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A ex-presidente Dilma Rousseff, que passa seu primeiro dia em Porto Alegre após deixar o Palácio da Alvorada nessa terça-feira (6), usou a rede social Twitter para defender o apoio que seu governo deu aos Jogos Paralímpicos, cuja abertura acontece nesta quarta-feira (7) no Rio de Janeiro. "Hoje começam os Jogos Paralímpicos #Rio2016. Tenho muito orgulho do apoio que meu governo deu aos atletas. Os atletas paralímpicos brasileiro também tiveram o incentivo do Plano Brasil Medalhas e do Bolsa Pódio", escreveu ela.

Fez menção ainda ao Centro Paralímpico Brasileiro e aos atletas paralímpicos brasileiros. "O meu governo se orgulha de ter implantado o Centro Paralímpico Brasileiro, um dos mais modernos do mundo em São Paulo. Nossos atletas treinaram no Centro. Vão trazer muitas medalhas e alegria para o povo brasileiro. Estou na torcida. #VitóriaParalímpicos", acrescentou. Segundo Dilma, os atletas paralímpicos brasileiros estão entre "os melhores do mundo e são um exemplo de superação, tenacidade, dedicação e força de vontade".

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Condenada pelo Senado à destituição do mandato, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez o primeiro pronunciamento na tarde desta quarta-feira (31). Com palavras duras, a petista disse que “permanecerá na luta” e prometeu que o agora presidente da República, Michel Temer (PMDB), terá “a mais determinada e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer”. 

Segundo Dilma, um grupo de “políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da Justiça” assume o comando do país a partir de uma fraude que golpeia não apenas a ela, mas a população brasileira. “Acabam de derrubar a primeira mulher presidenta do Brasil, sem que haja qualquer justificativa constitucional para este impeachment. Mas o golpe não foi cometido apenas contra mim e contra o meu partido. Isto foi apenas o começo. O golpe vai atingir indistintamente qualquer organização política progressista e democrática... O golpe é contra o povo e contra a Nação. O golpe é misógino. O golpe é homofóbico. O golpe é racista. É a imposição da cultura da intolerância, do preconceito, da violência”, salientou.

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Com um semblante firme, a petista disse que este é o “segundo golpe de estado que enfrento na vida”, referindo a ditadura militar em 1964 e ao que tem chamado de “golpe parlamentar”, sob a ótica dela, “desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica”. 

“O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”, disparou.

Apesar de deixar o poder, Dilma Rousseff disse que “a descrença e a mágoa são péssimas conselheiras” no momento de tristeza, mas pediu aos aliados e militantes que defendem as causas progressistas que “não desistam da luta”.

“Eles pensam que nos venceram, mas estão enganados... Esta história não acaba assim. Estou certa que a interrupção deste processo pelo golpe de estado não é definitiva. Nós voltaremos. Voltaremos para continuar nossa jornada rumo a um Brasil em que o povo é soberano”, projetou. “Proponho que lutemos, todos juntos, contra o retrocesso, contra a agenda conservadora, contra a extinção de direitos, pela soberania nacional e pelo restabelecimento pleno da democracia”, acrescentou.

Mesmo condenada por crime de responsabilidade, a ex-presidente foi incisiva ao pontuar que não cometeu atos ilícitos. “Saio da Presidência como entrei: sem ter incorrido em qualquer ato ilícito; sem ter traído qualquer de meus compromissos; com dignidade e carregando no peito o mesmo amor e admiração pelas brasileiras e brasileiros e a mesma vontade de continuar lutando pelo Brasil”, cravou. 

Para Dilma, as futuras gerações vão saber que a primeira mulher eleita presidente foi vítima do machismo. “Não direi adeus a vocês, tenho certeza que posso dizer até daqui a pouco. Lutarei incansavelmente para continuar a construir um Brasil melhor. Outras e outros assumirão o papel que está baseado na escolha direta dos governantes pelo povo”, concluiu. 

Por 61 votos a favor e 20 contrários, Dilma Rousseff (PT) teve o mandato de presidente da República destituído pelo Senado Federal. A culminância do impeachment, nesta quarta-feira (31), foi motivada em tese pelas famosas pedaladas fiscais e a edição de decretos para créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional, considerados crimes de responsabilidade, entretanto, o processo de impeachment contem, em si, uma série de ações políticas da agora ex-presidente ou até mesmo a falta delas.

Com um perfil mais impopular que o antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma adotou uma blindagem diante da base no Congresso Nacional se fechando ao diálogo com as bancadas e desencadeando a ampliação da crise política já instaurada na capital federal, travando, inclusive, projetos que serviriam para destravar a economia do país. 

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Durante sua passagem pelo Senado, na última segunda-feira (29), quando foi interrogada, a petista fez ‘mea culpa’ sobre sua relação com os parlamentares e pediu “desculpas” por não ter “atendido às expectativas” dos deputados e senadores. Apesar disso, segundo ela, a falta de diálogo e o famoso “conjunto da obra”, não poderiam basear o processo. Os argumentos não surtiram efeitos positivos diante dos juízes do impeachment. 

O agravamento da crise diante de Dilma Rousseff, sob a avaliação do doutor em ciência política e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ernani Carvalho, passou a ter mais ênfase desde que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou-se seu “inimigo político número um”.  

Outro pecado, na avaliação dele, foi quando no primeiro mandato a petista adotou medidas frouxas para a economia, prometendo mantê-las após a eleição e depois voltando atrás com o ajuste fiscal.  “A presidente vive hoje o que chamamos na ciência política de tempestade perfeita, fruto das políticas adotadas em 13 anos de gestão petista”, analisou.  

