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A família de Norman Lear, cujas comédias revolucionaram a TV americana nas décadas de 1970 e 1980, anunciou, nesta quarta-feira (6), a morte do roteirista, diretor e produtor, aos 101 anos.

Ao longo de sua carreira, o prolífico e comprometido Lear contou “a vida real dos americanos, e não um ideal de revista”, declarou a família.

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Lear é o rei da chamada comédia de situação, com risadas gravadas, orçamento baixo e cenários fixos. "The Jeffersons" e "Tudo em Família" são algumas de suas obras mais conhecidas nos Estados Unidos.

Suas séries abordaram o racismo, a sexualidade, a desigualdade e as divisões políticas, oferecendo a milhões de lares americanos uma visão mais realista da vida.

"Inicialmente, sus ideias foram recebidas com portas fechadas e incompreensão. Mas ele se agarrou à convicção de que 'a insensatez da condição humana' servia para fazer uma ótima televisão, e, por fim, foi ouvido", diz o comunicado divulgado pela família.

Norman Lear foi também o primeiro produtor a apresentar regularmente na TV dos Estados Unidos uma família afro-americana, os "Evans", protagonistas da série "Good Times", exibida a partir de 1974 pela rede americana CBS.

Lear recebeu seis prêmios Emmy. “A televisão pode ser dividida em duas partes: antes e depois de Norman", diz o roteirista e produtor Phil Rosenthal em um documentário de 2016.

Norman Milton Lear nasceu em 27 de julho de 1922, em uma família judaica. Sua mãe emigrou da Rússia e seu pai era um vendedor que esteve na prisão e cujos preconceitos envergonhavam Lear, mas também serviram como inspiração.

Lear abandonou os estudos em Boston para se alistar no Exército durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1949, transferiu-se para Los Angeles, onde obteve sucesso escrevendo para programas de TV de variedades.

Lear também produziu filmes como "O Bem Amado", de 1963, estrelado por Frank Sinatra. Em 1967, recebeu uma indicação ao Oscar de melhor roteiro por "Divórcio à Americana".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta terça-feira (5), que se condene "energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha, em Boston.

"Os terroristas do Hamas infligiram tanta dor e sofrimento às mulheres e meninas como puderam e depois as assassinaram. Isto é devastador", disse Biden.

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"Nas últimas semanas, sobreviventes e testemunhas dos ataques compartilharam relatos terríveis de uma crueldade inimaginável", incluindo estupros, mutilação e profanação de cadáveres, acrescentou.

"Pôr fim à violência contra as mulheres e às agressões sexuais é uma das batalhas da minha vida", reforçou, insistindo em que os Estados Unidos consideram o Hamas o único responsável pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, após a trégua temporária que permitiu a libertação de reféns, embora nem todos tenham sido soltos.

"O mundo não pode simplesmente olhar para o outro lado diante do que está ocorrendo. Depende de todos nós... Condenar energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", disse o presidente durante o evento de campanha.

"Tratam-se de civis, a maioria com idades entre 20 e 39 anos, que o Hamas se recusou a libertar", o que não possibilitou a extensão da trégua, acrescentou o presidente democrata, de 81 anos.

"Estas mulheres e todos os que continuam retidos pelo Hamas precisam voltar às suas famílias de imediato. Não vamos parar até trazer cada um para casa e será um processo longo", reforçou Biden.

As declarações do presidente americano se seguem às denúncias de estupros e outros crimes cometidos durante os ataques lançados contra Israel por islamistas do Hamas, em 7 de outubro. Na segunda-feira, os milicianos palestinos qualificaram estas acusações de "mentiras infundadas" em um comunicado.

Em Israel, ativistas denunciaram o silêncio das organizações internacionais na defesa dos direitos das mulheres frente a estas acusações de crimes sexuais.

Além das 1.200 mortes, a maioria de civis, registradas por Israel durante a incursão do Hamas em outubro, a polícia investiga denúncias de violência sexual, entre estas estupros coletivos e mutilação de cadáveres.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, se reunirá com seus homólogos britânico e australiano nesta sexta-feira (1°) no Vale do Silício, na Califórnia, onde terão uma reunião sobre a aliança militar Aukus entre os três países.

Os altos funcionários vão discutir o desenvolvimento de um submarino de propulsão nuclear e de outras tecnologias com o objetivo de conter as ambições militares da China.

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A Austrália deve comprar dos Estados Unidos três submarinos nucleares ao longo da década de 2030, segundo os termos da aliança Aukus, antes que Camberra e Londres desenvolvam em conjunto um novo modelo de submarino de ataque que inclui tecnologia americana. Esses não terão ogivas nucleares.

O americano Lloyd Austin, o australiano Richard Marles e o britânico Grant Shapps "fornecerão novas informações importantes sobre a parceria" Aukus após o encontro, indicou o Pentágono.

A China condena tal acordo por ver nele uma ameaça à sua segurança assim como uma infração às normas de não proliferação nuclear. De acordo com Pequim, "os três países se comprometem cada vez mais com um caminho equivocado e perigoso".

Em setembro de 2021, o governo australiano cancelou subitamente um contrato de 90 bilhões de dólares australianos (60 bilhões de dólares ou 294 bilhões de reais) para adquirir submarinos do francês Naval Group de propulsão convencional, o que provocou irritação em Paris.

Os submarinos Classe Virginia que a Austrália comprará dos EUA são quase duas vezes maiores que seus atuais submarinos Classe Collins, e podem levar até 132 tripulantes, contra 48 do Collins.

A compra de submarinos de propulsão nuclear inserirá a Austrália em um clube muito seleto de países e à frente dos esforços de Washington para contrabalançar a expansão militar da China na Ásia-Pacífico.

O programa Au Pair nos Estados Unidos tem se destacado como uma oportunidade bem-sucedida de intercâmbio cultural, especialmente para mulheres de todo o mundo, incluindo as brasileiras. Nos últimos dois meses, houve um aumento de 18% no número de famílias norte-americanas procurando por esse serviço, segundo dados de Marcelo Melo, especialista em educação internacional e sócio da IE Intercâmbio. Essa tendência é esperada para continuar crescendo, especialmente com a proximidade das férias escolares e dos feriados de fim de ano.

