da unidade estadual, sem o fardamento, os alunos não entram na escola. "Eles são obrigados a usar aquele uniforme escrito 'empréstimo' atrás para poder estudar", disse o rapaz também em entrevista.

A mãe do aluno declarou que recebeu uma ligação da diretora que não teve a identidade revelada. "Fui conversar com ela sobre o assunto e ela disse que a intenção era essa: fazer a criança passar vergonha mesmo, porque eles vêm com celular de última geração para a escola e não tem R$ 30 para comprar uma camiseta. Aí eu falei: 'Mas acontece que há casos e casos'. Ela não conhece a situação de cada família", argumentou.

O dirigente regional de ensino de Americana, Haroldo Ramos Teixieira, reprovou o procedimento adotado pela escola. "Não pode em nenhum momento estar escrito 'empréstimo' na camiseta ou alguma coisa do tipo que possa constranger uma criança. Para ter certeza, a gente precisa apurar os fatos e começa hoje uma apuração preliminar sobre essa atitude para realmente descobrir o que aconteceu. Qual é o responsável ou os responsáveis? Como é que essa camiseta chegou lá escrita 'empréstimo'? Quem escreveu 'empréstimo'? Nós vamos apurar todos os fatos porque nós repoudiamos esse tipo de atitude com qualquer criança", disse o dirigente regional de ensino de Americana, complementando que o caso pode gerar uma punição administrativa na escola estadual.

A irmã do garoto, Ingrid Mobilon, fez uma postagem na última sexta-feira (14)  em uma rede social falando sobre a situação pela qual o irmão passou e disse que estava se "sentindo indignada, pois as autoridades da escola poderiam emprestar (a camisa) sem ter que expor o aluno dessa forma humilhante".

Em ano de eleições, governadores e prefeitos de capitais têm pressionado o ministro da Economia, Paulo Guedes, para garantir que a União seja avalista de um limite maior de empréstimos que Estados e municípios possam tomar no mercado. O aval federal é vital para que estes entes obtenham crédito com juros menores. Os recursos podem ser usados, por exemplo, para tocar projetos de infraestrutura.

A equipe econômica, porém, resiste em ampliar o valor do teto de empréstimos com o seu aval, por causa do volume de calotes que teve de assumir nos últimos anos. Ter a garantia da União significa que, caso o Estado ou município não pague a prestação, o Tesouro honrará a dívida.

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Em 2019, o limite total (com e sem garantia da União) foi estipulado em R$ 20 bilhões. A União precisou bancar R$ 8,35 bilhões em dívidas não pagas por governos estaduais e municipais. O valor foi bem superior aos R$ 4,80 bilhões honrados em 2018.

Todos os anos, o governo estipula esse limite, que é dado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Neste ano eleitoral, há pressa no assunto, porque o prazo para contrair os empréstimos só vai até o início de julho.

Para ser avalista, a União aplica um critério de notas de A a D, o que equivale a bons e maus pagadores. Em condições normais, apenas aqueles que têm nota A ou B, como Espírito Santo e São Paulo, podem receber garantia para contratar empréstimos. Há iniciativas, porém, para que Estados e municípios abaixo dessas categorias também possam ser atendidos.

O valor limite que será utilizado pela União em 2020 ainda não foi fechado. A expectativa é que o novo limite para o aval da União seja definido na reunião do CMN que acontece neste mês.

A negociação em torno do assunto é dura. A resistência do governo já fez com que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fossem acionados nas negociações. Há resistência de parlamentares em garantir recursos no caixa de eventuais adversários políticos nas eleições, apurou a reportagem.

As discussões também contemplam um novo projeto de socorro a Estados em dificuldades. Trata-se do chamado "Plano Mansueto", em referência ao secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

O relator do plano que tramita na Câmara, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), quer ampliar o limite para Estados com notas A e B. Ao jornal O Estado de São Paulo, Pedro Paulo disse que é justo que Estados com notas melhores tenham mais acesso a empréstimos. "Não é eleição. É uma questão de justiça."

O Plano Mansueto também é voltado a 13 Estados com nota C, para que estes possam obter empréstimo com garantia da União. Pelo projeto, o governo vai avalizar até R$ 10 bilhões ao ano em novas dívidas desses Estados.

A queda de braço sobre o assunto já adiou, por exemplo, o acordo com o Congresso para devolver, ao Executivo, o controle sobre R$ 11 bilhões em despesas não obrigatórias, gastos que antes eram carimbados pelos parlamentares.

A operadora de telefonia Oi cobrou R$ 6,8 milhões de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, por um empréstimo vencido há mais de dez anos. O documento foi apreendido pela Polícia Federal (PF) em endereço da Gamecorp, empresa do filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante as buscas da fase 69 da Lava Jato, em dezembro. Na ocasião, também foram confiscados diferentes contratos com valores de até R$ 4,3 milhões firmados entre a Telemar Oi e a Gamecorp.

As informações constam relatório de mídia apreendida elaborado pela Polícia Federal no último dia 13. O documento apresenta informações sobre 25 itens apreendidos durante cumprimento de mandado da Operação Mapa da Mina. A investigação apura supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência envolvendo a Oi/Telemar e o grupo Gamecorp/Gol.

