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Uma nova erupção vulcânica na Islândia foi registrada na manhã deste domingo, 14, ao norte da cidade de Grindavik, na sequência de uma erupção ocorrida em dezembro na mesma região, anunciou a Agência Meteorológica da Islândia (IMO, na sigla em inglês). A atividade sísmica se acelerou bruscamente durante a noite, e os residentes de Grindavik foram retirados por volta das 3h locais (00h em Brasília), de acordo com a rádio e a televisão públicas islandesas.

A Islândia se situa entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte e é uma das mais ativas regiões vulcânicas terrestres, com 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos listados como ativos. Nos últimos dois anos, o país nórdico registrou três erupções vulcânicas na ilha: em agosto de 2022, julho deste ano e em dezembro.

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"Lava flui em direção a Grindavik"

"A lava está fluindo algumas centenas de metros ao norte da cidade, isto é, de 400 a 500 metros", disse Kristín Jónsdóttir, do Escritório Meteorológico da Islândia, à televisão islandesa RUV. "A lava flui em direção a Grindavik".

Os residentes de Grindavik foram anteriormente retirados de suas casas em novembro e tiveram de ficar longe da cidade por seis semanas após uma série de terremotos e a suspeita de uma possível erupção vulcânica.

O vizinho spa geotérmico Blue Lagoon - uma das maiores atrações turísticas da Islândia - também fechou temporariamente na ocasião. Nas semanas seguintes, muros defensivos foram colocados ao redor do vulcão na esperança de desviar o magma da cidade, mas as paredes das barreiras construídas ao norte de Grindavik foram rompidas e a lava está se movendo em direção à comunidade, disse o escritório meteorológico.

A Islândia, que fica acima de um ponto quente vulcânico no Atlântico Norte, tem uma erupção média a cada quatro ou cinco anos. A mais perturbadora dos últimos tempos foi a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, em 2010, que lançou enormes nuvens de cinzas na atmosfera e levou ao fechamento generalizado do espaço aéreo na Europa.

(Com agências internacionais)

Uma erupção vulcânica começou na noite desta segunda-feira, 18, na Islândia, ao sudoeste do país, pouco depois de uma série de terremotos, segundo informou o serviço meteorológico do país. "Uma erupção começou na península de Reykjanes", detalhou o organismo. "Pode ser observada em webcams e parece estar situada perto de Hagafell", uma localidade ao sul da capital.

A erupção começou por volta das 22h17 (hora local) após uma série de pequenos terremotos, acrescentou o organismo. A localização da fissura, que tem cerca de 3 km de comprimento e está crescendo rapidamente, não fica longe da usina elétrica de Svartsengi e da cidade de Grindavík, que foi evacuada no mês passado devido ao aumento da atividade sísmica, o que gerou preocupações quanto à probabilidade de uma erupção.

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Na avaliação inicial feita na noite de segunda-feira, os vulcanólogos disseram que a erupção havia ocorrido em um dos piores locais possíveis, representando uma ameaça significativa e imediata tanto para a cidade evacuada quanto para a usina geotérmica.

Mas depois que os vulcanólogos tiveram a chance de sobrevoar o local da erupção na Península de Reykjanes, a situação imediata não pareceu tão terrível quanto se temia inicialmente, embora o tamanho da erupção tenha sido maior do que o previsto e a direção do fluxo de lava ainda seja imprevisível.

"Esta é maior do que as erupções anteriores em Reykjanes", disse Magnus Gudmundsson, vulcanólogo e uma das primeiras pessoas a ver a erupção do ar, ao The New York Times.

A lava está fluindo atualmente a apenas 2,5 quilômetros ao norte de Grindavík, de acordo com Kristín Jonsdottir, chefe do departamento de atividade vulcânica do Escritório Meteorológico da Islândia.

Por maior que seja a erupção, com a cidade de Grindavík evacuada, ela não representa atualmente nenhum risco para as pessoas, disse aos repórteres Ulfar Ludviksson, um oficial da polícia.

Ainda assim, as autoridades estavam alertando as pessoas para que não se aproximassem demais. Hjordis Gudmundsdottir, porta-voz do Departamento de Proteção Civil, pediu que as pessoas ficassem longe da área, enfatizando que esse "não era um vulcão turístico".

"O tamanho da fissura está se expandindo rapidamente", disse ela em uma entrevista.

Embora uma erupção tenha sido prevista há semanas, após uma série de terremotos, a erupção de segunda-feira ocorreu sem nenhum aviso prévio imediato. A Lagoa Azul, um dos principais destinos turísticos da Islândia e localizado nas proximidades, foi reaberta para os visitantes no domingo, pois a preocupação com a iminência de uma erupção havia diminuído.

Milhares de terremotos foram detectados na Islândia desde o final de outubro, segundo o Icelandic Meteorological Office. Em novembro, com casas e estradas danificadas, as autoridades declararam estado de emergência e evacuaram Grindavik, uma cidade com mais de 3 mil habitantes perto do vulcão. A Islândia possui cerca de 33 vulcões ativos, o maior número na Europa. (Com agências internacionais).

Ao menos 11 pessoas morreram e 12 continuam desaparecidas após a erupção do vulcão Marapi, na região oeste da Indonésia, anunciaram nesta segunda-feira (4) os serviços de emergência após uma noite de buscas, durante a qual resgataram três montanhistas.

No momento da erupção, no domingo, 75 pessoas estavam no local e 26 não foram resgatadas a tempo, informou Abdul Malik, diretor da Agência de Busca e Resgate de Padang.

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"Encontramos 14 pessoas, três com vida e 11 foram encontradas mortas", disse Malik.

Os três sobreviventes foram resgatados perto da cratera "em estado debilitado, alguns com queimaduras", acrescentou o diretor.

As equipes de resgate trabalharam durante a noite para ajudar os montanhistas, informou a agência de conservação ambiental de Sumatra Ocidental.

O monte Marapi, na ilha de Sumatra, com 2.891 metros de altura, entrou em erupção no domingo às 14H54 locais (4H54 de Brasília), o que gerou uma coluna de cinzas de três quilômetros de altura.