A petista deixa o cargo um ano e oito meses depois de assumir o segundo mandato. Ela foi reeleita em outubro de 2014 por 51.65% dos votos deixando Aécio Neves (PSDB) em segundo lugar com 48.35% dos votos. Desde a redemocratização, ela é a segunda presidente a ser condenada ao impeachment. O primeiro foi o hoje senador Fernando Collor (PTC) em 1992.

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Diante de aplausos e gritos de incentivos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido por integrantes da Caravana Popular pela Democracia, que finaliza atividades na noite desta quarta-feira (13), no Bairro do Recife. Ao lado de lideranças como o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, e a deputada estadual Teresa Leitão, o líder petista agradeceu o apoio dos pernambucanos, destacou o significado da palavra “democracia” e brincou com a expressão “querida”, que remete à presidente afastada Dilma Rousseff. Ele ainda disse que nunca reclamou quando perdeu eleições presidenciais.

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Nos instantes em que o público silenciava para ouvir o ex-presidente, Lula relembrou da ligação divulgada, em que ele conversou com Dilma. O diálogo foi exposto pela investigação da Operação Lava-Jato. Ao ver cartazes com a frase “Volta querida”, o petista elogiou a atitude das manifestantes do ato recifense. “Eu queria dizer a vocês que imaginei companheiros do movimento social com faixa igual a que encontrei em Fortaleza. Eu falei (com Dilma, pelo telefone) ‘fala querida’ e de repente encontro a praça cheia de queridas. Quero agradecer a todos”, brincou Lula.

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Em tom mais sério e com ar de recuperação política, Lula deu detalhes do que representa a palavra “democracia”. “É uma palavra bonita, falada em todo mundo, mas que não é exercida por todo mundo. Significa a gente participar coletivamente das discussões. A gente escolhe pela maioria das pessoas que participam do voto. A democracia deu a Dilma 54 milhões de votos”, disse o petista, destacando que é injusto Dilma deixa o poder diante de um “golpe”.

Lula ainda disse que soube perder as eleições de 1994 e 1998. Na época, segundo o petista, ele discutiu as derrotas com seu partido e familiares. “Quando perdi, nunca fui para rua reclamar. Voltava para casa e discutia com minha mulher e com meu partido. Depois, me preparei para disputar uma nova eleição. E ganhei em 2002 e 2006. Em seguida ganhamos em 2010 e 2014 com a Dilma”, falou o ex-presidente, sendo aplaudido pelo manifestantes.

O evento é realizado por lideranças petistas e movimentos sociais. Antes de chegar ao Recife, a Caravana passou por cidades como Petrolina, no Sertão do Estado, e Carpina, cidade localizada na Zona da Mata de Pernambuco.

Com informações de Thabata Alves  

 

O empresário Mario Amato, ex-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), morreu na quinta-feira, 26, na capital paulista, aos 97 anos. A missa de sétimo dia será realizada nesta quinta-feira, 2, na Paróquia São José, na Rua Dinamarca, no Jardim Europa, em São Paulo.

Em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que "Mario Amato foi um líder empresarial que deu uma importante contribuição para a história do Brasil". A entidade também prestou uma homenagem ao empresário com uma publicação em jornais de grande circulação no País. A Associação das Indústrias de São Roque, Araçariguama, Alumínio e Mairinque também prestou condolências à família pela morte do empresário.

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Acionista majoritário da holding Springer, Amato foi um executivo de grande importância no mercado brasileiro. À frente da Fiesp/Ciesp, entre 1986 e 1992, Amato defendeu a diminuição da participação do Estado na economia, com liberdade total de preços. Vivenciou a ascensão e queda de Fernando Collor de Melo e se tornou um grande desafeto de Luiz Inácio Lula da Silva. Nas eleições de 1989, Amato afirmou que, se Lula fosse eleito, "800 mil empresários deixariam o País".

A frase teve grande repercussão na mídia e em toda a classe empresarial. Mais tarde, em 1994, disse que o petista caminhava para a direita. Coincidentemente, os dois tinham a mesma data de aniversário. "A única coisa que nos une é o dia do aniversário: 27 de outubro", costumava dizer. Em 2002, no entanto, treze anos depois da famosa frase conclamando os empresários a saírem do País, o empresário disse que não a repetiria. Na época, disse que, se fosse convocado, até daria uma força ao governo petista. "Sou Brasil Futebol Clube."

Além da Fiesp, o empresário também presidiu a Confederação Nacional das Indústrias, foi conselheiro da Fundação Padre Anchieta e do Teatro Municipal de São Paulo. Desportista desde a juventude, passou pelo conselho de vários clubes de futebol. Foi diretor da Federação Paulista de Futebol, presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo e presidente do Clube Atlético Paulistano.

Carreira

Amato começou sua carreira cedo, aos 14 anos, numa papelaria. Filho do descendente de imigrantes italianos José Amato e da italiana Olga Amato, ele nasceu em São Paulo em 1918. Seu pai era dono de uma alfaiataria e de uma loja de tecido na rua São Bento, no centro de São Paulo.

Estudou no Colégio Anglo-Latino até os 14 anos, quando foi obrigado a parar por causa da crise de 1929, que levou os negócios do pai à falência.

A partir daí, passou a trabalhar na Companhia Oscar Rudge de Papéis. Em 1948, saiu da empresa para abrir o próprio negócio. Durante esse período, voltou à escola e concluiu o ginásio, fez o curso de contabilidade e chegou a ingressar no curso de economia da Faculdade Armando Álvares Penteado. Também nessa época ficou noivo de Rogéria Pinto Coelho e propôs sociedade ao futuro sogro, proprietário da Amorim e Coelho Cortiças.

