Tópicos | escolta

As deputadas estaduais Lohanna França (PV), Bella Gonçalves (PSOL) e Beatriz Cerqueira (PT) voltaram a ser alvos de ameaças de estupro e de morte após o deputado Cristiano Caporezzo (PL), colega das parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), divulgar um vídeo, nesta quarta-feira (25), em que questiona a necessidade de uso de escolta policial pelas deputadas e expõe imagens de Bella em um compromisso pessoal. As parlamentares têm sido alvo de intimidação pelas redes sociais e e-mails funcionais há pelo menos dois meses.

Para conter a ação criminosa, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e as policiais Civil e Militar chegaram a cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos de ameaçar as deputadas em uma operação no fim de setembro.

##RECOMENDA##

Batizada de Operação Di@na, a investigação teve início após as parlamentares receberem as primeiras ameaças nos e-mails da ALMG, mas não foram suficientes para cessar os casos de intimidação. Em uma das mensagens enviadas para Lohanna por e-mail, o autor afirma que a parlamentar "promove a degeneração e a irresponsabilidade feminina" e passa a apontar o que faria com a parlamentar. Ele diz que tem o endereço dela e de seus parentes e que iria estuprá-la e depois matá-la.

No vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta, Caporezzo questiona a escolta da Polícia Militar que acompanha Bella Gonçalves durante 24 horas por dia após o recebimento das ameaças de morte e estupro. Um dos trechos do vídeo divulgado no X (antigo Twitter) mostra a deputada Bella Gonçalves em um compromisso pessoal.

"Atacam o serviço da Polícia Militar. Ela trata assim a população. Pra ela, ela quer escolta armada da Polícia Militar. Está aqui no Código Penal Brasileiro: ameaçar alguém, artigo 147, pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa. Ou seja, a pessoa sequer vai presa. Então, porque a psolista tem direito a uma escolta? Já fui ameaçado de morte diversas vezes e eu não tenho escolta armada. Sou contra isso daí. Pra encher a cara em buteco, está errado", afirma o deputado em um dos trechos do vídeo divulgado nas redes sociais.

Após a publicação do vídeo, as deputadas receberam novas ameaças de morte. Bella Gonçalves diz ainda que Caporezzo foi até a Comissão de Direitos Humanos da Casa durante a tarde, após a suspensão da sessão, para "intimidá-las".

"O vídeo do Caporezzo é violência política contra a mulher. Tanto que foi repudiado por todos os líderes da Assembleia Legislativa. Não só é violência política contra a mulher, como recebemos uma outra ameaça de morte agora de tarde. Ele veio aqui, (para) invadir e tumultuar a Comissão de Direitos Humanos em que a gente estava repudiando a ação que ele teve enquanto parlamentar, colocou o telefone na minha cara e na da deputada Beatriz Cerqueira, provocando tumulto na Casa. Não vamos tolerar esse tipo de violência política", contou a deputada ao Estadão.

Deputados da ALMG saíram em defesa das parlamentares durante sessão na manhã desta quarta-feira. Antes do início da votação de projetos que estavam na pauta, a sessão foi suspensa a pedido do líder do Bloco Democracia e Luta, deputado Ulysses Gomes (PT), para a discussão de medidas de proteção às vítimas.

"Elas têm sofrido ameaças permanentes. E-mails, ameaças que têm inviabilizado o dia-a-dia na vida particular e pessoal de cada uma delas e, obviamente, a atividade política. A gente não tem visto o resultado concreto. Essas ameaças têm aumentado. Ontem, várias depuradas receberam mais ameaças. Hoje pela manhã, mais e-mails com ameaças de estupro coletivo, de perseguição à família. Ameaças que inviabilizam não só a vida delas, mas preocupam a todos. Tem acontecido aqui na Casa exploração desses casos no aspecto político. Alguns deputados pegam fatos e exploram isso politicamente. Não podemos aceitar isso", afirmou Gomes ao pedir a suspensão da sessão.

O presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), suspendeu a reunião e se comprometeu com as deputadas a denunciar Caporezzo na Comissão de Ética para que sejam tomadas medidas cabíveis.

Líder do governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia, o deputado João Magalhães (MDB) também lamentou as ameaças e se solidarizou com a deputada.

"O governo está empenhado, através da Secretaria de Segurança Pública, para ajudar a desvendar quem são esses (que ameaçam)", disse.

Operação do MPMG e das policias

O MPMG e as policiais Civil e Militar do Estado passaram a monitorar em setembro grupos em redes sociais e aplicativos de mensagem para localizar os suspeitos de ameaças contra as deputadas. As autoridades identificaram a exposição indevida de dados sigilosos de diversas autoridades, incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia, postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e muito conteúdo de abuso e a exploração sexual infantil.

O deputado Caporezzo foi procurado pelo Estadão, mas ainda não se pronunciou sobre o caso até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), passará a ser escoltada por três policiais legislativos após receber ameaças de morte nas redes sociais. A autorização para que os agentes passem a acompanhá-la foi dada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A informação foi compartilhada inicialmente pela coluna Painel e confirmada pelo Estadão.

A senadora denunciou as ameaças na última quarta-feira, 18, durante a votação do relatório da CPMI. Ela disse que os ataques também foram destinados aos seus familiares. Ainda de acordo com a parlamentar, os criminosos teriam dito que poderiam surpreendê-la em aeroportos.

##RECOMENDA##

"Diante de tudo que eu recebi nesse celular e de ameaças, não há dúvida nenhuma que como alguém que tem uma família que precisa de mim, eu preciso de um apoio, de uma defesa", disse a senadora. "Não podemos subestimar. São pessoas que pelo o que colocam não têm nenhum senso de humanidade", completou.

