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No momento em que o Palácio do Planalto tenta organizar sua articulação política no Congresso, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse ter assumido o papel de apaziguador de conflitos na relação com o Legislativo, mesmo se for preciso "lavar roupa suja". Em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, que será veiculada domingo à noite (26), Faria negou a existência de uma queda de braço entre ele e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, a quem cabe comandar as articulações políticas com o Congresso, e disse não entrar na seara do general.

"Ele (Ramos) tem conversado comigo diariamente. Querem fazer até minha intriga com ele, mas não vão conseguir, porque todo dia eu falo com ele às sete horas da manhã. E a gente já desmonta isso", afirmou o ministro, na entrevista que vai ao ar amanhã.

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Como mostrou o Estadão, o governo pretende reorganizar sua articulação no Congresso após a derrota na votação da proposta de emenda à Constituição que transformou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em programa permanente. O revés sofrido na Câmara foi debitado na conta do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Pontes

Com bom trânsito no Congresso, Faria promoveu recentemente um encontro entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - havia um estresse na relação entre os dois.

Escolhido para o ministério após quatro mandatos de deputado federal, Faria negou que esteja exercendo o papel que cabe a Ramos, de negociar a votação de projetos e emendas parlamentares, mas admitiu já ter entrado em campo para desfazer problemas, como os ocorridos entre Guedes e Maia.

Foi aí que ele classificou o seu trabalho como o de "lavar roupa suja". "Eu não entro na articulação política. Por quê? A articulação política é o seguinte: vamos votar aqui o projeto tal. Aí negocia emenda, destaque, vê quem vai ser o relator.

Isso é um trabalho da articulação política. O meu trabalho é quando eu vejo: ‘Fernando está chateado com Fábio’. Eu sou amigo do Fernando e vou promover ali um encontro dos dois para fazerem uma DR (sigla usada para se referir a "discutir a relação"), lavar roupa suja e pronto", argumentou. E concluiu: "Esse é o meu papel. Um papel de apaziguar relação. Não entro na seara exclusiva de articulação política. Isso aí é outra forçação (sic) de intriga. Mas não cairemos nisso".

Fábio Faria, novo ministro de comunicação do governo Jair Bolsonaro tem o seu currículo de atleta sem o terno e a gravata. Jogador de squash que já esteve na 12º colocação no ranking brasileiro o genro de Silvio Santos é acusado de usar verba pública para viajar aos locais de partida do circuito nacional em 2016.

A denúncia foi feita em 2018 pelo jornal metrópoles e trazia informações de que o novo chefe de comunicação de Bolsonaro teria comprado em julho de 2016 duas passagens de ida e volta de São Paulo para Curitiba para participar do Novo Squash Brasil que integra o circuito nacional da modalidade. 

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Meses depois o procedimento se repetiu em outra etapa do circuito que aconteceu em Minas Gerais. Segundo o UOL foram gastos cerca de R$ 3 mil em passagens aéreas de verba pública. Fábio já chegou a figurar na 12º posição do ranking nacional de squash.

O recém-nomeado ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), usou uma sequência de publicações em sua conta no Twitter para esclarecer a sua mudança de posição de já ter votado no PT, mas agora assumir o comando de uma pasta na gestão de Jair Bolsonaro. O mais novo integrante do governo começa informando que votou em Bolsonaro na eleição presidencial de 2018 "por estar insatisfeito com partidos que polarizaram e comandaram o país" até aquele ano.

Ele reforça estar comprometido com as pautas do presidente da República e diz ter apoiado, em seus mandatos como deputado federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos, a reforma trabalhista e a Reforma da Previdência.

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Faria admite ter votado no PT "no passado", mas logo em seguida acrescenta ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e diz ser "o maior adversário" do governo de Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte, Estado pelo qual foi eleito à Câmara dos Deputados.

"Demorei, mas entendi a ameaça que um estado aparelhado representa para a sociedade", escreveu, na quinta-feira (11), à noite, o genro do apresentador Silvio Santos em sua conta no Twitter. "Devo essa evolução à Internet, que ampliou o universo político, antes dominado e limitado a duas esferas não necessariamente antagônicas."

O agora chefe do ministério desmembrado da pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações encerra agradecendo a confiança de Bolsonaro e promete trabalhar "para modernizar e unificar nossa comunicação dentro e fora do país, integrando-a às exigências que os novos tempos demandam".

Ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro criticaram a recriação do Ministério das Comunicações e a indicação do deputado Fábio Faria (PSD-RN) para encabeçar a pasta. Pelas redes sociais, antigos apoiadores do presidente - como Janaína Paschoal (PSL-SP) e o ex-ministro Sérgio Moro - viram contradição de Bolsonaro com suas promessas de campanha. A escolha de Faria para o cargo foi interpretada como mais um gesto de aproximação do presidente com o Centrão.

"Foi para isso que eu apoiei esse presidente? Foi para isso que fomos às ruas para derrubar Dilma?", escreveu a deputada estadual por São Paulo Janaína Paschoal (PSL) em seu Twitter. "Bolsonaro se ilude, pensando que esse pessoal do Centrão vai blindá-lo. Melhor seria ficar fiel aos princípios que defendeu na campanha eleitoral! Dilma chegou a ter mais de 30 ministérios. Fosse fiel ao que prometeu, estaria muito mais forte. É triste!"