Com essa associação, recebeu espaço na fábrica para montar sua seção de papel e, em troca, passou a ajudar o sogro na administração. Pouco tempo depois, casou-se com Rogéria e passou a dividir a direção da papelaria com a loja de cortiças.

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O ex-presidente da Torcida Organizada Inferno Coral, do Santa Cruz, foi preso na tarde da última quarta-feira (25) no bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife. Paulo Cesar Pinheiro da Cunha, de 31 anos, foi detido em flagrante na saída da agência de um banco portando uma pistola 380. Na residência do suspeito foram encontradas armas, munições, drogas, balanças de precisão e uma espada ninja.

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De acordo com a Polícia Civil, o suspeito já era investigado por envolvimento no furto do cofre da empresa Ponto Certo e agora deve responder por porte ilegal de arma e tráfico de drogas. O furto teria acontecido no escritório da empresa, na Ilha do Leite, em abril deste ano.

Durante uma operação de rotina na Zona Norte, policiais entraram no mesmo banco que Paulo Cesar estava. Ao visualizar os policiais da Roubos e Furtos, ele ficou apreensivo e desistiu de depositar uma quantia de R$ 6 mil. Como ele já vinha sendo investigado, a polícia abordou o ex-presidente da Inferno Coral e em seu carro foi encontrada uma pistola 380. Apesar de não ter antecedentes criminais, com o flagrante e os materiais apreendidos em sua casa, o ex-presidente foi preso e será encaminhado para a audiência de custódia.

Para o delegado Nelson Souto, há uma grande ligação entre  as torcidas organizadas do Recife com crime do tráfico de drogas. "Na residência do 'PC' foram encontradas mais de 380 gramas de cocaína pura, muito provavelmente vinda de outro país pela pureza", explicou o delegado. Ainda de acordo com a Polícia Civil, PC estava se preparando para ir ao jogo do Santa Cruz quando foi preso em flagrante.

Paulo Cesar foi presidente da Inferno Coral de 2009 a 2015 e estava licenciado da Torcida Organizada do Santa Cruz  para se candidatar a vereador da cidade do Recife neste ano. Em depoimento, ele contou que estava com as armas porque trabalhava como segurança e que as drogas eram para consumo próprio, negando a acusação  de tráfico de drogas.

 

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta terça-feira, 24, um recurso no Supremo Tribunal Federal para que as ações contra a sua nomeação para a Casa Civil não sejam extintas e sejam levadas a julgamento no plenário da Corte. Os advogados pedem que o tribunal reconheça que o petista teve status de ministro por cerca de dois meses, entre 16 de março, quando foi nomeado, e 12 de maio, quando a presidente Dilma Rousseff foi afastada pelo Senado, e considere as "consequências jurídicas decorrentes dessa situação".

A defesa argumenta que o ex-presidente "preenchia, como ainda preenche, todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o exercício do cargo de ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos". Para os advogados do petista, não havia impedimentos para Lula assumir a Casa Civil, já que ele não era réu nem foi condenado em ação penal.

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Caso o Supremo acolha o pedido, isso pode abrir uma brecha para que os advogados do ex-presidente questionem atos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, como a divulgação das conversas entre ele e a presidente afastada Dilma Rousseff. Há uma intensa discussão no meio jurídico sobre a legalidade desses áudios.

No último dia 12, o ministro do STF Gilmar Mendes determinou o arquivamento dos

mandados de segurança impetrados pelo PSDB e PPS após a exoneração de Lula ser publicada no Diário Oficial da União, quando Dilma se afastou do cargo. À reportagem, ele afirmou que vai analisar o recurso impetrado pela defesa do petista. Não há nada que impeça o ministro de tomar decisão monocrática sobre o caso.

Em manifestação sobre o assunto nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou entender que houve "prejuízo" das ações que analisavam o caso de Lula após a sua exoneração. A indicação foi feita em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que trata do assunto e está sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.

Conversa

Lula foi nomeado ministro em 16 de março. No mesmo dia, Moro autorizou a publicidade das gravações. Uma delas mostrava uma conversa entre Lula e Dilma, na qual a então presidente afirmava que estava enviando o termo de posse ao petista para que ele usasse em "caso de necessidade".

As gravações foram citadas por Gilmar Mendes em sua decisão para suspender a nomeação do ex-presidente, m 18 de março. Para ele, o ato foi uma tentativa de obstruir a Justiça, já que Dilma teria indicado Lula para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais por Moro.

Na época, Lula havia acabado de ser alvo de uma fase da Operação Lava Jato, quando foi levado a prestar depoimento. Havia também o temor de que Moro decretasse a prisão preventiva do ex-presidente.

No fim de março, em ofício ao STF, Moro pediu "escusas" à Corte e disse que a divulgação dos áudios não teve intuito "político-partidário". A manifestação foi encaminhada a Teori, que solicitou esclarecimentos do juiz ao determinar a remessa de todo o material das conversas de Lula ao Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo foi suspenso por um ano pelo Conselho Deliberativo do Palmeiras nesta segunda-feira. A suspensão ocorre por irregularidades à frente do clube e má gestão. Assim, o ex-presidente perde o direito de votos nos Conselhos Deliberativo e de Orientação Fiscal e também fica impedido de participar das decisões administrativas. Belluzzo deverá recorrer na Justiça.

Belluzzo teve as contas de seu último ano de gestão reprovadas pelo Conselho. Ele dirigiu o clube entre 2009 e 2010. O economista foi um dos idealizadores dos projeto do Allianz Parque, entretanto, sua gestão ficou marcada por gastos excessivos, principalmente com o futebol.

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Outro que também seria julgado nesta segunda-feira, o ex-presidente Arnaldo Tirone, protocolou um requerimento para exclusão do item da pauta, alegando negativa de vistas ao processo de sindicância contra ele e terá 15 dias para apresentar a defesa.