As ameaças foram reunidas pela equipe da senadora em um documento que será enviado à Polícia Federal (PF) e à Advocacia-Geral do Senado para embasar eventuais investigações. A autorização concedida por Pacheco para que Eliziane passe a ser escoltada permite que os policiais a acompanhem em Brasília, no seu Estado (Maranhão) e durante voos.

Eliziane ainda atrelou as ameaças sofridas com os embates tidos com parlamentares bolsonaristas no plenário da CPMI. De acordo com a senadora, os ataques aumentavam na medida em que ela se envolvia em confrontos com os oposicionistas. As perseguições a ela também aumentaram na reta final do colegiado, por causa do relatório em que propôs o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 60 pessoas.

A presença do ministro da Segurança Flávio Dino em um evento na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, nessa segunda-feira (13), deixou deputados da direita revoltados. A oposição criticou a entrada na comunidade sem escolta e convocou o gestor para se explicar à Comissão de Segurança Pública, na Câmara. 

A comitiva do ministro chegou ao local em dois veículos oficiais, mas sem nenhuma viatura caracterizada. Dino foi convidado a participar do lançamento dos dados sobre os impactos da violência na Maré em 2022 e ouviu de lideranças da região as principais demandas relacionadas à segurança da comunidade. 

##RECOMENDA##

Em sua fala no evento, o gestor ressaltou que “só é possível planejar e executar ações boas e corretas ouvindo as pessoas certas” e comentou sobre a importância de acompanhar os casos de violência para traçar propostas de enfrentamento. “Nós acreditamos que esse boletim é um elemento importante, uma espécie de mapa do caminho que vai nos ajudar a combater a violência no Brasil e implantar uma cultura plena da paz”, reiterou. 

Deputados cariocas do partido de Bolsonaro, como Hélio Lopes, Carlos Jordy e o filho Eduardo encabeçam o requerimento junto com Otoni de Paula (MDB-RJ) para cobrar as explicações do ministro na Câmara. O núcleo de conservador não apresentou provas, mas apontou uma possível relação entre o atual governo federal e o crime organizado. A convocação foi protocolada e aguarda aprovação.  

Flávio Dino rebateu os deputados e publicou uma foto do encontro. Ele indicou certo preconceito com a comunidade e afirmou que a extrema-direita odeia lugares onde moram pessoas pobres.

"Soube que representantes da extrema-direita reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres. Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos", escreveu o ministro. 

[@#video#@]

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi hostilizado em Santa Catarina por um grupo de manifestantes que se reuniu em frente ao restaurante onde o magistrado jantava, localizado no bairro Perequê, Porto Belo, na noite dessa quinta-feira (3).

O grupo, que xingou o ministro de "vagabundo", seguiu Barroso até a sua casa e a Polícia Militar precisou ser acionada para ajudar a equipe de segurança do STF a fazer uma escolta para que o magistrado conseguisse deixar o imóvel que ele tem na cidade. 

##RECOMENDA##

Segundo o NSC Total, Barroso conseguiu deixar a residência por volta das 4h da madrugada desta sexta-feira (4). Até a liberação desta matéria, o ministro não havia se manifestado sobre o ocorrido.

Confira o vídeo

[@#video#@]

Um homem de 38 anos que estava em estado grave de Covid-19 foi escoltado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte de Natal-RN até o Recife na quinta-feira (8). Ele usava um "pulmão artificial" que chegou à capital pernambucana com apenas 35 minutos de vida útil de bateria.

O paciente precisou ser transportado com urgência, devido ao pulmão artificial, que necessita de cuidados especiais. O tratamento, chamado Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), é o mesmo que tem sido utilizado no ator e humorista Paulo Gustavo, internado com Covid-19 no Rio de Janeiro. 

##RECOMENDA##

A PRF do Rio Grande do Norte recebeu solicitação para prestar apoio às 15h. Também foram acionadas as regionais da Paraíba e de Pernambuco. 

A transferência ocorreu após uma articulação envolvendo gestores, médicos e policiais. A bateria do equipamento estava com poucos minutos restantes devido a problemas de carregamento durante o deslocamento. O paciente chegou ao hospital privado do Recife às 20h10, segundo a PRF.

Pelo menos 22 magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) passaram a andar escoltados depois de receber ameaças de milicianos.

A proteção da integridade dos juízes tem sido uma das tarefas da 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado, criada no ano passado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (30) pelo presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares. Ele disse que o grupo, que foi alvo da Operação Intocáveis II, deflagrada nesta manhã, é um dos que tentam intimidar juízes.

##RECOMENDA##

Tavares afirmou que a 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado tem se mostrado capaz de dar uma resposta aos milicianos. Ela é composta por três juízes que podem inclusive assinar sentenças em conjunto. Antes, as milícias eram julgadas em varas que tinham que lidar com diversos outros tipos crimes.Segundo o TJRJ, a especialização permite dar mais atenção às ações desses grupos e celeridade aos julgamentos. Além disso, ao concentrar os processos do crime organizado, espera-se dissipar as ameaças aos juízes que antes julgavam tais grupos.

O presidente do TJRJ não descartou que outras varas similares sejam criadas quando aumentar o volume de trabalho. Para Tavares, a Operação Intocáveis II foi bem-sucedida e ocorreu sem vazamentos no processo, que tramita em segredo de Justiça. Segundo o desembargador, os mandados foram entregues em mãos aos policiais militares e aos promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). "A milícia está se alastrando. É um câncer que a sociedade está enfrentando. O Judiciário vai agir com rigor. Ninguém teme ameaça. O Judiciário está agindo e está atento. Hoje, demos um golpe forte nos milicianos. Foi o primeiro grande passo da vara especializada", afirmou.