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Segundo a força-tarefa da Lava Jato, foram identificados créditos feitos pela Telemar/Oi em favor do grupo Gamecorp, entre 2004 e 2016, que somam R$ 132 milhões. A Procuradoria aponta que parte desses recursos foi usada para comprar o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, pivô da maior condenação imposta ao ex-presidente Lula - 17 anos de prisão. O petista nega ser o dono da propriedade e recorre em liberdade.

A defesa de Lulinha afirmou que as atividades das empresas do filho do ex-presidente "foram devassadas por anos a fio e nenhuma irregularidade foi encontrada" e lembra que o Ministério Público Federal de São Paulo pediu o arquivamento de investigações sobre a relação entre a Oi e a Gamecorp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-prefeito da cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, Yves Ribeiro, está movendo uma ação popular contra a Prefeitura do Paulista e a Caixa Econômica Federal. De acordo com Yves, a intenção da ação é barrar a contratação de empréstimo pela administração municipal de até R$ 70 milhões - contratação essa que foi aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade. A assessoria de Paulista diz que ainda não foi notificada.

O processo movido por Yves, que também é pré-candidato a prefeitura do município, "questiona a legalidade da prestação de garantia através do Fundo de Participação dos Municípios, sem que haja a autorização do Governo Federal nesse sentido". O ex-prefeito ressalta que, caso liberado, o pagamento do empréstimo recairá para o futuro prefeito de Paulista, em razão da carência estipulada nas negociações. "O que retira a autonomia de futuros gestores, tendo o orçamento prejudicado por atos de gestões anteriores, agravados em função da delicada situação financeira do município, atestada pelo Tribunal de Contas do Estado", diz Ribeiro na ação.

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Entenda

A sessão na Câmara de Vereadores para a autorização da solicitação do empréstimo junto à Caixa aconteceu em setembro deste ano. Foram 11 votos a favor e 3 contra - apenas um vereador não participou da sessão. 

Em reunião com moradores e autoridades locais, o prefeito Junior Matuto (PSB), juntamente com representantes da Caixa, apresentou, no dia 18 de agosto, a situação financeira da cidade e expôs os detalhes do pacto que, segundo ele, pode resultar na melhoria da estrutura da cidade.

Matuto diz que, caso consolidado o empréstimo, irá priorizar obras no setor da infraestrutura e da saúde. "A idéia é aplicar este recurso nas comunidades mais carentes e onde tenha o maior interesse da população", afirma o prefeito. 

A Prefeitura de Paulista salientou que para conseguir o empréstimo, o solicitante tem que possuir um equilíbrio financeiro reconhecido pelo órgão federal. A alternativa é vista como uma grande opção para superar as dificuldades enfrentadas pelos municípios na obtenção de aporte financeiro da União. Em Pernambuco, cidades como Jaboatão dos Guararapes, Cabo e Ipojuca já contaram com este recurso.

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Ter um negócio próprio é o desejo de muitas pessoas, o que faz o empreendedorismo crescer no Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (Monitor Global de Empreendedorismo, em Português) com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no início deste ano, 36 em cada 100 brasileiros de 18 a 64 anos têm um negócio/atividade empresarial ou está se preparando para começar. 

No entanto, se tornar empreendedor e manter o negócio crescendo não é fácil, pois exige planejamento prévio e recursos financeiros para investir e pagar as despesas. Esses fatores podem se tornar obstáculos para pessoas que desejam começar ou ampliar empreendimentos.

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É o caso de Yslane Siciliani, que tem 25 anos e atualmente trabalha como corretora de seguros. Ela também costumava alugar kits de decoração para festas, vender calçados masculinos, roupas femininas e acessórios para celulares, no entanto, os resultados não estavam sendo bons devido à falta de recursos para investir.

Yslane já cursou direito, hoje está na graduação de cosmética e sonha abrir um spa. Ela conta que desde os 12 anos já vendia brincos e ajudava no caixa do restaurante do pai. Depois começou a vender cosméticos, pagando a faculdade e ajudando a família dessa forma.

Questionada sobre como busca recursos para investir e ampliar suas vendas, Yslane conta que sente medo de não conseguir pagar parcelas de um crédito por não ter uma renda fixa. Ela também teme a possibilidade de interromper os investimentos para ajudar em casa quando a família passa por dificuldades financeiras.

Alan Maia trabalha no Banco do Nordeste como gerente estadual da linha de crédito 'CrediAmigo' e explica que a preocupação com o endividamento é comum. “Esse medo muita gente tem, pois há pessoas que pegam empréstimos de qualquer forma, sem ter noção do que vai ser a parcela. Às vezes paga as primeira, mas depois não consegue mais e é pior. Em vez de se desenvolver fica com uma dívida quase impagável”, disse o gerente. 

Na opinião dele, o problema se resolve com um trabalho cuidadoso de analistas de crédito para conceder valores e condições de parcelamento adequados ao empreendedor. Confira a seguir algumas linhas de crédito bancário voltadas especificamente para pessoas que desejam investir o valor na abertura e/ou ampliação de pequenos empreendimentos:

Mais Mulheres - Caixa Econômica Federal

O recém-lançado programa de crédito “Mais Mulheres”, da Caixa Econômica Federal (CEF), tem por objetivo estimular e alavancar o protagonismo das mulheres no empreendedorismo brasileiro. Segundo a Caixa, o programa oferece “taxas diferenciadas”, anuidade gratuita e apoio à qualificação das empreendedoras. 

