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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, avaliou que o ex-presidente estaria o "arrastando para a lama". O conhecimento dessa declaração se deu através do portal Uol Notícias, que conseguiu ter acesso as trocas de mensagens entre Cid e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro.

Na conversa que ocorreu no dia 4 de abril, um dia antes do depoimento de Cid para a Polícia Federal sobre o inquérito - que investiga o desvio de joias sauditas -, Wajngarten compartilha uma matéria do jornalista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles. A matéria cujo título era: "Bolsonaro arrasta com ele para a lama seus mais fiéis servidores", cita Cid e outros ex-aliados do ex-chefe do Executivo. Ao ler a mensagem, o tenente-coronel responde: "Não deixa de ser verdade".

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No entanto, no dia do julgamento, Mauro Cid declarou à PF que a busca de presentes recebidos por Jair Bolsonaro seria "normal" e "corriqueira" no seu cargo de ajudante de ordens.

Desde o dia 3 de maio, Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília, devido uma outra investigação que apura a falsificação de cartões de vacinação.

 

Trechos de mensagens trocadas entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, em março deste ano, pelo WhatsApp, acabaram de se tornar públicos. De acordo com o portal UOL, que obteve acesso aos registros, o militar e ex-aliado da Família Bolsonaro, ao tomar conhecimento de que o escândalo das joias sauditas havia se tornado alvo de investigação, contou ao colega que “o pior é que está tudo documentado”. 

O caso diz respeito a um suposto esquema de lavagem de dinheiro e desvio de patrimônio público, feito através da revenda e compra de joias e itens de luxo presenteados à República brasileira, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL). Cid e seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, estão no centro da investigação, como possíveis facilitadores das vendas. O tenente-coronel também foi ajudante de ordens de Bolsonaro, prestou serviços à Michelle e tinha uma relação próxima com a família. 

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Ao tomar conhecimento da descoberta do colar e brincos com diamantes presenteado pelo governo saudita à Presidência do Brasil, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), escreveu, em 3 de março deste ano, ao advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten que "o pior é que está tudo documentado". 

O diálogo foi obtido pela colunista Juliana Dal Piva. Ainda segundo a jornalista, as mensagens foram enviadas a partir das 19h36 de 3 de março. Este foi o dia em que o Estadão revelou que as peças, avaliadas em cerca de R$ milhões, foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em 2021, com um assessor do ex-ministro de Minas Bento Albuquerque e que o ex-presidente tentou recuperar os itens antes de viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. 

Após receber a reportagem de Cid, Wajngarten escreve ao militar: "Eu nunca vi tanta gente ignorante na minha vida". No diálogo, porém, não fica claro a quem o advogado se refere. Cid então responde a Wajngarten: "Difícil mesmo. O pior é que está tudo documentado". Na sequência, o advogado pergunta: "Documentado como? Explique-me por favor". O ex-ajudante de ordens enviou uma série de mensagens em seguida, porém, as apagou e a coluna não teve acesso ao registro antes da exclusão. 

No mesmo dia 3, Cid teria gravado um áudio dizendo: "O presidente só ficou sabendo no final do ano, quando o chefe da Receita [Federal] avisou que tinha um bem presenteado para ele que tava ali. Então foi só bem no final do ano que ele ficou sabendo. Não sei dizer a data. Tanto que, em 2022, ninguém tocou nisso aí. Por isso, que entrou para leilão porque ficou mais de um ano". O chefe da Receita Federal, na ocasião, era Julio César Vieira Gomes. 

Na gravação, Cid faz referência a um leilão da própria Receita para itens apreendidos por sonegação de impostos. No entanto, após a eclosão do escândalo, a medida foi suspensa, e o caso das joias passou a ser investigado. O kit estava com o ex-assessor do então ministro Bento Albuquerque, Marcos André dos Santos Soeiro, que participou da comitiva no Oriente Médio, em 26 outubro de 2021. 

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O ex-secretário-executivo Fábio Wajngarten da Secretaria Especial de Comunicação recusou assinar uma intimação judicial para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de crimes de dano ao erário, violação aos princípios administrativos e fornecimento de medicamento sem eficácia para o falso tratamento da Covid-19.

O relatório da diligência descreve a recusa ao atendimento do oficial de Justiça, que visitou a residência do ex-secretário do governo Bolsonaro em um condomínio em Santa Cecília, em São Paulo, no último dia 10.

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Conforme o registro, o porteiro do edifício Palazzo Orsini "confirmou que o citando reside no apartamento [...], local para o qual interfonou e me informou que fora atendido por aquele [Wajngarten], que apesar de ser informado de que era procurado por um oficial de Justiça, desdenhou da situação e afirmou que, se eu quisesse, que deixasse o mandado na portaria".

