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Uma nova vacina experimental contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) começa a ser testada em humanos, conforme anunciou na quarta-feira (20) a companhia norte-americana de imunologia Vir Biotechnology. A empresa espera ter os dados iniciais do teste de fase 1 no segundo semestre de 2024.

"O primeiro participante foi dosado em um ensaio de fase 1 avaliando a segurança, reatogenicidade (capacidade de gerar reação) e imunogenicidade (resposta imune ao corpo) do VIR-1388, uma nova vacina experimental de células T para a prevenção do vírus da imunodeficiência humana (HIV)", disse a Vir Biotechnology.

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O imunizante VIR-1388 é baseado na plataforma vetorial do citomegalovírus humano (HCMV) e foi projetado para estimular o corpo a produzir células imunológicas conhecidas como células T, que reconhecem várias proteínas do HIV de uma forma diferente em relação às vacinas contra o HIV pesquisadas anteriormente.

"O VIR-1388 foi desenvolvido usando aprendizados aplicados do VIR-1111, a vacina experimental inicial de células T do HIV com prova de conceito da empresa, baseada no HCMV", relatou a companhia.

"O HIV continua a ser um grande desafio de saúde pública global, sem vacinas aprovadas, apesar de décadas de esforços de investigação", disse Carey Hwang, vice-presidente sênior de investigação clínica da Vir Biotechnology.

"O início do nosso primeiro ensaio clínico avaliando o VIR-1388 é um marco importante na nossa busca pelo desenvolvimento de uma vacina contra o HIV, e estamos gratos a todos os nossos parceiros pelo seu apoio a este ensaio de fase 1."

O ensaio é apoiado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte dos Institutos Nacionais de Saúde e pela Fundação Bill & Melinda Gates.

O NIAID forneceu financiamento durante todo o ciclo de vida de desenvolvimento do produto VIR-1388, enquanto a fundação apoiou o desenvolvimento da empresa de terapias para o tratamento do HIV, a prevenção da tuberculose e a prevenção da malária.

O que se avalia na fase 1

O ensaio de fase 1 randomizado, duplo-cego e controlado por placebo está avaliando a segurança, reatogenicidade e imunogenicidade de três doses diferentes de VIR-1388 em comparação com placebo, segundo a empresa. Ele será realizado em locais nacionais e internacionais dentro da rede de ensaios de vacinas contra o HIV, financiado pelo governo federal.

Será testado, inicialmente, em um grupo menor para avaliar os possíveis efeitos colaterais graves. Cerca de 100 pessoas devem ser divididas em grupos, com três deles recebendo dosagens diferentes e um quarto, tomando placebo.

"O ensaio foi concebido para inscrever aproximadamente 95 participantes com idades entre 18 e 55 anos que não vivem com HIV, com anticorpos específicos para o HCMV existentes e com boa saúde geral, conforme determinado pelo histórico médico, exame físico e testes laboratoriais", completou a Vir Biotechnology.

Um estudo opcional de acompanhamento de longo prazo aumentará a participação no estudo por até três anos após a primeira dose ser administrada no participante.

Vetor HCMV

O vetor HCMV é uma versão enfraquecida do vírus projetada para entregar o material da vacina contra o HIV ao sistema imunológico sem causar doença nos participantes do ensaio. Ele está presente em grande parte da população global há séculos. A maioria das pessoas que vivem com HCMV não apresentam sintomas e não sabem que têm o vírus.

"O HCMV permanece detectável no corpo durante toda a vida, o que sugere que tem potencial para transmitir e depois ajudar com segurança o corpo a reter o material da vacina contra o HIV durante um longo período de tempo, superando potencialmente a diminuição da imunidade observada com vetores de vacina de vida mais curta", explicou a empresa.

De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), aproximadamente 1,5 milhões de pessoas foram recentemente infectadas pelo HIV e cerca de 650 mil pessoas em todo o mundo morreram de causas relacionadas com a Aids em 2021.

O rim de um porco geneticamente modificado ainda funciona, 32 dias após ter sido transplantado, em um paciente com morte cerebral, informou um centro médico dos Estados Unidos nesta quarta-feira (16).

O procedimento faz parte de um grande experimento focado na implantação de órgãos entre espécies, a fim de reduzir a fila de espera para um transplante.

Mais de 103 mil pessoas esperam para receber um órgão nos Estados Unidos, e 88 mil precisam de rins.

"Este trabalho demonstra que um rim de porco - com apenas uma única modificação genética e sem medicações ou dispositivos experimentais - pode substituir a função de um rim humano por pelo menos 32 dias sem ser rejeitado", explicou o médico Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplante Langone da Universidade de Nova York (NYU).

Montgomery realizou o primeiro transplante de rim de um porco modificado geneticamente em um ser humano em setembro de 2021, seguido por um procedimento semelhante dois meses depois. Desde então, houve outros casos.

Enquanto nos transplantes anteriores os rins apresentavam até 10 modificações genéticas, o último procedimento apresentou apenas uma: no gene envolvido na chamada "rejeição hiperaguda", que supostamente ocorre poucos minutos após conectar um órgão animal a um sistema circulatório humano.

Ao eliminar o gene responsável pela biomolécula chamada alfa-gal, que seria o alvo principal dos anticorpos humanos, a equipe da Langone conseguiu interromper a rejeição imediata.

"Agora reunimos mais evidências mostrando que, pelo menos nos rins, apenas eliminar o gene que desencadeia uma rejeição hiperaguda pode ser suficiente, em conjunto com fármacos imunossupressores clinicamente aprovados, para conduzir com sucesso um transplante em um humano, até conseguir um rendimento ótimo, possivelmente a longo prazo", concluiu Montgomery.

Os pesquisadores também inseriram a glândula timo do porco -responsável por educar o sistema imunológico - na camada externa do rim, para evitar uma rejeição posterior.