Microempreendedoras que estejam começando um negócio podem obter até R$ 5 mil com taxa de juros a partir de 1,99% ao mês para pagamento em até 24 meses. Já quem for formalizada como Microempreendedora Individual (MEI) pode solicitar até R$ 10 mil. 

Para ter acesso à linha de crédito, é preciso ter conta corrente na Caixa e fazer uma capacitação negocial reconhecida pelo banco. “A Caixa reservou R$ 5 milhões para empresas com maioria societária feminina para contratação de linha de capital de giro com recursos do PIS, com taxas disponíveis a partir de 0,83% a.m”, informou o banco.

O crédito começará a ser concedido no mês de dezembro de 2019. Para mais informações sobre o programa 'Mais Mulheres', as interessadas devem se dirigir a agências da Caixa espalhadas pelo Brasil. 

CrediAmigo - Banco do Nordeste

O programa CrediAmigo, do Banco do Nordeste, é destinado a pequenos empreendedores que têm ou querem iniciar atividades de comércio, serviços ou pequena indústria. O financiamento pode ir de R$ 100 a R$ 21 mil, com juros de 0,99% até 2,4% ao mês e até 24 meses de prazo para pagar o empréstimo. 

Para solicitar o crédito, de acordo com Alan Maia, gerente estadual do CrediAmigo em Pernambuco, não há impedimento para pessoas que têm dívidas ou que estejam em listas de instituições de proteção ao crédito, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Centralização de Serviços dos Bancos (Serasa). “Mesmo se a pessoa tiver dívida com bancos ou outras pendências como de concessionária, água, luz, telefone, ou restrição no SPC e Serasa, podemos conceder esse crédito”, diz. 

O gerente explicou também que “nós não fazemos só empréstimo, nosso crédito é orientado para que a parcela sempre caiba na capacidade de pagamento do cliente”. Alan também esclarece que não há a necessidade de ter renda no momento da contratação do crédito, pois o banco faz a análise de crédito baseado nos ganhos que o negócio dará ao empreendedor. 

Empresa Simples de Crédito - Banco do Brasil e Sebrae

Na última segunda-feira (25), o Sebrae e o Banco do Brasil (BB) firmaram um acordo de colaboração para criar negócios sustentáveis para Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (EPP). A parceria vai, de acordo com o Sebrae, melhorar a qualificação do empreendedor. 

O banco irá atuar como plataforma das Empresas Simples de Crédito (ESC) através de uma cooperação técnica, oferecendo assistência ao crédito e taxas melhores, tarifas distintas e um Cartão do Empreendedor a clientes qualificados pelo Sebrae. Ainda de acordo com informações do Sebrae, as instituições promoverão educação financeira para empreendedores. 

Empresa Simple de Crédito (ESC) é um tipo de negócio para realizar empréstimos e financiamentos exclusivos para Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte. O objetivo é operar empréstimos, financiamentos e descontos de títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como contratantes microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. 

As ESC’s emprestam recursos apenas a pessoas jurídicas enquadradas como MEI, microempresas e empresas de pequeno porte. Entre as operações possíveis, há empréstimo, financiamento e desconto de título de crédito (operação de entrega do valor de um título ao seu detentor, antes do prazo do vencimento, e mediante o pagamento de determinada quantia). 

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Com a diminuição da renda dos brasileiros, a saída para tentar manter as contas em dia tem sido recorrer a empréstimos. A opção é uma medida não só para quitar dívidas, mas para pagar despesas básicas, como água e luz. Com isso, 69% dos brasileiros que optaram pelo empréstimo pessoal contratado em bancos e financeiras, conseguiram quitar uma dívida, mas deram lugar para inadimplência após contratar o serviço. É o que aponta um levantamento feito pela Confederação nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Entre os maiores motivos que levaram as pessoas a ficarem com o "nome sujo" estão o cheque especial (52%), o financiamento de automóvel (52%), o financiamento de casa própria (35%), as mensalidades escolares (26%), os empréstimos com parentes e amigos (23%), as contas de telefone (20%), os boletos de TV por assinatura e internet (16%) e as contas de água e luz (11%).

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Um dos fatores pelos quais os inadimplentes não conseguem quitar os financiamentos é priorizar contas como o aluguel, que foi citado por 84% dos entrevistados, e o plano de saúde, para 82%, que são os compromissos financeiros pagos em dia.

Mesmo dando prioridade para algumas obrigações financeiras, além do financiamento em atraso, outras contas que não levam à negativação ficam em aberto, como por exemplo, o empréstimo feito com pessoas próximas, como parentes e amigos (33%).

Negar ajuda para algum parente ou amigo que está passando por dificuldades financeiras é uma situação que pode gerar um pouco de constrangimento. No caso de atraso no pagamento da dívida, quem pede o nome emprestado acaba causando transtornos nas finanças de quem o ajudou. Transtornos esses que podem até atrapalhar a amizade entre as partes.

Em um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), aponta que 36% dos consumidores brasileiros fizeram compras utilizando o nome de terceiros nos últimos 12 meses, um hábito comum entre as pessoas que estavam com dificuldades de acesso ao crédito ou enfrentaram algum imprevisto.

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Cerca de 30% dos entrevistados pela pesquisa estavam com o limite estourado no cheque especial ou no cartão de crédito, 22% não tinham as modalidades de crédito à disposição. Já 18% estavam com o nome sujo. Na hora de pedir o nome emprestado, as pessoas mais procuradas foram os pais (28%), os cônjuges (21%), amigos (17%) e os irmãos (16%). 

