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Ser aprovado em primeiro lugar no vestibular pode ser o sonho de muitos estudantes que dedicam grande parte de seus dias aos livros e apostilas. Alcançar esse feito é algo possível, mas com muita dedicação, esforço e disciplina. Os resultados podem ser gratificantes quando o estudante consegue equilibrar a vida acadêmica com hobbies e atividades sociais. 

Independente da opção de curso, os alunos que foram aprovados nos primeiros lugares dos vestibulares tem algo em comum: conhecer seus limites e os pontos que precisam ser melhorados. 

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A estudante de odontologia Mayara Lacerda, 18 anos, foi aprovada em primeiro lugar no vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE). A jovem conta que o apoio da escola onde estudou, o Colégio Ideia, foi fundamental para que ela conseguisse ser aprovada. “A gente fazia muitos simulados voltados para o SSA e Enem, o que me ajudou bastante”, diz.

A aluna também contou que focava nos estudos durante os dias úteis e reservava o final de semana para outras atividades. “O fim de semana era meu. Eu saía com meus amigos, ficava com minha família, fazia o que eu queria”, disse. Mayara também contou, em entrevista ao LeiaJá, que, no terceiro ano do ensino médio, passou a focar nos tópicos onde tinha mais dificuldade, como química. “Eu não tinha bem um calendário de estudos. Eu estudava aquilo que realmente precisava da minha atenção”, alega.

Para a diretora pedagógica da instituição, Fátima Seabra, é importante que os alunos percebam suas necessidades pessoais. “Nós trabalhamos muito com os alunos a potencialidade de cada um”, garante. Ainda de acordo com a especialista, para fazer uso dessa potencialidade o aluno deve entender sua rotina, criando hábitos de estudo que se adequem com seus horários. 

No que diz respeito à lazer e atividades sociais, Fátima destaca a importância de ter momentos para si. “A gente sempre diz para os alunos assistirem algum filme, lerem algum livro ou ouvirem uma música”, aconselha. A diretora pedagógica ainda destaca que ficar entre os primeiros colocados dos vestibulares é uma consequência de todo o esforço e tempo dedicado aos estudos.

José Guilherme, 19 anos, foi aprovado em primeiro lugar no curso de ciências do consumo, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e conta que o apoio dos pais foi fundamental. “As vezes eu chegava em casa muito cansado e não tinha como fazer revisões. Mesmo cobrando, meus pais entendiam esses momentos”, disse. Guilherme foi aluno do GGE, também no Recife, e também contou com o apoio da escola. 

Uma outra ferramenta aplicada pelo jovem foi o uso de aplicativos de chamada de vídeo, onde ele trocava informações de conteúdo com outros colegas de classe. “A gente chegava em casa tarde, não tinha como ir na casa do outro pra estudar juntos. A solução foi fazer chamadas pelo celular para continuar com as revisões em grupo”, conta.

Para o supervisor pedagógico da unidade Boa Viagem do GGE, Veiga Neto, não existe uma fórmula que garanta a aprovação. “Existem algumas estratégias que podem auxiliar o aluno a se preparar melhor. Por exemplo, priorizar um horário diário de estudo, com as disciplinas que ele vai ajudar, para ajudar a ter uma rotina de estudos”, aconselha. 

Segundo Veiga, também é importante intercalar as áreas do conhecimento, para que o fera não se sinta sobrecarregado com o mesmo conteúdo. “Estabelecer também um momento de descanso é fundamental para que o cérebro recupere suas capacidades cognitivas [..] Dar uma conferida no celular, tocar violão ou passear com o cachorro, ajuda o cérebro a trabalhar da melhor maneira possível”, finaliza.

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Por causa da ação do homem, começou a ser observado em vários locais do mundo um tipo de raio “invertido”, que em vez de descer das nuvens e tocar no solo, parte de uma estrutura alta na superfície, tais como torres de telecomunicações, se propagando em direção às nuvens.

No Brasil, esses raios estão sendo observados em locais como na região da Avenida Paulista e no Pico do Jaraguá, em São Paulo, onde há muitas torres instaladas. Só no Pico do Jaraguá, a frequência desse tipo de raios costuma ser de 40 a 50 ocorrências por ano. A maior parte dos raios ascendentes (invertidos) no Brasil ocorre principalmente na transição da primavera para o verão e do verão para o outono.

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O estudo é feito no Brasil, nos Estados Unidos e na África do Sul. No Brasil, ele vem sendo tocado por pesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Em entrevista à Agência Brasil, Marcelo Magalhães Fares Saba, pesquisador do Inpe e coordenador do projeto, disse que esse tipo de raio passou a existir à medida que o homem foi colocando ou construindo estruturas altas na superfície terrestre como torres de telecomunicações, torres de celular ou arranha-céus.

“Normalmente os raios saem de cima para baixo, saem da nuvem e vem para o solo. Estávamos procurando no Brasil algum lugar em que os raios acontecessem de forma contrária, saíssem do solo e fossem para a nuvem. O raio sempre começa com uma descarga, que vai se alongando até chegar no solo ou ele começaria no solo, o que é mais surpreendente. Nesse caso, você tem uma torre alta, um prédio alto, e na ponta desse prédio ou dessa torre se inicia a descarga. Para isso precisamos ter uma nuvem de tempestade por perto”, explicou Saba. 

Para a observação desses raios “invertidos”, os pesquisadores utilizaram câmeras fotográficas digitais e de vídeo de alta velocidade, além de medidores de campo elétrico e de luminosidade e uma câmera de ultra alta velocidade. Os resultados dessas observações e análises indicaram que os raios descendentes positivos  - aqueles que tocam o solo e que deixam um saldo de carga negativa na nuvem – é que permitem a incidência dos raios ascendentes (ou invertidos). 

A primeira vez que um raio ascendente foi observado e filmado no Brasil foi em 2012, no Pico do Jaraguá. Os pesquisadores descobriram que para que esses raios ocorram no Brasil é preciso ocorrer antes um raio descendente. “O processo que temos visto é que, quando o raio normal cai no solo, ele deixa uma falta de cargas positivas na nuvem, ou seja, introduz cargas negativas na nuvem. Essas cargas negativas na nuvem, se a perturbação for rápida e suficiente, eles provocam na torre um súbito aumento do campo elétrico e essa mudança rápida no campo elétrico do alto da torre é que produz o início da descarga para cima”, explicou Saba. 

Também é preciso, segundo ele, que ocorra um tipo de nuvem grande e horizontal, que produz os raios chamados positivos. “Esse raio positivo, quando toca o solo, ele deixa um excesso de carga positiva na Terra e um excesso de carga negativa na nuvem”, falou. 

Segundo Saba, os raios ascendentes não apresentam risco de atingir humanos, já que são originados na ponta das torres de energia ou de telecomunicações. Mas podem causar danos à estrutura dessas torres.

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O Vai Cair no Enem, plataforma de conteúdos voltados para o Exame Nacional do Ensino Médio, esteve em Belém no último sábado (14), em parceria com a UNAMA – Universidade da Amazônia. O projeto colaborou com informações sobre os cursos superiores e sobre o Enem. 

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O Vai Cair no Enem é uma plataforma de estudos para estudantes que estão se preparando para o Enem. O conteúdo pode ser acessado por meio de redes sociais e youtube.