A Operação Intocáveis II é um desdobramento da Operação Intocáveis, que levou à prisão de líderes milicianos em janeiro do ano passado. Desta vez, as polícias Civil e Militar e o MPRJ foram às ruas para cumprir 45 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Os alvos são acusados de integrar uma milícia que desenvolvia atividades criminosas na região de Rio das Pedras e da Muzema.

Conforme balanço final divulgado pelo MPRJ, foram presas 33 pessoas. Também foram apreendidas armas, munições e R$ 13 mil. Entre os detidos, estão três policiais civis lotados na Delegacia da Barra da Tijuca e cinco policiais militares lotados nos batalhões de Jacarepaguá.

Tavares lamentou o envolvimento de agentes do Estado nos crimes. "É lamentável que um agente do Estado que trabalha em uma delegacia de visibilidade venha prestar informações a um miliciano. Por isso é que digo que o trabalho de inteligência é fundamental. Temos que combater. E esses têm que responder com mais rigor ainda, porque recebem da sociedade para defendê-la."

Segundo a investigação, desde 2014, os alvos da Operação Intocáveis II teriam participado de crimes variados como grilagem, construção e venda ilegal de imóveis, porte ilegal de arma de fogo, extorsão de moradores, agiotagem, uso de ligações clandestinas de água e energia e pagamento de propina a agentes públicos. Eles estariam envolvidos na construção irregular dos dois prédios que desabaram na Muzema em abril do ano passado, resultando na morte de 24 pessoas.

De acordo com o MPRJ, um dos presos é Jorge Luiz Camillo Alves, policial civil da Delegacia da Barra da Tijuca. As investigações mostraram que Alves trocou mensagens com o policial militar Ronnie Lessa, um dos acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em março de 2018. Lessa está preso desde março do ano passado. A operação recolheu material que poderá elucidar a relação entre ambos.

 

A família de Jair Bolsonaro e também o chamado núcleo ideológico do Palácio do Planalto cobram mudanças no esquema de segurança do presidente e a transferência da escolta oficial do Exército para a Polícia Federal (PF). A pressão aumentou desde que um militar da equipe de apoio à comitiva presidencial foi preso na Espanha, há dez dias, com 39 quilos de cocaína. O caso, ocorrido às vésperas do encontro do G-20, no Japão, provocou constrangimento internacional e expôs a disputa, até então velada, pelo controle da área de segurança e inteligência do Executivo.

A proposta de recorrer à Polícia Federal provoca mal-estar entre generais do primeiro escalão e alimenta o confronto dos núcleos civil e militar do governo. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os filhos de Bolsonaro querem, no futuro, criar uma agência inspirada no Serviço Secreto dos Estados Unidos, que é formado por civis e atua dentro do Departamento de Segurança Interna, desvinculado do Exército americano. A ideia também enfrenta resistência das Forças Armadas.

##RECOMENDA##

O general Augusto Heleno Ribeiro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse que não existem mudanças à vista. "Isso não tem fundamento", afirmou ele ao Estado. "A escolta do presidente é sempre adaptada às características do evento."

Visto como conselheiro de Bolsonaro, Heleno tem o respeito da família, mas as críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) ao general, nas redes sociais, incomodaram a caserna. Ainda nesta quinta-feira, 4, ao comentar o suicídio de um empresário em Aracaju, diante do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o filho "02" de Bolsonaro mandou novo recado a Heleno pelo Twitter. "Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do presidente ficar mais atenta", escreveu Carlos.

A proteção do presidente é feita, por lei, pelo GSI, gabinete que reúne integrantes das Forças Armadas e oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas o contingente empregado nas tarefas é sempre mantido em sigilo. Em 2002 havia 649 agentes do GSI, número que subiu para 907 em 2012. Hoje, estima-se que esse exército ultrapasse a casa dos 1.000. Atualmente, dos cerca de 3 mil funcionários que trabalham no Palácio do Planalto, um terço é composto por militares.

Na avaliação da ala não fardada do governo, porém, a segurança de Bolsonaro é falha e não há monitoramento adequado de informações. Não é raro ouvir de aliados civis que a Abin faz pesquisa "pelo Google", antes da nomeação de algum servidor ou ministro, para saber se o indicado tem algum "empecilho" de natureza ética ou jurídica. Circula também comentário, em tom jocoso, segundo o qual a equipe é informada antes pelo WhatsApp e só depois pela Abin.

'Tiros'

O apreço do núcleo ideológico do Planalto pela Polícia Federal também causa desconforto entre os militares porque a mudança no modelo de segurança presidencial é defendida com vigor pelo escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo e inimigo das Forças Armadas. Para os generais, os "tiros" de Olavo ajudaram a derrubar o então ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Aos poucos, a Polícia Federal vai ganhando mais poder no governo Bolsonaro. Na semana passada, por exemplo, o delegado da PF Alexandre Ramagem Rodrigues, um dos responsáveis pela escolta do presidente na campanha eleitoral do ano passado, foi confirmado pelo Senado como diretor-geral da Abin no lugar de um servidor de carreira. O anúncio da troca, feito em maio, foi mal recebido internamente.

"Nós vemos uma troca sem traumas (porque) não há nada contra o atual diretor da Abin. Troca feita por orientação do presidente, buscando uma nova situação para a inteligência", afirmou Heleno, à época. Nos bastidores, representantes do Exército costumam lembrar, com frequência, que Bolsonaro sofreu uma facada na campanha, ao participar de um ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, quando era escoltado pela PF.

Sargento

Bolsonaro vê com bons olhos a participação da PF no esquema de segurança, mas não quer melindrar Heleno. "Você não tem medo deste avião explodir?", perguntou o presidente, na semana passada, a um ministro que viajava com ele em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). A pergunta foi em tom de brincadeira, mas a obsessão pela vigilância voltou em grau máximo após a prisão do sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, detido no aeroporto de Sevilha, na Espanha, com grande quantidade de cocaína. "O GSI não tem nada a ver com isso. Zero", disse o general Heleno.

