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Das 119.546 classes da rede estadual de ensino de São Paulo, 2.956 (ou 2,5%) estão ociosas e poderão participar da reorganização das escolas. Proposta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) fará com que os colégios tenham apenas um ciclo (anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental ou ensino médio) a partir de 2016.

Cada sala de aula pode ter até três classes, separadas por período. O total de classes ociosas, divulgado na quarta-feira (21) pela Secretaria Estadual da Educação, é um dos principais argumentos do governo estadual a favor da medida, que tem sido contestada pela Apeoesp, principal sindicato dos professores do Estado, além de pais e alunos.

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Conforme a reportagem antecipou em setembro, entre 2000 e 2014, a rede perdeu 1,8 milhão de alunos, segundo estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). A queda do número de crianças e jovens em idade escolar, a municipalização do ensino fundamental e a migração para a rede privada explicariam a mudança, de acordo com a pesquisa.

Por causa da diminuição de 32,2% no número de matrículas, o Estado acumulou classes (também chamadas de turmas) ociosas, criando espaços que poderiam ser mais bem aproveitados nas escolas. É com esta margem de vagas que o governo pretende separar os ciclos e distribui-los em cada unidade, unindo os alunos de uma determinada faixa. A junção deverá respeitar uma distância de até 1,5 km entre a escola atual e a nova.

Fechamento

Apesar de a secretaria afirmar que a mudança é baseada em estudos que apontam melhora no desempenho escolar, pais, professores e alunos iniciaram uma onda de protestos desde que a medida foi anunciada. Na semana passada, um grupo de black blocs depredou e tentou invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista e residência de Alckmin. O receio é que parte das escolas seja fechada.

A Apeoesp divulgou uma lista com 162 colégios da rede que estariam na mira das desativações. Além disso, o Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública já pediram esclarecimentos ao governo sobre a proposta.

Na manhã de quarta-feira, no entanto, o governador voltou a negar qualquer fechamento. "Nenhuma escola vai ser fechada. Vamos reorganizar para ter ciclo único. Você não tem compromisso com prédio, mas tem com a escola. Hoje, nós temos 1,5 mil escolas de ciclo único e queremos ir para 2,2 mil", disse ele após um evento de Educação no Fórum Lide Educação, na zona sul da capital.

Segundo Alckmin, além do benefício pedagógico da medida, a reestruturação pode ajudar na criação de vagas para a educação infantil, que ainda não foi universalizada. "Nós temos capacidade de infraestrutura para seis milhões de alunos, mas temos quatro milhões. Você tem 2,9 mil classes ociosas. Por que temos tanto mais vaga do que aluno? Porque municipalizou o primeiro ciclo e porque as mamães hoje têm menos filhos e mais tarde. Mudou o Brasil, mudou a demografia", afirmou.

Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a crise econômica pode fazer com que a rede volte a crescer nos próximos anos. "A crise vai jogar muita gente da rede privada para a pública. Os municípios não podem suportar o aumento sozinhos. O governador vai fechar escolas sem analisar outros aspectos", disse.

Ela acredita que o ideal seria aproveitar a mudança demográfica para reduzir o número de alunos por sala. "Só vai haver qualidade de ensino quando tiver menos alunos por sala. Essa proposta do governo é totalmente econômica. De pedagógica não tem nada", criticou.

A secretaria não divulgou o número de prédios que serão alterados para receber creches nem informou quais alunos terão de ser transferidos. A pasta afirmou que um estudo definirá as unidades. Em 14 de novembro, as escolas serão abertas para tirar dúvidas dos pais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação Lemann e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo lançam nesta quinta-feira (15) um curso online gratuito que ensina professores a criar e gravar as próprias videoaulas. Ao todo, serão 10 aulas,  às terças e quintas-feiras, que orientam desde o processo de criação do roteiro até a edição final.

Os dois primeiros cursos da websérie Videoaulas + serão disponibilizados nesta quinta-feira, Dia do Professor, no site aprenda.online e no site da Secretaria de Educação.

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O curso é dividido em quatro partes: como construir um roteiro, que equipamentos usar, como gravar uma videoaula e como editar o seu vídeo.

De acordo com a Fundação Lemann, organização familiar sem fins lucrativos, o principal objetivo da websérie é mostrar como a gravação de videoaulas é simples e ajuda no processo de aprendizagem dos alunos, que podem receber o conteúdo pelo celular, acessar pelo YouTube ou mesmo participar do processo de criação dos vídeos em sala de aula.

A ideia é que o professor se aproprie das técnicas de produção audiovisual e as utilize de acordo com o seu currículo e suas estratégias de ensino. As aulas podem, inclusive, ser produzidas com os alunos.

Criar e educar uma criança até por volta de seu um ano de idade é uma tarefa de amor e acolhimento da maioria dos pais. Mas, em determinado momento, o convívio com o pequeno já não pode ser mais tão intenso, por conta de trabalho e outros afazeres. Então, o momento é de pensar em colocar o filho, local em que se pressupõe ser uma segunda casa para os pequenos. 

No período em que se começa a pensar nisso, também surgem as diversas dúvidas sobre qual é o melhor local. Questões como proximidade da residência da família, tipo de ensino, relação dos funcionários com alunos, entre outras vertentes, são e devem ser observadas pelos pais e responsáveis no momento anterior ao da matrícula.

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Prima e responsável na maior parte do tempo por Davi, de quase dois anos, Talita Candeias já pensa em como escolher a escola certa para o pequeno. “O ensino e a localidade são os principais critérios na escolha da escola para Davi. A princípio, a mãe dele queria colocá-lo numa escola de ‘nome’, mas ela e o pai trabalham e só o veriam à noite. Como não há ninguém para buscá-lo, ela pensou em um local mais próximo”, explica Talita. 