Para se qualificar, as candidatas devem atender a requisitos específicos, como ser do sexo feminino, ter entre 18 e 26 anos, possuir alguma proficiência em inglês e comprovar no mínimo 500 horas de experiência em cuidados com crianças. Além disso, é necessário ter carteira de habilitação e experiência em condução, já que muitas vezes a Au Pair é responsável por levar e buscar as crianças em atividades como escola, consultas médicas e passeios.

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As exigências, no entanto, são compensadas pelas vantagens, como a oportunidade de aprimorar habilidades linguísticas imersas na cultura americana, adquirir experiência remunerada em cuidados infantis e educação, e estabelecer conexões internacionais. O programa tem duração mínima de 12 meses, podendo se estender por mais um ano, com um custo variando entre U$500 e U$1 mil, incluindo a passagem aérea. Importante destacar que despesas como hospedagem e alimentação são cobertas pela família contratante, tornando o programa Au Pair uma opção com excelente custo-benefício para os interessados.

Nos últimos três meses, a procura pelo programa aqui no Brasil cresceu 42% de acordo com dados da IE Intercâmbio. "A crescente demanda demonstra o valor que o Au Pair oferece tanto para as participantes quanto para as famílias anfitriãs. Não é apenas uma oportunidade de intercâmbio, mas uma jornada que transforma vidas e enriquece nossa compreensão global", afirma Marcelo Melo.

O executivo destaca a importância de uma preparação adequada para garantir o sucesso da experiência. Isso inclui a escolha criteriosa de uma agência confiável que ofereça suporte em todas as fases, desde a seleção da família candidata até o retorno ao país de origem. A empresa também orienta sobre a documentação necessária e prepara as interessadas para as responsabilidades nos EUA.

“Eu me interessei pelo Au Pair no meio do ano passado. Sempre quis morar fora, então comecei a pesquisar as maneiras de poder vir aos Estados Unidos e foi assim que descobri o programa. Tudo se encaixava, meu inglês já era bom e cuidar de criança era algo que eu gostava. Entrei em contato com a IE Intercâmbio e em quatro meses já estava embarcando, foi tudo muito rápido”, conta Beatris Medeiros, que está como Au Pair na cidade de Livingston, Nova Jersey, há pouco mais de um mês.

Ela relata que durante o processo de entrevista das família, como não estava com pressa, foi bem cautelosa, o que lhe assegurou um match perfeito: “Fiz o contato com eles e acabamos ficando muito amigos. As crianças já são maiores, uma coisa que eu queria, então tudo se encaixou, fazíamos chamadas de vídeo quase todos os dias, criamos um vínculo e uma amizade muito legal antes mesmo de nos conhecermos. Hoje, fazem questão que eu não me sinta sozinha”, explica a jovem.

Um componente crucial do programa é o "sponsor", que atua como intermediário entre a Au Pair, a residência anfitriã e o Departamento de Estado dos EUA, garantindo a conformidade com todas as regulamentações tanto da família quanto da contratada. A experiência de Beatris também foi positiva nesse contexto.

“A coordenadora local do programa foi super acolhedora, veio pessoalmente em casa, me acompanhou de perto. Assim, consegui me adaptar bem aos EUA. O programa está abrindo muito minha cabeça, mudou meu jeito de pensar, de agir, a gente vai se encaixando à cultura. A cidade também é maravilhosa, estou a 40 minutos de Nova Iorque, tem muito lugar para passear, estrutura, tenho um carro só pra mim, meu próprio quarto e banheiro”, destaca a imigrante.

Importante enfatizar que, como trata-se de uma contratação de serviços, a Au Pair irá receber salário pelas 45 horas semanais trabalhadas, além de duas semanas de férias remuneradas a cada 12 meses e folgas semanais que devem ser acordadas com a família que irá contratá-la. Além disso, ela recebe bolsa de estudo de 500 dólares pelo sponsor.

“A IE Intercâmbio mantém uma relação contínua com o sponsor nos Estados Unidos, garantindo o suporte necessário desde as primeiras semanas até o final do intercâmbio. Além disso, a coordenação local está disponível em todas as cidades onde ocorrem as colocações”, finaliza Melo.

 

O Congresso dos Estados Unidos expulsou, nesta sexta-feira (1), o legislador republicano George Santos, que se destacou pelas mentiras reiteradas, e o acusou de cometer crimes financeiros.

Uma sanção deste tipo ocorreu em apenas cinco ocasiões anteriores ao longo da história da Câmara de Representantes.

Votar a expulsão de um congressista exige maioria especial de dois terços dos 435 legisladores.

Santos, de 35 anos, filho de imigrantes brasileiros, havia dito ser vítima de "assédio" na quinta-feira, em sua defesa no Congresso.

Há duas semanas, um relatório de legisladores republicanos e democratas membros do Comitê de Ética da Câmara encontrou "evidência esmagadora" de má conduta por parte de Santos e alegou que ele tinha "tentado explorar fraudulentamente todos os aspectos de sua candidatura à Câmara para seu próprio benefício financeiro".

Recentemente, Santos se declarou não culpado de acusações federais como ter desfalcado os doadores de sua campanha, bem como de lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.

Ele também é acusado de usar dinheiro de doações em procedimentos com Botox e como usuário do site pornográfico Onlyfans, de cometer fraude com cartões de crédito e roubo de identidade, além de cobrar saques de seguro-desemprego aos quais não tinha direito durante a pandemia do coronavírus, antes de ser eleito.

O legislador chegou ao Congresso em 2022, ajudando os republicanos a alcançar uma apertada maioria na Câmara.

No entanto, pouco tempo depois veio à tona que ele havia mentido sobre quase tudo o que constava em seu aparentemente impressionante currículo.

A polícia de Michigan (EUA) deteve um menino de 12 anos que, segundo eles, roubou uma empilhadeira no último dia 25 em Ann Arbor. A polícia foi chamada para a Escola Secundária Forsythe por volta das 18h45 de sábado, dia 25, após um relato de uma empilhadeira roubada, conforme relatado pelo MLive.com.

