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A Justiça Militar Federal ouve, na próxima segunda-feira, (26), integrantes da PM do Rio de Janeiro, testemunhas de defesa dos 12 militares do Exército acusados pela morte do músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, que estava em um carro alvejado com 80 tiros, quando passava com a família em Guadalupe, na zona norte da capital. Um catador de papel foi socorrer o músico e também acabou morto. O crime ocorreu no dia 7 de abril deste ano, um domingo, quando o carro foi supostamente confundido com um automóvel em que estariam criminosos e foi metralhado pelos militares.

Onze dias depois, o catador de papel Luciano Macedo, de 27 anos, morreu no Hospital Carlos Chagas, na zona norte da cidade. Macedo também foi atingido com três tiros nas costas por militares do Exército, na mesma ação que atingiu Evaldo Rosa. Ele passava na hora e tentou socorrer o músico, quando também recebeu tiros de fuzil.

Na terça-feira (27), a Justiça Militar fará o  interrogatório de todos os 12 militares acusados do crime, que serão ouvidos individualmente,  pela primeira vez, no processo criminal. As audiências serão conduzidas pela juíza Mariana Queiroz Aquino Campos.

Os militares foram denunciados à Justiça Militar da União no dia 11 de maio pelos crimes de homicídio qualificado e omissão de socorro, por supostamente não terem prestado assistência às vítimas.

O caso

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A Justiça Militar aceitou a denúncia do Ministério Público Militar (MPM) no dia 11 de maio e transformou em réus 12 integrantes do Exército no caso do carro em Guadalupe, Um segundo-tenente, um terceiro-sargento, dois cabos e oito soldados vão responder por homicídio qualificado, tentativa qualificada e omissão de socorro.

De acordo com o MPM, os militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford Ka branco. O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua mulher, seu filho e uma amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. O catador Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital.

A Justiça Militar aceitou nesta sábado (11) a denúncia do Ministério Público Militar e transformou em réus 12 militares do Exército no caso do carro alvejado em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. No episódio, ocorrido em 7 de abril, o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo foram mortos.

Um 2º tenente, um 3º sargento, dois cabos e oito soldados vão responder por homicídio qualificado, tentativa qualificada e omissão de socorro. Eles estão presos em uma unidade militar desde o dia do crime. A denúncia foi aceita pela juíza federal substituta da Justiça Militar, Mariana Queiroz Aquino Campos.

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De acordo com o Ministério Público Militar, os militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford Ka branco. O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua mulher, seu filho e um amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. Já o catador Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo e morreu 11 dias depois no hospital.

Em nota divulgada ontem (10), o Ministério Público Militar afirma que os militares não prestaram socorro imediato às vítimas. “Segundo levantamento realizado pela Polícia Judiciária Militar, naquela tarde de 7 de abril de 2019, considerando o primeiro e o segundo fatos, os denunciados dispararam 257 tiros de fuzil e de pistola. Já com as vítimas não foram encontradas armas ou outros objetos de crime”, acrescenta o texto.

O silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a ação de militares do Exército, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos, após ter o carro atingido por cerca de 80 tiros, vem sendo alvo de críticas de políticos da oposição nesta terça-feira (9). O caso aconteceu no domingo (7) e, até o momento, Bolsonaro não falou sobre o assunto.

Por meio de publicação no Twitter, a líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB), ironizou a falta de posicionamento. “O ‘presidente’ do país já se pronunciou sobre a família metralhada dentro de um carro com 80 tiros pelo Exército ou vai esperar ano bissexto?”, indagou a comunista.

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“Brasil segue governado por um homem que se posiciona publicamente sobre 'golden shower', mas se silencia sobre o Exército executar um homem, na frente de toda sua família, com 80 TIROS [sic]”, acrescentou.

A ex-candidata a vice-presidente da República na chapa de Fernando Haddad, Manuela D’Ávila (PCdoB), também questionou a ausência de comentários por parte do governo. “O Estado brasileiro já se pronunciou sobre a execução sumária de um trabalhador com 80 tiros diante de sua família?”, perguntou.

Além de Jair Bolsonaro, o ministro da Segurança Pública e Justiça, Sérgio Moro, também não falou sobre o assunto ainda. Já o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), chegou a dizer que não faria “juízo de valor” sobre o fuzilamento.

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