A pesquisa também aponta que o empréstimo do nome abalou o relacionamento entre as partes. Em 51% dos casos a falta de pagamento do valor emprestado prejudicou a relação de amizade. Um dado curioso é que 49% das pessoas que já pediram o nome emprestado não emprestariam o próprio nome.

A maioria (90%) dos consumidores afirma ter pago ou estar pagando em dia as parcelas das compras feitas em nome de outros, enquanto 12% reconhecem ter alguma prestação em atraso. No total, 12% dos empréstimos de nome resultaram em negativação do CPF de quem assumiu a dívida.

 

A Polícia Federal conseguiu a gravação de uma conversa entre um operador financeiro relacionado a empreiteiras e ex-assessor do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), sobre o pagamento de um “empréstimo” de R$ 1,7 milhão, feito durante as eleições de 2014. Nessa quinta-feira (19), o gabinete do líder do governo Bolsonaro foi alvo de uma operação para elucidar desvios nas obras do antigo Ministério da Integração.

Na conversa de aproximadamente vinte minutos, gravada em fevereiro de 2017 pelo delator e ex-assessor Iran Padilha, o operador João Carlos Lyra cobra o pagamento de um "empréstimo" milionário feito por ele e outro operador - identificado como Eduardo Leite, que também o fez delação- nas eleições de 2014.

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Lyra realizava repasses milionários de propina de empreiteiras que possuíam contrato com o Ministério da Integração Nacional, comandada pelo senador -na época de ministro do governo Dilma. De acordo com a PF, o "empréstimo" de R$ 1,7 milhão seria pago pela OAS, mas não foi concretizado para não chamar atenção da Operação Lava Jato. O operador decidiu cobrar a quantia ao próprio assessor, que recebia os pagamentos.

“Na reunião, da qual participaram apenas o depoente e Iran Padilha, o depoente cobrava a Iran Padilha o montante devido por Fernando Bezerra De Souza Coelho em relação ao empréstimo concedido pelo depoente e Eduardo Freire Bezerra Leite no valor de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais) nas eleições de 2014; que nessa reunião o depoente apresentou para Iran Padilha uma planilha com diversas simulações da correção do dinheiro, simulando as taxas de 1,5%, 2%, 2,5%, 3%, 3,5% e 4%”, discorreu Lyra, sobre a gravação.

No áudio, Lyra e Padilha também falam sobre um encontro com "Fernando pai" -sem a presença de advogados- e negociam a taxa de juros do pagamento. O operador pontua que realizar a entrega em São Paulo seria "arriscado", por ter que se identificar em prédios empresariais. Padilha exprime que não deseja se envolver diretamente pois já está com os "braços cansados", apontou O Globo.

A defesa de Fernando Bezerra Coelho ainda não se pronunciou sobre os diálogos. Antes, o advogado André Callegari disse que a operação tratava-se de uma retaliação do ministro Sergio Moro por declarações de FBC de que uma possível saída dele do governo seria esquecida em 60 dias. “A única justificativa do pedido (de busca e apreensão) seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, diz um trecho da nota. A defesa de Iran Padilha também não respondeu.

Confira trechos da conversa:

Lyra: — Eu fiz um e meio, dois. dois e meio, três e três e meio

Padilha: — Certo.

Lyra: — Certo, ai, eu quero que o senhor diga: João o que é que é justo.

Padilha: — Certo.

Lyra: — Certo. Aí, não tem arrodeio, entendesse Iran? Se você disser: João, um e meio, dois, dois e meio.

Padilha: — Tô entendendo.

Em outro momento:

Lyra: — Mas se não for, o senhor diz onde seria.

 Padilha: — Claro e... ininteligível.

Lyra: — E até o final de fevereiro ele arrumava os 500.

Padilha: — Isso... Aí eu não quero me envolver, entendeu? Eu já me sacrifiquei demais, o braço cansa.

 Lyra: Eu sei disso.

 Aos dez minutos do áudio, Lyra questiona Padilha sobre o encontro com “Fernando pai”.

Lyra: — E quem participaria da reunião? Fernando pai ou o filho?

 Padilha: — Acho que é o pai...

 Lyra: — Eu e ele né.

 Padilha: — É...

 Lyra: — Não vem nada de advogado, essas coisas, não?

Padilha: — Não, que eu saiba não.

 

 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira, 2, que antecipará o pagamento antecipado de mais R$ 40 bilhões de empréstimos da União. A medida é a terceira meta das cinco anunciadas pelo presidente Gustavo Montezano em sua posse, no dia 16 de julho.

Com esse pré-pagamento, o BNDES já terá devolvido à União, neste ano, R$ 84 bilhões, o que corresponde a cerca de 67% da meta de R$ 126 bilhões. 

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A liquidação de R$ 40 bilhões segue decisão aprovada pela diretoria do banco de fomento em 31 de julho e pelo Conselho de Administração em 2 de agosto, adotando os mesmos procedimentos em todas as operações de pré-pagamento, desde dezembro de 2015.

Processo

O trâmite das operações de pré-pagamento ao Tesouro prevê que o BNDES envie ofício à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), informando a aprovação do pré-pagamento e submetendo à aprovação do ministro de Estado da Economia a proposta dos contratos a serem pré-pagos. A partir de então, cabe à STN dar o “de acordo” ao Banco, anexando despachos do ministro da Economia (que é a instância que, pelo contrato, pode formalmente autorizar a antecipação).