A jovem também diz que a escolha também foi feita com base nos preceitos religiosos pregados pela instituição. “Como somos evangélicos, pensamos nisso, também, na hora de escolher”, diz Talita. Como o pequeno Davi já vai entrar nos “estudos” no início de 2016, a seleção do melhor local já está sendo feita desde o início do segundo semestre deste ano. “Já estamos pensando há algum tempo, para nada ficar muito corrido e acabarmos escolhendo um local não tão bom”, complementa a jovem.

Antes de tudo, é importante que os pais estejam seguros do que estão fazendo. Essa é a dica da psicóloga do Colégio Madre de Deus, Ana Paula Franklin. A especialista afirma que os pais devem observar se a instituição tem uma proposta de acordo com os valores e crenças da família da criança. “Quem é responsável pelo menino ou pela menina deve observar se o local é acolhedor, se tem parceria com a família e se possui regras de acordo com que é ensinado para o pequeno”, observa Ana Paula. 

Segundo a psicóloga, o momento de entrada na escola é muito diferente para a criança e os pais devem entender isso. “Ela [a criança] sai do ambiente micro e vai aprender a viver no ambiente macro, a dividir espaço, a fazer atividades que ela não fazia”, explica Ana Paula Franklin. A recomendação é que os pais insiram os pequenos aos poucos na escola. “Digamos que ela estude pela manhã. Da primeira vez, a criança fica das 7h às 9h no ambiente escolar e depois é levada para casa. Aos poucos, ela se adaptará ao novo local e ficará no horário regular”, orienta. 

Para a diretora pedagógica do Colégio Apoio, Rejane Maia, os pais devem observar três características fundamentais antes de matricular o filho numa instituição de ensino. Primeiramente, deve ser observado o clima relacional. “É importante que, no momento da visita à instituição, os pais observem o clima relacional. Ou seja, o cuidado dos adultos com as crianças, a relação entre os funcionários e os pequenos”, explica. Após isso, se faz necessário averiguar o projeto pedagógico da instituição e ver se condiz com os valores da família. Um terceiro ponto é a questão da segurança das crianças na escola, ou seja, o ambiente físico do local. “Após isso, os pais podem ver outras questões, como mensalidade, localidade e outras coisas”, sugere Rejane. 

Estudo em casa com forma de espera

Alguns pais buscam escolher com calma a escola onde os filhos serão inseridos. Algumas vezes, os espaços oferecidos não condizem com os valores dos responsáveis e, aqueles que agradam, aparecem com mensalidades muito caras. A administradora Maria Catarina Espírito Santo está passando por esta situação. Ela e o marido estavam no processo de escolha das creches e berçários, mas os selecionados estavam fora do orçamento da família. Então, a escolha de Maria Catarina foi praticar o homeschooling, que é o estudo em casa. 

“Eu já tinha a ideia do homeschooling, antes mesmo de casar, e fui atrás de informações. Então, acabei achando a página ‘Como Educar seus Filhos’ e daí pra frente foi se confirmando mais a minha vontade e do meu marido de fazer isso”, explica Maria Catarina. Ela ainda conta que a rede social no Facebook trata-se de um curso, em que é disponibilizado materiais para os pais. “Achei ótimo. Estou aguardando as novas turmas”, comenta. 

A administradora ainda diz que, apesar de não ter recebido o curso, o método não é de apenas ler para o filho ou fazer as coisas a partir do que ele pergunta ou faz. “Já lemos para ele desde muito novo. Ele também aprende muito com a banda ‘Palavra Cantada’ e optamos por não colocar nada muito ‘comercial’ para ele, nada que não fosse originalmente brasileiro e cultural”, explica Catarina. 

Os pais de Joaquim optaram por não colocar o menino em uma escola logo cedo, porque viram que “as escolas são permissivas com as crianças hoje em dia, assim como a sociedade está hoje, onde a criança está podendo fazer tudo o que quer sem seguir orientação dos pais”, comenta Catarina. Apesar dessa visão, ela disse que em outro momento vai colocar o filho em uma instituição. “Quando [ele] chegar a uma idade mais adequada – uns três anos –, eu o coloco numa escola. Apesar disso, não pretendo modificar o ensino em cas”, declara. 

A oferta de financiamento estudantil por bancos e instituições financeiras privadas está evoluindo como uma forma de substituir o programa de financiamento do governo federal, o Fies, que agora está mais restrito. Na tentativa de aumentar a oferta, estão surgindo alternativas em que a empresa de ensino pode assumir o custo de uma eventual inadimplência do aluno.

O principal desafio desse setor vem sendo atender a alta demanda de companhias de educação e estudantes depois da mudança súbita nas regras do Fies no fim de 2014. É constante entre as empresas de ensino a reclamação de que os bancos têm um volume de oferta pequeno e não dão conta de atender o grande número de alunos sem Fies que buscam alternativas.

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Parte dessa limitação é explicada justamente pela análise de crédito mais restritiva dos bancos num mercado que tem peculiaridades como o fato de o tomador do crédito, o estudante, não ter renda na maioria dos casos.

Uma forma de equilibrar a cautela das instituições financeiras e a demanda por quantidade de financiamentos é que as empresas de educação assumam uma parcela do risco, comenta Carlos Furlan, diretor executivo da Ideal Invest, empresa especializada em crédito universitário que tem o Itaú como um de seus acionistas.

A companhia está em discussões para lançar uma modalidade de crédito nesse formato "em algum momento de 2016". "Para algumas faculdades isso vai fazer sentido, por isso temos algumas conversas individualizadas para ver como é que a gente consegue aprovar um pouco mais de alunos", diz.