Os policiais encontraram a empilhadeira indo para o sul pela cidade e iniciaram uma perseguição a velocidades entre 24 e 32 km/h. Segundo a CBS News, a empilhadeira colidiu com dez carros estacionados durante a perseguição.

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O motorista, mais tarde identificado como um menino de 12 anos de Ann Arbor, finalmente parou a empilhadeira e foi detido por volta das 20h.

A polícia descobriu posteriormente que a empilhadeira havia sido deixada destrancada com uma chave escondida na cabine. Ninguém ficou ferido no incidente.

De acordo com a CBS News, a investigação está em andamento. Na segunda-feira, 27, petições para menores de idade foram autorizadas por condução ilegal de um veículo automotor, fugir de um policial e resistir e obstruir um policial, de acordo com o Escritório do Xerife do Condado de Washtenaw. Fonte: Associated Press

Um homem condenado pelo crime de duplo homicídio foi executado nesta quinta-feira (30) em Oklahoma, no centro dos Estados Unidos, disse uma porta-voz Departamento Correcional desse estado.

Phillip Hancock, de 59 anos, recebeu a injeção letal na Penitenciária Estadual de Oklahoma na cidade de McAlester, segundo as autoridades.

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Esta é a 24ª execução realizada em 2023 - todas nos estados de Alabama, Flórida, Missouri, Oklahoma e Texas - e a última prevista nos Estados Unidos para este ano.

No início deste mês, a Junta de Indulto e Liberdade Condicional de Oklahoma havia recomendado a concessão de um perdão a Hancock e que ele fosse submetido à prisão perpétua, mas o governador Kevin Stitt rejeitou o pedido.

Hancock foi sentenciado à pena de morte pelos assassinatos, em 2001, de Robert Jett e James Lynch, membros de uma gangue de motoqueiros.

O homem alegou legítima defesa em sua ação. Ele contou que atirou em Jett e Lynch durante uma briga depois que os dois indivíduos tentaram obrigá-lo a entrar em uma jaula em Oklahoma City, onde morava o primeiro.

Oklahoma retomou as execuções em 2021, depois de uma moratória de seis anos devido a falhas no procedimento em 2014 e 2015.

Segundo uma pesquisa recente da Gallup Poll, 53% dos americanos são favoráveis à pena de morte para alguns condenados por assassinato, o que constitui o percentual mais baixo desde 1972, quando a Suprema Corte bloqueou as execuções no país, reinstauradas quatro anos depois.

A pena capital foi abolida em 23 estados do país, enquanto outros três - Califórnia, Oregon e Pensilvânia - cumprem uma moratória à sua aplicação.

Em tempos recentes, a pena de morte tem sido aplicada principalmente através de injeção letal. No entanto, o estado do Alabama pretende usar no próximo ano o método de inalação de nitrogênio, algo inédito em nível mundial.

Este procedimento, no qual a morte é provocada por hipoxia (esgotamento de oxigênio), está programado para 25 de fevereiro, com a execução de Kenneth Smith, de 58 anos, condenado à morte por um assassinato ocorrido em 1988.

Uma brasileira foi encontrada morta na casa em que vivia na cidade de Marlborough, Massachusetts, nos Estados Unidos, na quarta-feira (29). A polícia local suspeita que Kethlen Paula Alves Trindade da Rocha, de 28 anos, foi vítima do também brasileiro Marlon Moreira Costa, de 29. Ele se suicidou após o crime, de acordo com a polícia local.

Segundo o Ministério Público do Condado de Middlesex, a polícia de Marlborough recebeu uma ligação sobre um tiroteio em uma residência na Rice Street por volta das 10h (12h no horário de Brasília). Ao chegar, a polícia localizou duas mulheres e uma criança do lado de fora, que relataram ter ouvido disparos de tiros dentro de casa.

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Uma vez lá dentro, a polícia disse ter encontrado a mulher de 28 anos que morava na casa e um homem de 29 anos morto por aparentes ferimentos à bala. A investigação preliminar sugere que os dois tiveram um namoro, conforme aponta a Promotoria. Marlon Costa supostamente não aceitava o fim do relacionamento, de acordo com a imprensa local.

Na noite anterior ao crime, na terça-feira (28), Costa teria ameaçado Kethlen. Na quarta-feira, ele chegou à casa da brasileira, forçando a entrada por uma janela. Dentro da residência, ele ameaçou novamente Kethlen antes de atirar nela e depois em si mesmo, segundo a polícia.

Junior Dantas, um amigo de Kethlen, disse ao Boston 25 News que eles namoravam havia poucos meses e que tiveram "problemas pessoais". Segundo o amigo, toda a família de Kethlen vive no Brasil. O corpo será cremado e suas cinzas serão enviadas para Governador Valadares, em Minas Gerais, onde ela nasceu. Segundo a imprensa norte-americana, Marlon era natural de Ipatinga, também em Minas.

Uma aeronave militar americana Osprey, que transportava oito pessoas, caiu nesta quarta-feira, 29, no mar ao sul do Japão. A guarda costeira japonesa está se dirigindo ao local para operações de busca e resgate, informaram as autoridades

Ainda não há detalhes sobre o que aconteceu com a Bell-Boeing V-22 Osprey e com as pessoas a bordo, disse o porta-voz da guarda costeira, Kazuo Ogawa.

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A Guarda Costeira recebeu uma chamada de emergência de um barco de pesca próximo ao local do acidente em Yakushima, uma ilha ao sul de Kagoshima, ele disse.

Não ficou imediatamente claro a qual base dos EUA o Osprey pertencia, mas acredita-se que ele estava indo de Iwakuni para Okinawa, onde está localizada a maioria das instalações militares americanas no Japão.

O Osprey é uma aeronave híbrida que decola e aterrissa como um helicóptero, mas durante o voo pode girar suas hélices para frente e voar muito mais rápido, como um avião. As versões da aeronave são pilotadas pelo Corpo de Fuzileiros Navais, pela Marinha e pela Força Aérea dos EUA.

Uma aeronave Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA com 23 fuzileiros navais a bordo caiu em uma ilha do norte da Austrália em agosto, matando pelo menos três pessoas e ferindo gravemente pelo menos cinco durante um exercício de treinamento multinacional. (Com agências internacionais).