Doze pessoas continuam desaparecidas e entre as 49 que conseguiram descer da montanha a tempo, algumas estão hospitalizadas, segundo Malik.

Um vídeo enviado à AFP pelas equipes de resgate mostra uma ambulância retirando um montanhista com queimaduras da área de perigo.

Outro vídeo mostra um socorrista durante a noite, com uma lanterna no capacete, ajudando uma pessoa que geme de dor.

A erupção, que prossegue, impede as operações de resgate com helicóptero, explicou Malik. "Durante a manhã, ainda saía fumaça do cume", acrescentou.

As cinzas expelidas pelo monte Marapi alcançaram 3.000 metros acima do cume, anunciou no domingo Hendra Gunawan, diretor do Centro Indonésio de Vulcanologia e Riscos Geológicos.

Rudy Rinaldi, diretor da Agência de Mitigação de Desastres de Sumatra Ocidental, afirmou à AFP que alguns montanhistas resgatados receberam atendimento médico.

"Alguns sofreram queimaduras porque estava muito quente e tiveram que ser levados ao hospital", disse. "Os feridos são os que chegaram mais perto da cratera do vulcão", acrescentou.

Oito pessoas sofreram queimaduras, outra uma fratura e um montanhista sofreu um ferimento na cabeça, segundo uma lista de pessoas resgatadas pela agência nacional de busca Basarnas.

Os moradores das localidades próximas receberam máscaras e ordens para permanecerem em suas casas.

O Marapi, que significa "montanha de fogo", é o vulcão mais ativo de Sumatra.

As autoridades determinaram uma zona de exclusão de três quilômetros ao redor da cratera.

"A chuva de cinzas atingiu a cidade de Bukittinggi", afirmou no domingo Ahmad Rifandi, funcionário da estação de monitoramento do monte Marapi.

A Indonésia fica na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, área de encontro de placas tectônicas e de grande atividade vulcânica e sísmica.

O país tem quase 130 vulcões ativos.

Um vulcão submarino entrou em erupção no Japão há três semanas e proporcionou uma rara visão do nascimento de uma pequena ilha. O vulcão sem nome, localizado a cerca de 1 quilômetro da costa sul de Iwo Jima, iniciou sua mais recente série de erupções em 21 de outubro.

Em 10 dias, cinzas vulcânicas e rochas se acumularam no fundo do mar raso, com a ponta elevando-se acima da superfície. Com isso, no início de novembro, os detritos formaram uma nova ilha com cerca de 100 metros de diâmetro e 20 de altura acima do mar, segundo Yuji Usui, analista da divisão vulcânica da Agência Meteorológica do Japão.

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A atividade vulcânica aumentou perto de Iwo Jima e erupções submarinas semelhantes ocorreram nos últimos anos, mas a formação de uma nova ilha é um desenvolvimento significativo, disse Usui. Segundo o analista, a atividade vulcânica no local diminuiu desde então, e a ilha recém-formada encolheu um pouco porque sua formação "quebradiça" é facilmente arrastada pelas onda.

Por isso, a pequena ilha pode ser apenas temporária. Usui disse que os especialistas ainda estão analisando o desenvolvimento, incluindo detalhes dos depósitos. A nova ilha poderá sobreviver por mais tempo se for feita de lava ou de algo mais durável do que rochas vulcânicas, como pedra-pomes.

"Só precisamos ver o desenvolvimento", disse ele. "Mas a ilha pode não durar muito.

Vulcões submarinos e atividades sísmicas já formaram novas ilhas em outros episódios. Em 2013, uma erupção em Nishinoshima, no oceano Pacífico, ao sul de Tóquio, levou à formação de uma nova ilha, que continuou crescendo durante uma erupção do vulcão que durou uma década.

Também em 2013, uma pequena ilha emergiu do fundo do mar após um forte terremoto de magnitude 7,7 no Paquistão. Já em 2015, uma nova ilha foi formada como resultado da erupção de um vulcão submarino que durou um mês na costa de Tonga.

Dos cerca de 1,5 mil vulcões ativos no mundo, 111 estão no Japão, que fica no chamado "anel de fogo" do Pacífico, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão./Associated Press.

Todos os voos com pouso e decolagem e do aeroporto siciliano de Catânia foram suspensos nesta segunda-feira (14) até pelo menos as 20h locais devido à erupção do vulcão Etna, cujas cinzas cobrem o espaço aéreo da zona, anunciou a administração.

"Devido a uma erupção do Etna (...) e à queda de cinzas vulcânicas, as operações de voo estão suspensas até 20h00" (15h00 no horário de Brasília), anunciou o aeroporto na rede X, antes conhecida como Twitter.

Sendo assim, o período de suspensão da atividade foi prorrogado após a indicação, horas antes, de que os voos seriam suspensos até 8h (horário de Brasília).

Um decreto do prefeito de Catânia, Enrico Trantino, "proíbe a circulação de veículos de duas rodas, bicicletas e motocicletas, nas próximas 48 horas, devido ao fato de que várias partes da cidade estão cobertas por uma camada de cinzas vulcânicas ", afirma o site da Prefeitura.

O vulcão Etna, com 3.324 metros de altitude, é o vulcão ativo mais alto da Europa.

Em 2022, quase 10 milhões de passageiros transitaram pelo Aeroporto Internacional de Catânia, que cobre a parte oriental da Sicília, um dos destinos turísticos mais populares da Itália.

O Vulcão de Fogo, que em 2018 causou uma avalanche que provocou 215 mortes na Guatemala, iniciou neste sábado uma nova fase de erupção com explosões, expulsão de cinzas e fluxo de lava, anunciaram as autoridades.

"O Vulcão de Fogo apresentou um aumento de sua atividade e nos últimos minutos entrou em fase de erupção (...). A erupção é principalmente efusiva acompanhada de pulsos incandescentes da fonte de lava", informou o Instituto de Vulcanologia (Insivumeh) em um boletim informativo.