Carlos, porém, levantou suspeitas sobre o GSI pelo Twitter, criando nova crise no governo. Em resposta a um vídeo postado na segunda-feira passada, nas redes sociais, por uma ex-candidata do PSL, o vereador provocou: "Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI?" Embora Carlos não tenha citado o nome de Heleno, o ataque foi recebido por militares como uma afronta.

Para o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), a escolta presidencial deve passar com urgência para a Polícia Federal. "Seria dar atribuição para quem tem aptidão para isso. No mínimo, deveria ser em conjunto", argumentou o parlamentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Sabemos que você anda com escolta, mas o G., não." A frase é parte de um e-mail com ameaça de estupro encaminhado à deputada Carla Zambelli (PSL-SP). Enviado por um remetente velado, o texto foi acompanhado de uma foto da parlamentar abraçada ao filho menor de idade e uma descrição pormenorizada da violência sexual.

Esta é uma das tantas mensagens enviadas ao endereço oficial da deputada, que levaram a Câmara a escalar dois policiais legislativos para escoltar os passos de Zambelli em Brasília. "Começaram a me ameaçar em 2015, na época do impeachment", disse a parlamentar. "Já tentaram contratar pela internet uma pessoa para assassinar a mim e a meu filho."

##RECOMENDA##

Não é só ela. Talíria Petrone (PSOL-RJ), também acompanhada há pelo menos um mês por seguranças da Câmara, diz que a violência política se ampliou. "Isso é bastante grave para a democracia." Opositoras no Congresso, Zambelli e Talíria fazem parte de uma "bancada" que vem crescendo nesta Legislatura: a dos parlamentares escoltados.

Atualmente, sete deputados andam protegidos pela Polícia Legislativa Federal, sendo cinco deles depois de ameaças de morte. No ano passado, havia apenas um deputado ameaçado - Jean Wyllys (PSOL-RJ). Por se sentir perseguido e inseguro, ele renunciou ao mandato para o qual foi reeleito e deixou o País antes da posse.

Além de Zambelli e Talíria, os outros parlamentares que foram alvo de ameaças e pediram proteção são Marcelo Freixo (PSOL-RJ), jurado por milicianos desde que presidiu uma CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 2009; a líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP); e Alê Silva (PSL-MG).

"Essa Legislatura, sem dúvida alguma, é a que tem o maior número de deputados com escolta", diz o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio.

Por prerrogativas legais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também tem direito à escolta. Existe ainda proteção estendida ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), fruto de entendimento com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, responsável por garantir a integridade da família presidencial. O "filho 03" do presidente Jair Bolsonaro circula com dois, às vezes três agentes pela Câmara.

No Senado, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também goza do benefício. Além dele, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), possui segurança semelhante à de Maia, feita pela Polícia do Senado. Questionado, o Senado não respondeu se há outros casos.

Investigação

Os autores das ameaças ainda estão sob investigação. Especialistas em inteligência costumam dizer que, até ser debelada, qualquer ameaça deve ser considerada real. Carla Zambelli desconfia que, por trás das ameaças contra a vida dela e do filho, esteja um grupo que navega na internet por meio de fóruns como a "Dogolachan", na deepweb, espécie de submundo virtual usado por hackers com identidade oculta, o que dificulta o rastreamento. Eles já fizeram montagens em que o menino aparece morto, afirma a deputada. Alguns usuários já foram investigados por vínculos com os massacres nas escolas de Realengo, no Rio, e de Suzano, em São Paulo, e estariam por trás de ameaças ao ex-deputado Jean Wyllys.

Após assumir o cargo, Zambelli mandou instalar, em seu escritório de representação, alarmes e sistema de monitoramento. Diz que contratou um segurança particular de quem era amiga e que pensa agora em comprar um carro blindado.

Ex-vereadora em Niterói (RJ), Talíria Petrone já havia sido escoltada no ano passado após a execução a tiros da vereadora Marielle Franco, também do PSOL, e do motorista dela, Anderson Gomes. "Tenho um histórico de muitas ameaças, até antes de a Marielle ser assassinada. Recentemente, houve o entendimento de que há um novo risco", afirmou a hoje deputada federal.

Há cerca de duas semanas, agentes do Departamento de Polícia Legislativa passaram a acompanhar a rotina pessoal da deputada Alê Silva (PSL-MG), que acusou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, deputado licenciado do PSL de Minas Gerais, de ter feito ameaças de morte. O motivo seria o fato de ela ter levado a autoridades públicas informações sobre a suspeita de que o ministro fraudou a montagem de chapas de candidatas do PSL no Estado. O objetivo seria desviar dinheiro por candidaturas laranjas. O ministro nega as duas acusações.

"Eles fazem rondas regularmente junto ao meu endereço residencial em Brasília. Junto à Câmara, eu não fico com um policial legislativo por todo o tempo porque o meu chefe de gabinete é PM da reserva e já faz esse trabalho", disse a deputada.

Apuração prévia

A Câmara fornece escolta policial armada própria aos deputados federais sob ameaças consideradas de natureza grave. O parlamentar deve fazer um pedido formal ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para obter a proteção. Essa solicitação passa por análise técnica por parte da equipe da Polícia Legislativa Federal, processo que inclui a apuração prévia do caso e também depoimento do parlamentar. Nem todos os pedidos são atendidos.

Em alguns casos, os deputados registram boletim de ocorrência para formalizar a queixa de crime. Como a maior parte das ameaças chega por meios virtuais, os agentes checam dados para avaliar qual o grau de risco à integridade do deputado, a autoria e também a veracidade do teor das ameaças. Depois disso, um relatório é encaminhado a Rodrigo Maia, que tem "autoridade suprema" sobre a Polícia Legislativa - o que está previsto no Regimento Interno da Câmara - e é quem tem a palavra final.