O Bradesco já lançou uma modalidade de empréstimo em que a empresa de ensino assume a inadimplência e espera que as contratações aumentem para o próximo ano, afirma Antonio Gualberto Diniz, diretor do departamento de Comercialização de Produtos e Serviços. A opção mais recente nesse modelo é a que cria uma espécie de "conta caução", com valores que são liquidados pelo banco no caso de o aluno não pagar a parcela devida num determinado mês.

Risco

Com a universidade assumindo o custo da inadimplência, a análise de crédito se torna menos restritiva e os juros cobrados do aluno também caem. No Bradesco, o juro para o estudante é de 2,46% ao mês quando o risco é do banco e de 1,61% ao mês quando o risco é da empresa de ensino.

Há ainda a possibilidade de a universidade subsidiar essa taxa e ofertar condições ao aluno semelhantes às do Fies, que tem juro de 6,5% ao ano.

Outros bancos têm avaliado a oferta de crédito para ensino. O Santander informou que está estudando esse produto. O Banco do Brasil, que é agente financeiro do Fies, também estuda esse mercado, embora ainda de forma preliminar, segundo Flávio Alvim, gerente da área de Empréstimos e Financiamentos. Executivos do setor de educação afirmam ainda que a Caixa também tem dito que avalia possibilidades, mas o banco não respondeu à reportagem.

Para as empresas de educação, a parceria com os bancos se torna realidade diante do encolhimento do Fies e das crescentes incertezas sobre o programa no atual cenário de ajuste fiscal. Além da expectativa da manutenção de um volume menor de novas vagas no Fies em 2016, os financiamentos em sua maioria já não são mais de 100% das mensalidades e o Ministério da Educação prioriza os cursos que serão atendidos.

"Acredito que muitas instituições de ensino estão repensando a oferta de vagas no Fies", diz Rodrigo Capelato, diretor executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior. "As propostas que estão sendo oferecidas pelos bancos podem ser mais atraentes do que a empresa de educação ter um programa próprio de crédito", acrescenta.

As empresas de ensino superior discutem ainda com governo e bancos uma proposta de financiamento estudantil que combine funding privado com algum tipo de subsídio governamental. Um modelo desenhado em pesquisa encomendada pelo setor prevê a criação de letras de crédito voltadas para esse negócio, assim como há hoje para o credito agrícola e para o imobiliário. Neste caso, também existe a discussão sobre as universidades assumirem o custo da inadimplência. A proposta, no entanto, ainda é preliminar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (30) começa a 4ª edição da Campus Party Recife. O evento reunirá quatro mil fãs de games, tecnologia, robótica e aqueles que pretendem inovar no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Durante os três dias de atividades da feira, o UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau preparou uma série de atividades para deixar os visitantes mais conectados. As ações vão desde sorteio de brindes, para aqueles que atingirem as pontuações através de brincadeiras e desafios, até a possibilidade de participar de simulação de voo em um helicóptero.

Além disso, estudantes do curso de Sistemas de Informação do Centro Superior de Tecnologia da UNINASSAU marcam presença na iniciativa Startups & Makers. Eles apresentarão um aplicativo que ajuda seus usuários a encontrar um produto, indicando lojas em volta que têm o item à venda, distância, tempo de deslocamento até o local, preço e como chegar lá. 

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Dois painéis de simuladores de voo ainda deverão fazer a alegria dos campuseiros. Os equipamentos estarão disponíveis para os amantes pela aviação civil e tecnologia que visitarem a feira. Durante o evento, o curador da Campus e também diretor do Centro Superior de Tecnologia da UNINASSAU, Dino Lincoln, fará uma palestra sobre o mesmo tema para esclarecer as dúvidas dos interessados.

O evento ainda contará com a TV CAMPUS, que será comandada por 16 alunos do curso de Comunicação Social da instituição sob o comando da Campus Party. Eles irão transmitir a programação da 4ª Campus Party Recife, simultaneamente, para vários países e realizar entrevistas com magistrais e destaques. Além dessas atividades, um quarto de vidro será implantado na estrutura do evento, oferecendo uma estrutura de lazer para quem participar das gincanas e atingir a pontuação.

No sábado (25), às 17h, o fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional e reitor da UNINASSAU, Janguiê Diniz, conversará com os campuseiros sobre empreendedorismo. A palestra será realizada no palco Terra. “Quero levar aos participantes as minhas experiências na área do empreendedorismo. Acredito que muitos desses jovens têm o sonho de empreender e muitas boas ideias para mostrar ao mundo”, pontua.

Microsoft lançou um novo site para o Minecraft que foi projetado especificamente para que professores troquem experiências sobre o jogo de construção de blocos e, posteriormente, passem os conhecimentos aos seus alunos. Os docentes interessados pela iniciativa podem cadastrar seus e-mails para receberem em primeira mão as novidades sobre o uso da plataforma como solução educativa.

De acordo com a Microsoft, muitos professores já utilizam o jogo em salas de aulas para ensinar história, matemática, física e até ciências da computação para seus alunos. O resultado do game aplicado nas escolas, segundo a empresa, são estudantes capazes de resolver problemas complexos enquanto aprendem sobre liderança e cidadania digital.

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"Minecraft na educação é uma maneira de ensinar, aprender e inspirar. Estudantes poderão visitar civilizações antigas para criar e jogar além de suas próprias histórias. Eles estarão explorando conceitos matemáticos como perímetro, área e volume, quebrando e colocando blocos de Minecraft. Estarão praticando a colaboração, a resolução de problemas, cidadania digital e habilidades de liderança através do pensamento criativo e design inovador", explica a Microsoft.

