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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o Brasil deve considerar a imposição de um limite à produção de petróleo, uma posição que a coloca em divergência com setores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao Financial Times, publicada nesta terça-feira, 26, Marina argumentou que o País será incapaz de alcançar objetivos como o de triplicar a energia renovável sem limitar a exploração da commodity. "É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão de enfrentar", disse.

Ela acrescentou ainda que o foco na transição para uma economia verde precisa ser mantido. "A segurança energética é necessária, mas também devemos pensar na transição. Ambas as coisas devem acontecer", ressaltou.

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A reportagem do FT enfatiza que os planos de Marina enfrentam obstáculos no governo Lula, em uma oposição liderada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a Petrobras.

Segundo o diário britânico, a insistência brasileira nos combustíveis fósseis gerou "ceticismo" internacionalmente, diante do apelo de Lula para que países ricos banquem a maior parte do combate às mudanças climáticas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Lágrimas de Sal, para investigar possíveis crimes cometidos durante os anos de exploração de sal-gema pela Braskem em Maceió. 

A exploração de sal-gema na capital alagoana ocorreu de 1976 a 2019, resultando em grave instabilidade no solo de bairros como Pinheiro, Mutange, Bebedouro e adjacências. A área se tornou inabitável, tendo em vista os riscos de desmoronamento de casas, ruas e fechamento do comércio, levando mais de 60 mil pessoas a terem que deixar os bairros. 

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As investigações da PF apuraram indícios de que as atividades de mineração desenvolvidas no local não “seguiram os parâmetros de segurança previstos na literatura científica e nos respectivos planos de lavra, que visavam a garantir a estabilidade das minas e a segurança da população que residia na superfície”. 

De acordo com as apurações feitas até agora, foram identificados indícios de apresentação de “dados falsos e omissão de informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da atividade, permitindo assim a continuidade dos trabalhos, mesmo quando já presentes problemas de estabilidade das cavidades de sal e sinais de subsidência do solo acima das minas”. 

A PF diz que os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União, apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão, entre outros delitos. 

Aproximadamente 60 policiais federais cumprem 14 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços ligados aos investigados nas cidades de Maceió, no Rio de Janeiro e em Aracaju, capital de Sergipe. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no estado de Alagoas. 

O nome da Operação Lágrimas de Sal é referência ao sofrimento causado à população pela atividade de exploração de sal-gema.

Uma mulher foi presa em flagrante por exploração sexual das filhas, atualmente com 15 e 17 anos de idade, nesta terça-feira (29), no Recife. De acordo com a Polícia Civil, as duas eram aliciadas para a prostituição quando tinham 10 e 12 anos, para manter o vício da genitora no crack. 

A corporação também informou que as jovens também se tornaram usuárias da droga na época em que eram forçadas pela mãe a frequentar um ponto de prostituição, localizado no bairro da Várzea, na Zona Oeste. Antes da prisão, autuada tinha ameaçado os familiares a quem suas filhas tinham sido entregues. Foram os parentes que denunciaram o caso. 

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"De acordo com a tia que detém a guarda das crianças hoje, desconfia-se que ela estava atrás das crianças para poder voltar a submetê-las ao uso de drogas e à prostituição. Devido ao uso de crack quando crianças, elas desenvolveram o vício e hoje estão em uma clínica de reabilitação. Elas só vêm para a casa da tia nos finais de semana", explica o delegado da Delegacia da Várzea, Luiz Alberto Braga, que acompanha o caso. 

Após diligências realizadas pela Polícia Civil, a mulher foi capturada e autuada pelo crime de perseguição. Ela também será indiciada pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual de menores.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a suspensão de um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro que facilitava a exploração de cavernas, grutas, lapas e abismos. O julgamento foi retomado com o voto do ministro Kássio Nunes Marques, que havia pedido vista e agora votou contra o decreto. Em seguida, a análise foi novamente suspensa por pedido de vista do ministro André Mendonça.

Na ação, os ministros vão decidir se confirmam ou rejeitam uma liminar concedida em janeiro de 2022 pelo então ministro Ricardo Lewandowski, que suspendeu os efeitos do decreto de Bolsonaro. A decisão foi tomada dias após a medida de Bolsonaro e atendeu a pedido da Rede Sustentabilidade.

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Além de Lewandowski e Nunes Marques, os ministro Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Rosa Weber votaram para suspender as normas. O mérito (sobre a constitucionalidade do decreto) ainda deve ser pautado na Corte.

A medida de Bolsonaro facilitava o licenciamento de obras nas cavidades subterrâneas e favorecia empreendimentos de mineração. O decreto permitia intervenções com "impactos negativos irreversíveis", inclusive em cavidades de máxima relevância, caso os empreendimentos fossem considerados "de utilidade pública". O texto ainda abria espaço para os ministérios de Minas e Energia e de Infraestrutura modificarem atributos ambientais da classificação do grau de relevância das cavernas e definirem formas de compensação à exploração.

Ao acolher o pedido de liminar, Lewandowski considerou "risco de danos irreversíveis às cavidades naturais subterrâneas e suas áreas de influência". "A exploração das cavidades naturais subterrâneas, convém sublinhar, também pode provocar a destruição da fauna e da flora das cavernas e, consequentemente, ameaçar espécies em extinção e aumentar o risco à saúde humana com o potencial surgimento de novas epidemias ou até pandemias", afirmou em seu voto.

Depois de encolher suas operações internacionais e abandonar o continente africano após 40 anos de atividades, a Petrobras planeja voltar para a África, sobretudo se o licenciamento ambiental para explorar a Margem Equatorial for novamente negado. De momento, há uma aposta firme na exploração de reservas ricas em gás descobertas em blocos da companhia na Colômbia. A empresa também não descarta ir à Guiana e ao Suriname para explorar a Margem fora do país com sócias.

A intensidade dessa ida ao exterior vai depender da evolução da licença para explorar a bacia da Foz do Amazonas, hoje travada pelo Ibama. O movimento tem por objetivo aumentar as reservas da empresa, e assim garantir a continuidade da produção em bom nível na próxima década.