Segundo a instituição, a erupção do vulcão, de 3.763 metros de altura e localizado 35 quilômetros a sudoeste da Cidade da Guatemala, gera "constantes explosões fracas, moderadas e fortes".

Também provoca uma "fonte incandescente" de lava que ultrapassa 500 metros acima da cratera e uma coluna de cinzas que se eleva a mais de um quilômetro do topo do vulcão, localizado entre os departamentos (províncias) de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, acrescentou o Insivumeh.

Até agora, não foram ordenadas evacuações preventivas nas comunidades próximas do colosso, segundo Rodolfo García, porta-voz da Coordenação Nacional de Redução de Desastres (Conred), entidade responsável pela defesa civil.

O responsável explicou que está em comunicação com as autoridades das áreas povoadas próximas ao vulcão diante da possível chuva de cinzas a noroeste do cone vulcânico, além do risco de uma fluxo de lava de cerca de 800 metros descendo uma colina.

Uma erupção do Vulcão de Fogo em 3 de junho de 2018 provocou uma avalanche de material incandescente que devastou a comunidade San Miguel Los Lotes em Escuintla e parte de uma estrada em Sacatepéquez, deixando 215 mortos e um número similar de desaparecidos.

Junto com o Vulcão de Fogo, os vulcões Santiaguito (oeste) e Pacaya (sul) também estão ativos na Guatemala.

As autoridades da Indonésia ordenaram neste domingo (4) a retirada de quase 2.000 pessoas e decretaram alerta máximo depois que o vulcão Semeru, na ilha de Java, entrou em erupção.

"O Monte Semeru passou do nível três para o nível quatro", informou o Centro de Vulcanologia e Mitigação de Desastres Geológicos (PVMBG) da Indonésia.

"Isso significa que a população está em perigo e a atividade do vulcão se intensificou", declarou o porta-voz do PVMBG, Hendra Gunawan, à Kompas TV.

Segundo os serviços de resgate, 1.979 pessoas de seis localidades foram transferidas para 11 abrigos.

Os habitantes das cidades vizinhas ao vulcão fugiram antes que uma enorme nuvem de cinzas chegasse.

As autoridades locais soaram o alarme com tambores de bambu e o céu escureceu como se fosse noite, com uma chuva de monção que se misturava com as cinzas, segundo um repórter da AFP no local.

Os serviços de resgate relataram "avalanches de fogo", causadas por blocos de lava que se desprendiam do cume durante a erupção e fluíam em direção à base do vulcão.

Até agora não há vítimas, mas as autoridades aconselharam os moradores a ficarem a pelo menos oito quilômetros de distância da cratera do vulcão.

Também pediram às pessoas que evitassem uma área de 13 quilômetros adjacente a um rio no lado sudeste do Semeru, para onde se dirigia uma nuvem de cinzas vulcânicas.

O Monte Semeru, no leste de Java, é o ponto mais alto da ilha, com 3.676 metros.

- Nuvem de cinzas -

"Estava escuro e chovia. A chuva não era apenas água, mas tinha cinzas vulcânicas. Parecia lama", relatou um jornalista da AFP em Lumajang, onde está localizado o vulcão.

"Não houve barulho ou tremores, mas de repente nuvens quentes apareceram", acrescentou.

Socorristas do grupo Irannala Rescue enviaram à AFP vídeos mostrando uma enorme nuvem subindo acima da cratera e escondendo o sol.

Em outras imagens, vilarejos vizinhos são vistos cobertos de cinzas.

As autoridades abriram abrigos para os deslocados e distribuíram máscaras aos habitantes para protegê-los da contaminação e das cinzas.

Após o início da erupção, a Internet foi cortada e a rede telefônica apresentou falhas, segundo um jornalista da AFP.

A última erupção do vulcão, há exatamente um ano, matou pelo menos 51 pessoas.

Fluxos de lama e cinzas envolveram aldeias inteiras e quase 10.000 pessoas tiveram que fugir de suas casas. Outra erupção ocorreu dois dias depois.

Uma ponte que liga dois distritos da região, que estava em reconstrução desde o ano passado, foi fortemente danificada neste domingo, segundo o PVMBG.

A Indonésia está localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, onde o choque das placas tectônicas causa forte atividade vulcânica e sísmica.

O arquipélago do Sudeste Asiático tem quase 130 vulcões ativos.

Tonga acelerava, nesta quarta-feira (19), seus esforços para limpar as cinzas de seu principal aeroporto, a fim de permitir a chegada de ajuda humanitária ao país, que passou por um "desastre sem precedentes" após uma poderosa erupção vulcânica no sábado.

A erupção do vulcão Hunga Tonga Hunga Ha'apai expeliu uma nuvem de fumaça de 30 quilômetros de altura, capturada por satélites, lançando cinzas, gás e chuva ácida sobre grandes áreas do Pacífico.

Também provocou um tsunami que atingiu a costa de Estados Unidos, Japão e Chile.

Em Tonga, a subida do nível do mar atingiu "até 15 metros", informou o governo deste país em um comunicado.

Pelo menos três pessoas morreram, e várias ficaram feridas, acrescentou o governo, chamando o fenômeno de "desastre sem precedentes".

O balanço dos danos é dificultado pela queda nas comunicações internacionais após o rompimento de um cabo submarino, cuja reparação pode demorar pelo menos quatro semanas.

Austrália e Nova Zelândia têm aviões militares prontos para enviar suprimentos de emergência para o arquipélago. Ainda não podem voar, porém, devido ao acúmulo de cinzas vulcânicas na ilha principal que pode colocar as aeronaves em risco.

Uma camada de 5 a 10 centímetros de cinzas se acumulou na pista do aeroporto da ilha principal de Tongatapu, informou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que está confiante de que poderá ser limpo em breve.

"Pensávamos que estaria operacional ontem, mas não foi completamente limpo, porque mais cinzas estão caindo", declarou Jonathan Veitch, coordenador das Nações Unidas para esta crise.

"Eles estão limpando a um ritmo de 100-200 metros por dia. Isso significa que devem terminar hoje", quarta-feira, acrescentou.