Nos termos do Acórdão 2975/2016, do Tribunal de Contas da União (TCU), os pagamentos realizados pelo BNDES devem ser utilizados exclusivamente para abatimento de dívida pública federal.

 

*Da assessoria

Uma confusão entre Fabio Assunção e o ex-sogro Luis Felipe Tavares, envolvendo dinheiro, foi parar na Justiça. Em junho de 2015, o ator da Globo teria emprestado cerca de R$ 1 milhão para Tavares, que não efetuou o pagamento no período combinado de 90 dias.

No mês passado, a Justiça determinou que Fabio seja ressarcido com a quantia ajustada, com juros e correções, de R$ 1,469 milhão. Segundo informações do Uol, o caso ainda cabe recurso. No processo, o ex-sogro de Fabio Assunção alegou que o empréstimo não tinha data para ser quitado.

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A advogada de Luis Felipe Tavares, de acordo com o Uol, vai analisar a sentença da juíza Paula Rocha da Silva e Formoso. Contratados por Fabio, os advogados pediram judicialmente a penhora de um imóvel de Tavares, localizado no Jardim Europa, em São Paulo, avaliado em quase R$ 10 milhões. Fabio Assunção foi casado com Karina Tavares, filha de Luis Felipe. Do relacionamento nasceu Ella Felipa, que hoje está com 10 anos.

Um dos principais personagens do título de campeão pernambucano 2018 do Náutico, o goleiro Bruno deixará a equipe alvirrubra com destino a Portugal. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (24) pela assessoria de comunicação do clube recifense. Após seis anos defendendo o Timbu, o arqueiro agora atuará pelo Gil Vicente, por meio de contrato de empréstimo com duração até junho de 2020.

Em seu site oficial, o Náutico agradeceu o trabalho do goleiro, além de desejar “sucesso” no futebol europeu para o atleta. O jogador, por sua vez, deu uma declaração emocionada sobre sua saída do Timbu.

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“Fica a saudade pelas muitas coisas boas que passei por aqui. Tenho carinho enorme pelo clube, funcionários e torcedores, que sempre me apoiaram. É difícil falar e não se emocionar. Aqui vivi tudo na minha vida. Momentos difíceis, bons, excelentes, de glória. Agradeço muito a Deus por ter tido a oportunidade de trabalhar neste clube. Queria ter dado mais um título, mas infelizmente as coisas não são como a gente quer. Eu estou muito feliz e triste, ao mesmo tempo, por ter que deixar esse clube do jeito que está. Queria ter deixado na Série B. Dei o meu máximo, fiz de tudo, treinei. Mas infelizmente não conseguimos o tão esperado acesso. Mas creio em Deus que esse ano vai. Confio muito no trabalho dos meus companheiros e com certeza vamos conseguir voltar para a Série B”, disse Bruno, conforme informações da assessoria de comunicação do Náutico.

“Saio daqui levando só coisas boas. Todo o carinho que a torcida teve por mim. Todo o carinho especial que os funcionários tiveram por mim e a experiência de grandes profissionais que passaram por aqui. Júlio César, campeão do mundo, assim como Rodolpho, que me ajudou bastante. Jefferson nem se fala: meu amigo e irmão. Espero poder fazer tudo aquilo que fiz aqui no meu novo clube. Gratidão eterna pelo Náutico. Nunca vou esquecer desse time. Espero que eu possa ser uma referência para muitos. A gente que é da base sabe como é difícil subir. A pressão é grande. Espero que o Náutico possa revelar muito mais goleiros e eu ficarei muito feliz em ver isso acontecer novamente. Espero que sirva de exemplo as coisas boas que fiz. O Náutico terá um mais torcedor em Portugal”, finalizou o goleiro.

Muitas pessoas diariamente recebem propostas de ampliação do limite de crédito por parte dos bancos, instituições financeiras e lojas que operam com sistema próprio de crédito. Nos últimos 12 meses, quatro em cada dez usuários de cartão de crédito (38%) receberam alguma oferta de aumento de limite sem que tivessem solicitado. O mesmo ocorreu com consumidores de outras modalidades que tiveram aumento no limite de empréstimos e de crédito pré-aprovado (34%) e expansão do limite disponível no cheque especial (24%). Estes dados pertencem a um levantamento realizado em todos os estados do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A pesquisa apontou que o cartão de crédito foi a modalidade que mais deixou o consumidor com o nome sujo, com 46% de incidência. Nem sempre os usuários dão atenção aos contratos na hora de avaliar juros e tarifas de serviços financeiros, principalmente no caso de cheque especial (38%), o que acaba sendo um fator para a inadimplência.

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Entre os entrevistados, 53% acham a proposta de aumento de limite interessante, por considerar positivo ter crédito à sua disposição. Já 21% rejeitaram a oferta porque não viam necessidade no uso. Por outro lado, 44% tendem a aceitar, desde que vejam necessidade em seu uso (31%).

 

O cantor Belo está envolvido em mais uma polêmica. Desta vez, o pagodeiro terá que prestar depoimento após ser acusado de estelionato. Em 2013, Belo teria feito um empréstimo de R$ 50 mil para quitar uma dívida.

"Após inúmeras tentativas de contato que se arrastaram durante anos, via telefone celular e solução amigável do conflito, não foi obtido êxito, motivo pelo qual até a presente data não houve o pagamento da dívida", diz um trecho do boletim de ocorrência.