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Em entrevista à reportagem, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, diz que a produção dos reservatórios gigantes do pré-sal vai declinar a partir do pico da produção, em 2032. Segundo Mendes, se novas reservas não forem descobertas o Brasil começará a importar petróleo a partir de 2040, o que considera retrocesso num contexto de preocupação global com segurança energética, sobretudo para um País que atingiu a autossuficiência no setor.

O novo Plano Estratégico da companhia para o período 2024-2028, a ser divulgado em novembro, já terá novamente a internacionalização presente, ainda que de maneira apenas indicativa. Será o pontapé inicial para recompor uma área que foi abandonada pela gestão anterior. Em janeiro de 2020, com a venda de ativos na Nigéria, a Petrobras saiu do continente africano, conhecido por ter geologia similar à da costa brasileira.

"A gente vai colocar de uma forma macro (no plano estratégico) a internacionalização. Há descobertas no mundo importantes, como na Nigéria, Angola, Namíbia. A Petrobras saiu, mas pode voltar. Sim, a gente quer voltar", afirma Mendes.

A presença da Petrobras na África começou ainda nos anos 1970, nos governos militares. Depois, somente nos anos 2000, sob os governos Lula e Dilma Rousseff, é que a área de E&P da estatal entrou mais decididamente na África.

Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, partindo de Angola e Nigéria, a estatal chegou gradativamente a outros oito países, lista que inclui Líbia, Moçambique, Senegal e Namí.

Quando um grupo de amigos decide conversar sobre os jogos que marcaram a indústria nos anos 1990, provavelmente a franquia de ação e RPG “Diablo” estará presente no assunto. A famosa saga foi responsável por alavancar o nome da desenvolvedora americana Blizzard (hoje Activision Blizzard), que recentemente recebeu o aguardado quarto capítulo, que vinha com a promessa de corrigir alguns erros cometidos por seu antecessor. O LeiaJá teve a oportunidade de testar o game no Xbox Series X/S.

Desta vez, a trama de “Diablo IV” gira em torno da antagonista Lilith, também conhecida como Rainha das Súcubos, que retorna para o mundo dos humanos com a promessa de espalhar a escuridão pelo mundo. Além disso, o anjo renegado Inárius, deseja destruir Lilith, em uma guerra santa que pode dizimar todos os seres vivos do planeta. Cabe ao protagonista sem nome (criado e controlado pelo jogador), impedir que este caos ocorra.

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“Diablo IV” marca o retorno da franquia às raízes, já que apresenta uma estética visual bastante sombria, que se distancia do aspecto colorido de “Diablo III” (2012) e remete aos dois primeiros games da franquia, lançados em 1996 e 2000 respectivamente. Esta volta às origens se torna mais crível em um mundo ameaçado por anjos e demônios.

Foco no gameplay

Embora o game apresenta uma narrativa bem construída, assim como nos demais jogos da franquia, o foco de “Diablo IV” está na jogabilidade, que continua a oferecer bastante dinamismo durante a jornada. O game conta com uma perspectiva de visão “top-down”, onde o jogador enxerga os cenários por meio de um ângulo de cima para baixo.

Antes de iniciar a jornada, é preciso criar um personagem e escolher entre as cinco classes disponíveis, que são: Druida, Mago, Barbaro, Necromante e Renegado; depois, o jogador poderá atribuir algumas caracteristicas visuais ao aventureiro, como esitlo de cabelo, proporção do corpo, sexo e outros detalhes. Vale destacar que novas classes poderão ser adicionadas em futuras expansões.

Ao longo da jornada, o jogador deverá fortalecer o personagem e adquirir pontos de experiências para aprender novas habilidades, que podem ser distribuídas nos botões X, A, LT, RT, RB e Y (no caso do Xbox e PC). Estas atribuições podem ser feitas por meio de um menu, também conhecido como "árvore de habilidades” e, a busca pelo melhor conjunto de técnicas não é algo simples e exigirá muitas tentativas e erros.

Por outro lado, caso o jogador não esteja satisfeito com as habilidades aprendidas, ele pode optar por resetar a árvore de habilidade e tentar novas atribuições. Este processo pode ser feito por uma pequena quantidade de ouro, que pode ser adquirido com bastante facilidade ao longo do gamplay.

Da mesma maneira que foi feito na remasterização “Diablo II: Resurrected” (2021), o título recebeu uma boa adaptação para os joysticks, o que garante uma experiência agradável para os jogadores de console, já que no passado, era impensável jogar qualquer game da franquia por outro meio, que não fosse pelo teclado e mouse.

Outro ponto de destaque, é que difernete de seus antecessores, “Diablo IV” conta com um único mapa, que conecta todas as regiões do game. Por conta disso, o jogador fica livre para escolher a ordem das missões que deseja cumprir, além de também poder optar por tarefas secundárias, que vão desde favores a moradores de vilarejos, itens escondidos e inúmeras cavernas espalhadas pelo mundo.

No entanto, se locomover de um ponto para o outro em um mapa gigante, pode ser uma tarefa cansativa, já que todo o processo deve ser feito a pé. Existe a possibilidade de adquirir um cavalo, que ajuda a acelerar a locomoção, mas, esta opção só fica disponível por volta da metade do game. Considerando a grandiosidade do mundo de “Diablo IV”, o transporte deveria ser uma das primeiras coisas a serem liberadas na jornada.

 O pesadelo dos servidores

“Diablo IV” tinha tudo para oferecer aos fãs da franquia a experiência dos sonhos, porém, muitos dos acertos do game são prejudicados por conta da instabilidade de seus servidores. O jogo exige conexão constante com a Internet, mesmo para aqueles que desejam jogar partidas solos e, por conta disso, qualquer falha de conexão pode interromper a aventura e o jogador será levado direto para a tela de menu do jogo.