Eduardo Cavalcanti, coordenador do projeto, relatou que O Vai Cair no Enem veio a partir de um quadro que era desenvolvido semanalmente no portal de notícias LeiaJá. “Ano passado levamos o quadro para o instagram e começamos a dar dicas diárias, fomos para o youtube e começamos a ampliar o conteúdo. Com a rede e o mundo globalizado o projeto foi ganhando cada vez mais visibilidade”, disse Eduardo.

Benedito Serafim, professor de Geografia no projeto, disse que o projeto lhe trouxe a oportunidade de visitar Belém e trazer conhecimento para os futuros universitários. “Adorei o público, pois estavam bastante empolgados, com bastante sede pela aula, isso é muito bom porque a gente consegue ter um feedback se os alunos estão gostando das aulas”, contou Benedito.

Thamiris Santos, participante da aula, disse que abordagem utilizada pelos professores foi uma coisa nova. “Todas as aulas foram de uma forma não cansativa, isso faz com que a gente se sinta mais relaxado na aula”, contou Thamiris

Vitória Menezes, participante, expressou satisfação com a oportunidade de aprendizado. “Eu gostei bastante, achei que eles dão dicas muito boas, as matérias são muito necessárias a gente pode até aplicar na redação do ENEM. Vou passar a acompanhar o projeto as dicas que eles dão são muito boas para gente aplicar na prova, principalmente a parte de matemática”, finalizou.

Por Bruna Braz.

Carregando com orgulho o status de ser a primeira da família com formação superior, Thamara Albuquerque, 32 anos, está finalizando o mestrado em economia. As horas dedicadas aos estudos são traduzidas através de um sentimento de gratidão e carinho à mãe, principal incentivadora, e à filha de 10 anos. 

"Minha mãe não teve muitas oportunidades para estudar. Ela precisou trabalhar desde cedo e isso atrapalhou muito na questão educacional. Na vida, sempre fomos ela e eu. Cresci com minha mãe afirmando que a nossa única e maior riqueza é o conhecimento, o estudo. Sempre tentei corresponder ao esforço dela que fazia questão de pagar uma boa escola, mesmo ganhando pouco", lembra a administradora.

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Ao iniciar a graduação em administração em uma universidade pública, Thamara já traçava planos futuros. No entanto, no terceiro semestre do curso, ela descobriu que seria mãe. "Eu fiquei com muito medo. Ser mãe, naquele momento, não fazia parte dos meus planos. Senti como se tudo que planejei não fosse acontecer, pois não tive apoio do pai da Madalena e sabia que toda a responsabilidade seria minha. Minha mãe teve papel fundamental para que levasse meus planos adiante", conta.

A administradora relembra que era difícil conciliar a rotina de mãe solo com os estudos e estágio. Mesmo assim, ao se graduar, Thamara conseguiu ingressar em uma especialização e foi efetivada na empresa que atuava como estagiária. "Percebi que as coisas estavam começando a ter um novo rumo e que parar por ali não era o suficiente para mim. Para conseguir chegar a cargos maiores e sempre me manter afinada com as exigências do mercado, procurei, e ainda procuro, formação, estudar, ir de encontro à informação. Muitas pessoas me perguntam se eu não me canso de estudar. Eu sempre respondo que conhecimento nunca é demais e é isso que tento passar para a minha filha. Ao finalizar o mestrado, vou pleitear uma vaga no doutorado. O plano é nunca parar", pontua.  

“Dedicar-se aos estudos é o melhor investimento”

“Ser um eterno aprendiz é necessário”, afirma Flávia Cavalcante, especialista em gestão de carreira. Para ela, levando em consideração o cenário atual, não ir em busca de se reinventar é estar em desvantagem. “Ter uma titulação, hoje em dia, não é o suficiente. Talvez, essa premissa fosse válida há cerca de dez anos, quando as pessoas achavam que concluir o ensino médio era suficiente para conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Esse pensamento não é válido para o cenário atual, que é marcado por instabilidades e competitividade”, explica.

De acordo com a especialista, a educação continuada deve ser considerada sempre, seja ela por meio de cursos de pós-graduação, lato sensu ou  stricto sensu, ou livres. "Dedicar-se aos estudos é o melhor investimento. Agrega tanto a vida profissional, quanto pessoal. No entanto, o ato de estudar não pode ser algo feito por obrigação. Deve ser um ato que faça bem e não seja um momento pesado, feito sem prazer”, ressalta.

Flávia acrescenta que o acesso à informação ficou mais fácil devido ao avanço da tecnologia. “Muitas pessoas justificam a não continuidade dos estudos pela falta de tempo. Porém, o acesso à internet facilitou isso. Hoje, estuda-se onde quer e no horário que cabe na rotina. Além disso, muitas plataformas disponibilizam formações gratuitas. As possibilidades estão por aí e é necessário agarrá-las”, salienta. 

Interessou-se pelo assunto? Conta para a gente nos comentários!

*Conteúdo originalmente publicado em http://blog.carreiras.sereducacional.com/

Estudar para um concurso público requer muita atenção e dedicação aos assuntos cobrados de acordo com o edital. Além das específicas, conteúdos da língua portuguesa estão presentes na maioria dos processos seletivos. Para o professor de português Tiago Xavier, é fundamental o estudo de temas peculiares da disciplina.

O professor listou, a seguir, os sete principais assuntos cobrados nos certames e os motivos pelos quais são indispensáveis. Confira:

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Acentuação gráfica – O concurseiro deve ter consciência de que precisa saber todas as regras que orientam a presença de acentos em palavras. Além disso, não pode esquecer de que houve mudanças com o novo acordo ortográfico. Entre as modificações, o alfabeto passou a ter 26 letras, em vez de 23; ditongos abertos (ÉI, ÓI) deixam de ser acentuados na penúltima sílaba (ex.: heroico, ideia, plateia, etc); palavras com OO não mais recebem acento e verbos que trazem EE no plural (CREEM, DEEM, LEEM e VEEM) também não podem mais ser acentuados.

Conjunções e valores semânticos – É fundamental que as conjunções realmente sejam decoradas. Mas isso não é suficiente. O concurseiro deve identificar o valor de sentido de cada conectivo pelo contexto.

Concordância nominal – Para saber concordância nominal, o aluno deve antes conhecer as classes gramaticais e saber se elas são invariáveis ou variáveis. Apenas assim, será possível marcar respostas corretas no que diz respeito à flexão de numeral e gênero das palavras.

Concordância verbal – Neste assunto, é preciso saber que o verbo de uma oração sempre deve concordar com o seu sujeito em número e pessoal. Como é um conteúdo longo e com muitos detalhes, deve-se ter consciência de que é preciso paciência e tempo para resolver muitas questões.

Regência verbal – Este é um bom assunto para quem é bom em decorar. Mas não se resume nisso. É preciso ver qual o significado do verbo na frase. A transitividade (saber se o verbo é transitivo ou intransitivo) também depende exclusivamente do contexto.

Crase – Se o concurseiro não dominar o assunto de regência, não dominará também crase. É importante lembrar que crase não é um acento, mas sim a contração de uma preposição A com um artigo A. Para representar o fenômeno, usamos o acento grave (`).