Os dirigentes Salvador Hugo Palaia, Gilberto Cipullo e Francisco Busico Júnior também foram julgados, mas acabaram sendo absolvidos de qualquer acusação. Durante a reunião, chegou-se a sugerir uma punição semelhante para todos os envolvidos, mas a votação acabou sendo individual e apenas Belluzzo foi punido.

A decisão do presidente em exercício Michel Temer de manter aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nos postos de comando da Câmara fortaleceu o parlamentar. A avaliação no Congresso é de que a confirmação ontem do deputado André Moura (PSC-SE) como líder do governo, a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência da Casa e as recentes mudanças de integrantes do Conselho de Ética ampliaram as chances de Cunha escapar da cassação do mandato.

Moura foi confirmado líder do governo ontem. Trata-se do principal cargo da Câmara, depois da presidência, por fazer a interlocução direta entre o Executivo e a Casa. A decisão de Temer foi um claro aceno ao centrão, bloco idealizado por Cunha formado por 225 deputados de 12 partidos. A alternativa era Rodrigo Maia (DEM-RJ), que era apoiado pelas legendas que faziam oposição ao governo Dilma Rousseff. Além do apoio majoritário dos deputados, a escolha de Temer foi influenciada pelo aval de Cunha.

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Após a nomeação, Moura minimizou a relação com o peemedebista e disse que ele não terá "influência nenhuma" em sua atuação. "Quero dizer que estou aqui nesta Casa há seis anos e durante esse período construí um bom relacionamento com várias pessoas. O trabalho que fizemos durante o impeachment foi fundamental para obter os votos necessários para a aprovação do processo na Câmara, isso permitiu que eu tivesse o apoio de 13 partidos."

Nesses primeiros dias de governo Temer, porém, o centrão já começou a operar para tirar do Conselho de Ética parlamentares que vinham, após decisão do Supremo Tribunal Federal, hesitando em votar a favor de Cunha. Em dois dias, três parlamentares renunciaram à vaga. Cacá Leão (PP-BA) - que no primeiro momento era favorável ao peemedebista - abandonou o colegiado alegando desgaste em seu Estado ao se manter ao lado do peemedebista. Ele foi substituído por André Fufuca (PP-MA), voto garantido ao peemedebista.

Outro a deixar o colegiado ontem foi Erivelton Santana (PEN-BA), alegando que a vaga é do PSC. Caberá ao partido de Moura escolher o substituto.

Do grupo que deixou o colegiado só Ricardo Barros (PP-PR) não renunciou por pressão - ele virou ministro da Saúde. O substituto é Nelson Meurer (PP-PR), que tende a votar favoravelmente ao peemedebista.

Tutela

A opção de Temer de avalizar a decisão da Casa de manter Maranhão sob tutela do centrão também tende a ajudar Cunha. O motivo é que caberá ao presidente interino colocar em pauta a votação do processo e definir qual recurso da decisão do Conselho de Ética poderá ser submetido ao plenário.

"A verdade é que Cunha continua operando na Casa e agora dentro do governo. Michel Temer está refém de Eduardo Cunha", disse o vice-líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). PSOL e Rede são autores da representação contra Cunha no conselho. "Minha sensação é que, com o governo Temer, o poder de Eduardo Cunha aumentou consideravelmente, com aliados em postos-chave e mantendo o poder sobre a Casa", avaliou o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ).

As movimentações na Casa e no conselho fizeram com que o grupo que defende a cassação de Cunha começasse a fazer contas e a considerar um cenário de derrota do parecer de Marcos Rogério (DEM-RO). Apesar disso, o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) continua sendo crucial para o destino de Cunha.

Se o colegiado votar pela cassação, o peemedebista tem dois recursos contestando o processo para serem julgados na Comissão de Constituição e Justiça e poderá apresentar novos pedidos. Na CCJ, Cunha terá a colaboração do colega Osmar Serraglio (PMDB-PR) para dar celeridade às suas demandas.

Cunha depõe hoje no colegiado cercado de aliados e com a promessa de fazer um discurso de confronto direto. Para comportar a demanda, foi reservada uma sala maior e a sessão no plenário foi cancelada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entre torcedores rubro-negros, foi cogitado que Homero Lacerda teria recebido convite para formar chapa ao lado de Arnaldo Barros em uma possível sucessão ao atual presidente, João Humberto Martorelli. O ex-presidente leonino disse ao Portal LeiaJá que não se envolveu em nenhuma conjuntura política, elogiou a gestão feita em 2015 e pediu calma para o que pode ser feito no restante deste ano: "Ainda tem muita água para rolar".

Ainda nesta terça-feira (18), o também ex-presidente Luciano Bivar criticou Martorelli pelo saldo negativo nas contas do clube. Entretanto, campeão brasileiro como mandatário do Sport, Homero Lacerda destacou que o momento é de apoiar o presidente João Humberto Martorelli. "Agora é a hora para se unir e dar tranquilidade para que o trabalho seja feito. Ainda temos todo um Campeonato Brasileiro pela frente. Uma Série A para ser disputada", comentou.

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Homero Lacerda ainda acredita que o Sport pode fazer uma boa campanha e usa 2015 como referência. "Nós fizemos uma excelente campanha, quase conquistamos a vaga à Libertadores da América. Então, sabemos que poderemos melhorar, mas precisamos dar tranquilidade para isso acontecer", declarou.