O paciente teve ambos os rins removidos e um implantado, que imediatamente começou a produzir urina.

Os testes mostraram que os níveis de creatinina, um produto residual, estavam em níveis ótimos e não havia sinais de rejeição.

É importante que não seja detectada nenhuma evidência de citomegalovírus suíno - que pode desencadear falência de órgãos. A equipe planeja continuar com o monitoramento por mais um mês.

A pesquisa foi possível porque o paciente, um homem de 57 anos, decidiu colocar seu corpo à disposição da ciência.

Em janeiro de 2022, cirurgiões da Escola de Medicina da Universidade de Maryland realizaram o primeiro transplante de um porco para um humano.

No entanto, o paciente faleceu dois meses depois e sua morte foi atribuída à presença de citomegalovírus suíno no órgão.

"No começo, você se vê perdendo peso todos os dias". Matthieu está passando dois meses deitado em uma cama em Toulouse, no sul da França, para experimentar a ausência de gravidade e ajudar a melhorar as condições de vida dos astronautas em missão.

Matthieu é um dos 12 homens selecionados para o experimento e está há cinco semanas na clínica Medes, uma filial de saúde do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES).

As camas dos voluntários, escolhidos entre 3.000 candidatos, cujos sobrenomes não foram divulgados, permanecem inclinadas durante 60 dias, em um ângulo de -6 graus. Esta posição é a que melhor recria os efeitos da ausência de gravidade, a que os astronautas são submetidos no espaço.

"Entramos na fase exploratória espacial. Estamos realmente tentando ir à Lua e a Marte. Não é ficção. E isso implica voos de longa distância, de dois a três anos", explica Audrey Bergouignan, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS).

"A exposição à microgravidade tem impacto no conjunto dos sistemas fisiológicos (...) e provoca alterações que tentamos entender e prevenir", mediante protocolos que são testados primeiro em terra, afirma a pesquisadora.

- Bicicleta e centrífuga -

Na clínica, tudo está organizado para que os 12 voluntários possam permanecer deitados. Cerca de 100 pessoas estão encarregadas de acompanhá-los ao longo do estudo, de profissionais de saúde a pesquisadores.

"Temos condições muito favoráveis para permanecermos deitados. Sempre que precisamos de alguma coisa é só chamar a equipe médica", conta Matthieu, um horticultor de 39 anos que foi convencido pela namorada a participar do experimento, remunerado com 18 mil euros (19.300 dólares, ou 97.272 reais na cotação de hoje) por três meses de presença no local.

Para comparar a evolução do organismo em função do exercício físico realizado, os voluntários são divididos em três grupos: um, deitado, que faz 30 minutos de bicicleta todos os dias; outro, que não pratica nenhuma atividade física; e um terceiro, que deve pedalar dentro de uma centrífuga humana em movimento.

"O objetivo é ver se a gravidade artificial criada pela centrífuga, ao girar, melhora os efeitos do exercício físico da bicicleta", explica Marie-Pierre Bareille, chefe da clínica espacial, à qual o CNES e a Agência Espacial Europeia confiaram o experimento.

Se os resultados forem favoráveis, essa gravidade artificial poderá ser reproduzida a bordo de missões de longa duração no espaço, uma vez resolvidas as dificuldades técnicas.

- Fifa e Mario Kart -

"A questão é que as equipes estejam em forma e sejam capazes de trabalhar durante as partidas extraveiculares", nas quais poderão ter de realizar tarefas muito físicas, acrescenta Bareille.

“Em uma viagem a Marte, os astronautas podem perder até 15% de sua massa corporal”, diz Audrey Bergouignan.

Os participantes se revezam nas atividades previstas, tanto na bicicleta, projetada para pedalar deitado, quanto na centrífuga, entre risadas com a equipe técnica que compartilha o dia a dia com eles.

"Aqui não fico entediado, todos são muito legais", afirma Alejandro, um engenheiro aeronáutico espanhol de 26 anos que mora em Toulouse.

"Estamos em contato com as outras salas. Organizamos torneios de jogos, Mario Kart ou Fifa", diz, sorrindo, enquanto pedala sob o olhar atento de um treinador.

Para todos eles, o experimento será concluído com um retorno supervisionado à vida normal no início de julho. Outros 12 voluntários passarão pelas mesmas condições de vida em 2024.

A clínica selecionou apenas homens para "limitar as variáveis" entre os voluntários, segundo os organizadores, e obter os resultados mais "homogêneos" possíveis.

As conclusões do estudo realizado nesta cidade do sul da França não se limitarão ao campo espacial.

"O conhecimento de um estilo de vida hipersedentário ajudará todo o mundo a saber como a falta de exercício físico afeta o corpo", observa Marie-Pierre Bareille, referindo-se aos idosos, ou a portadores de patologias como a osteoporose.

Um experimento da Universidade de Cambrigde, na Inglaterra, deu mais um passo para ampliar o uso de energia limpa. Um sistema com algas foi desenvolvido por cientistas e abasteceu um microprocessador ininterruptamente por um ano.

Do tamanho de uma bateria AA, o sistema acomoda a espécie não tóxica synechocustis e gera corrente elétrica através da fotossíntese. A produção energética é captada por um eletrodo de alumínio e abastece um microprocessador Arm Cortex M0+. "Tem potencial como uma maneira confiável e renovável de alimentar pequenos dispositivos", apontou a instituição.

Divulgação

Baixo custo

Confeccionado com material reciclado, os cientistas esperavam produzir energia por algumas semanas, mas foram surpreendidos pelo resultado do experimento.

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"Isso significa que pode ser facilmente replicado centenas de milhares de vezes para alimentar um grande número de pequenos dispositivos como parte da Internet das Coisas", acrescentou.

Dependência da luz solar

O professor do departamento de Bioquímica Christopher Howe explicou que o sistema não funciona como uma bateria, pois ainda precisa de energia solar para a produção.