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Segundo informações do jornal Extra, o marido de Gracyanne Barbosa recebeu na época um prazo de dois meses para realizar o pagamento, mas a vítima que fez a acusação não recebeu o dinheiro. Nesta terça-feira (18), por volta do meio-dia, Belo é esperado pela 42ª DP do Rio de Janeiro, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, para dar mais esclarecimentos sobre o caso.

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A Polícia Federal em Pernambuco está nas ruas na manhã desta terça-feira (11). A operação, segundo a PF, investiga gestão fraudulenta no Banco do Nordeste.

Os indícios são de que a instituição financeira teria concedido empréstimos fraudulentos através da aprovação de crédito para empresas sem capacidade. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão dentro da operação. Dois dos mandados são para o município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e dois em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR).

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De acordo com a PF, seis pessoas estão sendo investigadas. Os crimes são de gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Além dos mandados, também foram pedidos sequestros de bens e retenção dos passaportes dos envolvidos.

 

Modelo de negócios autorizado pelo governo há pouco mais de um mês, a Empresa Simples de Crédito (ESC) já conta com 25 iniciativas pelo Brasil. Por meio de lei aprovada pelo Congresso, a União legalizou a nova modalidade, que são operações de empréstimos realizadas por e para cidadãos comuns, com juros, sem regulação direta do Banco Central. O objetivo é colocar dinheiro na mão do pequeno empreendedor, que mesmo representando 99% das empresas privadas do País, tem dificuldades para conseguir capital com grandes bancos.

Foi o caso de Karolina Duarte, dona de uma confecção de roupas, que, ao tentar obter um empréstimo com um banco para investir em seu negócio, se deparou com uma taxa de juros de 7% ao mês. Frustrada, ela procurou a empresária Elaine Ferri, que se tornou uma das primeiras pessoas a abrir uma empresa simples de crédito no Brasil. As duas, que já se conheciam, realizaram a primeira operação da empresa de Elaine, a Simple Credit. O empréstimo de R$ 10 mil saiu a uma taxa de juros de 3,5% ao mês - metade do que o banco pretendia cobrar - e prazo de pagamento de dez meses.

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Esse modelo, com outras medidas no setor financeiro, se tornou uma aposta do Poder Executivo para a democratização do acesso ao crédito para micro e pequenos empreendedores. Em dois anos, mil empresas desse tipo devem injetar R$ 20 bilhões na economia, prevê o Sebrae.

Juros

Aliada a iniciativas de fintechs, as startups ligadas ao sistema financeiro, e do crédito corporativo, a entrada da ESC no mercado tem potencial de derrubar os juros pagos pelo microcrédito, afirma o ex-ministro e assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos. Hoje, a taxa está em 44% ao ano. "O microcrédito é uma coisa que se fala tanto e se consegue pouco, porque a burocracia dos sistemas torna o custo da operação insuportável", afirma Afif.

A exemplo do caso de Karolina e Elaine, a relação de proximidade entre o tomador e o cedente do crédito é considerada um trunfo para que haja mais empréstimos com menor custo. "É um processo novo e antigo ao mesmo tempo", diz Afif. "Ele remonta aos primórdios do sistema de crédito, quando era o cidadão no município que tinha uma casa bancária e emprestava para quem conhecia."

Pioneira, Elaine acompanhou todo o trâmite da elaboração da ESC no Congresso. Moradora de São Paulo e proprietária de uma empresa de cobranças, ela tinha capital guardado para investir e estava insatisfeita com o retorno da caderneta de poupança, de menos 0,5% ao mês. Na próxima operação de crédito que pretende fechar, com uma cabeleireira, planeja cobrar 3,8% de juros ao mês - mais do que o primeiro empréstimo, mas menos que o valor de mercado.

Riscos

Quanto ao riscos, como no caso de o tomador não pagar o empréstimo, a lei prevê que a ESC poderá usar o instituto da alienação fiduciária em suas operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito. No negócio entre Karolina e Elaine, a garantia escolhida foi uma nota promissória. "Se ela não pagar, executo a promissória", diz Elaine.

Pela lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a empresa simples de crédito não está sujeita a limitações à cobrança de juros previstas pela chamada Lei de Usura - o decreto, de 1933, impede a cobrança de juros que correspondam ao dobro da taxa legal (hoje, a Selic). Para Afif, é a autorregulação do mercado que pode segurar cobranças abusivas, uma vez que o risco de inadimplência é de quem empresta.

Trazer esse tipo de operação para a formalidade é um "grande ganho", diz o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick. As regras são "claras e transparentes", disse. Quick avalia que o surgimento das ESCs pode ser ainda uma "excelente oportunidade" para os grandes bancos, já que a movimentação deve ser feita em contas de depósito.

 

PERGUNTAS & RESPOSTAS

1. Quem pode abrir uma Empresa Simples de Crédito (ESC)?

Qualquer um pode abrir uma empresa simples de crédito, mas cada pessoa física pode participar apenas de uma ESC, e filiais não são permitidas. O dono deve registrar sua empresa em uma junta comercial, e a movimentação do dinheiro só pode acontecer por débito ou crédito em contas de depósito, não sendo possível usar o dinheiro em espécie e a troca de cheques.

2. Como funcionam os juros cobrados?

Quem decide o juro que será praticado é o próprio empresário. A primeira empresa simples de crédito emprestou a uma taxa mensal de 3,5%.

