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A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, multou o Facebook em R$ 6,6 milhões por vazar dados de usuários brasileiros. A notificação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (23). A empresa poderá ter a multa reduzida em até 25% se decidir por não recorrer da decisão.

A Senacon explica que, em 2018, dados de usuários da rede social foram repassados à Cambridge Analytica, uma consultoria britânica de Marketing Político contratada para a campanha eleitoral do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

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Segundo o órgão, "estima-se que, na época, os dados de mais de 87 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo 443 mil brasileiros, tenham sido compartilhados para recebimento de conteúdos relacionados a Trump".

A investigação da Secretaria concluiu, naquele mesmo ano, que o compartilhamento ilegal de dados ocorria por meio da instalação do 'This Is Your Digital Life', um aplicativo de teste de personalidade. "Por apresentar falhas ao informar sobre as configurações de privacidade, a Senacon entendeu que o Facebook cometia prática abusiva com os usuários e, por isso, aplicou a multa de R$ 6,6 milhões".

Em julho deste ano, a própria Senacon anulou a condenação para garantir a ampla defesa do Facebook. Porém, segundo a Secretaria, a empresa continuou a afirmar que não houve quaisquer indícios de que dados dos brasileiros tenham sido transferidos à Cambridge Analytica e que, portanto, não haveria que se falar em mau uso ou exposição indevida dessas informações.

"As alegações não foram aceitas pela Senacon, que voltou a estabelecer a multa de R$ 6,6 milhões", diz em nota.

O valor deverá ser recolhido em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

A Meta, controladora do Facebook e do Instagram, disse nesta quinta-feira (18) que removeu um dos grupos antivacina mais influentes dos Estados Unidos das redes sociais, por espalhar desinformação sobre a Covid-19.

Chamado The Children's Health Defense (CHD), o grupo, crítico das vacinas contra a Covid, acusou a Meta de cercear seu direito à liberdade de expressão: "O Facebook age neste caso como um agente para a cruzada do governo federal que busca silenciar qualquer crítica com políticas draconianas", disse o fundador do CHD, Robert Kennedy Jr., sobrinho do presidente John F. Kennedy.

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O porta-voz da Meta, Aaron Simpson, informou à AFP que as contas do grupo no Facebook e no Instagram foram apagadas ontem, o que aconteceu após violações repetidas das regras da Meta sobre desinformação.

O CHD afirmou que suas contas nas redes sociais eram seguidas por centenas de milhares de pessoas, e que recebeu com supresa a decisão da Meta. Em comunicado, o grupo compartilhou uma captura de tela que mostrava as mensagens em que era notificada a suspensão das contas devido à "desinformação, que poderia resultar em danos no mundo real”.

O CHD argumentou que a proibição pode estar relacionada a uma ação que o grupo moveu contra a Meta, em que acusa a gigante da tecnologia de infringir o direito à liberdade de expressão.

Na tentativa de melhor competir com o TikTok, a Meta está lançando várias atualizações, principalmente para o Reels. Por isso, a partir de agora, qualquer usuário do Instagram poderá fazer postagens de Reels cruzadas com o Facebook com o toque de um botão.

Segundo o site Engadget, a Meta sugere que isso poderá ajudar os criadores a aumentar seu público nos aplicativos e monetizar seus conteúdos em ambas as plataformas. Outras "novidades" relacionadas ao reels no Facebook que estão chegando incluem adesivos "Adds Yours", populares nos stories. Sendo assim, quando o usuário criar um sticker e outras pessoas usarem em seus vídeos, todos eles aparecerão em uma página dedicada, com destaque para o criador.

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A Meta também deve disponibilizar, em breve, o recurso de gorjeta de estrelas do Facebook para todos os criadores de conteúdos qualificados na plataforma. Eles também terão acesso a mais insights por meio do Estúdio de Criação, o que deve ajudar a descobrir qual conteúdo está funcionando para seu público.