Esperado na CPI da Covid nesta quinta-feira (16), o diretor executivo do plano de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, faltou ao depoimento alegando convocação tardia e senadores avaliam sua condução coercitiva. A operadora é acusada de usar pacientes como cobaias de testes com hidroxicloroquina.

Em seu perfil no Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a empresa realizou "um experimento pseudocientífico" em seu hospital com objetivo de "ajudar o governo com sua visão de que medicamentos sem eficácia contra a doença poderiam ser utilizados e resultariam em resultados positivos".

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Ao considerar questões 'gravíssimas", o petistas alega que houve a proibição de profissionais de saúde utilizarem equipamentos de proteção, a obrigatoriedade de profissionais de saúde contaminados pela Covid-19 continuarem trabalhando no hospital e até a proibição do uso de máscaras dentro da UTI.

"Temos de ouvir a Prevent Senior para falar sobre isso e mostrar ao Brasil o que o gabinete paralelo do governo fez em parceria com eles", reforçou.

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Um experimento conduzido por pesquisadores italianos demonstrou que é tecnologicamente possível produzir água na Lua a partir de materiais similares à areia que reveste o solo do satélite natural.

O estudo foi realizado por uma equipe do Politécnico de Milão e pela empresa OHB Italia, que presta serviços para a Agência Espacial Europeia (ESA).

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O ponto de partida do experimento foi um material similar à areia do solo lunar, chamada regolito, e do qual os cientistas conseguiram extrair oxigênio graças a um processo químico-físico.

"A leve camada de areia poeirenta que recobre a Lua contém minerais encontrados na Terra", diz um comunicado do Politécnico de Milão.

O experimento, segundo a universidade, representa um "passo-chave" para as próximas missões humanas na Lua, já que a produção local de água é essencial para manter astronautas no satélite por períodos prolongados.

No fim do ano passado, a Nasa já havia anunciado a descoberta de moléculas de água em grãos minerais na superfície lunar.

Da Ansa

Uma mulher de 33 anos morreu de Covid-19 após receber nebulização de cloroquina no Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, em Manaus-AM. A "técnica experimental" foi aplicada pela ginecologista e obstetra Michelle Chechter e o marido Gustavo Maximiliano Dutra. O caso foi divugado pela Folha de S.Paulo.

Jucicleia de Sousa Lira estava com Covid-19 e havia dado à luz ao primeiro filho há menos de um mês. Após a nebulização, o quadro dela seguiu piorando. Ela faleceu em 2 de março de infecção generalizada em decorrência da Covid-19, segundo o hospital.

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O viúvo de Jucicleia, o auxiliar de produção Cleisson Oliveira da Silva, 30, diz que não foi consultado pela médica sobre a nebulização. Ele só soube que a esposa havia assinado uma autorização em 8 de abril. Ela concordou que fosse utilizada "a técnica experimental nebuhcq líquido, desenvolvida pelo dr. Zelenko", além de autorizar depoimento gravado na UTI e o relato do caso em revista científica. O documento não citava os possíveis efeitos adversos.

No vídeo gravado na UTI, Chechter induz Jucicleia a dizer que a nebulização está funcionando. A técnica foi criada pelo médico ucraniano-americano Vladimir Zelenko. Em abril de 2020, Zelenko passou a ser investigado por um procurador federal por ter mentido que seu estudo havia recebido respaldo da agência norte-americana que regula os medicamentos, a FDA.

Pelo menos outras três pacientes receberam a nebulização mesmo sem autorização, e todas morreram, segundo a Folha. Em um dos casos apurados, a médica teria entregado comprimidos de hidroxicloroquina a uma familiar de paciente em fevereiro e dito que o medicamento tinha o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas informou que o tratamento não faz parte dos protocolos terapêuticos da rede estadual e que "se tratou de um ato médico, de livre iniciativa da profissional, que não faz mais parte do quadro da maternidade, onde atuou por cinco dias." Segundo a secretaria, apenas duas pacientes receberam o experimento e ambas assinaram o termo de consentimento. A obstetra não se posicionou sobre o caso.

Os alunos concluintes do curso técnico em teatro da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) ocupam a zona portuária do bairro da Cidade Velha e encenam o espetáculo experimental "Arauandê - Os Rios de Minh’Alma". Na montagem colaborativa, seres não humanos habitam um local de passagem, enquanto revisitam memórias, ressignificam corpos e modos de (re)existir.

Envoltos em acontecimentos misteriosos ocorridos em seus mundos debaixo do rio e desnorteados pelo desaparecimento da figura da mãe Cobra, eles compartilham com o público-testemunha seus processos de transformação, descobertas e lutas, em busca de estratégias de vida em trânsito, em passagem, em migração, como também de reencontro com suas ancestralidades.

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“Arauadê potencializa todo o experimento do processo de criação e radicaliza isso. Neste sentido, a gente acaba descobrindo um elemento primordial e que move toda a encenação, que é o rio. Assim o coletivo descobriu um modo de fazer teatro chamado teatro de rio, que acontece com o rio, a partir do rio e para o rio”, diz Andréa Flores, uma das diretoras da montagem. “Tanto é que, aos sábados, temos sessões especiais voltadas às pessoas que transitam, em viagem, pelo porto, no horário de almoço, às 11h45”, complementa Marluce Oliveira, que também dirige a encenação.

Além dos alunos do curso técnico em teatro, o espetáculo, encenado em um porto às margens da Baía do Guajará, em Belém, também conta com o trabalho dos concluintes dos cursos de Cenografia e Figurino Cênico da instituição.

"Arauandê – Os Rios de Minh’alma" fica em cartaz entre os dias 18 e 21 de dezembro (quarta a sábado), no Porto Shalom, localizado na rua Siqueira Mendes, n° 158/160, ao lado da casa de festas Açaí Birutas, no bairro da Cidade Velha. As sessões da montagem são às 17h45 (quarta/quinta a sexta) e às 11h45, aos sábados. A entrada é gratuita.