3.Quem vai fiscalizar essas empresas?

O negócio não é supervisionado pelo Banco Central, mas as operações precisam ser registradas numa entidade registradora autorizada pelo Banco Central ou pela Comissão de Valores Mobiliários.

4. Que impostos elas pagarão?

Apesar de ter "simples" em seu nome, a ESC não pode se enquadrar no regime do Simples Nacional. O regime de tributação será pelo lucro real ou presumido.

5. A quem uma ESC pode emprestar?

Uma empresa simples de crédito só pode emprestar dentro do seu município sede e aos municípios limítrofes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) avalia a entrada das empresas simples de crédito de forma positiva e diz apoiar normas que proporcionem um ambiente favorável no mercado. "Novos participantes, que atendam a segmentos específicos, contribuem para a consolidação de um mercado de crédito mais inclusivo e competitivo", informou a entidade. O Estado procurou os três principais bancos privados que atuam no País para comentar os efeitos da ESC no mercado de crédito. Itaú e Bradesco não se manifestaram.

Já o Santander afirmou ter lançado, recentemente, ofertas direcionadas aos microempreendedores individuais e para pequenas e médias empresas. "Em paralelo, no mundo digital, facilitamos a concessão de crédito para capital de giro por meio do APP Santander e Internet Banking. As soluções reforçam nosso posicionamento de acreditar e apoiar o empreendedorismo no País. A carteira de crédito do banco voltada ao segmento soma mais de R$ 35 bilhões e, nos últimos 12 meses até março, cresceu 8,7%", informou.

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Há a expectativa de que as empresas simples de crédito acabem abocanhando parte de um mercado similar de crédito, as chamadas factorings. Para o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, cerca de 3 mil factorings - metade das que estão em atividade hoje - podem acabar se tornando empresas simples de crédito. "Do ponto de vista da tributação, ela se mostra mais vantajosa, mais segura e mais barata", disse Quick.

PARA ENTENDER

Por duas vezes, o Banco Central recomendou a não aprovação do modelo, vetado pelos ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer. Com ajustes no texto que trouxeram mais segurança ao negócio, a iniciativa foi sancionada por Bolsonaro.

A versão final da ESC traz uma série de restrições para que os negócios não representem um risco sistêmico ao mercado de crédito. Sua atuação está limitada ao município de sua sedes, sem possibilidade de filiais. As ESC também não são autorizadas a captar dinheiro para fazer empréstimos, limitando o capital apenas aos recursos próprios dos empresários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Duas empresas financiadoras de empréstimos que funcionavam irregularmente no bairro de Santoforam interditadas na manhã desta quarta-feira (3). De acordo com o Procon de Pernambuco, essas empresas não possuíam licença de funcionamento. Dos outros estabelecimentos visitados pelo Procon, duas estavam regulares e outras foram notificadas para apresentar documentos.

De acordo com a gerente de Fiscalização do Procon, Danyelle Sena, para funcionar, as lojas precisam ter autorização do Banco Central e ter contratos com os bancos para os quais oferecem empréstimos. “As empresas terão o prazo de dez dias para apresentar a documentação, caso contrário, ficarão fechadas até se regularizarem e ainda podem ser multadas em valores que vão desde R$ 1.050 a R$ 9,5 milhões", confirma a gerente.

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As fiscalizações nas financiadoras de crédito iniciaram em julho de 2018, ano em que registrou o fechamento de 15 empresas, de acordo com o Procon-PE. O consumidor que se sentir lesado pode denunciar através do número 0800.282.1512, a ligação é gratuita.

O Nubank anunciou que está iniciando um serviço de empréstimo pessoal por meio do seu aplicativo. Segundo o banco digital, os clientes interessados poderão fazer toda a contratação e gerenciamento pelo celular. A novidade estará disponível para os primeiros clientes a partir desta segunda-feira (11).

Por meio do aplicativo do Nubank, o usuário pode realizar uma simulação de empréstimo em tempo real em poucos minutos. Basta que a pessoa informe o valor que precisa e selecione o número de parcelas para, então, visualizar na hora os juros e o valor total e mensal que irá pagar.

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Ao completar o processo, o dinheiro cai na NuConta do usuário. O cliente tem até 90 dias para pagar a primeira parcela e, então, até 24 meses para quitar o empréstimo. Pelo aplicativo, é possível gerenciar todas as etapas do empréstimo, antecipar parcelas e ver, a qualquer momento, quanto falta pagar.

O pagamento das parcelas é feito por débito automático na NuConta – mas somente se o cliente tiver o valor total da parcela disponível no dia do pagamento - caso contrário, um lembrete será enviado, com informações sobre as taxas referentes a atrasos.

Por enquanto, a empresa vai testar a novidade com alguns clientes que já usam o cartão de crédito Nubank e a NuConta. Aqueles que estiverem na fase de testes serão avisados por e-mail e notificação em seu celular. Além disso, verão a opção de empréstimo no aplicativo.

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A tecnologia vem mudando a forma como as pessoas lidam com o dinheiro - não só para investir, mas também para tomar emprestado. Segundo pesquisa do aplicativo de educação financeira Guiabolso, com 4,5 milhões de usuários, ao contratar um crédito pessoal online via fintechs, o consumidor pode conseguir uma taxa de juros mensal, em média, três pontos porcentuais abaixo do que as oferecidas nos grandes bancos. Isso significa que uma taxa de 6% ao mês, por exemplo, poderia sair por 3%.