Essas atualizações visam tornar as redes de Mark Zuckerberg mais competitivas já que, segundo levantamento da Pew Research, 16% dos adolescentes dos Estados Unidos usam o TikTok "quase constantemente", enquanto 10% preferem o Instagram e 2% o Facebook.

A primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, publicou, nesta quarta-feira (10), um comunicado no seu Instagram informando que nunca teve conta no Twitter e que não tem no Facebook. O único perfil da primeira-dama é o Instagram, que é verificado pela rede.

Michelle Bolsonaro fez o comunicado porque uma conta do Twitter atribuída a ela foi suspensa pela rede social após ter compartilhado uma publicação do ex-presidente Lula (PT) num ritual de umbanda no ano passado, em que o questionamento “isso pode, né? Eu falar de Deus, não” de Michelle foi publicado. 

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Pela primeira vez, o Comando de Defesa Cibernética do Exército comprou uma ferramenta que permite a extração de dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e registros públicos armazenados em redes sociais como o Twitter, Facebook e Instagram.

Essa ferramenta é normalmente utilizada pela Polícia Civil, Federal, pelo Instituto Nacional de Criminalística e Ministério Público para acessar dados de telefones apreendidos a partir de decisões judiciais.

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A contratação foi assinada nos últimos dias de 2021 e, segundo a Folha de São Paulo, o Exército não específica no documento de contratação quais aparelhos celulares seriam acessados e nem o embasamento jurídico para o acesso aos dados privados da população. 

"A justificativa para a aquisição de uma solução para perícia em dispositivos móveis é o histórico de demandas apresentadas ao ComDCiber [Comando de Defesa Cibernética] nos últimos três anos", afirma um dos documentos elaborados para a contratação. 

"Não é possível detalhar as atividades devido ao caráter sigiloso, todavia a existência de uma solução seria suficiente para viabilizar o trabalho realizado neste centro", prossegue o documento.

O jornal aponta que o pedido formal para a compra do equipamento foi do chefe de gabinete do Comando de Defesa Cibernética, coronel Alexander Vicente Ferreira. O ofício foi enviado para o Comando de Comunicações e Guerra do Exército, responsável pela compra. 

O Exército adquiriu a solução Cellebrite UFED que, segundo documentos da contratação, é um hardware próprio comercializado no Brasil. A licitação foi dispensada porque a empresa TechBiz Forense Digital é a única fornecedora da ferramenta no país. A empresa foi contratada no dia 28 de dezembro de 2021, com o contrato de R$ 528 mil valendo até o dia 27 de dezembro de 2024.

A Meta Brasil premiou 10 criadores de conteúdo negros em um projeto para estimular a diversidade na criação de experiências em realidade aumentada. Os vencedores foram escolhidos a partir de suas propostas de filtros para o Instagram, em uma iniciativa chamada “Realidade Aumentada na Pele” (RAP). Os nomes dos desenvolvedores foram divulgados nessa segunda-feira (25).

Segundo a Meta, empresa dona também do Facebook e WhatsApp, o objetivo é garantir diversidade, equidade e inclusão na formação de criadores de realidade aumentada, o que inclui o metaverso, espécie de universo virtual que tem sido a aposta da companhia. A empresa afirma que, todos os meses, 700 milhões de pessoas usam filtros de realidade aumentada no Facebook e no Instagram.

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O projeto

Para ampliar o conhecimento sobre realidade aumentada, o projeto conta com uma fase dedicada ao curso de Spark AR no Blueprint, plataforma de cursos gratuitos focados nos produtos da Meta. O conteúdo foi traduzido para o português como forma de torná-lo mais acessível e inclusivo.

A iniciativa em educação faz parte do investimento de mais de US$ 150 milhões do Meta Immersive Learning para desenvolver a próxima geração de criadores do metaverso.

O programa terá duração de 12 semanas e começou com a fase de criação de filtros, que acabou de ter o resultado divulgado. A escolha seguiu critérios pensados e desenvolvidos exclusivamente para a comunidade negra. Para competir, os criadores deveriam desenvolver filtros que contemplassem, pelo menos, três tipos de tom da pele negra.