As principais críticas da torcida são em relação à formação do elenco leonino e, principalmente, do ataque. A torcida chegou a fazer uma campanha contra uma possível contratação nas redes sociais e reclamou bastante da atual diretoria.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lança na próxima semana o segundo volume de seu Diários da Presidência - 1997-1998, no qual faz revelações sobre a segunda metade de seu primeiro mandato, iniciado em 1995. No livro, o presidente de honra do PSDB aborda temas como as crises econômicas na Rússia e na Ásia e impactos no Brasil, o aumento da taxa de juros no País e a pressão especulativa sobre o Real, as negociações para aprovar a emenda da reeleição e também a acusação de compra de votos para sua aprovação.

Assim como o primeiro livro da série, este volume traz relatos do dia a dia do tucano no poder, gravados por ele em fitas e transcritos nas mil páginas desta edição.

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O então presidente começou o ano de 1997 em meio às negociações com deputados e senadores para a aprovação da PEC da reeleição. Em trecho de 9 de janeiro daquele ano, o tucano narra um encontro com José Sarney, então presidente do Senado. "Eu disse ao Sarney que era preciso segurar a Convenção do PMDB (sobre a emenda da reeleição, que estava marcada para 12 de janeiro), que o ideal era que a Convenção não decidisse nada. O Sarney acha o contrário. Que é melhor, embora a questão seja aberta, que ela recomende a reeleição. Aliás, ele acha que nós temos maioria para isso."

Ainda em 1997, FHC queixava-se das negociações com o PMDB para assumir cargos em seu governo. Em um dos trechos do livro, chega a dizer que a pressão do partido estava "cheirando mal".

Exterior

Não bastassem as questões política internas, FHC também teve de lidar, nestes dois anos, com as crises internacionais que abalavam Rússia e Ásia e a instabilidade que isso traria para o Brasil. Em um trecho, ele narra a preocupação com a capacidade da classe política de entender a instabilidade econômica que a crise no exterior trazia ao País. "A Bolsa de São Paulo fechou em queda, ou seja, a situação continua instável. Esse é o principal problema, parece que os políticos têm muita dificuldade em enxergar. Não é astúcia, não; é dificuldade de enxergar mesmo."

Além dos efeitos da crise internacional, o País tinha de lidar com a estabilização do câmbio. O Real valorizado ajudava no combate à inflação. No livro, o tucano admite pela primeira vez que, durante a campanha à reeleição, seu governo sobrevalorizou a moeda e subiu os juros para atrair capitais externos e evitar a sua fuga.

Foi também neste período que FHC enfrentou uma das maiores crises de seu governo. O grampo ilegal na presidência do BNDES quando o governo privatizou as empresas de telefonia do País. O episódio resultou na queda do então ministro das Comunicações (Luiz Carlos Mendonça de Barros) e do presidente do banco (André Lara Resende). "A informação que me foi dada pelo Sérgio Andrade (presidente da Andrade Gutierrez) é de que tais fitas teriam sido gravadas pelo Eduardo Cunha, um antigo presidente da Telerj no tempo do Collor e muito ligado também ao (Jorge) Serpa (um dos maiores lobistas na época)."

Lula

Em vários trechos, FHC cita Luiz Inácio Lula da Silva, seu adversário na campanha à reeleição em 1998. "Vamos ganhar as eleições e vou ganhar um tremendo abacaxi para descascar, que é manter o Brasil no rumo da estabilidade econômica (...) O Lula diz que estou empurrando o Brasil, avançando para o abismo, mal sabe ele o tamanho desse abismo", narrou o então presidente na véspera das eleições daquele ano, que terminaram com a vitória em primeiro turno de FHC.

Em dezembro, o presidente reeleito se encontraria com o petista. Dias antes do encontro relatou: "Chegará o momento em que ele (Lula) ganha (as eleições). Não é nenhuma catástrofe. Aliás, estou chamando o Lula (...) Ninguém sabe, mas sabemos como é isso de ninguém saber no Brasil. Estou fazendo isso de caso pensado, porque acho que temos que dialogar mais intensamente pelo presente e pelo futuro."

Principais pontos do livro

Economia

Crise cambial, seus vários momentos e desdobramentos. Dificuldades no manejo da política monetária e cambial. Discussões entre a equipe econômica sobre a necessidade de desvalorização da moeda e o momento ideal para fazê-lo.

Bancos

Consolidação do saneamento do setor bancário privado: o segundo momento do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer).

'Caciques'

Relações com José Sarney e Antonio Carlos Magalhães.

Privatização

Sergio Motta e o processo de privatização das teles.

Grampos

Espionagem industrial nas privatizações e o escândalo dos grampos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BDNES).

Reeleição

Reeleição em primeiro turno.

'Cayman'

O "dossiê", a falsificação, a tentativa de desmascará-la na mídia e o aproveitamento político do episódio.

Lula

Considerações sobre Luiz Inácio Lula da Silva. Encontro após a eleição e avaliação de um cenário em que o PT chegasse ao poder, considerado provável pelo então presidente.

Política externa

Tentativa de repor o Brasil no cenário internacional.

O ex presidente Fernando Henrique Cardoso revelou a interlocutores que apoiará o PSDB a ocupar cargos em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, como aconteceu no governo Itamar Franco.

A posição reforça a tese defendida pelo grupo do senador José Serra, que é cotado para assumir uma pasta de peso. A decisão do partido será anunciada após uma reunião da executiva do partido marcada para o dia 3 de maio.

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Grupo

Dividida sobre a participação em um eventual governo Michel Temer (PMDB), a cúpula do PSDB criou um grupo no aplicativo de mensagens Whatsapp para que os integrantes de sua direção executiva, que conta com 37 membros, debatam internamente a questão antes da reunião decisiva da sigla, marcada para o dia 3 de maio.

Em uma indireta ao senador Aécio Neves e ao governador Geraldo Alckmin, que são contra o partido aceitar cargos, o ex-governador Alberto Goldman (SP), vice presidente do PSDB, diz que, nesse momento, o ano de 2018 "não pode estar no horizonte".