O representante do judiciário conta que, em seguida, informou “ao senhor porteiro que eu precisava entregar o mandado diretamente ao citando, motivo pelo qual o mesmo interfonou novamente ao apartamento e me informou que eu deveria aguardar que alguém iria me atender".

Só após dez minutos de espera, ele foi atendido por um homem que se apresentou como 'assessor pessoal' de Wajngarten, identificado como ‘Giva’, que "afirmou que seu patrão não iria descer para me atender e que, se eu quisesse, ele [o assessor] poderia subir com o mandado e colher a assinatura", publicou o Uol.

Diante da “total negativa” do ex-líder do Governo Bolsonaro, o profissional do judiciário permitiu que Giva "levasse o mandado até o citando para colher sua assinatura" e esperou do lado de fora do prédio por mais 20 minutos, até acionar a portaria novamente.

"O senhor porteiro afirmou que ele [Wajngarten] não poderia descer naquele momento, posto que o citando estaria consultando a documentação para 'ver se poderia receber'", conta.

Sem o documento em mãos, o assessor desceu e afirmou que Wajngarten ainda consultava os autos, "trancado em sua sala, sendo assim impossível devolver o documento".

Nesse momento, Giva foi advertido pelo oficial que disse que "iria entrar em contato com a polícia para conseguir a devolução".

"Certifico que o senhor [assessor] voltou para o apartamento e compareceu novamente à portaria às 15h25, com as duas cópias do mandado, informando que o citando resolvera não lançar sua assinatura no mesmo, momento em que, não restando dúvida quanto à manobra de ocultação do citando para evitar o cumprimento da ordem judicial, DEI POR CITADO o senhor FÁBIO WAJNGARTEN", relatou no documento.

O intimado tem 20 dias para responder à Justiça e enviar por escrito sua versão sobre o financiamento de campanhas publicitárias do falso tratamento precoce da Covid-19, que defende o ‘kit covid’ composto por remédios sem eficácia contra o vírus. No centro da investigação está o gasto de recursos públicos para contratação de um elenco de influenciadores digitais em propaganda às substâncias.

Na tarde deste domingo (13), a oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados fez o anúncio de que apresentará denúncia ao TCU (Tribunal de Contas da União) para pedir a apuração de um suposto desvio de verba pública que foi destinada a campanhas publicitárias de orientação à população no combate à Covid-19. As irregularidades foram reveladas pelo jornal “Folha de São Paulo”.

De acordo com as informações publicadas na reportagem da Folha, cerca de 52 milhões de reais de uma medida provisória de abril de 2020, que tinha o objetivo de produzir peças informativas para minimizar o impacto decorrente da proliferação do novo coronavírus, foram utilizados para fazer propaganda institucional de outras ações do Executivo. À frente da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) na época, estava Fabio Wajngarten, que é investigado também pela CPI da Pandemia no Senado.

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Líder da oposição na Câmara, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que a utilização de recursos decorrentes de créditos extraordinários em despesas diferentes das quais autorizaram sua criação configura crime de responsabilidade, pois tem relação com a realização de ações sem a autorização legislativa. 

“O Poder Legislativo, numa decisão que uniu todos os deputados e senadores, independente de sua posição em relação ao governo, destinou recursos para o enfrentamento da pandemia. Desviar esses recursos, que deveriam ser usados para salvar vidas, para fazer propaganda do governo é uma imoralidade e um crime”, frisou Molon, em seu Twitter. O envio da denúncia ao TCU se deve à análise do tribunal sobre as contas do presidente.

“Nós, da Oposição, vamos denunciar o presidente perante os órgãos competentes para que seja responsabilizado por tais atos, que têm custado vidas de brasileiros”, finalizou Molon.

 

Não pegou bem o almoço desta segunda-feira (24) de Felipe Melo com o pastor Silas Malafaia e o ex-secretário das Comunicações da Presidência, Fábio Wajngarten. Parte da torcida do Palmeiras reagiu à atitude do jogador e colocou a hashtag #forafelipemelo entre os assuntos mais comentados do Brasil no Twitter.

Alguns torcedores, inclusive, citaram o fato do volante não ter ido pegar o troféu de vice-campeão paulista, ontem, deixando a função para Gustavo Gomez. Já outros apontaram para o fato dos presentes no almoço não usarem máscara e a confraternização acontecer um dia após a derrota.

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"O suposto capitão, que sempre deixa o time na mão quando precisa, só aparece pra roubar a taça da mão do Gomez e levantar. Nos momentos ruins, ele some e vai aglomerar com político pra colocar seus companheiros em risco, comprometimento zero", disse um dos torcedores.

O almoço, entretanto, foi celebrado pelo ex-secretário do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten. "Muito honrado em receber para almoço em casa o Pastor Silas Malafaia, o Felipe Melo e o cônsul de Israel em São Paulo Alon Lavi. Muitas histórias, muitas bênçãos, muito amor pelo nosso Brasil e Israel", publicou.