Pontuação – Ler bastante não é suficiente para acertar questões em provas de concurso público sobre este assunto. É necessário saber as regras detalhadamente. É fundamental saber que entre SUJEITO e VERBO, entre VERBO e COMPLEMENTO, entre COMPLEMENTO e ADJUNTO ADVERBIAL não pode ocorrer vírgula ou outras pontuações.

Nesta quinta-feira (1º), os estudantes voltam às aulas nas principais escolas do Brasil. Nos primeiros dias do retorno é difícil se adaptar ao ritmo dos estudos. Muitos aproveitaram o mês livre para dormir até mais tarde, acordar sem o auxílio do despertador, “maratonar” as séries favoritas, entre outras atividades. Só que agora é o momento de focar nas aulas, principalmente para alunos que desejam passar direto e os concluintes do ensino médio que estão a menos de 100 dias do início das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Para a psicóloga da Escola Conecta, localizada no Recife, Janayna Rosas, é hora de reorganizar os estudos e se apegar aos temas que geraram dúvidas no primeiro semestre, sabendo lidar com a ansiedade na contagem regressiva para o Enem. “Existem dois tipos de estudantes: aqueles que se dedicaram aos estudos e os que de fato saíram de férias, mas agora é necessário que todos reorganizem os horários e comecem a registrar os conteúdos, os exercícios que não conseguiram resolver por ter escolhido descansar”, alerta a psicóloga. Confira mais dicas de Janayna para encarar todos os desafios do segundo semestre escolar:

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1- Arrume a mochila

Nada melhor do que voltar para sala de aula com tudo organizado! Pode ser que a mochila ainda esteja do jeito que estava lá no último dia de aula do primeiro semestre, então vale dar uma conferida no material, agora é hora de deixar tudo pronto para recomeçar a etapa final do ano letivo.

2 - Anotações

Quem está no ritmo do Enem dificilmente tirou o mês inteiro para relaxar. Volte aos conteúdos que ainda estão martelando na cabeça e anote no caderno os tópicos, os exercícios que não conseguiu resolver e leve para serem esclarecidos pelos professores em sala de aula. Sua dúvida pode ter sido a mesma do colega e o assunto pode ser o ponto chave da quebra de gelo do reinício.

3 - Rotina

Voltar para escola em plena quinta-feira pode ser complicado, porque o final de semana está na porta e esse detalhe pode atrapalhar os mais relaxados que possuem dificuldade para voltar ao ritmo anterior. Mas é fundamental ir para cama mais cedo, para acordar dispostos no dia seguinte. Defina os horários da semana, mesmo quem estuda à tarde. Dormir bem é fator decisivo na qualidade do aprendizado.

4- Metas

Novembro está batendo à porta. Os dois primeiros finais de semana são de compromissos dos feras com o Enem. Estabelecer metas desta a quinta até o primeiro dia de provas pode ser um passo importante para focar nos estudos. Saber aonde se quer chegar é crucial para recomeçar com o pé direito. E quem não vai fazer o Enem, mas quer passar de ano, sem recuperação, a dica é a mesma: trace metas finais. Ninguém gosta de quase virar o ano na escola, enquanto os amigos já estão aproveitando o verão.

5 - Conte com o professor

Até o último momento, o professor vai estar ao lado do aluno para tirar dúvidas e até ajudá-lo a lidar com os momentos de nervosismo e desconfiança. Não tenha vergonha de perguntar, de dizer que não entendeu e pedir para repetir. O que ele mais deseja é o sucesso dos seus alunos.

6 - Estude

Especificamente para quem ainda está no primeiro e no segundo ano do ensino médio, não é correto deixar para estudar todo o assunto um dia antes da prova. Conseguir montar um horário de estudos diário pode auxiliar no cumprimento da meta de não ir para recuperação, por exemplo. Também auxiliará na preparação visando o Enem nos anos seguintes. Já para os concluintes, não existe outra possibilidade para ser aprovado no Exame. Revisar os tópicos em casa, resolver provas anteriores e discutir com os professores e colegas os questionamentos é um belo caminho para o listão.

7 - Descanse

Momentos de descanso e lazer em família, com os amigos, namorado, podem fazer toda a diferença. É a hora do relaxamento, da desopilação. Existem alguns feriados nesta segunda etapa do ano que podem servir como um respiro. Escolha um dia, um final de semana. Não faz mal a ninguém e sem dúvida vai trazer todo o pique necessário para o aprendizado.

Faltando pouco mais de três meses para aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 3 e 10 de novembro, é comum que os alunos tenham dúvidas sobre como guiar os estudos no clima de reta final. Um das perguntas que podem aparecer nesse período diz respeito ao tipo de estudo que o fera deve se dedicar: cursinhos pré-vestibulares, que abrangem todas as disciplinas, ou isoladas, que focam em apenas uma disciplina, de escolha do estudante? 

Para ajudar os feras a escolher a melhor opção, de acordo com seu perfil, o professor de história Everaldo Chaves, a convite do LeiaJá, dá dicas de como manter o foco. Para o educador, é importante levar em consideração o conhecimento prévio do aluno, aquilo que ele já estudou. “É importante levar em consideração, também, que, na maioria das vezes, fazer isoladas demanda mais tempo e recursos financeiros.”, diz. 

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De acordo com Everaldo, os cursinhos pré-vestibulares, que englobam todas as disciplinas do Enem, são os mais indicados para quem está começando a estudar agora ou para alunos que precisam de orientação. “Muitas vezes, o aluno sabe o conteúdo, sabe a parte teórica, mas não sabe como aplicar na resolução das questões do Enem”, finaliza Chaves. 

Para o professor de matemática Ricardinho, o fera também pode fazer isoladas nas disciplinas com maior peso no curso desejado. “Em contrapartida, se o fera consegue administrar o tempo, ele pode também fazer o cursinho pré-vestibular tradicional”, acrescenta. O professor também recomenda a resolução de questões, já que, segundo ele, as provas do Exame tendem a tomar como referência questões de exames anteriores. 

O professor de química Berg Figueiredo considera que um curso intensivo pode ser uma escolha mais pontual. “Os cursos intensivos têm como característica a resolução de questões, que é de extrema importância nessa etapa”, diz o professor, se referindo à reta final para a prova.

Segundo o professor de biologia André Luiz, fazer isoladas das disciplinas que têm mais dificuldade pode ser mais eficiente. André conta que o fera não pode deixar de responder questões de edições passadas para se acostumar com o ritmo da prova e modo que o enunciado é apresentado.

O professor Fred Fonseca, que leciona inglês, acredita que, para quem está começando a estudar agora, o cursinho pré-vestibular tradicional pode ser a melhor opção. Ainda de acordo com Fred, nos casos em que o aluno tem muita dificuldade em alguma disciplina, é recomendado fazer isoladas. “Eu sou a favor do cursinho tradicional e as isoladas somente para as disciplinas em que haja dificuldade por parte do candidato”, concluiu o professor.

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Quem diria que o celular, geralmente um fator de distração, poderia ser um aliado dos estudos. Diversos aplicativos estão disponíveis para ajudar vestibulandos ou concurseiros a se organizar.

