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Israel decretou neste domingo (9) o bloqueio das exportações agrícolas palestinas, no contexto de uma disputa comercial que se intensifica desde o anúncio de um plano controverso dos Estados Unidos para resolver o conflito entre israelenses e palestinos.

"A partir de hoje a exportação de produtos agrícolas palestinos não será autorizada pela passagem de Allenby (fronteira)", disse a Cogat, unidade do Ministério da Defesa de Israel responsável por supervisionar as atividades civis nos territórios palestinos.

Controlada por Israel, a passagem de Allenby une a Cisjordânia ocupada à Jordânia, de onde as mercadorias palestinas podem ser enviadas para o resto do mundo.

Ao fechar essa passagem, Israel bloqueia automaticamente todas as exportações agrícolas palestinas porque as autoridades já haviam impedido o acesso desses produtos a Israel de onde poderiam ser enviados para a Europa.

Segundo a Cogat, a medida é uma resposta ao "boicote palestino aos bezerros, que prejudicou seriamente os fazendeiros israelenses".

Os palestinos suspenderam as importações de bezerros de Israel há cinco meses, sob uma política de "desconexão" progressiva econômica com Israel, que ocupa a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Na semana passada, alguns dias após o anúncio pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de seu plano de paz para a região, rejeitado pelos palestinos que o consideram favorável demais para Israel, o ministro da Defesa de Israel suspendeu a importação de produtos agrícolas da Cisjordânia.

Segundo o Ministério da Economia da Palestina, as vendas agrícolas a Israel representaram 88 milhões de dólares em 2018, cerca de dois terços do total das exportações agrícolas palestinas.

Em retaliação, os palestinos bloquearam a entrada de legumes, frutas, refrigerantes, sucos e água mineral em Israel, confirmou o porta-voz do governo palestino Ibrahim Melhem à AFP.

As importações de produtos agrícolas israelenses nos territórios palestinos foram de cerca de US $ 600 milhões em 2018, segundo dados palestinos.

A Cogat informou neste domingo que sua decisão de bloquear as exportações da Cisjordânia terminaria "assim que a Autoridade Palestina parar de prejudicar o comércio de gado e o mercado livre".

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