Durante a semana de lançamento do título, o game sofreu diversas quedas de servidores e, algumas delas deixaram o jogo inacessível por mais de uma hora. Vale lembrar que existe um modo de dificuldade com morte permanente (ao morrer, terá que recomeçar a jornada do zero) e que a instabilidade do servidor pode resultar no fim injusto deste personagem.

O quarto capítulo da franquia “Diablo” se prova uma aventura satisfatória para os fãs mais antigos, mas também pode ser uma porta de entrada para os novatos. A instabilidade dos servidores é um dos fatores que prejudicam a experiência e pode causar certa irritação aos jogadores.

Outro ponto que pode deixar alguns brasileiros insatisfeitos é o preço cobrado de R$349,90 na edição padrão ou R$499 na edição ultimate. “Diablo IV” está disponível para Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

Por Alfredo Carvalho

A Intel encerrará a produção de seus chips Blockscale, lançados em junho de 2022, dedicados à exploração de criptomoedas. Apesar da alta recente, principalmente de Bitcoins, a demanda de mineração caiu por estar cada vez mais cara. Segundo porta-voz da empresa, eles continuarão a dar suporte aos chips ASIC aceleradores de blockchain, mas a partir de 20 de outubro, não receberão novas encomendas do produto. 

A medida estabelecida pela empresa visa focar investimentos em programa de “2.0 de fabricação de dispositivos integrados” (IDM 2.0). A estratégia IDM 2.0 anunciada em 2021 pelo CEO, Pat Gelsinger, busca tornar a Intel a segunda maior fabricante de semicondutores até o final da década.

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O modelo se divide na criação de novas plantas, dedicadas a seus chips proprietários, e contratos com fábricas terceirizadas para viabilizar a expansão de sua carteira de clientes.

Atualmente, as principais fornecedoras de semicondutores (microchips) do mercado são a TSMC e Samsung, com clientes como Nvidia, AMD, Apple e Qualcomm. Para rivalizar com as gigantes asiáticas, a Intel se viu obrigada a focar esforços em ampliar fundições próprias, deixando de lado projetos menos promissores.

Ainda segundo o porta-voz da empresa, eles continuarão a monitorar o mercado de criptomoedas. Contudo, o momento é pouco propício para investir em chips dedicados à exploração.

A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) anunciou na quinta-feira (16) que acionou a Polícia Federal para abrir uma investigação contra membros do grupo de "coaches de namoro" Millionaire Social Circle. Os homens são acusados de filmar e fotografar mulheres sem permissão durante uma festa privada em São Paulo e usar as imagens para anunciar "cursos de relacionamento".

Em nota, a Embratur disse se solidarizar com as vítimas e afirmou que o presidente da agência, Marcelo Freixo, vai se reunir com a Polícia Federal na próxima segunda-feira, 20, para tratar do tema.

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"Não são bem-vindas em nosso país pessoas que desejam praticar crimes. O turismo para fins de exploração sexual fere nossas leis e quem o pratica será submetido à devida investigação, julgamento e punição", diz o comunicado da Embratur.

Na última quarta, a Polícia Civil de São Paulo também abriu uma investigação para apurar denúncia feita por uma das mulheres presentes no evento, realizado em uma mansão do Morumbi, na zona sul da capital. A vítima, de 27 anos, disse que foi convidada para a festa por um homem ainda não identificado que conheceu em um aplicativo de relacionamento.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a ocorrência foi registrada como "favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual e agenciar, aliciar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher exploração sexual".

Na mesma nota, a Embratur acusa o governo de Jair Bolsonaro de ter dado "infelizes declarações" e interrompido "décadas de políticas intersetoriais para combater o turismo para fins de exploração sexual", estimulando este tipo de crime.

Ainda em 2019, o então recém-eleito Bolsonaro disse que o Brasil não poderia ser "um país do mundo gay, de turismo gay". Em seguida, ele afirmou: "Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade".

'Mestre da pegação' e 'Playboy internacional'

Em seu site oficial, o Millionaire Social Circle vende cursos que variam de aproximadamente R$ 21 mil a R$ 264 mil, durante o qual seus tutores ensinam a "experienciar a vida, o namoro e conhecer mulheres" com base nas "experiências combinadas de 50 mil mulheres de 40 países diferentes".

O MSC promete ensinar "a confiança necessária" para "falar com mulheres em qualquer lugar, a qualquer momento", "converter encontros para o quarto no mesmo dia" e também "se aproximar de homens bem sucedidos em todo o mundo".

O programa é liderado pelos autodenominados "mestres da arte de namorar" Mike Pickupalpha e David Bond, ambos nomes fictícios. Eles afirmam viver nos Estados Unidos e se definem, respectivamente, como "coach de namoro" e "playboy internacional". Juntos, eles já levaram os "alunos" para aprenderem a ficar com mulheres de países como Colômbia, Chile, Costa Rica e Filipinas. O próximo destino do grupo é a Tailândia.

O grupo fez uma excursão a São Paulo entre os dias 14 e 28 de fevereiro. A escolha pelo Brasil foi justificada porque o país teria "mulheres exóticas" e baladas "que oferecem as mulheres mais bonitas" da capital paulista.

Após a repercussão do caso, os fundadores do MSC têm justificado em suas redes sociais que todas as pessoas na festa eram "maiores de idade" e disse que as reclamações são feitas por "feministas com raiva".

Após inúmeros rumores e especulações, a Nintendo surpreendeu todos os fãs com o anúncio e lançamento repentino da remasterização do primeiro “Metroid Prime”, para o Nintendo Switch. O título foi lançado originalmente em 2002, para o console Game Cube. A nova versão do game possui características que podem agradar tanto os veteranos, quanto os novatos, além de ser um aquecimento para o aguardado “Metroid Prime 4”, que ainda segue sem previsão de chegada.

“Metroid Prime” marca a chegada da franquia ao mundo dos jogos tridimensionais (3D) e a diferença mais notável é o formato da câmera em primeira pessoa. Porém, todos os aspectos de exploração que consagraram a saga ao longo dos anos continuam presentes neste título.