Um deles é o "Easy Study", uma plataforma que organiza os horários de estudos conforme a necessidade e a disponibilidade do usuário. O "Português Panda" traz questões no estilo "simulado" e videoaulas de português. Já o "Rei da Matemática" oferece desafios de adição e subtração na versão gratuita enquanto, na opção paga, o usuário tem acesso a operações de divisão, multiplicação, potenciação e geometria, entre outras.

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O aplicativo "Preparados" foi desenvolvido por alunos dos cursos de Informática, Logística e Mecatrônica da Escola Técnica Estadual (Etec) Basilides de Godoy, na capital paulista, para ajudar os alunos que estão se preparando para vestibular, concursos e outros processos seletivos. “O Preparados auxilia o jovem em seus estudos para que ele consiga ingressar em uma faculdade, principalmente os jovens de baixa renda”, explica Matheus Oliveira da Silva, 17 anos, um dos integrantes do grupo de desenvolvedores.

Após baixar o aplicativo, o usuário preenche um formulário e realiza alguns testes. Com essas informações, o app cria um cronograma de estudos, dando prioridade a determinadas matérias e até indicando sites para leitura e pesquisa. “O principal objetivo é instruir o jovem em seu estudo, facilitar sua organização e principalmente otimizar seu tempo”, diz Matheus.

Por enquanto, o "Preparados" está em fase de testes, com previsão de lançamento em janeiro de 2020.

Alunos da Etec que desenvolveram o app Preparados | Foto: Idalecio Lanza

Desde que atuou em Deus Salve o Rei, Bruna Marquezine participou de diversos eventos ao redor do mundo, protagonizou um filme e até mesmo foi o rosto da Dolce & Gabbana! Porém, a beldade informou que ainda não tem planos para voltar a atuar. Pois é, segundo ela mesma contou em entrevista para a Vogue, suas férias e os estudos são sua prioridade no momento:

- Estou de férias da televisão, me planejei pra estar assim e estou muito feliz. Trabalho muito de acordo com a minha intuição.

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Ela, que foi apontada como o novo affair da ex de Kourtney Kardashian, informa que quer estudar e aprimorar técnicas:

- Já me vi sentada com atores muito mais experientes falando sobre diversas técnicas que eu não conhecia. Isso me fazia estar em um lugar inferior. Não gosto deste patamar. Então quero estudar desde direção até voz para enfim poder elevar meu patamar.

A ideia, segundo contou, é passar uma temporada em Los Angeles, justamente para se aprofundar mais na carreira artística:

- Pra esse ano estou sem metas e não estou muito preocupada. Vamos vivendo, concluiu.

A poucos mais de 4 meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os alunos deparam-se com um dilema nesta época do ano: às vésperas das férias escolares, será que eles já estudaram o que deviam até agora? Para ajudar os estudantes, o 'Vai Cair no Enem', projeto educacional do LeiaJá, perguntou aos professores de cada disciplina quais os assuntos que os feras já deveriam ter estudado neste primeiro semestre. Confira:

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

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Linguagens - professor Diogo Xavier

Funções sintáticas do período simples

Conceito de tipologia e gênero textual

Funções da linguagem e variação linguística

Literatura - Diogo Xavier

Gêneros literários

Figuras de linguagem

Escolas literárias: de trovadorismo até pelo menos simbolismo

Ciências Humanas e suas Tecnologias

Em Humanas é importante seguir uma dica do professor Luiz Neto: "A prova é integrada e para melhor compreensão dos conteúdos, os candidatos podem estudar seguindo uma linha cronológica, baseando-se pela história. Por exemplo, se vai estudar Grécia, pode estudar também filosofia grega, Europa em geografia e aspectos culturais e etnocentrismo e relativismo cultural em sociologia.

História - professor Luiz Neto

Geral

Patrimônio

Grécia

Roma

Idade Média – Alta, baixa e cultura medieval

Transição feudo capitalista

Renascimento

Reforma Protestante

Expansão Comercial Marítima

Revoluções inglesas

Independência dos Estados Unidos

Iluminismo

Revolução industrial

Revolução francesa

Brasil

Brasil Pré-colonial: Administração colonial, economia colonial

União ibérica

Expansão territorial do Brasil

Economia aurífera

Crise do sistema colonial

Movimentos nativistas e emancipacionistas

Independência do Brasil  

Primeiro Reinado

Geografia - professor Dino Rangel

Depende da dinâmica do professor, e por qual área da disciplina que começou a dar o conteúdo desde o início do ano.

Geografia física

Cartografia

Geologia

Geomorfologia

Hidrografia

Climatologia

Biogeografia

Meio ambiente

Geografia dos continentes

Geografia do Brasil

Geografia humana

Demografia

Urbanização

Agropecuária

Indústria

Comércio, serviços e transportes

Globalização

Nova Ordem Mundial

Capitalismo

Socialismo

Conflitos étnico-culturais

Conflitos no mundo

Matriz de energia

Sociologia - professor Luiz Neto

Sociólogos Clássicos: Emile Durkheim, Karl Marx, Max Weber

Surgimento da sociologia no século 19

Cultura e sociedade

Trabalho e Sociedade

Industria Cultural - Max Horkheimer e Theodor Adorno, Walter Benjamim

Sociologia Política

Direitos civis, políticos, sociais

Movimentos sociais

Filosofia - professor Luiz Neto

Surgimento da filosofia

Filosofia grega

Período pré-socrático

Período Sistemático

Período Helenístico

Filosofia medieval

Escola Patrística

Escola Escolástica

Santo Agostinho

São Tomaz de Aquino

Filosofia moderna

Teoria do conhecimento

Racionalismo

Empirismo

Criticismo

Filosofia Política

Nicolau Maquiavel 

Thomas Hobbes

John Locke

Jean-Jacques Rousseau

Montesquieu

Matemática e suas Tecnologias - professor Ricardo Rocha

MMC – MDC

Frações

Equação e sistema do 1º grau

Razão – Proporção – Escalas

Porcentagem

Regra de 3

Juros simples

Conjuntos

Função do 1º  e 2º grau

Ângulos

Polígonos

Teorema de tales e semelhança de triângulos

Trigonometria no triângulo retângulo

Estatística

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Química - professor Berg Figueiredo

Prioridades da matéria,

Classificações da Matéria,

Mudanças de estados físicos da matéria,

Métodos de Separação de Misturas.

Modelos atômicos,

Classificações dos elementos químicos, Tabela Periódica e Propriedades Periódicas.

Ligações Químicas, Polaridades das Moléculas, e Interações Intermoleculares.

Funções Inorgânicas (Ácidos, Bases, Sais e Óxidos)

Reação Química

Cálculos Químicos, Estequiometria, Soluções, Propriedades Coligativas.