Ficha técnica

ELENCO:

Anna Clara Andrade

Arthur Perdigão

Augusto Neves

Brenda Britto

Carla Jardim

Danilo Rocha

Gabriel Di Preto

Gilson Santos

João Santa Brígida

José Neto

Julis Albuquerque

Laís Bezerra

Letícia Moreira

Lucas Del Corrêa

Marina Di Gusmão

Marina Moreira

Matheus Amorim

Matheus Magno

Melissa Souza

Pedro Henrique Dias

Ramon Dekken

René Coelho

Sarah Prazeres

Tarcísio Gabriel

Tertuliana Lopes

Vanessa Duarte

Wanessa Guimarães

Wesley Santos

ENCENAÇÃO: Andréa Flores e Marluce Oliveira

DRAMATURGIA: Colaborativa

DRAMATURGISTAS: Glauce Rocha, Penélope Lima e Vanessa Farias

ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Andrey jandson, Ingrid Gomes e Victória Souza

DIREÇÃO MUSICAL: Andrey jandson, Gabriel Di Preto e Victória Souza

MUSICISTAS: Duda Souza e Katarina Chaves

FIGURINO: Bárbara Jubin, João Paulo Faísca e Leeandra Lee Vasconcelos

ASSISTENTES DE FIGURINO: Hugo Corrêa, Luciano Cantanhede e Theus Iconic

CENOGRAFIA: Farid Zahalan, Hanna C. Blue, Juh Silva e Nine Ribeiro

ASSISTENTES DE CENOGRAFIA: Caê Jestas - CSJ, Felipe Neves, Kildren Pantoja, Lee, Oiran e Rúbia Abati

COORDENAÇÃO DE VISUALIDADE: Juliana Bentes e Paulo de Tarso

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Lucas Del Corrêa

IDENTIDADE VISUAL: Tarcísio Gabriel e Sarah Prazeres

FOTOGRAFIAS: Danielle Cascaes e Tarcísio Gabriel

Por Lucas Corrêa, especialmente para o LeiaJá.

A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), está realizando com sucesso, no Brasil, testes com drones para combater mosquitos transmissores de doenças. Os pequenos veículos não tripulados transportam milhares de insetos tornados estéreis através de radiação, que são liberados no meio ambiente e cruzam com mosquitos nativos sem gerar descendentes. Com isso, ao longo do tempo, a população de insetos diminui, reduzindo a propagação de doenças como dengue, zika e outras. 

O Brasil deve começar a usar este sistema em zonas rurais e urbanas em janeiro do próximo ano, no pico do verão e época do mosquito. A biofábrica de insetos estéreis Moscamed Brasil, localizada na cidade de Juazeiro, na Bahia, que colabora com a agência da ONU, faz parte do projeto. 

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A instituição foi escolhida pela agência de energia nuclear das Nações Unidas e é a primeira biofábrica do mundo a utilizar a tecnologia de raios-x para esterilização de insetos e controle biológico de pragas. O doutor em radioentomologia pelo Centro de Energia Nuclear Aplicada à Agricultura da Universidade de São Paulo (USP) e diretor-presidente da Moscamed, Jair Virgínio, disse que está “esperançoso sobre os resultados”, devido aos testes já realizados.

Testes

O sistema foi testado, pela primeira vez no mês passado. Os machos são tornados estéreis com radiação, usando a Técnica dos Insetos Estéreis (Sterile Insect Technique, ou SIT, na sigla em inglês), e lançados na natureza. Como não produzem descendência, a população de insetos reduz-se ao longo do tempo.

O entomologista Jeremy Bouyer, pesquisador da divisão conjunta entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Aiea, explicou que o mecanismo de libertação de mosquitos usado até agora tem sido manual. Por isso, o uso de drones “é um grande avanço, abrindo caminho para libertações de larga escala, com custo controlado, em zonas densamente povoadas.” 

Um dos maiores desafios é manter os mosquitos vivos quando são transportados. Com outros tipos de insetos, são usados aviões na liberação, mas este tipo de prática é danosa para mosquitos, pois danifica suas asas e pernas. Já com a técnica dos drones, a taxa de mortalidade foi reduzida para apenas 10%.

50 mil por carga

Bouyer diz que “usando um drone, pode tratar-se 20 hectares de área em cinco minutos.” Um drone pesa apenas 10 quilos, mas carrega até 50 mil insetos. Além disso, o custo de cada aparelho é de cerca de US$ 10 mil, o que corta os custos de liberação dos insetos pela metade.

A Aiea e os seus parceiros tentam agora reduzir o peso do drone e aumentar sua capacidade de transporte para 150 mil mosquitos.

A técnica SIT, que faz a esterilização por radiação, é usada há mais de 50 anos para controlar pestes como a mosca da fruta, mas só nos últimos anos começou a ser usada em mosquitos. A Aiea trabalhou neste projeto junto com a FAO e com a organização americana WeRobotics (empresa com sede em Genebra e nos Estados Unidos, que trabalha para viabilizar a utilização drones em ações que tenham um impacto social positivo).

* Com informações da Agência Brasil

"Você não vale nada!", afirma um homem virtual na tela. "Pode ir embora, por favor?", responde uma mulher sentada diante do computador. Para ajudar os esquizofrênicos a combaterem as "vozes" que escutam, uma equipe de pesquisadores desenhou avatares digitais para personificá-las.

Em um primeiro momento tímida, a voz da paciente vai ganhando firmeza: "Não te escutarei mais!". Este "diálogo" faz parte de um tratamento inovador criado por pesquisadores ingleses e cujos primeiros resultados foram publicados nesta sexta-feira na revista médica The Lancet Psychiatry. No total, 75 pacientes seguiram esta terapia durante um ensaio de três meses, combinando-a com seus medicamentos.