Sigilo

A Câmara mantém sigilo e não informa detalhes sobre a rotina dos agentes, os horários e a quantidade destacada para acompanhar cada parlamentar como forma de não interferir na segurança deles. A reportagem apurou que, em geral, são pelo menos dois policiais legislativos armados para cada deputado durante o dia e à noite. Eles acompanham a rotina diária a partir do momento em que o parlamentar deixa sua residência até a hora em que encerra as atividades do dia. A Câmara tem segurança terceirizada contratada para vigiar os edifícios com apartamentos funcionais dos parlamentares.

O efetivo de policiais pode variar, assim como o prazo da escolta - se as ameaças persistirem, chega a durar os quatro anos de mandato. A escolta do próprio Maia, por exemplo, é maior do que dois policiais, ao incluir equipes de plantão na residência oficial, veículos próprios, acompanhamentos em viagens nacionais e internacionais e está assegurada enquanto ele presidir a presidir a Casa.

A de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, é direito do deputado até que o pai conclua o mandato no Palácio do Planalto. A Câmara dos Deputados já autorizou, por exemplo, que dois agentes o escoltassem em viagem ao exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A sensação de insegurança que muitos paulistanos dizem ter motivou a criação de uma nova startup. O empresário Fernando Braga, 38 anos, fundou a Anjo55, companhia que oferece um serviço de escolta para carros sob demanda via aplicativo. Quando o usuário estiver se deslocando de carro à noite, ele pode solicitar, pelo app, um segurança não armado que acompanhará seu percurso em uma moto, até o fim do trajeto.

Disponível para iPhone e smartphones Android, o serviço já captou 1,3 mil clientes e tem sido chamado de "Uber da escolta": além de a solicitação ser feita por um aplicativo, o pagamento é realizado por cartão de crédito e a cobrança é determinada pelo tempo de uso - o valor é de R$ 2,70 por minuto.

##RECOMENDA##

Ao contrário do Uber, que capta motoristas comuns, a Anjo55 faz uma seleção de pessoas especializadas em segurança. Os profissionais que fazem a escolta são funcionários da empresa de segurança Gocil - segundo Braga, a parceira fica com uma fatia da receita do valor pago pelos usuários.

"Vivo a insegurança de São Paulo desde que nasci, passando no sinal vermelho à noite por causa do medo", contou Braga, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Quero resolver um problema que afeta a qualidade de vida das pessoas. Há pais que não dormem esperando os filhos chegarem de festas à noite."

Por enquanto, a Anjo55 - referência ao código internacional para se fazer ligações para o Brasil - só funciona à noite, das 18h às 4h. A atuação também está limitada a alguns bairros das zonas sul e oeste da capital, como Brooklin, Moema, Jardins, Morumbi, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros.

Todos os trajetos são monitorados por uma central de segurança, que tem acesso à localização dos celulares do segurança e do usuário que ele acompanha. Assim, é possível saber se um veículo está realmente próximo ao outro. A escolta pode ser cancelada a qualquer momento - desistências e outras informações são enviadas aos seguranças por avisos da central, com auxílio de fones de ouvido.

Confiança

Parte dos problemas que o Uber e outros apps de transporte tiveram no passado envolviam justamente a desconfiança de usuários de entrar no carro de um desconhecido. Ao fundar a Anjo55, Braga acredita ter resolvido esse problema ao fechar a parceria com a Gocil.

Além de serem registrados, os seguranças da empresa têm treinamento próprio à função, passam por seleção e têm certificados emitidos pela Polícia Federal. Segundo Braga, os serviços da Anjo55 podem ser utilizados até mesmo para a escolta dos usuários em viagens de Uber. "Somos um serviço complementar aos apps de transporte comum, com a meta de reduzir risco de entrar no carro de um estranho", afirma o presidente da Anjo55.

Sem contar a rede de apoio às operações oferecidas pela Gocil, a Anjo55 tem hoje 8 pessoas em sua equipe. Desde sua fundação, no ano passado, a empresa já levantou R$ 800 mil em aportes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos solicitou, há algumas semanas, ao Governo brasileiro que tomasse as medidas necessárias para proteger a integridade e a vida do deputado federal Jean Wyllys (PSOL). O parlamentar já contou, por meio das rede sociais, que recebeu diversas ameaças de morte. Em entrevista concedida ao El País, o psolista revelou que a situação chegou a um nível que não anda mais sem escolta.

“Não posso ir a lugar nenhum sem a escolta porque essas são as condições para me proteger, de modo que é como se eu estivesse em cárcere privado sem ter praticado crime nenhum, sendo eu a vítima. Isso tem afetado muito minha saúde física e emocional”, desabafou.

##RECOMENDA##

Wyllys contou que as ameaças de morte aumentaram durante o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff e depois do assassinato da vereadora Marielle Franco. “Me obrigando a pedir escolta oficial e circular em carro blindado, restringindo meus movimentos inclusive durante a última campanha”, disse.

O ex-BBB também disse ao jornal que os opositores o difamam por meio de fake news na tentativa de destruir a sua imagem e para espalhar ódio contra ele e sua família. “Desde o início do primeiro mandato, sou alvo de fake news e campanhas difamatórias que tentam me associar à pedofilia e me colocar como ameaça para as famílias e inimigo de parte da população, particularmente dos cristãos. Para isso, atribuem a mim projetos de lei inexistentes e declarações que nunca fiz, usando vídeos editados, montagens de fotos, notícias falsas e deturpação de informações”, salientou.

Jean ainda falou que a decisão da Comissão Interamericana põe em evidência “a falta de resposta eficaz por parte do Estado brasileiro, que tem sido negligente” em relação aos ataques e ameaças que vem passando.

