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A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, está com inscrições abertas para a bolsa global de estudos Gates Cambridge, financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates. No total são 55 bolsas integrais disponíveis, distribuídas para cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado (PhD). O prazo para se candidatar depende do curso e área pretendida, podendo ser até 2 de dezembro de 2021, ou 6 de janeiro de 2022.

Para se candidatar a uma das oportunidades, o participante deve cumprir certos critérios iniciais, como possuir um histórico acadêmico excelente, comprometimento em querer melhorar a vida das outras pessoas e capacidade de liderança, além de apresentar as razões pelas quais ele deve ser selecionado, por meio de uma carta de motivação.

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Os interessados em conseguir a bolsa de estudos devem enviar ainda a proposta de financiamento, sendo obrigatório que os candidatos ao PhD enviem a proposta do projeto de pesquisa. Também é necessário enviar uma carta de referência escrita por alguém que conheça o trabalho e as aspirações do candidato. As instruções para se inscrever estão disponíveis no site do programa.

O processo seletivo será feito em duas etapas, sendo a primeira uma análise curricular, de caráter eliminatório. Os candidatos selecionados para a etapa seguinte serão chamados para uma entrevista, onde eles poderão apresentar suas propostas e ideias, além de dissertar sobre seus planos acadêmicos e de carreira profissional e a importância da bolsa para isso. Os blocos de entrevistas são divididos em quatro áreas: artes; ciências biológicas; ciências físicas; e ciências sociais. O resultado dos aprovados está previsto para ser divulgado a partir de março de 2022.

Mais informações podem ser obtidas no portal do programa da Universidade.

Cerca de 4.600 estudos científicos foram "arruinados" por conta de um vídeo, de 56 segundos, publicado no Tik Tok pela jovem Sarah Frank, de 18 anos, moradora da Flórida, nos Estados Unidos. 

“Bem-vindos ao 'side hustles' [corres para ganhar dinheiro, em português livre] que eu recomendo tentar - parte um”, diz ela no vídeo, sugerindo para os usuários o site Prolific.com. Ela explica que o site é "basicamente, um monte de pesquisas para diferentes quantias de dinheiro e diferentes períodos de tempo". 

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Esse vídeo, publicado em junho deste ano, já tem mais de 4,2 milhões de visualizações no Tik Tok, sendo responsável por fazer com que dezenas de milhares de novos usuários se inscrevessem na plataforma Prolific, que é uma ferramenta para cientistas conduzirem pesquisas comportamentais. 

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O site The Verge aponta que, de repente, por conta do vídeo da norte-americana, os cientistas, que estavam acostumados a obter uma ampla mistura de assuntos em seus estudos, viram suas pesquisas inundadas com respostas de mulheres jovens em torno da idade de Frank.

Isso foi considerado um grande problema sem causa óbvia e sem uma maneira imediatamente clara para consertar, já que a Prolific não contava com uma ferramenta de triagem para garantir entregas restritas a amostras populacionais representativas para cada investigação. Sendo assim, a plataforma foi inundada de respostas de jovens, que acabaram alterando o rumo dos resultados. 

Antes de existir plataformas como a Prolific, todas as pesquisas em ciências sociais aconteciam em laboratório. "Você precisaria trazer alunos do segundo ano da faculdade e submetê-los a questionários, pesquisas e outros enfeites ”, disse Nicholas Hall, diretor do Laboratório Comportamental da Stanford School of Business, ao The Verge.

Ele complementa que isso “é um esforço enorme que exige muito tempo e mão de obra. A pesquisa online torna tudo muito mais fácil. Você programa uma pesquisa, coloca online e, em um dia, tem 1.000 respostas", disse.

Desconfiança

Pesquisadores começaram a desconfiar das características dos entrevistados semanas após o vídeo do TikTok viralizar. Sebastian Deri publicou em seu twitter que estavam surgindo títulos e descrições muito genéricas e que 91% dos entrevistados seriam mulheres, enquanto 7% são homens. "Como isso acontece?", indagou.

O cofundador da Prolific Phelim Bradley disse ao The Verge que muitos dos novos usuários parecem estar diminuindo atualmente. “Antes do TikTok, cerca de 50% das respostas em nossa plataforma vinham de mulheres”, revela.

“O aumento atingiu 75% por alguns dias, mas desde então, esse número está diminuindo, e atualmente estamos de volta a 60% das respostas vindas de mulheres”, complementa Bradley.

A Prolific reembolsou pesquisadores que tiveram os estudos afetados pelo aumento de mulheres que fizeram as pesquisas e introduziu um novo conjunto de ferramentas de triagem demográfica. Além disso, a empresa colocou uma equipe responsável pelo balanço demográfico para reconhecer e responder mais rapidamente a este tipo de problema no futuro.

Há cerca de 70 milhões de anos, no período conhecido como Cretáceo Superior, o recém-descoberto Kurupi itaata buscava presas nas terras de São Paulo. Medindo por volta de 5 metros de altura, o predador carnívoro - parente do famoso Tiranossauro Rex - é o quarto membro da família dos abelissaurídeos encontrado no Brasil.

Segundo o estudo que revelou os achados sobre o animal, o Kurupi itaata pode ter sido um dos últimos grandes carnívoros a andar na região antes do evento que extinguiu os dinossauros. Este é o primeiro dinossauro carnívoro encontrado na cidade de Monte Alto, que é considerada a terra dos dinossauros brasileiros. Na região estão localizados diversos sítios paleontológicos.

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Assim como os demais membros da espécie, o Kurupi itaata tinha braços curtos e membros inferiores potentes, o que conferia a habilidade de perseguir e capturar presas rápidas.

Os estudos e escavações que resultaram no achado estavam em curso desde 2002, mas apenas em 2014 os pesquisadores compreenderam a importância dos achados. 

"Com os ossos que nós encontramos, no caso o osso da bacia, 3 vértebras e têm alguns ainda que a gente ainda não identificou. Mas com esses fósseis que a gente identificou, foi possível fazer análise filogenética, identificar a qual família o bicho pertencia e também foi permitido ver que era um bicho novo", afirmou Fabiano Vidoi, paleontólogo responsável pela pesquisa e co-autor da publicação científica do achado, que pode ser lida na íntegra no periódico Journal of South American Earth Sciences (em inglês).

*Com informações da Reuters.

Caio Tamponi, de 13 anos, ganhou a internet ao conquistar a vitória de ser aprovado em primeiro lugar no vestibular na Universidade Estadual do Ceara (UECE). Mas engana-se quem acha que o currículo desse menino prodígio termina aí. Caio também passou em primeiro lugar no exame da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) e foi medalhista de ouro na Olimpíada de Mayo em matemática.

Segundo a mãe do adolescente, Laurismara Tamponi,  Caio sempre se mostrou um aluno bastante adiantado, pulando séries constantemente. “ Nós morávamos em Três Rios, Rio de Janeiro, quando o colégio conversou com a gente falando que ele estava bem adiantado. Levamos ele numa profissional, onde ele fez o primeiro avanço de série, no primeiro ano, depois no terceiro ano”, relembra Laurismara.

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Quando Caio estava para completar nove anos, a família se mudou para Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde Caio, já no quinto ano, começou a participar de Olimpíadas de conhecimentos, ganhou destaque e conquistou medalhas. Foi também nesse período que o garoto fez seu primeiro concurso, sendo aprovado em primeiro lugar no Colégio Militar de Juiz de Fora ao completar dez anos. Ao chegar no oitavo ano do ensino fundamental, os pais, juntamente com a escola, decidiram por realizar o terceiro avanço de série levando Caio, em 2020, para o nono ano.

Os triunfos de Caio em 2020 não pararam por aí. O menino foi aprovado com destaques na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar). “Ano passado, ele passou em primeiro lugar na Epcar de Barbacena, gabaritando as três provas de português, matemática e inglês, o único da história a gabaritar e o mais novo com 12 anos. Ele chegou a ser chamado pelo comandante brigadeiro da escola para ser homenageado em um almoço com todos os oficiais”, conta.