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A aventura ocorre após os eventos do primeiro “Metroid”, lançado em 1986 para o Nintendo 8 bits e o jogador assume o controle da caçadora de recompensa Samus Aran, que a princípio deve investigar uma misteriosa estação espacial. Depois de alguns acontecimentos, a heroína se vê obrigada a fugir do local, mas durante o processo de fuga, a sua armadura é danificada e ela perde a maioria das suas habilidades.

Ao aterrissar no planeta Tallon IV, Samus estará livre para iniciar a exploração do mapa e reconquistar as habilidades perdidas durante a fuga. Além disso, a caçadora de recompensa também precisa descobrir o que o grupo de vilões, Space Pirates, planeja fazer naquele misterioso planeta.

 Mesmo jogo, mas com novo visual

Na contramão de alguns relançamentos recentes da Nintendo, como “The Legend of Zelda: Skyward Sword”, que chegou ao Switch em 2021, sem apresentar grandes mudanças gráficas e por R$299; “Metroid Prime” recebeu uma repaginação visual completa, com novas texturas nos cenários e objetos. Um trabalho que deveria se tornar padrão para qualquer remasterização da atual geração de videogames.

A jogabilidade é a mesma vista no game original de 2002 e é um dos aspectos que melhor resistiu ao tempo, pois mesmo com mais de 20 anos, consegue bater de frente com muitos títulos da atualidade. Apesar de usar a câmera em primeira pessoa, “Metroid Prime” não se resume apenas a tiroteios frenéticos (embora também estejam presentes) e boa parte da aventura se foca na exploração de cenários e resolução de puzzles (quebra-cabeças).

Durante a jornada, Samus coletará diversas habilidades, que permitirão que ela avance por locais que antes eram inalcançáveis, como a morph ball, que lhe permite se transformar em uma bolinha e passar por caminhos estreitos. O game também dispõe de diversas armas, que são identificadas pelas suas cores, que podem abrir diferentes portas e derrotar tipos específicos de inimigos.

Porém, o título não é livre de problemas e algumas coisas podem dificultar a exploração. Ao adquirir uma nova habilidade, o jogador deve revisitar alguns pontos do planeta Tallon IV, para acessar novos locais e coletar itens. No entanto, por conta do tamanho expressivo do mapa, não será uma tarefa fácil lembrar de todos esses lugares e o sistema de mapeamento carece de ferramentas para auxiliar a tarefa.

Outro ponto que pode incomodar os mais casuais, é a dificuldade do game, que pode ser bastante punitiva mesmo no nível Normal, já que ao morrer, o jogador perde boa parte do progresso realizado e terá que refazer um longo percurso novamente. Por outro lado, isso pode agradar aqueles que buscam por um desafio elevado.

“Metroid Prime” é uma adição positiva para a biblioteca do Nintendo Switch, pois mantém a jogabilidade que consagrou o título em 2002 ao mesmo tempo que reformula o visual para os padrões atuais. O game está disponível na Nintendo eShop, por R$199.

Por Alfredo Carvalho

Doze pessoas foram presas na França, Espanha e Colômbia em uma operação para desmantelar uma rede de lenocínio que explorava pelo menos 50 mulheres latino-americanas em cidades francesas, informou uma fonte policial à AFP nesta sexta-feira (2).

As vítimas, com idades entre 20 e 40 anos, eram "principalmente colombianas e venezuelanas, mas também peruanas e paraguaias", disse à AFP a comissária Elvire Arrighi, chefe do Escritório Central de Repressão ao Tráfico de Pessoas (OCRTEH).

"[As mulheres] eram exploradas de forma absolutamente industrial na França", com até 10 serviços por dia, o que permitiu à rede faturar até 30 milhões de euros (31,3 milhões de dólares) por ano, destacou Arrighi.

A rede, cuja organização era piramidal, era comandada desde a Colômbia por um casal formado por um colombiano e uma venezuelana, que recrutavam as vítimas com falsas promessas de um futuro melhor na Europa e cobravam os benefícios.

A operação resultou na prisão do casal na Colômbia; de mais seis pessoas - quatro homens e duas mulheres - na Espanha; e dois homens e duas mulheres na França, segundo a fonte policial, que confirmou informações da rádio France Inter e do jornal Le Parisien.

Os detidos na França, na cidade de Saint-Louis (nordeste), são de nacionalidade espanhola e colombiana, indicou o jornal, especificando que a operação ocorreu na terça-feira simultaneamente às seis da manhã na França e na Espanha, e à meia-noite na Colômbia.

- "Além dos oceanos" -

O caso começou há dois anos, após uma denúncia apresentada por duas mulheres em Bordeaux (sudoeste), segundo a France Inter. Em setembro de 2021, a Justiça francesa abriu uma investigação por lenocínio, tráfico de pessoas agravado, lavagem de dinheiro em uma gangue organizada e associação de criminosos, disse uma fonte judicial à AFP.

A rede forçou mulheres à prostituição em toda a França: da costa atlântica ocidental (Roche-sur-Yon, La Rochelle, Mérignac) ao leste de Saint-Louis ou Annemasse, passando por Roubaix no norte ou Plaisir e Bussy-Saint-Georges no região de Paris, segundo o Le Parisien.

Para entrar em contato com as vítimas, seus clientes passavam por "call centers" instalados na Espanha - Málaga e Madri - e na França, ligando para um número de telefone divulgado na Internet.

As mulheres "não tinham qualquer controle sobre o seu horário e tinham que prestar contas por mensagem após cada atendimento", explicou a chefe da OCRTEH. Segundo o jornal, a rede instalou detectores de presença e câmeras para gravar os clientes quando pagavam pelo serviço.

Para que as vítimas se dedicassem "totalmente" aos clientes, outros integrantes da rede cuidavam de sua alimentação, transporte e segurança, explicou Elvire Arrighi.