Os Estados Unidos enviaram nesta terça-feira (28) o primeiro de três aviões militares ao Egito para fornecer ajuda humanitária aos civis de Gaza durante a trégua nos combates decretada entre Israel e o Hamas, conforme informaram autoridades americana.

Este é o primeiro voo do Exército americano com alimentos, suprimentos médicos e equipamentos de inverno desde o início do conflito, após os ataques de 7 de outubro pelo grupo islamista palestino Hamas contra Israel.

Os voos começam um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmar que aproveitaria a prorrogação da trégua para enviar mais ajuda a Gaza.

"As necessidades humanitárias em Gaza exigem que a comunidade internacional faça muito mais. Os Estados Unidos estão comprometidos com esse esforço", disse Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, em um comunicado.

Sullivan acrescentou que Biden está trabalhando para "mobilizar a comunidade internacional para aumentar rapidamente o apoio" a um apelo da ONU para Gaza.

A primeira aeronave tipo Air Force C-17 pousou nesta terça-feira no Egito com 24,5 toneladas de suprimentos médicos e alimentos, de acordo com a agência americana para o desenvolvimento.

A ONU transportará a ajuda da região egípcia do norte do Sinai, que faz fronteira com a Faixa de Gaza governada pelo Hamas, até o território palestino, explicaram autoridades americanas anteriormente.

"Esses suprimentos da ONU vão salvar vidas e aliviar o sofrimento de milhares em Gaza", acrescentou Sullivan.

Outros dois carregamentos chegarão "nos próximos dias", de acordo com funcionários do governo Biden.

O Catar, que atua como mediador, anunciou na segunda-feira a prorrogação de trégua inicial de quatro dias por mais 48 horas, o que significa que o Hamas pode libertar mais reféns sequestrados durante o ataque a Israel.

Nos primeiros quatro dias de trégua, 800 caminhões de ajuda entraram no sul de Gaza procedentes do Egito e alguns também seguiram para o norte do território, segundo fontes americanas.

"O movimento de ajuda nos últimos quatro ou cinco dias foi tão significativo em volume que agora precisa de um reforço. E estes aviões integram o reforço", declarou outra fonte.

Washington deslocou dois porta-aviões para a região com o objetivo de dissuadir o Irã e seus aliados e também transportou ajuda militar para Israel, um aliado fundamental, mas até agora não havia utilizado recursos militares para entregar ajuda humanitária.

Biden expressou apoio veemente a Israel, mas também pediu a redução do número de vítimas civis no conflito.

Na segunda-feira, a Casa Branca afirmou que Israel tem a intenção de prosseguir com a guerra contra o Hamas após a trégua.

De acordo com as fontes do governo, Biden advertiu que Israel não deve provocar deslocamentos em larga escala no sul de Gaza, como fez na parte norte do território.

No dia 7 de outubro, o Hamas executou o ataque mais violento da história de Israel: 1.200 pessoas foram assassinadas, a maioria civis, e 240 foram sequestradas, segundo as autoridades israelenses. 

Em resposta, Israel bombardeou sem trégua e iniciou uma ofensiva terrestre em Gaza que, segundo o governo do Hamas, matou quase 15.000 pessoas, incluindo milhares de menores de idade.

Um tribunal da Rússia decidiu estender até 30 de janeiro a detenção de Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal, pela terceira vez, desde que ele foi preso em março sob alegação de espionagem que ele, o jornal e o governo dos Estados Unidos negam de modo veemente. Em agosto, um juiz pediu que o Serviço de Segurança Federal (FSB, na sigla em inglês) russo investigue mais o repórter, que segue detido à espera de julgamento.

Caso siga detido até 30 de janeiro, Gershkovich estará atrás das grades por dez meses. Aos 32 anos, o cidadão americano estava credenciado no Ministério das Relações Exteriores da Rússia para atuar como jornalista, mas foi detido por agentes do FSB em 29 de março, durante uma viagem para uma reportagem. Investigadores até agora não tornaram pública evidência para apoiar sua alegação de espionagem. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Três jovens de origem palestina que estavam em Burlington, no Estado norte-americano de Vermont, para o feriado de Ação de Graças, que ocorreu na quinta-feira, 23, foram baleados e feridos, um deles gravemente, perto da Universidade de Vermont (UVM), informou a polícia neste domingo, 26. As autoridades disseram que o ataque pode ter sido um crime de ódio.

Os tiros foram disparados por volta das 18h25 de sábado, 25, perto do campus da UVM, de acordo com o chefe de polícia de Burlington, Jon Murad. Ele acrescentou que a polícia está a procura do atirador.

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Duas das vítimas estão em condições estáveis, mas a terceira sofreu "ferimentos muito mais graves", disse Murad em comunicado de imprensa. Os três, todos de 20 anos, visitavam a casa de um deles e caminhavam quando foram confrontados por um homem branco armado.

"Sem falar, ele disparou pelo menos quatro tiros da pistola e acredita-se que tenha fugido", disse Murad em comunicado. "Todas as três vítimas foram atingidas, duas no torso e uma nas extremidades baixas."

Murad disse que os três homens são descendentes de palestinos. Dois são cidadãos dos Estados Unidos e um é residente legal. Dois dos homens usavam lenços "kafia" palestinos preto e branco. Murad acrescentou que não há informações adicionais que sugiram o motivo do suspeito.

"Minhas mais profundas condolências às vítimas e suas famílias", disse Murad no comunicado. "Neste momento de tensão, ninguém pode olhar para este incidente e não suspeitar que pode ter sido um crime motivado pelo ódio. Já entrei em contato com colegas federais e a promotoria para me preparar para isso, caso seja comprovado."

O FBI, a polícia federal dos EUA, disse estar ciente do ocorrido. "Se, no decurso da investigação local, surgirem informações sobre uma potencial violação federal, o FBI está preparado para investigar", disse Sarah Ruane, porta-voz do FBI baseada em Albany, Nova York, em comunicado.

Protestos têm se proliferado e as tensões estão aumentando nos Estados Unidos frente ao avanço do número de mortos na guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, Palestina.

