Tópicos | etapa de Fernando de Noronha

Após surfistas de 18 países entrarem em cena no Oi Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, foi a bandeira do Marrocos que garantiu o destaque com Ramzi Boukhiam. Ele desbancou o brasileiro Weslley Dantas em um dos melhores dias na Praia da Cacimba do Padre ao anotar 14,40 pontos contra 11,23 do rival. Com o resultado, o surfista soma 5 mil pontos no ranking do QS, a divisão de acesso do Circuito Mundial de Surfe, e fatura a premiação de R$ US$ 15 mil (R$ 65 mil).

O marroquino está garantido nos Jogos Olímpicos de Tóquio e afirma que o título é apenas o início de uma bela trajetória ao longo da temporada. "Estamos no começo do ano e eu quero entrar no Circuito Mundial em 2021. Esse é o meu objetivo. Estou indo muito bem e tenho certeza que os planos vão dar certo". Agora, Ramzi ocupa a segunda colocação no ranking da divisão de acesso.

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Para ele, que fala português quase de forma fluente e tem boa relação com os brasileiros, levantar um troféu em Fernando de Noronha é a realização de um sonho. "Eu gosto muito do Brasil e só queria surfar. Tudo aconteceu por mim. Estou feliz demais. Noronha é um paraíso", disse o surfista ao sair da bateria sob aplausos do público.

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RESULTADOS - O favorito Filipe Toledo deu adeus à competição nas quartas de final. Ele foi derrotado por Weslley Dantas. Filipinho ficou com a média de 8,47 e Weslley garantiu 10,23. O duelo entre os dois animou o público presente na Praia da Cacimba do Padre.

Na segunda bateria das quartas de final, Wiggolly Dantas despachou o havaiano Ian Gentil. Eles disputaram ponto a ponto e o brasileiro levou a melhor com 11,43 sobre 11,23. Jadson André e Ramzi Boukhiam também avançaram.

Nas semifinais da competição, o duelo entre os irmãos Weslley e Wiggolly Dantas terminou com vitória para o primeiro. Ele superou Wiggolly ao somar 13,17 contra 12,47. Já na outra bateria, o marroquino Ramzi Boukhiam desbancou Jadson André ao anotar 15,73. O brasileiro somou apenas 9,23.

Emoção não faltou na tarde deste sábado para o surfista Weslley Dantas durante o Oi Hang Loose Pro Contest. Ele superou o favorito Filipe Toledo e avançou à semifinal da competição disputada em Fernando de Noronha.

"Hoje foi o meu dia de sorte. Passei contra o Filipinho, ele é um cara difícil. Eu montei a minha estratégia e graças a Deus deu certo dentro da água", disse Weslley em entrevista ao Estado. "Eu sei que estou fazendo um bom trabalho porque eliminei um dos melhores surfistas do mundo". A sua pontuação média foi de 10,23 e o quarto colocado do ranking mundial no ano passado garantiu apenas 8,47.

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E as emoções não param por aí. Agora, Weslley vai encarar o seu irmão, Wiggolly Dantas, que superou o havaiano Ian Gentil ao somar 11,43 contra 11,23 e é o atual líder da divisão de acesso do Circuito Mundial. "Independente de ser o meu irmão, eu vou jogar duro. Não tem essa de ser irmão, temos rivalidade desde criança e quem tiver a melhor estratégia vai vencer. Vou ir para cima", afirma.

"Estou bem confiante para a semifinal. Vou colocar a melhor estratégia dentro da água.Já competimos juntos na temporada passada e depois que piso dentro da água acabou a irmandade", complementa Weslley.

A outra disputa de olho no troféu será formada pelo brasileiro Jadson André e o marroquino Ramzi Boukhiam. As semifinais da competição serão realizadas no domingo a partir das 09h de Fernando de Noronha e 08h do horário de Brasília.

"Nós misturamos o surfe com a música e essa parceria não tem como dar errado", contou a atriz Ananda Marçal, mulher de Filipe Toledo. Ela sonha em seguir carreira como cantora e tem como principal incentivador o surfista, que se arrisca aprendendo a tocar instrumentos musicais para acompanhar a parceira.