"O PSDB entra com tudo ou nada. Não adianta colocar meio corpo. 2018 não pode estarem nosso horizonte", afirma.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu que o PSDB deve caminhar "unido" pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em evento de lançamento do novo site do Instituto Teotônio Vilela, braço de articulação política do PSDB, foi exibido um vídeo no qual FHC rebate os argumentos do PT e do governo e diz que o impeachment não é golpe, mas um "remédio constitucional".

"Diante da incapacidade do governo de governar, de flagrantes abusos que ferem a nossa Constituição praticados reiteradamente por aqueles que detêm o poder, infelizmente, não resta outro caminho se não marcharmos para o impeachment. Não tem nada a ver com golpe, é um remédio constitucional", diz o tucano.

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O ex-presidente reforça repetidamente, no vídeo de cerca de três minutos, que os movimentos ocorrem "dentro da democracia" e "dentro da Constituição". "Quando há apoio na sociedade, quando há maioria no Congresso e há uma base jurídica, vai ser o impeachment."

Ele insiste também que o processo de impeachment é político, não penal, refutando a defesa do governo de que Dilma é uma pessoa 'honesta' e que, por isso, não poderia ser deposta.

"As pessoas que sofrem eventualmente impeachment não são criminosas, não têm penalidade, não se trata de um processo penal. É um processo político, da incapacidade demonstrada pelo governo de governar e, para tentar governar, infringir a constituição. É por isso que o PSDB deve marchar unido para o impeachment", frisou.

No vídeo, FHC responsabiliza o governo Dilma e o PT pela situação "dramática" que o País vive. "Esse processo que estamos vivendo é dramático, repito, por erros do governo petista. Nos levaram ao caos que estamos na economia, a essa indecisão na vida política, por incapacidade e vontade de serem hegemônicos, ou seja, de mandar em tudo e não respeitar o outro", afirmou.

"Não queremos o impeachment para desrespeitar o outro, queremos impeachment para reconstruir uma situação democrática que permita a convivência de todos", prosseguiu. E disse que o PSDB tem que ser "o partido da construção do futuro do Brasil", mas sem que isso seja feito "através de acomodações".

Lava Jato

Sem mencionar diretamente o PMDB ou Michel Temer, FHC saiu em defesa da continuidade das investigações da Lava Jato. Ele disse ser necessário um "consenso nacional", mas que o acordo político não pode atropelar a operação.

"O preço do acordo não pode ser acabar com a Lava Jato. A Lava Jato é parte do processo democrático brasileiro, vai continuar, dentro da regra. Se houver abuso, há tribunais capazes de conter o abuso", disse o tucano

O ex-presidente avaliou que a situação do País é ruim e que não é possível ter uma visão otimista no curto prazo, mas destacou que o Brasil "tem potencial" e, com avanço das reformas estruturais, vai ter condições de recuperar a confiança.

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No lançamento do novo site do instituto, o presidente do ITV, José Aníbal, disse que a ideia é o PSDB ampliar a comunicação, para não ser apenas com militantes tucanos, mas para fazer "debates sobre o momento do País", ainda mais em um momento em que avança um processo de impeachment.

"O portal ITV quer pensar o Brasil", afirmou ao apresentar o novo portal a jornalistas. Segundo o tucano, eles identificaram essa necessidade com a crescente crise da representação política com a sociedade - algo que vem ficando cada vez mais evidente desde os protestos de rua de 2013.

Diante do agravamento da crise e com uma ala do PMDB querendo romper com o governo, a presidente Dilma Rousseff convidou seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar o ministério que cuida da articulação política. A estratégia planejada pelo Palácio do Planalto tem o objetivo de barrar o impeachment e ainda blindar Lula, alvo da Operação Lava Jato.

Em conversa com 25 senadores do PMDB, do PT e de outros partidos aliados, o ex-presidente admitiu ontem que o governo está por um fio, mas disse que não assumirá um ministério. Alegou que sua entrada na equipe passaria a imagem de confissão de culpa no caso investigado pela Lava Jato, mas, mesmo assim, pediu a opinião dos presentes sobre o assunto. O grupo se dividiu.

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No Planalto, porém, cresce a pressão para Lula ocupar a Secretaria de Governo, hoje comandada por Ricardo Berzoini, que, nesse caso, seria transferido para outra pasta. O próprio Berzoini é entusiasta da ideia.

"Eu não preciso ser ministro para ajudar o governo", afirmou Lula ontem, em café da manhã na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De qualquer forma, para alguns ele prometeu "pensar" no assunto. A Lava Jato avança cada vez mais sobre Lula, o Planalto e o PT.

"Qual time não gostaria de colocar o Pelé em campo?", perguntou Berzoini, que procura convencer o ex-presidente a voltar atrás e aceitar o convite. "A bola sempre esteve com ele. Depende de ele querer", afirmou.

Foro

Auxiliares de Dilma e parlamentares do PT e do PMDB estão convencidos de que Lula pode ser preso e, para escapar do que chamam de "caçada" do Ministério Público e do juiz Sérgio Moro, precisa ocupar uma cadeira na Esplanada. No comando de um ministério, o ex-presidente ganharia foro privilegiado e seria julgado pelo Supremo Tribunal Federal, e não por Moro, considerado implacável com investigados da Lava Jato.

Ao comentar na quarta-feira, 9, sua condução coercitiva para prestar depoimento à Polícia Federal, na sexta-feira, Lula pediu forte reação dos senadores às "arbitrariedades" cometidas pela Lava Jato. "Se eu quisesse, poderia incendiar o País, mas esse não é meu papel. Sou um homem da paz", afirmou ele, de acordo com relatos de três participantes do café na casa de Renan.