Um navio australiano com ajuda de emergência deve partir em breve para as ilhas, embora a viagem seja de cinco dias no mar. Dois navios neozelandeses partiram na terça-feira com equipes de resgate e suprimentos de água e devem chegar em dois dias.

Tonga foi praticamente isolada do mundo desde a erupção e depende de telefones via satélite para se comunicar com o mundo exterior. A situação pode continuar assim por pelo menos um mês.

"A empresa de cabos americana SubCom diz que levará pelo menos quatro semanas para reparar o cabo de conexão de Tonga", informou o Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia em um comunicado.

Em Tonga, o governo disse que um vilarejo na Ilha Mango foi completamente arrasado pela onda gerada pela erupção. Outros têm apenas algumas casas de pé.

Em seu comunicado, as autoridades informam sobre o envio de equipes de resgate para retirar os habitantes das áreas mais afetadas, bem como navios do Exército com profissionais de saúde e suprimentos de água, alimentos e barracas.

A atividade do vulcão teve repercussões em todo Pacífico. As ondas anormais causaram um derramamento de óleo no Peru, com uma mancha de pelo menos 18 mil metros quadrados que afeta praias, áreas protegidas e fauna marinha na província de Callao.

As primeiras imagens de Tonga após a erupção de um vulcão que desencadeou um tsunami mostravam, nesta terça-feira (18), a devastação neste arquipélago do Pacífico, coberto por cinzas e com danos significativos.

O território ficou praticamente isolado do restante do mundo pela erupção de um vulcão submarino, que cortou o cabo de conexão da ilha, que agora depende do sinal irregular dos telefones via satélite.

A monumental coluna de fumaça do vulcão atingiu uma altura de 30 quilômetros e espalhou cinzas, gás e chuva ácida por uma área muito ampla do Pacífico.

Três dias após esta erupção, o número de vítimas da tragédia e a situação no terreno ainda são desconhecidos. As autoridades da Nova Zelândia confirmaram duas mortes na ilha, citando a polícia local.

Uma das vítimas é uma britânica que foi arrastada pelo tsunami. Seu corpo foi recuperado.

Em um comunicado nesta terça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que seu delegado local, o médico Yutaro Setoya, está "dirigindo as comunicações entre as agências da ONU e o governo tonganês".

"O telefone via satélite do dr. Setoya é uma das poucas fontes de informação", afirmou o organismo, acrescentando que o médico fica o dia todo fora de casa tentando captar sinal.

A OMS informou que, na ilha principal de Tonga, Tongatapu, há 50 casas destruídas e 100 danificadas. Também alertou que as emanações do vulcão geram temores de contaminação da água e dos alimentos.

"O governo recomendou que as pessoas fiquem em casa, usem máscara se saírem e bebam água engarrafada".

As imagens de satélite mostram que o vulcão submarino localizado ao norte do arquipélago voltou a ficar submerso e apenas duas pequenas ilhotas de lava surgiram.

"O que vimos acima do mar, que agora foi coberto, foi apenas a ponta do vulcão que emergiu de uma enorme estrutura submarina", explicou a especialista Heather Handley, da Universidade Monash.

- Sinal de ajuda -

As agências de emergência relataram "grandes danos" em Tonga após a erupção, mas a situação geral ainda é desconhecida. A pista do aeroporto ainda está cheia de rochas que impedem o pouso dos aviões militares australianos C-130.

A capital do território, Nuku'alofa, foi coberta por dois centímetros de cinza e poeira vulcânicas. O sistema interno de telefonia foi restaurado, mas as comunicações internacionais continuam cortadas.

O calçadão da capital foi "muito danificado pelas rochas e pelos detritos arrastados pelo tsunami", disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

O OCHA também informou que os voos de reconhecimento confirmaram "danos materiais substanciais" nas Ilhas Mango e Fonoi.

"Um sinal de socorro ativo foi detectado em Mango", relatou o OCHA. A ilha tem cerca de 30 habitantes, segundo o censo de Tonga.

Enquanto isso, dois biólogos mexicanos ficaram presos em Tonga, embora estejam fora de perigo. Agora, o governo e suas famílias tentam tirá-los de lá, segundo o Ministério das Relações Exteriores do México.

Imagens divulgadas pelo Centro de Satélites da ONU mostram o impacto da erupção e do tsunami na pequena ilha de Nomuka, uma das mais próximas do vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai.

Austrália e Nova Zelândia, que enviaram aviões de reconhecimento Orion para sobrevoar a área, prepararam remessas de ajuda para Tonga.

A água é uma das prioridades, disse o ministro da Defesa da Nova Zelândia, Andrew Bridgman, devido ao risco de contaminação das fontes.

A Cruz Vermelha informou que enviará 2.516 contêineres de água, e a França, que tem vários territórios na Polinésia, prometeu enviar ajuda "urgente" ao povo de Tonga.

As principais agências de resgate, que geralmente vêm com ajuda humanitária de emergência, disseram que estão paralisadas, incapazes de entrar em contato com sua equipe local.

"Das poucas atualizações que temos, a magnitude da devastação pode ser imensa", disse Katie Greenwood, da seção regional da Cruz Vermelha.

E, mesmo quando os esforços começarem, poderão ser complicados pelas restrições de entrada por causa da covid-19.

A erupção de sábado foi ouvida até no Alasca, provocando um tsunami que inundou a costa do Pacífico do Japão aos Estados Unidos e também atingiu a América do Sul.

No sábado, duas mulheres no Peru morreram arrastadas pelas ondas.

A erupção danificou um cabo de comunicação submarino entre Tonga e Fiji que, segundo os operadores, levará duas semanas para ser reparado.

Tonga estava praticamente isolada do resto do mundo, nesta segunda-feira (17), depois que a erupção de um vulcão submarino paralisou as comunicações nesta país insular do Pacífico.

Especialistas alertaram que a conexão com a internet pode permanecer cortada por várias semanas para as quase 100 mil pessoas que vivem no país.

A erupção há dois dias do vulcão Hunga Tonga-Hunga Haa'pai cobriu Tonga de cinzas, provocando um tsunami em todo o Pacífico que matou duas pessoas no Peru.