Física - professor Carlos Júnior

Mecânica

Ordem de grandeza e notação científica

Cinemática escalar: Velocidade média e movimento uniforme, aceleração e movimento variado e vertical

Análise de gráficos – Cinemática

Cinemática vetorial – vetores, velocidade e aceleração vetorial

Lançamento e movimento circular

Leis de Newton e suas aplicações  

Trabalho, potência e energia

Impulso, quantidade de movimento e gravitação universal

Estática – equilíbrio de um ponto material e do corpo extenso

Hidrostática – densidade, vasos comunicantes, Pascal e Arquimedes

Termologia

Termometria e dilatações

Colorimetria e propagação de calor

Gases e termodinâmica

Óptica

Espelhos planos e esféricos

Refração

 Lei de Snell

 Ângulo limite

Dispersão da luz branca

Lentes esféricas

Defeitos da visão humana

Instrumentos ópticos

 Biologia - professor André Luiz

Origem da vida

Bioquímica

Citologia

Histologia

Embriologia

Programa de saúde

Seres vivos

O final de semana chegou e, com ele, a vontade de assistir a filmes, séries e passar o dia em frente à televisão. Mas, quem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabe que postergar os estudos e dar ênfase ao lazer pode ser prejudicial e culminar em baixo desempenho na prova.

Entretanto, por outro lado, é importante desenvolver as habilidades de armazenar conteúdo e fazer ligação dele com disciplinas tendo como base o que é consumido no dia a dia. Seja um longa metragem, um comercial ou até mesmo uma novela, tudo pode virar maneiras de revisar algum assunto.

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Dentro da área do conhecimento da Ciências da Natureza e suas Tecnologias está a matéria de geografia. Com temas como relevo, vegetação, solo, geografia política e econômica, a disciplina é umas de tantas que devem ter tempo reservado para estudo. E ele pode ser realizado até mesmo em frente à televisão, assistindo filmes que tenham a ver com assuntos da matéria.

Abaixo, confira uma lista de filmes elaborada pelo professor Marcel Milani, segundo informações da assessoria de imprensa do Colégio e Curso Poliedro, sobre a disciplina de geografia.

Narradores de Javé (2003)

Filme brasileiro em produção conjunta com a França, narra a história do vilarejo de Javé, que corre o risco de desaparecer diante da construção de uma hidrelétrica. Os moradores decidem escrever sua história na tentativa de transformar o local em patrimônio a ser preservado.

Adeus, Lenin! (2003)

Se passa no contexto da queda do Muro de Berlim. De forma divertida e dramática o filme mostra a reunificação da Alemanha e implantação do capitalismo como sistema econômico.

Hotel Ruanda (2004)

História baseada em fatos reais, herança do imperialismo europeu, retrata o conflito entre Tutsis e Hutus no episódio que ficou conhecido como Genocídio de 1994.

Nós que aqui estamos por vós esperamos (1999)

Documentário indispensável como parte dos estudos e formação cultural. Dirigido por Marcelo Masagão, o filme retrata as principais memórias do século XX.

O veneno está na mesa (2011)

Documentário essencial para entender o desenvolvimento da moderna empresa agrícola e como a Revolução Verde do pós-guerra acabou com a herança da agricultura tradicional.

Persépolis (2007)

Filme francês de animação, que mostra o Irã no contexto e pós revolução islâmica.

O Grande Ditador (1940)

Sempre importante um clássico na lista para nos lembrar como velhas questões se mantêm atuais. Lançado no contexto da Segunda Guerra Mundial, Chaplin satiriza o nazismo e fascismo e seus protagonistas.   

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O número médio de anos de estudo no Brasil aumentou entre 2016 e 2018. O indicador passou de 8,9 anos para 9,3 anos em 2018. Desde 2016, essa média vem crescendo, anualmente, 0,2 ano.

Entre as mulheres ficou em 9,5 anos, enquanto entre os homens é de 9 anos. A diferença entre pessoas brancas, pretas e pardas é evidente neste caso. As brancas registraram 10,3 anos, mas o número cai para 8,4 anos nas pretas e pardas, uma diferença de quase dois anos que se mantém desde 2016.

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Os dados estão incluídos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Educação 2018 (Pnad Educação), divulgada hoje (19),no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todas as regiões do país tiveram melhoras, sendo que o Centro-Oeste e o Norte registraram o maior ganho. A primeira passou de 9,2 para 9,6 e a segunda de 8,3 para 8,7 anos.

O Nordeste saiu de 7,6 para 7,9 entre 2016 e 2018; o Sudeste subiu de 9,7 para 10,0; e o Sul foi de 9,2 para 9,5 anos.

“Entre as regiões isso mostra que as oportunidades de estudo são distintas. Isso a gente olha também entre as pessoas de cor preta ou parda e as de cor branca”, disse a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE (Coren), Marina Aguas.

Primeiros anos

A faixa de zero a 3 anos tem apenas 34,2% de escolarização que são as creches, mas aumenta muito quando a criança tem idade mais elevada. Entre 4 e 5 anos atinge 92,4% e de 6 a 14 anos chega a 99,3%.

Na visão de Marina, o grande destaque é que as crianças de 6 a 14 anos estão na escola, e isso vem se mantendo desde 2016, quando foi divulgada a primeira Pnad Contínua Ampliada de Educação.

No entanto, há um ponto negativo: depois dessa faixa começa a ocorrer um descasamento de permanência escolar.

“Essas crianças que estão na idade educacional estão estudando e é [um fato] superpositivo. Agora, já começa um descasamento entre a idade e a etapa adequada com 15 anos de idade. Entre 11 e 14 anos, essas crianças deveriam estar na segunda parte do ensino fundamental, do sexto ao nono ano. O que a gente observa é que já vem um grupo atrasado. Se ele está atrasado, ainda está fazendo os anos iniciais do fundamental e, provavelmente, chega atrasado no ensino médio, isso mostra essa questão de inadequação de idade e etapa”, completou.

Alerta

A analista alertou que o problema do atraso pode influenciar a permanência do aluno na escola. “É importante notar que o atraso nos anos finais no ensino fundamental pode aumentar a probabilidade dessa criança vir a sair ou ficar desmotivada com a escola na etapa seguinte. Então, tem que se dar uma importância maior ao ensino fundamental para que a criança não fique atrasada e não desanime”, explicou.

Em 2018, de acordo com a pesquisa, 13,3% das crianças entre 11 e 14 anos já estavam atrasadas em relação à etapa de ensino, que deveriam estar cursando ou não estavam na escola.

Entre os que estavam frequentando pelo menos os anos finais do ensino fundamental, 84,7% eram meninos e 88,7% meninas. Nas de cor branca, 90,4% estavam na idade e série adequada e as pretas e pardas a taxa era 84,5%.

Nas perguntas feitas aos jovens de 15 a 29 anos sobre as razões de não frequentar a escola, ou um curso de educação profissional ou de pré-vestibular, 47,7% dos homens disseram que era por causa do trabalho, e a segunda maior parcela reunia 25,3%, porque não havia interesse.

Mulheres

As respostas das mulheres têm diferenças. Enquanto 27,9% disseram que o empecilho era o trabalho, 23,3% indicaram afazeres domésticos e cuidados de pessoas, motivo que entre os homens é quase insignificante (0,8%). “Isso é o principal motivo. A pessoa alegou como principal razão por não estar estudando”.

A pesquisadora destacou que não se deve aplicar a expressão nem, nem, que costuma ser usada para classificar a pessoa que não estuda e nem trabalha, para avaliar a questão de condição de estudo e a situação na ocupação que faz parte da pesquisa.