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Sem comentar a escolha do nome para comandar a pasta, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro criticou a criação de mais um ministério. O ex-juiz federal chamou a pasta das Comunicações de "Ministério da Propaganda". "Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", escreveu.

O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) lembrou a promessa de campanha do presidente de reduzir o número de pastas do Executivo federal. "Mais um dos tantos atos que comprovam que Jair Bolsonaro se utilizou de um discurso em campanha. Na prática é o oposto. Recria ministérios e loteia cargos. Nunca foi um reformista. Nem um homem de palavra", escreveu em seu Twitter.

Rompida com o governo e alvo constante de críticas do presidente e de seus filhos, Joice Hasselmann (PSL-SP) também criticou o presidente e a escolha do novo ministro. Em uma série de tuítes, a deputada disse que Bolsonaro faz "aparelhamento" emissoras de televisão simpáticas ao seu governo.

O novo ministro das Comunicações, deputado Fábio Faria (PSD-RN), entra no governo Jair Bolsonaro com um papel de pacificador da relação do Palácio do Planalto com o Congresso e a missão de melhorar o relacionamento do Executivo com imprensa.

Aos 42 anos, o deputado que está em seu quarto mandato na Câmara é de família tradicional na política potiguar e foi escolhido por seu trânsito nos bastidores do Palácio do Planalto. Faria tem a simpatia do clã Bolsonaro, por suas relações com o setor de mídia e laços familiares. É genro de Silvio Santos, dono do SBT, casado com Patrícia Abravanel, uma das herdeiras e apresentadora do canal. Ela é dona também da TV Alphaville, um canal por assinatura que leva o nome do bairro de luxo onde moram, em Barueri, na Grande São Paulo. Ministro e a mulher também são sócios numa empresa de produção artística ligada à TV aberta, a New Beginnings.

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Um tipo de emissário informal do sogro em Brasília, Faria acompanhou o presidente numa visita à casa da família de Silvio Santos, em São Paulo, no ano passado. Antes, Silvio assistiu ao desfile de 7 de Setembro na tribuna de honra com o presidente. Nas redes sociais, gosta de exibir a vida em família com a mulher e os três filhos. Vaidoso e com fama de galã, veste-se com ternos bem cortados, costuma deixar o cabelo mais longo, mas em casa dá lugar aos trajes esportivos. Uma de suas predileções é fazer "lives" com receitas e dicas de culinária.

Faria é conhecido como um imitador entre os políticos. Há vídeos dele imitando os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Uma vez se passou pelo próprio Silvio Santos, por telefone, para pregar uma peça em familiares do dono do SBT. O sogro acompanhava tudo ao lado do, agora, ministro. Nos bastidores, aliados contam que Faria também faz o personagem Bolsonaro.

O elo do novo ministro com o setor vai além da relação com a família Abravanel. O pai dele, Robinson Faria, ex-governador do Rio Grande do Norte e presidente do PSD local, é dono de rádios que operam no interior do Estado e usam a marca Rádio Agreste. A família possui atualmente três outorgas, duas FM e uma AM. O novo ministro foi sócio do negócio, mas saiu formalmente da empresa Rádio Agreste em 2013 - a Receita Federal ainda não registra a baixa.

Sua nomeação ocorre por uma insatisfação com o setor das comunicações. Chegaram ao Planalto reclamações de demora nos processos de outorga de rádios e TVs, muitas controladas nos Estados por políticos. Bolsonaro reconheceu que o governo deixava a desejar.

Faria negou, há algumas semanas, que estivesse articulando para que o PSD voltasse ao comando do ministério. "Foi uma indicação 100% pessoal, nada a ver com o PSD", disse após o anúncio de Bolsonaro, ainda no Palácio do Planalto.

Antes no PMN, Faria apoiou e aconselhou os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O líder Diego Andrade (PSD-MG) disse estar "pronto para ajudar nas boas propostas do governo". O deputado Fábio Trad (PSD-MS) foi mais crítico: "Ao Fábio Faria, meus sinceros votos de que consiga preservar a sanidade mental neste governo e convença o presidente a respeitar a imprensa".

De atuação discreta no baixo clero da Câmara, faz parte da Mesa Diretora como terceiro-secretário, sendo mais conhecido pelo trânsito nos bastidores, inclusive com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Atualmente, dedica parte de seu tempo no papel de adversário político da governadora Fátima Bezerra (PT), que derrotou o pai dele na tentativa de reeleição, em 2018. O ex-governador ficou em terceiro lugar. Faria recebeu 70.350 votos na eleição de 2018, ocupando a oitava e última vaga dos eleitos pelo Rio Grande do Norte. Com base eleitoral no interior, se formou há 20 anos no curso de administração de empresas pela Universidade Potiguar.

Lava Jato

Por duas vezes, o deputado foi delatado em investigações contra corrupção relacionadas à Operação Lava Jato. Uma por executivos da Odebrecht e outra pelos da JBS. Os inquéritos foram arquivados por falta de provas no Supremo Tribunal Federal.