Os vencedores da primeira fase, iniciada em junho, foram: 

Marcela Nascimento da Silva | Filtro Realeza Negra

Larissa Sandre Barbosa | Filtro Faça Seu Beat

Jedson Santos Gomes | Filtro Adê Oxum

Augusto Lopes | Filtro Early Hip-Hop

Kevony Martins | Filtro Iansã Oyá

Maria Cléria Carlos | Filtro Hat-Trick

Jefferson Alves Brandão Xavier | Filtro Afrofuturismo

Marília Ramos dos Santos | Filtro Beleza Negra

Tobias Mosart | Filtro Nossas Cores

Munik Carvalho | Filtro Black is King

O Facebook encerrou as contas de pelo menos dois meios de comunicação estatais afegãos - confirmou a empresa, nesta quinta-feira (21), de acordo com as leis dos Estados Unidos que consideram o Talibã uma "organização terrorista".

O Talibã usa o Facebook e o Twitter desde que assumiu o poder, em agosto do ano passado, mas exerce um controle rígido sobre a mídia estatal no país, incluindo emissoras de televisão, rádio e jornais.

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O Facebook anunciou hoje que encerrou as contas de pelo menos dois meios de comunicação estatais afegãos, citando a necessidade de cumprir a lei americana que classifica o Talibã como uma organização terrorista.

O grupo público de rádio e televisão RTA e a agência estatal Bakhtar reclamaram que suas contas no Facebook foram fechadas.

"O Talibã é sancionado como uma organização terrorista pela lei dos Estados Unidos e está proibido de usar nossos serviços", disse um porta-voz da Meta, empresa controladora do Facebook, em um comunicado enviado à AFP.

"Fechamos as contas do Talibã, ou que estão em seu nome, e proibimos qualquer elogio, apoio ou representação" do grupo fundamentalista islâmico, acrescentou.

A Meta não divulgou a lista de empresas afegãs proibidas, mas as contas do Facebook de algumas mídias privadas pareciam estar funcionando normalmente nesta quinta-feira.

O porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, criticou a proibição, que, segundo ele, mostra a "impaciência e intolerância" do Facebook.

"O slogan 'Liberdade de Expressão' é usado para enganar outras nações", tuitou.

Em um comunicado em vídeo, o diretor da RTA, Ahmadullah Wasiq, disse que as páginas em dari e pashto de sua organização foram fechadas no Facebook e no Instagram, também de propriedade da Meta, "por razões desconhecidas".

"A RTA é uma instituição nacional, a voz da Nação", declarou, lamentando esta decisão.

Bajtar também pediu ao Facebook que reconsidere a medida.

O Talibã está na lista de organizações terroristas do Tesouro dos EUA, mas não é classificado como organização terrorista estrangeira pelo Departamento de Estado.

A Meta anunciou que o Facebook está estudando permitir que usuários possam ter até cinco perfis ligados a uma conta. A informação foi divulgada pela a agência “Reuters” , nessa quinta-feira (14).

De acordo com a Meta, o intuito da nova ferramenta é possibilitar às pessoas terem um perfil profissional e outro pessoal, por exemplo. Além disso, a empresa acrescentou que o teste será realizado com alguns usuários em países selecionados, porém o Brasil não está incluído.

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No experimento, o grupo que for incluído poderá criar os perfis adicionais sem precisar disponibilizar nome ou dados verdadeiros. Mas é importante destacar que os usuários só poderão comentar ou curtir postagens com um perfil.

Por fim, a empresa afirmou que assim como os outros perfis, os adicionais também deverão seguir as regras da rede social.

A Meta criou um modelo único de inteligência artificial capaz de traduzir em 204 idiomas diferentes, incluindo muitos não suportados pelas ferramentas comerciais atuais. A empresa está abrindo o código do projeto na esperança de que outros desenvolvam seu trabalho, de acordo com o comunicado feito pelo CEO Mark Zuckerberg.