Os países vizinhos e as agências internacionais continuam avaliando a extensão dos danos. A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, declarou no domingo que são "significativos".

A Nova Zelândia e a Austrália enviaram nesta segunda aviões de reconhecimento para avaliar os danos e disponibilizaram aeronaves de transporte militar C-130 para transportar suprimentos ou pousar se as pistas forem consideradas operacionais.

Sabe-se que a explosão vulcânica de sábado afetou severamente a capital Nuku'alofa, coberta de cinzas, e cortou um cabo de comunicação subaquático, que pode levar duas semanas para ser restabelecido.

A erupção foi sentida até no Alasca, causando uma onda que atingiu as costas do Pacífico, do Japão aos Estados Unidos.

"Sabemos que água é uma necessidade imediata", disse Ardern a repórteres, explicando que a Nova Zelândia depende de telefones via satélite para se comunicar com o país.

Os voos de reconhecimento ajudarão a informar o governo tonganês sobre a extensão dos danos causados pelo vulcão e pelo tsunami e identificar as necessidades de ajuda, acrescentou Ardern.

A primeira-ministra, falando à embaixada da Nova Zelândia em Tonga, descreveu barcos e "grandes rochas" chegando à costa norte de Nuku'alofa.

O ministro da Defesa da Nova Zelândia explicou, por sua vez, que o país insular conseguiu restaurar a eletricidade em "grandes partes" da cidade.

- "Não sabemos nada" -

Com as comunicações cortadas, os tonganeses fora do país tentam desesperadamente falar com seus entes queridos.

"Não consigo entrar em contato com minha família, não há comunicação", disse à AFP Filipo Motulalo, jornalista da Pacific Media Network.

"Nossa casa está entre aquelas próximas à área que já foi inundada, então não sabemos a extensão dos danos", disse.

Motulalo indicou que muitos tonganeses no exterior estão preocupados. "Acho que o pior é o apagão e o fato de não sabermos nada".

Muitos estão preocupados com os idosos enfrentando o ar cheio de poeira vulcânica.

O diretor da rede Southern Cross Cable Network, Dean Veverka, disse à AFP que a internet pode ficar inativa por duas semanas. "Estamos recebendo informações imprecisas, mas parece que o cabo foi cortado", declarou.

"O reparo pode levar até duas semanas", explicou. A Southern Cross está ajudando a Tonga Cable Limited, proprietária do cabo de 872 quilômetros que liga o país insular a Fiji e de lá ao resto do mundo.

Inicialmente, acreditou-se que a falta de sinal era devido a uma queda de energia após a erupção. Mas os testes subsequentes, uma vez que a fonte de alimentação foi restaurada, indicaram que era uma ruptura no cabo.

Tonga já esteve sem telecomunicações por duas semanas em 2019, quando a âncora de um navio cortou o cabo. Um pequeno serviço de satélite operado localmente foi então estabelecido para permitir um contato mínimo com o mundo exterior.

O balanço da erupção destrutiva do vulcão Semeru, leste da ilha de Java, subiu nesta terça-feira (7) de 22 para 34 mortos, anunciou o porta-voz da agência de gestão de catástrofes, Abdul Muhari.

"O balanço atualizado registra 34 mortes e 17 pessoas desaparecidas", afirmou o porta-voz a respeito da erupção de sábado, que cobriu a região de cinzas e destruiu mais de 10 localidades.

Mais de 3.500 moradores foram retirados da região.

Milhares de casas e edifícios foram afetados, incluindo 24 escolas, de acordo com os dados provisórios do Centro de Assistência Humanitária para a Gestão de Desastres (AHA Centre) da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

A maior montanha de Java lançou uma enorme coluna de cinzas no sábado e expeliu rios de lava que inundaram os vilarejos próximos.

Ruas foram tomadas por cinzas e lama, que cobriram caminhões e casas até o telhado.

As equipes de resgate trabalham em condições difíceis para procurar sobreviventes e corpos, em meio a escombros, lama e cinzas.

Cães farejadores e equipamentos de busca foram enviados à região para ajudar nos esforços.

O vulcão mantém uma atividade intermitente, com várias erupções todos os dias, mas de menor magnitude desde o fim de semana.

As autoridades pediram aos moradores que não se aproximem a menos de cinco quilômetros da cratera, pois o ar saturado de cinzas e poeira é perigoso para as pessoas vulneráveis.

Semeru, com 3.676 metros, entrou em erupção diversas vezes nas últimas décadas, mas poucas tão destrutivas.

A Indonésia fica no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, onde o encontro de placas tectônicas provoca uma grande atividade sísmica.

O arquipélago do sudeste asiático tem quase 130 vulcões ativos.

Vagando por entre a lama e as cinzas, os habitantes das aldeias localizadas ao pé do vulcão Semeru, na Indonésia, tentavam neste domingo (5) recuperar os poucos bens que restaram após a erupção.

Pais com seus filhos traumatizados, idosos com colchões nas costas. Agricultores com suas cabras nos braços, vivas por um milagre. Depois da erupção apocalíptica de ontem, todos estão chocados e vagueiam de um lugar para outro, numa aldeia reduzida a nada.

"De repente, o céu escureceu e então veio a chuva e nuvens ardentes", conta Bunadi, um residente da vila de Kampung Renteng, no leste de Java, que diz ter ficado surpreso com a erupção de uma "lama ardente".

A poderosa erupção causou mais de uma dúzia de mortos e numerosos feridos.

As cabanas que compõem o povoado foram arrastadas por enxurradas de lama em chamas e uma chuva de cinzas e escombros, obrigando centenas de famílias a fugir da área sem poder levar nada consigo.

Muitos perderam suas casas.

Refugiadas em uma mesquita, várias mães esperam sentadas no chão, ao lado de seus filhos, dormindo. Tiveram sorte e conseguiram escapar do cataclismo que enterrou vilas inteiras sob as cinzas.