Segundo os autores dos trabalhos, sete dos pacientes "pararam completamente de ouvir as vozes", enquanto em outro grupo de 75 pessoas, que receberam conselhos médicos em vez da terapia baseada em avatares, apenas dois pacientes pararam de ouvir as vozes. Cerca de dois terços dos esquizofrênicos escutam vozes imaginárias que, com frequência, os insultam ou ameaçam, segundo o autor principal do estudo, Tom Craig, do King's College de Londres.

Na maioria dos casos, os medicamentos reduzem os sintomas, mas um quarto dos pacientes continua ouvindo essas vozes, aponta o estudo. É o que acontecia com as 150 pessoas que participaram do estudo, e que "vivem" com em média três ou quatro vozes. Os avatares permitem materializar essas vozes ameaçadoras para que os pacientes as enfrentem e as dominem, destacam os autores do estudo.

Graças às indicações dos pacientes, foi possível recriar por computador o tom da voz que os atormenta e o rosto ao que a associam. A continuação, os participantes se submetem a sessões de 50 minutos nas que enfrentam esse avatar, apresentado em um computador. Em outro quarto, com um microfone, um terapeuta os orienta e controla a voz e o comportamento do avatar.

O objetivo é que, no final da terapia, o paciente ganhe confiança e firmeza e que o avatar perca terreno. "Passamos de algo muito espantoso a algo que está sob o controle da pessoa", afirma Craig.

Especialistas independentes consideraram que esses trabalhos são promissores, mas observaram que serão necessário outros ensaios para confirmar sua eficácia e definir para qual tipo de paciente esta terapia é adequada. A esquizofrenia afeta cerca de 20 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Uma editora indiana estava sendo duramente criticada nesta quarta-feira por ter publicado um livro escolar aconselhando os alunos a asfixiar gatos como experimento científico.

O livro, utilizado por centenas de escolas privadas na Índia, propõe colocar dois filhotes de gato em caixas separadas, uma com furos e outra totalmente fechada, com o objetivo de estudar a importância do oxigênio para os mamíferos.

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"Coloque um gatinho em cada caixa. Feche as caixas. Depois de um tempo abra as caixas. O que você vê? O gato na caixa sem oxigenação está morto", explica o texto, como pode ser lido (em inglês) na imagem:

Os defensores dos direitos dos animais indicaram que várias escolas retiraram o livro de circulação. Também conseguiram que a editora prometesse que suprimiria o polêmico experimento na próxima edição.

"Talvez pareça estúpido, mas propondo este experimento colocavam em risco a vida de crianças e animais", declarou à AFP Vidhi Matta, porta-voz da federação de organizações indianas protetoras dos animais.

Matta afirmou que não sabia da existência de alunos que tivessem realizado o experimento.

Os livros escolares indianos costumam ser alvos de críticas por conter erros graves em seu conteúdo.

Um novo tratamento experimental para retardar os danos do Mal de Alzheimer se mostrou promissor em estudos iniciais em camundongos e macacos, e "merece ser investigado" em humanos, disseram cientistas americanos nesta quarta-feira.

O método consiste em injetar no líquido cefalorraquidiano um composto sintético que reduz a quantidade da proteína tau, cuja acumulação anormal no cérebro caracteriza o Mal de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.

"Demonstramos que esta molécula reduz os níveis da proteína tau, prevenindo e, em alguns casos, revertendo o dano neurológico", disse o autor principal do estudo, Timothy Miller, professor de neurologia na Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri.

A molécula, conhecida como um oligonucleotídeo anti-sentido, se dirige às instruções genéticas para a produção da tau antes que esta seja formada, segundo o estudo publicado na revista científica Science Translational Medicine. "Esta molécula é a primeira capaz de reverter os danos no cérebro que resultam da acumulação da proteína tau, e tem um potencial terapêutico em humanos", afirmou Miller.

Mais pesquisas são necessárias para determinar se o composto é seguro em humanos, e se funciona da mesma forma em pessoas e animais. "Mas tudo o que vimos até agora aponta que vale a pena investigar isso como um potencial tratamento para pessoas", disse Miller. Para este estudo, os cientistas utilizaram ratos geneticamente modificados para desenvolver uma agregação da proteína tau no cérebro similar à encontrada nos humanos.

Os ratos receberam doses do composto quando tinham seis meses de idade, e a partir dos nove meses o tratamento foi retomado durante 30 dias. Foram detectadas menos proteínas tau no cérebro dos camundongos de 12 meses tratados, em comparação com os ratos de nove meses não tratados, o que sugere que o tratamento não só deteve a acumulação desta proteína, senão que também a reverteu.

Além disso, com o tratamento com o oligonucleotídeo, a deterioração do hipocampo - a parte do cérebro determinante para a memória - e a destruição dos neurônios foram interrompidas e os ratos viveram em média 36 dias a mais que os que não receberam a molécula.

As autoridades americanas aprovaram recentemente tratamentos com moléculas de oligonucleotídeos para duas doenças neuromusculares: a distrofia muscular de Duchenne e a atrofia muscular espinhal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 36 milhões de pessoas sofrem de demência em todo o mundo, na maioria dos casos Alzheimer.

Um estudo divulgado na quarta-feira revelou que quando confrontados com um desafio mental enquanto fazem uma caminhada, por exemplo, os homens têm alguma alteração no movimento, o que não acontece com a maioria das mulheres, reabrindo o debate sobre as diferenças cerebrais entre os gêneros.

Caminhando em uma esteira ergométrica, homens - e mulheres com mais de 60 anos - passaram a balançar menos o braço direito quando confrontados com um teste de linguagem complicado, descobriram os pesquisadores. Acredita-se que tanto a função da linguagem como o balanço do braço direito são controlados principalmente pelo hemisfério esquerdo do cérebro.