No final de 2020, a família se mudou para Fortaleza, onde Caio ganhou uma bolsa em um colégio particular de referência. No início de 2021, o estudante abriu o ano com a medalha de ouro na Olimpíada de Mayo em matemática, sendo o único brasileiro a conquistar a posição e alcançando a pontuação máxima de 44. Por fim, Caio alcançou mais uma marca, a aprovação na UECE. O vestibular da instituição conta com duas fases. A primeira, foi realizada pelo garoto com até então 12 anos. A segunda, por sua vez, foi no dia do 13º aniversário do garoto, em 4 de julho.

Laurismara Tamponi aponta que o sonho de Caio é ser juiz, mas que eles optaram pelo curso de administração por falta da oferta da graduação em direito.“Caio pretente cursar direito para ser juiz federal, mas aqui não tem esse curso, por incrível que pareça. Então nós (pais), juntamente com Caio e a escola, optamos por administração, já que ele gosta de matemática e dessa área", explica.

Com relação aos planos futuros, Laurismara diz que Caio pretende realizar o Exame Nacional do Ensino Medio (Enem) e aplicar para universidades de fora do país. “Ele quer fazer agora o Enem no final do ano, vai fazer também a UECE novamente, onde ele irá tentar medicina. No Enem, creio que vamos tentar a nota também para medicina. Ele quer ano que vem - porque esse ano não deixaram por causa da idade, já que ele completa 13 anos - se inscrever na turma do ITA", conta. “Nesse momento, ele quer ser juiz federal, não sabemos se vai mudar, ele também quer aplicar [a nota do Enem] para fora, ao caminhar do tempo vamos ver se é isso que ele realmente quer”, completa a mãe do garoto.

Caio Tamponi, ao lado de mãe e pai (Foto: Arquivo pessoal)

Sobre cursar administração na UECE, Laurismara reforça que não é uma vontade de Caio e por isso ele não frequentará a instituição. “Ele quer cursar direito e até poderia fazer administração, mas não é o que ele quer e também não queremos que ele pule e saia, assim como ele também não quer sair da escola. Ele quer ter esse contato com os amigos, fazer o segundo e terceiro anos direitinho com os amigos e curtir. Foi uma decisão dele juntamente com nós (pais). Ele está numa escola que tem uma ótima preparação, não vemos motivos para ele ir para a faculdade com 13 anos”, pontua.

Atualmente, Caio que já é fluente em inglês, se prepara também para as últimas provas do Cambridge. O garoto também pretende começar um curso de francês. Laurismara reforça que o filho não deixa de ter infância por se dedicar tanto aos estudos. “Com certeza o Caio brinca, ele tem o momento dele de jogar bola e estar com os amigos, ontem mesmo ele chegou com a mão machucada porque foi jogar vôlei com os amigos. Ele tem os momentos dele, mas seguindo regras. Mas muito vem da própria dedicação e comprometimento.”, completa.

Rotina

Caio divide seus dias entre curso de inglês, estudos regulares na parte da tarde e as aulas, à noite, de olimpíada de conhecimentos. Antes da pandemia ,o estudante também praticava natação. Sábados e domingos, quando há simulados na escola, ele participa e, se precisar, estuda mais. Nas horas de lazer, Caio também gosta de assistir desenhos e passear. Segundo a mãe, é uma rotina tranquila, no qual o diferencial é o comprometimento e responsabilidade de Caio.

Para Caio, a família, religião e professores foram essenciais. “Santa Rita me ajudou bastante nas provas, e meus pais que sempre tiveram comigo e me motivaram. Além de estudar bastante, os professores e o colégio foram essenciais”, afirma, ao LeiaJá. Para ele, estudar sempre foi por prazer. “Eu sempre gostei bastante de estudar, fazer concurso, olimpíadas para ter novas experiências”, completa.

Gabaritando com Caio

O Caio também possui um canal no YouTube, intitulado “Gabaritando Com Caio Temponi”. No projeto, ele ensina outros estudantes sobre temas que estuda.

O mapeamento de informações, estudo ou aprofundamento de um determinado assunto é capaz de auxiliar os próximos rumos de uma empresa ou informar uma sociedade sobre algum tema. Um exemplo recente foi o estudo realizado pelo Ministério da Saúde, que apontou que várias pessoas tomaram doses vencidas da vacina AstraZeneca. Essa informação só foi possível graças à análise de dados.

Segundo a doutora em ecologia, professora no curso de Ciências Biológicas da Universidade Guarulhos (UNG) e idealizadora da Bioprospera, Fernanda Dall'Ara Azevedo, a análise de dados é uma ferramenta indispensável na era da informação e, em tempos de Covid-19, os estudos sistematizados ajudam a dar uma noção da média móvel dos casos de infecção pelo vírus e o que a pandemia pode trazer em um futuro próximo.

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Fernanda lembra que a sociedade sempre teve muito contato com as pesquisas provenientes das análises de dados, desde estudos que apontam alta nos empregos, desemprego ou outros fatores do país, mas, a pandemia destacou ainda mais essa ferramenta. “Não é por acaso que existe essa grande preocupação com a utilização de informações em aplicativos, como quantas vezes determinadas postagens são compartilhadas, quantos cliques tem em uma determinada publicação de Instagram ou quanto tempo ficamos parado em determinado post. Essas informações são fundamentais para direcionar as marcas e até conteúdo”, analisa.

O principal recurso da análise de dados é a informação, nesse sentido, a doutora em ecologia aponta que é essencial uma curadoria desses dados, entendimento da informação e dos fatores que a envolve para não gerar uma distorção na compreensão. “Um bom exemplo para isso são os remédios sem eficácia, o fato de a pessoa melhorar de determinado quadro pode ser devido a um fator aleatório e não devido ao remédio em si”, evidencia Fernanda.

Para garantir a confiabilidade de uma análise, Fernanda explica que o primeiro passo é verificar a fonte. Também é necessário verificar como aquele dado foi coletado e a quantidade de informação que ele possui. “Existem algumas métricas como a margem de erro, que já estão envolvidas com a análise em si. Além disso, como a pesquisa foi realizada é importante, portanto, um estudo experimental, como ocorre com as vacinas, é diferente de um observacional. Cada tipo de estudo tem sua importância, suas limitações e precisamos entender essas diferenças”, afirma.

A princípio, para aqueles que desejam trabalhar com esse tipo de pesquisa, a professora recomenda um contato teórico com algum curso de análise de dados, além de procurar interagir com profissionais que trabalham na área. Desta maneira, o estudante terá o entendimento como esse estudo se aplica na prática.

Como funciona a análise de dados

Por meio de uma pesquisa aprofundada, é possível transformar um conjunto de dados em informação.  Segundo o professor, mestre em educação matemática, especialista em modelagem matemática, Sérgio Noriaki Sato, é possível por meio da análise de dados obter uma lista com as áreas territoriais de todos os países do mundo. A partir dela, pode-se obter o Produto Interno Bruto (PIB) de cada um dos territórios e extrair informações de riquezas e tamanho dos países. "Pode-se imaginar os dados como os pontos em um gráfico, mas o importante é como devemos ligar estes pontos (esta é a análise) para extrair alguma informação", explica.

De acordo com Sato, em uma análise de dados, a precisão de como os dados são obtidos e a maneira como a coleta será realizada são fatores indispensáveis no processo. “Qual o tamanho da amostra mínima para que o estudo tenha relevância? A velocidade com a qual os dados precisam ser coletados e transformados em informação”, ressalta.

Para Sato, a análise de dados sempre será relevante, uma vez que os dados brutos individuais não possuem muito significado. “Preciso proceder uma análise de dados para justamente verificar como estes dados se distribuem no espaço e no tempo, para poder compreender o que acontece”, descreve. “Toda vez que tomamos contato com a realidade é sempre com uma pequena porção dela, um recorte dela, e é a partir deste recorte que buscamos perceber o todo, extrapolando o que aprendemos com a amostra para a população”, complementa.

Anunciada nessa quinta (5) pelo Chile, a decisão de autoridades sanitárias de dar uma nova vacina aos que foram imunizados com a Coronavac já vem sendo adotada em outros países.  A justificativa seria uma suposta queda na proteção da vacina de origem chinesa, de onde vem um estudo nesse sentido. O Instituto Butantan, responsável por produzir o imunizante no Brasil, afirma que a dose adicional de uma outra fabricante seria para “aprimorar o esquema vacinal de duas doses da Coronavac”.