Em setembro de 2014, a Microsoft comprou a Mojang, empresa responsável pelo game Minecraft por 2,5 bilhões de dólares. Hoje, o título eletrônico é considerado o 3º mais vendido de todos os tempos. Desde seu lançamento em 2009, o jogo já vendeu mais de 20 milhões de cópias nas versões para PC e Mac.

Na manhã desta quinta-feira (7), os professores da rede privada de ensino de Pernambuco vão fazer uma assembleia na sede o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), em Caruaru. A direção do sindicato discutirá com a categoria o andamento da negociação salarial com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe). 

Os professores da rede privada lutam pela unificação da hora-aula em R$ 15, independente do nível de ensino; reajuste salarial de 15% para toda categoria que ganha além do piso; adicional de 15% da hora-atividade; vale-alimentação no valor de R$ 20. Os docentes também querem garantia do período de estabilidade do pré-aposentado para 24 meses; apoio psicopedagógico para os professores que lecionam para alunos com atendimento específico pelo estabelecimento de ensino; instituição do Vale Cultura e Plano Odontológico.

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A educação no Brasil sempre foi um tema muito pertinente, muitas vezes pela problemática de estar quase constantemente um passo atrás no desenvolvimento do país. Nesta terça-feira (28) é comemorado o Dia Internacional da Educação, uma data para ser não apenas lembrada, como também exercida cotidianamente. Mesmo sendo uma data de extrema importância, ela não consta no calendário nacional.

A educação no Brasil teve início em 1500, quando os portugueses chegaram ao continente e começaram a instruir catolicamente os primeiros índios. Os indígenas aprendiam o português – e também o espanhol, quando o coloco era hispânico –, bem como profissões e noções de matemática. 

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A partir de 1790, o Estado passou a ser responsável pela educação – papel exercido anteriormente pelos jesuítas. Apenas quem podia pagar tinha um professor particular. Após a independência do Brasil, começaram a existir as escolas. Lá, estudavam filhos de fazendeiros, senhores de engenho, farmacêuticos, militares e outras autoridades. Apenas a alta sociedade da época tinha a garantia de estudos. Poucos conseguiam continuar com as aulas, pois no Brasil ainda não existiam instituições de ensino superior. 

A especialista em história da educação no Brasil, Adriana Silva, explicou que os alunos não estudavam propriamente em uma escola, mas tinham ensinamentos em aulas públicas, para diversas crianças. “Os professores ensinavam às crianças de diversas idades e níveis de aprendizagem. Era claramente algo complicado”, explicou a professora. Apenas no Século 19 foram criadas simultaneamente as primeiras instituições de ensino superior do País, a Universidade de Medicina da Bahia e a Escola de Direito do Recife. Após essa fase, as instituições de ensino superior vêm aumentando a expansão e a qualidade das pesquisas. “Paradoxalmente, o ensino superior cresceu e prosperou. Em questão de pesquisas, o Brasil não deixa a desejar para nenhum outro país”, disse Adriana Silva.

A especialista ainda é crítica sobre a questão do ensino no Brasil. Para ela, o Brasil iniciou sua expansão educacional de forma tardia e as universidades ainda veem os alunos como máquinas. “Iniciamos um processo educacional tardio e lento. Além disso, as universidades têm que perceber que a gente não produz coisa, a gente produz gente, que deve ser tratada como tal”, falou especialista.

Números atuais

Atualmente, são mais de 2 mil de universidades no Brasil. Mais de nove milhões de alunos estão matriculados nas instituições, segundo dados de 2013 fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

Nas escolas de ensino básico, mais de 49 milhões de alunos estão regularmente matriculados nas instituições de ensino básico no Brasil. Desse número, quase 8 milhões estão na educação infantil; 28 milhões no ensino fundamental; e aproximadamente oito milhões e meio no ensino médio. Os dados são de 2014 e foram fornecidos pelo Inep.

Depois de anos de tentativas frustradas, a companhia americana Apollo Education realizou uma aquisição no Brasil. A empresa, que olha o mercado brasileiro pelo menos desde 2008, adquiriu 75% da Faculdade da Educacional da Lapa (Fael), do Paraná, por R$ 73,8 milhões e mais um montante de dívidas não revelado.

Um dos maiores grupos de ensino do mundo em valor de mercado depois da brasileira Kroton e da chinesa New Oriental, com receita de mais de US$ 3 bilhões/ano, a Apollo chega ao País de olho no ensino a distância (EAD), mercado mais disputado pelas gigantes brasileiras do setor.

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Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Curtis Uehlein, presidente do braço da companhia responsável pelas operações internacionais, a Apollo Global, diz que a empresa buscou a Fael especificamente por causa da capilaridade no ensino a distância. "A companhia é quase que exclusivamente de ensino a distância e acreditamos que essa é a forma pela qual podemos alcançar mais estudantes que não poderiam ter acesso ao ensino de outra maneira."

A Fael é uma instituição considerada pequena: tem apenas 12 mil alunos frente aos centenas de milhares das grandes do setor. Com 113 polos de apoio presencial, a Fael tem, porém, o requisito principal para ofertar cursos a distância em todos os Estados brasileiros. Os polos são os locais onde alunos de ensino a distância têm alguns encontros presenciais com professores e podem realizar provas.

Fontes do setor afirmam que a Fael enfrenta problemas de caixa e dificuldades para atrair novos alunos. Dos 113 polos, apenas 85 estão ativos, numa média de não mais que 150 estudantes, número bem inferior à média de 500 alunos por polo do setor no Brasil. Na prática, dizem as fontes, os americanos pagaram por unidades quase sem alunos apenas para terem a oportunidade de entrar no mercado brasileiro, com a expectativa de reestruturar o negócio no médio prazo.

