Tópicos | Enem 2021

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quarta-feira (22) que não há interferência do MEC e do governo federal nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em resposta aos deputados, ele disse que as questões foram elaboradas por professores contratados pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2021.

"Não há a menor interferência do MEC, do governo, nas provas do Enem. Aliás, a comissão que elaborou essa prova foi do seu governo (Bolsonaro). Os professores foram selecionados em 2020, os itens foram criados em 2021", reforçou Santana.

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Ele foi ouvido nesta manhã pelas comissões de Educação; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Uma questão da prova sobre territorialização da produção trazia como correta a afirmativa de “cerco a camponeses inviabilizando manutenção da vida”. Questionado pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) sobre a depreciação do setor agropecuário, Camilo afastou alinhamento ideológico: "Este governo tem valorizado e apoiado o agronegócio brasileiro. Nós estamos tratando aqui de uma questão de interpretação. Isso não significa dizer que é um posicionamento do governo nem do Ministério da Educação", reforçou Camilo.

Violência nas escolas
Camilo Santana reiterou que o governo tomou “ação efetiva” contra a onda de violência nas escolas ao combater as fake news e plataformas digitais que incitavam o ódio. "Pessoas foram presas. São jovens estimulando o armamento, são jovens estimulando matar as pessoas nas redes sociais e as plataformas digitais precisam ser responsabilizadas", disse.

Ele elogiou a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de convocar governadores e prefeitos para atuar de forma conjunta para evitar novos incidentes em ambientes escolar. Segundo ele, é preciso construir “parcerias com estados e municípios que estão na ponta, porque são eles que executam as políticas públicas”.

Novo ensino médio
Outro tema em destaque foi o envio ao Congresso, pelo governo, do projeto de lei com diretrizes para a Política Nacional de Ensino Médio, que propõe mudanças no novo ensino médio, aprovado em 2017.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) classificou a iniciativa de "revogação branca" das regras do ensino médio e disse que "anos de debate foram jogados no lixo". Ventura afirmou que o Brasil tem uma "estrutura arcaica de ensino que não conversa com o resto do mundo em relação à rigidez de disciplina obrigatória, em relação ao aluno não ser volitivo em suas escolhas, seguir seus interesses, suas inspirações." De acordo com a parlamentar, tudo isso se reflete "nos nossos índices, em último posicionamento em rankings de educação."

Diante o que expôs, ela quis saber o que a pasta propõe para a educação básica e o ensino médio. Em resposta, Camilo Santana reforçou que foram ouvidos representantes de professores, alunos, secretárias e conselhos de educação na elaboração do projeto.

Entre as medidas, está prevista a volta de todas as disciplinas obrigatórias do ensino médio, como sociologia, filosofia e artes, além da inclusão da língua espanhola em toda a rede no prazo de três anos. "Queremos uma escola que seja criativa, acolhedora, que diminua a evasão, focada no novo mercado de trabalho, que dê esperança", frisou o ministro.

Sistema Nacional de Educação
Camilo defendeu a aprovação, pela Câmara, do Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/19, que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE) com o objetivo de articular políticas, programas e ações da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na área educacional. O texto já foi aprovado pelo Senado.

O titular do MEC informou que o governo deve enviar ao Congresso propostas sobre o novo Fies e a bolsa poupança para o ensino médio.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

As inscrições para a seleção da Universidade de Brasília (UnB) que oferta de 2.120 vagas em cursos de graduação para quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos de 2019, 2020 e 2021 seguem até esta terça-feira (21). As candidaturas podem ser feitas por meio do site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

As graduações serão ofertadas nos campiDarcy Ribeiro, UnB Ceilândia, Gama e Planaltina. De acordo com o edital, para se candidatar, além de apresentar a nota do Enem, será preciso comprovar o certificado de conclusão do ensino médio até o ano letivo de 2021 e responder a um questionário socioeconômico. A seleção será realizada por meio de três sistemas de vagas:  Sistema Universal, o Sistema de Cotas para Escolas Públicas e o Sistema de Cotas para Negros. 