Os investigadores consideram que a rede arrecadou pelo menos cinco milhões de euros (5,3 milhões de dólares) por ano com a exploração sexual das vítimas, embora as estimativas possam subir até "20 a 30 milhões de euros" (20,8 a 31,3 milhões de dólares).

Para a comissária, o dinheiro que as mulheres recebiam por cada serviço, uma quantia "que dificilmente poderiam ganhar nos seus países de origem", e a necessidade de "enviar dinheiro para as suas famílias" fizeram com que permanecessem "sob a influência desta rede", afirmou à rádio France Inter.

A comandante do OCRTEH destacou a "cooperação internacional sem precedentes" entre França, Colômbia e Espanha, que mostra que "diante de um crime organizado sem fronteiras, as forças policiais podem se aliar, inclusive além dos oceanos".

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) promove, neste fim de semana, ações de conscientização quanto ao crime de abuso sexual de crianças e adolescentes. A iniciativa faz parte do Projeto Anjos na Estrada, para incentivar a reflexão e o debate sobre o tema em todo o Brasil. 

Nessa sexta-feira (2), foram realizadas palestras sobre abuso sexual infantil, ministrada pela presidente do Instituto Anjos, Maura de Oliveira, e com a participação da gestora do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), delegada Inalva Moreira. O evento tem o objetivo de alertar profissionais e estudantes e somar esforços para o enfrentamento a este tipo de prática criminosa. 

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As palestras foram realizadas pela manhã e à tarde, no auditório Capiba da Uninassau, localizado no bairro da Madalena. A estimativa é que mais de 100 pessoas, entre estudantes, professores e PRFs participaram.

Já no sábado (3), o “Projeto Anjos na Estrada” vai para a BR-101, km 29, em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Com foco na conscientização de motoristas, especialmente quanto à identificação de pontos vulneráveis nas rodovias e à importância da denúncia, a PRF irá realizar um comando educativo sobre a temática. 

Os policiais e representantes do Instituto Anjos irão abordar veículos de passeio e coletivos, compartilhando informações e orientações quanto ao tema.

E no domingo (4), quem passar pelo Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, das 9h às 13h, também vai receber orientações e o chamamento para junto à PRF conscientizar ainda mais pessoas sobre o crime de abuso sexual infantil. Para chamar a atenção de adultos e crianças, pernambucanos e turistas, para o “Anjos na Estrada”, a PRF irá expor no local viaturas quatro rodas, motocicletas operacionais, helicóptero, e ainda apresentar o trabalho dos cães farejadores da instituição.

Da assessoria

“Bem-vindos à região de Paldea”: esse é o título do novo trailer de Pokémon Scarlet e Pokémon Violet, lançado nesta quarta-feira (3) pela Nintendo. O vídeo revelou a exploração em mundo aberto do novo jogo Pokémon da Game Freak, incluindo informações de como os jogadores vão montar os Pokémon lendários Koraidon e Miraidon pela recém-nomeada região de Paldea. 

Koraidon e Miraidon podem se transformar de Pokémon lutadores em formas semelhantes a motocicletas e planadores, permitindo que os jogadores escalem montanhas, atravessem planícies gramadas e voem pelo céu. 

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Pokémon Scarlet e Pokémon Violet terão jogo cooperativo para até quatro jogadores, e o novo trailer mostrou os jogadores andando e correndo juntos. A amostra destacou, ainda, uma caça ao tesouro da qual os jogadores participarão durante seus estudos em uma academia sem nome, bem como novos Pokémon e novas formas de Paldea. 

Como revelado anteriormente, Pokémon Scarlet e Violet trazem um punhado de novos Pokémon, incluindo novos iniciantes Sprigatito, Fuecoco e Quaxly, bem como Smoliv, Lechonk e Pawmi, e dois novos Pokémon Lendários (Koraidon e Miraidon), para a série. Também foram revelados, nesta quarta (3), o Wooper de Paldea, Cetitan e Fidough. 

O game dará início à nona geração de Pokémon, com lançamento exclusivo para o Nintendo Switch em 18 de novembro. 

-->  Pokémon Violet e Scarlet ganham novo trailer e data

 

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Data determinada pela Lei Nº 9.970/2000 como o Dia Nacional de Combate à Exploração e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes, o 18 de Maio relembra o caso de Araceli Cabrera Crespo, criança de 8 anos que foi sequestrada, violentada e carbonizada em Vitória, Espírito Santo. O crime ocorreu em 1973. Passados 49 anos, os suspeitos ainda estão impunes.

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Como forma de manter viva a memória de Araceli, dar visibilidade ao tema e conscientizar a respeito, foi criada a campanha Maio Laranja, que busca discutir e provocar conversas sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

Abuso sexual e exploração sexual: como diferenciar? O abuso ocorre quando a vítima é utilizada na prática de atos de cunho sexual, seja por um adulto ou adolescente com idade ou nível de desenvolvimento que o coloca em posição de responsabilidade, confiança ou poder. Pode envolver o uso da força física, ameaças ou exploração da autoridade. Enquadra-se nos artigos 214 e 218 do Código Penal como, respectivamente, atentado violento ao pudor e corrupção de menores, e na Lei N 8.072/1990 como crime hediondo, o que aumenta a pena.

A exploração sexual caracteriza-se quando crianças ou adolescentes são utilizados para troca ou obtenção de lucro – financeiro ou de outra natureza – por meio de turismo sexual, tráfico, pornografia ou rede de prostituição.

Nem todo ato de abuso ou exploração enquadra-se como pedofilia, patologia sexual do grupo das parafilias (distúrbios psiquiátricos caracterizados por fantasias sexuais recorrentes e intensas com pessoas, animais ou objetos) que possui critérios estabelecidos pela Associação Psiquiátrica Americana – American Psychiatric Association – no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, de 1994. Para ser classificado como pedófilo, o indivíduo precisa ter 16 anos ou mais e possuir, no mínimo, cinco anos de diferença em relação à idade da vítima. Portadores da doença podem apresentar desejos e fantasias sem se tornarem abusadores.