As operações de resgate continuam, mas os habitantes, desesperados, se arriscam a retornar às suas aldeias, apesar do risco que isso acarreta para a sua saúde, com a ideia de recuperar o que for possível.

Em uma casa de Lumajang, pratos, caçarolas e tigelas esperam na mesa, como se o jantar estivesse para ser servido. Mas, em vez de comida, cinzas vulcânicas.

– Arrastados pela lama –

Alguns moradores contam os parentes desaparecidos.

"A torrente de lama levou dez pessoas embora", diz Salim, outro morador de Kampung Renteng.

"Um deles poderia ter escapado. Gritamos para ele correr, mas ele respondeu: 'Não quero, quem vai alimentar minhas vacas?'", explica Salim.

Não muito longe dali, em Sumber Wuluh, os telhados das casas mal se projetam do solo, o que dá uma ideia do volume de lama que inundou a aldeia em muito pouco tempo.

Há vacas mortas no chão e, embora alguns animais tenham conseguido sobreviver, muitos estão mutilados, em carne viva, queimados pela lava.

Um sobrevivente, com um cigarro entre os lábios, foi resgatado por socorristas, cujo uniforme laranja se destaca em uma paisagem cinza-escura que quase parece o inferno.

Sentado nas cinzas, um grupo de vizinhos de Sumber Wuluh olha para a cratera do Semeru, de onde a fumaça continua a emanar.

No meio das árvores queimadas e desfolhadas e das casas e veículos enterrados pela lama, são, juntamente com os poucos animais que os rodeiam, os únicos sinais de vida num panorama de morte e desolação.

As equipes de resgate redobraram, neste domingo (5), seus esforços para encontrar sobreviventes da erupção do vulcão Semeru, na Indonésia, que causou pelo menos 13 mortos e dezenas de feridos.

O vulcão localizado no leste da ilha de Java projetou uma grande nuvem de cinzas no sábado após as 15h (3h no horário de Brasília), provocando pânico entre os residentes das aldeias vizinhas e cobrindo a região ao redor da cratera com um camada espessa de cinzas.

"O número de mortos agora é de 13. As equipes de resgate encontraram mais corpos", depois de uma primeira vítima encontrada no sábado, informou à AFP o porta-voz da agência de resgate, Abdul Muhari.

Cerca de doze pessoas que ficaram presas em uma mina por conta da erupção foram resgatadas, segundo ele.

A erupção deixou pelo menos 57 feridos, incluindo 41 queimados, informou a agência.

As projeções de cinzas do vulcão surpreenderam os habitantes da região no sábado. Vídeos que circulam na internet mostraram as pessoas fugindo da crescente nuvem cinza.

- Sinais de vida de desaparecidos -

Pelo menos 11 vilarejos no distrito de Lumajang foram cobertos por uma espessa camada de cinzas, que quase enterrou completamente algumas casas e veículos, e matou gado.

Cerca de 900 pessoas tiveram que ir para abrigos e mesquitas para pernoitar.

As operações de evacuação foram temporariamente suspensas na parte da manhã deste domingo devido a nuvens de cinzas, informou o canal Metro TV, destacando as dificuldades enfrentadas pelos socorristas.

As fortes chuvas também podem causar ondas de lama quente, carregando cinzas e detritos, alertou o vulcanologista indonésio Surono.

Pelo menos sete pessoas ainda estão desaparecidas, duas das quais podem estar vivas, segundo o porta-voz da polícia de Lumajang, Adi Hendro, à AFP.

"Há sinais de vida, como luzes, que podem estar vindo de seus telefones celulares", explicou.

"Mas não podemos chegar até elas porque o terreno ainda está muito quente. Também precisamos garantir a segurança das nossas equipes".

- Cenário de desolação -

A erupção destruiu pelo menos uma ponte em Lumajang, dificultando o trabalho das equipes de resgate.

Em um vídeo compartilhado pelo serviço de resgate, é possível ver um cenário de desolação, com telhados e palmeiras emergindo das cinzas e escombros cobrindo o solo, em uma paisagem que se tornou cinza escuro.

As autoridades pediram aos residentes que não se aproximem a menos de 5 km da cratera porque o ar saturado de poeira de cinzas na área é perigoso para pessoas vulneráveis.

Ajuda alimentar, máscaras e sacos mortuários foram encaminhados para o local pelos serviços de emergência.

O Monte Semeru, o pico mais alto de Java, chega a 3.676 metros.

Sua última grande erupção foi em dezembro de 2020. Na ocasião também causou a fuga de milhares de pessoas e cobriu aldeias inteiras. As autoridades mantiveram desde este episódio o nível de alerta do vulcão no segundo nível mais alto.

A Indonésia fica no "Círculo de Fogo" do Pacífico, onde o encontro das placas continentais causa alta atividade sísmica.

Este arquipélago do Sudeste Asiático tem quase 130 vulcões ativos em seu território.

No final de 2018, a erupção de um vulcão entre as ilhas de Java e Sumatra causou um terremoto subaquático e um tsunami, matando quase 400 pessoas.

O aeroporto da ilha espanhola de La Palma, nas Ilhas Canárias, está paralisado devido ao acúmulo de cinza liberada pelo vulcão Cumbre Vieja, que entrou em erupção há uma semana, anunciou neste sábado (25) a empresa gestora dos aeroportos espanhóis (Aena).

"As operações de limpeza começaram, mas a situação pode mudar a qualquer momento", informou Aena.

Sete voos tiveram que ser cancelados pelo mesmo motivo na sexta-feira (24).

Explosões violentas e uma grande nuvem de cinzas que emana do vulcão Cumbre Vieja levaram as autoridades a ordenar a evacuação de vários bairros da cidade de El Paso na sexta-feira.

"Dado o risco acrescido para a população devido ao atual episódio eruptivo", as autoridades do arquipélago indicaram ter "emitido uma ordem de evacuação obrigatória para (os distritos de) Tajuya, Tacande de Abajo e para a parte não evacuada de Tacande de Arriba".

A ordem elevou a mais de 6.200 o número de pessoas que tiveram que deixar suas casas, segundo as autoridades.