Na segunda semana de depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o ex-secretário de Comunicação do Governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, quase foi ameaçado de prisão por se contradizer em diversas oportunidades. O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou as recusas do Brasil na negociação de vacinas e o diretor-Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, revelou que houve tentativas de alterar a bula da cloroquina para estender seu uso aos pacientes da Covid-19.

A rodada de oitivas reforçou os indícios de negligência do presidente Jair Bolsonaro e da sua equipe de Saúde com a pandemia. Na terça-feira (11), o gestor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres disse que se opôs à pressão pela alteração da bula da cloroquina e que o medicamento não é eficaz contra o vírus.

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Na quarta (12), o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, chegou a ser ameaçado de prisão pelo relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) após mentir sob juramento. O presidente da Comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), negou o pedido.

Wajngarten foi convocado após responder à Veja que o Ministério da Saúde era incompetente e teria sido o responsável pelo atraso das vacinas. Ele foi desmentido em diversas oportunidades ao afirmar que não chegou a trabalhar enquanto estava com Covid-19. O empresário também foi questionado pela campanha “O Brasil não pode parar”,  lançada oficialmente em 27 de março de 2020, que se posicionava contra o isolamento social preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Durante o depoimento do ex-gestor da Secom, a deputada governista Carla Zambelli (PSL-SP) chegou a obstruir os trabalhos e alegou que a testemunha era humilhada e sofria de abuso de autoridade por parte dos senadores. Apesar de esquentar o clima da sessão, ela não teve sucesso na intenção de encerrar os trabalhos da CPI.

Com o ex-representante do Governo Federal encurralado pelas próprias mentiras, o filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio (Republicanos-RJ), adotou a estratégia da aliada e tentou tumultuar a Comissão ao xingar diretamente Renan Calheiros de “vagabundo”. A sessão foi suspensa por Aziz, que pediu calma aos colegas. Diante do depoimento controverso, o plenário enviou um pedido de apuração ao Ministério Público.

Na quinta (13) foi a vez do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmar que o laboratório fez ao menos cinco ofertas de doses em 2020 e o governo federal ignorou a aquisição de 70 milhões de vacinas. Antes, Wajngarten já havia dito que o Governo deixou a negociação com a Pfizer estagnada por dois meses.

Murillo explicou que a primeira oferta foi em agosto de 2020 e, caso tivesse sido assinada, o Brasil receberia 18,5 milhões de doses da Pfizer até junho deste ano. Do total, 1,5 milhão já seria entregue em dezembro do ano passado e 3 milhões seriam repassadas de janeiro a março de 2021.

Depois de evitar a CPI ao alegar que estava com suspeita de Covid-19, o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), enviou um pedido de habeas corpus ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que permaneça calado em seu depoimento reagendado para a quarta (19). O requerimento também solicita que ele não seja preso.

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Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente presidente e relator da CPI da Pandemia, discutiram nesta quarta-feira (12) após Renan pedir a prisão em flagrante do depoente Fabio Wajngarten por mentir à comissão. Omar rejeitou o pedido.

"Não sou carcereiro de ninguém. Temos como pedir o indiciamento no relatório para ele ser preso, mas não por mim, e depois que for julgado. Aqui não é o tribunal de julgamento", disse o presidente da CPI.

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Renan argumentou que Wajngarten mentiu “descaradamente” em vários pontos de seu depoimento, em atitude que representaria “desprestígio” à CPI. Como Wajngarten falava na condição de testemunha, os atos configurariam flagrante de crime, argumentou o relator.

"Se este depoente sair daqui ileso, vamos abrir uma porta que depois vamos ter muita dificuldade para fechar. Se não tomamos decisões diante do flagrante evidente, é óbvio que isso vai enfraquecer a comissão", afirmou Renan.

Para Omar, o depoente “se contradisse”, mas “não mentiu nenhuma vez”. Ainda na opinião do presidente da CPI, Wajngarten trouxe a informação mais importante para a CPI até então, ao comprovar que várias autoridades do primeiro escalão do governo federal tiveram conhecimento, mais cedo do que se pensava, da intenção da Pfizer de vender vacinas para o Brasil.

"Nenhum de nós sabia disso. Hoje talvez tenha sido o melhor depoimento em termos de informação. Acho que estou salvando a CPI tomando esta decisão. [Renan] pode escrever o que bem entender no seu relatório e vai ser aprovado por este plenário. Mas daí a gente fazer disto aqui um tribunal de prisão, por favor... Não farei isso".

Renan lembrou que o artigo 301 do Código de Processo Penal permite que qualquer cidadão dê voz de prisão em caso de flagrante delito, mas assegurou que não usaria esse recurso para não “sobrepujar” o presidente.