Parte das investigações seguiu, no entanto, na Justiça Eleitoral com relação ao pai do ministro. Os delatores disseram que o deputado teria recebido R$ 100 mil como caixa dois na campanha de 2010. Nas listas de propina, seu apelido seria "Garanhão" ou ainda "Bonitão". Pai e filho negam irregularidades.

Em 2009, Faria foi protagonista de um episódio de abuso de dinheiro público, tendo usado cota parlamentar para pagar passagens de sua ex-namorada Adriane Galisteu e de sua mãe. Ele devolveu R$ 21 mil após o caso vir à tona.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou ontem a escolha de Fábio Faria (PSD-RN) para o novo Ministério das Comunicações e disse que é preciso "aplaudir" o fato de o presidente Bolsonaro ter começado a "fazer política".

"Faria é uma boa escolha. É um político que tem uma boa relação", disse Maia em entrevista ao site Jota. Para ele, no entanto, o "formato" da escolha não foi o melhor. "Poderia ter feito uma reunião com os presidentes desses partidos", disse.

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Ao recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro tinha um objetivo: resolver o que ele considera ser um "gargalo" em seu governo, a comunicação social. Mais do que atuar nas políticas para o setor de radiodifusão, atribuição de um ministro dessa área, o presidente quer que o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) ajude a melhorar a imagem do governo e a impor uma narrativa favorável a ele no momento em que o discurso pró-impeachment começa a se impor.

O Ministério das Comunicações sempre foi considerado estratégico pelos governos. Desde o período militar, quando o setor de telecomunicações cresceu muito, a pasta já foi comandada por nomes poderosos da República como coronel Euclides Quandt de Oliveira, no governo Ernesto Geisel, e Antonio Carlos Magalhães e Sérgio Mota, nas gestões de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

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Muito além de responder pela mídia institucional do governo, a área que foi ministério até o final da gestão de Michel Temer foi marcada por ser uma simbiose entre o Planalto, o Congresso e o setor privado de radiodifusão. Entre as atribuições que a empoderam está a de distribuir concessões, outorgas e regulação do setor.

Tradicionalmente, o responsável pela comunicação social é o chefe da secretaria de comunicação (Secom), e não o ministro das Comunicações. Até agora, Bolsonaro teve dois secretários, mas ambos atuavam sob a sombra do "gabinete do ódio" e dos generais que ocupam a maioria dos cargos no Palácio do Planalto e tentavam controlar essa área também, que tem como missão divulgar os feitos do governo.

A queda de braço fez com que a comunicação do governo ficasse limitada à atuação do "gabinete do ódio" nas redes sociais. O grupo comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, age de forma a atacar ferozmente qualquer adversário do governo, deixando em segundo plano a divulgação sobre as ações dos ministérios.

A mudança, no entanto, não deve mexer com a estrutura do grupo que é ligado diretamente ao gabinete presidencial. Nem mesmo representa uma derrota para o time de Carlos, atualmente alvejado por um inquérito do Supremo Tribunal Federal e pela CPI das Fake News. O movimento foi mesmo um baque para a ala militar. A Secom era subordinada ao general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo.

A troca ocorreu após o chefe da Secom e secretário executivo da nova pasta, Fábio Wajgarten, ser "esvaziado" pelo ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que montou uma estrutura de comunicação paralela, com militares na função de produzir vídeos, divulgar releases e coordenar entrevistas principalmente sobre o enfrentamento do coronavírus, mas também de outras ações do governo.

Com o rearrajno, pelos menos dois generais deverão perder seus postos: o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, e o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), também general Luiz Carlos Pereira Gomes.

Relação

Ainda de madrugada, Bolsonaro explicou a mudança: "Ele (Fabio Faria) não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que tem junto a família do Silvio Santos. A intenção é botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação." Faria é casado com Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos, dono do SBT. Ele também já foi dono de uma rádio no Rio Grande do Norte, mas se afastou ainda em 2013.

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro apelidou a nova pasta de "Ministério da Propaganda". "Recriado o Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", perguntou ele no Twitter.

Durante a campanha, Bolsonaro dizia que queria ter um governo com 15 ministérios. Ao recriar o seu 23.º ministério, disse que "exagerou" ao fazer essa promessa. "Algumas coisas nós exageramos até na questão dos ministérios", disse observando que 15 pastas é pouco para um país continental.

A entrada de Faria no governo leva o Centrão a assumir seu primeiro ministério. O PSD comandava a pasta das Comunicações no governo Michel Temer com Gilberto Kassab. O grupo nega que a indicação signifique a entrada no primeiro escalão do governo. "Nós não temos nada, pessoal está atacando, Centrão.

Eu nem lembro qual o partido dele. É um deputado federal. Não teve acordo com ninguém. A aceitação foi excepcional, uma pessoa que sabe se relacionar e acho que vai dar conta do recado", elogiou o presidente.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (11), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "está usando verba pública para comprar deputados do Centrão e pagar pelo apoio de Silvio Santos". A observação feita pelo psolista acontece um dia depois de Bolsonaro anunciar a recriação do Ministério das Comunicações e convidar o deputado federal Fábio Faria (PSD) para comandar a pasta. Fábio é genro do dono do SBT e membro de um dos partidos do chamado Centrão. 