“O fato de a pessoa não estar ocupada no mercado e não estar estudando, não significa que ela é inútil.Grande parte das mulheres alegou que não estão estudando por causa de afazeres domésticos ou estão cuidando de pessoas. Isso dentro das questões de gênero é muito importante. É visto como uma outra forma de trabalho que não é voltado para o mercado, então, não se deve usar o nem, nem, porque esquecem que a pessoa pode estar fazendo outras coisas”, defendeu.

Pesquisa

De acordo com o IBGE, desde 2012 a Pnad Contínua levanta trimestralmente, por meio de questionário básico, informações sobre as características de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade.

A partir de 2016, o estudo começou a incluir o módulo anual de educação, que, durante o segundo trimestre de cada ano civil, amplia a investigação dessa temática para todas as pessoas incluídas na amostra.

Mesmo após 20 anos longe das salas de aula, a amazonense Carla Penha, de 40 anos, foi em busca dos seus sonhos e alcançou o ensino superior por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). A mulher realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018 e teve média suficiente para ser aprovada no curso de contabilidade de uma instituição superior. 

Após a morte da mãe, Penha deixou sua cidade natal, Manaus, e seguiu para o Sul do Brasil. Lá, ela fez a prova do Enem com base nos seus estudos por meio de videoaulas, na internet, e aulões gratuitos. “Eu consegui a isenção da taxa de inscrição e fiquei feliz”, conta, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC).

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A sensação para a mulher é de orgulho com sua trajetória. “Eu subi um degrau do ensino médio 20 anos atrás e agora eu estou no segundo degrau, do ensino superior, e eu quero mais”, deseja. A estudante agora comemora a conquista de uma vaga de estágio em uma empresa da cidade.

Na dura preparação para o Enem, os feras precisam adotar boas estratégias de estudos. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

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Textos coloridos, resumos detalhados, leituras, resolução de questões e uma série de cálculos. Poderíamos passar horas listando as atividades dos estudantes sob pressão por bons resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que contará com provas nos dias 3 e 10 de novembro. Intensa, essa rotina obriga que os candidatos adotem diferentes estratégias de estudos que possam render um bom aprendizado.

Entre tantas possibilidades de absorção dos conteúdos cobrados no Enem, estudar sozinho, sem a companhia de outros estudantes, pode ser uma das estratégias. Mas há quem prefira, por exemplo, acompanhar os conteúdos em grupo, sempre contando com a ajuda de colegas para tirar dúvidas.

Sandra Mendes, de 37 anos, pretende ingressar no curso de medicina e, durante sua preparação para o Exame, a candidata estuda individualmente. “Sempre gostei de estudar sozinha por vários motivos. A priori, no meu caso me concentro mais, sempre achei que estudar em grupo você meio que perde o foco. Eu começo a estudar sozinha e fundamento o conteúdo. Caso persista alguma dúvida, claro que levo para um ou dois amigos para me ajudar. Nesse caso, sou de acordo com o estudo em grupo apenas para quem já estudou o conteúdo e quer sanar uma eventual dúvida que tenha ficado”, opina Sandra.

Sandra Mendes prefere estudar sozinha. Foto: Cortesia

De acordo com o professor de matemática Ricardo Rocha, a estratégia de estudo varia conforme as características de cada fera. “Tem aluno que desenvolve bem em grupo e tem estudante que só consegue aprender estudando sozinho”, diz Rocha. O docente alerta que, ao optar por estudar em grupo, o candidato precisa estabelecer um foco.

“Estudar em grupo é legal quando tem um foco em comum. Por exemplo, uns alunos são melhores em Humanas, outros em Exatas, e assim eles podem compartilhar seus conhecimentos. É ruim quando o grupo não está focado, e assim perde o objetivo que é desenvolver o conhecimento do fera”, aconselha o professor de matemática.

De forma taxativa, o professor de biologia André Luiz Vitorino prefere que o estudante estude sozinho. “Eu prefiro só, porque o aluno se concentra mais sozinho do que com alguém. Tem que estudar em um local claro, confortável, sem telefone e sem gente saindo e entrando. Agora, a revisão pode ser feita de maneira coletiva”, explica o educador.

O LeiaJá também conversou com os estudantes Nathália Cunha, João Miguel Lauria e Pedro Perdigão. Eles opinaram sobre as melhores estratégias de estudos para o Enem 2019. Ainda entrevistamos o coordenador pedagógico do Colégio Madre de Deus, situado no Recife, Jaires Firmino.

 Nathália Cunha busca aprovação no curso de medicina veterinária. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

Esperançoso por uma boa prova do Enem, Pedro Perdigão busca ingresso no curso de medicina. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

João Miguel Lauria pretende cursar medicina. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

Com mais de 5 milhões de inscritos confirmados, o Exame Nacional do Ensino Médio é o principal canal de acesso para universidades. O Enem também possibilidade a participação de estudantes no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), bem como sua nota passou a ser utilizada por alguns concursos públicos. Para ficar por dentro das principais notícias sobre a prova, acesse o Instagram do Vai Cair No Enem. Veja, no vídeo a seguir, as entrevistas com os estudantes e o coordenador pedagógico:

No Dia das Mães, comemorado neste domingo (12), não é só a figura tradicional materna que é lembrada. Há também aquelas mães que são jovens e, mesmo com a pouca idade, carregam a responsabilidade e a complexidade de conciliar uma rotina de estudos, trabalho e maternidade.

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Nataly Sabino, 26, é mãe de Maysa, de 2 anos. Ela está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio 2019 fazendo cursinho e estudando em casa, onde alterna os horários para poder ficar com a filha. Às vezes, o único momento de estudo de Nataly é a madrugada.

A estudante vai fazer o Enem pela terceira vez. No ano passado, ela conseguiu uma vaga para ciências econômicas, porém, não chegou a se matricular. Este ano, está estudando para conquistar uma bolsa no curso de direito. O cronograma de estudos de Nataly é bem apertado.

“Faço curso de eletrotécnica na segunda, na quarta e sexta-feira tenho aula de espanhol e uma vez na semana, faço cursinho preparatório para o Enem, onde tenho excelentes professores” conta a estudante que não quer e nem pensa desistir do sonho de se graduar.

Nataly enfrentou muitos obstáculos no decorrer da maternidade, sobretudo pelas críticas que ainda escuta por continuar a estudar e trabalhar. Para poder cumprir sua agenda diária fora de casa, Nataly conta com a ajuda da avó materna, que fica com Maysa na maior parte do tempo. Além do apoio da avó, a professora de Nataly, Cristiane Pantoja, sempre esteve do lado da aluna, incentivando-a nos estudos e compreendendo as suas dificuldades, mesmo quando a estudante chegou a desacreditar de si mesma. 

"Quando escolhi a educação como profissão, percebi que ser professora era além da matéria. É apoio também. É entender sem julgamento a realidade do aluno. Muitas vezes é a atenção e uma palavra de incentivo ou um abraço que revigora o desejo de seguir com os estudos" relata Pantoja, que ensina filosofia. 

A realidade de Nataly é a mesma de muitas estudantes que se preparam para ingressar no curso superior por meio do Enem. Na prova, gestantes e lactantes têm direito a atendimento personalizado, que deve ser solicitado no ato da inscrição.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no Enem de 2018 participaram da prova 1.780 gestantes e 5.376 lactantes. 