"Não vamos fazer, em respeito a Vossa Excelência, mas qualquer um de nós, qualquer pessoa do povo, pode decidir que ele está preso. Estou pedindo somente que não deixemos este espetáculo se reproduzir".

Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República (Secom), foi acusado de contradizer, em seu depoimento à CPI, declarações que deu à revista Veja em entrevista publicada no mês passado. Ele negou ter atribuído incompetência ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na negociação por vacinas contra a covid-19 e negou ter autorização do presidente Jair Bolsonaro para articular a compra de vacinas da Pfizer.

Durante a tarde, a Veja publicou a íntegra das gravações da entrevista. Nelas, Wajngarten afirma à revista que houve incompetência da “equipe que gerenciava o Ministério [da Saúde]” e que ele (Wajngarten) tinha “o aval do presidente” para mobilizar setores da sociedade diante dos riscos da falta de vacina.

Em outro momento, Wajngarten foi questionado por Renan se órgãos oficiais do governo haviam divulgado, no ano passado, a campanha “O Brasil não pode parar”, que defendia o isolamento social apenas para idosos e o retorno ao trabalho normal para o resto da população. O ex-secretário afirmou que isso não aconteceu, mas Renan mostrou uma publicação nas redes sociais do governo que trazia a marca da campanha.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também sustentou que Wajngarten deveria ser preso. Caso contrário, alertou, a comissão ficaria “apequenada”.

"O estado flagrancial aqui está presente a todo o momento neste depoimento. Não vamos apequenar a CPI, porque, se esse depoente não sair daqui preso, não vamos ter condição de fazer qualquer outra coisa. Ele está aqui deliberadamente faltando com a verdade, omitindo, e foi desmascarado inúmeras vezes".

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que Wajngarten deveria receber o mesmo tratamento dado ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que foi o primeiro depoente da CPI e que, segundo Flávio, também mentiu.

Flávio ainda acusou Renan de estar usando a comissão como “palanque”. Os senadores trocaram xingamentos.

"Imagine um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros", disparou Flávio.

"Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete", rebateu Renan.

O senador Omar Aziz suspendeu as atividades da CPI logo em seguida, uma vez que o Plenário do Senado estava se reunindo em sessão deliberativa e nenhuma comissão pode trabalhar simultaneamente com o Plenário da Casa.

*Da Agência Senado

 

Após cinco horas ininterruptas de depoimento do ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação, Fábio Wajngarten, à CPI da Covid-19 nesta quarta-feira (12), trechos da sua fala aos senadores foram desmentidos em tempo real. Ainda durante a sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) expôs uma live de Wajngarten junto ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), transmitida em março de 2020, quando o ex-secretário estava diagnosticado com Covid-19. A testemunha havia dito, mais cedo na CPI, que não trabalhou na Secom enquanto estava doente, versão que foi desmentida com o vídeo apresentado.

Nas imagens, datadas em 14 de março de 2020, Wajngarten admite que está trabalhando em regime remoto, despachando normalmente e aprovando campanhas. “Tomando as precauções, não será essa agonia que parte da imprensa veicula. Eu sou a prova viva que mesmo testado positivo, a vida segue. Eu estou trabalhando normal, tenho feito calls com os ministros, tenho feito calls com a Secom, tenho aprovado campanhas, tenho conversado com os criativos das agências de publicidade. Então a vida segue”, disse em vídeo com o filho do presidente.

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“Isso já é suficiente para dizer que vossa excelência mentiu nesta oitiva. O senhor é uma testemunha e eu não estou perguntando nada, estou afirmando. O senhor veio aqui para mentir”, afirmou o senador Carvalho ao mostrar o vídeo.

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Outra contradição é trazida à tona quanto à aprovação da campanha “O Brasil Não Pode Parar”, lançada oficialmente em 27 de março de 2020, produzida e aprovada no mesmo mês, período inicial da pandemia da Covid-19 no Brasil. Durante depoimento, ao ser perguntado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se o órgão federal era o responsável pelo vídeo, o ex-líder da Secom respondeu que recordava da campanha, mas que não saberia dizer se ele foi produzido pela pasta.

A justificativa foi o período de afastamento da Secretaria à época, o que não aconteceu, segundo versão do próprio Wajngarten, que admitiu estar aprovando campanhas. “O Brasil Não Pode Parar” foi um projeto bastante criticado pelas autoridades sanitárias, pelo tom de defesa à economia e orientações de isolamento social exclusivas aos idosos. O valor do custo da campanha para os cofres públicos também não havia sido divulgado.

Ao mencionar o seu período infectado pela Covid-19, perguntado sobre o uso da cloroquina em pacientes com a doença, Fabio Wajngarten diz que “a palavra cloroquina nem existia em março (de 2020)”. No entanto, um vídeo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 21 de março do mesmo ano já fala sobre testes com o medicamento, que não tem eficácia comprovada contra o coronavírus.