"QUEM QUER DINHEIRO??? Bolsonaro mais uma vez está usando verba pública para comprar deputados do centrão e pagar pelo apoio do Silvio Santos. O presidente recriou o Ministério das Comunicações e entregou a um deputado cuja grande qualificação é ser genro do apresentador", escreveu Freixo no Twitter.

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Na avaliação do deputado do PSOL, "a nomeação do genro de Silvio Santos para o Ministério das Comunicações não é só mais um lance no leilão de cargos para o Centrão", mas também uma ação ditatorial. 

"O novo ministro será responsável pelas concessões de rádio e TV. Depois de intervir na cultura e universidades, Bolsonaro mira a comunicação, como fazem ditadores", projetou Marcelo Freixo.

Indicação pessoal

Apesar da crítica, o presidente Jair Bolsonaro vem justificando que indicou Fábio Faria pela "vida que tem junto à família de Silvio Santos" e classificou o convite para o novo ministro como pessoal. Ainda assim, o presidente não deixa de contemplar o Centrão e o PSD com a nomeação. O curioso é que isso acontece após Bolsonaro iniciar uma série de conversas com legenda do bloco para se aproximar dos partidos e conseguir apoio no Congresso Nacional.

Após recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro disse, na madrugada desta quinta-feira (11), que entregou a pasta ao deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) pela relação com Silvio Santos, dono do SBT. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel. O presidente negou que a nomeação seja fruto de sua aproximação com o Centrão.

"Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos. A intenção é essa, é utilizar e botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação", disse o presidente.

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Bolsonaro afirmou que a escolha foi pessoal e não é uma entrega de cargo aos partidos de Centrão, com os quais têm buscando aproximação em busca de um base parlamentar no Congresso.

"Nós não temos nada, pessoal tá atacando, "centrão". Eu nem lembro qual o partido dele. É um deputado federal. Que tem um bom relacionamento com todos. Ele entrou em contato ali com várias lideranças partidárias, foi decidido agora, tanto é que ninguém ficou sabendo. Não teve acordo com ninguém. A aceitação foi excepcional, uma pessoa que sabe se relacionar e acho que vai dar conta do recado", elogiou.

A medida provisória que dividiu o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado pelo ministro-astronauta Marcos Pontes, foi publicada no final da noite de quarta-feira, 10. Pontes segue à frente da Ciência e Tecnologia, mas sua saída é dada como certa com o esvaziamento da pasta.

Bolsonaro disse que a mudança não acarretará em aumento de despesa. "Nenhum cargo foi criado, exceto o próprio ministro. E por ser deputado ele faz opção de salário de deputado ou de ministro, então custo zero, nada mais foi acrescido", disse ao chegar no Palácio da Alvorada.

Com a mudança, a Secretaria Especial de Comunicação, então subordinada à Secretaria de Governo, é extinta e foi incorporada pela novo ministério. Fábio Wajngarten, então chefe da Secom, foi nomeado secretário-executivo das Comunicações. O órgão era alvo de críticas até mesmo de apoiadores do presidente.

A pasta, que ficará sob o controle do genro de Silvio Santos, terá a distribuição de controle a verba de propaganda do governo. Fábio Faria também vai assumir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que reúne emissoras de televisão, rádios e agência de notícias. O presidente voltou a falar que o objetivo é privatizar a empresa.

"Ele (Fábio Faria) entra a todo vapor na segunda-feira (15), trabalhando já com a equipe própria. Vai aproveitar a maioria do pessoal comissionado que estava ali nesses outros órgãos. E o objetivo é, logicamente, colocar a EBC, que nós temos, pra funcionar. Também devemos privatizar a EBC num primeiro momento, assim que for possível também", disse, afirmando que, antes, objetivo é investir em programação e tirar a emissora do "traço" na audiência.

Questionado se vai recriar agora o Ministério da Segurança Pública, Bolsonaro disse que ainda é um "estudo muito remoto", mas não descartou. Ele voltou a citar a autonomia do Banco Central também e a devolver à Secretaria da Pesca, comandada por Jorge Seif Jr, um espaço no primeiro escalão.

Durante a campanha, ele dizia que queria ter um governo com 15 ministérios. Ao recriar o seu 23º ministério, disse que "exagerou" ao fazer essa promessa. "Algumas coisas nós exageramos até na questão dos ministérios. Um país continental como esse, a gente queria quinze ministérios, botamos um número. Depois chegou a vinte e dois. E o ministério em si não tem muita despesa a mais, sendo criado um ou mais ministérios", disse.

AI-5

Bolsonaro disse que não entende por que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ficam preocupados com o AI-5, uma das principais medidas da repressão adotadas pela ditadura militar (1964-1985). O presidente afirmou que "raramente" os manifestantes carregam faixas pedindo a volta do AI-5.

"É falar em boitatá, bicho-papão, mula-sem-cabeça. AI-5 é a mesma coisa. É o direito das pessoas se manifestar, levam faixa do que bem entender. Ou outros pedindo ali o fechamento do Supremo. Parece que vai fechar o Supremo, e daí? Quem vai fechar? Se fechar, você rompeu", disse.