O modelo de IA faz parte de um ambicioso projeto de P&D da Meta para criar o chamado “tradutor de fala universal”, que a empresa considera importante para o crescimento em suas muitas plataformas – do Facebook e Instagram ao desenvolvimento de domínios como VR e AR. A iniciativa foi nomeada No Language Left Behind (Nenhum Idioma Deixado para Trás, em português).

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A tradução automática não apenas permite que a Meta entenda melhor seus usuários (e, assim, melhore os sistemas de publicidade que geram 97% de sua receita), mas também pode ser a base de um aplicativo aprimorado para projetos futuros, como seus óculos de realidade aumentada.

Especialistas em tradução automática disseram ao blog de tecnologia The Verge que a pesquisa mais recente da Meta completa e bastante ambiciosa, mas observaram que a qualidade de algumas das traduções do modelo provavelmente estaria bem abaixo da de idiomas com melhor suporte, como italiano ou alemão.

“A principal contribuição aqui são os dados”, disse o professor Alexander Fraser, especialista em linguística computacional da LMU Munich, na Alemanha, ao The Verge. “O que é significativo são 100 novos idiomas [que podem ser traduzidos pelo modelo da Meta].”

Como funciona a IA no tradutor da Meta?

Enquanto a maioria dos modelos de tradução automática lida com apenas um punhado de idiomas, o modelo da Meta é totalmente encapsulado: é um único sistema capaz de traduzir em mais de 40 mil direções diferentes entre 200 idiomas diferentes. Mas a Meta também está interessada em incluir “idiomas de poucos recursos” no modelo – idiomas com menos de 1 milhão de pares de frases traduzidas publicamente disponíveis. Estes incluem muitas línguas africanas e indianas que normalmente não são suportadas por ferramentas comerciais de tradução automática.

A cientista de pesquisa da Meta AI, Angela Fan, que trabalhou no projeto, disse ao The Verge que a equipe foi inspirada pela falta de atenção dada a essas linguagens de poucos recursos nesse campo. “A tradução nem funciona para os idiomas que falamos, então é por isso que começamos este projeto”, disse Fan. “Temos essa motivação de inclusão do tipo – ‘o que seria necessário para produzir uma tecnologia de tradução que funcione para todos’?”

O novo mecanismo usa uma abordagem diferente para propiciar resultados mais sólidos. A inteligência artificial contém um sistema de aprendizado de máquina alimentado por um elevado conjunto de frases. Como há várias combinações possíveis, a IA compara os conteúdos para decidir qual é o mais apropriado naquele contexto.

A Meta, casa matriz do Facebook, quer garantir a difusão de informação confiável em suas plataformas, populares na América Latina, e um acesso seguro a seu metaverso, afirmou seu presidente de Assuntos Globais, Nick Clegg.

Queremos "que quando nossos serviços forem usados em eleições e momentos de maior debate, tenhamos um papel responsável para garantir às pessoas acesso a informação autorizada", disse Clegg em entrevista à AFP em Los Angeles, onde participa da Cúpula das Américas.

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"E se observamos a forma como nossos serviços têm sido usados na América Latina durante a pandemia (...), o WhatsApp foi uma das formas mais importantes em que as pessoas encontraram acesso a informação confiável sobre onde poderiam conseguir uma vacina", avaliou.

"Trabalhamos com 'fact checkers' independentes na América Latina, trabalhamos no WhatsApp com muitos governos na região para ajudar as pessoas a encontrar informação confiável sobre a pandemia e eleições", explicou.

"Se as pessoas não se sentem seguras, não vão usar nossos aplicativos. É para a sociedade, mas também para nosso próprio interesse", acrescentou Clegg.

A AFP faz parte do programa de verificação digital da Meta em mais de 80 países e 24 idiomas. No âmbito deste programa, a Meta paga a cerca de 80 organizações, incluindo meios de comunicação e checadores especializados, em troca de usar suas verificações em Facebook, WhatsApp e Instagram.

Assim, o conteúdo qualificado como "falso" atinge um público menor. O usuário que tenta compartilhar essa publicação recebe um artigo explicando que o mesmo é enganoso e quem já a compartilhou recebe uma notificação com um link para a verificação. Nenhuma publicação é retirada das plataformas e os checadores de fatos são livres para escolher como ou o que averiguar.