“Agora pouco os profissionais do Hospital Albert Einstein me informaram que iniciaram o protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia da cloroquina nos pacientes com Covid-19. Também me reuni com o senhor Ministro da Defesa, onde decidimos que o laboratório químico e farmacêutico do exército deve, imediatamente, ampliar a sua produção desse medicamento”, anuncia o chefe do Executivo em vídeo.

Áudios revelam que Wajngarten chamou o Ministério da Saúde de “incompetente”

Entre os assuntos na pauta para esclarecimentos do então secretário da Comunicação, esteve a entrevista concedida à revista VEJA no final de abril. A pergunta foi da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a quem Wajngarten garantiu que, na entrevista mencionada, nunca afirmou incompetência do Ministério da Saúde no processo de aquisição das vacinas, diferentemente do que se tornou manchete nas páginas do veículo.

Segundo ele, a manchete de capa da edição 2735 (“Houve Incompetência”) teria sido um truque. “A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, esclareceu.

Na tarde desta quarta-feira (12), após as declarações à CPI, a VEJA divulgou o áudio em que o secretário-executivo das Comunicações chama a pasta de incompetente, não apenas uma vez, como duas. A fala da entrevista se refere ao processo de compra das vacinas da Pfizer.

“Incompetência, incompetência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando na negociação, e do outro lado, um time pequeno, tímido, sem experiência, é sete a um”, respondeu à revista.

Ainda na CPI, Fabio Wajngarten afirmou que o governo federal não respondeu a uma carta enviada pela farmacêutica Pfizer, em que a empresa consulta a intenção do Ministério da Saúde em comprar vacinas contra a Covid-19. Wajngarten entregou uma cópia da carta à CPI.

“A carta foi enviada dia 12 de setembro. O dono de um veículo de comunicação me avisa em 9 de novembro que a carta não foi respondida. Nesse momento, envio um e-mail ao presidente da Pfizer. 15 minutos depois, o presidente da Pfizer no Brasil – eu liguei para Nova York -, me responde. Ele me diz: ‘Fabio, obrigado pelo seu contato'”, testemunhou.

Compromisso com a verdade

Fabio Wajngarten é ouvido na CPI na condição de testemunha, o que lhe garante o compromisso de dizer a verdade. De acordo com o Senado, em tese, a comissão pode determinar a prisão em caso de "flagrante delito". De acordo com o artigo 58, inciso terceiro, da Constituição, as CPIs possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. Nesse caso, se opor a responder os senadores, omitir, distorcer ou mentir diretamente sobre um dos fatos questionados, pode se enquadrar como o delito mencionado.

 

O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, disse que se reuniu com representantes da farmacêutica Pfizer a fim de discutir o fornecimento de vacinas ao governo federal, porém descartou ter conhecimento de como caminhavam as tratativas da empresa com o ministério da Saúde.

As negociações aconteceram durante gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde. Segundo Wajngarten, os encontros entre ele e a farmacêutica ocorreram no fim do ano passado a fim de apresentar a membros do governo o imunizante desenvolvido contra a covid-19 bem como os insumos para armazenamento, entre eles uma caixa térmica que manteria as vacinas na temperatura recomendada abaixo de 70º C.

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"Acho que representantes da Pfizer estiveram no Ministério da Saúde e acho que vieram na Secretaria de Comunicação Secom depois. Não posso ter certeza disso. Acredito que essa caixa térmica tenha rodado Brasília inteira ou parte de quem eles tinham agenda em Brasília", disse durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

Durante as negociações com a farmacêutica, Wajngarten relatou ter recomendado que tratasse o Brasil de acordo "com o tamanho do País" e advertido para os entraves logísticos para a distribuição de vacinas. Mais cedo, secretário havia afirmado que "mergulhou de cabeça" na negociação para a compra de vacinas quando soube na "inação" em relação a carta envida pela Pfizer ao governo brasileiro em setembro. Durante o depoimento, Wajngarten ressaltou que "jamais" adjetivou, rotulou ou emitiu opinião sobre a atuação do ex-ministro Pazuello.

A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia segue com os ânimos inflamados, nesta quarta-feira (12). Quem depõe aos senadores é o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, convocado principalmente por conta de uma entrevista concedida à revista Veja em que dá detalhes sobre as tratativas para a compra de vacinas da Pzifer. 

A entrevista foi tema de diversas perguntas ao ex-chefe da Secom e a pedido do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), a CPI vai requisitar a gravação da entrevista de Wajngarten à revista Veja. Renan ameaçou pedir prisão do ex-chefe da Secom: “Se ele mentiu, vou requerer a prisão do depoente".

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Já o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), disse que faria de tudo para não precisar tomar medidas enérgicas e ameaçou encerrar o depoimento de Wajngarten, dizendo que oitiva estava "prejudicada" devido a contradições do ex-secretário com a entrevista dele à revista Veja. Mas decidiu continuar, após apelo dos senadores.