À noite, Lula foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo no caso do tríplex do Guarujá (SP), que ele nega possuir. "Já disse um milhão de vezes que esse apartamento não é meu", insistiu o petista.

O ex-presidente almoçou ontem com Dilma e com os ministros Berzoini e Jaques Wagner (Casa Civil), no Palácio da Alvorada. Voltou a falar da necessidade de uma guinada na política econômica, mas disse ser difícil fazer isso agora porque o governo está "muito frágil".

A maior preocupação é com a ameaça de desembarque do PMDB. Após sair do almoço no Alvorada, na quarta-feira, Wagner foi conversar com o vice Michel Temer, que disse a ele que não deve haver anúncio de rompimento no sábado. Por enquanto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou nesta quarta-feira (9) à Justiça paulista denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos supostos crimes de ocultação de bens, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A denúncia, que será analisada pela 4ª Vara Criminal de São Paulo, é relativa à investigação sobre o apartamento tríplex, de Guarujá (SP).

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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva desceu de seu apartamento neste sábado, 5, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, para cumprimentar apoiadores e simpatizantes que fazem uma vigília no local desde 9 horas da manhã. "Não vou fazer discurso porque aqui, ao lado, fica um hospital e é um local de silêncio", afirmou Lula usando um microfone ligado a um carro de som que estava estacionado em frente ao prédio.

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Quando o ex-presidente estava perto dos apoiadores, houve muita confusão e também gritos de guerra em defesa de Lula e contra a imprensa.

Cercado por seguranças, o petista ainda abraçou algumas pessoas que estão no local, mas logo voltou para dentro do prédio. Antes de retornar ao seu apartamento, o ex-presidente acenou de uma sacada que fica em cima da garagem.

Minutos depois, Lula voltou a aparecer, desta vez acompanhado de sua mulher, Marisa Letícia, já na varanda de seu apartamento. De lá, acenou mais uma vez para os manifestantes.

Luiz Inácio Lula da Silva, o metalúrgico que cumpriu o improvável destino de se tornar um dos presidentes mais populares do Brasil, é ameaçado por suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.

Aos 70 anos, o carismático presidente (2003-2010) seduzia o mundo há menos de uma década à frente de um Brasil emergente e repleto de ambições.

Apenas cinco anos após se despedir do poder com uma popularidade histórica de 80%, Lula amanheceu nesta sexta-feira com a polícia batendo na porta do seu apartamento em São Paulo, como parte da investigação do chamado "Petrolão", e levado para prestar depoimento.

"Me senti como um prisioneiro hoje de manhã", disse Lula na sede nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), após ser levado em condução coercitiva pela polícia federal para depor no Aeroporto de Congonhas. "Se queriam me ouvir precisavam apenas me chamar que eu iria, porque não devo e não temo" nada, disse Lula cercado por militantes petistas.

Nascido em Pernambuco em outubro de 1945, Lula conheceu desde cedo o mais dramático da pobreza na qual viviam um terço dos 170 milhões de brasileiros.

O sétimo filho de um casal de analfabetos, abandonado pelo pai quando tinha apenas sete anos e emigrante para São Paulo, como milhões de nordestinos, Lula foi vendedor ambulante e engraxate, e aos 15 anos iniciou sua formação como torneiro mecânico.

No final da década de 70 se tornou um líder sindical e liderou a histórica greve que desafiou a ditadura (1964-85).

Antes de chegar ao poder, Lula foi derrotado por três vezes como candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que fundou com sindicalistas, movimentos sociais e intelectuais de esquerda.

De engraxate a presidente

O político que Barack Obama chamou de "o homem" chegou finalmente à presidência em 2003, com promessas de justiça social, enquanto o real se desvalorizava com o temor dos mercados diante de um presidente operário e sindicalista.

Esta tarde Lula se confessou triste, mas antecipou que lutará e até citou sua eventual candidatura à presidência: "não sei se serei candidato em 2018, a natureza as vezes é implacável com quem tem mais de 70, mas a ciência avançou e isto aumenta a minha vontade".

"Escapei de morrer de fome antes dos cinco anos, e isto foi um milagre. O segundo foi obter um diploma de torneiro mecânico. Outro foi adquirir consciência política, fundar um partido. Outro milagre foi chegar à presidência da República, e fui melhor que todos eles, cientistas políticos, médicos e advogados que presidiram o país".

Durante seus dois mandatos, impulsionados pelo vento favorável da economia mundial, 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza e ingressaram na classe média, acelerando a máquina do consumo e levantando a economia do país de 200 milhões de habitantes.

Defensor do mundo em desenvolvimento, o ex-presidente foi um dos pilares da criação de um novo estilo de governança internacional, que dava maior protagonismo às grandes economias emergentes, tendo um importante papel na formação dos BRICS, que associou o Brasil a economias como Rússia, Índia, China e África do Sul.

No mundo, sua ascensão causou furor e os presidentes disputavam seu tempo para visitar ou receber Lula, descrito pela revista Foreign Policy como uma "estrela do rock do cenário internacional".

Lula coroou seu mandato e sua popularidade mundial tornando o Brasil sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016.

Apesar de não concluir o ensino médio, Lula tem 30 títulos honoris causa de universidades de todo o planeta.

Sob suspeita

O "Petrolão" não é o primeiro escândalo de corrupção envolvendo o governo Lula, que em 2005 balançou e perdeu alguns de seus principais ministros, acusados de criar um esquema de corrupção para angariar apoio no Congresso, conhecido por "Mensalão".

Lula conseguiu se manter à margem do escândalo e foi reeleito em 2006. Em 2010, conseguiu emplacar na presidência sua afilhada política Dilma Rousseff.