A Delegacia de Vitória de Santo Antão, na Mata Sul de Pernambuco, abriu inquérito para investigar o resgate de um preso que estava sendo transferido para o presídio em uma viatura do sistema penitenciário na manhã da quinta-feira (16). Geovane Barbosa Leite, de 33 anos, cumpria pena por homicídio.

A abordagem ocorreu na PE-50, em Glória do Goitá. O resgatado retornava de audiência para sua unidade prisional de origem, em Limoeiro.

##RECOMENDA##

Informações dão conta que homens armados em dois veículos interceptaram a viatura que transportava três detentos com escolta de agentes penitenciários. Apenas Geovane foi resgatado. Armas também foram roubadas. Não houve troca de tiros e os veículos fugiram sentido BR-232.

Os carros usados na abordagem foram encontrados pouco depois em Vitória de Santo Antão. O Instituto de Criminalística (IC) fez perícia no local. O inquérito também será encaminhado à Corregedoria para apuração interna.

[@#galeria#@]

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) garantiu, em parceria com o Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar do Norte, e amparada pelo Decreto número 9.382, de 25 de maio de 2018, o reforço na segurança durante o traslado dos caminhões com combustíveis que saíram do Porto de Miramar, em Belém, para o município de Santa Maria do Pará.

##RECOMENDA##

O objetivo da integração entre as instituições é assegurar o abastecimento de combustível e insumos dos municípios localizados na região nordeste do Estado, onde falta combustível, garantindo assim, principalmente, os serviços do sistema de saúde pública à população, como o abastecimento de ambulâncias para atender chamados de urgência e emergência, por exemplo. Atuaram na escolta militares da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), Grupamento Tático, Polícia do Exército e batedores. O comboio deixou o porto de Miramar e seguiu para o município paraense às 7 horas.

Caminhoneiros liberaram 300 mil litros de combustível por dia para a cidade de Marabá e outros municípios do sudeste paraense, a fim de atender prioritariamente serviços básicos, como saúde, educação, segurança e limpeza pública. Alguns postos, dos 47 que funcionam em Marabá, começaram a ser abastecidos na noite desta segunda-feira (28). A decisão da categoria resultou de uma negociação liderada pelo Comitê Gestor de Crise, em reunião realizada no Carajás Centro de Convenções.

Rogério Lustosa, presidente da Câmara Setorial dos Postos e Distribuidores de Combustíveis, informou que 300 mil litros representam 20% da quantidade diária utilizada normalmente. “A prioridade é para os órgãos públicos, as primeiras necessidades, e o que sobrar será para atender a comunidade. Se for necessário, haverá fracionamento no abastecimento ao público. Todos os postos vão receber certa quantidade para atender a demanda. Foi uma decisão coerente, consciente da necessidade de atender a população”, disse Rogério Lustosa. 

Outros setores

O secretário-adjunto em exercício da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Arthur Lobo, e o presidente da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Claudio Conde, anunciam para a imprensa, na manhã desta terça-feira (29), algumas medidas preventivas que estão sendo tomadas devido à crise nacional de abastecimento.

O secretário-adjunto de Gestão Operacional da Secretaria de Segurança Pública (Segup), André Cunha, que também participa da entrevista, informará, à exemplo do que ocorreu na manhã desta segunda-feira (28), sobre a situação atualizada nas estradas e as medidas que vem sendo tomadas sobre a questão de abastecimento.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) também informa que não procedem informações que circularam nas redes sociais sobre suspensão das aulas em função da greve de caminhoneiros. A Seduc gerencia o Transporte Escolar de apenas cinco municípios: Vigia, Igarapé-Açu, Bragança, Novo Repartimento e Belém (região as ilhas) e, segundo levantamento realizado pela secretaria, nesses municípios não houve suspensão de aulas nesta segunda-feira (28). 

A Seduc esclarece ainda que, até o momento, não se cogita da suspensão das aulas nas escolas estaduais. Entretanto, as prefeituras dos municípios de Nova Esperança do Piriá, Castanhal e São Francisco do Pará informaram, na segunda, que as aulas foram suspensas em função da falta de combustível para a frota do Transporte Escolar.

As  escolas também estão abastecidas de produtos para a merenda escolar, como proteína (carne, peixe, frango, charque) e carboidratos (arroz, feijão, macarrão), leite e tempero completo, além de outros produtos já entregues para todas as escolas de Tempo Integral. Até agora não houve relato de prejuízos do abastecimento das escolas.

Da Agência Pará.

RIO DE JANEIRO - Depois de um longo dia de ações para tentar amenizar os efeitos da paralisação dos caminhoneiros no estado, o governador Luiz Fernando Pezão, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, e o general interventor, Walter Braga Netto, estão mais uma vez reunidos no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

O encontro também conta a presença de outros integrantes do gabinete de gestão de crise que está monitorando as manifestações dos caminhoneiros. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, ainda há mais de 20 bloqueios em estradas de todo o estado. Mais cedo, o governador declarou que a prioridade desta segunda seria garantir a distribuição de ambulâncias e médicos em municípios do interior.

##RECOMENDA##

"Estamos começando a movimentar carretas para reforçar o abastecimento dos nossos postos dos bombeiros e da PM nos quartéis que são mais regionais, para apoiar as prefeituras e garantir deslocamento de ambulâncias e médicos", afirmou Pezão, ressaltando a entrega de combustível em Barra Mansa e Volta Redonda será reforçada.

De acordo com a Secretaria de Segurança, desde o início da paralisação foram realizadas 204 escoltas a caminhões-tanque destinados a postos de combustíveis das zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense, empresas de ônibus, as prefeituras de Niterói, Duque de Caxias e Angra dos Reis. A Comlurb, Cedae, BRT, Petrobrás, Rio Ônibus, Aeroporto Santos Dumont, Aeroporto de Campos dos Goytacazes, órgãos de saúde e forças de segurança também receberam combustível.