O Ato Institucional 5 foi assinado em 1968 e é considerado uma das principais medidas de repressão da ditadura. Entre as consequências dele estão o fechamento do Congresso Nacional E a retirada de direitos e garantias constitucionais dos cidadãos.

Bolsonaro disse que em novembro vai indicar "uma pessoa lá afinada com os princípios" dele ao STF. Até o fim do atual mandato presidencial, em 2022, dois ministros se aposentarão por idade: Celso de Mello e Marco Aurélio Mello."Os outros foram pra lá mais indicados com os princípios de quem os indicou. A gente vai mudando, ano que vem tem mais uma vaga, em 23 tem duas vagas. E vai se acertando", afirmou.

Dubiedade

Bolsonaro também comentou a fala do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que disse que a "dubiedade" do presidente "assusta" a sociedade e a comunidade internacional. Primeiro, Bolsonaro disse que "é direito dele" se manifestar nesse sentido e que respeitava a opinião de Toffoli. Em seguida, porém, disse que ele está "completamente equivocado" e que vai talvez ligue para ele neste sábado, 11.

"É o direito dele se manifestar nesse sentido. Não vou entrar em polêmica com ele. Eu tenho conversado uma ou duas vezes por mês com ele sem problema. E de vez em quando você fala alguma coisa, não é por isso que eu vou agora reagir, brigar com o Dias Toffoli publicamente. Ele falou a opinião dele, eu respeito", afirmou o presidente.

Em seguida, no entanto, disse: "Ele está completamente equivocado, se ele realmente falou isso daí. Aí não vai mudar em nada os contatos que eu tenho com ele, pra basicamente discutir questões nacionais".

Witzel

Bolsonaro não respondeu se vai atender o pedido do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de ter uma audiência com o presidente. "Você sabe da história, ele se elegeu em cima dos palanques do Flávio Bolsonaro. Eu estava no hospital ou em casa. Sequer tirei uma foto com ele. Não gravei nada pra ele. E tão logo ele resolveu brigar conosco porque subiu a cabeça que ele seria o candidato ideal em 22 (ano de eleição presidencial)", disse.

Nesta quarta-feira, 10, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, por unanimidade em votação, abrir o processo de impeachment contra o governador.

O novo membro do primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vai assumir o comando do recriado Ministério das Comunicações, é o deputado federal Fábio Faria (RN). Ele é filiado ao PSD, um dos partidos do chamado 'Centrão' - comandado nacionalmente pelo ex-ministro Gilberto Kassab -, parlamentar desde 2007 e marido da apresentadora Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT Silvio Santos, com quem tem três filhos.

Faria é apontado como um dos nomes do PSD mais próximos ao presidente e teria atuado para aproximar Silvio Santos de Jair Bolsonaro. O que contribuiu para a participação constante do chefe do Executivo nacional e de seus filhos nos programas do dono da emissora. 

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Apesar da proximidade e de se tratar de uma indicação pessoal de Bolsonaro para o cargo, a nomeação de Faria não deixa de contemplar o PSD e, consequentemente, o Centrão; bloco que Bolsonaro vem travando uma série de diálogos desde abril para conseguir mais apoio no Congresso. O que gerou críticas ao presidente, que defendeu como bandeira de campanha o fim do chamado “toma lá, dá cá” da política nacional e a redução do número de ministérios.

O novo futuro ministro também é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. E atualmente ele é o terceiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - cargo que deve ser entregue com a oficialização da nomeação. 

Na mídia, Faria também ficou conhecido por ter namorado, antes de casar com Patrícia, com a atriz Priscila Fantin, a apresentadora Adriane Galisteu e com a modelo, ex-BBB e também apresentadora Sabrina Sato.

O histórico de namoradas levou Faria a ganhar o apelido de "garanhão" nas planilhas da Odebrecht, revelada pela investigação da Lava Jato em 2017, contendo repasses de propina para campanha através de doações. O deputado também apareceu na lista como "bonitão".

De acordo com o inquérito, Faria seria destinatário de R$ 100 mil como doação da empreiteira na campanha de 2010. Na época, ele chegou a dizer que prestaria todos os esclarecimentos à Justiça para provar sua inocência.

A canetada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que recriou o Ministério das Comunicações e o entregou ao genro de Silvio Santos, o deputado federal Fábio Faria (PSD), repercutiu negativamente diante da sua posição contra política do "toma lá, dá cá". Nesta quinta-feira (11), a hashtag #Bolsonarotraidor foi um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Grande parte dos internautas comparou a reabertura do ministério com o discurso de renovação política adotado pelo presidente durante as eleições e início do mandato. Isso porque em apenas uma nomeação, Bolsonaro atropelou três das principais premissas que o elegeram e oficializou uma nomeação política, cumpriu acordo com o Centrão e criou um ministério.  

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Focado na manutenção do seu governo, ameaçado por protocolos de impeachment, o presidente tomou uma postura que tanto criticava, em troca, foi atacado nas redes sociais. Confira:

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O presidente Jair Bolsonao anunciou, na noite desta quarta-feira (10), em uma publicação em sua conta do Facebook, que vai recriar o Ministério das Comunicações, a partir de um desmembramento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A recriação vai na contramão da promessa de campanha do presidente de reduzir o número de ministérios para 15. Agora, a gestão federal tem 23 pastas.