As pesquisas que apontam a necessidade de uma terceira dose da Coronavac ainda são preliminares, assim como há estudos nesse sentido com relação à Pfizer e à Astrazeneca. Essas hipóteses vêm sendo amplamente discutidas, especialmente diante do avanço da variante delta, que ainda não é predominante no Brasil.

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“Vale ressaltar que, o avanço da variante delta está sendo acompanhado por meio da Rede de Alertas das Variantes do SARS-Cov-2, coordenada pelo Butantan, e por enquanto, não foi considerado representativo do ponto de vista populacional”, diz um trecho da nota enviada ao LeiaJá.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que países não apliquem a dose adicional de vacinas até que mais pessoas de todo o mundo estejam imunizadas.

Dose extra no Chile

A biomédica e neurocientista Mellanie Fontes-Dutra – coordenadora da Rede nacional de pesquisadores voluntários para o enfrentamento da COVID-19 – fez, em julho, uma postagem extensa no Twitter explicando como tem sido analisada a 3ª dose, usando como exemplo o caso do Chile.

Segundo Fonte-Dutra, alguns locais estão estudando a necessidade de uma terceira dose para reforçar as defesas contra a variante Delta, que está assumindo dominância global.

“Precisamos ter algo muito claro: a CoronaVac é capaz de proteger contra a doença grave”, alerta ela, que complementa. “Nas 45 pessoas do estudo (no Chile) que foram vacinadas e acabaram se infectando, os níveis de anticorpos subiram rapidamente e ficaram acima do máximo que já havia sido apresentado na 2ª ou 4ª semana após a segunda dose", disse.

Segundo a pesquisadora, essa reação do corpo mostra que, mesmo que os níveis caiam após seis meses, uma nova onda de anticorpos é induzida nessas pessoas, protegendo-as de uma infecção mais séria.

“Isso se traduz nas porcentagens obtidas: apenas 0,088% dos vacinados e infectados necessitaram de hospitalização”, tuitou.

Ainda de acordo com a Fontes-Dutra, até julho, as UTIs no Chile estavam com 90% de ocupação, porém 85% dos internados em UTI não tinham tomado nenhuma vacina.

“Para o Chile, considerando todo o seu cenário, e diante da dificuldade de reduzir os números de contágios, mortes e internações, a discussão está sendo considerada. Ainda não se sabe se seria uma 3ª dose homóloga (mesma vacina) ou heteróloga”, detalhou.

Mellanie Fontes-Dutra explicou ainda que populações mais vulneráveis, como a população mais velha, tem uma queda natural da imunidade com o tempo.

“Uma terceira dose, no futuro, pode ser importante para uma manutenção dessas defesas. Da mesma forma que não podemos afirmar que hoje a 3ª dose é necessária, também não podemos afirmar que ela nunca seria necessária”, disse a pesquisadora.

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O avanço da internet e das plataformas digitais permitiram que diversas produções se estendessem para além da televisão. Atualmente, com um celular, uma pessoa consegue se comunicar com pessoas de diversas localidades do mundo, sobre diferentes temas, ao mesmo tempo que recebe de maneira instantânea o feedback do público. Por isso, está cada vez mais em alta uma nova profissão: a de criador de conteúdos digitais para internet.

Embora  o trabalho do criador de conteúdo pareça simples, o desafio vai muito além de falar na frente de uma câmera.  O youtuber Eduardo Peixoto (conhecido pelo seu público como Ed), 46 anos, do Paraná, é dono dos canais Aperte Start e Atômico Nerd, onde produz vídeos sobre videogames e cultura pop. Entre os principais desafios, ele pontua a instabilidade de remuneração e administração do tempo. “O tipo de vídeo que faço leva muito tempo para ser feito e o resultado não é garantido, a gente nunca sabe com certeza o que vai funcionar, é tenso”, aponta.

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 Link dos canais: 

https://www.youtube.com/channel/UC0fx3H6rHeMtLbD7Lqrtb7w e https://www.youtube.com/channel/UCIfYJf1LbRo1ft3NM2AE34A

Ed explica que ama trabalhar, mas sua maior fonte de inspiração para criar os canais no YouTube surgiu devido à insatisfação com a vida profissional. “Resolvi que queria fazer algo que fizesse com prazer, que me fizesse feliz e videogame sempre me fez muito feliz. Para isso me preparei e larguei tudo para me dedicar ao canal”, recorda.

Segundo Ed, o YouTube é uma plataforma que altera as regras de algoritmo a cada dois ou três meses, por conta disso, o criador precisa se adaptar na base da tentativa e erro, pois não existe comunicação direta com os responsáveis pelo site. “A gente sabe que muda porque, do dia para noite, a entrega dos vídeos pode cair para metade sem aviso prévio, aí leva um tempo até a gente entender o que aconteceu e fazer os ajustes”, comenta.

De acordo com a analista de social listening no Grupo Dass, Mariana Fortunato, ex-aluna do curso de Publicidade e Propaganda da UNG, conteúdos de qualidade necessitam de bastante pesquisa e repertório. Além disso, é preciso entender um pouco sobre tudo, texto, arte, planejamento e estratégia.

Outro fator importante é possuir um equipamento de qualidade, como por exemplo um bom computador ou notebook, que sejam capazes de suportar determinados softwares. “Mesmo para quem faz em plataformas online, a agilidade faz toda diferença. Se fizer bastante lives e vídeos, é bom investir em câmera, alguns iPhones ajudam bastante, microfone e iluminação, a qualidade do conteúdo é bem importante”, orienta Mariana.

Entre as competências exigidas do criador de conteúdo, a analista de social listening ressalta boa escrita, visão estratégica, habilidade em design e capacidade analítica para medir resultados e acompanhar concorrentes. O produtor também precisa acompanhar as tendências, novidades e buscar por maneiras de encaixar aqueles elementos em seus conteúdos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou hoje (15) que, até o momento, não há estudos conclusivos sobre a necessidade de uma terceira dose ou dose de reforço para as vacinas contra Covid-19 autorizadas no Brasil. Já receberam aval definitivo ou emergencial para uso nos país as vacinas AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, CoronaVac e Janssen.

Em nota, a Anvisa esclareceu que as pesquisas são desenvolvidas pelos laboratórios farmacêuticos e que já autorizou dois pedidos para pesquisa clínica que buscam investigar os efeitos de uma dose adicional do imunizante contra a doença.

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“A Anvisa vem acompanhando as discussões, as publicações e os dados apresentados sobre o surgimento de novas variantes do vírus Sars-CoV-2 e seu impacto na efetividade das vacinas. Até agora, todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados”, diz a nota.

Em andamento

O primeiro estudo em andamento, aprovado em 18 de junho, é da Pfizer/BioNTech que investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina já autorizada, a ComiRNAty. De acordo com a Anvisa, neste estudo, a dose de reforço da vacina da Pfizer será aplicada em pessoas que tomaram as duas doses completas da vacina há pelo menos seis meses.

O segundo caso é o do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão da vacina que está em uso no país, buscando a imunização contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul. Esse estudo foi autorizado nessa quarta-feira (14) pela Anvisa.

Segundo a agência, um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD 2816) será aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222) ou duas doses de uma vacina de RNA mensageiro (RNAm) contra Covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. Nesse caso, o estudo prevê que essa dose adicional será aplicada em pessoas cujo exame e monitoramento não identificam a produção de anticorpos capazes de atuar contra o novo coronavírus.

Quatro em cada dez alunos da educação básica na rede pública de ensino correm risco de abandonar a escola por causa da pandemia do novo coronavírus. Isso é o que mostrou um estudo feito com pais e responsáveis de estudantes da rede pública e encomendado pela Fundação Lemann, o Itaú Social e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao Datafolha.

Segundo a pesquisa, o percentual de estudantes que não estão motivados com as aulas, que não estão evoluindo nos estudos ou que manifestaram a possibilidade de desistir da escola cresceu este ano, passando de 26% em maio do ano passado para 40% em maio deste ano.

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E esse problema é ainda maior para os estudantes negros: 43% deles manifestaram o desejo de abandonar a escola. Entre os brancos, o percentual foi de 35%.