- Metaverso -

Número três no comando da gigante californiana, Clegg avaliou que há grandes oportunidades para a América Latina com o metaverso, universo virtual onde é possível ter uma vida paralela, a grande aposta de Mark Zuckerberg.

"Vai beneficiar a América Latina porque haverá uma economia digital totalmente nova e as pessoas vão vender e comprar serviços e benefícios digitais que ainda não foram inventados. O potencial é enorme no continente", afirmou.

Mas ele não se arriscou a antecipar planos de investimentos. "Estamos em uma viagem, nas primeiras etapas desta viagem para o metaverso, e não posso dizer hoje exatamente como vamos investir no futuro", acrescentou.

Diferentemente das redes sociais atuais, onde uma publicação com ameaça ou assédio pode ficar no ar por horas antes de ser derrubada, com o metaverso isto poderá ser melhor controlado, explicou.

"No futuro seria muito diferente. Isso vai dar às pessoas muito mais controle, como controlar sua interação. Se eu não quero falar com você no futuro do metaverso, eu posso simplesmente sair do espaço de um momento a outro", como na vida cotidiana, quando não se quer interagir com alguém.

Um dos princípios "fundamentais" do metaverso "será a interoperabilidade".

Isso significa que "no futuro, se estamos falando no metaverso da Meta e queremos ir juntos ver um show no metaverso da Microsoft (...), podemos passar de uma parte a outra do metaverso", detalhou Clegg.

Por isso mantêm conversas com Microsoft, Google, Magic Leap, além de governos e especialistas, para estabelecer as regras, destacou.

"Que seja uma experiência que tenha liberdade de circulação de um metaverso para outro, mas também segurança. Esse equilíbrio entre liberdade e segurança é fundamental", explicou.

- A essência do WhatsApp -

Sobre o WhatsApp, outra ferramenta popular na região, Clegg disse que estudam a forma de monetizá-la, mas sem perder sua essência.

"Agora não monetizamos o WhatsApp muito em comparação com o Facebook e o Instagram porque não há publicidade da mesma forma", lembrou.

"Estamos tentando ver como as pessoas podem usar o WhatsApp para pagar" suas compras "sem trocar" o motivo pelo qual "as pessoas gostam de usar o WhatsApp, que é (ser) simples, privado, seguro", detalhou.

Outro dos objetivos da Meta, segundo Clegg, é garantir que as pequenas e médias empresas latino-americanas que usam suas plataformas para negócios continuem a fazê-lo sem contratempos.

Esperar o resultado do jogo de bicho ou de qualquer outra loteria tem sempre um misto de sensações. A chance de ganhar uma bolada e acabar com os problemas financeiros é uma realidade. Ao mesmo tempo, checar os números e perceber que a grana não vai vir também gera uma ponta de frustração. Por isso, tem gente que faz uma "fezinha", mas acaba esquecendo de conferir o resultado.

Foi mais ou menos isso que aconteceu com o casal Paul e Teresa Hartsoe, que vivem na cidadede Conowingo, no condado de Cecil, no estado norte-americano de Maryland. Eles ganharam o prêmio de 1 milhão de dólares, esqueceram do bilhete e foram avisados do prêmio pelo Facebook.

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Segundo a reportagem publicada em um site local de Maryland, Paul e Teresa não assistiram ao sorteio ao vivo da Mega Millions, ocorrido em meados de abril. No dia seguinte ao sorteio, uma mensagem no Facebook da loteria estadual informava que um casal da cidade de Conowingo havia ganhado o prêmio. Eles suspeitaram ainda mais quando souberam que o prêmio havia saído para alguém que comprou o bilhete na mesma loja onde Paul comprou o seu ticket.

Quando percebeu que a vitória na loteria poderia ser real, Teresa correu ao telefone para telefonar ao marido, que já havia saído para trabalhar. “Eu disse a ele para verificar seus bilhetes porque alguém ganhou Mega Millions, e o vencedor era de Conowingo. Ele me disse que os bilhetes estavam em casa, então eu os peguei na cômoda e comecei a ler os números vencedores.”