A neuropsicóloga Atanuita Rangel fala que a vítima de violência sexual pode não apresentar sinais físicos, mas é possível que manifeste por meio de choro, angústia, ansiedade, mudança no comportamento, perda do controle de urina e fezes devido a fatores emocionais, doenças sexualmente transmissíveis e irritação ou machucados nas partes íntimas, por exemplo.

Atanuita também aponta o perfil do abusador e/ou pedófilo. “Ele pode ter uma vivência como uma figura paterna ou amiga. Alguns procuram por crianças de pais solteiros ou mesmo famílias em que os responsáveis não sejam tão disponíveis para dar atenção. Um abusador de crianças e/ou adolescentes, normalmente, usará de artifícios como jogos, atividades e linguagens de interesse da idade para ganhar a confiança e enganar a vítima”, informa.

As marcas deixadas pelo abuso sexual podem perdurar até a vida adulta. De acordo com a neuropsicóloga, é comum que a vítima tenha pesadelos persistentes, baixa autoestima, desconfiança nos relacionamentos, dificuldades para se alimentar (o que pode gerar transtornos, como anorexia ou bulimia), maior tendência para uso de drogas e comportamentos de risco.

“Buscar justiça é uma das formas de se proteger e de tratar os traumas decorrentes da violência vivida. Ajuda psicológica, apoio de familiares e amigos e envolvimento em programas de prevenção são algumas das alternativas de ajudar o adulto a continuar sua vida sem se sentir paralisado por pela dor causada pelo abuso”, afirma.

Desinformação e mitos

Atanuita diz que os mitos sobre o tema surgem devido à falta de compreensão das verdadeiras causas do abuso, ao medo de represálias ou de que nada será feito pela vítima, à vergonha da exposição ou ao constrangimento por ter vivenciado os fatos.

“Por se tratar da violação de direitos é importante desmistificar algumas crenças em torno deste tema, como: acreditar que o abuso se dá por pessoas desconhecidas; que autor é sempre uma pessoa mais velha, um doente mental, psicopata, alcoólatra ou homossexual; que a criança mente e inventa ter sido abusada; que há consentimento por parte do adolescente ou que houve facilitação por parte dos responsáveis das crianças; que o abuso sexual acontece, na maioria dos casos, longe da casa da criança ou do adolescente; que as vítimas do abuso sexual são de famílias de nível socioeconômico baixo ou que a maioria dos casos são denunciados”, pondera.

Ana Júlia Nogueira, advogada criminalista, informa que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990) e o Código Civil (Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002) amparam, por meios legais, crianças e adolescentes na sociedade em diversas áreas, inclusive quando envolve crimes sexuais. “Em casos judiciais em que há um menor (qualquer criança ou adolescente até 18 anos completos), o processo corre em segredo de justiça, ou seja, ninguém poderá ter acesso aos autos daquele processo a não ser as partes interessadas”, garante.

A advogada cita casos em que o crime é cometido por um responsável legal da vítima, informando que ele perde o poder familiar e é afastado da criança e/ou adolescente. Conforme o que seja melhor para a vítima, destaca, ocorrem dois processos: um na esfera civil e outro na esfera criminal.

“Quando ocorre esse tipo de situação, o responsável legal poderá ser destituído do poder familiar, através de uma decisão judicial, no qual também poderá ser afastado do convívio do menor. Em casos em que não houver outro responsável legal ou membro da família que possa acolher a vítima, o Ministério Público irá solicitar ao juízo da Vara da Infância e Juventude o encaminhamento ao serviço de acolhimento institucional”, assegura.

Ana Júlia relata que para ocorrer a destituição do poder familiar e o afastamento do agressor é necessária a realização de uma denúncia formal. Com isso, inicia-se o processo de investigação e o acompanhamento da vítima com atendimento médico, legista e socioassistencial e escuta especializada.

“Caso o agressor não cumpra a medida judicial e insista em se manter perto da vítima, o responsável legal poderá acionar a emergência policial e informar a situação. Após isso, o advogado ou defensor público poderá informar ao juiz competente para que ele possa tomar providências”, alerta.

A assistente social Mônica Tapajós ressalta a importância do acompanhamento de crianças e adolescentes que sofreram abuso e exploração sexual. Criar vínculos de confiança, empatia e propiciar um espaço de escuta adequada e sigilosa são pontos fundamentais para que essas vítimas se sintam confortáveis em relatar os casos sofridos. 

"A vítima será encaminhada para procedimento de escuta especializada, provavelmente será submetida a exame sexológico. Dependendo da complexidade da situação, poderá ser encaminhada para acolhimento institucional, dentre outras medidas protetivas previstas no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A vítima também poderá ser incluída em acompanhamento técnico especializado no Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS ou dentro da própria DEACA (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente)”, diz.

De acordo com Ana Júlia, os crimes de violência sexual contra um menor podem ser:

- Estupro ou estupro de vulnerável;

- Violação sexual mediante fraude;

- Importunação e assédio sexual;

- Corrupção de menores;

- Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente;

- Favorecimento da prostituição ou de qualquer outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável;

- Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia.

Destaca-se que, no Art. 217-A do Código Penal, o termo “vulnerável” é utilizado para definir os que não têm capacidade psicológica ou física para entender e praticar qualquer ato libidinoso (sexual), no caso: menores de 14 anos; pessoas que, por deficiência física ou mental, não podem discernir a prática do ato; e aqueles que, por outras razões, não podem oferecer resistência.

Em casos de suspeita ou confirmação de abuso, exploração ou qualquer crime sexual contra crianças e adolescentes, as denúncias podem ser realizadas nos seguintes canais:

- 100 – Disque Direitos Humanos – ligação gratuita, todos os dias da semana (incluindo sábado, domingo e feriado) e 24h.

- Conselho Tutelar.

- Ministério Público.

- Delegacia.

- Poder Judiciário.

- 191 - Polícia Rodoviária Federal – em casos de tráfico e exploração sexual.