"Só nesta noite [madrugada], transportamos 26 carretas de combustível para várias partes do estado, totalizando quando 1 milhão de litros distribuídos", assegurou o general Richard Nunes. Uma das prioridades do governo é liberar a rodovia Teresópolis-Friburgo para que os caminhões dos produtores rurais possam abastecer a Ceasa, escolas, hospitais e presídios. 

Amanhã (29), os deputados estaduais votarão, em regime de urgência, a redução do ICMS do diesel de 16% para 12%. O Projeto de Lei (PL) foi enviado pelo governador à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na sexta passada (25), equipara a alíquota a que é praticada nos estados do Espírito Santo e São Paulo.

Balanço

Os efeitos da mobilização fizeram com o que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, suspendesse as aulas na rede municipal. Já o funcionamento na rede estadual de ensino foi mantido. Porém, 30% das escolas privadas não funcionaram. As quatro universidades públicas, Uerj, UFF, UFRRJ e UFRJ não tiveram as aulas nesta segunda. O presidente do Tribunal de Justiça também suspendeu o expediente em todas as comarcas do estado e prorrogou os prazos judiciais.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, não houve interrupção nos serviços de emergência, mesmo o governador tendo feito um apelo aos caminhoneiros, na noite de domingo (27). "Estamos com problema de hemodiálise, nos bancos de sangue, isso tudo tem que ser observado, o pessoal tem que ter consciência disso", criticou Pezão. A secretaria também chegou a anunciar, mais cedo, a suspensão de cirurgias eletivas (não emergenciais). Contudo, voltou atrás nesta tarde. 

A Cedae informou que os produtos químicos estão sendo entregues normalmente e que não há mais risco de interrupção na produção de água. Na Ceasa, cerca de 90% dos boxes não abriram e apenas 37 caminhões chegaram à central. Já o serviço de recolhimento feito pela Comlurb lixo está mantido. 

O transporte público continua sendo o mais afetado. A CCR Barcas confirmou que vai manter as medidas contingenciais até que o fornecimento de diesel para as embarcações seja normalizado. Os intervalos das viagens na linha Arariboia – Praça XV – Arariboia serão de 20 minutos nos horários de pico e 30 minutos nos demais períodos. Nos dias 31 de maio (feriado de Corpus Christi), 2 e 3 de junho, o serviço será interrompido.

O secretário da Casa Civil do Rio, Paulo Messina, espera que 100% dos ônibus voltem a circular na terça (29). Hoje, 45% da frota estava operando. A Zona Oeste da cidade foi quem mais sofreu com a redução do serviço: cerca de 23% da frota está circulando. O BRT Rio informou que 136 articulados vão operar até às 20h. A empresa vai divulgar nas redes sociais como será o funcionamento após esse horário.

Três caminhões-tanque carregados com gasolina deixaram o Porto de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife, escoltados por viaturas da Polícia Militar na tarde desta sexta-feira (25). De acordo com a assessoria de imprensa do Porto, o combustível é destinado ao abastecimento de viaturas da corporação.

Na quinta-feira (24), o Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou que os caminhoneiros suspendessem o protesto que impedia a passagem de veículos na avenida que dá acesso ao Porto de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife. No texto, a magistrada Nahiane Ramalho de Mattos determinava que os manifestantes se "abstenham de impedir a passagem do tráfego de veículos com cargas necessárias à segurança das operações dentro do porto e ao abastecimento da população".

##RECOMENDA##

A Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF) informou, por meio de nota, na noite desta terça-feira, 27, que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.

A presidência do STF reforçou um pedido para que a Diretoria Geral da Corte examine e tome providências para aumento de número de seguranças para a família do ministro em Curitiba, conforme por ele solicitado.

##RECOMENDA##

Na nota, a Secretaria de Comunicação Social da Corte informa que também autorizou que o uso de segurança do ministro em Curitiba possa deslocar-se também para acompanhamento de familiares por ele indicados.

Em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila que será exibida esta noite, Fachin relatou estar sofrendo ameaças, dirigidas a ele e a sua família.

A presidência ainda solicitou à Polícia Federal que duas delegadas especializadas em segurança sejam deslocadas para Curitiba. A medida busca verificar quais as melhores e mais eficazes providências deveriam ser tomadas para casos de magistrados ameaçados no País.

Também foi encaminhado um ofício indagando a todos os ministros do STF sobre a necessidade de alteração ou aumento do número de agentes de segurança "para, se for o caso, a tomada das providências cabíveis". Até a conclusão desta matéria, nenhum ministro havia feito esta solicitação, de acordo com a assessoria do Supremo.

A Polícia Militar de Pernambuco informou, nesta terça-feira (31), que a segurança está garantida para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A PM também divulgou, em coletiva de imprensa realizada nesta manhã no Quartel do Berby, no Recife, que houve redução no número de policiais que atuarão na edição deste ano, em comparação com a prova de 2016.  

Segundo o coordenador regional de segurança junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Major Roberto Oliveira, a redução no número de policiais, que foi de 3.338 em 2016 para 2.957 neste ano, foi compensada pela queda no número de locais de prova, que foi de 924 no ano passado para 728 em 2017. 

##RECOMENDA##

No primeiro dia de provas, que será o próximo domingo (5), o efetivo será de 1.479 policiais, enquanto no segundo domingo (12) haverá uma pessoa a menos. Cada local de prova contará com pelo menos uma dupla de policiais motorizados ou a pé, que ficarão na área externa dos prédios onde os participantes responderão às questões e só vão entrar nos edifícios caso seja solicitado pela organização do exame. 