Em levantamento realizado, a pedido da reportagem, com uma amostra de usuários do aplicativo, entre os que têm parcelas de empréstimos em bancos, 82% economizariam se tivessem escolhido um empréstimo pessoal online na plataforma, por meio de algum parceiro de crédito digital, como BV Financeira e CBSS.

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Entre os pesquisados, o valor médio dos empréstimos nos bancos era de R$ 7,2 mil, com parcela média mensal de R$ 836. Assim, segundo o Guiabolso, o refinanciamento para um crédito online geraria uma economia de R$ 200 por mês. Em média, a taxa de juros das opções de crédito digital oferecidas no app foi de 3,7% ao mês.

Segundo dados do Banco Central (BC), ao fim de janeiro, as taxas médias de empréstimo pessoal sem garantia no BB, Itaú, Santander, Caixa e Bradesco eram de, respectivamente, 3,91%, 4,22%, 4,62%, 4,70% e 5,75% ao ano. Já segundo a pesquisa do Guiabolso, o crédito tomado diretamente com os bancos tradicionais foi mais caro (em média, 6,7%). A explicação para essa diferença é que os dados do BC englobam categorias diversas de clientes, como alta renda e private, que têm acesso a taxas melhores. Em 2018, o juro médio do crédito pessoal foi de 41,7% ao ano, segundo o BC.

Benjamin Gleason, cofundador do Guiabolso, explica que, além de fintechs terem custos reduzidos por não arcarem com uma estrutura física, elas conseguem oferecer taxas mais baixas devido a um processo mais customizado de análise de crédito, que privilegia bons pagadores.

"Nos bancos, as pessoas mostram apenas parte da vida financeira, mas hoje o consumidor tem conta num banco, cartão de outro e investe por outra corretora - e isso a gente consegue identificar, conectando essas diversas contas", explica. O Guiabolso, por exemplo, também utiliza dados externos de birôs de crédito, como o SCPC Boa Vista, com quem tem uma parceria.

As fintechs de crédito cresceram de forma expressiva nos últimos tempos. Segundo a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), o salto vem sendo de 300% ao ano no volume de crédito concedido. A procura por novas alternativas decorre do fato de que, apesar de a Selic ter caído de 14,25% a 6,5% ao ano de 2016 para cá, o impacto no mercado de crédito foi pouco expressivo.

"Historicamente, resolvemos o problema da inflação - mas ainda não o de crédito", afirma Rafael Pereira, presidente da associação. "Grande parte desse problema tem a ver com a concentração bancária: mais de 80% do crédito está nos cinco grandes bancos. Mas, isso está mudando." Segundo a associação, hoje existem entre 80 e 100 empresas de crédito online no País.

Ele pontua também que o segmento tem se tornado cada vez mais especializado. "Há fintech de crédito focada em pessoa física, jurídica, em pequena e média empresa, em consignado, com garantia e por aí vai", diz.

A fintech Alicrédito, por exemplo - focada em crédito pessoal -, vai lançar este mês duas novas linhas: crédito para servidores federais e consignado, com taxa média de 1,7% ao mês. "A questão é que a maioria dos clientes de banco são pagadores de tarifas, mas não tem os serviços adequados", diz Bruno Reis, presidente da empresa.

Pereira, da ABCD, ressalta, porém, que, na hora de tomar crédito, é importante pesquisar sobre a instituição financeira e dobrar a atenção para evitar fraudes. "O consumidor jamais deve fazer pagamento antecipado para a liberação do crédito - nenhuma empresa pede isso", diz.

Procurados pela reportagem, Bradesco, Itaú e BB não comentaram. Caixa e Santander não responderam.

Lançamento

A fintech Nubank lança nesta segunda-feira (11) um novo serviço de empréstimo pessoal para pessoa física. A novidade ficará disponível gradualmente para clientes da NuConta e do cartão de crédito. Num primeiro momento, serão oferecidos juros entre 2,1% e 5% ao mês.

Todo o processo é feito por meio do aplicativo, no qual o cliente pode fazer uma simulação: basta informar o valor de que precisa, escolher o número de parcelas (máximo de 24) e a data em que gostaria de começar a pagar para ver, na hora, os juros e o valor total e mensal a ser pago.

A liberação do novo produto será feita de forma gradual. Ao longo dos próximos primeiros meses, aproximadamente 600 mil clientes já ativos devem ter o crédito pré-aprovado disponível para contratação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (21), o meia Gabriel foi apresentado oficialmente como reforço pelo Kashima Reysol, do Japão. O atleta que pertence ao Flamengo, mas que atuou na última temporada pelo Sport, acertou com o clube japonês por empréstimo até o fim do ano. Assim, o jogador volta a jogar sob o comando do técnico Nelsinho Baptista.

“Estou muito feliz e motivado para esse primeiro desafio fora do Brasil. Foi uma honra ter meu nome lembrado pelo Nelsinho, que é um grande treinador e extremamente respeitado aqui no Japão. Fui muito bem recebido pela diretoria, comissão técnica, companheiros de time e pela torcida. A estrutura do clube é espetacular, tem condições excelentes de trabalho. Espero corresponder às expectativas e fazer uma boa temporada aqui, se possível com a conquista de títulos”, disse Gabriel, segundo o jornal Extra.

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