"As mulheres com menos de 60 anos pareciam resistentes a esse efeito, visto que eram capazes de realizar a tarefa verbal sem mudanças no balanço do braço", disse a coautora do estudo Tim Killeen, neurocientista do Hospital Universitário Balgrist, na Suíça.

"Nos homens e nas mulheres mais velhas, a tarefa verbal parece sobrecarregar o hemisfério esquerdo, na medida em que o movimento do braço direito é reduzido", acrescentou. Os resultados "inesperados" foram publicados na revista científica Royal Society Open Science.

"Ficamos surpresos de encontrar uma diferença de gênero tão consistente na forma como dois comportamentos relativamente simples - controle cognitivo e balanço do braço - interagem entre si", disse Killeen à AFP. A equipe usou câmeras infravermelhas para registrar os padrões de caminhada na esteira em 83 pessoas saudáveis, com entre 18 e 80 anos.

Os participantes foram convidados a caminhar - primeiro normalmente e, em seguida, enquanto executavam uma tarefa verbal chamada teste Stroop. Desenvolvido na década de 1930, o teste consiste na impressão do nome de uma cor, como "vermelho", em tinta de uma cor não correspondente - verde, por exemplo. Em seguida, pede-se a uma pessoa que olhe para a palavra e diga qual é a cor da tinta.

Melhores na linguagem?

O teste é difícil, explicou Killeen, porque o cérebro humano "vê" tanto a palavra escrita como a cor da tinta, e deve conciliar as duas. Durante uma caminhada normal, os braços esquerdo e direito balançaram igualmente.

"Quando adicionamos a tarefa verbal, observamos que em homens de todas as idades e em mulheres acima de 60 anos, essa simetria foi rompida, com uma redução no balanço do braço direito, enquanto o braço esquerdo continuava balançando normalmente", disse Killeen.

Isso prova que as mulheres são melhores na realização de multitarefas? "Acho que isso mostra que as mulheres mais jovens podem ser capazes de resistir à interferência desses dois comportamentos bastante específicos", disse a pesquisadora.

Ainda não foi demonstrado se esse padrão se aplica a outras atividades simultâneas - como dirigir e falar ou andar e enviar mensagens de texto ao mesmo tempo, por exemplo. Também não está claro se a habilidade de uma mulher de realizar o desafio para o cérebro no seu passo normal lhe confere qualquer vantagem sobre os homens, disse Killeen.

O fato de as mulheres com mais de 60 anos perderem a capacidade pode fornecer uma pista sobre a origem desta capacidade, disseram os pesquisadores. Os receptores cerebrais do hormônio feminino estrogênio podem captar um maior impulso em mulheres mais jovens, que o possuem em maior quantidade.

"Alternativamente, as mulheres muitas vezes demonstram ter habilidades verbais um pouco melhores que os homens" e podem achar o teste Stroop mais fácil, disse Killeen por e-mail. "No entanto, isso não explica por que as mulheres mais velhas apresentam o 'padrão masculino' após 60 anos", ressaltou.

Estudos anteriores discordaram sobre se as mulheres são realmente melhores do que os homens em fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

Será possível um dia desviar a trajetória de um asteroide em rota de colisão com a Terra? Estados Unidos e Europa preparam um experimento espacial para checar esta possibilidade, mas se deparam com recursos insuficientes.

Há anos, a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA) elaboram uma missão conjunta batizada AIDA para verificar se é possível mudar o curso de um asteroide.

A agência espacial americana tem previsto provocar uma colisão entre um projétil lançado a partir da Terra e o satélite do asteroide Didymos, que em 2022 se encontrará a apenas 13 milhões de quilômetros do nosso planeta.

"O objetivo é validar uma tecnologia para que se um dia um asteroide ameaçar entrar em colisão com a Terra, estejamos seguros de poder provocar uma explosão e mudar sua trajetória", declarou à AFP Ian Carnelli, chefe do projeto AIM (Asteroid Impact Mission) na ESA. Como parte da missão AIDA, os americanos preveem enviar ao espaço em 2020 um aparelho de 600 kg, batizado DART (Double Asteroid Redirection Test).

Dois anos depois, o DART deveria colidir, a uma velocidade de 6 km por segundo, com o satélite, que mede 160 metros de diâmetro. Os europeus, por sua vez, deveriam lançar a sonda AIM ao encontro do Didymos (de quase 800 metros de diâmetro) e seu satélite, a fim de estudar, em 2022, suas características e registrar imagens do impacto.

A missão AIM foi apresentada em dezembro no Conselho ministerial da ESA em Lucerna (Suíça), mas foi adiada por falta de recursos.

Não desistir

A ESA pedia 250 milhões de euros para a AIM. Recebeu o apoio de vários pequenos países europeus, principalmente de Luxemburgo, mas os grandes se mantiveram à margem. O diretor-geral da ESA, Jan Woerner, disse estar "decepcionado", porque está "convencido da necessidade do projeto".

"A missão não foi anulada", detalhou Woerner na semana passada. "Não renuncio, principalmente porque vários Estados-membros me pediram para não abandonar". "Estamos pensando em várias soluções, entre elas uma versão mais leve da AIM", reduzindo um pouco seu conteúdo científico, explicou.

"Desta forma, seria possível reduzir o orçamento para menos de 150 milhões de euros, sem incluir o lançamento", declarou à AFP Patrick Michel, astrofísico do Observatório da Costa Azul e responsável científico da AIM. Em sua versão completa, a AIM prevê uma câmera, um equipamento de rádio, um pequeno aterrissador, mini-satélites CubeSats e vários radares.

O tempo urge. "Ainda nos restam dois meses, mais ou menos, para progredir e encontrar dinheiro", afirma Carnelli. "Se a Europa não realiza a AIM, perderá toda a experiência adquirida com a sonda Rosetta sobre navegação perto de um pequeno corpo celeste", adverte Michel.