No Enem de 2018, Nataly estava em período de amamentação. Contudo, ela não solicitou atendimento especial no ato da inscrição e fez a prova normamente. A estudante conta que fez a prova um pouco às pressas devido à lactação. Mesmo assim, Nataly obteve uma boa nota, que a possibilitou uma bolsa no curso de ciências econômicas. 

O curso de direito sempre foi o que Nataly queria fazer. Com a gravidez indesejada, ela precisou adiar o sonho, principalmente pela falta de amparo que teve no início. 

"Eu estudava em casa para as provas, não tinha condições de arcar com um cursinho. Eu trabalhava em dois empregos para pagar a casa que comprei. Os planos eram pra depois da casa, pagar o cursinho, então veio a gravidez indesejada, sofri bastante, me separei com 6 meses de gestação" narra a mãe de Maysa, que precisou de amigos e da avó para se reerguer.

Hoje, Nataly encontra na filha motivos para continuar em frente. A menina, mesmo com 2 anos, já reconhece a mãe dedicada.

"Ela tem um exemplo de mim muito bom e era isso que eu queria passar pra ela. Porque é muito difícil você criar uma filha sozinha e ter que estudar e trabalhar" explica.

 

 

Sócrates, Platão, Bourdier, Durkheim, entre tantos outros nomes da filosofia e sociologia são amplamente conhecidos por aqueles que estudam, se dedicam, ou apenas absorveram algum conteúdos dessas disciplinas na escola ou universidade.  Recentemente, uma declaração polêmica do presidente Jair Bolsonaro causou desconforto dentro das associações ligadas às Ciências Humanas. Por meio de seu Twitter, o capitão reformado do Exército afirmou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, irá descentralizar investimentos em cursos superiores como sociologia e filosofia. A justificativa é a necessidade de aplicar as verbas em áreas que supostamente dariam retorno financeiro mais rapidamente, como engenharia e medicina.

De um lado, nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro comemoraram a notícia, alegando que as disciplinas formam pessoas subversivas. Já do outro, entidades e instituições se opuseram às declarações do presidente, reiterando a importância dos estudos de matérias como sociologia e filosofia. Segundo uma nota divulgada pela Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), os conteúdos das áreas de Ciências Humanas são tão importantes quanto os de assuntos mais técnicos, pois auxiliam na construção de um país moderno e solidário.

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Para outras entidades, como a Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), as declarações do presidente e do ministro da Educação se caracterizam por uma “ignorância inadmissível”. “As declarações do ministro e do presidente revelam ignorância sobre os estudos na área, sobre sua relevância, seus custos, seu público e ainda sobre a natureza da universidade. Esta ignorância, relevável no público em geral, é inadmissível em pessoas que ocupam por um tempo determinado funções públicas tão importantes para a formação escolar e universitária, para a pesquisa acadêmica em geral e para o futuro de nosso país”, explica o comunicado.

O quão importante é estudar filosofia e sociologia?

Inseridas dentro do currículo escolar do ensino básico pelo Ministério da Educação (MEC), as disciplinas de filosofia e sociologia têm importância para a formação do ser humano e até mesmo para um aprendizado mais amplo e de diversas disciplinas, segundo professores. De acordo com docentes, a retirada de investimentos para a Ciências Humanas é uma perda para o cidadão.

“As Ciências Humanas contribuem para a formação do intelecto, para o entendimento do papel do ser humano na sociedade, as suas relações com outras pessoas, a sua relação com o mundo; e tudo isso é muito prejudicial para um governo que se diz liberal e que, portanto, tem sua ideologia a competição ou a verdadeira luta de todos contra todos”, salienta o professor de sociologia João Pedro Holanda.

O professor de sociologia e filosofia Salviano Feitoza explica que existem benefícios distintos para o estudos das áreas, a depender se o aluno estiver no ensino médio ou superior. “Na educação básica, até o ingresso nas faculdades, o ensino de filosofia e sociologia proporciona ao estudante perceber que ele está em relação com outros indivíduos; a possibilidade de envolver empatia; a quebra de preconceitos que muitas vezes são instituídos no próprio ambiente familiar. Especificamente no âmbito da filosofia, há uma possibilidade de entendimento de si e do estar no mundo que o estudante pode ter e possibilita, inclusive, que ele saia de situações de ansiedade, estados de tristeza profunda, combate à depressão”, revela.

Feitoza também pontua a importância do estudo das disciplinas na universidade. “Pense em um médico que vai ter de decidir, de maneira muito rápida, em uma cirurgia que tem um risco de morte muito grande. Como avaliar esses riscos? Tudo isso a filosofia pode proporcionar. É você pensar em reflexões sobre o certo e o errado, que compõem o trabalho de todo mundo; é algo que se tem contato estudando filosofia”, salienta o docente Salviano Feitoza.

Áreas de atuação do filósofo e sociólogo

Salviano Feitoza explica que diversas são as áreas de atuação que um filósofo ou sociólogo pode seguir. “Um filósofo pode trabalhar em corporações, desenvolvendo projetos dentro das empresas; um filósofo, assim como um sociólogo, pode atuar em organizações não-governamentais e empresas, desenvolvendo projetos que permitam aos indivíduos uma relação muito mais consciente com o ambiente e com as outras pessoas, inclusive trabalhando na geração de empregos por meio de workshops, capacitações, elaboração de oficinas e de projetos educacionais de curta, média e longa duração, que proporcionam, sim, um retorno”, crava.

Já a professora de filosofia Cristiane Pantoja destaca para a contribuição dos profissionais de filosofia e sociologia na docência. “Desde pesquisadores a docentes, podem trabalhar com alunos de fundamental dois até PhD, podem ser concursados ou não. A importância está exatamente no que se propõem as matérias citadas: conhecer, reconhecer, questionar o sistema e valores vigentes, e propor soluções para problemáticas morais, intelectuais e práticas, inclusive no contribuir para a valorização da educação corporal e mental como imprescindíveis no desenvolvimento saudável de si e do bem-estar coletivo”, opina a docente.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) afirmou, nesta segunda-feira (22), que pretende ajuizar uma ação popular na Justiça Federal para garantir o acesso às informações que embasam a proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que tramita na Câmara dos Deputados. Para o pessebista, é preciso assegurar que a população conheça os argumentos e dados que sustentam o texto.

“Os cidadãos têm direito de saber o conteúdo de cada estudo que sustenta a proposta de mudanças nas regras previdenciárias, afinal é uma medida que impacta a vida de todos os brasileiros”, afirmou, ao rechaçar a decisão do Ministério da Economia de decretar sigilo sobre os pareceres e relatórios que endossam as mudanças sugeridas.

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Cabral ressaltou que apresentou um requerimento com pedido de informação ao Ministério da Economia, um dia após a chegada da Reforma da Previdência ao Congresso Nacional, solicitando os dados dos estudos atuariais bem como o impacto orçamentário na redução do suposto déficit previdenciário, com a alteração nos critérios de concessão dos benefícios e o prazo para a resposta vence hoje.

“Até agora, não recebemos resposta do governo”, destacou. “O governo não tem respeito pelo valor da transparência na gestão pública. Esta é a segunda vez que tenta restringir o acesso a dados públicos neste ano”, acrescentou Danilo Cabral.