O número também é maior para aqueles estudantes de famílias com renda mensal de até um salário-mínimo (48%) e para os que vivem em áreas rurais (51%). O risco cresce também entre os estudantes que vivem no Nordeste: 50% dos estudantes dessa região manifestaram falta de motivação ou intenção de deixar a escola. Na região Sul, isso corresponde a 31%.

Impacto

A pesquisa demonstrou ainda o impacto da pandemia na alfabetização das crianças. De acordo com os pais e responsáveis entrevistados no estudo, 88% dos estudantes matriculados no 1º, 2 º e 3 º ano do ensino fundamental estão em processo de alfabetização. Desse total, mais da metade (51%) das crianças ficou no mesmo estágio de aprendizado, ou seja, não aprendeu nada de novo (29%), ou desaprendeu o que já sabia (22%).

Entre os brancos, 57% teriam aprendido coisas novas durante a pandemia segundo a percepção dos responsáveis. Entre os negros, no entanto, esse índice cai para 41%.

"O efeito de longo prazo da covid-19 no Brasil será na educação. Uma geração inteira ficará profundamente marcada pela pandemia e o Brasil precisará de múltiplas ações para superar as perdas de aprendizagem. Isso deve ser prioridade para o país", disse Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann.

Aula presencial

Segundo os pais e responsáveis entrevistados para o estudo, apenas 24% dos estudantes tiveram as escolas reabertas para aulas presenciais. Dos que tiveram a escola reaberta, 40% dos estudantes não retornaram para a aula presencial.

No retorno às escolas, 63% dos estudantes estão sendo avaliados para identificar as suas dificuldades, mas só 29% estão recebendo aulas de reforço.

Para 86% dos pais e responsáveis, o desempenho escolar dos seus filhos antes da pandemia era ótimo ou bom e, agora, esse índice caiu para 59%. Esse baixo desempenho escolar é a principal preocupação dos responsáveis por crianças que não estão em processo de alfabetização.

A pesquisa quantitativa foi realizada entre os dias 22 de abril e 21 de maio de 2021, com abordagem telefônica, com responsáveis por crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos da rede pública, em todas as regiões do país.

Uma nova espécie de homem primitivo, recentemente descoberta em Israel, questiona a ideia de que o homem de Neandertal surgiu na Europa antes de migrar para o sul - afirmam os cientistas.

Escavações arqueológicas perto da cidade de Ramla, no centro de Israel, por uma equipe da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram vestígios pré-históricos que não correspondem a qualquer espécie já conhecida de Homo, incluindo os humanos modernos (Homo sapiens).

Em um estudo publicado na revista Science, antropólogos e arqueólogos da Universidade de Tel Aviv, liderados por Yossi Zaidner, batizaram a descoberta como "Homo Nesher Ramla", devido ao local em que os vestígios foram encontrados.

Os ossos teriam entre 120.000 e 140.000 anos e compartilham traços comuns com os Neandertal, sobretudo, dentes e mandíbula, e com outros tipos de homens pré-históricos, principalmente no crânio, indicaram os cientistas em um comunicado.

"Ao mesmo tempo, este tipo de Homo é muito diferente dos humanos modernos, com uma estrutura de crânio completamente diferente, sem queixo e com dentes muito grandes", explicam.

Além dos restos humanos, a escavação encontrou, a oito metros de profundidade, uma grande quantidade de ossos de animais e de ferramentas de pedra.

"As descobertas arqueológicas associadas com fósseis humanos mostram que o Homo Nesher Ramla tinha técnicas avançadas de produção de ferramentas feitas com pedra e, possivelmente, interagiu com o Homo sapiens local", disse Zaidner.

De acordo com o especialista, a descoberta é "particularmente espetacular, porque mostra que havia diversos tipos de Homo que viviam no mesmo lugar, no mesmo momento, neste período da evolução humana".

Os pesquisadores sugeriram que alguns fósseis previamente encontrados em Israel, que datam de até 400.000 anos atrás, poderiam pertencer ao mesmo tipo de humano pré-histórico.

- Peça no quebra-cabeça evolutivo -

A descoberta do Homo Nesher Ramla questiona a teoria de que os Neandertal surgiram primeiro na Europa antes de migrarem para o sul.

"Esta teoria passa a ser questionada, porque (a descoberta) sugere que os ancestrais do Neandertal europeu já viviam no Levante há 400.000 anos", disse o antropólogo Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv.

"Nossas descobertas sugerem que os famosos Neandertal da Europa ocidental são apenas o que restou de uma população muito maior que viveu aqui no Levante, e não o contrário", completou.

A dentista e antropóloga Rachel Sarig, da Universidade de Tel Aviv, uma das autoras do estudo, explicou que as descobertas indicam que "pequenos grupos do Homo Nesher Ramla migraram para Europa, onde se converteram nos Neandertal 'clássicos' que também conhecemos, e também na Ásia, onde se converteram em populações pré-históricas com características parecidas com as dos Neandertal".

"Entre África, Europa e Ásia, a terra de Israel foi o caldeirão onde diferentes populações humanas se misturaram para depois se espalharem", disse.

"A descoberta escreve um novo e fascinante capítulo na história da humanidade", completou.

A descoberta tem grande importância científica, segundo Hershkovitz, porque permite adicionar uma peça no quebra-cabeça da evolução humana e compreender melhor as migrações dos humanos na antiguidade.

Os geneticistas que estudam o DNA do Neandertal europeu sugeriram, no passado, a existência de uma população similar, chamada de "população desaparecida", ou "população X", que teria encontrado o Homo sapiens há mais de 200.000 anos.

Em seu artigo, os cientistas israelenses sugerem que o Homo Nesher Ramla pode ser o elo perdido.

A “ineficiência histórica” das políticas de telecomunicações no Brasil gerou uma “elite estudantil” na pandemia da Covid-19, acentuando desigualdades no acesso e na qualidade da educação. A análise está no relatório Acesso à Internet Residencial dos Estudantes, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), lançado hoje (15).

“O modesto avanço alcançado pelas políticas de acesso à internet focado exclusivamente nas escolas foi de pouca utilidade quando estas foram fechadas e alunos e professores tiveram que ficar em casa”, diz o texto da pesquisa desenvolvida por Jardiel Nogueira. Os dados mostram que conexão estável, sem restrições, e equipamentos adequados seguem restritos.

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Nogueira aponta que “o Brasil não está nessa situação por falta de políticas de conectividade, mas pela falta de efetividade das políticas que já foram lançadas”. Desde 1997, com o Programa de Tecnologia Educacional, que levou os laboratórios de informática para as escolas, e atualmente o Programa de Inovação Educação Conectada (Piec), com foco na conexão da internet para as escolas, aquisição de equipamentos e formação de professores.

Realidade

Entre os dados compilados, o relatório destaca que, apesar do avanço no número de usuários de internet nos últimos anos, 47 milhões de brasileiros permanecem desconectados, sendo que 45 milhões (95%) estão na classe C e D/E, conforme números da TIC Domicílios 2019.

Sobre a realidade dos estudantes, levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que cerca de 6 milhões de alunos vivem completamente sem acesso à internet fixa ou móvel em casa. Além disso, na classe A apenas 11% dizem fazer uso da rede exclusivamente no celular. Nas classes D e E, o percentual salta para 85%.

Para o Idec, “apesar de serem úteis em casos extremos, celulares limitam as possibilidades pedagógicas de produção de conteúdo, pesquisas acadêmicas e uso autônomo para aprendizado, tanto do professor quanto do aluno”.

Outro dado destacado no estudo é de uma pesquisa Datafolha de 2020 a qual mostra que o número de lares que possuem celulares chega a 89% dos estudantes, mas 38% deles precisam dividir o aparelho com outras pessoas da casa.

A maioria das soluções emergenciais adotadas por secretarias municipais e estaduais passou pelo acesso à internet: aplicativo com aulas e materiais para download; portal que centraliza as ofertas pedagógicas e orientações oficiais; dados patrocinados para acesso a serviços pedagógicos sem descontar do pacote de dados; empréstimo, subsídio ou doação de equipamentos para uso dos alunos e/ou professores; doação de chips; transmissão de aulas via TV ou rádio; e disponibilização de material impresso.

“Desde o começo da pandemia a gente alertou que não eram aconselháveis políticas públicas emergenciais que não considerassem a realidade de infraestrutura dos domicílios, acesso a insumos por parte dos estudantes e de suas famílias e foi o que aconteceu. Foram construídas políticas públicas emergenciais de base excludente”, avaliou Andressa Pellanda, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que participou do lançamento.

Saídas

O Idec destaca como uma medida importante a derrubada do veto ao Projeto de Lei 3477, que garante R$ 3,5 bilhões para conectar alunos e professores em suas residências. “É o maior aporte de recursos da história”, aponta o pesquisador. Além disso, a aprovação do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para destravar os recursos necessários para expandir a conectividade nas escolas.

“Apontamos para a necessidade de se garantir a equidade no acesso à internet para além da pandemia. Educação na internet não é só plataforma, acesso à aula, é equidade no acesso ao conhecimento. É um horizonte a ser buscado”, defendeu Diogo Moyses, coordenador da área de telecomunicações e direitos digitais do Idec. A Agência Brasil procurou o Ministério da Educação e aguarda retorno.

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O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), durante reunião no fim do mês passado, decidiu dar continuidade aos preparativos para o concurso público do órgão com a intenção de realizá-lo ainda em 2021. O MPPA afirmou que o certame deverá ser regionalizado e as vagas serão ofertadas para níveis médio e superior e preenchidas em cargos já existentes.

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Em 2019, o órgão havia contratado o Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional (Cetap) como banca organizadora do concurso. Entretanto, em janeiro de 2020, o MPPA decidiu romper o contrato com o Cetap. Agora, sem a previsão de quando o edital será publicado, um processo de licitação deve ser aberto para a escolha de uma nova banca.

Até o momento, são 15 vagas previstas para o cargo de auxiliar administrativo que exige nível médio completo, porém o MPPA pretende expandir a oferta. O órgão também estuda a possibilidade de incluir vagas para cargos de Promotor de Justiça e Analista.

Segundo informações publicadas há um mês, o Governo do Estado pretende realizar certames que irão ofertar 6.773 vagas ao todo. Embora alguns concursos da área de segurança já estejam em andamento, outros 11 editais de órgãos estaduais serão publicados no segundo semestre desse ano nas áreas da saúde e gestão administrativa.

Na última sexta-feira (11), foi confirmado no Diário Oficial do Estado, nº 34.609, que o Cetap será a empresa responsável pelo planejamento e realização de quatro certames no Estado do Pará: da Auditoria Geral do Estado (AGE), Junta Comercial do Pará (Jucepa), Procuradoria Geral do Estado (PGE), e Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad). 

De acordo com a notícia veiculada pela Agência Pará, a secretária adjunta de Gestão e Modernização da Seplad, Josynélia Raiol, afirmou a execução desses concursos é um dos compromissos com a população que visa melhorias na prestação de serviços.  “Trabalhamos seguindo o cronograma de forma transparente e seguindo todos os protocolos de segurança no combate à covid-19”, disse.

A melhor estratégia enquanto se espera o lançamento desses editais é antecipar os estudos, como orienta Yara Coeli, 47 anos, professora de Português para concursos. Ela também cita a criação de um alicerce de conhecimento, estudando as matérias básicas em qualquer certame: Português, Direito Administrativo e Constitucional e Informática. “Além disso, é preciso treinar. O que garante a aprendizagem é a repetição, o exercício contínuo para corrigir os erros”, orienta.

Para aqueles que decidem estudar por conta própria, a professora acrescenta algumas técnicas necessárias. “Estudar por conta própria exige principalmente disciplina, estabelecer metas e cumpri-las, ter bons materiais”, aponta.

Yara diz que uma das dificuldades mais freqüentes entre os concurseiros em relação aos estudos é a existência da cobrança de resultado imediato, considerando o investimento que é feito, podendo causar desestabilidade em quem estuda. Para lidar com essas questões, a professora afirma que o apoio familiar ajuda na batalha por uma vida melhor.

“Mas, como nem sempre é possível, é importante que o concurseiro pense que tudo por que ele está passando é transitório e que o resultado final satisfatório suplanta toda dificuldade do processo de preparação”, complementa.

No contexto da pandemia, as aulas para concursos passaram a ser virtuais. Entretanto, segundo a professora, houve bastante desistência entre os concurseiros. “Ao mesmo tempo, houve uma amplitude educacional. Se antes alcançávamos só a nossa região, com a aula on-line, chegamos ao Brasil todo, o que compensou a ausência de alunos presenciais”, Yara Coeli explica.

Com base na observação do comportamento dos concurseiros nesse período, a professora diz que há tipos de carreiras distintas no mundo dos concursos e que cada grupo reagiu de um jeito diferente dos demais. Ela menciona aqueles que estudam para tribunais, que se recolheram e agora, um ano depois, estão voltando aos poucos devido à vacinação.

“Os da área fiscal estão aparecendo porque as secretarias de fazenda do Brasil inteiro estão anunciando concurso. Já os da carreira policial foram os que movimentaram os concursos na pandemia. Estiveram bem presentes presencial e virtualmente. A principal mudança foi o medo de estar em um ambiente fechado”, diz.

Yara afirma que esse momento difícil pelo qual todos estão passando afeta a concentração e o foco das pessoas, mas acredita ser possível se preparar para os futuros concursos estabelecendo metas de estudo de forma objetiva. “E não são poucos. Afinal o Estado do Pará já anunciou que haverá, ainda este ano, muitos concursos”, ressalta.

Motivação para os estudos

Aline Leão, 29 anos, é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará – UFPA e servidora pública da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua, onde trabalha há um ano, porém continua estudando para outros concursos. Para ela, as dificuldades existentes no mercado de trabalho e a busca pelo próprio sustento fizeram surgir a motivação para os estudos.

“Os concursos começaram a aparecer, eu comecei a estudar e passei. Eu digo que concurso é uma fila, uma hora chega a tua vez. Claro que a gente precisa fazer por onde, estudar. Precisamos passar por esses processos, é uma seleção, porque não tem vaga para todo mundo, mas é gratificante ver que o esforço que a gente faz é recompensado”, ela conta.

Concurseira há quatro anos, Aline explica que a questão financeira a fez continuar estudando. Em relação à rotina, diz que estuda pelo menos duas horas por dia e que durante a pandemia, por não precisar sair de casa e apesar de trabalhar bastante, conseguiu otimizar o horário de estudos. Além disso, ela afirma que gosta de fazer resumos e exercícios.

Ainda sobre estratégias, Aline diz ser fundamental que cada pessoa entenda o concurso que pretende realizar. “Por exemplo, quem estuda para a polícia, dificilmente vai conseguir estudar para um concurso de professor, porque as matérias são diferentes, as rotinas são diferentes, a banca é diferente, tudo é diferente. É importante a pessoa focar em uma área que seja de interesse”, ressalta.

A concurseira também fala sobre a importância de organizar os estudos por prioridades. “Nem todo mundo tem facilidade com certas disciplinas, então é importante a pessoa avaliar isso”, complementa.

Na pandemia, Aline deu uma pausa nos estudos e revela que houve uma quebra inicial da rotina dela. “Acho que todo mundo ficou psicologicamente abalado e isso acaba afetando a atenção da pessoa para estudar. Eu dei uma parada, mas passou um tempo e eu voltei a estudar com tudo”, explica.

Para a concurseira, apesar de estudar bastante, a organização da rotina acaba sendo a sua maior dificuldade. Entretanto, ela reforça que é importante ter um horário todos os dias, criar e cumprir rotinas e metas. “Lembrando que cada um tem seu tempo, não adianta a pessoa estudar dez horas diretas porque ela só vai aprender duas horas, as outras oito horas ela perde. É importante a pessoa ver o tempo dela, dar uma estudada, fazer exercícios. É muito bom fazer exercícios para fixar o assunto”, afirma.

Aline aconselha quem pretende estudar para concursos e diz que é necessário ter foco, força de vontade e muita paciência. Segundo ela, além dos estudos, conhecer a técnica também é essencial para alcançar bons resultados. “Conhecer a banca é importante, saber como ela trabalha. Às vezes as bancas repetem as questões, então quando a gente estuda muito tempo por exercício, conseguimos deduzir o que vai cair”, destaca.

Aline reitera o papel da organização como incentivo para os estudos e acrescenta que os concurseiros devem ter calma e concentração. “Muita gente fica triste. 'Ah, não deu, vou desistir'. Não é pra desistir. Não deu certo porque a gente não fez o suficiente ou porque não era a nossa hora. É importante ter essa esperança, fé e foco”, enfatiza.

Assim como Aline Leão, a contadora Jennyfer Ramos, 37 anos, também foi motivada a se preparar para concursos públicos pensando na estabilidade financeira e nas boas remunerações oferecidas. Ela ainda comenta que procura estudar sempre que possível. “Aproveito todo tempo que tenho. Fila de banco, passeios, ônibus. Foco em Lei Seca e faço muitos exercícios”, explica.

A pandemia tem transformado a vida de muitas pessoas em diferentes áreas e, no caso de Jennyfer, não foi diferente. A concurseira conta que perdeu o emprego durante esse período e até o momento continua desempregada, mas tenta se beneficiar como pode, apesar das circunstâncias. “Logo, aproveito pra realinhar o que já tinha estudado e focar nos pontos que ainda estou 'fraca',” afirma.

Jennyfer diz notar algumas dificuldades em relação aos estudos, porém busca focar no sonho que tem. A concurseira alerta os que desejam se preparar para concursos, afirmando que irão existir empecilhos, mas que o importante é prosseguir. “No começo vai ser difícil, muito complicado. Não pense que vai encontrar o mundo perfeito. Não vai ter situação apropriada, você quem vai ter que se adaptar. E o final é: continue a nadar”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

Especialmente neste sábado, dia 12 de junho, é celebrado do Dia dos Namorados. Mas para além das mensagens amorosas, a data também pode ser um momento de reflexão sobre como os relacionamentos interferem nas trajetórias educacionais dos jovens.

O LeiaJá entrevistou um casal de estudantes que encontraram, um no outro, uma maneira de lidar com a pressão dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Maria Alice Dias, de 17 anos, que está no terceiro ano do ensino médio e em uma árdua dedicação para alcançar seu sonho de ingressar em uma instituição de ensino superior, encontrou, no também estudante Luís Eduardo de Lima, 17, um parceiro para dividir com ela grandes momentos de carinho e até de ajuda na preparação para o vestibular.

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O casal de futuros médicos esbarra em um momento muito conturbado para Maria Alice. Ela conta, em entrevista, que Luís Eduardo entrou na sua vida em uma fase de muitas perdas. “Eduardo entrou na minha vida em uma fase que eu estava muito frágil, perdi minha mãe no fim de 2019 e outro parente no começo de 2021. Foi algo bem tenso. Ele me ajuda muito”, relata. 

Luís Eduardo conta que ambos se conheceram na escola. “Estamos juntos há um ano e três meses”, acrescenta. Maria Alice, no entanto, detalha com mais precisão o exato momento: “No dia 17 de fevereiro deste ano, a gente deu nosso primeiro beijo e, em março, quando ele estava na minha casa, no dia 7, à meia-noite, assistindo um filme, eu pedi ele em namoro. Ele chorou e aceitou, foi lindo. Ele me faz tão bem”, conta a jovem.

Os feras, que vivem em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, garantem que estão dando o máximo na preparação para o Enem 2021. Luís Eduardo, que também está cursando o terceiro ano do ensino médio remotamente, diz que em meio aos estudos, sempre arruma um tempo para a sua namorada. "A nossa rotina de estudos nunca atrapalhou o nosso relacionamento. Claro, é muito importante estudar, mas também é fundamental saber a hora de parar e descansar", relata. Ele complementa: “A gente só se vê nos finais de semana. Então, a gente tira esse tempo para estarmos juntos. Se um estiver com uma dúvida em relação a algum assunto, o outro o ajuda a entender. Mas, nós costumamos tirar o tempo só para a gente”.

Luís Eduardo e Maria Alice estudam juntos. Eles sonham em passar em medicina. Foto: Arquivo pessoal

Há muitas formas de expressar o amor, uma delas é por meio de atitudes. Luís Eduardo citou algumas pequenas ações que sua namorada faz que ajudam a enfrentar a pressão para o Enem. "Quando estou com a cabeça pesada com os estudos, ela me acalma, coloca minha cabeça em outro lugar, longe dos estudos, conversa comigo sobre outras coisas, e por aí vai", diz.

Já para Maria Alice, o namorado tem algumas atitudes que são reconfortantes quando ela está na preparação para o Exame Nacional. “Quando eu estudo até tarde, ele fica comigo em ligação e quando percebe que estou muito cansada, ele diz para eu parar e a gente fica conversando”, conta.

Esta corrida fase de estudos pode prejudicar muitos jovens casais que vivem em uma relação amorosa. No entanto, a psicóloga especialista em relacionamentos, Edna Raposo, afirma que ter um namoro saudável pode ajudar nessa pressão causada pelo período de preparação para o vestibular. "Está na companhia de outra pessoa, de um namoro, propriamente dito, pode ser um meio saudável sim, desde que seja respeitado o momento de cada um, longe de exigências que gerem estresse e preocupações", explica.

 A pedagoga Erica Mota, que atua como coordenadora do Projeto Mind Lab, programa para escolas que ajuda no desenvolvimento de habilidades dos alunos, na Prefeitura do Recife, revela que já acompanhou diversos casais de estudantes e, muitas vezes, há momentos de altos e baixos na relação. "É uma idade de muita inquietação. É necessário o apoio das famílias para ajudar bastante com o compromisso didático. Eu como mãe e professora sempre favorecia, elogiava, juntava para o estudo acontecer, depois reforçava positivamente. Tornou-se até prazeroso e leve os combinados que eu fazia com os alunos", comenta.

De acordo com Erica, vale ressaltar a importância de uma boa mediação quando os casais decidem estudar juntos. "É bom combinar o que vocês gostam; quais são as sequências das disciplinas e conteúdos; quais vão ser os horários e os locais; e ter o compromisso consigo e com o outro", pontua.

A psicóloga Edna alerta sobre algumas atitudes que devem ser evitadas dentro de um namoro, uma vez que elas podem prejudicar o casal, principalmente se forem estudantes: “Faltar com respeito, reclamar, faltar com atenção, não se divertir a dois, ficar apenas no celular quando estiver junto, faltar com a comunicação, mentir e pensar só em si como se fosse mais importante que o outro”.

Para Edna Raposo, a afetividade e o companheirismo têm muito a contribuir para o bem-estar e o desenvolvimento emocional dos casais, principalmente dos estudantes que estão na pressão do vestibular. Ao LeiaJá, a especialista em relacionamentos lista dez atitudes em um namoro que podem ajudar quem vive na correria dos estudos.

Estude juntos

“Sempre que algum dos lados pode socializar o que já conhece, vale revisar os conteúdos juntos”. -

Viva horas de lazer

“Sair da rotina de estudo também faz bem para que se possa distrair um pouco a cabeça”.

Converse sobre o futuro

“Compartilhar de suas preocupações, criar estratégias e maneiras de enfrentamento caso  ão haja uma possível aprovação no vestibular”.

Evite assuntos geradores de estresse

“Conflitos devem ser evitados para não causar dispersão e noites mal dormidas, que com certeza será prejudicial na atenção do dia seguinte".

Elogie

“Fazer com que o outro se sinta acolhido e admirado para que sua autoestima fique firme e os dois bem cuidados na aparência e nos sentimentos de segurança e confiança”.

Assista um bom filme

“Veja algo interessante, que seja prazeroso e recheado de risadas”.

Organize os horários e mantenha contato

“Organizar os horários é essencial, sejam eles presenciais ou on-line, por telefonemas, mensagens de WhatsApp ou chamadas, não importa, que seja possível para ambos. Neste caso, é importante combinar antes para que não atrapalhe a organização do outro”.

Tenha humor

“Manter o bom humor é essencial, por isso não podem faltar mimos e bastante carinho”.

Respeite a liberdade

“Sair com o grupo de amigos e ter momentos livres para socializar coisas novas são importantes”.

Fique em família também

“Fazer algumas refeições juntos aos pais, avós, irmãos, entre outros, é bom para fortalecer esse vínculo e instantes de prazer”.

O GoKursos, plataforma de educação continuada do Ser Educacional, inaugurou um novo site nesta sexta-feira (11). Ao total, são oferecidos mais de três mil capacitações nas áreas de Exatas, Humanas, Saúde, Tecnologia e Outros.

Há cursos na área de odontologia, como Morfologia Aplicada a odontologia; branding, como Importância da Construção e Gestão de Marcas; línguas e idiomas, como Linguística Aplicada ao Ensino Espanhol; entre outros.

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Os interessados também podem assinar planos para ter acesso a vários cursos. Os valores variam de R$ 29,90 a R$ 89,90. No plano básico, o estudante tem acesso a mais de 50 cursos e emissão de até dois certificados por mês.

Já no plano intermediário, os interessados pagam R$ 69,90 e têm acesso a mais de 100 cursos com emissão de até seis certificados mensais. Por fim, o plano premium cobre mais de 250 cursos e emissão ilimitada de certificados. Todos os planos dão direito a sete dias gratuitos.

Segundo o Diretor de Inovação e Serviço do Ser Educacional, Joaldo Diniz, são oferecidos cursos próprios, além de capacitações dos professores parceiros. "Com este novo site, além de garantir uma experiência mais rica, em qualquer que seja o dispositivo, ampliamos também a capacidade de receber novos cursos e novos parceiros, permitindo que tenhamos um portfólio ainda mais amplo e qualificado", disse.

"Acreditamos que podemos transformar a vida de pessoas com educação de qualidade. E o GoKursos tem um importante papel dentro da jornada de aprendizado, pois pode atuar em diversas etapas do crescimento pessoal e profissional de cada indivíduo, seja formando, qualificando ou requalificando para o emprego formal, seja preparando para os desafios da jornada empreendedora ou mesmo no processo de aprendizado de um novo hobbie, tudo isso de forma dinâmica e atrativa", finalizou.

O anúncio do cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com aplicações das provas impressa e digital nos dias 21 e 28 de novembro deste ano, pegou alguns estudantes de surpresa. Há quem apostava em uma realização em dezembro e até mesmo em janeiro de 2022, diante das dificuldades impostas aos alunos em ensino híbrido durante a pandemia da Covid-19.

Com a definição do calendário divulgado pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, o tempo se apresenta, ainda mais agora, como um fator inseparável do cotidiano de preparação dos candidatos. Ele será suficiente para quem iniciará os estudos apenas neste momento?

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“Há tempo suficiente para quem começar a focar a partir de agora, embora tenha ficado mais apertado. É preciso mudar as estratégias. Focar mais em questões e revisões do que teoria aprofundada”, opinou o professor de Linguagens e redação Diogo Xavier. Entretanto, o docente aponta problemas causados pela pandemia, a nível nacional, que tendem a atrapalhar os alunos sem acesso a aulas remotas de qualidade, uma vez que muitas escolas e cursos ainda não retomaram as atividades presenciais em sua totalidade.

“Em relação ao ano passado, não houve uma grande evolução quanto ao acesso a aulas de forma eficiente para todos. Ainda há alunos de escolas públicas que têm aulas esporadicamente, sem contar os que não se adaptaram à modalidade remota e não podem ir para o presencial ou precisam revezar por semana. Em vista disso, manter a prova do Enem inalterada sem discutir essas lacunas na formação dos estudantes é deixar de lado necessidades relevantes”, analisou Xavier.

O professor acredita que o Enem em novembro beneficiará as universidades particulares, que não deverão atrasar os períodos letivos. Também serão beneficiados, segundo o docente, os candidatos que precisarão estudar para a prova em 2022, tendo em vista que “terão mais tempo para se preparar após os resultados”.

José Carlos Mardock, educador da disciplina de história, não aprova a aplicação em novembro. O professor teme os sérios efeitos da pandemia da Covid-19 no Brasil. “O mundo passa pela possibilidade de uma terceira onda; o Brasil enfrenta dificuldades em várias unidades da federação no avanço da primeira e segunda doces da vacina, diante da logística com a compra, deslocamento e conservação do imunizante. E o governo estabelece as datas para o Enem em novembro? Um tiro no pé. Mas, uma é uma medida esperada, diante de um governo que aceitou sediar a Copa América”, criticou o professor de história.

Para o professor de matemática Edu Coelho, novembro é uma opção melhor na comparação com outubro. Ele, porém, deixa claro: “Não concordo com a prova ainda neste ano, mas dentro dos prazos oferecidos pelo Ministério, outubro ou novembro, eu estava torcendo por novembro, porque assim o estudante terá mais tempo para se preparar”.

As inscrições do Enem serão realizadas de 30 de junho a 14 de julho, por meio da Página do Participante. O Ministério da Educação (MEC) promete publicar, ainda nesta semana, o edital do Exame.

Tradicional, recheado, ‘light’, vegetariano, não importa o tipo, o hambúrguer é um alimento que se encaixa em vários hábitos alimentares. Mesmo bastante ligado às redes de ‘fast food’, o sanduíche pode virar uma versão saudável em casa, ou até ser preparado no estilo artesanal.

Além do lado gastronômico, a história por trás da criação e popularização do hambúrguer pode ajudar estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), associando curiosidades sobre o tema com fatos históricos da humanidade. Para celebrar o Dia do Hambúrguer, nesta sexta-feira (28), o professor de história José Carlos Mardok, e o influenciador digital especializado em hambúrgueres, Abner Mansur, contam detalhes sobre esse assunto rico e saboroso.

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O professor Abner comenta a origem do alimento. Além do formato, o modo de preparo foi fundamental para nutrir as pessoas, muitos séculos atrás. “O hambúrguer tem a história de ser formado por carnes picadas, misturadas e colocadas embaixo da sela de cavalos no Século XIII. Principalmente pelos mongóis, na Mongólia. Mas toda Ásia Ocidental costumava ter duas práticas: uma de amassar a carne embaixo da sela do cavalo andando por muito tempo, e só consumir quando descia do cavalo; e a outra prática era temperar, salgar com especiarias, para que esse hambúrguer tivesse muito tempo de vida. Porém, no Século XVII, também pela influência dos imigrantes asiáticos, que já não estavam mais na Ásia Ocidental, mas sim na Europa, essa carne que se consumia crua até ali, entre os séculos XIII e XVII, na cidade de Hamburgo, passou a ser conzinhada. Depois se decidiu fritar em óleo, em seguida assar em brasa. E aí deixou de ser uma refeição crua para ser uma refeição que passou por um tipo de cozimento. Quando outro grupo de imigrantes, no século XVIII, vai para os Estados Unidos, os americanos em casa pegam aquela carne, e colocam dentro de um pão. E aí deixou de ser hambúrguer apenas para ser um sanduíche de hambúrguer”, conta Abner.

Mas por que a data escolhida para celebrar o Dia do Hambúrguer foi 28 de maio? “Porque a primeira vez que o hambúrguer, de fato, virou uma comida popularizada, deixou de ser a invenção de alguém para ser uma comida de todos, foi na feira mundial de Saint Louis, que começou no dia 28 de maio de 1904. Essa data marcou essa feira como a febre do hambúrguer nos Estados Unidos, o hambúrguer enquanto sanduíche, enquanto comida vendida para se comprar e lanchar”, explica influenciador e professor Abner Mansur.

Abner expõe que houve uma mudança de hábitos a partir da Feira de Saint Louis, em Louisiana, no estado Missouri, nos Estados Unidos. A partir daí, o alimento “deixou de ser algo que você faz em casa, acanhadamente, para ser algo para se comprar, para se comercializar, reunir os amigos,  lanchar, comer, para ter conceito de uma lanchonete". "A partir daí, começou a existir o conceito de hamburguerias, lojas que vendessem só hambúrgueres”, acrescenta.

Além de entender a história de sua popularização, também é importante compreender o trajeto do hambúrguer pelo mundo. “O hambúrguer chega nos Estados Unidos pelo porto de Hamburgo, da Alemanha, e a partir daí nós temos um grande acontecimento, porque no Século XIX o País vive o 'big stick', a política do grande porrete, ou seja, a política imperialista do Tio Sam”, explica o professor Mardock.

Hambúrguer é um dos lanches mais consumidos pela humanidade. Foto: Freepik

O professor de história ainda comenta as consequências históricas da expansão dos Estados Unidos no mundo. “Não podemos falar ainda do 'american way of life'; podemos falar de todo o preparo necessário que acabaria levando o mundo à primeira Grande Guerra Mundial. Logo depois do acontecido, o hambúrguer se consolida, em 1921, com a abertura da primeira grande cadeia de hamburguerias nos Estados Unidos. É a White Castle”, ele cita.

Segundo o docente, o alimento figura em diversos cenários da história, principalmente nos Estados Unidos. “Chegamos à década de 1920, e a explosão da bolsa de valores de Nova York. O ‘crack’ nos EUA não se pode confundir com o ‘crock crock’ do sanduíche. E a partir daí caminhamos para a década de 40, onde temos o nascimento de uma grande rede de sanduíches que você conhece”, ele sinaliza, mencionando a rede de fast food McDonald, inaugurada naquele ano.

Uma comida tão popular, e com tanta história, tem uma variedade de tipos e sabores. O professor Abner Mansur comenta os tipos mais comuns e as novidades mais incomuns no mundo dos hambúrgueres: “A gente pode dizer que o hambúrguer de carne bovina, quando a gente fala da carne, sem dúvida ele é o mais tradicional, o mais comum, só que quando você fala de hambúrguer de carne bovina, você tem duas categorias. O que se fala de hambúrguer alto, que é aquele que você consegue ver o que está dentro do pão, e o ‘smash burguer’, que a gente fala no mundo dos hambúrgueres, a gente chama de amassadinho. Os mais incomuns são essas novidades, como hambúrguer de frutos do mar, também se coloca doce no hambúrguer, frutas, abacaxi, o blend de brigadeiro. Hambúrgueres totalmente doces, hambúrgueres com carnes curiosas, tem hambúrguer de caranguejo e por aí vai. Cada vez mais, os hambúrgueres têm sido variados, vegetarianos, de soja, as hamburguerias têm dedicado um pouquinho do seu cardápio para hambúrgueres diferenciados, seja na carne, seja todo doce, seja vegano, esses são os menos comuns”, ele explica.

Chegada do hambúrguer ao Brasil

O professor Mansur explana que a popularização do lanche no Brasil aconteceu depois de ele já ser famoso mundo afora. “Foi por conta disso que em 1952, um americano de descendência holandesa, Robert Falkenburg, decide imitar os americanos abrindo uma lanchonete em Copacabana no Rio de Janeiro, chamada Bob's. Seria a primeira e a maior franquia de fast food brasileira até hoje. Lembrando que ele não trouxe ao Brasil apenas o hambúrguer, ele também introduziu no paladar dos brasileiros o milk-shake e o sunday. E com o tempo, esse hambúrguer foi tomando várias formas. Hoje é a refeição na categoria lanche, mais consumida do Brasil, ganhando da coxinha ou da pizza”, ele menciona.

Em comemoração à data, será realizada uma transmissão ao vivo, a partir das 16h, na página do Instagram administrada pelo professor Abner, com a presença do professor Mardok. Eles comentarão mais curiosidades sobre o hambúrguer e haverá também a montagem de um hambúrguer artesanal.

Conquistar a tão sonhada vaga em uma instituição de ensino superior não é tão fácil, principalmente neste período atípico. Quem tem esse objetivo precisa se dedicar aos estudos, ter foco na preparação e manter a saúde física e mental para se dar bem. Além disso, quem se prepara para o vestibular precisa lidar com as opiniões, críticas e comparações, muitas vezes vindas de pessoas que não conhecem o dia a dia do estudante.

Uma das vestibulandas que passou por isso foi Maria Fernanda Santana, de 21 anos, recém-aprovada na sua segunda opção de curso, em engenharia biomédica, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A garota comenta que teve que lidar com alguns comentários bem desconfortáveis durante sua preparação. “Passei os últimos 4 anos estudando para medicina e vivi bem essa realidade de ter que lidar com situações às vezes desconcertantes e inconvenientes. A maioria das frases que já ouvi vieram de pessoas de fora da minha família, porque graças a Deus todos eles sempre foram muito compreensíveis e nunca me pressionaram nos estudos”, disse.

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Entre as perguntas e comparações que mais a incomodaram foram: "Já me perguntaram se eu não tinha pensado em entrar em outro curso, talvez duvidando se eu seria capaz de passar ou não em medicina. As pessoas também costumam fazer comparações com outros que já passaram. Perguntam como foi a prova e quantas questões acertou, só que esse é o tipo de pergunta que você conversa e se abre com pessoas que são muito mais próximas, mais íntima", pontuou Maria Fernanda, que está estudando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 com o intuito de ser aprovada em medicina.

De acordo com o professor de geografia Dino Rangel, durante a preparação vão aparecer diversas pessoas para motivar e desmotivar o estudante. A dica é entender e analisar a crítica que recebe. “A crítica construtiva é aquela que a pessoa tem o objetivo de ajudar, ela traz algo que precisa ser reparado, na visão dela, cujo objetivo não é menosprezar a pessoa, ou seja, é aquele verdadeiro conselho do amigo, ele visa o bem-estar daquela pessoa. Diferente da crítica desconstrutiva, que é aquela crítica que você simplesmente aponta o erro da pessoa, mas não ajuda”, explica o docente.

Pensando nesses e outros desafios, o LeiaJá, também inspirado no dia do vestibulando, celebrado nesta segunda-feira (24), conversou com o professor Dino Rangel, a professora de inglês Luciana Góes e a psicóloga Ivalda Marinho, que listaram cinco coisas que você não deve falar para o estudante. Confira:

1 - Nunca diga que a um estudante que ele não capaz

“As frases mais clássicas: ‘você não tem potencial’; ‘você não vai conseguir’. Tem pessoas, inclusive, que são muito preconceituosas e chegam a dizer coisas piores, dependendo da questão racial e da condição social. Mas, palavras como ‘você não pode’, ‘não adianta’, ‘se eu fosse você, eu pararia’, são muito ditas”, comenta o professor Dino Rangel.

2 - Não faça críticas negativas, isso pode prejudicar

“Críticas negativas ressaltam deméritos e estimulam a desconstrução do indivíduo. Já as positivas, apontam novos pontos de observação, dando a pessoa um novo olhar e estimulando o desenvolvimento constante. Críticas são delicadas e devem ser muito bem pensadas antes de serem feitas. Elas têm o poder de construir/colaborar com o processo de construção, mas também têm o poder de desconstruir levando a sensação de inutilidade e fracasso, que por consequência leva a desistência e estagnação” explica Luciana Góes.

3 - Não pressione o estudante a fazer um curso que ele não quer

“Os pais querem, muitas vezes, que os filhos façam aquilo que eles queriam ser. Por exemplo, a pessoa não quer ser médica, mas o pai quer que seja. Palavras como: ‘não faça isso porque você vai ser pobre’, ‘não faça isso que você vai passar fome’, esses discursos são muito comuns nas classes altas, como também na classe média baixa. ‘Tu não tem potencial’, ‘tu é pobre’, infelizmente há pessoas que dizem isso”, elenca Dino Rangel.  

4 - Não faça cobranças, apenas escute

“Como adultos, esquecemos que a fase da adolescência é um turbilhão de emoções. Entregamos e cobramos responsabilidades para quem ainda está em processo de amadurecimento e de autocompreensão, porém esquecemos também de ensiná-los a lidar com os conflitos e de escutá-los, para poder entendê-los. Com isso, não os ajudamos a crescer e reclamamos da rebeldia, que é apenas um grito de socorro. É necessário ouvir para entender, e então mediar para resolver”, esclarece a professora de inglês Luciana.

5 - Não diga palavras desmotivadoras, apenas incentive

“Qual é a maior referência que nós temos? Pai, mãe, avô, avó, tio, tia, a pessoa que nos criou, essas são as maiores referências, é a que a gente entende como prova de amor, o amor maior. Se essa pessoa chega e diz que ‘eu não sou nada’, eu começo a acreditar que não sou. Mas se essa pessoa diz que ‘eu consigo tudo’, eu acredito que consigo. Então o processo da gente conseguir crescer começa bem cedinho”, conclui a psicóloga Ivalda Marinho.

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