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O deputado federal Fabio Faria (PSD-RN) será o titular do novo ministério. Marcos Pontes continuará à frente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

*Com a Agência Brasil

A espera pelo terceiro filho de Patrícia Abravanel acabou. A apresentadora e filha de Silvio Santos deu à luz seu terceiro herdeiro no último domingo, dia 14, mas contou a novidade aos seus fãs por meio de uma postagem no Instagram na noite da última segunda-feira, dia 15.

Na legenda do clique, ela escreveu: Meu filho amado, você chegou!! Que o Senhor te abençoe e te guarde; que Ele te trate com bondade e misericórdia, que Deus olhe para você com amor e te dê paz todos os dias da sua vida. (Números 6:24-26).

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O nome do pequeno realmente foi uma homenagem ao dono do baú. Ela explicou a escolha:

Filho, depois de pensar e orar muito, finalmente decidimos que seu nome seria uma homenagem ou seu avô Senor, um homem forte e corajoso, abençoado por Deus e que sempre escolheu pelo bom caminho da vida. Todos o conhecem como Sílvio Santos, mas seu nome verdadeiro é Senor Abravanel. Foi o Senor que construiu uma família unida, cheia de alegria e de amor. Através do seu avô e da sua avó Íris, conhecemos a Deus, e isso faz toda a diferença em nossas vidas. Foi o Senor quem fez o Sílvio Santos e tudo aquilo que leva o nome de Sílvio Santos. Sei que é um nome bastante diferente. Sei que muitos não sabem quem é o Senor, mas dentro de casa, ele sempre foi o Senor, vovô Senor, pai Senor. Qualquer nome bonito ficou aguado perto da força de um nome único como Senor. Qualquer nome perde o sentido perto da homenagem a uma pessoa tão querida e amada que é o seu avô. Peço a Deus que te dê muita personalidade pra bancar esse nome forte, que você fale seu nome de boca cheia e com muito orgulho. Seu avô não fez esse nome conhecido, mas você o fará e irá honrá-lo.

Desta forma, o nome do pequeno é Senor Abravanel Faria, tendo nascido com 47 centímetros e 3.335 quilos. O parto foi cesariana e os dois passam bem. Fabio Faria, marido de Patrícia e pai do baby também está todo babão e postou uma foto ao lado da família.

Veio com muita saúde para alegrar ainda mais a nossa família! Obrigada meu Deus por tanto amor.

Os dois ainda são pais de Jane e Pedro.

Na última sexta-feira (19), Patrícia Abravanel gravou nos estúdios Band o programa de Amaury Jr., e revelou alguns detalhes da sua terceira gravidez. Mãe de Pedro, de quatro anos, e Jane, de nove meses, a apresentadora já está pensando no nome que dará ao caçula.

Segundo o colunista Flávio Ricco, Patrícia, grávida de três meses, contou durante a entrevista que ela e o marido Fábio Faria pretendem batizar o herdeiro com o nome de Silvio Santos. Conhecido nacionalmente pelo nome artístico, o 'dono do baú' na verdade se chama Senor Abravanel.

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A participação de Patrícia Abravanel na emissora, que terá duração de aproximadamente 40 minutos, está prevista para ir ao ar no próximo sábado (27). 

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Na última quarta-feira (10), Silvio Santos comemorou com a família a chegada de mais uma netinha. Jane, segunda filha de Patrícia Abravanel com o deputado Fábio Faria, nasceu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e mãe e filha passam bem.

Para dar as boas-vindas à filha, Fábio aproveitou para fazer uma postagem em seu Instagram. O clique mostra o enfeite de porta escolhido pelo casal para a maternidade e tem a seguinte legenda: "Bem-vinda minha filha!! Nasceu linda, saudável e abençoada! Papai, mamãe e Pedro muito felizes!! #JaneAmém".

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Lembrando que a escolha do nome da pequena foi feita com a aprovação do filho mais velho do casal, Pedro, de três anos de idade:

Aliás, a família Abravanel está cheia de bebês. Antes da neta número 11 de Silvio Santos, o dono do SBT deu as boas-vindas para Lucas, terceiro filho de Daniela Beyrut, que nasceu em novembro, e em dezembro foi a vez da chegada da primeira filha de Renata Abravanel.

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A filha do apresentador Silvio Santos, Patrícia Abravanel, e seu marido, o deputado Fabio Faria (PSD-RN), vão acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular parte da delação do ex-diretor de Relações Institucionais do grupo J&F, Ricardo Saud. O casal questiona trecho do acordo do executivo em que ele cita suposta reunião na casa do empresário Joesley Batista na qual teria sido acertado o pagamento de propina ao deputado do PSD do Rio Grande do Norte. O caso foi revelado pela repórter Andreia Sadi, da GloboNews.

Na sua delação, Saud relatou aos investigadores da procuradoria-geral da República (PGR) ter pago cerca de R$ 10 milhões em propina para o deputado Fábio Faria. O pagamento teria como contrapartida a conquista, por uma empresa do Grupo J&F, do controle do serviço de água e esgoto no Rio Grande do Norte. Segundo Saud, o pagamento teria sido efetuado, mas a J&F desistiu do contrato.