Após isso, o senador Tasso Jereissati questionou autoria do vídeo “O Brasil não pode parar”, divulgado em março de 2020, e Wajngarten disse desconhecer se campanha foi feita pela Secom e diz que estava afastado da pasta no período por estar com Covid. O mesmo assunto foi reforçado pelo senador Humberto Costa (PT), que encerrou a fala dizendo que a campanha é assinada pelo Governo Federal.

Logo em seguida, a pedido de Wajngarten, a comissão de inquérito paralisou por cinco minutos os trabalhos. Já são mais de quatro horas de depoimento. 

Antes da suspensão, Eduardo Girão e Omar Aziz discutiram, após Girão questionar os rumos da CPI e dizer que Wajngarten está sendo intimidado e humilhado. “Humilhados são os 425 mil mortos, pois não temos vacina", respondeu Omar.

*Com a Agência Senado

Nesta quarta-feira (12), a deputada bolsonarista Carla Zembelli (PSL-SP) causou tumulto na sessão da CPI da Covid-19. A parlamentar foi à bancada do comando da comissão durante a suspensão do depoimento do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, que, segundo ela, estaria sofrendo “abuso de autoridade” por parte do relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL).

De acordo com Zambelli, Calheiros “humilhou” o ex-chefe da Secom. A fala da deputada ocasionou o início de uma discussão acalorada entre ela, Renan Calheiros e senadores da oposição. O relator da CPI afirmou que Zambelli estava "ameaçando" a CPI.

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Em sua conta do Twitter, a deputada comentou o ocorrido.

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Antes de Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, solicitar a suspensão do depoimento, Wajngarten negou ter chamado o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de “incompetente” em entrevista dada a Revista Veja em abril deste ano.

“O senhor só está aqui por causa da entrevista.  Se não fosse isso, ninguém lembraria que você existia, não tem outra razão para estar aqui. É baseado no que você falou", disse Aziz. “Por favor, não menospreze a nossa inteligência, ninguém é imbecil aqui”, complementou. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) enfatizou que, enquanto testemunha, o ex-chefe da Secom não deveria mentir em seu depoimento.

Confira o momento em que Carla Zambelli e senadores discutem:

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Durante a sessão da manhã desta quarta-feira (12), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, onde testemunha o ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro Fabio Wajngarten, tanto o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), quanto o relator Renan Calheiros (MDB-AL), se irritaram com uma resposta dele, que, questionado sobre as intenções do governo com relação a frases do presidente Bolsonaro contra as vacinas, sugeriu que os senadores direcionam os questionamentos ao presidente. "Têm que perguntar pra ele", afirmou.

A resposta não agradou nem Aziz, nem Calheiros. O presidente do colegiado advertiu Wajngarten, dizendo que ele estava ali na posição de testemunha. "Você não pode falar isso aqui não. Você não pode dizer 'pergunte a ele', você está aqui como testemunha, você vai responder sim ou não", disse Aziz. O ex-secretário logo se desculpou pela postura, e Renan lhe respondeu: "não precisa pedir perdão, é só responder".

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O senador Marcos Rogério (DEM-RO), da base do governo, saiu em defesa de Wajngarten, dizendo que o colegiado não poderia induzir as respostas do depoente. Aziz respondeu à declaração de Rogério dizendo que não havia a tentativa de induzir a resposta da testemunha, mas que é necessário que o relator vá "procurando" a verdade no depoimento, defendendo os questionamentos mais duros realizados por Renan Calheiros.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia teve a sessão suspensa, no fim da manhã desta quarta-feira (12), após o presidente do colegiado, Omar Aziz, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que relata os trabalhos da CPI, apontarem contradições nas falas do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten.

Wajngarten tem titubeado nas respostas ao ser indagado por Renan Calheiros sobre a entrevista que concedeu à revista Veja. Questionado sobre o motivo de ter apontado incompetência do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na contratação de vacinas, Fabio Wajngarten negou ter atribuído ao ministro tal adjetivo. 

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Após isso, Aziz alertou eventuais consequências ao ex-secretário sobre mentiras ditas na CPI e lembrou: "o senhor só está aqui por causa desta entrevista... O senhor pediu para ser chamado". Neste momento, os ânimos ficaram acalorados entre os senadores e o depoente. Para tentar amenizar a situação, Aziz suspendeu a sessão por cinco minutos. 

Após o tempo, eles retomaram os trabalhos com o presidente da CPI destacando que caso Fabio Wajngarten não seja direto nas respostas ele seria dispensado e convocado novamente como investigado e não testemunha. 