O casal tem dois filhos, Mahina, de 4 anos, e Koa, de 2. A música faz parte da família que vive a rotina do esporte com a carreira de Filipinho. Nas redes sociais, eles aparecem com frequência em vídeos e atraem milhares de fãs.

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Em entrevista ao Estado, Filipinho conta que Ananda é muito crítica e convencê-la a publicar as imagens é uma árdua tarefa. "Sempre quando gravamos vídeos ela diz 'não ficou legal esse' e demora muito para publicar. Eu já chego falando que precisa divulgar nas redes sociais. Quando colocamos lá, diversas pessoas elogiam a voz dela e eu questiono: está vendo?'"

Já Ananda, que fez parcerias informais com a cantora Mari Azevedo, namorada do atual campeão mundial Italo Ferreira, confirma ser "extremamente crítica" e diz que o retorno nas redes sociais fez ela tentar colocar a timidez de lado.

"Há dois anos eu comecei a postar os vídeos no meu Instagram e o Filipe adora. Eu vi que ele gosta desse lado da música. Nós começamos a aprender a tocar alguns instrumentos e o ukulele era algo fácil de se aprender. Depois disso o Filipe ficou pedindo e eu ensinei ele a tocar", contou Ananda. "Muitas vezes eu tenho dificuldade de cantar e tocar ao mesmo tempo, então ele me acompanha e fazemos vídeos super fofos".

Se no universo musical é Filipinho quem incentiva Ananda, no esporte é ela quem faz o papel de torcer para o sucesso do surfista. "Ela é uma grande peça nesse quebra-cabeça que faz eu ter bons resultados", disse.

PARCERIA NO SURFE - Filipinho é o atleta principal do Oi Hang Loose Pro Contest, a etapa de Fernando de Noronha da divisão de acesso. A competição também serve como um período de férias para o casal e traz boas memórias para a família Toledo.

"Noronha foi uma surpresa para nós dois. Surgiu o convite para o Filipe participar do campeonato e ficamos super animados porque a última vez que viemos aqui foi em 2015". Naquele ano, Ananda engravidou de Mahina, a filha mais velha, durante a viagem à ilha em janeiro.

Ananda costuma acompanhar o surfista em suas competições pelo mundo e diz que ter alguém da família por perto pode ajudar o vencedor de uma etapa do Circuito Mundial na última temporada. "Acho que ele se sente mais relaxado e menos preocupado quando tem alguém do lado. Nós somos casados, mas temos uma relação de amigos também. Ele se sente mais à vontade quando estou aqui".

Na torcida, Ananda costuma ficar nervosa esperando os resultados do surfista. "Eu amo estar com ele, fico realmente nervosa. É muito maluco porque eu tenho a sensação de que em cada bateria que ele passa é um sucesso para mim", explicou. "É como se eu conquistasse aquilo com ele. Então ele sonha com o Mundial e se sente realizado até passando bateria de um QS (a divisão de acesso) e isso é algo que me deixa muito realizada porque eu sei que é o que ele ama fazer".

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A tranquilidade de Fernando de Noronha deu uma pausa com a presença de Gabriel Medina na praia da Cacimba do Padre nesta quarta-feira. Minutos antes de competir no Oi Hang Loose Pro Contest, etapa do QS, a divisão de acesso do Circuito Mundial, e depois de sair do mar, todos os holofotes (e câmeras de celulares) estavam voltados para ele, que se classificou para a terceira fase.

Medina avançou ao somar 15,86 pontos e passou junto com o local Patrick Tamberg, que fez 9,97. Foram eliminados Tomas King, da Costa Rica, e o brasileiro Mateus Sena. O grande diferencial da bateria foi que o bicampeão mundial de surfe, após não ir bem nas escolhas das ondas, decidiu ir para o outro lado do pico. Lá, longe de seus concorrentes, deu show e garantiu a classificação com sobras.