Deputados e senadores brasileiros bolsonaristas estão em comitiva em Washington, capital dos Estados Unidos, para, segundo eles, denunciar arbitrariedades do sistema judiciário brasileiro e supostas violações de liberdade de expressão no Brasil. Liderados pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), os parlamentares foram recebidos por George Santos, deputado do Partido Republicano que é acusado de roubo de identidade de pessoas e de fazer pagamentos com cartões de crédito de seus doadores sem sua autorização, e por Marjorie Taylor Greene, deputada americana apontada como representante do grupo QAnon, que propaga desinformação no país.

George Santos é um congressista republicano de origem brasileira e se declarou inocente em tribunal americano, no fim de outubro deste ano, das acusações adicionais apresentadas pela justiça americana por roubo de identidade e dar falso testemunho à Comissão Federal de Eleições (FEC), segundo fontes judiciais ouvidas pela agência de notícias AFP.

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Em maio, ele havia se declarado inocente de sete acusações de fraude eletrônica, três de lavagem de dinheiro, uma de roubo de fundos públicos e duas por declarações materialmente falsas à Câmara de Representantes.

A comitiva de parlamentares brasileiros é formada pelos senadores Magno Malta (PL-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE) e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Altineu Côrtes (PL-RJ), Delegado Ramagem (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Gustavo Gayer (PL-GO).

Um vídeo publicado pela deputada Júlia Zanatta, ao lado de Eduardo Bolsonaro, mostra o registro do encontro entre os parlamentares e George Santos e Marjorie Taylor Greene, congressista americana apoiadora do ex-presidente Donaldo Trump.

"Hoje nós nos encontramos com dois congressistas aqui dos Estados Unidos, a Marjorie Greene e o George Santos", confirma Júlia na publicação.

A deputada, da Geórgia, chegou a ser alvo de um processo de afastamento na Câmara dos Estados Unidos, em 2021, por endossar pedidos de execuções de democratas e espalhar desinformação perigosa e preconceituosa. A congressista foi criticada no passado por publicar vídeos em que parecia argumentar que muçulmanos não deveriam poder trabalhar em órgãos do governo americano, e por comparar o movimento Black Lives Matter ao grupo supremacista branco Ku Klux Klan.

Na ação sem precedentes no Congresso moderno, a Câmara votou 230 a 199 - contra a oposição republicana quase unânime - para remover Greene das comissões de Educação e de Orçamento. A ação retirou efetivamente Greene de sua influência no Congresso, banindo-a de comissões essenciais para o avanço da legislação e supervisão sobre os temas.

Símbolo do extremismo crescente entre a base pró-Trump do Partido Republicano, a conservadora é empresária do ramo da construção civil e novata na política. Marjorie Taylor Greene conquistou a cadeira do 14º distrito de seu Estado nas eleições de novembro de 2020. A vitória era esperada - ela estava concorrendo sem oposição em um dos distritos mais conservadores do país -, assim como as derrotas da maioria dos outros candidatos não vinculados ao QAnon.

Antes de chegar ao Congresso, Greene curtiu postagens no Facebook que defendiam a execução de democratas, incluindo a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e uma vez postou um vídeo dela assediando um adolescente sobrevivente de um ataque a tiros em uma escola em Parkland, Flórida.

Em um vídeo postado nas redes sociais nesta quinta-feira, 16, Girão diz que o grupo se reuniu com integrantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar "violações aos direitos humanos dos brasileiros". No vídeo, ele diz que o grupo entregou uma carta assinada por cerca de 100 parlamentares.

"Trouxemos uma carta de 100 congressistas denunciando o abuso de direitos humanos, denunciando a caçada implacável a liberdade de expressão. Não vamos parar. O mundo precisa saber que a nossa democracia está em frangalhos. Estamos com uma agenda intensa. Detalhe: zero recurso público. Estamos vindo com o próprio bolso", disse Girão.

O deputado Eduardo Gayer afirma que a reunião na OEA tratou ainda sobre uma suposta perseguição aos "membros do 8 de janeiro", condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Acabamos de sair de uma reunião com membros da OEA, onde a gente fez os relatos do que está acontecendo com o nosso Brasil, o ataque constante às nossas liberdades, como a liberdade de expressão, o desrespeito ao sistema persecutório que tem acontecido com os membros do 8 de janeiro. As pessoas estão sendo condenadas de forma grotesca", disse Gayer.

Já o deputado mineiro Nikolas Ferreira criticou as recentes decisões dos tribunais superiores. "Pedimos uma posição, já que, infelizmente, os nossos superiores tribunais não tem tomado as devidas decisões corretas no nosso País", afirmou.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro diz que o objetivo da comitiva é "mostrar a verdade sobre o que está acontecendo no Brasil".

"Foram encontros muito positivos. A gente leva a nossa percepção de Brasil. Na verdade, a verdade que está acontecendo no Brasil aqui para o exterior. Temos uma oportunidade de falar o que está acontecendo no Brasil, não só em relação à Amazônia, mas, principalmente, ao cerceamento das liberdades. São processos que estão encarcerando gente de maneira injusta, que não cometeram crimes. O Brasil está no caminho da Venezuela", afirmou Eduardo.

De acordo com os parlamentares, os gastos com a viagem estão sendo pagos do próprio bolso. Não há registros de gastos de cota parlamentar ou pedidos de reembolso à Câmara dos Deputados até o momento.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 16, que os EUA estão comprometidos a dedicar US$ 1 bilhão para países amazônicos protegerem a floresta da região. "A Amazônia é muito importante, pois todos os dias absorve mais CO2 do que é emitido pelos Estados Unidos."

De acordo com Biden, a iniciativa de governos que visa combater a emissão de gás metano terá a participação de 150 países. Ele destacou que os EUA investiram US$ 20 bilhões para cortar a liberação destes gás na atmosfera.

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"Encorajo a todos nesta mesa, países da Apec, a adotar medidas fortes contra mudança climática", destacou Joe Biden, durante o APEC Diálogo Informal em almoço de trabalho com líderes de governos que participam da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês). O evento ocorre no Moscone Center em São Francisco.

Segundo Biden, o mundo e os países da Apec podem limitar aquecimento global a 1,5 grau centigrado acima do que registrado durante a revolução industrial. "Podemos tornar momento de grande perigo ao planeta em grandes oportunidades para todos."