Um ano mais tarde, foi diagnosticado com câncer de laringe, que superou, mas que deixou sinais em sua voz elétrica, com a qual se defende das persistentes acusações envolvendo a Petrobras.

"Não há neste país uma alma mais honesta que eu", afirmou Lula há um mês, em meio a denúncias de seu envolvimento no "Petrolão".

Suspenso do futebol pelos próximos seis anos, Joseph Blatter está "aliviado" de não ser mais o presidente da Fifa. Pelo menos foi isso que o ex-dirigente máximo do futebol afirmou em uma entrevista à agência de notícias The Associated Press, neste sábado (27), um dia depois de ver o suíço Gianni Infantino ser eleito como seu sucessor.

"É um alívio. Havia uma carga sobre mim. Apesar de estar suspenso, eu ainda era o presidente. Agora terminou", disse Blatter, que daqui a duas semanas vai completar 80 anos e era empregado da Fifa desde 1975. Foram 17 anos como presidente até que, neste sábado, ele finalmente acordou sem ser absolutamente nada no futebol.

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Durante a semana, a suspensão de Blatter e do francês Michel Platini, presidente da Uefa, foi reduzida de oito para seis anos. Os dois, entretanto, seguiram proibidos de sequer comparecer à eleição da Fifa, que ocorreu na sexta, em Zurique. "Ontem (sexta) às 18h01 senti-me agradecido quando elegeram um novo presidente", contou Blatter. De imediato, fez uma pausa e respirou profundamente.

O suíço assistiu à eleição de Infantino pela TV, acompanhado da filha, Corinne, no apartamento dela também em Zurique. Tomavam um vinho branco da região de Valais, na Suíça, onde nasceu.

Também de lá veio Gianni Infantino, que, assim como Blatter, foi secretário-geral de uma grande entidade antes de chegar à presidência da Fifa. Se o veterano era o braço direito de João Havelange na Fifa, Infantino, de apenas 45 anos, comandava o dia a dia da Uefa de Michel Platini.

"Ele é um homem jovem, potente, tem muita energia, e tenho certeza de que fará um bom trabalho", considerou Blatter, que formalmente não apoio nenhum candidato nas eleições, mas tinha preferência pelo francês Jerome Champagne.

De acordo com o ex-presidente, ele já sabia que Infantino seria eleito quando foi anunciado o resultado da primeira fase da eleição, com vitória do suíço por 88 a 85 sobre o xeque Salman, do Bahrein. "Isso significa que todos iriam com o ganhador para a segunda rodada". Dito e feito. Infantino ganhou mais 27 votos. Salman, só três.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (16) manter a decisão do ministro Teori Zavascki, que devolveu ao senador Fernando Collor (PTB-AL) quatro carros de luxo apreendidos em julho do ano passado, durante a Operação Politeia, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato.

Os veículos foram apreendidos na Casa da Dinda, residência particular do senador. No entanto, em outubro do ano passado, Zavascki atendeu a pedido da defesa de Collor e determinou que a Polícia Federal devolva uma Ferrari, uma Lamborghini, um Land Rover e um Bentley ao parlamentar, que deverá guardá-los sob a condição de fiel depositário. Os advogados alegaram que os carros de luxo precisam de cuidados especiais e não podem ficar no depósito da PF.

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A turma julgou um recurso no qual o Ministério Público Federal (MPF) pedia que os veículos fossem alienados e leiloados para ressarcir os cofres públicos. Por unanimidade, os ministros entenderam os bens devem continuar em poder de Collor para que os carros sejam preservados para futura venda, em caso de condenação do senador.

A apreensão dos carros foi requerida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O procurador acusa Collor de receber cerca de R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Pelas acusações, o senador foi denunciado ao Supremo pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Suspenso do futebol por oito anos pelo Comitê de Ética da Fifa, o suíço Joseph Blatter afirmou que se sente abandonado pela entidade e que vai se concentrar apenas em limpar sua honra. "Eu agora já não luto pela Fifa", disse Blatter em uma entrevista concedida à revista alemã Bunte. "Eles me abandonaram. Estou lutando agora só por mim e minha honra", disse o dirigente de 79 anos.

Na semana passada, o Comitê de Ética baniu Blatter e o presidente da Uefa, Michel Platini, por "abuso de poder". Ambos foram suspensos de qualquer atividade relacionada ao futebol por oito em razão de um pagamento suspeito do suíço ao francês no valor de US$ 2 milhões. O pagamento foi feito em 2011 e se refere, segundo Platini e Blatter, a salários relativos ao trabalho do francês como consultor da Fifa entre os anos de 1998 e 2002.

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As suspeitas são de que Platini teria recebido o valor para não concorrer com Blatter nas eleições presidenciais de 2011, o que o ex-jogador nega. Os investigadores, porém, alertam que o caso ainda implicaria numa falsificação do balanço financeiro da Fifa, que jamais incluiu o valor em seus informes.

Os dois vão recorrer à Corte Arbitral do Esporte, com sede na Suíça, contra a punição. "Essas falsas acusações me deram energia. Depois do Natal vou começar a reagir", declarou Blatter na prévia da entrevista, que será publicada pela revista alemã nesta quarta-feira.

O ex-jogador francês e presidente afastada da Uefa também foi banido e não poderá concorrer à eleição da entidade no mês de fevereiro, quando será definido o sucessor de Blatter.

Atualmente, estão confirmados como candidatos à presidência da Fifa Ali Al Hussein, Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, Tokyo Sexwale e Gianni Infantino, este último secretário-geral da Uefa, que abriria mão de concorrer ao cargo se Platini fosse liberado a participar do pleito.

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