Uehlein afirma que a Apollo espera poder fazer a Fael crescer. "Nossa meta é trazer as melhores práticas e acreditamos que a Fael tem um ótimo currículo." Uma das principais formas de crescimento é com a abertura de novos cursos. O executivo diz que a Fael já teve autorizada a oferta de novos cursos pelo Ministério da Educação. Hoje são 11 cursos já ofertados e outros nove já foram autorizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas para pós-graduação lato sensu em Docência na Educação Infantil. Os interessados precisam realizar a inscrição até o dia 26 deste mês. O curso é gratuito e destinado a professores, coordenadores, diretores de creches e pré-escolas da rede pública, além de equipes de educação infantil em exercício nas redes públicas de ensino do Estado.

Para concorrer a uma das vagas, os inscritos devem passar por uma seleção de duas etapas e o resultado deverá ser conhecido no dia 9 de dezembro. A qualificação é realizada pelo Centro de Educação e do Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) da UFPE em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. A programação conta com 360 horas presenciais em até 18 meses, e, ao final do curso, os participantes deverão produzir um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 

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Para fazer a inscrição, os interessados devem preencher uma ficha correspondente, que pode ser impressa através da plataforma digital do CEEL, e levá-la preenchida à sede do CEEL, localizada no bairro da Cidade Universitária, no Recife. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail especializacaoed.infantil2014@yahoo.com.br.

Centro de Educação da UFPED

Av. Prof. Morais Rego, 1235 - Cidade Universitária

E-mail para contato: especializacaoed.infantil2014@yahoo.com.br

Nem só de aplicar fórmulas vive a matemática. O arranjo dos números exige criatividade. Mostrar aos estudantes do ensino fundamental e médio a “verdadeira beleza artística da matemática” é a saída para despertar o interesse dos jovens e melhorar o ensino da tão temida disciplina. Essa é a avaliação de estudantes do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Para Victor Bitarães, 19 anos, mineiro de Contagem, um caminho é a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que rendeu a ele uma menção honrosa, uma medalha de bronze e cinco de ouro, além de participação nos programas de Iniciação Científica (PICs), duas competições internacionais e a atual bolsa de mestrado, antes de entrar para a graduação.

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“O ensino de matemática é bem ruim, não é uma opinião só de quem esteve dentro de sala de aula, isso é confirmado pelos testes internacionais que o nosso país também passa, nós estamos nas últimas posições. Eu não diria que a Obmep seria o milagre da educação brasileira para matemática, mas o Impa está implementando algumas medidas, tem a Obmep, tem os clubes de matemática, tem uma série de coisas aí.”

Victor considera a olimpíada um caminho para estimular o estudo e uma mudança de mentalidade. “Porque parece que é um negócio muito difícil, mas não é nada, a matemática é a coisa mais natural do mundo.”

Também no mestrado no Impa, ao mesmo tempo em que cursa a graduação em matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC), Maria Clara Mendes Silva, 20 anos, foi descoberta pela Obmep e pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) em Pirajuba (MG). Ela relata que já gostava da matemática do colégio quando se inscreveu na Obmep pela primeira vez, no sexto ano, e ganhou uma menção honrosa.

“O ensino deveria ser mais voltado para coisas que incentivem o raciocínio, no lugar de ficarem repetindo contas e fórmulas”, diz Maria Clara.

Depois da menção honrosa na primeira participação da Obmep, Maria Clara conquistou o ouro nas demais olimpíadas que participou. Além disso, ganhou um bronze, uma prata e três ouros na OBM. A estudante também já participou de duas olimpíadas internacionais, em 2011 e 2012, e diz que se apaixonou pela beleza da matemática. “Eu acho que os resultados são bonitos, é você saber o que uma coisa implica. Eu acho isso bonito, essa precisão, essa exatidão”.

Ela pretende seguir carreira como pesquisadora, mas ainda não definiu a área de preferência. Quanto ao ensino da disciplina no Brasil, Maria Clara tem várias críticas. Para ela, o que se aprende no colégio não é matemática.

“Eu acho que a matemática no colégio é muito mecânica, isso é péssimo, aquilo não é matemática de verdade. Eu acho que à medida que você mostra o que realmente é matemática, que é pensar, deduzir as coisas, fica mais interessante naturalmente. Mesmo que a pessoa não queira ser matemática, ela vai gostar mais se for uma coisa bem apresentada, nem que seja a título de curiosidade.”

Alan Anderson da Silva Pereira, 22 anos, já está no doutorado no Impa. Alagoano de União dos Palmares, Alan começou a participar da Obmep no ensino médio, com 15 anos. Depois de uma medalha de prata e duas de ouro, decidiu cursar matemática na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mas trancou o curso para fazer o mestrado no Impa, já concluído. Ele conta que teve muito apoio e incentivo dos professores para seguir nos estudos.

“Quando lembro do meu professor do ensino fundamental, me sinto inspirado a continuar estudando”, conta.

Especialista na área de probabilidade combinatória, Alan diz que gostaria de trabalhar como professor e pesquisador da UFAL, “para retribuir tudo o que meu estado fez por mim, contribuir para o crescimento da universidade e melhorar as condições de Alagoas, que têm índices sociais tão ruins”.

Além do raciocínio analítico, Alan diz que foi atraído pela beleza artística na matemática. “Tem até estudo que fala que quando uma pessoa olha para um quadro ativa uma certa área do cérebro, e essa mesma área do cérebro é ativada quando um pesquisador resolve um problema ou vê um teorema que ele gosta, a matemática tem um lado artístico também”, garante.

