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O estilista francês Thierry Mugler, que reinou na indústria da moda na década de 1980, faleceu aos 73 anos, no domingo (23), de "causas naturais" aos 73 anos - informou seu porta-voz, Jean-Baptiste Rougeot.

"Estamos arrasados de anunciar a morte do sr. Manfred Thierry Mugler no domingo, 23 de janeiro de 2022", afirma um comunicado divulgado na conta do estilista no Facebook.

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Rougeot disse que o estilista planejava anunciar novas colaborações esta semana.

Mugler foi conhecido por suas coleções ousadas que definiram o estilo dos anos 1980, com roupas que se destacavam por sua estrutura e silhuetas estilizadas.

Anos depois vestiu Beyoncé e Lady Gaga e, em 2019, saiu da aposentadoria para criar o figurino de Kim Kardashian para o Met Gala.

Nascido em Estrasburgo em dezembro de 1948, chegou a Paris aos 20 anos e criou sua marca, a "Café de Paris", em 1973, um ano antes de fundar a marca "Thierry Mugler".

Organizou desfiles públicos espetaculares para suas criações e foi reconhecido por seu perfume "Angel".

O universo da moda perdeu um de seus nomes mais influentes, nesta terça (29). O estilista francês Pierre Cardin morreu aos 98 anos. O óbito foi confirmado pela família à Agência France Presse. A causa da morte não foi divulgada.

Pierre Cardin começou a trabalhar com costura aos 14 anos, como alfaiate na cidade de Saint-Etienne. Em meados da década de 1940, ingressou na casa Paquin, em Paris, da renomada estilista Jeanne Paquin. Em 1947, se tornou o primeiro funcionário de Christian Dior e colaborou com a criação do tailleur Bar, uma das peças mais famosas da marca. 

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Em 1950 abriu seu próprio ateliê e na década seguinte foi o primeiro estilista a introduzir criações suas em lojas de departamento. Seu objetivo era democratizar a moda e torná-la mais acessível. O estilista transformou-se em um dos mais importantes da indústria e, além da França, tem seu trabalho bastante popularizado na Ásia e nos Estados Unidos. 

Após meio século marcado por uma criatividade extravagante e um espírito transgressor no mundo da moda, o estilista francês Jean Paul Gaultier se despediu das passarelas nesta quarta-feira (22), cercado por suas musas, como Rossy de Palma e Mylene Farmer.

Gaultier antecipou que o desfile seria uma grande festa com "muitos amigos", e não decepcionou. No elegante teatro musical de Châtelet, com orquestra e cantores ao vivo, o antes "enfant terrible" da moda apresentou mais de 200 looks em um ambiente de euforia, com modelos sorridentes e exageradas, além de um público que aplaudiu com entusiasmo por mais de uma hora.

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O estilista, de 67 anos, anunciou na última sexta-feira (17), de surpresa, que esse seria seu último desfile, mas garantiu que sua marca, propriedade do grupo espanhol Puig, continuaria com um projeto que seria anunciado brevemente e do qual é um "instigador".

- "A moda tem que mudar" -

"Acredito que a moda tem que mudar. Há muitas roupas, roupas que não servem para nada. Não joguem fora, reciclem", diz Gaultier em nota distribuída entre o público, explicando pelo menos de forma parcial sua decisão de colocar ponto final em seus desfiles.

"Essa noite, verão minha primeira coleção de alta costura "upcycling"; abri as gavetas", disse citando a técnica que consiste em utilizar peças antigas e dar nova vida à elas.

Antes de Rossy de Palma, Mylene Farmer e as irmãs Bella e Gigi Hadid desembarcarem na passarela usando as últimas criações com base de jeans, cintos de couro, seda e tule, o desfile começou com a representação de um funeral, com modelos em looks pretos totalmente estáticas.

Com trilha sonora de Boy George, um caixão entrou no cenário com dois seios cônicos presos na tampa. Uma coroa de flores dizia "Moda para sempre".

No final do desfile, subiu um telão para mostrar os bastidores e Gaultier com um macacão azul de trabalho, cercado por seus colaboradores, que acabaram levando-o nos ombros e enchendo-o de beijos.

O desfile aconteceu durante a Semana da Moda de Alta Costura, que ocorre durante a Semana de Moda de Alta Costura, um seleto clube ao qual Gaultier pertence desde 2001 junto a outras 15 marcas, como Dior e Chanel.

- "Inconformista" -

Subversivo e livre, Gaultier é um dos estilistas mais importantes de todos os tempos, e desafiou a tradição da beleza tradicional incluindo todas as orientações sexuais em seus desfiles, muito antes dos demais. Também foi precursor na fusão de gêneros na passarela.

Nos anos 1980, revolucionou a moda com suas criações geniais, como o corpete cônico usado por Madonna, a saia masculina e a camiseta listrada de marinheiro, uma reinterpretação em homenagem à sua avó, que o "vestia de azul".

Gaultier fez de seus desfiles um mundo aparte: longe do tradicional formato rígido da passarela, montou verdadeiros espetáculos cheios de excentricidade e ousadia, mais próximos de um cabaré.

"Estilista inconformista busca modelos atípicas. Rostos disformes são aceitos", dizia um anúncio que publicou nos jornais nos anos 1980.

Convidou para a passarela homens mais velhos, mulheres com sobrepeso e em 2014 colocou em sua passarela a drag queen Conchita Wurst.

Criou também figurinos para filmes como "Má educação" e "Kika", de Pedro Almodóvar, "O Quinto Elemento" de Luc Besson, e colaborou com seus desenhos coloridos no carnaval do Rio e no Dia dos Mortos do México.

Muitos o consideram referência histórica, como o estilista espanhol Alejandro Gómez Palomo, cuja marca Palomo Spain desfila com sucesso em Paris há dois anos.

- Todos belos! -

"Jean Paul Gaultier tinha 17 anos quando começou a trabalhar comigo, acreditava nele e continuo acreditando nele. É o único a quem apoiei", lembrou recentemente seu mentor Pierre Cardin em uma entrevista à AFP.

Em 2018, declarou que "todo mundo é belo" em seu espetáculo autobiográfico "Fashion Freak show" em Paris. Seu sucesso lhe deu asas para voar além das semanas de moda, segundo especialistas.

"Há muitos naos que ouvíamos falar de Gaultier, tenho que tomar uma decisão, o momento chegará. O espetáculo lhe deu perspectivas de futuro", segundo o historiador de moda Olivier Saillard.

"Era muito bonito ver o público rir, chorar, se sentir em comunhão com ele. É mais alegre que um desfile de moda que dura 11 minutos, com as pessoas fazendo fotos com seus smartphones e apenas aplaudindo", acrescenta em entrevista à AFP.

Para esse especialista, Gaultier continuará "construindo aparências, mas de outra maneira".

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