Duas novas bocas eruptivas, das quais saía lava, se abriram no vulcão, informou o Instituto Vulcanológico das Canárias.

Segundo os últimos dados do Copernicus, o sistema de medição geoespacial europeu, a lava do vulcão já destruiu 420 imóveis e cobriu 190 hectares de terreno, em uma ilha cuja principal atividade econômica é o cultivo da banana.

A velocidade dos fluxos de lava que devastaram parte da ilha nos últimos dias diminuiu acentuadamente e as autoridades têm dúvidas se e quando chegarão ao Oceano Atlântico.

O encontro entre a lava e o mar é temido em razão da emissão de gases tóxicos que pode provocar.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que o governo espanhol declarará La Palma como área de catástrofe natural na próxima terça-feira. Esta medida vai desbloquear auxílios aos residentes afetados.

A retomada da atividade do vulcão Cumbre Vieja obrigou à retirada de mais 500 pessoas, o que eleva para 6.000 o total de deslocados na ilha de La Palma, no arquipélago espanhol das Ilhas Canárias, enquanto os fluxos de lava se aproximam cada vez mais da costa.

O encontro do magma em chamas com o mar nesta ilha atlântica pode provocar a emissão de gases tóxicos, segundo os cientistas. Para minimizar os riscos, as autoridades estabeleceram um perímetro de exclusão.

"Aparece uma nova boca eruptiva em Tacande, El Paso", tuitou o serviço de emergência do arquipélago na segunda-feira à noite (20), alertando sobre uma nova "retirada da população".

O anúncio gerou filas de carros durante a noite, segundo imagens da AFPTV.

"Cerca de 500 pessoas" tiveram de abandonar suas casas, confirmou na manhã desta terça-feira Lorena Hernández, vereadora municipal de Los Llanos de Aridane, uma das cidades mais afetadas pelos fluxos de lava.

A abertura desta nova boca eruptiva ocorreu depois de um novo terremoto de magnitude 4,1, às 21h32 locais (17h32 em Brasília), de acordo com o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan).

Desde que o Cumbre Vieja entrou em erupção no domingo à tarde (19), cerca de 6.000 pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

- Centenas de casas destruídas -

Embora não tenha deixado vítimas, esta erupção, a primeira desde 1971 nesta ilha de quase 85.000 habitantes, causou danos significativos. Os fluxos de lava incandescente já destruíram mais de 100 casa, além de causarem inúmeros danos materiais e naturais.

As impressionantes colunas cinzas e laranjas de lava descem do vulcão lentamente, destruindo árvores, estradas e casas no caminho, segundo as imagens divulgadas por moradores e autoridades.

Até o momento, o vulcão destruiu 166 construções, e o magma cobre 103 hectares de La Palma, informa o sistema europeu de observação espacial Copernicus. O órgão publicou no Twitter uma imagem de satélite da ilha com as áreas afetadas.

Agora, as autoridades locais esperam a chegada da lava ao mar. Inicialmente prevista para ontem à noite, ela foi adiada, porque os fluxos de lava desaceleram sua descida.

Esse contato preocupa os especialistas por sua potencial periculosidade. Pode gerar explosões, ondas de água com alta temperatura, ou nuvens tóxicas, de acordo com a página do United States Geological Survey (USGS).

O governo regional das Ilhas Canárias pediu aos curiosos que não se aproximassem da área e decretou um "raio de exclusão de 2 milhas náuticas", no entorno de onde os fluxos de lava devem desembocar.

O vulcão expele colunas de fumaça que chegam a centenas de metros de altitude e entre 8.000 e 10.500 toneladas de dióxido de enxofre por dia, segundo o Involcan. Apesar disso, o espaço aéreo da ilha não foi fechado.

O órgão administrador do aeroporto espanhol (Aena) anunciou hoje pela manhã (21) que todos os voos programados para segunda-feira no aeroporto de La Palma conseguiram operar. Outros 48 estão programados para esta terça.

O Cumbre Vieja está sendo monitorado há uma semana, devido à intensa atividade sísmica e, ainda conforme o Involcan, a erupção pode durar "várias semanas, ou alguns meses".

O vulcão de Cumbre Vieja em La Palma, nas Ilhas Canárias, entrou em erupção neste domingo (19), às 15h12 (Horário local), e causou uma enorme coluna de fumaça na região.

A erupção foi precedida por um pequeno terremoto, que foi sentido principalmente na área de Las Manchas, em El Paso. Até o momento, não há alerta de tsunami.

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A atividade sísmica causada pela vulcânica começou há uma semana e deixou vários municípios das Ilhas Canárias em alerta.

Desde o início do fenômeno, o Instituto Geográfico Nacional registrou mais de 6,6 mil pequenos terremotos na área de Cumbre Vieja, ao sul de La Palma. Nos últimos dias, as autoridades declararam o nível de alerta "amarelo" (o segundo de quatro) para os municípios de Fuencaliente, Los Llanos de Aridane, El Paso e Mazo, onde residem cerca de 35 mil habitantes.

No momento, apenas 40 pessoas que vivem nas aldeias vizinhas estão com mobilidade reduzida, e os animais das fazendas ao redor foram evacuados.

O complexo vulcânico de Cumbre Vieja não entra em erupção desde 1971 e ganhou destaque no Brasil, uma vez que seria o único que, em caso de erupção explosiva — nível mais alto de atividade vulcânica —, poderia ser capaz de provocar um tsunami com risco de atingir a costa brasileira.

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Da Ansa

Um vulcão no Atlântico passou a chamar atenção dos cientistas nos últimos dias por um aumento da atividade sísmica. O gigante está em Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na costa do continente africano. O Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca) elevou o nível de alerta de verde para amarelo, o que implica uma ação preventiva diante de um risco moderado de atividade vulcânica. De acordo com especialistas, o vulcão poderia provocar um grande tsunami do Brasil - onde seriam atingidas as regiões Norte e Nordeste - aos Estados Unidos em caso de colapso numa grande erupção.  