“O que não torna a matemática tão popular é que geralmente só gosta dessa arte quem a faz, acho que é porque precisa ter um certo entendimento que não é direto, precisa de um esforço, mas quando você entende os parâmetros você acha bonito também”, completa Alan.

Para ele, o interesse pela matemática seria maior se os professores mostrassem aos estudantes de ensino fundamental e médio a verdadeira beleza da ciência. “Uma coisa que poderia melhorar a cultura da matemática é se existissem mais pessoas dispostas a apresentar a matemática de um jeito mais bonito. Por exemplo, se os doutores fossem dar aulas ou palestras talvez isso motivaria muito, dar a visão do pesquisador. É mostrar de cima, de cima é bonito, porque você vendo só pelos lados talvez tenha algumas arestas soltas.”

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) lançou, nesta segunda-feira (4), o portal do Plano Nacional de Educação (PNE), Planejando a Próxima Década, que vai servir de apoio para gestores públicos na elaboração dos planos estaduais e municipais. Nele será possível consultar dados dos municípios e estados, e acessar sugestões personalizadas de trajetórias para o cumprimento das metas.

Para o ministro da Educação, Henrique Paim, os planos têm que ser construídos a partir da pactuação e do trabalho integrado. “A pactuação [deve ser] entre União, estados e municípios na construção do plano e no cumprimento das metas. E também esse trabalho em rede, envolvendo todos os colaboradores com orientação técnica.”

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O PNE estabelece 20 metas para a educação a serem cumpridas nos próximos dez anos, até 2024. Entre as diretrizes estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. Além de se adequar às metas e estratégias do plano nacional, os municípios e estados terão que indicar ações para o cumprimento de cada uma delas. Prontos, os planos terão ainda que ser aprovados pelas câmaras municipais e assembleias legislativas dos estados. O prazo para que isso seja feito é 25 de julho de 2015, um ano após a publicação da lei do PNE.

“O PNE é abrangente e expressa a visão sistêmica da educação, ou seja, temos que trabalhar a melhoria na educação, da creche à pós-graduação, e esse esforço está expresso nas 20 metas. Ele tem um compromisso muito grande com o acesso e qualidade e também uma preocupação em reduzir as desigualdades educacionais que o Brasil tem”, disse o ministro Paim.

Além de subsídios técnicos, o portal Planejando a Próxima Década também é uma ferramenta para que a sociedade acompanhe a situação de estados e municípios em relação à meta nacional. Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, a educação é algo de interesse do conjunto da sociedade. “Educação, ciência e tecnologia são os instrumentos centrais no projeto de desenvolvimento, que seja capaz de combinar crescimento econômico, justiça social, redução das desigualdades regionais e mais que tudo isso, melhora a posição relativa do Brasil no contexto internacional, porque precisamo ter voz, precisamos ser capazes de contribuir na construção de sociedades mais justas e igualitárias, com menos conflitos.”

O ministro, que foi reitor e é professor da Universidade Federal de Minas Gerais, defendeu a educação básica - que engloba ensino infantil, fundamental e médio. “A educação básica vai dar condições de justiça social, consciência política, cidadania, para que possamos ter uma sociedade mais justa, homogênea e com menos desigualdade”, disse Campolina.

O II Seminário de Educação Superior do IFPE: Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão foi prorrogado, segundo divulgação da Pró-Reitoria de Ensino (Proden). O encontro será realizado nos dias 9 e 10 de setembro, no campus de Vitória de Santo Antão. Para participar, os interessados podem fazer a inscrição até o dia 20 de agosto, através do link.

O evento é direcionado para coordenadores de cursos, professores, pedagogos, membros da CPA, estudantes da educação superior, representantes das pró-reitorias, dirigentes de Ensino, coordenadores de Pesquisa e Extensão, representantes da DAE e das coordenações de Assistência ao Estudante dos campi. Na programação do encontro, estão previstos minicursos, apresentações culturais, exposição de painéis e pôsteres.

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O II Seminário de Educação Superior do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) - Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão -, que seria realizado nos dias 21 e 22 de agosto, foi adiado para os dias 9 e 10 de setembro. Quem deseja participar ainda pode se inscrever, através da grande rede, até o dia 20 de agosto. O número de vagas está limitado em até 150 inscrições.

O evento é direcionado para coordenadores de cursos, professores, pedagogos, membros da CPA, estudantes da educação superior, representantes das pró-reitorias, dirigentes de ensino, coordenadores de pesquisa e extensão, entre outros grupos. Na programação do encontro estão previstos minicursos, apresentações culturais, exposição de painéis e pôsteres.

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A proposta do encontro, que será realizado no Campus de Vitória de Santo Antão, é aprofundar a discussão sobre a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no âmbito dos currículos dos cursos superiores do instituto. A unidade fica na Propriedade Terra Preta, sem número, na Zona Rural da cidade.

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A robótica já é vista e aplicada por muitos educadores como ferramenta importante para a educação de jovens e crianças. Isso se confirma pela entrada desse segmento nas escolas privadas e públicas, como vem acontecendo na Rede Municipal de Ensino do Recife. Para envolver ainda mais as crianças, nesta quarta-feira (11), a Prefeitura local, por meio da Secretaria de Educação, promoveu uma partida de futebol entre robôs em uma alusão a Copa do Mundo. Ao todo, cerca de 2 mil alunos do 6º ao 9º ano do fundamental assistiram aos jogos.