A PlayStation revelou, nesta semana, os bastidores do projeto do controle Access com alguns especialistas em acessibilidade que prestaram consultoria durante o seu desenvolvimento. Além de apresentar novos recursos para que os jogadores com deficiências saibam mais sobre como esse kit de controle personalizável pode contribuir para uma experiência de gameplay com mais conforto e por períodos mais longos, o controle Access para PS5 será lançado no dia 6 de dezembro. 

O lançamento do Controle Access foi possível por causa do apoio e do feedback de consultores e testadores de jogos da comunidade nos EUA, na Europa e no Japão. Recentemente, o produto foi fornecido a alguns desses especialistas para que eles pudessem começar a personalizar suas configurações. Os consultores de acessibilidade Paul Amadeus Lane e Cesar Flores, Aaron Price (conselheiro da AbleGamers), Paul Phillips (embaixador da SpecialEffect) e Sam Schaffel (pesquisador de design de acessibilidade da Insomniac Games) foram os testadores do Controle Access, com novas maneiras de aproveitar os jogos que antes não eram possíveis. 

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Como um kit de controle versátil para o PS5 com um design inovador e opções de personalização, o controle Access inclui recursos e funcionalidades novos para os jogadores explorarem. Também tem um novo hub de suporte com guias detalhados de instruções e tutoriais em vídeo, incluindo etapas de como adaptar os recursos de hardware e software do Controle Access para criar a configuração mais adequada. Para saber mais sobre o console e os acessórios do PS5, acesse: https://www.playstation.com/pt-br/.

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou para a imprensa, na quarta-feira (15), que o presidente da China, Xi Jinping, é "um ditador". A declaração foi dada momentos depois de uma reunião de Biden com o Xi que durou mais de quatro horas - a primeira conversa entre os líderes em um ano.

"É um termo que usávamos antes. Ele [Xi] é um ditador no sentido de que é um cara que dirige um país comunista, que se baseia numa forma de governo completamente diferente da nossa", respondeu Biden ao ser questionado por um repórter se ele ainda considerava Xi um ditador.

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A China condenou as declarações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse: "este tipo de discurso é extremamente errado e é uma manipulação política irresponsável". "Devo salientar que há sempre pessoas com segundas intenções que tentam semear a discórdia para arruinar as relações entre os Estados Unidos e a China e, neste caso, também não terão sucesso", acrescentou o responsável.

Biden e Xi reuniram-se em São Francisco, na Califórnia, à margem de uma cimeira de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Ambos os líderes concordaram em restabelecer as comunicações militares em um esforço para diminuir as tensões. No encontro, os governantes também abordaram questões sobre Taiwan e chegaram a um acordo na luta contra o fentanil, no qual a China concordou em tomar medidas para reduzir a produção de ingredientes para o opioide sintético no centro de uma crise de saúde nos Estados Unidos. (Com agências internacionais).

Por Sergio Caldas*

São Paulo, 13/11/2023 - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, à espera de uma reunião nesta semana entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

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Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng avançou 1,30% em Hong Kong, a 17.426,21 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos, graças ao bom desempenho de ações de tecnologia, enquanto o japonês Nikkei teve alta apenas marginal de 0,05% em Tóquio, a 32.585,11 pontos, e o Taiex subiu 0,94% em Taiwan, a 16.839,29 pontos.

Na China continental, os ganhos foram moderados, de 0,25% no caso do Xangai Composto, a 3.046,53 pontos, e de 0,56% no do menos abrangente Shenzhen Composto, a 1.914,41 pontos.

Biden e Xi têm encontro marcado para quarta-feira (15), na Califórnia, na primeira reunião em um ano entre os líderes das duas maiores economias do mundo. Ambos deverão procurar trazer maior estabilidade a uma relação que é definida por divergências em temas como controles de exportação, a situação de Taiwan e as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.

Exceção na Ásia hoje, o sul-coreano Kospi caiu 0,24% em Seul, a 2.403,76 pontos, revertendo ganhos de mais cedo no pregão.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o viés positivo da região asiática e ficou no vermelho, após o banco central local - conhecido como RBA - alertar que a inflação doméstica deverá desacelerar em ritmo mais gradual do que se imaginava. O S&P/ASX 200 recuou 0,40% em Sydney, a 6.948,80 pontos.

Contato: sergio.caldas@estadao.com

*Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press
 

Desde quinta-feira, 9, o mundo tem uma vacina contra a chikungunya. O imunizante, chamado Ixchiq, foi desenvolvido em parceria pelo Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, e a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva e aprovado para ser ministrado em maiores de 18 anos nos Estados Unidos.

A decisão foi da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora responsável por autorizar o uso de medicamentos naquele país, que concedeu a aprovação à Valneva Austria GmbH. A avaliação levou em conta os dados americanos do ensaio clínico de fase 3 publicados em junho na revista The Lancet, que mostraram que a vacina é segura para adultos e induziu anticorpos em 98,9% dos participantes da pesquisa. A chikungunya não tem tratamento específico.

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No Brasil a vacina ainda não está liberada. O Butantan deve encaminhar o pedido de aprovação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no primeiro semestre de 2024. O Butantan também está conduzindo estudo de fase 3 no Brasil, região onde há transmissão do vírus, desta vez em adolescentes. O resultado deve sair nos próximos meses e pode fundamentar a indicação da vacina também para este grupo etário.

"É uma ótima notícia para todos. Estamos cada vez mais próximos de oferecer uma vacina contra chikungunya para a população. O Butantan tem muito orgulho de participar ativamente deste processo de desenvolvimento", afirma o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.

"A infecção pelo vírus chikungunya pode causar problemas de saúde prolongados, especialmente em adultos mais velhos e indivíduos com condições médicas subjacentes", disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA. "A aprovação atende a uma necessidade médica e é um avanço importante na prevenção de uma doença potencialmente debilitante e com opções de tratamento limitadas."

Segundo a FDA, a vacina é ministrada em dose única por injeção no músculo. Ela contém uma versão viva e enfraquecida do vírus chikungunya e pode causar sintomas semelhantes aos sentidos por pessoas com a doença.

