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Uma americana se tornou nesta terça-feira (17) a primeira pessoa a atravessar o Canal da Mancha a nado quatro vezes sem interrupção, uma proeza que demorou 54 horas nas águas frias que separam a França do Reino Unido.

Sarah Thomas, de 37 anos, chegou durante a manhã a Dover, na costa sul da Inglaterra, sob os aplausos de um grupo de admiradores.

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"Me sinto um pouco mal", reconheceu em um vídeo de sua chegada divulgado no Facebook.

A nadadora, que há um ano se recuperou de um câncer de mama, dedicou a aventura a "todos os sobreviventes", em uma mensagem publicada no sábado.

"Isto é para aqueles de nós que rezaram por nossas vidas, que se questionaram com desespero sobre o que viria depois e que lutaram contra a dor e o medo para vencer", escreveu.

Sarah Thomas fez duas idas e voltas entre Dover e Cap Gris-Nez, localidade do norte da França.

A americana admitiu à BBC que o mais difícil das travessias foi a água salgada, que irritou sua boca e a garganta. Também foi atingida por uma água-viva no rosto.

O nadador de resistência Lewis Pugh elogiou a proeza no Twitter, que chamou de "extraordinária, assombrosa, sobre-humana".

"Quando pensamos que atingimos o limite da resistência humana, alguém quebra os recordes", escreveu.

A campanha do Palmeiras no Campeonato Brasileiro está perto de outra façanha além do título. Se a conquista precisa somente de um empate para se concretizar, outro feito pode valorizar ainda mais o trabalho do atual elenco. Caso vença as duas partidas restantes, o clube terá o terceiro melhor aproveitamento da história dos pontos corridos, formato adotado na competição desde 2003.

Por vezes criticado pelo estilo de jogo, apelidado de "Cucabol", o time tem sido eficiente nas bolas paradas e regular para se manter na liderança desde junho. O Palmeiras já superou o estigma de não se dar bem em pontos corridos, pois a atual campanha já é a melhor do clube nesse tipo de regulamento. "A verdade é que aprendemos a jogar pelo resultado para sermos campeões. Paramos de ser um time de espetáculo para ser um time que quer ser campeão", disse o técnico Cuca.

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O aproveitamento atual de 68% dos pontos pode chegar a 70% se a equipe bater Chapecoense e Vitória nas rodadas finais. Até então, a melhor campanha do Palmeiras na era dos pontos corridos tinha sido de 57% dos pontos conquistados, obtida em 2004 e 2008.

Desde 2003, ano da adoção do atual formato para se indicar o vencedor, somente duas campanhas não podem ser alcançadas pelo Palmeiras em caso de mais duas vitórias nas rodadas finais. A do Cruzeiro, na temporada inaugural dos pontos corridos, teve 72,5% de aproveitamento. O Corinthians, no ano passado, quase bateu a marca, ao chegar a 71%.

A difícil concorrência contra Santos, o segundo colocado, e o Flamengo, o terceiro, dão mais peso aos números atuais. Afinal, o atual aproveitamento dos pontos dos dois maiores perseguidores do Palmeiras neste ano é o maior de um segundo e terceiro lugares da era dos pontos corridos (63 e 62%, respectivamente), empatado com 2012.

Para ser campeão sem depender de outros resultados o time vai precisar de um empate ou contra Chapecoense, neste domingo, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, ou na rodada seguinte contra o Vitória, em Salvador.

Neste returno, o Palmeiras perdeu somente uma partida - para o Santos, na Vila Belmiro. A equipe pode comemorar a conquista mesmo sem vencer as partidas restantes, desde que o Santos não ganhe do Flamengo, no Maracanã, ou do já rebaixado América-MG, pela última rodada, na Vila Belmiro.

ABSOLUTO - Com atuais oito títulos no Brasileirão, o Palmeiras pode nos próximos dias desempatar o placar com o Santos e se tornar o maior vencedor da história com o eneacampeonato. Para protagonistas das conquistas anteriores, os números da atual campanha são expressivos e não permitem questionamentos sobre a qualidade do elenco do técnico Cuca.

"O Palmeiras foi muito regular e eficiente neste Brasileiro. Pode não ser brilhante, mas é competente", elogiou o ex-atacante Leivinha, bicampeão brasileiro pelo Palmeiras em 1972 e em 1973.