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"Eu adoro competir em Fernando de Noronha, gosto muito daqui, das pessoas e da comida", afirmou o atleta, que foi seguido por uma legião de torcedores ao sair do mar e não se negou a tirar fotos com as pessoas. Agora ele só volta a competir na terceira fase, que será disputada na quinta-feira se o mar estiver em boas condições.

A etapa do QS (divisão de acesso) está sendo disputada em Fernando de Noronha e a janela de competição é até domingo. No próximo dia de disputa serão realizadas as últimas baterias da segunda fase - a última delas terá a presença de Italo Ferreira - e algumas da terceira fase do evento que distribui 6 mil pontos no ranking mundial.

O episódio de um surfista que foi mordido por um tubarão na semana passada, justamente na praia da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, palco do Oi Hang Loose Pro Contest que começa nesta terça-feira (19), não é motivo de grande preocupação por parte dos organizadores do evento. Mesmo assim, a segurança dos 136 atletas de 19 países está reforçada no mar.

"Vou seguir um protocolo que é ter gente do Corpo de Bombeiros, jet-ski na água e um especialista em drone para monitorar a área do campeonato por precaução. A gente está sem medo nenhum, os surfistas locais, habituados, estão sem medo também, pois a gente sabe que foi um incidente. Então está tudo coordenado para começar", explicou Álfio Lagnado, diretor-executivo da Hang Loose.

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Na sexta-feira (15), o surfista Carlos Vinicius Cavalcanti foi mordido por um tubarão na face, orelha e pescoço. Acabou tendo de levar 83 pontos e foi hospitalizado, mas sua situação não preocupa. Ele estava em uma onda com uma prancha de bodyboard, no final da tarde, e acabou caindo em cima do animal, que estava atrás de um cardume de sardinha. Como reação instintiva, o tubarão deu a mordida.

"O que aconteceu foi um incidente, apenas isso! Aprendi bem a lição, não surfo mais final de tarde, com os bichos ali, se alimentando. Mas, enquanto tiver saúde vou pegar onda, eu preciso do mar!", escreveu nas redes sociais, assumindo a responsabilidade pelo ocorrido na praia da Cacimba do Padre. Ele já teve alta do hospital, mas por recomendação médica precisa ficar pelo menos duas semanas longe do mar.

A questão de segurança no mar é muito importante para a WSL, a Liga Mundial de Surfe, principalmente depois que Mick Fanning foi atacado por um tubarão em Jeffreys Bay, na África do Sul, em 2015. Desde então, a entidade tem utilizado a tecnologia para evitar qualquer possibilidade de risco aos surfistas e utiliza um protocolo em todas as suas etapas. O que ocorre em Fernando de Noronha já faz parte desses procedimentos.

Com a segurança atenta, a chamada para o Oi Hang Loose Pro Contest, etapa QS (divisão de acesso) do Circuito Mundial será nesta terça-feira, às 6h30 (horário de Brasília, às 7h30 horário local). O evento contará com 73 brasileiros, entre eles o bicampeão mundial Gabriel Medina, além de Italo Ferreira. Por serem bem ranqueados eles não disputam a primeira fase da competição, que terá 24 baterias.

Confira quais serão as bateriaas da primeira fase:

1ª: Benji Brand (HAV), Tomas King (CRI), Adrien Toyon (FRA)

2ª: Pedro Neves (BRA), Vitor Mendes (BRA), Franklin Serpa (BRA), Mateus Sena (BRA)

3ª: Nolan Rapoza (EUA), Facundo Arreyes (ARG), Fernando Junior (BRA), Junior Lagosta (BRA)

4ª: Eithan Osborne (EUA), Samuel Igo (BRA), Cole Alves (HAV), Daniel Ostrowski (BRA)

5ª: Jordan Lawler (AUS), Nicolas Vargas (CHL), Eduardo Motta (BRA)

6ª: Miguel Blanco (PRT), Wesley Leite (BRA), Luan Hanada (BRA), Lysandro Leandro (BRA)

7ª: Harley Ross (AUS), Luan Carvalho (BRA), Alex Lima (BRA), Madson Costa (BRA)

8ª: Tomas Tudela (PER), Te Kehukehu Butler (NZL), Vitor Ferreira (BRA)