 

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten fez afagos ao ex-chefe, o presidente Jair Bolsonaro, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, mas já indicou uma animosidade com ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Ao relatar que tinha uma relação próxima com o Ministro das Comunicações, Fabio Faria, e o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, para tratar das campanhas relativas à Covid-19, afirmou nesta quarta-feira que com Pazuello "poucas vezes" conversou, "não mais que um 'bom dia, boa tarde, boa noite'".

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"Minha área de articulação sempre falava com a área de articulação do Pazuello, poucas vezes eu conversei com ele, não mais que 'bom dia, boa tarde, boa noite'", disse Wajngarten durante o interrogatório do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

Sobre o Ministério da Economia, o ex-secretário afirmou que a pasta sempre esteve "focada nos programas econômicos". "Paulo Guedes sempre muito ativo, sempre muito ativo em trazer a onda econômica paralela a onda da covid", disse Wajngarten.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado ouve, nesta quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten. A sessão do colegiado iniciou com os senadores apresentando questões de ordem e prestando esclarecimentos processuais.

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A convocação de Wajngarten atende a requerimentos dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O chamado do ex-secretário se deu porque em entrevista à revista Veja, ele disse que o Ministério da Saúde teria sido o responsável “pelo atraso das vacinas”. 

Além disso, Wajngarten ainda deve ser questionado sobre campanhas do governo federal em temas como isolamento social e “tratamento precoce”. 

A Comissão Temporária da Covid-19 aprovou nesta segunda-feira (3) requerimento para realização de audiência pública com o ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten. 

A iniciativa partiu da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). A parlamentar quer que Wajngarten preste informações sobre as negociações iniciadas em setembro de 2020 para a aquisição do imunizante da farmacêutica Pfizer, bem como o motivo que levou o governo brasileiro a recusar a compra do lote de vacinas ofertado no ano passado. 

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"Em 12 de setembro de 2020 o CEO [Chief Executive Office] mundial da Pfizer, Abert Bourla, enviou carta ao presidente da República na qual pediu celeridade nas negociações, devido à alta demanda de outros países e ao número limitado de doses. Essas negociações foram trabalhadas com a participação ativa do ex-chefe da Secretaria de Comunicação. Por isso, faz-se relevante suas informações quanto às tratativas iniciadas, bem como o motivo que levou o Brasil a recusar a compra do lote de vacinas ofertado no ano passado", explicou Eliziane em seu requerimento. 

Na avaliação da senadora, a aquisição antecipada do imunizante da Pfizer poderia ter acelerado o plano de vacinação no Brasil nos primeiros meses de 2021, garantindo maior proteção aos grupos prioritários. 

É possível que Fabio Wajngarten também participe de audiência em outra comissão: senadores integrantes da CPI da Pandemia já anunciaram que querem ouvi-lo em breve. 

Mais audiências

A Comissão Temporária da Covid-19 aprovou ainda outros oito requerimentos para realização de audiências públicas. Entre eles, um solicita debate sobre a preservação do meio ambiente como forma de evitar novas doenças, enquanto outro prevê a discussão das campanhas de comunicação feitas pelo governo federal sobre a pandemia de covid-19.

O impacto negativo que o corte no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia causará nas pesquisas em andamento no país também será tema de reunião do colegiado. Para isso, os senadores aprovaram convite ao ministro dessa pasta, Marcos Pontes. 

Esses requerimentos foram aprovados pelos senadores no início da tarde desta segunda-feira, após a audiência pública remota com Waldery Rodrigues Junior, do Ministério da Economia. Ele representou o ministro Paulo Guedes em debate sobre o Plano Nacional de Imunização.

*Da Agência Senado

 

De acordo com Fabio Wajngarten, que deixou a Secretaria de Comunicação da Presidência no mês passado, as vacinas da Pfizer não foram compradas com antecedência pelo Brasil por conta de “incompetência” e “ineficiência”. As palavras foram usadas em entrevista à Veja, nesta quinta-feira (22), para classificar a atuação do Ministério da Saúde, até então comandado por Eduardo Pazuello. Durante a conversa, Wajngarten também defendeu a atuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Um dos possíveis convocados para depor na CPI da Covid,  Wajngarten relatou ter conhecimento sobre uma carta enviada pela farmacêutica Pfizer, na qual a oferta de vacinas teria sido feita. O Ministério da Saúde, contudo, não teria respondido.  "Incompetência e ineficiência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando uma negociação que envolve cifras milionárias e do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é isso que acontece", declarou, quando questionado sobre o porquê das negociações não terem avançado.

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O ex-secretário também afirmou ter levado o caso ao presidente, que deu sinal verde para que ele mesmo fizesse a negociação dos imunizantes. Ainda assim, o contrato não evoluiu. “A vacina da Pfizer era a mais promissora, com altos índices de eficácia, segundo os estudos. Precisávamos da maior quantidade de vacinas no menor tempo possível. E dinheiro nunca faltou. Então, eu abri as portas do Palácio do Planalto. Convidei os diretores da empresa a vir a Brasília. (...) Eu também levei a caixa para o presidente Bolsonaro ver. Expliquei que aquilo não era um bicho de 7 cabeças, como alguns técnicos pintavam”, completou, sugerindo que o presidente Jair Bolsonaro era mal orientado por auxiliares.