O nível amarelo é o segundo dos quatro existentes e quando acionado a população é orientada para que fique atenta a uma mudança na situação, além de se intensificar a vigilância e monitoramento da atividade vulcânica e sísmica. 

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No nível laranja, no terceiro nível, é decretado o alerta máximo para fenômenos que precedem uma erupção iminente para, no vermelho, notificar-se uma emergência de que há uma erupção em andamento. 

La Palma experimentou um aumento significativo nos movimentos sísmicos desde sábado (11), acompanhando a tendência de alta desde 2017 e ganhou maior força desde 2020. Nos últimos dias, além de aumentar o volume de movimentos sísmicos, sua intensidade aumentou com abalos que tiveram magnitude superior a três. A profundidade dos epicentros também diminuiu, em média, de 30 para 12 quilômetros. Só ontem foram mais de 100 tremores e um teve profundidade de apenas quatro quilômetros. 

A atividade registrada desde sábado é mais intensa. O Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias, Involcán, descreveu o movimento como “uma mudança significativa” no vulcão Cumbre Vieja, ligada ao fenômeno conhecido como intrusão magmática, um processo que ocorre dentro da crosta terrestre em que o magma se aproxima da superfície. Os dados de emissão de hélio-3, que determinam a atividade magmática, têm “o maior valor observado nos últimos 30 anos”, de acordo com a avaliação do comitê Pevolca para o monitoramento geoquímico de gases vulcânicos. Segundo avaliações da MetSul Meteorologia, a opinião sobre o risco de tsunami difere entre cientistas do Brasil e do exterior. 

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No último fim de semana, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) detectou, por meio da sonda Solar Dynamics Observatory, uma explosão solar com dimensões que não se via há quatro anos. O fenômeno teve duração de 15 minutos e, segundo o US Space Weather Prediction Center (SWPC), ocorreu na região noroeste do sol. Agora, a erupção solar ficará transitando do outro lado da estrela.

Como consequência, foi registrado que a explosão foi responsável por causar um breve blecaute nas ondas de rádio na região do Oceano Atlântico. De acordo com a Space, o fenômeno foi classificado como um evento de classe X, o mais forte disparo de energia solar, que quando ocorre em direção ao planeta Terra, pode ser responsável por colocar em perigo os astronautas e os satélites que estiverem na órbita do planeta.

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Assim como a Terra, o sol também possui períodos de atividades espaciais e, desde dezembro de 2019, a maior estrela do sistema solar entrou no 25° ciclo. Cada período desses dura aproximadamente 11 anos e durante os ciclos, é possível identificar que o sol varia com fases mais intensas e outras mais amenas. Um dos sintomas que mostram a presença de períodos intensos são as manchas solares, que indicam presença de erupção solar.

Segundo os cientistas, o período mais turbulento do sol neste ciclo pode acontecer em meados de 2025, quando novas explosões podem acontecer. Em geral, o fenômeno tem maior alcance de impacto fora da atmosfera e assim, os habitantes do planeta não serão atingidos. Como reflexo do evento na estética do planeta, é possível que auroras boreais aconteçam com mais frequência.

 

Ao menos 15 pessoas morreram e cerca de 170 crianças estão desaparecidas em decorrência da erupção do vulcão Nyiragongo, no leste do Congo, segundo informou nesta segunda-feira (24) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A erupção do vulcão causou a evacuação de milhares de pessoas e destruiu centenas de residências. A quantidade de mortos pode aumentar conforme as autoridades alcancem as áreas mais atingidas.

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A organização informou que serão criados diversos centros para auxiliar os menores desacompanhados.

O porta-voz do governo, Patrick Muyaya, afirmou que nove pessoas faleceram em um acidente de carro enquanto tentavam fugir da erupção. Já outros quatro morreram tentando escapar de uma prisão.

A repentina erupção do Nyiragongo causou uma série de terremotos e destruiu uma estrada que ligava Goma à cidade de Beni, interrompendo uma rota crucial para a chegada de ajuda e suprimentos.

Em Goma, diversas pessoas regressaram após a fuga em massa da erupção. No entanto, a população está preocupada com os movimentos sísmicos, que podem colapsar casas e prédios.

O Nyiragongo, localizado a 10 quilômetros de Goma, entrou em erupção pela última vez em 2002, matando 250 pessoas. Naquela ocasião, mais de 100 mil indivíduos perderam suas residências. 

Da Ansa

O vulcão Sinabung, localizado na ilha de Sumatra, na Indonésia, entrou em erupção nesta terça-feira (2) formando uma grande coluna de cinzas e fumaça de vários quilômetros de altura sobre o nível do mar. Os vulcanologistas registraram mais de 13 projeções que alcançaram 5 mil metros de altura sobre a ilha de Sumatra.

As autoridades indonésias elevaram o nível de alerta para o vulcão, que já está no terceiro de uma escala de quatro, mas negaram acesso a uma zona de cinco quilômetros ao redor de sua cratera. No entanto, não houve erupção de lava e nenhum voo precisou ser interrompido na região. "As pessoas estão assustadas e muitas ficaram em casa para se proteger da espessa cinza vulcânica", disse o agricultor Roy Bangun, de 41 anos.

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A nuvem de fumaça do Sinabung é a maior desde 2010, disse Muhammad Nurul Asrori, responsável por monitorar as atividades do vulcão. "A grande cúpula de lava pode entrar em erupção a qualquer momento, provocando uma avalanche ainda pior de nuvens quentes", afirmou.

O Sinabung, vulcão de 2.460 metros de altura no norte de Sumatra, permaneceu inativo durante vário séculos antes de despertar em 2010 com uma erupção que matou duas pessoas. O vulcão teve outras duas erupções fatais, uma em 2014 que matou pelo menos 16 pessoas e outra em 2016, com sete vítimas. Cerca de 30 mil pessoas tiveram que deixar suas casas em áreas próximas ao Sinabung em anos recentes.

A Indonésia tem 130 vulcões ativos. O país fica no Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e erupções vulcânicas, onde convergem três grandes placas tectônicas: indo-pacífico, australiana e euro-asiática. (Com agências internacionais).

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