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"Em face da afirmação de Ticiane, esposa de Joesley Batista, maior acionista do grupo JBS, que textualmente disse que as declarações do diretor do Grupo Ricardo Saud não são verdadeiras, vamos peticionar perante o STF, para a Ministra Rosa Weber, para que ela analise a validade da colaboração do diretor", afirmou o advogado do casal, o criminalista José Luis Oliveira Lima.

A afirmação citada pelo advogado foi por meio de uma mensagem de voz no celular enviada pela esposa de Joesley Batista, Ticiana Vilas Boas, para Patrícia Abravanel. A mensagem é de 1º de junho. No áudio, a esposa de Joesley afirma que poderia ser testemunha da esposa do deputado porque a delação é um "absurdo" e o encontro citado por Saud em sua delação "foi um jantar normal, eu não vi nada de dinheiro, de nada que beirasse ser ilícito".

"Oi, Pati, sou eu, Tici. Estou ligando para você e mandando essa mensagem para te falar do meu apoio, que eu estou do seu lado, quer dizer, não existe lado nessa história. Estou fora do país, já tem um tempo, como já tinha te falado e optei por não ver notícia, não ver televisão, estou péssima, me magoa muito. Mas me mandaram um print de notícias relacionadas a você, que parece que um executivo da JBS falou que você estava num jantar de propina, uma loucura total. E hoje recebi outro print de que você vai ter que depor", conta Ticiane.

Ainda no áudio, a esposa de Joesley, que também é apresentadora de TV, se dispõe a depor caso a filha de Silvio Santos seja chamada pela Polícia Federal. "Então, o que eu quero falar é que eu acho um absurdo isso tudo... que está acontecendo. Aquele jantar, imagina só, não tem nada a ver... do que falaram, foi um jantar normal, eu não vi nada de dinheiro, de nada que beirasse ser ilícito... Se você for chamada para depor ou tiver qualquer tipo de implicação para você, eu sou sua testemunha de defesa e vou deixar claramente que é um absurdo", diz Ticiane na mensagem a que o jornal O Estado de S. Paulo também teve acesso.

Defesas

Em nota, o grupo J&F afirmou: "Nenhum dos colaboradores mentiu em qualquer depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério Público Federal. Os colaboradores apresentaram grande número de informações e provas à PGR e em atendimento aos demais ofícios do MP, que estão sendo tratados dentro dos trâmites legais. Sobre a questão trazida pela reportagem, é importante esclarecer que o fato ocorreu na data e evento conforme relatados, em conversa reservada, sem a participação nem conhecimento das esposas. Os colaboradores continuam à disposição para cooperar com a Justiça."

Já Ticiana Villas Boas confirma a veracidade da mensagem de voz que enviou em apoio a amiga e colega de trabalho Patricia Abravanel. E diz que, como revela o áudio, nem ela nem Patrícia, durante o período em que estiveram juntas no jantar em sua casa, presenciaram qualquer conversa com conteúdo ilícito. Em vários momentos do encontro, os casais se dividiram em grupos de homens e mulheres, e Ticiana imaginou que Patrícia, assim como ela, não sabia que nas conversas entre os maridos eles trataram de propina. Por isso ela se solidarizou e se dispôs a defendê-la caso fosse necessário, com a intenção de evitar que Patrícia fosse envolvida no caso.

O advogado do casal Fabio Faria e Patrícia Abravanel, José Luis Oliveira Lima, afirmou: "Em face da afirmação de Ticiane, esposa de Joesley Batista, maior acionista do grupo JBS, que textualmente disse que as declarações do diretor do Grupo Ricardo Saud não são verdadeiras, vamos peticionar perante o STF, para a Ministra Rosa Weber, para que ela analise a validade da colaboração do diretor."

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para investigar o deputado Fábio Faria (PSD-RN) e o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), pai do parlamentar, com base na delação do Grupo J&F, que controla a empresa JBS.

O pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) se baseia na afirmação do delator Ricardo Saud, de que o grupo teria pago a pai e filho uma quantia somada de R$ 10 milhões durante as eleições de 2014. A PGR suspeita que os dois tenham cometido o crime de corrupção passiva e de caixa 2 eleitoral, recebendo "supostas doações não contabilizadas" em troca de contrapartidas ao grupo.

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Segundo Ricardo Saud, em troca de R$ 10 milhões para as respectivas campanhas ao governo estadual e à Câmara dos Deputados, Robinson Faria e Fábio Faria teriam se comprometido a privatizar a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Rio Grande do Norte (Caern), dando conhecimento prévio do edital à empresa para que pudessem alterá-lo a seu favor, a fim de obter vantagens competitivas em detrimento ao mercado. O delator disse também que foi procurado várias vezes pelos dois, para pedirem financiamento para as disputas eleitorais em 2014.

Do total dos recursos, R$ 1.982.212,04 teria sido entregue diretamente pelo publicitário André Gustavo, a pedido do Grupo J&F, ao deputado federal Fabio Faria. O delator citou também um valor de R$ 957.054,56 obtidos junto ao Supermercado Boa Esperança, em Natal, que "foram entregues ao congressista no próprio estabelecimento comercial".