A eficácia do Ixchiq baseia-se em estudo clínico realizado nos Estados Unidos em indivíduos com 18 anos de idade ou mais. A resposta imunitária de 266 participantes que receberam a vacina foi comparada com a resposta imunitária de 96 participantes que receberam placebo. O imunizante induziu produção de anticorpos neutralizantes em 98,9% dos participantes. Seis meses após a vacinação, a proteção ainda foi mantida em 96,3% dos voluntários.

A segurança da Ixchiq foi avaliada em dois estudos clínicos realizados na América do Norte, nos quais cerca de 3.500 participantes com 18 anos ou mais receberam uma dose da vacina; outros cerca de 1.000 participantes receberam um placebo.

Os efeitos colaterais mais frequentes foram dor de cabeça, fadiga, dores musculares, dores nas articulações, febre, náusea e sensibilidade no local da injeção. Reações adversas graves semelhantes à chikungunya, que impediram a atividade diária e/ou exigiram intervenção médica, ocorreram em 1,6% dos que receberam Ixchiq. Duas pessoas vacinadas precisaram ser hospitalizadas.

Alguns receptores tiveram reações adversas por mais de 30 dias. As informações de prescrição incluem um aviso para informar que a vacina pode causar reações adversas graves ou prolongadas semelhantes às da chikungunya.

A FDA determinou que os fabricantes conduzam um estudo pós-comercialização para avaliar o risco de reações adversas graves semelhantes à chikungunya entre os vacinados.

No Brasil

A vacina está sendo testada no Brasil em 750 adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos que residem em áreas endêmicas nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Campo Grande, Boa Vista e Laranjeiras-SE.

A chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Alguns casos podem ser assintomáticos e outros podem causar febre acima de 38,5°C e dores intensas nas articulações de pés e mãos, além de dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele.

As sequelas deixadas pela chikungunya - principalmente as fortes dores articulares - podem se tornar crônicas e durar anos. "Muitos desses casos ocorrem em pessoas jovens, que não conseguem mais trabalhar. Então, essa arbovirose acaba tendo consequências não só na saúde, mas na economia", aponta a diretora médica do Butantan, Fernanda Boulos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus chikungunya já foi identificado em 110 países na Ásia, África, Europa e nas Américas. No Brasil, os casos aumentaram 78% de 2021 para 2022.

A principal forma de prevenção atualmente é o combate ao mosquito transmissor, assim como no caso da dengue. Isso inclui esvaziar e limpar frequentemente recipientes com água parada, como vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e descartar adequadamente o lixo.

O governo dos Estados Unidos está doando 400 câmeras corporais ao Brasil, por intermédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a assessoria de imprensa da embaixada norte-americana, o donativo permitirá às forças de segurança pública brasileiras avaliar vantagens e inconvenientes do uso dos aparelhos, enquanto o país desenvolve seu próprio projeto nacional de emprego da tecnologia.

Também será doado um programa de computador (software) de gerenciamento das imagens e vão treinar servidores públicos para operar o sistema. De acordo com a embaixada, somados, câmeras, software e treinamento equivalem a uma transferência de aproximadamente US$ 1 milhão - pouco mais de R$ 4,86 milhões pelo câmbio desta terça-feira (8).

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Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que as câmeras já estão em território brasileiro, na embaixada, que está concluindo os últimos procedimentos burocráticos necessários à entrega dos equipamentos. A expectativa é que os aparelhos sejam liberados até o fim de dezembro.

PRF

Duzentas câmeras serão repassadas à Polícia Rodoviária Federal (PRF), que as empregará no chamado Projeto Estratégico Bodycams (do inglês, câmeras corporais). Desde março deste ano, a corporação vem realizando estudos e testes para acoplar as filmadoras no uniforme de parte de seu efetivo.

Segundo a PRF, o uso das câmeras corporais “visa ampliar e manter a segurança dos agentes rodoviários e das pessoas abordadas nas rodovias federais, aprimorando as práticas da instituição na prestação de serviços à sociedade”.

Em maio deste ano, durante evento para apresentar o projeto estratégico a jornalistas, o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, citou o episódio em que o sergipano Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, foi morto por asfixia, por policiais rodoviários federais, em Umbaúba (SE), um ano antes.

“Os fatos ocorridos foram traumáticos para nós [PRF] e isso desencadeou algumas recomendações, sobre orientação do próprio ministro da Justiça Flávio Dino”, disse Antônio Fernando sobre a importância das bodycams. “Entendemos o projeto das câmeras corporais como um passo fundamental para o futuro da PRF, por ser esse um instrumento de garantia, não só para a sociedade, mas, na visão da PRF, fundamental para a segurança do próprio policial.”

Consultada pela Agência Brasil, a PRF informou que, por conta da doação norte-americana, a equipe responsável pelo projeto estratégico pretende antecipar algumas das atividades que já estavam previstas para ocorrer no âmbito da preparação do processo licitatório para a futura compra de câmeras.

Ainda segundo a PRF, a gestão e o armazenamento das imagens registradas pelas 200 câmeras doadas por intermédio do Escritório de Assuntos de Aplicação da Lei Internacional de Narcóticos, do Departamento de Estado norte-americano, ficarão sob responsabilidade da empresa fornecedora dos equipamentos – cujo nome não foi confirmado. Já a instalação das câmeras nos uniformes, a coleta e o recebimento das imagens serão de responsabilidade da própria PRF.

Bahia

O Ministério da Justiça e Segurança Pública repassará as 200 câmeras ao governo da Bahia, que também já vinha tocando seu próprio projeto de compra e instalação de câmaras corporais nos uniformes de parte dos policiais estaduais.

Segundo a pasta, a entrega de parte da doação norte-americana à Secretaria da Segurança Pública da Bahia se dará por meio de um acordo de cooperação técnica, no âmbito do Projeto Nacional de Câmeras Corporais.

A elaboração do projeto nacional está a cargo das secretarias de Segurança Pública (Senasp) e de Acesso à Justiça (Saju), do ministério, com a participação de representantes da PRF. A proposta do ministério é estabelecer diretrizes a serem observadas pelas forças policiais e unidades federativas que adotarem a tecnologia.