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Há oportunidades de graduação presencial em diversos cursos, como administração, ciência política, arquitetura e urbanismo, publicidade e propaganda, ciência da computação, gestão de agronegócio, ciências biológicas, engenharia elétrica, engenharia, ambiental, física, geofísica, medicina, nutrição, odontologia, psicologia, química, farmácia, história, letras, língua portuguesa, enfermagem, fisioterapeuta e saúde coletiva.

Como critério de seleção, a UnB irá avaliar o desempenho no Enem dos candidatos por meio da determinação de notas mínimas em cada área de conhecimento.  Além da seleção, os candidatos precisarão passar por um exame psicossocial realizado no dia 7 de julho. O resultado final do processo seletivo será liberado no dia 3 de agosto.

O pernambucano Pedro Vítor Monte, de 17 anos, conquistou a maior nota em matemática no Exame Nacional Ensino Médio (Enem) 2021. Ao LeiaJá, o estudante conta que não esperava obter a maior pontuação do Brasil na disciplina.

"O contexto de nervosismo da prova era o que mais me afetava, além do quê eu nunca gabaritei matemática nos simulados que fazia. Então, por mais que eu esperasse uma nota de mais 40 acertos, ter a nota máxima era outro nível pra mim, não achava que, no dia, iria conseguir de fato".

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Questionado sobre a rotina de estudos, Pedro alega à reportagem que não teve uma bem definida, no entanto, construiu uma estratégia para o exame. "Minha estratégia para o vestibular foi ter uma lista de assuntos de várias matérias que eu 'a' acompanhando, sempre dando mais atenção aos assuntos que eu não tinha aprendido, tinha dificuldade ou sabia que caía muito no Enem. Em matemática, foi um pouco diferente, já que praticamente todos os assuntos da prova são vistos até o 2° ano, e como eu sempre tive muita afinidade e gosto, acredito que aprendi muito bem a matéria durante meu ensino fundamental até o ensino médio", ressalta.

A base foi essencial

Em seu segundo Enem, a primeira foi como treineiro, o pernambucano acredita que a base construída ao longo dos anos foi essencial para o desempenho no exame. Eu não aprendi tudo no meu 3° ano, e definitivamente não consegui revisar todos os assuntos da maneira que eu queria. Então, foi justamente o resultado dos anos anteriores de estudo, desde o ensino fundamental, que me possibilitaram dedicar meu tempo mais a assuntos que eu não sabia ou que caíam muito no Enem", aponta.

Outra questão pontuada pelo jovem, que pretende cursar Ciência da Computação, ou Engenharia da Computação, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é a independência no momento dos estudos. "Eu sempre fui um pouco autodidata, então eu pegava livros de matemática e estudava sozinho, além de participar de olimpíadas e aulas de aprofundamento. Isso fortaleceu muito minha base também, e ampliou minha mente para ter ideias mais eficientes na hora da prova", explica.

Dicas

Para a reportagem, Pedro Vítor compartilhou algumas dicas de preparação para quem realizará a edição do Enem em 2022. O principal apontamento dele é o fortalecimento da base de conteúdos.

"É preciso voltar um pouco, e estudar novamente assuntos que você viu, digamos, no 8° ano do fundamental. Eu fiz isso algumas vezes, porque eu esquecia por exemplo, como dividir com números decimais ou fazer sistemas de equação. Parece besteira, mas ter confiança nessas operações mais básicas é essencial pra não errar questões no Enem, já que se cobra muito Matemática Básica na prova", reforça.

E complementa: "Outra coisa também é criar seu próprio estilo de estudar, e ter certa independência. Se você faz um cursinho ou está no colégio, nesses lugares é homogêneo para todo mundo, mas cada um tem suas dificuldades. Então, ter mais autonomia para personalizar seu estudo é bem importante, pelo menos foi pra mim".

Poucas horas após a divulgação das notas individuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, liberadas antecipadamennte na noite da quarta-feira (9), candidatos da edição pedem, por meio de postagens no Twitter, a revisão das notas, principalmente, da avaliação de redação.

Utilizando as hashtags #REVISAINEP e #REVISAENEM, eles tentam um posicionamento do órgão responsável pelo exame, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que, até o momento, não se manifestou. Confira:

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