De acordo com o deputado, para decretar sigilo aos dados sobre a reforma da Previdência, o governo alega que são documentos preparatórios, o que significa que apenas servidores e autoridades públicas, devidamente autorizados, podem acessar a informação.

“Ora, se são documentos preparatórios, o governo se precipitou a mandar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) com base nestes estudos”, disse. “Tudo indica que o governo também não responderá ao nosso pedido de informação, cujo prazo se expira hoje. Caso isso ocorra, entraremos com a ação popular”, completou. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) voltará a discutir o relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG).

O primeiro período de inscrição para a 11º Olimpíada Nacional em História do Brasil está prorrogado até domingo (31). O projeto é desenvolvido pelo departamento de história da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e podem participar da competição alunos do 8º e 9º anos (ensino fundamental) e ensino médio de escolas públicas ou particulares.

As equipes precisam ser compostas de quatro pessoas, sendo três estudantes e um professor de história do colégio participante, que pode orientar mais de uma equipe. O regulamento destaca também que há um limite de equipes por escola. As regras da competição estão no site do projeto, e as inscrições também são realizadas online.

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As provas começam dia 6 de maio. Os alunos responderão questões de múltipla escolha sobre a história do Brasil, abordando os temas a partir de documentos históricos, textos acadêmicos, pesquisas, debates e da orientação do professor. Serão seis fases online até à final presencial. As equipes com as melhores colocações realizarão a prova dissertativa nos dias 17 e 18 de agosto, na Unicamp.

O estado de São Paulo concentra o maior número de bolsas integrais em universidades privadas oferecidas pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni). No primeiro semestre de 2019, em todo país, são oferecidas mais de 116.800 bolsas de estudo que cobrem 100% da mensalidade, sendo que 34.744 (29,73%) dessas bolsas são em instituições de ensino paulistas.

Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking, com 11.005 bolsas integrais, seguido pelo Paraná, com 8.630, e o Rio de Janeiro, com 7.882. No entanto, esse quadro muda se considerada a porcentagem que as bolsas integrais representam dentre os benefícios oferecidos em cada estado.

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No Rio de Janeiro, por exemplo, 81,88% das bolsas são integrais e 18,12% parciais (de 50% da mensalidade). Em seguida, está Roraima, com 81,74% integrais e 18,26% parciais, e o Amapá, com 81,59% integrais e 18,41% parciais. O estado com o menor número de bolsas integrais é o Maranhão, com 14,64% integrais contra 85,36% parciais.

Em relação ao preço de todos os cursos com vagas no Prouni, a capital paulista também lidera na oferta de bolsas integrais mais caras do país, com o curso de medicina, na Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), que custa R$ 10.493,28.

Podem participar da seleção de bolsas integrais os candidatos que tiverem renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo (equivalente a até R$ 1.497,00). Já para concorrer as bolsas parciais, os candidatos precisam ter renda familiar de até três salários mínimos.

Para a seleção, é necessário que o candidato tenha cursado completamente o ensino médio em escola pública ou ter cursado em escola privada, desde que tenha sido como bolsista integral. Também podem concorrer as bolsas portadores de alguma deficiência e professores do quadro permanente da rede pública de ensino.  

As inscrições para o Prouni do primeiro semestre já se encerram, mas um novo processo seletivo, nas mesmas condições, deve ser feito no segundo semestre. Os prazos ainda não foram divulgados pelo Ministério da Educação.

Planejar por meses ou anos um ato cruel, ter o sangue frio de atirar contra crianças e adolescentes indefesos de forma aleatória, e terminar o crime com suicídio. Para a maioria das pessoas que assistem a um massacre em escolas ou ouvem relatos de casos do tipo, como o ocorrido em Suzano na semana passada, é difícil não associar o atirador a um psicopata, de perfil cruel, frio e sádico.

Estudos científicos internacionais feitos com base na análise do perfil de dezenas de atiradores no mundo, no entanto, trazem conclusões intrigantes: na maioria dos casos, não havia sinal de psicopatia nos atiradores, o que leva os pesquisadores a acreditarem que experiências de vida, como traumas, abusos ou outros fatores sociais, possam desenvolver um comportamento agressivo em uma pessoa sem sinais de doença mental.

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"O que sabemos é que mesmo pessoas biologicamente saudáveis podem desenvolver problemas assim quando submetidas a condições adoecedoras, ou quando inseridas numa cultura doente, pelo fato de que nossas crenças, nosso modo de interpretar e compreender a realidade não é algo imutável, fixo, rígido", explica o doutor em Psicologia e professor do Instituto Federal de Goiás Timoteo Madaleno Vieira, autor de um artigo em que revisou dezenas de estudos internacionais sobre o perfil dos atiradores e concluiu que classificá-los sempre como psicopatas é simplista e incorreto.

"No senso comum, a ideia de um monstro, um psicopata tresloucado, é muito usada para dar a resposta que procuramos (para esses atos). Isso simplifica as coisas. Explicações assim falsificam a realidade e nos ajudam a evitar a percepção de que podemos ter responsabilidade na expansão desse fenômeno", diz.

Características comuns

Se os atiradores têm perfis psicológicos diferentes entre si e motivações diversas, eles reúnem, por outro lado, algumas características em comum: a grande maioria é homem, branca e obteve a arma usada no ataque em casa, utilizando armamento de posse dos próprios pais, segundo estudos do FBI e do psicólogo americano Peter Langman, um dos maiores estudiosos do assunto no mundo, que levantou dados sobre 150 ataques em escolas em dez países, incluindo o Brasil.

Análise feita pelo Estado na base de dados do pesquisador, disponível no site schoolshooters.info, mostra que, dos 150 atiradores analisados, 94% era do sexo masculino, 63%, branco, 42% não sobreviveram ao ataque - a maioria porque cometeu suicídio -, e 38% era menor de idade ao cometer o ataque homicida.

O psicólogo criou ainda uma tipologia para o perfil psicológico dos atiradores, os dividindo em três grupos: traumatizados, psicóticos e psicopatas (em tradução livre).

Os traumatizados tinham histórico de abuso por parentes ou famílias desestruturadas, com casos de violência ou dependência química. Os psicóticos apresentavam sinais de esquizofrenia ou algum transtorno de personalidade. Entre os sinais estavam alucinações, delírios ou paranoias. Por fim, os psicopatas tinham os sintomas clássicos do quadro, como narcisismo, ausência de empatia e sadismo.

Na análise dos 150 atiradores, o pesquisador conseguiu informação suficiente de 81 deles para traçar o perfil e chegou a conclusão de que 49% eram psicóticos, 32% eram psicopatas e 19% eram traumatizados.

Dificuldade

Segundo o estudioso, nem sempre é fácil para as famílias identificar esses perfis previamente. "Entre os atiradores traumatizados, os pais são os principais problemas na vida dos filhos. Para os outros perfis, não é que os pais estejam falhando. Muitas vezes eles escondem deliberadamente os seus pensamentos e sentimentos dos pais. Mesmo quando os atiradores estiveram em psicoterapia, ocultaram suas intenções violentas", disse ao Estado.

Há sinais, no entanto, demonstrados previamente pelos atiradores que podem servir de alerta para pais e docentes, como obsessão por armas ou mídias violentas, postagens sobre ataques, comportamento agressivo ou depressivo, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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