Paul, de 62 anos, disse à reportagem: “Eu estava incrédulo. Continuamos verificando os números repetidamente para se certificar de que aquilo era real. Nós não acreditávamos que aquilo havia acontecido. Conowingo é uma cidade pequena, então a notícia já se espalhou”. O casal, que tem dois filhos adultos e seis netos, já retirou o prêmio.

Em nota, a loteria de Maryland disse o seguinte: “Paul afirmou que espera se aposentar em alguns anos e vai reservar algum dinheiro para isso. Teresa espera comprar um carro novo e mais moderno do que o atual. Ambos também disseram que desejam reformar sua casa de fazenda.”

Recentemente, um outro caso curioso aconteceu em uma loteria dos EUA, mas desta vez no estado de Iowa. Por lá, Josh Buster, de 40 anos, ganhou 1 milhão de dólares com um bilhete que ele não escolheu os números.

Buster foi apostar e, em um erro cometido pelo vendedor da loja de conveniência, os números e os bilhetes que ele havia escolhido se misturaram no momento de fazer o pagamento. Com isso, a vitória totalmente inesperada só foi descoberta após alguns dias depois do sorteio.

Buster afirmou que, com o prêmio, pretende quitar algumas dívidas e guardar o restante do dinheiro para viver bem sua aposentadoria. "Agora, meus estresse relacionado à problemas financeiros vão diminuir", afirmou Buster a um jornal local.

Em apresentação do grupo Meta sobre ações para as eleições brasileiras de 2022, executivos afirmaram que Facebook e Instagram vão reduzir em até 80% o alcance de conteúdos classificados como falsos após análise de agências de checagem Mensagens com discurso de ódio, que estimulem a supressão de votos ou violem as demais diretrizes do Facebook serão removidas.

"Existe um papel quase que educacional", disse a gerente de Políticas Públicas da Meta no Brasil, Monica Steffen. O grupo é responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp. "Acreditamos que comunicar o usuário de que o conteúdo é falso nos permite exercer melhor nosso papel." No WhatsApp, a estratégia é limitar o reencaminhamento de mensagens para apenas um grupo por vez. O serviço pretende detectar comportamentos atípicos a partir de contas criadas por automação e pelo uso anormal da plataforma.

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ÁUDIO

O Tribunal Superior Eleitoral firmou um acordo com o Spotify - maior empresa de conteúdo em áudio com atividade no País - para conter a a desinformação na plataforma. O acerto prevê a criação de um canal para dar cumprimento mais célere a eventuais decisões, durante a campanha, para supressão de conteúdo que viole a legislação eleitoral. (Colaborou Weslley Galzo)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A rede social de troca de mensagens instantâneas WhatsApp, que pertence à Meta (antiga Facebook), publicou nessa quinta-feira (5) em seu blog oficial que algumas mudanças anunciadas no mês passado já estão disponíveis na versão atualizada do aplicativo. Entre as novidades, a possibilidade de enviar arquivos de até 2 gigabytes (GB) protegidos por criptografia de ponta a ponta. Anteriormente, apenas arquivos de até 100 megabytes (MB) podiam ser enviados ou recebidos com a ferramenta.

Outro recurso da nova atualização é a possibilidade de reagir a mensagens enviadas por outros usuários usando seis tipos diferentes de emojis.

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“Conforme anunciamos, estamos desenvolvendo novos recursos para que organizações, empresas e outras pequenas comunidades se comuniquem com segurança e realizem tarefas usando o WhatsApp. Os comentários que recebemos até agora têm sido muito positivos, e mal podemos esperar para disponibilizar mais recursos para vocês”, disse a empresa em comunicado.