Ao todo, 33 unidades policiais em todo o Estado estarão envolvidas na operação. Além da guarda nos locais de prova para coibir eventuais problemas que atrapalhem os estudantes ou que possam comprometer a segurança deles e dos organizadores, a Polícia Militar também terá o papel de conduzir possíveis fraudadores ao departamento da Polícia Federal, que é o órgão que tem competência institucional para investigar os casos ligados ao Enem. À PM também cabe auxiliar os Correios na distribuição das provas, realizando a escolta nas rotas.

Além da Polícia Militar, outros órgãos também trabalharão em uma ação conjunta no Centro Integrado de Comando de Controle, localizado no bairro de São José, no centro do Recife. Nele, atuarão órgãos como a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o Inep, entre outros.

De acordo com o Major Roberto Oliveira, a atuação desse centro agiliza a ação de todos os órgãos que atuam na segurança e locomoção dos participantes do Enem, pois “as pessoas que estarão lá têm poder de decisão, então qualquer problema poderá ser resolvido por elas de imediato”. Além disso, o centro é conectado a uma central em Brasília, que monitora a situação da aplicação em todos os Estados. 

LeiaJá também 

--> Inep diz que vai eliminar beneficiados por fraude ao Enem

--> Polícia prende quadrilha que pretendia fraudar o Enem 2017

O presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Jayme de Oliveira, defende que a escolta seja dada para os juízes ameaçados, enquanto o risco existir, independentemente de o magistrado estar na ativa ou aposentado. "Como regra, a escolta é dada enquanto o juiz está atuando, mas o bom senso manda que, em situações excepcionais, ele seja protegido depois de aposentado. Nosso entendimento é de que não se pode perder a proteção do Estado enquanto a ameaça existir."

O presidente da AMB acredita que a consulta feita ao CNJ resultará em uma norma válida para todos os juízes brasileiros. "A gente espera que haja um disciplinamento no sentido de garantir a proteção. Não se pode abandonar à própria sorte os colegas que estão com a vida ameaçada porque se dedicaram e cumpriram seu dever no combate ao crime e na aplicação da lei."

##RECOMENDA##

Segundo ele, em razão do grande número de juízes que estão em situação de risco em todo o País – 131, segundo o último relatório do Conselho Nacional de Justiça –, a AMB já vem atuando nos tribunais para aperfeiçoar a segurança, não apenas dos prédios, com equipamentos de raio X e detectores de metais, mas também dos magistrados. "É preciso que os mecanismos de proteção sejam melhorados."

Colega. O juiz federal Jean Marcos Ferreira, do Tribunal Recursal de Campo Grande, acompanhou a trajetória de Odilon de Oliveira e também defende a manutenção da escolta após a aposentadoria. "O juiz Odilon enfrentou o crime organizado de forma destemida e recebeu tantas ameaças reais que o tribunal reconheceu a necessidade de escolta. Com a aposentadoria, a situação que o colocou sob proteção continua." Ferreira também espera que o caso resulte em uma norma geral. "Há muitos juízes sob ameaça. Eles ficam privados da liberdade no seu dia a dia por toda a vida." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[@#galeria#@]

Após o clássico entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro, o clima foi de tranquilidade em várias ruas do Recife. Apesar dos relatos de alguns casos de vandalismo na manhã deste domingo (21), antes do início do jogo, integrantes de uniformizadas saíram do estádio sem grandes confusões, mas sempre acompanhados de policiais militares.

##RECOMENDA##

Por volta das 20h30, centenas de torcedores do Santa Cruz saíram da Ilha do Retiro com destino à Praça Maciel Pinheiro, localizada no Centro do Recife. A PM acompanhou todo o trajeto, utilizando policiais a pé e motorizados.

No bairro dos Coelhos e na comunidade da Joana Bezerra, muitos populares acompanharam a passagem da massa tricolor, mas sem incidentes. Chegando ao destino final, os torcedores foram dispersos na Maciel Pinheiro e seguiram para suas conduções.

Na Avenida Conde da Boa Vista, pelo menos até por volta das 22h, a movimentação estava tranquila e quase não se via torcedores à espera de ônibus. Na Praça do Derby e no Cais José Estelita, pontos por onde passam vários coletivos, policiais ficaram de prontidão para evitar confrontos e atos de vandalismo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 homens trabalharam no clássico, distribuídos dentro e fora do estádio. 

Os candidatos à Presidência da República começaram a contar nesta semana com a presença de policiais federais organizando a segurança das campanhas. Entre os quatro candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto, só Eduardo Campos (PSB) abriu mão da escolta oficial.

Todos os candidatos à Presidência da República têm direito à requisitar proteção da Polícia Federal. Uma equipe liderada por um delegado acompanha o candidato 24 horas por dia, visita com antecedência os locais por onde o presidenciável passará, vistoria aeronaves que serão utilizadas por ele, orienta por onde o candidato deve circular nas agendas de rua e pode sugerir até alterações na rotina do presidenciável.

##RECOMENDA##

Desde 2002, na eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a PF passou a manter o esquema de segurança até o dia da posse do presidente eleito. Em 1º de janeiro de 2011, quando tomou posse, a presidente Dilma Rousseff foi acompanhada por agentes femininas até a rampa do Palácio do Planalto.

Os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC) já passaram a fazer corpo-a-corpo nesta semana com proteção policial. Campos, num primeiro momento, sinalizou que pediria o acompanhamento policial, mas o PSB considerou desnecessária a presença dos agentes. Em 2010, sua atual vice de chapa, a ex-candidata Marina Silva (na época pelo PV), teve sua segurança reforçada por policiais federais. Já a segurança da candidata à reeleição Dilma Rousseff é de responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que se utiliza das informações de inteligência da Polícia Federal.

O departamento de Comunicação da PF informou que o serviço de acompanhamento foi oferecido a todos os candidatos à Presidência da República, mas os demais candidatos não responderam ao ofício.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando