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A Espanha é um dos destinos preferidos dos estudantes na hora de fazer um intercâmbio. O país oferece vários pontos turísticos incríveis, como o Templo Expiatório da Sagrada Família, Alhambra, Mesquita de Córdoba, as praias da Costa do Sol, em Málaga, entre outros.

A nação, inclusive, é o destaque desta semana na série 'Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos', produzida pelo LeiaJá. Viver a experiência de um intercâmbio é enriquecedor. Mas, manter esse sonho pós-pandemia é um ato de resistência. Alguns países, por causa deste período pandêmico da Covid-19, endureceram as normas para a entrada de estrangeiros e fecharam suas fronteiras para os visitantes, como no caso da Espanha.

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O País perdeu, desde o início da pandemia da Covid-19, em meados de março do ano passado, mais de 79 mil vidas. O pico de contaminação chegou a 107.053 casos em menos de 24 horas. Desde então, os números vêm caindo por causa das medidas restritivas e da vacinação.

De acordo com Maura Leão, presidente da Belta - Associação das Agências de Intercâmbio, quem deseja fazer um intercâmbio para a Espanha, neste momento, precisa seguir algumas restrições. “É necessário apresentar a prova de um teste de PCR negativo para a Covid-19, efetuado nas 72 horas anteriores à sua partida, e realizar quarentena obrigatória de dez dias, ou sete dias se apresentar um PCR negativo, além de preencher uma declaração de saúde”, explica.

Segundo a presidente da Associação, apenas os cursos de ensino superior com o visto de estudante continuam a ser vendidos para a Espanha. “Os cursos de espanhol de pequena duração não estão permitidos por tempo indeterminado”, esclarece. Após a pandemia, a Espanha pode ser um bom destino O país, que integra a União Europeia, chegou a estar, em 2018, conforme os dados da Belta, em segundo lugar no ranking de nações que mais recebem turistas no mundo. Ainda segundo a entidade, a Espanha é “a escolha certa para quem busca estudar a língua espanhola em seu berço, na terra de Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote”.

“Muitas escolas oferecem programas nos quais a aprendizagem da língua está atrelada a algum outro curso com temperos espanhóis, como a gastronomia, a enologia e até mesmo o surfe”, explana Laura.

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Ao LeiaJá, a brasileira Isabella Nascimento Gomes, que cursou odontologia na Universidad del País Vasco, em Basco, pelo Ciência sem Fronteiras, no ano de 2014, diz que a experiência de intercâmbio foi enriquecedora. "Pude aprender muito e fiz amizades que levarei para toda a vida", revela. A dentista, que voltou ao Brasil em 2015 para terminar a faculdade, comenta que rapidamente quis voltar a morar em solo espanhol. “Decidi vir morar aqui [na Espanha] pela qualidade de vida que se tem e pelas expectativas a longo prazo que, no Brasil, na minha profissão, estava cada vez mais difícil”, conta.

Isabella Nascimento Gomes em Basco, na Espanha. Foto: Arquivo pessoal

A doutorando brasileira Patrícia Marques, que mora na cidade de Granada, em Andaluzia, pontua as diversas qualidades de estar em um intercâmbio no País: "Está sendo um sonho. O lugar possui uma excelente qualidade de vida, segurança, uma enorme gama de atrações históricas e turísticas, além de um custo de vida baixo".

Ela ainda comenta: "Eu já conhecia algumas cidades espanholas por conta da minha investigação durante o mestrado. Contudo, vim morar em Granada, por pelo menos três anos, sem antes tê-la visitado, e posso afirmar que fiz uma excelente escolha". Os locais mais procurados na Espanha para fazer intercâmbio são Barcelona e Madrid.

Patrícia Marques reside em Granada. Foto: Arquivo pessoal

Segundo Jayce Cruz, consultora da agência WE Intercâmbio, cada cidade tem uma característica diferente que vai de acordo com as preferências e a adaptação de cada intercambista. Ela listou, ao LeiaJá, o que os brasileiros poderão encontrar em cada cidade. Confira:

Madrid

“Madrid é bastante procurada por brasileiros principalmente pela adaptação do clima e chama a atenção também por ser uma das principais cidades da Espanha. O transporte público de lá é show e isso agrada bastante os intercambistas, tendo em vista que transporte público é o meio mais usado por eles”.

Barcelona

“Barcelona também é bastante procurada por ter demasiadas opções de entretenimento, lazer e etc. Muitos pubs, teatros e centros culturais, como também muitas oportunidades na área acadêmica”.

Salamanca

“Uma das cidades bastante procuradas é Salamanca porque lá se encontram as melhores instituições de ensino da Espanha. E por ser uma cidade mais calma e menos populosa, agrada bastante os estudantes também. Um dos pontos que mais chama atenção é que lá a língua é bastante respeitada e não sofre muitas variações e isso ajuda no entendimento e na comunicação, assim como no aprendizado”. 

Valência

“Valência também é uma ótima opção, a população é extremamente acolhedora e o clima é muito harmonioso. Sem contar que tem praias à disposição, caso queiram um lazer. É uma cidade referência no ensino da língua espanhola”.

Planeje a viagem dos sonhos

Não importa o tamanho da viagem, o tempo ou a experiência que deseja viver, a Espanha deixará muitos intercambistas encantados. Por isso, segundo a consultora Jayce Cruz, quem deseja fazer um intercâmbio precisa se planejar. “É recomendado que o planejamento se inicie cerca de seis meses antes do embarque, para concluir com tranquilidade o processo de documentação e visto adequado de estudo e trabalho, levando em consideração também seus gastos. É essencial ter um bom planejamento para obter um programa bem-sucedido”, explica.

A consultora ainda dá dicas de como se preparar para estudar ou trabalhar na Espanha: “Para iniciar o processo é necessário contratar um curso que possibilite a aplicação do visto de estudante. Para esta aplicação, o estudante precisa se inscrever em um curso de 20 aulas semanais de espanhol pelo período de cinco a seis meses, e solicitar, junto ao consulado da Espanha no Brasil, o visto de estudante, mediante comprovação de renda. É necessário também ter uma média de EUR 594,90 por mês de permanência como comprovação financeira no momento da aplicação”.

Ela complementa: “O visto deve ser solicitado pessoalmente onde você reside legalmente. No momento da apresentação da solicitação de visto, você deverá pagar uma taxa estabelecida de EUR 60, em geral”.

Há diversos programas de intercâmbio, os mais procurados, segundo a consultora de viagens, são os programas de longa duração, a partir de seis meses, que dão permissão para trabalhar. “Você pode optar por um programa de seis, nove ou 12 meses de duração e os custos podem variar entre EUR 2.660 e EUR 4 mil, a depender do tempo escolhido. Um detalhe bem bacana a respeito desses programas é que para cada opção existe um período de férias definido, que vai de quatro a oito semanas, e durante o período de férias, o estudante pode trabalhar o dobro de horas”, conclui.

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No final de abril de 2021, uma das mais conceituadas revistas científicas, a Nature, publicou um estudo referente aos sintomas e consequências da Covid-19 (SARS-CoV-2) depois da reabilitação. De acordo com cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, foram identificadas inúmeras reações depois da recuperação. Um dos pilares para o estudo foi a base de banco de dados nacionais de saúde de 87 mil pacientes do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, que foram diagnosticados com reações variadas. Ao que tudo indica, a internação hospitalar pela Covid-19, é apenas a ponta do iceberg.

Matheus Benjamim é biomédico, especialista em virologia e epidemiologia, e conta que o novo coronavírus tem um caráter sistêmico, que pode afetar o corpo inteiro. “Ela [Covid-19] começa a infecção pelas vias respiratórias, pelas vias superiores, vias inferiores, e depois se alastra pelo corpo inteiro. Isso é muito preocupante”. Desta forma, a doença gera uma espécie de “Síndrome Pós-Covid” e apresenta sintomas e sequelas após a 13ª semana em que o indivíduo se recuperou do vírus. “Uma Síndrome Pós-Covid pode afetar inclusive assintomáticos, desde a parte dermatológica, até a parte cardíaca”, relata.

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Dentre os sintomas mais recorrentes, o especialista conta que o mais preocupante é referente ao coração, uma vez que já foram identificadas danificações na estrutura do órgão muscular, inclusive de crianças. “A doença começa como pulmonar, passa por um processo pulmonar cardiovascular, depois pode afetar a parte renal de filtragem de sangue”. O biomédico complementa dizendo que além desses fatores, também foram identificadas sequelas relacionadas à parte mental, como distúrbios cognitivos, além de perda de ar e dores musculares. “Possivelmente não vão matar, não vão evoluir para um caso mais grave, mas  prejudicam a qualidade de vida”, afirma.

De acordo com Benjamim, devido ao atual cenário do Brasil - em que tantas vezes há a falta de cumprimento de protocolos de segurança – existe uma tendência de o país ser um local a desenvolver outras novas variantes do vírus, além da  P1, P2 e N9, que já estão espalhadas em vários estados. “Tudo indica que vamos continuar com essa doença por muito tempo.  E que novas variantes podem ser tão mutantes que o nosso corpo não os reconheça com os anticorpos”, explica. O especialista lembra que  os anticorpos são como vigias à procura de um indivíduo que causa problemas, e que, quando este sujeito sofre uma modificação em sua estrutura, é mais difícil de identificá-lo.

“O Brasil está participando de um experimento biológico, na verdade. Ele [Brasil] tem todos os materiais necessários para continuar incentivando a doença, já que a contenção do vírus não é adequada, pois vivemos essa situação de ‘quase quarentena’ e ‘quase isolamento social’. As medidas atuais, segundo Benjamim, não são suficientes e apenas desafogam os leitos de hospitais de maneira momentânea. “O vírus vai se proliferando, sem controle, entrando em contato com novas pessoas, novos DNA’s, e com isso a possibilidade de mutação continua”, alerta.

Evolução da Covid-19

O especialista em virologia conta que ainda não foi confirmado, mas existem evidências que mostram a possibilidade da Covid-19 se mesclar ao DNA, de maneira semelhante ao vírus HIV, que provoca a AIDS. “Se o coronavírus conseguir se integrar ao nosso DNA, além da contaminação respiratória, a gente tem uma contaminação herdada de pai para filho. Isso ainda não pode ser afirmado, surgiram evidências a respeito em alguns artigos que mostram esse caminho, mas a gente torce para que não se comprove essa tese”. Benjamim completa dizendo que já houve casos na história de vírus mutantes geneticamente transmissíveis, e as condições do Brasil tornam este fator mais propenso, mas isso ainda continua sendo raro.

 

Conquistar uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) requer dedicação. Árdua, por sinal. Na ausência de uma entrega aos estudos, o estudante pode ser afetado pelos efeitos da procastinação, porém, existem estratégias que podem dar um novo rumo à preparação;

Quem deseja começar a estudar neste momento e garantir a tão sonhada vaga em uma instituição de ensino superior precisa organizar um plano de estudos e focar em aprender os conteúdos essenciais de cada matéria. Marlyo Ferreira, professor de história, aconselha se planejar e separar um período do dia para poder se dedicar aos conteúdos que costumam cair no Enem.

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“Outro ponto importante é dividir os conteúdos de maneira a rever assuntos estudados em um intervalo de pelo menos dois dias, porque deixar para revisar apenas uma semana depois faz com que pouco do conteúdo seja assimilado”, alerta.

Para o docente, é muito importante também que os estudantes cuidem da alimentação e tenham hábitos saudáveis. “O sono é fundamental, porque é durante o sono que a memória de longo prazo é sedimentada, logo dormir mal ou pouco pode ter um efeito negativo no corpo. Em relação a atividades físicas, são muito importantes para darem uma disposição maior, já que passar muito tempo sentado e parado demanda por incrível que pareça esforço do corpo. O exercício, além de preparar o corpo para ter que aguentar melhor horas de estudo, diminui a necessidade que muitas pessoas têm em consumir garrafas e garrafas de café para se manterem produtivas”, explica.

Felipe Rodrigues, educador de português e redação, também afirma que fazer um cronograma de estudos pode ajudar muito os estudantes a se prepararem para o Enem, principalmente quando está aliado à resolução de exercícios. “Ou seja, para além de estudar os conteúdos do dia, tem que praticar questões para fixar os assuntos”, reforça Rodrigues.

Quais assuntos priorizar em cada matéria?

O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem, visando ajudar os vestibulandos que desejam começar a estudar para o Exame, conversou com uma equipe de professores que indicaram quais assuntos devem ser priorizados neste momento. Confira:

Equipe de professores: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - Felipe Rodrigues (português), Tales Ribeiro (literatura), Fred Fonseca (inglês) e Bárbara Warner (espanhol);

Matemática e suas Tecnologias - Eduardo Augusto;

Ciências da Natureza e suas Tecnologias - Eduardo Perez (física), Danylla Teles (química) e André Luiz (biologia).

Ciências Humanas e suas Tecnologias - Cristiane Pantoja (filosofia e sociologia), Marcelo Rocha (geografia) e Marlyo Ferreira (história).

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Português

- Morfologia

- Relações semânticas dentro de interpretação textual

- Sintaxe

Literatura

- Conceito de literatura

- Gêneros literários

- Mímese, catarse e estilo

- Quinhetismo

Inglês

- Simple Present

- Simple past

- Present continuous

- Past Continuous

- Vocabulário: Routines, Travelling, Restaurant, Food, Drink, Movies

Espanhol

- Verbos e suas irregularidades

- Artigo neutro

- Divergências léxicas

- Preposições

- Expressões idiomáticas

Matemática e suas Tecnologias

- Conceito de álgebra

- Aritmética

- Geometria básica

Ciências Humanas e suas Tecnologias

História

- História do Brasil

Brasil Colônia

Brasil Imperial

República Velha

Era Vargas

Ditadura Militar

- História Geral

Antiguidade Clássica

Idade Média

Idade Moderna

Revolução Industrial

Imperialismo e Neocolonialismo

Geografia

- Geografia física

Dinâmica do meio físico

Questões ambientais

- Geografia do Brasil

Os principais aspectos naturais, sociais e econômicos do Brasil

A participação no cenário global

Sociologia

- Importância de Comte e o Positivismo para a Sociologia

- Origem da Sociologia

- Sociologia Clássica (Durkheim, Marx e Weber)

Filosofia

- Do mito à transição da filosofia

- Períodos da Filosofia Antiga

- Filosofia Clássica com Sócrates, Platão e Aristóteles

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Biologia

- Origem da vida

- Bioquímica

- Citologia

Química

- Ligações químicas e polaridade das moléculas

- Estequiometria

- Termoquímica

- Química orgânica

Física

- Cinemática escalar

- Leis de Newton

- Conservação de energia

- Calorimetria

- Fenômenos ondulatórios

- Circuitos elétrico

Assim como França, Canadá, Austrália, entre outras nações, a Alemanha - é uma boa opção para quem deseja estudar fora do Brasil. Nesta semana, a série “Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos”, produzida pelo LeiaJá, tem como tema o país europeu. 

As restrições impostas pela Alemanha por causa da Covid-19 são rígidas, não permitindo, por exemplo, a entrada e transporte de viagens do Brasil há quase três meses. “Desde 30 de janeiro está proibidos a entrada e o transporte de viagens do Brasil, essa restrição está sendo prorrogada todos os meses, sendo a última data para reabertura dia 28 de abril, com possibilidade de prorrogação”, conta a presidente da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), associação que reúne as principais entidades do Brasil que trabalham com o segmento de intercâmbio, Maura Leão.

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Maura ressalta que o impacto da pandemia no setor de intercâmbio na Alemanha foi significativo, pois a crise da Covid-19 gerou um abalo econômico e social. “Existe um enorme impacto, uma vez que a pandemia provocou um choque econômico e social que exacerba as crises existentes e a Alemanha não está isenta disso. Apesar de ser um país em condições econômicas mais favoráveis comparados a outros países, também sofre impacto, uma vez que muitos estudantes estão impossibilitados de chegar ao destino final. Este impacto passa a afetar todas as instituições de ensino, uma vez que os estudantes não conseguem iniciar seus programas de estudos ou pesquisas, ou mesmo dar andamento ao que já vinham realizando, porque não podem embarcar ou retornar à Alemanha”, explica.

A presidente da Belta destaca também que, segundo um levantamento acerca do impacto do novo coronavírus no setor de intercâmbio, o País está listado entre os dez destinos de interesse para fazer um intercâmbio após a pandemia. “É um país com muitos atrativos para estudantes internacionais, além da altíssima qualidade acadêmica de suas instituições de ensino”, ressalta.

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Um dos passos fundamentais para quem deseja estudar ou trabalhar na Alemanha é se preparar financeiramente, por isso, a gestora de produtos da WE Intercâmbio, Danielle Sobral, orienta qual o valor deve ser reservado para cada mês de estadia no País. “Além de dispor dos valores necessários para contratação do básico (curso, acomodação, seguro viagem, passagens, etc.), você deve estar preparado para as despesas que irá ter durante a viagem, como alimentação, transporte e passeios. Uma média recomendada é de aproximadamente 1000 euros por mês de estadia”, estima Danielle.

Sobre qual a melhor forma de planejar a viagem e com quanto tempo de antecedência isso deve ser feito, Danielle explica que o adequado é ter cerca de três a quatro meses de antecedência. “O ideal é que você tenha, ao menos, de 90 a 120 dias de antecedência, principalmente se for tentar o visto. É um tempo razoável para que você deixe tudo organizado em relação a documentações", afirma.

Em relação a quais são os programas de intercâmbio e trabalho mais procurados atualmente na Alemanha, Danielle diz que uma das alternativas mais comuns é o curso University Pathway Program. “Para poder trabalhar na Alemanha, uma das possibilidades mais comuns é o curso de alemão acadêmico completo, mais conhecido como UPP (University Pathway Program), que basicamente é um curso preparatório para ingressar nas universidades locais. Outra forma seria ingressar diretamente em uma universidade, mas para isso é necessário já ter ‘saído do zero’ no idioma, para poder cumprir as exigências de entrada”, explica.

Sobre qual a duração e quanto custa cada um desses programas de intercâmbio para a Alemanha, Daniele informa que o valor dependerá de alguns fatores. Confira, a seguir, alguns cursos e valores ofertados pela WE Intercâmbio:

Opção 1: 4 semanas curso + acomodação em Frankfurt - valor total convertido: R$ 11.402,80

Opção 2: 8 semanas curso em Berlim - valor total convertido: R$ 10.184,20

Opção 3: 4 semanas curso em Berlim - valor total convertido: R$ 5.309,80

A jornalista Nicole Simões, que também é estudante, foi para a Alemanha em 2019 fazer intercâmbio de Au Pair e estudar a língua alemã. “Eu vim para trabalhar e estudar. Depois que eu terminei o ano de Au Pair, que é tipo um ano que você trabalha como baby sitter, eu continuei estudando alemão. Então, teoricamente eu vim para cá para estudar o idioma e quando terminei agora, eu consegui um trabalho e hoje em dia eu trabalho em uma escola, eu sou auxilar na sala, dou apoio para crianças com deficiência", conta Nicole.

Nicole Simões em Altstadt, um dos pontos turísticos mais visitamos em Düsseldorf. Fotos: Cortesia

Morando na Alemanha há um ano e sete meses, Nicole, natural de Recife, revela que uma viagem para a Europa em 2018 despertou o seu interesse de fazer um intercâmbio mais longo. "Eu tenho família aqui na Alemanha, mas eles não moram na cidade onde moro, que é Düsseldorf. Eu vim porque, em 2018, fiz uma viagem de férias para a Europa, para visitar alguns países, e aí eu visitei a cidade que eu estou morando hoje, eu gostei muito de estar aqui, então eu resolvi voltar. 

Sobre quais são os pontos positivos em morar e estudar na Alemanha, a jornalista destaca a qualidade de vida e a educação no país. “Eu sempre vou falar para todo mundo que me pergunta isso que eu acho que a qualidade de vida e a segurança na Alemanha não se comparam ao Brasil. Fora que o ensino daqui é bem melhor. Depois que eu cheguei consegui aprimorar o meu inglês e agora eu também falo alemão, então eu falo mais duas línguas e eu falo fluentemente e eu acho que o benefício é você aprender outra cultura, aprender conviver com pessoas mais diferentes ainda, não só com ideais diferentes, mas também com cultura diferente, isso muda muito porque as regras são totalmente outras, então você tem que se adaptar e viver praticamente uma coisa nova", descreve.

A jornalista continua: "Porque não é só a língua nova, mas também o país novo, a cultura, comida diferente, até mesmo o tempo; a temperatura que é sempre mais fria e quando tem sol, você dá mais valor”.

“Alemanha é muito mais que destino, é você experimentar uma nova cultura, um novo sabor, experimentar uma nova língua. Eu aconselho a qualquer pessoa que quiser vir para cá, a vir, porque sempre tem como dar certo, porque há muitas oportunidades de trabalho também, então tem muita gente que eu conheço que vem do Brasil para cá por causa de emprego, porque aqui, além de você receber bem, você tem uma qualidade de vida muito boa e tem vagas de emprego, tem oportunidade para todo mundo”, acrescenta.

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De acordo com pesquisa da Universidade do Futebol, o número de crianças que conseguem subir da divisão de base para o futebol profissional é baixíssimo. De três mil jovens que buscam alcançar esse sonho, apenas um consegue despontar. Pior: muitos abandonam os estudos.

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A discussão sobre o prosseguimento da carreira acadêmica pelos jovens que se arriscam no esporte torna-se cada vez mais necessária. Para o professor Gabriel Augusto Batista, educador físico e ex-atleta da base do Clube do Remo, a necessidade de manter os estudos em dia, atrelados aos treinos, é a segurança daqueles que acabam não conseguindo realizar seu primeiro sonho. "Além disso, essa necessidade de manutenção dos conteúdos, paralelamente aos treinamentos, é muito mais do que um plano B. Existe uma grande relação da capacidade cognitiva com o rendimento em um jogo. Ou seja, desenvolver essa capacidade, a capacidade de raciocínio, como nós desenvolvemos na escola, estudando, é uma forma muito eficaz de desenvolver o potencial de jogo de um atleta", afirma.

O médico ortopedista Aderson Barroso, ex-jogador profissional que marcou época no Remo, com passagem também pelo Flamengo, diz que essa situação se dá pelo sucesso ou não que o futebol pode trazer. "Seria ótimo se todos os atletas mantivessem seus estudos projetando um futuro em outra profissão que não o futebol. As divisões de base, principalmente no nosso Estado, deveriam se preocupar um pouco mais em formar o ser humano e não somente um jogador, em vista que a carreira de atleta não deixa de ser curta", diz.

Gabriel Batista pontua a necessidade do incentivo familiar para que não ocorra o abandono da carreira acadêmica e para garantir o apoio que os treinadores, vistos como professores, devem passar para seus atletas. "Eu acho que esses deveriam ser os mais interessados e engajados na manutenção dos conhecimentos passados na escola", observa. Segundo ele, mesmo que muitas famílias necessitem e sonhem com uma ascensão econômica pelo esporte, nem sempre o filho ou filha se torna profissional.

Para Aderson, esse apoio é difícil pelo fato de muitos atletas virem de famílias mais humildes e a orientação de jogar e estudar não ser uma rotina na vida dessas pessoas. Segundo o ex-jogador, ao contrário das regiões mais afastadas, no eixo Sudeste-Sul a prerrogativa de estudo é inserida na formação dos atletas.

Apesar das dificuldades apresentadas, e das crises financeiras dos clubes da região Norte, Gabriel e Aderson consideram importante o investimento do clube na carreira acadêmica do atleta enquanto ele faz parte da instituição, auxiliando com bolsas estudantis e até com escolas dentro do clube, como faz o Vasco. "Se o atleta puder oferecer algo ao clube em outra função, acho muito interessante que seja dado esse apoio, essa oportunidade, porque serão profissionais que terão prazer e paixão de trabalhar naquele lugar, nesse ambiente", concluiu Gabriel.

Por Haroldo Pimentel e Roberta Cartágenes.

A intensa maratona de vestibulares já passou. O momento, inclusive, deveria ser destinado ao descanso dos estudantes para recompor as energias e, aos poucos, ir voltando aos estudos. No entanto, esse não é o caso de alguns vestibulandos.

Anna Cecília de Oliveira, de 18 anos, que pretende cursar medicina veterinária, não esperou para descansar e já retornou a sua rotina de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. “Eu estou me sentindo bastante cansada, principalmente pelo fato de não fazer ideia ainda da minha nota do ano passado e, por esse motivo, eu ainda não descansei, acabei pegando direto”, conta.

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A futura médica veterinária comenta que sua rotina de estudos é intercalada com os afazeres domésticos e diz que vem estudando desde janeiro de 2020. “Como eu estava ficando bastante desanimada, tentei organizar melhor os meus horários, sempre ajustando aquilo que não deu certo no ano passado e também procurando materiais e professores que expliquem de uma forma que eu consiga compreender melhor”, explica.

Não muito diferente está a estudante Fernanda Luna, de 18 anos, que pretende fazer faculdade de medicina. A garota, que fez o Enem 2020, também não quis esperar a nota ser publicada e já engatou nos estudos. Ela revela: “Pela correção dos gabaritos preliminares, eu vi que a minha nota não seria suficiente para o curso que eu quero. Nessa dúvida, eu comecei a estudar para não perder tempo”.

Fernanda conta que sua rotina de estudos não está sendo nada “anormal”, já que para ela, a situação do Brasil, diante da pandemia da Covid-19, não mudaria tão cedo. “Estou me adaptando desde fevereiro, estudando como posso e utilizando as ferramentas que tenho, o tempo e o fato de estar em casa ao meu favor, e não como um empecilho, embora não seja o ambiente mais adaptado”, acrescenta.

O ano ainda nem está na metade e a estudante já está cansada. Ela acredita que esse cansaço está ligado não somente aos estudos, mas também às milhões de vidas perdidas neste período pandêmico. “Meu cansaço está mais ligado ao psicológico do que ao físico. As coisas que acontecem no mundo sempre conseguem nos afetar de certa forma, afinal, vemos todo dia milhares de pessoas morrerem e isso é bastante assustador. O fato também de estarmos 'presos' em casa sem o contato de pessoas que gostamos e convivemos diariamente tem mexido muito com a minha cabeça, e acredito que com a cabeça de muita gente. É uma situação difícil de acostumar”, pontua.

A psicóloga clínica e escolar Márcia Monteiro esclarece que esse cansaço dos estudantes está relacionado à falta de descanso que os afetam não só fisicamente, mas psicologicamente também. “Os alunos que já voltaram às rotinas de estudo não tiveram tempo de descansar a mente e isso prejudica o rendimento, porque o psicológico está cansado, desgastado. Devido a isso, eles não conseguem absorver os conteúdos de maneira eficaz”, esclarece.

A especialista explica que para manter a saúde mental neste momento “é preciso otimizar as demandas com planejamento para conseguir, assim, se organizar e não se sobrecarregar nos estudos". "Precisamos de tempo para estudar, descansar e ter lazer. Precisamos do ócio criativo, fazer algo diferente da rotina que nos dê prazer", aconselha.

Como manter o foco e a energia na hora de estudar?

Manter a concentração e a energia na hora dos estudos pode até parecer uma tarefa difícil, mas assim como os estudantes precisam trabalhar seu psicológico, o corpo também carece de alguns estímulos para enfrentar uma maratona de preparação para os vestibulares. A nutricionista especializada em nutrição clínica, Jéssica Cézar, revela, ao LeiaJá, como os alimentos podem ajudar os vestibulandos neste momento.

“Os alimentos podem ajudar bastante os estudantes, principalmente quando criam o hábito de uma alimentação saudável, sempre em quantidades adequadas e uma rotina alimentar. Alguns alimentos estimulam a concentração, o raciocínio, a memória e o aprendizado. É sempre importante quando for estudar, consumir alimentos que forneçam energia, como a cafeína, que combate a fadiga mental e ativa o sistema de alerta, além de melhorar o estresse, pois libera a endorfina, hormônio que ativa naturalmente as melhores sensações de humor. Ela é uma fonte fundamental para quem busca mais energia”, explica.

Veja, a seguir, os alimentos listados pela nutricionista que darão um gás nos estudos:

Chocolate - pode ajudar o estudante a ter mais concentração. A indicação é o mais amargo acima de 50%. Lembrando que todo o excesso é prejudicial.

Cereais - evitam a fadiga e o cansaço mental, ele é encontrado em alimentos como arroz integral, aveia e macarrão integral.

Peixes e sementes - consumir alimentos fontes de ômega 3 melhora a comunicação entre os neurônios e, assim, a concentração, a memória e o aprendizado em geral. Ele pode ser encontrado em peixes como cavala, salmão, sardinha, arenque, atum, além das sementes como a linhaça, gergelim, semente de abóbora e chia.

Além dos alimentos, há exercícios que também podem ajudar bastante os estudantes a ganharem mais energia e concentração na hora dos estudos, como explica o fisioterapeuta Marcel José Crasto. “A prática de exercícios melhora nosso sistema ligado diretamente à capacidade de raciocínio e memorização. Esse sistema é o de oxigenação das células. A prática de exercícios funciona como um impulsionador do sangue que leva o oxigênio para o máximo de células e assim melhora nossa disposição e saúde, como também a capacidade de sinapses neurais”, elucida.

O profissional faz um alerta: "Antes de qualquer exercício, é necessário aprender a respirar. Sem uma boa respiração, os sistemas recebem menos oxigênio e por consequência menos energia".

Marcel aconselha que junto com a respiração, os estudantes podem iniciar exercícios articulatórios, movimentando todas as articulações levemente junto com uma inspiração de ar profunda e uma expiração lenta. “Em outro momento, fazer movimentos de espreguiçar pode ser interessante, pois alerta nosso cérebro que queremos acordar e não dormir, sempre com a respiração. Em um terceiro momento pode-se fazer exercícios de movimentação rápida dos músculos sem precisar sair do lugar, sendo que com uma respiração mais rápida, como se fosse correr sem sair do lugar, movimentando pernas e braços", explica o profissional.

Ao LeiaJá, o fisioterapeuta dá uma dica importante aos vestibulandos: “É necessário ter a motivação certa na hora de estudar. Oriento sempre se manterem numa postura de ataque, eretos, com foco máximo, como se fossem praticar um esporte que gostem ou alguma atividade que exija atenção, nunca se coloquem de forma deitada ou relaxada demais, pois isso mostra ao nosso cérebro que queremos agir e não dormir, assim todos os sistemas irão funcionar para favorecer a suas intenções ou os seus pensamentos, favorecendo assim um melhor desempenho”, finaliza.

É importante procurar ajuda especializada, como a de professores de educação física, antes de fazer qualquer tipo de exercício. O mesmo serve para o caso da alimentação: o nutricionista é o profissional indicado para dar as orientações.

Devido ao agravamento no quadro epidemiológico da Covid-19 em vários Estados, a Ordem Brasileira dos Advogados (OAB) determinou o adiamento da prova do Exame de Ordem que seria realizada no último domingo (7). Tal posicionamento gerou controvérsia nas opiniões dos examinados. Alguns concordaram, porém outros não viram necessidade, se sentindo desestimulados a continuar estudando para o processo seletivo.

O LeiaJá entrevistou especialistas trouxeram dicas sobre como não perder o foco e se preparar para o exame. Professora e especialista em direito constitucional, Manoella Alves afirma que apesar de uma lástima o adiamento, o processo adotado pela OAB foi necessário. Ela frisa que a prova tardou, mas os candidatos não devem desestimular e precisam se manter estudando. “Ter resiliência, manter o foco e fazer cursos são fundamentais nesse momento”, afirma.

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Glebson Bezerra, mestre em direito e especialista em direito penal e processo penal, aponta: “Agora é o momento do examinado manter a calma e o foco. Entendemos que eles estão apreensivos, mas é necessário atentar que essa situação vai passar e que a OAB vai lançar um novo calendário assim que tudo for se regularizando”. Quanto à repescagem, o professor afirma: "É importante que o discente continue treinando as peças e teses pertinentes”.

Segundo a professora Luciana Garret, especialista em direito civil, ainda que as inscrições para o reaproveitamento da 1ª fase do Exame de Ordem Unificado estejam suspensas e sem novas datas, “o aluno pode buscar enxergar essa situação de uma outra forma". Para a docente, "é uma oportunidade para ter mais tempo de se preparar”.

A professora aconselha, ainda, que ter um local de estudo organizado, um bom material, realizar mais questões são medidas que ajudam. “O local de estudo é seu local de treinamento”, reforça. A professora ressalva que é compreensível o adiamento do exame causar um certa ansiedade. “Alguns candidatos estão na expectativa de começar a advogar para contar como prática jurídica para concursos”. apontou Luciana Garret. “Só que com o estado atual, não tinha como o posicionamento da OAB ter sido diferente. O quadro está pior, havendo estados sem vagas nas UTI”, complementa.

Danielle Burichel, professora de direito penal, também defende que o momento pode ser oportuno para os estudos. “Continuar treinando questões, fazer questões dos exames passados, treinar, ler a legislação, ler as súmulas, são atitudes fundamentais para que quando a prova efetivamente for realizada, eles (os candidatos) estejam preparados”, orienta.

A OAB informou, por meio de comunicado, que a decisão pelo adiamento da prova foi tomada com base no estudo de viabilidade feito pela Fundação Getúlio Vargas em todas as regiões. Os dados apontaram um aumento no número de casos e mortos pela Covid-19, além da crescente taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o País. Ainda segundo a instituição, a prioridade é garantir a segurança de todos os envolvidos no Exame de Ordem.

Especialistas em encontrar drogas, armas e corpos, os cães policiais latinos são treinados atualmente para detectar o novo coronavírus. Vários projetos estão em andamento, como o da polícia de El Salvador, que compartilhou sua experiência durante uma formação de brigadas caninas de sete países na cidade mexicana de Xalapa.

O olfato apurado dos cães torna possível que eles detectem o vírus, segundo estudos nos quais seu adestramento se baseia. A iniciativa salvadorenha usa aromas artificiais que lembram o suor de uma pessoa infectada.

"É algo delicado, pois parece que as cepas mudam muito, mas conseguiu-se sintetizar as já conhecidas, foram retirados 'pseudo-aromas' para treinar os cães", explica Wilber Alarcón, especialista no manejo de agentes caninos da polícia antinarcóticos de El Salvador. Segundo ele, a preparação dos cães mostrou grande eficácia na identificação de compostos associados ao novo coronavírus.

A previsão é de que, em três meses, um esquadrão de 15 animais comece a patrulhar aeroportos, terminais de ônibus e postos fronteiriços. Os pseudo-aromas também são usados para que os cães aprendam a detectar drogas ou explosivos.

- Por todo o mundo -

Programas semelhantes existem em outros países da região, como Argentina, Chile, Colômbia e México. Em Sonora, neste último, autoridades e associações privadas já contam com seis cães atuantes, e preparam cerca de 30, informa Juan Mancillas, líder da "Caninos contra a Covid". Os animais são das raças golden retriever, labrador, pastor alemão e pastor belga.

O uso de cães contra a doença se estende a cerca de 20 países, como França, Estados Unidos e República Tcheca, onde o rendimento dos animais é colocado à prova com diferentes tipos de amostras, que remetem a campos variados da Covid-19. Trata-se de uma ferramenta veloz e eficaz para romper cadeias de contágios, se considerado, por exemplo, o tempo que leva um teste de laboratório.

Citando um estudo americano de uma década atrás, adestradores tchecos explicaram que os vírus alteram o tecido humano e afetam o olfato do paciente, o que é detectado pelos cães.

- 'Infalíveis' -

O trabalho desses animais na pandemia aumenta ainda mais seu prestígio olfativo, demonstrado na detecção do câncer e na luta contra a criminalidade. Os exemplares da Companhia K9, força de elite do governo de Veracruz, ostentam dezenas de certificações e campeonatos, a ponto de um desses cães custar 24 mil dólares.

A capacidade desses agentes é tamanha que, em 2020, eles conseguiram detectar um carregamento de maconha coberto com camadas grossas de graxa para motor e café. Em 2016, localizaram um corpo enterrado a três metros de profundidade, um recorde nacional.

"São animais infalíveis, nunca erram. Os humanos erram", resume Daniel Valentín Ortega, instrutor da Companhia K9.

Ao longo do ano de 2021, a plataforma de soluções habitacionais MRV oferecerá 30 mil bolsas de estudos em um programa de formação de desenvolvedores que tem por objetivo reduzir a carência de profissionais de tecnologia da informação no mercado de trabalho. As inscrições estão abertas e devem ser feitas através da plataforma Digital Innovation One

A empresa criará campos de estudos com trilhas de conhecimento dentro de sua plataforma digital, onde os profissionais terão a oportunidade de aprender as linguagens de programação de que a companhia mais necessita. Todo o processo terá acompanhamento dos setores de Recursos Humanos (RH) e Tecnologia da Informação (TI) da MRV, que poderão entrar em contato com os estudantes que tiverem melhor desempenho. 

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A empresa também organizará uma transmissão ao vivo em parceria com a aceleradora de conexões e espaço de coworking Órbi Conecta. A live será transmitida através do YouTube nesta sexta-feira (5), a partir das 19h.    

Segundo a gestora de atração e talentos da MRV, Patrícia Brant, "Ao abrir oportunidades de bolsas de estudos para o Órbi Academy Techboost, a MRV está incentivando a formação de mão de obra de jovens para ingressarem no mercado da tecnologia da informação, uma das áreas mais promissoras em relação à empregabilidade no Brasil e no mundo". O evento também conta com apoio do Banco Inter e Localiza.

O ano de 2020 e a pandemia de coronavírus (Covid-19) pegou muitos alunos de surpresa e, de imediato, muitos precisaram se adaptar a uma nova realidade de estudos, com auxílio tecnológico, para continuarem a acompanhar as aulas.

Com a chegada de 2021 e a esperança da vacina, muitos aguardam pelo retorno das aulas presenciais. Mas, o modelo de ensino remoto pode prevalecer durante boa parte do primeiro semestre. "Não me sinto confortável. Percebo um certo vazio no aprendizado. Com as aulas presenciais, tanto as teóricas quanto as práticas, nosso rendimento sem dúvidas seria muito melhor", declara a supervisora de cozinha e estudante de Gastronomia, Rosilene Pereira, 42 anos, de Guarulhos (SP).

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Diante do atual cenário, Rosilene mantém o otimismo para 2021. Ela acredita que, com a vacina, será possível conter a pandemia e, em breve, todos poderão voltar à rotina em sala de aula física.

Dicas de estudos

Para os alunos conseguirem alcançar um desempenho satisfatório nos estudos remoto em 2021, a psicóloga Bianca Liberati, da Sentir Terapias Integrativas, separou algumas estratégias que podem auxiliar o aprendizado.

A primeira é montar pequenos planejamentos diários, com a ajuda de agendas, cadernos ou blocos de anotações. "Considerem os compromissos, tarefas e horários da mesma maneira que no presencial", destaca a psicóloga. Ela lembra que é importante estipular um prazo de realização para cada atividade. "Ao final de cada tarefa, se dê pequenos prêmios, como por exemplo, descansar cinco minutos".

Outra orientação é manter hábitos saudáveis e uma rotina de autocuidado, que inclui boa alimentação e descanso. "Isso é importante para o bom desempenho físico e mental do estudante", aconselha Bianca. Para os que sofrem de ansiedade, a psicóloga recomenda a prática de exercícios de respiração e meditação. "Em casos mais graves procure ajuda profissional", alerta.

A Univeritas / UNG está disponibilizando conteúdos do programa "Prepara Enem", voltados aos alunos que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os materiais foram desenvolvidos por professores mestres e doutores da instituição em suas respectivas áreas de atuações. As aulas serão totalmente online e gratuitas. 

Serão oferecidos conteúdos das disciplinas de Biologia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química, além de um conteúdo exclusivo sobre Redação. "O 'Prepara ENEM' é uma iniciativa que visa ajudar o aluno que realizará esta importante prova, com materiais elaborados por professores especializados em cada uma das áreas do conhecimento humano e com base nas últimas edições do exame", explica o gerente da Univeritas, professor Fábio Codo.

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Os conteúdos estarão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Univeritas. O candidato deve se inscrever por meio do site extensao.ung.br. Ao cumprir esta etapa, ele receberá um e-mail com o código e instruções de acesso. Ao término dos estudos, o candidato também receberá um certificado de conclusão e participação.

As provas do Enem 2020 serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro, na versão impressa, e nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, na versão digital.

 

*da Assessoria de Imprensa

O Instituto Ling, organização sem fins lucrativos que atua nas áreas de educação, saúde e cultura, está com inscrições abertas para um programa de bolsas de pós-graduação para brasileiros em universidades renomadas dos Estados Unidos e Europa. 

As bolsas são parciais e contemplam cursos nas áreas de direito, administração pública e administração de empresas para profissionais do país que tenham sido aceitos em instituições internacionais de excelência e demonstrem precisar do auxílio financeiro. As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de abril por meio da internet e o resultado final tem divulgação prevista para a primeira quinzena do mês de julho. Para mais informações, acesse a aba do programa de bolsas no site do Instituto.

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Os reflexos da pandemia da Covid-19 afetaram, entre diversos setores, o universo dos concursos. Como estratégia de contensão de gastos, instituições públicas suspenderam seus certames, com exceção dos processos seletivos na área da saúde, que realizaram contratações de profissionais para atuarem na linha de frente de combate ao novo coronavírus.

Agora, às vésperas do novo ano, candidatos questionam se, em 2021, serão realizados certames com boas oportunidades de ingresso. Estabilidade e salários robustos são os atrativos que ainda sustentam o sonho de pessoas que dedicam suas rotinas às aulas.

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Izabela Arruda, de 24 anos, reside no Recife e vivencia o cotidiano de preparação para seleções na área fiscal. Para a jovem, apesar da concorrência e do risco de congelamento dos certames, é vantajoso manter o foco nos estudos. "Eu quero concurso porque, o setor privado na minha área, que é a fiscal, nunca me atraiu, principalmente em relação ao salário. E com o concurso eu vou ter a estabilidade financeira que almejo e uma carreira fiscal mais valorizada", argumentou Izabela.

Quais os grandes concursos previstos para 2021?

Em entrevista ao LeiaJá, o gerente de jornalismo do Estratégia Concursos, empresa referência na preparação para processos seletivos, Victor Tanaka, destacou os certames previstos e opinou por que ainda é importante manter os estudos em dia, apesar da pandemia e de uma possível aprovação da reforma administrativa. Segundo ele, durante a crise provocada pelo novo coronavírus, servidores públicos resistiram, financeiramente falando, com mais tranquilidade.

“A gente observa, no contato com os alunos, que muitos desanimaram. Mas, em meio a essa situação toda de pandemia, quem conseguiu ter uma tranquilidade financeira para passar bem por este ano? O servidor público. São instáveis, não tiveram redução de salário. Você não vai se tornar rico como servidor público, um milionário, mas certamente você vai ter estabilidade, segurança e uma vida confortável. Muitas vezes, quem está na esfera privada não tem esse privilégio”, explicou Tanaka.

Sobre 2020, o gerente reconhece que muitos certames não foram realizados, mas, alerta que, para o próximo ano, há indícios de uma forte retomada dos concursos públicos, principalmente na área policial. “Dois mil e vinte foi um ano desafiador e atípico, dada à situação dos concursos em todo o País. Não foram realizadas diversas provas que estavam previstas. Eu vejo que este ano a gente teve um represamento muito grande de concursos, nas áreas fiscal, tribunais, policial, legislativo. Alguns estavam com provas marcadas e foram postergados, porque não tinham condições de serem realizados. Muitos concursos ficaram represados em 2020 e acredito que os concursos vão retornar muito fortes em 2021. Área policial é a principal área. Posteriormente, fiscal, tribunais e administrativo”, opinou.

Tanaka indicou, por meio do site do Estratégia, alguns dos principais processos seletivos previstos para o próximo ano. Confira as previsões:

Polícia Federal (PF) - soldado e delegado

Autorizado

1.500 vagas

Salário - R$ 12.522,50

Banca do último concurso - Cebraspe

Polícia Rodoviária Federal (PRF) - soldado

Autorizado

1,5 mil vagas

Salário - R$ 9.899,88

Banca - Cebraspe

Sefaz-ES - auditor fiscal

50 vagas

Salário - R$ 12.069,75

Sefaz-CE - auditor fiscal, auditor em TI, auditor contábil e auditor jurídico

100 vagas

Salário - R$ 14 mil

Polícia Militar de São Paulo - soldado e oficial

5.400 vagas

Salário - R$ 2.574,66

Banca - Vunesp

Polícia Militar do Piauí - soldado

Autorizado

690 vagas

Salário - de R$ 3.100 a R$ R$ 4.793.93

Polícia Militar de Goiás - soldado e cadete

2 mil vagas

Salário - de R$ 3.202,60 a R$ 5.401,43

Banca - Instituto AOCP

TJ-RJ - técnico e analista judiciário

Suspenso

160 vagas

Salário - de R$ 3.870,06 a R$ 6.373,89

Banca - Cebraspe

TRF-3 - analista e técnico judiciário

Aguardando homologação 

9 vagas, além de cadastro reserva

Salário - de R$ 3.890,69 a R$ 18.701,52

Banca - Fundação Carlos Chagas

Embrasa -  vários cargos administrativos

850 vagas

Salário a definir

Banca - Instituto AOCP

Ministério da Economia - analista, agente e coordenador

Comissão formada

100 vagas

Salário - de R$ 3.800,00 e R$ 6.130,00

Outros concursos previstos e suas respectivas atualizações podem ser conferidas no site do Estratégia. O endereço virtual ainda apresenta oportunidades em cursos preparatórios.

Neste domingo (13), o sonho de se qualificar para salvar vidas e promover saúde à população reúne candidatos no vestibular de medicina da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. Com todas as medidas sanitárias adotadas, as provas iniciam às 13h, nos blocos C e E da instituição, no bairro das Graças, Zona Oeste do Recife.

O papel do profissional da saúde ganhou destaque diante da crise mundial da Covid-19, com a atuação de enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, entre outros trabalhadores. Com o desejo de seguir a carreira da irmã, médica, o engenheiro civil Cícero Pereira, de 24 anos, relata que, de certa forma, a pandemia o ajudou no preparo. "Para mim foi um facilitador. A pandemia fez com que eu eliminasse aquele tempo que não era produtivo. Eu não perdia mais tanto tempo nas atividades e as aulas foram bem condensadas", explicou o estudante.

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Em seu segundo ano de tentativa, Sônia Crespo, de 19, tem outra percepção sobre os estudos na quarentena e entende que "a maior dificuldade foi que tudo fechou", comentou em relação às aulas presenciais. "A gente não teve acesso aos cursinhos vestibulares. Houve esse desencontro dos alunos com os estudos. O que levou a desmotivação", avaliou.

Sônia Crespo busca aprovação em medicina. Foto: Victor Gouveia/LeiaJáImagens

Embora tenha lhe atrapalhado, a vestibulanda enxerga pontos positivos na crise. "Trouxe muitos aprendizados. A questão da resiliência e se adequar, por que tudo está sempre mudando", frisou, ao exemplificar os aprimoramentos e descobertas da própria medicina.

Para Cícero, a condição imposta aos profissionais da linha de frente durante a  pandemia deixa indicativos de que o sistema de saúde precisa ser aprimorado.  "Eu acredito que algumas lições vão ser aprendidas. A atenção para o nosso sistema de saúde como tava, a gente se deparou com uma situação que não conseguiu dar conta. O remédio é a prevenção", concluiu.

O consumo de bebidas alcoólicas entre as mulheres tem se tornado cada vez mais frequente. Segundo dados levantados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) revela que 17% das mulheres com mais de 18 anos de idade, consumiram bebidas alcoólicas uma vez ou mais por semana em 2019. O estudo foi realizado com base no estado de saúde, estilo de vida, saúde bucal e doenças crônicas destas pessoas.

Para Alfredo Almeida Pina Oliveira, especialista em práticas de promoção da saúde e coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem da Universidade UNG, apesar do consumo do álcool ser muito comum, existem problemas que podem ser reduzidos ou evitados. Os riscos dependem de diversos fatores como a quantidade de álcool consumida, padrão de consumo, vulnerabilidade (genética, psicológica, social), presença de doenças prévias ou uso de medicamentos, outros hábitos de saúde, entre outros.

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“Sabe-se que o consumo nocivo do álcool está fortemente relacionado com cerca de 200 tipos de doenças, lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito e morte”, explica. Os principais problemas de saúde associados ao álcool são: transtornos por uso do álcool, suicídios, violência doméstica, lesões no trânsito, epilepsia, cirrose hepática, câncer (boca, esôfago, intestino, mama), pancreatite, tuberculose e hipertensão (pressão alta).

Algumas doenças são totalmente atribuíveis ao álcool, como por exemplo, a síndrome de dependência do álcool, enquanto outras têm uma grande parcela atribuível ao álcool, como é o caso da cirrose (em 48% de todos os casos de cirrose estima-se que a causa seja o consumo de álcool). No caso de lesões no trânsito, câncer de boca e pancreatite, mais de 25% dos casos são atribuíveis ao álcool.

"O consumo de álcool causa prejuízos não apenas à saúde de quem bebe, mas também de seus familiares. Problemas de relacionamento, violência, negligência, gastos e perda de patrimônio e da sociedade como um todo, acidentes de trânsito, prisão e redução da produtividade no trabalho", disse o especialista.

O corpo leva de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose de álcool, o tempo é maior em pessoas que apresentam uma menor quantidade de enzimas ou menor quantidade de água no organismo. Por exemplo, mulheres e indivíduos que apresentam alguns problemas de saúde ou fazem uso de determinados medicamentos.

O álcool é processado no organismo mais lentamente do que é absorvido, de modo que além da quantidade total de álcool é importante controlar a velocidade e a forma do consumo. O beber pesado episódico (BPE), também conhecido pelo seu termo em inglês como “bingedrinking”, corresponde à ingestão de quatro doses ou mais em pelo menos uma ocasião no último mês, pode aumentar o impacto negativo do álcool nos órgãos e sistemas.

 

* Da Assessoria de Imprensa

O Brasil integra o restrito grupo de países que mais publicaram estudos sobre a Covid-19 desde o início da pandemia do novo coronavírus. Até 17 de outubro, foram 168.546 publicações científicas relacionadas à doença em todo o mundo. Dessas, 4.029 são assinadas por pesquisadores que trabalham no País. O número deixa a produção brasileira na 11.ª posição no ranking mundial. Fica à frente do produzido por países como Holanda, Suíça e Japão.

As informações constam em levantamento feito pela Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica, a pedido da pró-reitoria de pesquisa. Utiliza a plataforma Dimensions, uma base de dados internacional com atualização diária. Segundo o pró-reitor de Pesquisa da USP, Sylvio Canuto, os números confirmam a tendência de bom desempenho da produção científica brasileira.

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"A ciência brasileira se desenvolveu muito. Estamos em um estágio de desenvolvimento muito bom. Nos últimos cinco anos, o Brasil vem aparecendo como o 13.º país que mais publicou artigos científicos e revisões de pesquisa", afirmou Canuto. "Neste ano, em um período de oito meses, os pesquisadores brasileiros conseguiram melhorar sua performance no caso específico da covid-19."

Os números do Brasil mostram que entre as publicações sobre covid-19, a maior parte foi de artigos científicos (3.542) e preprints, versões prévias dos trabalhos (468). A maioria é de ciências médicas e da saúde (2.204). Mas há também produção de outras áreas. São artigos sobre ciências biológicas (207) e sociologia (183).

Entre os pesquisadores residentes no Brasil, os dois que mais publicaram artigos trabalham na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). São a virologista Marta Giovanetti (26 publicações) e o infectologista Júlio Henrique Rosa Croda (20). Os dois também lideram em número de citações. Tiveram 633 e 475 menções, respectivamente.

"Trabalhamos sem parar, no Brasil e na Itália, foi muito cansativo", conta Marta Giovanetti. Ela é italiana e trabalha no Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz. "Caracterizamos os primeiros genomas, buscamos a história da progressão do patógeno, queríamos entender a dinâmica de dispersão da Itália para o Brasil; comparamos a situação em Minas, São Paulo e Rio, os principais 'hot spots' do País, para entender a dispersão do patógeno."

O grupo de Marta, coordenado por Luiz Carlos Júnior Alcântara, também estuda pacientes assintomáticos e casos de reinfecção. "Estamos tentando entender por que essa doença gera casos muito graves, casos leves e os assintomáticos", explicou a virologista. "Embora esses casos possam indicar uma possível adaptação do homem ao vírus, o que seria positivo, eles podem também provocar um aumento da transmissão."

Para a pesquisadora italiana, a boa posição do Brasil não foi surpresa no ranking mundial de produção científica. "Como europeia, fico à vontade para dizer que o Brasil é uma potência emergente, com um potencial gigantesco, excelentes profissionais", afirmou. "Além disso, a epidemia de zika permitiu que nos capacitássemos nas mais novas técnicas de monitoramento e vigilância genômica. E como o vírus demorou um pouco mais para chegar aqui, já estávamos esperando. Não entrou de forma silenciosa como na Europa."

Croda, que também trabalha na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, também lembra que o Brasil já se destacara na produção científica durante a epidemia de zika. "No caso da zika, foi declarada uma emergência global, mas o epicentro da epidemia era no Brasil, natural que tivéssemos esse protagonismo", ponderou o infectologista, autor do primeiro estudo nacional confirmando a toxicidade da cloroquina. "Na covid-19, temos uma pandemia de impacto global. Podermos produzir ciência de forma competitiva, nas condições em que o País se encontra, é uma grande vitória da academia."

Para Croda, o fato de o País ter um Sistema Único de Saúde (SUS) estruturado em todo o território facilita produção de conhecimento no Brasil. "Apesar de o governo federal não ter dado apoio a Estados e municípios, temos um SUS forte", disse. "Poder utilizar toda essa estrutura para fazer pesquisa é um atrativo muito grande, que torna nosso trabalho competitivo." É a existência do SUS, segundo Croda, que torna o Brasil atraente também para tantos ensaios clínicos de vacinas.

USP é a que mais produz

O levantamento mostrou também que a USP teve a maior produção científica entre as instituições brasileiras. Foram 729 publicações, o que representa 18,5% do total nacional. Na sequência, estão a Fiocruz, com 261, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 237.

O pró-reitor Sylvio Canuto destaca que, apesar do predomínio de estudos nas áreas de ciências biológicas e da saúde, pesquisadores de outras áreas do conhecimento tiveram participação importante na produção da USP.

"Além de pesquisas sobre vacinas e reposicionamento de fármacos, houve participação importante de pesquisadores de matemática e ciências da computação, desenvolvendo modelos para entender a disseminação da doença, de engenharia, com a produção de respiradores, psicologia e ciências cognitivas", ressalta Canuto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira (20), dia da Consciência Negra, o Intercept Brasil anunciou a abertura do programa de bolsas de reportagem para repórteres negros. Serão oferecidas cinco bolsas no valor que varia de R$ 2 mil e R$ 3 mil. Os selecionados terão que executar investigações jornalísticas sobre qualquer tema. 

Confira, abaixo as categorias oferecidas de acordo com a pauta: 

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Categoria 1: R$ 2 mil

Entrevistas; reportagens com até duas fontes e que não necessitam de viagem ou recursos extras;

Categoria 2: R$ 3 mil

Reportagens com três ou mais fontes e/ou que necessitam de recursos extras ou viagem;

Além do valor, os repórteres selecionados também terão a opção de passar por uma mentoria de um editor do Intercept e por uma formação de uma semana com aulas on-line sobre investigação, segurança digital, checagem, edição e redes sociais. A seleção será realizada durante os meses de novembro e dezembro. 

Os candidatos serão selecionados com base na qualidade das pautas: relevância jornalística, ineditismo, existência de documentação, alinhamento à proposta editorial do Intercept e diversidade regional. A avaliação caberá à equipe do Intercept. Os interessados podem realizar as inscrições até o dia 11 de dezembro, pela internet. A seleção das pautas e bolsistas será efetuada no período de 14 de dezembro a 29 de janeiro. Já o resultado será divulgado até o dia 8 de fevereiro. 

O Intercept reforça que as pautas passarão pelo processo padrão de edição: leitura de editores, comentários e checagem. Além disso, os selecionados participarão de cursos de jornalismo investigativo e criatividade com a equipe do Intercept. Também serão acompanhados por editores em todo o processo de produção da pauta.

Para participar da seleção os candidatos precisam possuir alguns critérios: autodeclaração de raça, idade de 18 anos completos até a data de inscrição, relevância jornalística, possibilidade de impacto e mudança real no pós-publicação, ineditismo e/ou originalidade, comprovação documental (PDFs, áudios, vídeos, prints, etc)/entrevistas fundamentais, diversidade regional e de gênero, e viabilidade de execução. 

Mais informações podem ser obtidas no site do Intercept Brasil

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) inaugurará, na próxima sexta-feira (20), o Núcleo de Políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais (Núcleo Erer), um dos destaques das atividades da Semana da Consciência Negra. O espaço tem o intuito de promover políticas no âmbito da comunidade acadêmica e na sociedade como um todo. O evento de inauguração está marcado para as 14h e contará com uma live no YouTube da UFPE.

Ainda sobre o núcleo, a coordenadora do projeto, a professora Conceição Reis, destaca que uma das propostas é combater desigualdades. “A ideia é promover a igualdade nas relações e combater as desigualdades em todas as áreas da UFPE”, comentou a docente, conforme informações da assessoria de comunicação da instituição de ensino.

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“A gente vai poder perceber outras realidades e possibilidades dentro da Universidade, além de pensar políticas que possam favorecer quase metade da população de cotistas, entre esses a população negra e indígena”, acrescentou a coordenadora do Núcleo Erer.

Dois meses separam milhões de estudantes de uma das provas educacionais mais importantes do Brasil. Nos dias 17 e 24 de janeiro do próximo ano, será realizada a edição impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal meio de acesso a universidades públicas e privadas. Ante um cenário crítico provocado pela pandemia do novo coronavírus, estudantes enfrentam desafios que vão desde dificuldades de conexão à internet até o ritmo, muitas vezes exaustivo para candidatos e professores, das aulas remotas.

Envoltos de assuntos para colocar em dia, alguns estudantes não conseguiram manter o foco nos estudos, apontando como razões para isso a dificuldade de acompanhar as aulas remotas e, inclusive, a ansiedade, diante do cenário de incertezas oriundos da pandemia. Mas, apesar das dificuldades, de acordo com professores, ainda é possível definir uma estratégia para quem ainda não começou a estudar ou quem não conseguiu manter um bom rendimento. Para o LeiaJá e o projeto Vai Cair No Enem, educadores selecionaram os assuntos que devem ser priorizados, nesta reta final, por quem não teve uma boa preparação até então.

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Mas, antes de listarmos os assuntos das disciplinas, o professor de geografia e psicólogo Dino Rangel destaca que o aluno precisar criar uma rotina equilibrada. Nesse sentido, de acordo com o especialista, não adianta o fera extrapolar o tempo de estudos para tentar diminuir o prejuízo, uma vez que é praticamente impossível absorver todo o conteúdo do ano. Para Rangel, a estratégia ideal é focar nos temas que mais caem na prova e, de forma moderada, separar também momentos de lazer para evitar estresse.

“O aluno deve focar, nestes dois meses, nos assuntos que realmente caem no Enem. Isso vai ajudar, pelo menos, o aluno a ter uma base. É preciso ter a consciência de que ele, o aluno, não pode fazer em dois meses tudo o que ele poderia ter feito em nove, dez meses. Tem que ficar tranquilo, estudar, revisar, perguntar, tirar dúvidas, participar de aulões, procurar um tempo para descansar e manter a tranquilidade”, opinou o psicólogo.

O professor de biologia Ramon Gadelha também acredita que quantidade de horas não define se o aluno está estudando bem ou não. Na visão do docente, a qualidade da preparação é o termômetro correto, até porque cada aluno tem uma forma particular de estudar, assim como o seu tempo de leitura. “O fera precisa entender, ainda mais nesta reta final, que o Enem se trata de um concurso, um dos mais difíceis e competitivos. É necessário acreditar que é possível e partir para estratégias mais técnicas; a prova do Enem é feita a partir de uma matriz de competências e habilidades com o histórico e estatísticas dos assuntos que mais caem”, orienta Gadelha.

Veja, a seguir, os assuntos indicados pelos professores que devem ser priorizados por quem ainda não começou a estudar ou está com um rendimento abaixo do esperado:

Português e literatura - Diogo Xavier

Variação linguística e preconceito linguístico

Funções da Linguagem

Tipologia Textual (ênfase na Narração, Dissertação e Descrição)

Coesão e coerência (Conectivos e valores semânticos)

Em literatura: Modernismo Gêneros Literários Poesia Contemporânea.

História - Cristiane Pantoja

Idade contemporânea

Primeira Guerra Mundial

Segunda Guerra Mundial

Revolução Russa

Guerra Fria

Sociologia - Pedro Botêlho

Política

Movimentos sociais

Trabalho - Sociedade e novas tecnologias

Sociedade e meio ambiente

Filosofia - Pedro Botêlho

Conhecimento humano

Cultura humana

Origem da Filosofia

Filosofia Medieval

Existencialismo

Moral e ética

Geografia - Wagner Rocha

Meio ambiente (medidas de calor, queimadas e desmatamentos, aquecimento global, a não participação dos Estados Unidos no acordo de Paris, poluição de rios e mares, proibição do uso de plástico)

Agricultura (conflitos no campo, grande concentração de terras no Brasil, movimentos dos sem terra e conflitos envolvendo povos indígenas)

Energia (redução do CO2 na atmosfera devido ao lockdown, redução do consumo do petróleo, energia  renovável)

Urbanização (mobilidade urbana, papel dos transportes coletivos, bairros multifuncionais, cidades inteligentes, sobretudo, pensando em pessoas; inchaço urbano das cidades - crescimento das cidades médias -, megacidades, cidades globais)

Trabalho (indústria 4.0 e precarização do trabalho)

Química - Danylla Teles

Polaridade de moléculas

Estequiometria

Termoquímica

Lei de Hess

Eletroquímica

Reação de oxirredução

Química Orgânica

Funções orgânicas

Radioatividade

Física - Eduardo Peres

Circuitos elétricos, associação de resistores d medidores elétricos

Conservação de energia

Ondulatória

Eletromagnetismo

Calorimetria

Biologia - André Luiz

Ecologia

Citologia

Genética

Programa de saúde

Biotecnologia

Matemática - Edu Coelho

Razões e todos os assuntos diretamente relacionados: Regra de três, porcentagem, juros

Funções, focando bastante em análise de gráficos

Análise Combinatória

Cálculos envolvendo figuras planas e espaciais

Inglês - Fred Fonseca

Vocabulário

Gramática

Gêneros textuais

Aspectos culturais

Espanhol - Janaina Oliveira

Vocabulário gramática contextual

Gêneros textuais

Aspectos culturais

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a professora de redação Fernanda Pessoa revelou suas expectativas para a aplicação do Enem 2020. Um dos trechos do vídeo traz dicas para quem ainda não iniciou a preparação para a redação. Confira, a seguir, a entrevista na íntegra:

Reportagem colaborativa da editoria de Carreiras do LeiaJá

Diante da crise global de saúde, vários projetos ao redor do mundo competem para encontrar uma vacina contra a covid-19, em uma corrida de velocidade sem precedentes, com interesses financeiros gigantescos envolvidos.

- Quantos projetos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrava em 3 de novembro 47 projetos de vacinas no mundo que estão sujeitos a testes clínicos em humanos.

Dez estão na fase três, a mais avançada, que envolve dezenas de milhares de voluntários para testar sua eficácia.

Entre eles, destaca-se a aliança entre a farmacêutica americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, que anunciou nesta segunda-feira (9) que sua vacina tem eficácia de 90%, de acordo com os primeiros resultados dessa etapa.

Há ainda os projetos da farmacêutica americana Moderna, de vários laboratórios estatais chineses, da Universidade de Oxford junto com a AstraZeneca, e as autoridades russas e seu instituto de pesquisa Gamaleïa.

Além disso, a OMS contabiliza 155 projetos de vacinas em fase pré-clínica.

- Quais são as técnicas?

Por um lado, trabalha-se com produtos clássicos, que utilizam um vírus "morto": são vacinas "inativas", como as das farmacêuticas chinesas Sinovac e Sinopharm.

Existem também as "subunitárias", a base de proteínas, que ativam uma resposta imunológica.

Outros, chamados de vetor viral, são mais inovadores: outro vírus é transformado e adaptado para combater a covid-19, como nos casos da Universidade de Oxford e da Rússia, que usam adenovírus, uma família de vírus muito comum.

A Moderna e a BioNTech/Pfizer desenvolvem vacinas de "DNA" ou "RNA", produtos inovadores que utilizam fragmentos de material genético modificado para determinar os tipos de proteínas que as células devem produzir para combater o SARS-CoV-2.

"Quanto mais projetos e técnicas diferentes houver, mais possibilidades teremos de encontrar uma vacina que funcione e seja bem tolerada", explicou à AFP Daniel Floret, vice-presidente da Comissão Técnica de Vacinação da Alta Autoridade de Saúde francesa.

- Quais são os resultados?

A Pfizer e a BioNTech foram as primeiras a anunciar nesta segunda-feira que sua vacina é 90% eficaz, embora ainda não tenham publicado os detalhes dos testes, ainda em andamento.

Até agora, apenas resultados preliminares das fases 1 e 2 haviam sido publicados, como no caso dos projetos da vacina russa Sputnik 5, da Universidade de Oxford, da Moderna e da chinesa CanSino.

No geral, esses resultados são animadores, já que as vacinas provocam uma resposta imune adequada.

Mas para que haja certeza, a terceira fase deve ser concluída e contar com resultados minuciosos sobre sua "tolerância e eficácia", disse o imunologista Alain Fischer à AFP.

- Cada vez mais rápido?

"Os prazos de desenvolvimento e aprovação dessas vacinas estão mais rápidos devido à emergência de saúde", explica a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em seu site. Também foi possível fazer uma arrecadação de fundos bem rápida.

A pressa acompanha também a batalha diplomática entre China, Estados Unidos e Rússia.

O presidente Vladimir Putin anunciou em agosto que seu país havia desenvolvido a primeira vacina contra a covid-19, antes mesmo da publicação dos resultados preliminares e do início da fase 3.

Trump, por sua vez, esperava ter um antígeno antes da eleição presidencial de 3 de novembro.

- Velocidade versus segurança

"Os requisitos relacionados à segurança são os mesmos do restante das vacinas e não serão rebaixados devido à pandemia", de acordo com a EMA.

Apressar os ensaios clínicos pode "causar problemas", aponta Daniel Floret. "Não se pode confundir agilidade com precipitação: é preciso levar o tempo necessário para realizar uma análise completa, rigorosa e transparente", insiste Fischer.

Dois estudos de fase 3 foram temporariamente suspensos recentemente.

O projeto de Oxford foi interrompido devido a um paciente que adoeceu sem explicações, antes de ser retomado em alguns países, como o Reino Unido e os EUA. Pelo mesmo motivo, o grupo Johnson & Johnson também suspendeu seus testes por vários dias.

Em ambos os casos, é uma medida de segurança para verificar se essas doenças estão ou não relacionadas à vacina experimental.

"Isso demonstra que os processos de controle funcionam, é uma razão para confiança", afirma o médico Stephen Evans, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, citado pela organização britânica Science Media Centre.

Para conciliar velocidade e segurança, a EMA aprovou um procedimento acelerado que permite examinar os dados da vacina à medida que surgem.

Os projetos da Oxford/AstraZeneca e BioNTech/Pfizer passam por esta "revisão contínua" e a Moderna espera ser a próxima. Nos EUA, a BioNTech/Pfizer e a Moderna pretendem apresentar o pedido de homologação ainda este mês.

- Para quando?

"Não sabemos se as vacinas serão aprovadas e quanto tempo vai demorar: é difícil prever um calendário", admite a EMA.

Algumas empresas farmacêuticas, porém, cientes do valor financeiro de seus anúncios, garantem que isso é possível antes do fim de 2020. A OMS, por sua vez, estima essa data para meados de 2021.

Também não se pode descartar que uma vacina contra o SARS-CoV-2 jamais seja obtida.

- Um antídoto para a desconfiança?

Se um antígeno puder ser produzido, a próxima pergunta será quantas pessoas concordarão em ser vacinadas.

De acordo com um estudo da revista britânica Royal Society Open Science, até um terço da população de alguns países, incluindo México e Espanha, é suscetível a acreditar em informações falsas que circulam nas redes sociais sobre a covid-19, o que aumenta a desconfiança em relação à vacinação.

"Os governos e as empresas de tecnologia devem encontrar uma maneira de melhorar a educação da população sobre as mídias digitais. Do contrário, o desenvolvimento de uma vacina pode ser insuficiente", disse Sander van der Linden, pesquisador da Universidade de Cambridge.

O Fórum Econômico Mundial divulgou na quinta-feira um relatório realizado em 15 países, segundo o qual 73% dos entrevistados concordam com a afirmação "Se houver uma vacina, vou me vacinar". Era 77% em agosto.

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