Em junho de 2020, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu limites à realização de operações policiais em favelas da cidade do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19. Um ano e meio depois, o plenário da Corte definiu o alcance da decisão liminar de Fachin, determinando, entre outros pontos, que o governo fluminense deveria apresentar, em até 90 dias, um plano visando à redução da letalidade policial e o controle de violações de direitos humanos.

Entre as medidas a serem adotadas estava a instalação, em até 180 dias, de equipamentos de GPS e de sistemas de gravação de áudio e vídeo nas viaturas policiais e nas fardas dos agentes de segurança – iniciativa que, já na época, estava prevista em lei estadual.

No mês passado, quando a morte de um miliciano desencadeou uma série de ataques a veículos, durante os quais criminosos incendiaram ao menos 35 ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que estender a decisão do STF para as forças de segurança federais era um “obstáculo momentaneamente intransponível” à atuação da Polícia Federal, da Força Nacional e da Força Nacional nas comunidades cariocas.

“Este é um obstáculo intransponível que não temos como atender, neste momento”, disse Dino, ao explicar que, devido a um questionamento do Ministério Público Federal (MPF), foi forçado a rever o plano de enviar a Força Nacional para auxiliar as polícias estaduais em ações nas favelas, concentrando a ação do efetivo da tropa federativa em áreas de competência federal.

Segundo Dino, a atual gestão federal está decidida a adquirir câmeras de vídeo para os uniformes policiais e só não o fez ainda porque o ministério ainda não decidiu qual tecnologia empregar. “Vamos comprá-las. Isso já está decidido desde o começo do governo. Uma missão nossa já foi à China, outra foi aos Estados Unidos, e fizemos, há cerca de 15 dias, uma reunião com todas as policias estaduais discutindo câmeras”, destacou Dino.

“Mas colocar a câmara no uniforme é a parte fácil do processo. O fundamental é saber para onde estas imagens irão? Quais os critérios normativos? Quais os critérios de análise destas imagens e, sobretudo, quais as ferramentas analisarão estas imagens? Porque, evidentemente, não há um policial [apto a analisar as imagens] para cada policial que está na rua. E se as filmagens ficarem em um arquivo morto, isso não fará nenhum sentido”, ponderou o ministro, defendendo uma resolução que se aplique a todo o país.

“Não posso pensar só nas nossas forças. Tenho que pensar de modo coordenado segundo a lógica do Sistema Único de Segurança Pública. As polícias estaduais estão sob autoridade dos governadores. Não adianta eu baixar uma portaria e dizer que a polícia estadual do Amapá vai cumpri-la, porque isso vai depender da decisão do governador”, finalizou o ministro.

Os EUA se opõem a uma nova ocupação por tempo indeterminado da Faixa de Gaza por Israel, como sugeriu o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, na segunda-feira (7). "Em nossa opinião, os palestinos deveriam estar à frente destas decisões. Gaza é território palestino e continuará sendo território palestino", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.

Na segunda-feira, em entrevista à emissora americana ABC, Netanyahu afirmou que Israel terá de supervisionar a segurança da Faixa de Gaza "por um período indefinido" quando a guerra com o Hamas terminar. "Já vimos o que acontece quando não temos essa responsabilidade: a erupção do terror do Hamas em uma escala que não poderíamos imaginar", disse o premiê.

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O governo de Israel afirmou que seu objetivo na guerra é destruir o Hamas, que controla o território, e "despojá-lo de suas capacidades militares", em resposta aos atentados de 7 de outubro, quando terroristas do grupo mataram 1,4 mil israelenses e tomaram cerca de 240 reféns, que estão no cativeiro em Gaza.

Autoridades israelenses, no entanto, têm sido vagas sobre quem deve dar as cartas no enclave depois da guerra, e as declarações de Netanyahu parecem indicar que Israel está se preparando para desempenhar pelo menos algum papel no controle da segurança.

Ocupação

Na entrevista à ABC, o premiê não deu mais detalhes, mas o seu plano, se colocado em prática, significaria quase uma reocupação total de Gaza, uma medida que os EUA e outros países rejeitam.

Tanto o presidente americano, Joe Biden, quanto o secretário de Estado, Antony Blinken, disseram que a Autoridade Palestina deve desempenhar um papel central no futuro do enclave. Na semana passada, Blinken chegou a sugerir que um consórcio internacional assuma Gaza, caso os palestinos rejeitem a ideia.

A posição de Netanyahu, porém, parece ter amplo apoio político em Israel. Yair Lapid, o líder da oposição centrista e um dos mais duros críticos do premiê, disse ontem que concordar com ele. Em entrevista à rádio Kan, ele disse que os israelenses não querem financiar escolas e hospitais de Gaza. "É do interesse de Israel devolver as funções à Autoridade Palestina", afirmou. "Mas o premiê está certo. O controle da segurança tem de ser nosso."

Controle

Israel controlou Gaza de 1967 a 2005, quando o então primeiro-ministro, Ariel Sharon, decidiu retirar-se completamente do território. A saída significou o desmonte de instalações militares e o reassentamento de 9 mil israelenses que viviam em 21 colônias dentro do enclave palestino.

Nos cálculos de Sharon, manter o controle do território havia se tornado caro demais, tanto do ponto de vista econômico quanto humano, já que a ocupação militar também representava um risco muito alto para a vida dos soldados israelenses.

Em 2006, os palestinos organizaram eleições e o Hamas venceu o Fatah, grupo rival moderado. Mas EUA e União Europeia ameaçaram cortar a ajuda financeira se o grupo assumisse o poder - o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, chegou a ser nomeado primeiro-ministro.

No ano seguinte, diante do impasse político, o Hamas expulsou todos os dissidentes e assumiu o poder na Faixa de Gaza, deixando a Cisjordânia sob o comando de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina e membro do Fatah. Desde então, Israel impõe um rígido controle sobre o que sai e o que entra no território.

Assistência

Um dos problemas de Israel, portanto, é como separar um acordo de segurança de suas obrigações com a população, já que a presença militar tornaria a ocupação mais evidente. Segundo a Convenção de Genebra, o país seria responsável por comida, suprimentos médicos, roupas e moradia. Mas não é essa a ideia de muitos aliados de Netanyahu. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, sugeriu o oposto e afirmou que Israel precisa se livrar de qualquer responsabilidade pelo território. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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