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O evento foi realizado no Centro de Tecnologia na Educação e Cidadania (Cetec), no bairro da Soledade, área central do Recife. A alegria tomou conta da criançada e o espaço onde foi realizada a partida lembrou um verdadeiro jogo de Copa. Controlados através de programação, o robô chutava a bola para acertar o gol, enquanto outro defendia. Confira na matéria abaixo:

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De acordo com a Prefeitura do Recife, mais de 80 mil estudantes da educação infantil serão beneficiados pelo Programa Robótica na Escola, lançado em fevereiro do ano passado. A previsão é que o benefício chegue a mais de 300 escolas e creches públicas. Mais de mil educadores participam do programa fruto de um investimento de R$ 20 milhões no programa.

Nesta quarta-feira (11), a Prefeitura do Recife e a Zoom Education for Life, promovem, no pátio do Centro de Tecnologia na Educação e Cidadania do Município (Cetec) um encontro de robôs no ritmo da Copa do Mundo 2014. Entre as atividades previstas para o evento, que acontece a partir das 9h, estão demonstrações e jogos com diversas montagens usando LEGO Mindstorms, acessórios e sensores avançados.

O encontro reunirá 40 escolas da rede municipal de ensino, sendo 20 de anos iniciais (1º ao 5º ano), 10 de anos finais (6º ao 9º ano) e 10 escolas de ensino infantil. No turno da manhã, participarão 20 escolas no horário das 9h às 12h. Já à tarde, a visita será das 14h às 17h para as outras 20 escolas. São esperados cerca de dois mil alunos.

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O encontro está alinhado ao programa “Robótica nas Escolas”, lançado em fevereiro deste ano. O projeto promete contemplar mais de 80 mil alunos da educação infantil até o ensino fundamental. De acordo a Prefeitura do Recife, a robótica chegará às salas de aula de todas as 302 unidades de ensino do município. 

Espalhados sobre almofadas, bancos coloridos e até cubos mágicos gigantes, os alunos têm olhos atentos às telas - de uma televisão e dos próprios tablets. Na roda de conversa, mal dá para ver quem é o professor. Parece recreio, mas é hora de estudo: esta é a primeira sala de aula no formato Google do mundo, recém-inaugurada em um colégio particular de São Paulo.

A nova sala foi aberta há um mês no Colégio Mater Dei, no Jardim Paulista, zona oeste da capital. O projeto é uma parceria da escola com o setor de educação do Google, que faz amanhã o lançamento mundial do programa baseado na experiência, que ganhou o nome de Google Learning Space. Outros colégios poderão buscar a empresa para reproduzir o modelo, parecido com seus escritórios ao redor do mundo - com ambientes de trabalho descontraídos para estimular a produtividade.

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A ideia, que surgiu dentro do Mater Dei, era criar um ambiente diferente para o ensino. Mais importante que o uso de tecnologia, o objetivo é construir um novo conceito de interação do professor com os estudantes. "A escola deve melhorar o ambiente colaborativo, de troca. Buscamos o Google porque é uma empresa que trabalha nesse sentido", explica o diretor do colégio, Sylvio Gomide. "O modelo de carteiras enfileiradas é passado. Daqui a um tempo, todas as nossas salas de aula serão assim", garante.

A sala foi montada em seis semanas. Em funcionamento, o espaço, sem carteiras nem quadro-negro, superou as expectativas. "Na sala, podemos debater de igual para igual", diz Celina Machado, de 17 anos, do 3º ano do ensino médio.

Além da relação mais próxima entre professores e alunos, a aposta tecnológica é forte. Nas classes, os alunos usam projeções multimídia, mapas virtuais, videoconferências internacionais e trabalhos coletivos, com softwares de edição compartilhada de textos. "Nem sempre dava para entender bem só com um desenho do professor no quadro, por exemplo. Agora, temos vários recursos à disposição", elogia Gabriel Fernandes, de 17 anos, do 2º ano do ensino médio.

A "cola" também está liberada: é permitido recorrer à internet para aprofundar pesquisas, ajudar colegas e até corrigir o professor, se necessário.

Os professores das escolas privadas, representados pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) de Pernambuco, realizarão na próxima terça-feira (29), às 8h, campanha para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho da classe. A proposta é debater sobre as questões salariais, valorização do educador e acerca de melhores condições de trabalho. Com o tema: “Sou professor e exijo respeito”, o Sinpro PE convoca todos os docentes para a assembléia que será feita na sede do sindicato, no Recife, e nas subsedes de Caruaru, Petrolina e Limoeiro.  A pauta avaliará o andamento das negociações com os patrões.

Segundo a assessoria de imprensa, o coordenador Jackson Bezerra destaca a necessidade da participação dos professores. "É importante que todos os docentes conheçam a pauta reivindicatória, fruto das discussões da categoria e aprovada em assembleia no último dia 22 de fevereiro. É indispensável que eles tenham conhecimento pelo que estamos lutando", afirma o líder sindical. Na ocasião serão abordadas as seguintes reivindicações:

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Alterações da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT):

1 - Unificação do Piso Salarial em R$ 12,00, para o professor independente dos níveis de ensino.

2 - Reajuste salarial de 12% para o universo da categoria que ganha além do piso.

3 - Adicional de 12% da hora-atividade.

4 - Adicional por tempo de serviço de 5% aos professores que tenham 5 anos dentro do mesmo estabelecimento escolar.

5 - Garantia do período de estabilidade do pré-aposentado para 24 meses, incorporando esse direito ao professor na aposentadoria por idade.

6 - Alteração do período da licença paternidade para 10 dias.

7 - Liberação dos professores de até 15 dias para acompanhamento médico dos filhos  e dependentes legais civilmente incapazes e portadores de necessidades especiais.

8 - Instituir o Vale cultura.

9 - Vale refeição de R$15,00 para os professores que dobrem a sua carga horária na mesma escola.

10 - Bolsas de estudos para dependentes legais do professor.