Ainda que a ESA jogue a toalha, a missão americana DART não será comprometida, porque a colisão poderá ser vista a partir da Terra. Seu orçamento é de cerca de 150 milhões de dólares. Atualmente, considera-se que mais de 1.700 asteroides são potencialmente perigosos porque suas trajetórias cruzam com a da Terra a uma distância inferior a 10 milhões de km. "É necessário vigiá-los", aponta Michel.

"Se um asteroide de 150 metros caísse sobre a Terra, isto representaria o equivalente a 10.000 bombas de Hiroshima em termos de energia liberada", explica.

Em um passo à frente rumo à regeneração de órgãos, células-tronco desenvolvidas a partir de células da pele de macacos revitalizaram corações doentes de cinco animais, anunciaram cientistas nesta segunda-feira.

O experimento representa um avanço na direção da meta de se estabelecer uma fonte ampla e indiscutível de células revitalizadas para serem transplantadas em vítimas de ataques cardíacos, escreveram pesquisadores em um estudo publicado na revista científica Nature. Isto evitaria a necessidade de coletar células-tronco de embriões ou dos próprios transplantados.

A equipe de cientistas utilizou as denominadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Elas são desenvolvidas ao se estimular células maduras, já especializadas - como as da pele - a voltarem ao estado neutro, juvenil, a partir do qual podem dar origem a qualquer outro tipo de célula humana.

Antes do surgimento da técnica iPSC, as células-tronco pluripotentes eram coletadas de embriões humanos, que são destruídos no processo - uma prática controversa. Há uma terceira categoria de células-tronco, que podem ser diretamente coletadas de seres humanos. Estas células-tronco "adultas" são encontradas dentro de certos órgãos, inclusive o coração, e existem para recompor células danificadas.

Células-tronco adultas do coração já foram usadas em nível experimental para tratar vítimas de ataques cardíacos. E o tratamento com células-tronco embrionárias demonstrou ser promissor no tratamento da insuficiência cardíaca severa. Mas a equipe de cientistas japoneses afirmou que seu estudo foi o primeiro a utilizar células iPSCs para consertar um dano cardíaco.

As células humanas iPSCs são há tempos consideradas uma fonte promissora de células para reparar o coração. Mas desenvolvê-las a partir das próprias células do paciente era "demorado, trabalhoso e custoso", enquanto as células cardíacas desenvolvidas a partir das células de outra pessoa podiam ser rejeitadas pelo sistema imunológico do receptor, escreveram os pesquisadores.

Nas experiências com macacos, os estudiosos selecionaram uma molécula em uma célula do sistema imunológico que combinou tanto com o doador quanto com os receptores de forma a impedir que o sistema de defesa do corpo identificasse e reagisse às células "invasoras". Os macacos também receberam drogas imunossupressoras brandas e foram monitorados por 12 semanas.

As células melhoraram a função cardíaca, embora tenham sido observados irregularidades nos batimentos (arritmia), destacaram os pesquisadores. Mas, o importante é que as novas células não foram rejeitadas.

"Ainda temos alguns obstáculos, incluindo o risco de formação de tumores, arritmias, o custo, etc", enumerou, em declarações à AFP, o coautor do estudo, Yuji Shiba, da Universidade Shinshu, do Japão. 

Mas ele disse estar confiante de que as células cardíacas iPSC serão testadas em humanos "em alguns anos". Especialistas que não participaram do estudo consideraram-no um avanço, mas advertiram que há um longo caminho a percorrer.

"Eu não acredito que o tratamento com células-tronco para insuficiência cardíaca vá se tornar realidade em muitos anos", avaliou o cardiologista Tim Chico, da Universidade de Sheffield.

Há um ano, um pequeno robô mochileiro, como foi apelidado, foi colocado para percorrer as estradas da América do Norte, a fim de descobrir se os seres humanos são dignos de confiança. A resposta foi dada neste fim de semana, quando o aparelho foi destruído por vândalos.

O humanoide falante foi criado no Canadá como uma experiência social para investigar se sua raça poderia confiar nos seres humanos. Depois de muitas caronas bem sucedidas, foi desmembrado e abandonado numa estrada na Filadélfia, no leste dos Estados Unidos. "Ah, não. Meu corpo foi danificado", comentou o robô em seu site durante o fim de semana.

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"Parece que, às vezes, acontecem coisas ruins com bons robôs. Minha viagem deve terminar por ora, mas meu amor pelos humanos jamais morrerá. Obrigado a todos meus amigos", acrescentou. O pequeno robô percorreu milhares de quilômetros no Canadá e depois atravessou algumas regiões da Europa sem sofrer danos.

Quando foi colocado para viajar do norte de Boston até a Filadélfia - uma distância de pouco menos de 500 km que cobriu em duas semanas - foi atacado e desmembrado por desconhecidos. Os pesquisadores da Universidade Ryerson de Toronto, que idealizaram a experiência batizada de "hitchBOT", viram a morte de sua criatura de um ponto de vista positivo.

"Sabemos que muitos fãs do hitchBOT vão se sentir decepcionados, mas queremos garantir que esta grande experiência não acabou. Por ora, nos dedicaremos a responder o que aprendemos com a experiência e explora futuras aventuras para robôs e humanos", afirmaram na página www.hitchBot.me. "Não nos interessa denunciar ou achar as pessoas que destruíram o hitchBOT".

O robô foi construído com apenas mil dólares a partir de componentes que podem ser encontrados em qualquer casa ou loja de ferragens. Era capaz de dizer ao motorista que dava carona se estava cansado ou precisava recarregar suas baterias se conectando ao acendedor do veículo. Tinha como principal característica seu sorriso de luzes LED.

O avião experimental movido a energia solar, que terá como desafio dar a volta ao mundo em 2015, foi apresentado nesta quarta-feira (9) no aeroporto de Payerne, na Suíça, diante de mais de 500 pessoas, entre elas personalidades e diplomatas.