Colega de time dele na época, o também ex-atacante César Maluco afirmou que mais importante do que as apresentações em campo, foi a campanha resgatar a história do clube no Campeonato Brasileiro. "O time está muito confiante e certamente vai ficar com título. É fundamental o Palmeiras mostrar para as novas gerações o quanto a nossa tradição é de vitórias", comentou.

Oscar Pistorius foi o primeiro atleta com deficiência a disputar os Jogos Olímpicos, mas sua façanha foi praticamente esquecida depois que foi condenado por assassinato. Ainda não surgiu um novo nome paralímpico para repetir a proeza, mas tudo indica que é uma questão de tempo.

Com as próteses de fibra de carbono, Pistorius, biamputado, entrou para a história olímpica com o tempo de 45 segundos e 44 centésimos registrado em sua estreia nos 400 metros rasos nos Jogos de Londres-2012.

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Atualmente poucos mencionam seu feito, depois que ele foi condenado a seis anos de prisão pela morte da namorada. E suas marcas também começaram a cair: na terça-feira o neozelandês Liam Malone superou o recorde paralímpico nos 200 metros durante os Jogos Rio-2016.

Mas em um momento de muita atenção para o esporte paralímpico muitos perguntam quem pode repetir Oscar Pistorius.

Um dos nomes mais citados é o do alemão Markus Rehm, do salto em distância e conhecido como 'Blade Jumper', que sonha em disputar os Jogos de Tóquio-2020.

Sem uma perna, amputada após um acidente marítimo, Rehm afirma que tem o nível dos atletas olímpicos. De fato, sua melhor marca pessoal, de 8,40 metros, é superior aos 8,38 m que renderam a medalha de ouro ao americano Jeff Henderson na Rio-2016.

Rehm, que na segunda-feira conquistou o ouro paralímpico com a equipe alemã do revezamento 4x100 m, desistiu em julho de tentar participar dos Jogos Olímpicos do Rio, porque a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) não estava convencida de que sua prótese não proporcionava um impulso extra.

"Depois dos Jogos Paralímpicos do Rio vou continuar conversando com a IAAF para encontrar uma solução para competir no Mundial de Londres-2017, mesmo sem o ranking. Posso ganhar minhas medalhas em competições paralímpicas, mas seria excelente representar nosso esporte diante de mais pessoas e mostrar que somos bons atletas, que não temos que nos esconder", disse à AFP.

Também chamou a atenção o ouro do argelino Abdellatif Baka nos 1.500 metros na categoria T3 (atletas com baixa visão), que venceu a prova com o tempo de 3:48.29, melhor que o do medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, o americano Matthew Centrowitz (3:50.00).

Neste caso, no entanto, é preciso recordar que a final dos 1.500 m da Rio-2016 foi considerada fraca tecnicamente e com uma tática em que todos os atletas se pouparam para o sprint final. O recorde mundial na prova, por exemplo, foi estabelecido pelo marroquino Hicham El Guerrouj, em 1998, em 3:26.00.

- Tabu -

Sete meses depois de competir em Londres e reconhecido em todo o planeta, Pistorius matou a tiros a namorada Reeva Steenkamp. Ele disse que a confundiu com um ladrão.

Seu pioneirismo desapareceu rapidamente. De um herói do esporte se tornou um detendo vigiado para que não cometa suicídio.

No Engenhão, o Estádio Olímpico, onde poderia ter conquistado ainda mais vitórias, seu nome praticamente não é citado.

E quando um atleta sul-africano recebe uma pergunta sobre Pistorius, os assessores de imprensa da delegação tentam rapidamente mudar o assunto, mas alguns respondem, como é o caso de Arnu Fourie.

"Oscar obviamente faz falta, ele fez muito pelo esporte, não só do país, mas do mundo. O que ele fez não pode ser apagado", disse.

Pistorius encarou uma longa batalha para chegar a Londres-2012, dentro e fora das pistas.

Depois de ser vetado de Pequim-2008, porque a IAAF considerava que as 'blades' representavam uma vantagem, ele conseguiu uma autorização do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

Rehm não gosta das comparações.

"Pistorius foi um capítulo há alguns anos, eu quero escrever um novo capítulo, levar as coisas a outro nível, quero fazer as coisas um pouco diferente", disse o alemão, que não deixou de destacar o legado do sul-africano.

"Fez muito pelo esporte, sem dúvida, mas temos que pensar no futuro e espero que muitos atletas alcancem níveis incríveis", afirmou o alemão.

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