Ainda de acordo com Wajngarten, apesar das críticas feitas por Bolsonaro às vacinas, ele demonstrava preocupação com o número crescente de mortes no país. “O presidente sempre disse que compraria todas as vacinas, desde que aprovadas pela Anvisa. Aliás, quando liguei para o CEO da Pfizer, eu estava no gabinete do presidente. Estávamos nós dois e o ministro Paulo Guedes, que conversou com o dirigente. Foi o primeiro contato entre a Pfizer e o alto escalão do governo. Guedes ouviu os argumentos da empresa e, depois, disse que “esse era o caminho”. Se o contrato com a Pfizer tivesse sido assinado em setembro, outubro, as primeiras doses da vacina teriam chegado no fim do ano passado”, finalizou.

O presidente Jair Bolsonaro exonerou Fábio Wajngarten do cargo de secretário especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações e nomeou para ocupar interinamente o lugar dele o almirante Flávio Augusto Viana Rocha. O militar é o chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e agora irá acumular as duas funções. A mudança está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 11.

Flávio Rocha será o terceiro chefe da Secom na gestão Bolsonaro. Conforme o Estadão noticiou em janeiro, com a troca, Bolsonaro quer tentar melhorar a comunicação do governo e pôr um fim em divergências internas, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Os dois estavam completamente desalinhados. A Secom é responsável pela comunicação oficial do governo e também pelo repasse de verbas publicitárias, o que aumenta o poder político da secretaria.

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Empresário do ramo de pesquisa de mídia, Wajngarten assumiu a Secom em abril de 2019, em substituição ao publicitário Floriano Barbosa de Amorim.

A mudança, conforme apuração do Estadão em fevereiro, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e Faria.

Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.

Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno de Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial.

Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de "bom de jogo" e "habilidoso". Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos.

O primeiro teste para detectar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está ou não com o coronavírus deu positivo, segundo o colunista Leandro Mazzini, da Coluna Esplanada, do jornal O Dia. Agora, de acordo com a publicação, é aguardado o resultado da contraprova. 

Na publicação, o colunista aponta que confirmou a informação com fontes do Palácio do Planalto. O Governo Federal não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. 

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Bolsonaro afirmou, nessa quinta-feira (12), que havia feito os testes e o resultado sairia em algumas horas. Além dele, outros membros do governo que estavam na comitiva presidencial que viajou aos Estados Unidos (EUA), uma vez que o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, foi infectado pelo vírus.

Além do colunista brasileiro, a Fox News publicou a notícia e disse ter confirmado com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que o segundo resultado estava sendo aguardado para esta sexta-feira. 

"O filho de Bolsonaro, Eduardo, disse à Fox News que eles estão fazendo mais testes para confirmar o diagnóstico, acrescentando que esperam o segundo conjunto de resultados de testes ainda nesta sexta-feira", diz o site. 

Já na sua conta oficial do Twitter, o filho do presidente negou que o resultado dos testes tenha saído. 

O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, afirmou, nesta sexta-feira (13), que comunicou aos integrantes da comitiva presidencial que estava junto com ele nos Estados Unidos (EUA) assim que começou a sentir os sintomas do novo coronavírus. O secretário foi diagnosticado com a doença, depois que voltou ao Brasil da viagem em que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e segue em isolamento. 

Em publicação no Twitter, Wajngarten disse que qualquer informação além do que ele descrevia na rede social era "fake news". 

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“Diante de especulações veiculadas por parte da imprensa, esclareço que desde o primeiro momento em que apresentei os sintomas de mal estar avisei aos integrantes da comitiva presidencial que foi aos EUA”, escreveu.

“Chegando em São Paulo fui direto do aeroporto ao Hospital Albert Einstein, aonde fiz o primeiro exame, fato também comunicado às autoridades. Confirmado, avisei à Presidência da República, guardei quarentena  e adotei as recomendações médicas. Qualquer outra ilação é mais uma fakenews de parte da mídia”, emendou o secretário.

Com o auxiliar testando positivo para o coronavírus, o presidente e todos que fizeram parte da comitiva fizeram exames e estão sendo monitorados. Os resultados devem ser anunciados nesta sexta. 

Antes do vírus chegar ao Palácio do Planalto, contudo, Jair Bolsonaro chegou a minimizar o coronavírus, dizendo que ele não era tudo aquilo que vinham sendo veiculado pela imprensa. “Tem muita fantasia”, chegou a argumentar Bolsonaro. Nessa quinta, o presidente fez a tradicional live semanal no Facebook usando máscara e com um pote de álcool gel na mesa.

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