Este segundo protótipo, denominado Solar Impulse 2, é alimentado exclusivamente pela energia de suas células solares, tem envergadura de 72 metros, a mesma de um Airbus A380, e 2.300 kg de peso, 150 vezes menos que o avião gigante da fabricante europeia. Seus pilotos, Andrés Broshberg, ex-piloto militar, e Bertrand Piccard, neto do célebre aventureiro Auguste Piccard, já acumularam uma sólida experiência com o primeiro protótipo. Com ele voaram através da Europa até o Marrocos, antes de fazerem a travessia dos Estados Unidos em maio do ano passado.

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Em 2010, o avião fez um voo de 26 horas sem escalas. O Solar Impulse 2 foi projetado para voar mais de 120 horas seguidas - cinco dias e cinco noites -, tempo necessário para atravessar os oceanos. O avião partirá da região do Golfo, em março de 2015, e irá em direção ao mar da Arábia, passando por Índia, Mianmar, China, Oceano Pacífico, Estados Unidos, Atlântico, sul da Europa, norte da África, e voltando ao ponto de partida. Várias escalas estão previstas.

A aeronave é movida por quatro motores elétricos, cada um de 17,5 cavalos, alimentados por 17.248 células solares. Durante o dia, carregam baterias de lítio que pesam 633 kg, o que dá ao avião uma autonomia, em teoria, ilimitada. À noite, a velocidade se limitará a 46 km/h para não gastar as baterias. O projeto conta com o apoio de grandes nomes da indústria, como Solvay, Schindler, ABB, Omega e Altan, e da Fundação Príncipe Albert de Mônaco.

Similar ao que já acontece no Twitter, o Facebook começou a experimentar a popular ferramenta dos trending topics, local onde fica reunido os assuntos mais comentados do momento.

A novidade vem dois meses depois da implementação das hashtags, outro recurso bastante popular no mundo dos tuítes. A rede social confirmou o início do experimento nesta quarta-feira (7) em uma declaração ao site Mashable.

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O recurso ainda é novo e está disponível para apenas um pequeno grupo de usuários norte-americanos, restrito a versão mobile do aplicativo. Segundo a rede social, o experimento ainda está em sua fase inicial.

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A fotógrafa Mila Targino lança nesta quinta (14), às 18h30, o site Tractati Naturae - plataforma online contendo os resultados da pesquisa visual que Mila realizou durante o ano de 2012. O evento, que acontece na Galeria Peligro, no Bairro de Casa Forte, conta com a exibição de um teaser do projeto, três web vídeos, fotografias e uma conversa com a própria pesquisadora acerca das vivências neste trabalho. 

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O projeto Tractati Naturae, que é uma experiência que envolve textos, vídeos, livros de artistas, áudios e imagens fotossensíveis, constitui em um ensaio fotográfico apresentando uma crítica à instrumentalização dos saberes herdada do legado de uma racionalização extrema proposta pela modernidade. No site da pesquisadora, os experimentos Natureza como sobejos do tempo, Natureza desprovida de graça em tempo médio e On time apparatus falam de uma relação do sujeito com um mundo dominado pelo progresso da técnica e pela aceleração do tempo que só prevê mudança através de utopia.

Para realizar a pesquisa, Targino mergulhou na história da fotografia reinventando enunciados e práticas de várias fórmulas fotográficas do século XIX e XX. Como consequência, a pesquisadora obteve uma estética que implica o corpo no espaço do laboratório clássico revisitado por tópicos da filosofia moderna. Dentro deste espaço político, até os papéis fotossensíveis industrializados passaram pelo crivo da experiência, sendo profundamente alterados pelos movimentos do corpo da fotógrafa ao manusear tesouras, buchas, pincéis, palhas de aço, entre outros elementos. 

Durante o evento, os visitantes podem ver um estúdio de madeira com camêra, tripé e fundo criadas por Maurício Castro e Newton Walter (in memorian) especialmente para este projeto de Mila Targino, além de visualizarem o andamento do livro de artista que a fotógrafa vem desenvolvendo com os vestígios da produção em laboratório e que foi construído por meio de parceria com a designer Rosana Aires. 

Serviço

Lançamento de Tractati Naturae 

Quinta (14), às 18h30

Galeria Peligro (Rua Dona Ada Vieira, 112 - Casa Forte) 

 

O projeto criado por James Loudin e seus colegas da Universidade Stanford, na Califórnia, nos EUA, propõe que um chip implantado na retina, um computador de bolso e óculos com câmera instalada pode retomar a visão de pacientes que sofrem de retinite pigmentosa.

A doença é uma degeneração da retina que inicia como uma cegueira noturna e em um processo lento faz com que o paciente perca inteiramente a visão. No entanto, as células do cérebro que processam as imagens não são afetadas e continuam adequadas para a transmissão de informações . É nesse ponto que o chip age, estimulando essas células fazendo com que o cérebro volte a processar a visão.

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O aparelho trabalha como um painel solar, transformando a luz solar em corrente elétrica que segue até a retina. Como o ser humano não enxerga a luz infravermelha, esta é usada para ativar o painel, isso faz com que o paciente não sinta dores ao se deparar com a luz. Por conta disso, os óculos existem, para que seja possível captar as imagens no espectro e o computador possui a tarefa de processar o que é captado. Dessa forma, os sinais podem chegar ao cérebro e a visão consegue ser restaurada. É indicado que o paciente também não retire os óculos, pois ele também serve como proteção.

O experimento ainda não foi testado em humanos, apenas em ratos de laboratório e já apresentaram resultado. No entanto, no caso dos seres humanos eles recuperariam a visão, mas esta não seria plena. Apenas seriam conseguidas imagens com qualidade inferior a normal, inclusive sem pigmentação.

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