Tópicos | Eudson Catão

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa (PDT), nomeou o ex-prefeito de Palmeirinha, no Agreste, Eudson Catão, para compor a equipe de assessoria especial do seu gabinete. O ex-prefeito, no entanto, foi condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa. Segundo o processo, Catão deixou de prestar contas relativas a recursos recebidos, por meio de convênio, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. 

A nomeação do novo assessor especial de Uchoa foi publicada no Diário Oficial do Poder Legislativo na última quarta-feira (10). Através da assessoria de imprensa da Casa, o presidente informou que não tinha conhecimento da condenação, mas que iria revogar o ato de nomeação do ex-prefeito de Palmeirinha. 

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Condenação por Improbidade – A ação contra o ex-prefeito foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Garanhuns e a condenação foi divulgada em janeiro. Na decisão, a Justiça apontou que a irregularidade aconteceu em 2001 a partir de um convênio para a execução de obras de infraestrutura e serviços no município, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

As irregularidades constatadas levaram Eudson Catão, inclusive, à condenação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após instauração de tomada de contas especial. A Justiça Federal atendeu ao pedido do MPF e condenou o ex-prefeito a perda de eventual função pública, suspensão dos direitos políticos por três anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público, bem como de receber benefícios e incentivos fiscais ou creditícios por três anos. Não cabe mais recurso contra a decisão judicial.

Os problemas enfrentados pelas gestões municipais de Pernambuco, em consequência da queda de receita, do aumento de despesas e da seca, foram relatados pelos prefeitos de algumas cidades a presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Teresa Duere. Em reunião na sede do TCE, nesta terça-feira (20), os prefeitos de Aliança, Azoka Gouveia; de Palmeira, Eudson Catão e de Venturosa Eudes Tenório. 

A audiência com Duere acontece depois dos gestores de cerca de 100 municípios pernambucanos fecharem as portas das prefeituras para protestar contra a redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), consequência da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca e automóveis. Os gestores também reivindicam junto ao governo federal medidas que os auxiliem no combate a seca que atinge o Nordeste, além de participação na distribuição dos royalties de petróleo. 

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O prefeito de Palmeira e presidente da Comissão de Desenvolvimento do Agreste Meridional- Codeam relatou durante a reunião, que os prefeitos dos municípios menores estão em situação de “desespero”. Catão lembra que os gestores tiveram que implantar na folha de pessoal o reajuste do salário mínimo e do piso salarial dos professores em meio às dificuldades financeiras. 

Duere reconheceu que os prefeitos que estão concluindo os mandatos este ano passaram por um período de “muita turbulência”. Segundo ela, o TCE tem tido a sensibilidade para analisar “caso a caso”, avaliando os municípios que adotaram medidas para reduzir despesas desnecessárias e os separando dos que realizam despesas desnecessárias.

Na análise da presidente do TCE, as entidades que representam as prefeituras deveriam ter uma posição mais “proativa” em defesa dos seus municípios. Duere antecipou que em janeiro será realizado um seminário para os novos prefeitos de Pernambuco.

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