Por Lívia Ximenes e Amanda Martins (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

 

Postulante a reassumir a faixa presidencial, o ex-presidente Lula (PT) criticou a votação da Câmara dos Deputados que pautou a mineração em território indígena como urgência. Em entrevista à rádio Itatiaia, o pré-candidato garantiu que vai fortalecer a proteção de áreas preservadas.

Para o petista, explorar terras demarcadas fere a dignidade e atenta contra a vida dos povos indígenas. Ele prometeu acabar com o garimpo nas áreas, caso eleito. 

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"Se eu for presidente da República não terá garimpo em terras indígenas. Os índios não são intrusos, eles estavam aqui antes dos portugueses chegarem. Eles têm direito a vida digna e cuidarmos da Amazônia é mais importante que garimparem um pouco de ouro", afirmou.

Governo Bolsonaro enfraqueceu combate à corrupção

Durante a entrevista, o ex-presidente também criticou a falta de transparência do governo Bolsonaro e o enfraquecimento das ações de controle contra a corrupção. Ele ressaltou que a gestão do PT propôs mais liberdade aos órgãos de investigação.

"Todos os mecanismos de combate à corrupção e transparência foram feitos pelo PT. Na nossa época as denúncias eram investigadas. Hoje eles escondem com sigilo de 100 anos. Cadê o Queiroz? Cadê a questão das vacinas, na época do Pazuello?", questionou Lula.

Uma idosa de 62 anos receberá R$ 100 mil de indenização após trabalhar mais de 40 anos como empregada sem registro e férias, para uma família em Belém, no Pará. A decisão é fruto de uma ação civil pública de autoria do Ministério Público do Trabalho PA-AP e coautoria da Defensoria Pública da União (DPU). O inquérito referente ao caso, foi aberto em 2021 pelo MPT. 

O órgão foi informado do caso em abril do ano passado, após descobrir que uma mulher  trabalhava como empregada doméstica há vários anos em uma casa, sem qualquer registro oficial, estava com sintomas de COVID-19 e não foi levada pelo empregador para realizar a vacinação ou encaminhada a locais de assistência de saúde, embora estivesse cuidando de uma pessoa que veio a falecer da doença. Diante da gravidade dos fatos, o Ministério Público do Trabalho ajuizou ação cautelar visando obter autorização judicial para ingresso na residência. 

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Na ação fiscal, juntamente com o MPT, a Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/PA) e a Polícia Federal (PF), também participam. 

Condições degradantes 

A idosa foi inicialmente contratada em 1979 e desde então vinha realizando os afazeres domésticos todos os dias da semana, inclusive sábados e domingos, recebendo salário mínimo, mas sem nunca ter tirado um só dia de férias. 

Mesmo sem ter sido caracterizada violência física ou trabalho forçado, os fiscais concluíram que estava configurado trabalho degradante, especialmente considerando a jornada exaustiva de trabalho à qual a trabalhadora estava submetida; a falta total de documentos, que a impediram de ter acesso a vários direitos trabalhistas e previdenciários, inclusive ao sistema único de saúde – SUS; além das condições precárias de alojamento, uma vez que os aposentos reservados à idosa, que ficava na laje da residência, apresentava acesso inadequado, com degraus irregulares e diminutos, sem local para banho e com muita umidade

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, mencionou nesta quinta-feira, 4, uma série de atividades que podem ser exploradas na Amazônia ao mesmo tempo em que mantêm a floresta em pé. A primeira que citou é o ecoturismo. "O potencial é fantástico, o que precisa é melhoria da infraestrutura para receber esse turista. Há alguns hotéis, mas é preciso ter divulgação e exploração maiores. O turista vai caminhar o dia inteiro na selva, mas precisa ter uma boa cama para dormir à noite", disse.

Produtos típicos da região foram o segundo ramo citado pelo vice-presidente. Ele também destacou a mineração, mas ressaltando que é preciso preservar o ambiente. "Um exemplo é o da Vale, em Carajás, uma área totalmente preservada", exemplificou em relação a uma área que é muito criticada por ativistas.

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Mourão comentou ainda que existem muitas "perspectivas futuras". "Há muitos lugares com crise de água, e temos água para dar e vender na Amazônia. Não duvido que a água será um dos produtos de exportação da floresta", apostou.

Ele comentou que outro países acabaram depredando suas áreas quando o olhar do mundo era totalmente diferente do atual, que defende a importância de se manter a floresta intacta. "A Amazônia é um setor ainda a ser descoberto e explorado, mas tem que ser explorada sob o olhar do século XXI."

Mourão é o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal e participa do evento paralelo à Convenção do Clima (COP-26), o Pavilhão Brasil, que conta com stands em Brasília e em Glasgow (Escócia). O painel é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O próximo leilão de exploração marítima de petróleo, marcado para 7 de outubro, inclui, entre as suas 92 ofertas, blocos com impacto direto e sobreposição a algumas das regiões mais sensíveis e importantes do ecossistema de recifes do Brasil. Trata-se da "Cadeia de Fernando de Noronha", que envolve a sequência de montes submarinos que se conecta no litoral e que forma o arquipélago de Fernando Noronha e a reserva biológica Atol das Rocas.

Região de biodiversidade única, a área de preservação integral também é fundamental para manter a subsistência de todas as atividades de pesca e turismo. O arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas foram reconhecidos em 2001 como Patrimônio Natural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura.

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O Estadão teve acesso a um estudo técnico realizado por pesquisadores e professores do Departamento de Oceanografia (Docean) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). Os especialistas se debruçaram sobre os dados técnicos dos blocos que serão oferecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O levantamento revela que, entre os 92 blocos que a ANP vai ofertar para exploração de grandes petroleiras, estão aqueles da chamada "Bacia Sedimentar Potiguar", uma área que tem blocos com impacto direto em três bancos submarinos da cadeia de Fernando de Noronha. São os chamados bancos Guará, Sirius e Touros. Os estudos revelam que dois desses blocos atingem diretamente cerca de 50% da área da base do monte Sirius e 65% de seu topo.