11 - Promover para os professores atividades de formação sobre identidade de gênero nas escolas.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) inaugurou, nessa terça-feira (8), a disciplina Pedagogia Paulo Freire, do Departamento de Administração Escolar e Planejamento Educacional do Centro de Educação (CE). Com a temática "As ideias e as práticas de Paulo Freire no contexto do Golpe Militar de 1964", a cadeira é organizada pela Cátedra Paulo Freire. 

O recifense Paulo Freire, morto em 1997, foi conhecido mundialmente por suas contribuições na área da educação, tendo ajudado a formular o que se conhece hoje como pedagogia da libertação. Esse campo de estudo voltou os olhos para as classes mais oprimidas da sociedade, incentivando, entre outras medidas, a alfabetização de jovens e adultos. Em 2012, Paulo Freire foi declarado patrono da educação brasileira.

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A carreira profissional do filho é uma das principais preocupações dos pais. Para oferecer um caminho de sucesso para os pequenos, alguns responsáveis consideram que não basta investir apenas no ensino fundamental e médio das escolas tradicionais. Uma das estratégias é proporcionar, desde a infância, uma educação bilíngue, com o objetivo de apresentar uma vivência cultural diferente. Apesar da demanda, no Recife e Região Metropolitana só existem cerca de cinco escolas.

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Quando chega o momento de escolher a instituição de ensino bilíngue, muitos questionamentos surgem, juntamente com algumas opções de instituições de ensino. Qual o melhor momento para colocar o filho em uma escola bilíngue? Qual a idade mais indicada? Será que essa escolha vai atrapalhar no desenvolvimento da língua materna? Escola internacional ou bilíngue? Antes de responder todas essas dúvidas, a pedagoga Goretti Neiva alerta os pais.

“O ideal é realizar uma pesquisa e avaliar os princípios pedagógicos aplicados pelos colégios para depois ponderar. Lembrando sempre de dar prioridade às instituições que mais se identifiquem”, destacou Goretti. Após as os objetivos delimitados, os pais devem ficar atentos à qualificação dos profissionais. 

Uma essas escolas é o Centro Internacional de Educação e Cultura (CIEC), no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes. O colégio, que foi fundado por ex-professores da Escola Americana, há dez anos adota a grade curricular do Ministério da Educação (MEC), porém, somou o ensinamento na língua inglesa. “O calendário é o mesmo, o que possibilita aos alunos uma continuidade melhor aos estudos acadêmicos em universidades do Brasil e do exterior”, destaca Cláudia Queiroz, diretora do Centro.

Ainda segundo a diretora, o desenvolvimento das crianças é perceptível nos primeiros anos. “A partir dos três anos elas conseguem compreender os comando diários em sala de aula. Já aos quatro e cinco anos, eles falam e escrevem nas duas línguas”, explica. O pai Eduardo Pinheiro, que tem duas filhas matriculadas, relata a diferença cognitiva das meninas. “Eles possuem maior facilidade em assimilar os assuntos. Entretanto, penso que o aprendizado seria mais aproveitado se minha esposa e eu soubéssemos falar inglês”, lamenta o administrador.

Jacqueline da Fonte concorda. “Tenho dois filhos. A mais nova estuda na CIEC e o mais velho em uma escola tradicional. Percebo que ele tem dificuldade em aprender o inglês”, aponta a administradora. Há também instituições tradicionais, que disponibilizam, opcionalmente, programas bilíngues. O Colégio Boa Viagem (CBV), localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, é um deles. Desde 2013, o programa foi implementado e as aulas são ministradas no turno distinto ao das aulas normais.

“As crianças têm aulas de artes, música, cultura internacional e raciocínio lógico em um ambiente completamente diferente das salas de aulas tradicionais”, fala Norma Vascardi, coordenadora de implementação do projeto. A mãe Flávia Vitorino relata que já identifica mudanças no filho de oito anos. “Ele está mais confiante e interessado, falando mais em inglês e cantando”, diz.

Quem apostou nessa idéia foi Andressa Peixoto, diretora da Escola EccoPrime de Aldeia. “Há quatro anos trouxe a proposta do ensino bilíngüe e está sendo muito bem aceito pelo público local e até por pais que residem no Recife”, destaca a administradora. “Introduzimos o ensino bilíngüe de forma lúdica a partir de um ano de idade. Até os quatro anos, os alunos são educados apenas em inglês. Depois as aulas são ministradas nas duas línguas”, disse.

O portal LeiaJá foi conferir como funciona a dinâmica do ensino bilíngue em algumas instituições de ensino.

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Investimento - Para oferecer aos filhos o ensino bilíngue, os investimentos são variados. Os preços ficam de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Já as instituições que colocam como opção programas bilíngues em horários distintos das aulas tradicionais, os pais têm que desembolsar, em média, além do valor da mensalidade, mais 88% da quantia. Podendo variar de R$ 1400 a R$1800, no valor total.

Escola internacional x Escola bilíngue - Há uma dúvida entre escola bilíngue e internacional. A diferença é que a escola internacional é autorizada pelo Ministério da Educação (MEC) a trabalhar o currículo internacional e todas as aulas são na segunda língua. Já na escola brasileira bilíngue, a proposta pedagógica é a mesma da brasileira, porém as aulas são ministradas em inglês e a disciplina da língua portuguesa é lecionada a parte.

GRE - A Gerência de Educação do Estado de Pernambuco alerta aos pais quanto à escolha das instituições. “A escola tem que ser certificada pela gerência conforme as normatizações exigidas. E os pais devem ficar atentos quanto à carga horária total das disciplinas, conforma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - nas duas línguas e a certificação dos professores”, ressalta Antônio Cardoso, um dos responsáveis pela Gerência. 

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