9ª: Marc Lacomare (FRA), Gabriel Farias (BRA), Alan Donato (BRA), Pedro Scooby (BRA)

10ª: Marcos Correa (BRA), Hizunomê Bettero (BRA), Pedro Dib (BRA), Renan Hanada (BRA)

11ª: Charly Quivront (FRA), Renan Peres (BRA), João Jucoski (BRA), Matheus Navarro (BRA)

12ª: Tristan Guilbaud (FRA), Adrian Garcia (PER), Luis Perloiro (PRT)

13ª: Adin Masencamp (AFR), John Mel (EUA), Luke Dillon (ING)

14ª: Wesley Santos (BRA), Heitor Alves (BRA), Daniel Adisaka (BRA), Ryan Kainalo (BRA)

15ª: Mason Ho (HAV), Ian Gentil (HAV), Douglas Silva (BRA), Paulo Moura (BRA)

16ª: Ruben Vitoria (ESP), Robson Santos (BRA), Thiago Guimarães (BRA), José Miranda Barbosa (BRA)

17ª: Joshua Burke (BRB), Theo Fresia (BRA), Kim Matheus (BRA)

18ª: Jordy Collins (EUA), Yuri Gonçalves (BRA), Gustavo Bertotto (BRA), Brayner Silva (BRA)

19ª: Marco Giorgi (URU), João Chianca (BRA), Jhonny Guerrero (PER), Nacho Sebastia (CNY)

20ª: Rafael Teixeira (BRA), Shelson Paishon (HAV), Lucas Vicente (BRA)

21ª: Joh Azuchi (JAP), Daiki Tanaka (JPN), Daniel Templar (BRA), Dunga Neto (BRA)

22ª: Luel Felipe (BRA), José Gundesen (ARG), Tamae Bettero (BRA), Marcelo Trekinho (BRA)

23ª: Tyler Gunter (EUA), Paul Cesar Distinguin (FRA), Gabriel Adisaka (BRA), André Gonçalves (BRA)

24ª: Michael Dunphy (EUA), Jhonny Corzo (MEX), Kaiki Yamanaka (JAP)

Confira as baterias da segunda fase, que serão completadas por vencedoras da primeira:

1ª: Gabriel Medina (BRA), Patrick Tamberg (BRA),

2ª: Alonso Correa (PER), Nat Young (EUA),

3ª: Mateus Herdy (BRA), Imaikalani Devault (HAV),

4ª: Reef Heazlewood (AUS), Ian Gouveia (BRA),

5ª: Jessé Mendes (BRA), Tomas Hermes (BRA),

6ª: Carlos Munoz (CRI), Kiron Jabour (HAV),

7ª: Jack Robinson (AUS), Lucca Mesinas (PER),

8ª: Jadson André (BRA), Flavio Nakagima (BRA),

9ª: Jorgann Couzinet (FRA), Jeronimo Vargas (BRA),

10ª: Miguel Pupo (BRA), Ramzi Boukhiam (MAR),

11ª: Maxime Huscenot (FRA), Cam Richards (EUA),

12ª: Joan Duru (FRA), Wiggolly Dantas (BRA),

13ª: Yago Dora (BRA), Samuel Pupo (BRA),

14ª: Alex Ribeiro (BRA), Joshua Moniz (HAV),

15ª: Alejo Muniz (BRA), Krystian Kymerson (BRA),

16ª: Frederico Morais (PRT), Noe Mar McGonagle (CRI),

17ª: Deivid Silva (BRA), Ian Crane (EUA),

18ª: Bino Lopes (BRA), Hiroto Ohhara (JAP),

19ª: Jake Marshall (EUA), Reo Inaba (JAP),

20ª: Peterson Crisanto (BRA), Victor Bernardo (BRA),

21ª: Evan Geiselman (EUA), Miguel Tudela (PER),

22ª: Vasco Ribeiro (PRT), Aritz Aranburu (ESP),

23ª: Thiago Camarão (BRA), Charles Martin (FRA),

24ª: Italo Ferreira (BRA), Caia Souza (BRA),

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