Do fundo do mar, o Sirius avança sentido à superfície e chega a ficar a apenas 54 metros abaixo do nível do mar. Trata-se, portanto, de uma área extremamente rasa. O mesmo impacto direto foi identificado sobre os bancos Guará e Touros.

Localizado na região oeste da cadeia de Noronha, o Sirius é o banco mais importante para manter a ligação dos ecossistemas oceânicos da região Nordeste. Entre ele e o arquipélago de Noronha está localizado o Atol das Rocas. Dada a sua importância ecológica, o Atol se tornou, ainda em 1979, a primeira unidade de conservação marinha do Brasil. Hoje, é classificado como uma reserva biológica.

"As pessoas conhecem o arquipélago de Noronha e o Atol, mas os bancos que fazem parte desse ecossistema, e que são pouco conhecidos, têm a mesma relevância e riquezas e são vitais para que todo o conjunto seja preservado, porque estão conectados", diz Mauro Maida, professor do Docean/UFPE, que assina o estudo com Moacyr Araújo, Beatrice Padovani Ferreira (Docean/UFPE) e Julia Araujo (IO-USP).

Questionada pela reportagem, a ANP declarou, por meio de nota, que a rodada de licitações foi aprovada após manifestação conjunta dos ministérios de Minas e Energia (MME) e do Meio Ambiente (MMA). Segundo a ANP, "os normativos em vigor a respeito das diretrizes ambientais foram cumpridos integralmente" e ajustes pedidos pelos órgãos vinculados ao MMA foram acatados, além de as informações ambientais "relevantes e disponíveis" terem sido tornadas públicas.

O órgão ponderou que a aprovação dos blocos para o leilão não significa aprovação tácita para o licenciamento. "As informações ambientais existentes acerca de determinada área, decerto, serão utilizadas por ocasião do respectivo licenciamento ambiental e não suprem a necessidade de estudos ulteriores, cuja exigência são próprias do licenciamento ambiental específico de determinado bloco ou área geográfica", afirmou.

Até o início deste mês, nove empresas tinham se inscrito para o leilão: Petrobras, 3R Petroleum, Chevron, Shell, Total Energies EP, Ecopetrol, Murphy Exploration & Production Company, Karoon Petróleo e Gás e Wintershall Dea.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O helicóptero espacial Ingenuity sobrevoou Marte nesta segunda-feira (19). Após ter a operação adiada em outras oportunidades, esta foi a primeira experiência de voo em outro planeta, indica a Nasa.

Ainda na sala de controle da agência espacial norte-americana, a responsável pelo desenvolvimento da aeronave celebrou o episódio histórico. "Sucesso! Podemos dizer que voamos pela primeira vez noutro planeta", festejou Mimi Aung, que dividiu aplausos com a equipe.

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O Ingenuity decolou na vertical até uma altura de três metros e manteve-se elevado por 30 segundos, até rodar no próprio eixo e pousar. As imagens do breve voo foram captadas pelo veículo não tripulado Perseverance, que foi posicionado para registrar a operação.

Parecido com um grande drone, o Ingenuity tem 1,21m de diâmetro e apenas 1.8kg. Ele é equipado com quatro pés e duas hélices, além de painéis solares, uma sonda e uma câmera.

A Nasa estuda realizar outros cinco voos e aumentar a dificuldade das operações.

Três aeronaves robóticas enviadas a Marte em julho do ano passado chegam ao destino nas próximas semanas. A primeira delas, a Al-Amal, deve orbitar o planeta vermelho nesta terça-feira (9). A nave, enviada pelos Emirados Árabes, é um marco para a história do país, que completa 50 anos em dezembro.

A expectativa é de que na quarta-feira (10), a nave chinesa Tianwen-1 chegue a Marte. A sonda rondará o planeta até maio, quando deverá pousar no solo. A sonda norte-americana Perseverance será a última a chegar no planeta vermelho, em 18 de fevereiro, com a missão de recolher rochas e iniciar um estudo para estabelecer se em algum momento houve sinais de vida microscópica ancestral.

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Os Estados Unidos é o país com mais missões bem sucedidas em relação à exploração espacial em Marte. Até o momento, a Nasa acertou oito das nove tentativas de pouso no planeta. O envio das três sondas espaciais só foi possível graças a janela de lançamento Terra-Marte, que se abre a cada dois anos.

As aeronaves precisarão operar de forma autônoma para pousar no solo do planeta. Até o momento, a previsão do clima é de que não haja bolsões de ar que possam gerar tempestades e possíveis transtornos no pouso.

Por Rafael Sales

A Nasa anunciou, nesta segunda-feira (26), uma descoberta inédita sobre a presença de água na Lua, agora encontrada na parte do astro que é iluminada pelo sol. A descoberta reafirma a premissa de que a água não está presente apenas nas regiões geladas e escuras da Lua, e que ainda pode estar distribuída por toda a superfície lunar. 

O maior telescópio voador do mundo, que pertence ao Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), foi utilizado para realizar a captação. Estima-se que o ativo pode ser entregue através de pequenos impactos de meteoritos, ou pode ser resultado da interação de partículas energéticas expelidas pelo sol. 

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O SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. As observações anteriores da superfície lunar detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, a hidroxila (OH).

Segundo o cientista Jim Bridenstine, administrador da agência espacial americana, “ainda não é possível saber se a água é potável e se ela poderá ser usada como um recurso natural, como acontece com a água presente na Terra”.

Em seu site oficial, a agência afirmou que “a nova descoberta contribui com os nossos esforços de aprender mais sobre o satélite da Terra e apoia a exploração espacial”. A Nasa também destacou que descobrir mais sobre a Lua fortalece os programas de exploração lunar a longo prazo, como o Projeto Artemis. Neste programa de voo espacial tripulado, empresas de voo espacial comercial norte-americanas e parceiros internacionais da agência têm o objetivo de pousar a primeira mulher e o próximo homem na Lua em 2024.

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