R$ 2 milhões teriam sido repassados ao diretório nacional do PSD, para utilização na campanha de Robinson Faria ao governo do Estado, com pagamentos em duas datas no mês de outubro de 2014. Outros R$ 2 milhões teriam sido pagos à EA Pereira Comunicação Estratégica, "por meio de nota fiscal avulsa", também à campanha do governador, assim como um valor de R$ 1,2 milhão pagos ao escritório Erick Pereira Advogados "por meio de nota fria".

"Diante de tais constatações, faz-se mister o aprofundamento das apurações, de modo a se possibilitar a confirmação ou não do possível envolvimento e/ou ciência do congressista e do governador citado nos ilícitos relatados", disse o procurador Rodrigo Janot.

No pedido de abertura de investigação, datado de 29 de junho, Janot pediu que os dois sejam ouvidos na condição de investigados. A PGR também quer ouvir pessoas ligadas às empresas citadas pelos delatores. Outro pedido é para identificar quem é o André Gustavo citado.

O procurador também disse que não há conexão entre este caso e os demais que fazem parte do gabinete do ministro Edson Fachin, razão pela qual pediu a livre distribuição, por sorteio. O STF está de recesso judiciário durante julho, e uma decisão a respeito da abertura do inquérito só deve ser tomada em agosto. (Breno Pires e Rafael Moraes Moura)

O presidente interino da Câmara, deputado Fábio Faria (PSD-RN), fez um balanço positivo da semana. “Esta pareceria uma semana difícil, porque temos um feriado na quinta-feira, mas nós ligamos para todos os gabinetes, fizemos um quórum acima de 270 deputados e chegamos a uma pauta consensual”, relata.

Faria destacou a aprovação, na noite dessa quarta-feira (16), do projeto que prevê penas de reclusão para quem promover “rachas” no trânsito, que tramitava na Casa desde 2007. “Havia partidos da oposição em obstrução, mas conseguimos no colégio de líderes e no Plenário sair com resultado positivo”, comemorou.

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O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), encontra-se em visita oficial à China.

Urgências

O parlamentar também considerou positiva a aprovação de urgência para quatro projetos o PL 5120/01, do deputado Alex Canziani (PTB-PR), que regulamenta as atividades das agências de turismo; PL 866/11, do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), que regulamenta a construção e a reforma de postos de combustíveis; PRC 132/12, do deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que cria o prêmio Dignidade no Trabalho, a ser concedido pela Câmara dos Deputados; e o PL 4715/94, do Executivo, que transforma o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana em Conselho Nacional dos Direitos Humanos.

Segundo Fábio Faria, esse último foi um pedido da ex-ministra e deputada Maria do Rosário (PT-RS). “Fico muito satisfeito de saber que esse projeto estava há mais de 19 anos na Casa, quase duas décadas, nós conseguimos votar a urgência e espero que vote logo o mérito”, sustentou.

Agenda

Para a próxima semana, o presidente interino da Câmara acredita que “pelo menos dois ou três” dos projetos que receberam a urgência “com certeza” estão na pauta. Ele lembrou ainda que há uma pauta comum, com projetos de interesse das bancadas, que deve continuar em discussão.

O deputado também lembrou que, nessa quarta, o deputado André Vargas (PT-PR) formalizou a renúncia à 1ª Vice-Presidência da Câmara. Ele ressaltou que será cumprido o prazo regimental de cinco sessões para a eleição do novo ocupante do cargo. “Acredito que, sem ser nesta próxima semana, mas na outra, a Câmara escolherá o novo vice-presidente”, ressaltou.

*Com informações da Agência Câmara

Conhecido mais no noticiário de celebridades do que de política, o deputado galã Fábio Faria (PSD-RN) vai assumir a presidência da Casa interinamente a partir desta sexta-feira. Ele ocupará a função por dez dias devido a uma viagem para a China de Henrique Alves (PMDB-RN) e à renúncia de André Vargas (PT-PR). A previsão é de que neste período, devido à Semana Santa, dificilmente a Câmara terá condições de votar algum projeto por falta de quórum.

Genro do dono do SBT, o apresentador Silvio Santos, Faria namora Patricia Abravanel, que está grávida de quatro meses de um menino. O deputado tem um histórico de namoros com mulheres bonitas e famosas, como as apresentadoras Adriane Galisteu e Sabrina Sato. O romance com Galisteu foi o que rendeu a Faria as maiores menções nas páginas de política quando ele usou recursos da Câmara para bancar uma viagem da então namorada no Carnaval. Pego na chamada "farra das passagens", o deputado devolveu à Casa R$ 21,3 mil em 2009 e foi poupado de qualquer sanção.

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Enquanto o deputado administrará a Câmara, o presidente oficial lidera uma comitiva que inclui outros seis deputados como os líderes do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Na ida, passarão um dia em Dubai, nos Emirados Árabes. Após a divulgação que ficariam em um hotel com diária de US$ 1,7 mil, Alves decidiu trocar a hospedagem e ficará com os colegas em outro local com diária de US$ 326. Os integrantes da comitiva receberão diárias de US$ 550. A agenda inclui encontros com lideranças chineses e ocorre por convite do parlamento do país. "Essa visita vai possibilitar aproximar a relação do Brasil com a China", argumenta Alves.

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