O WhatsApp também informou que a ampliação de grupos para até 512 usuários e a função “comunidades” não serão disponibilizadas no momento no mercado brasileiro. De acordo com a empresa, a justificativa é a “estratégia de longo prazo para o Brasil”, que não está entre os mercados prioritários para a novidade.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a decisão em segunda instância da 1ª Vara da Comarca de Pederneiras (SP), que condenou uma mulher por discriminação e racismo em uma postagem no Facebook. 

De acordo com o TJ, em publicação na terça-feira (19), dois desembargadores participaram do julgamento. A pena foi fixada em dois anos de serviço à comunidade e indenização para instituição de caridade, por decisão unânime. 

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O desembargador Camargo Aranha Filho, relator da apelação, ao justificar seu voto, afirmou que a postagem e o comentário demonstram a intenção da acusada em rebaixar pessoas negras, categorizando-as como inferiores. "São nítidos o cunho preconceituoso e discriminatório e a ofensa à coletividade de pessoas negras". 

O magistrado explicou que a mulher praticou e induziu o racismo aos demais membros do grupo em que realizou a postagem da foto e do documento. "A alegação defensiva de que o grupo era privado também não afasta a caracterização do crime, pois a publicação circulou em rede social, com grande alcance".

De acordo com o g1, o advogado da mulher disse que não deve entrar com recurso por conta da forma como foi conduzido todo o processo, mas não pela decisão do magistrado. "Foi apenas um ato infeliz, não há prova do contraditório, só foram ouvidas as testemunhas de defesa da outra parte".

Caso

Em boletim de ocorrência registrado em 11 de maio de 2018, a acusada publicou uma foto de uma mulher amamentando uma criança no Facebook, em um grupo privado, chamado: "Com que trança eu vou". A legenda da foto era "cara, na boa, isso é uma falta de respeito, safadeza. Fica mostrando 'as tetas' para macho na rua. Não merece respeito mesmo. Olha a cor também né", escreveu. 

O brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, pode virar dono do Chelsea. Ele entrou em um grupo de endinheirados que vai fazer uma oferta pelo time inglês, liderada por Steve Pagliuca, bilionário do setor de private equity. A venda do clube inglês pelo oligarca russo Roman Abramovich pode superar US$ 4 bilhões (cerca de R$ 20,4 bilhões), que seria o maior valor já pago por um time de futebol na história.

O grupo de investidores liderados por Pagliuca inclui ainda o canadense Larry Tanenbaum, chairman da NBA, e o fundador do fundo Passport Capital, John Burbank. A informação sobre o consórcio foi revelada pela emissora Sky News.

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Abramovich decidiu vender o clube inglês após o início da guerra na Ucrânia. Ele foi alvo de sanções por países ocidentais, assim como outros milionários russos. No Reino Unido, teve seus ativos congelados.

No páreo pelo Chelsea ainda estão ao menos outros dois grupos de investidores, segundo a imprensa inglesa. Um deles é liderado por Tom Ricketts, dono do time de beisebol Chicago Cubs. Há ainda um consórcio formado pelo chairman da British Airways, Martin Broughton, e o presidente da World Athletics (antiga IAAF), Sebastian Coe.

O prazo para entregar as ofertas é até a próxima quinta-feira. A Sky News noticiou que Pagliuca e Saverin foram para Londres no último sábado assistirem ao jogo do Chelsea com Southampton, vencido por 6 a 0 pelo time à venda.

Saverin tem uma fortuna estimada em US$ 12,2 bilhões, segundo a Fortune. Atualmente vivendo em Cingapura, o brasileiro lançou em 2016 sua própria gestora de recursos, a B Capital, em parceria com Raj Ganguly, veterano dos investimentos, também da Bain Capital. A gestora tem US$ 1,4 bilhão em gestão e vem investindo em startups ao redor do mundo. Uma das últimas foi a indiana de tecnologia FanCraze, que captou US$ 100 milhões em uma rodada série A.

Já Pagliuca, além de bilionário, tem experiência no esporte e é um dos donos do Boston Celtics. Há especulações que o grupo dele pode ter ainda a participação do chairman da Walt Disney, Bob Iger.

O Exército divulgou nota oficial no começo da noite da quinta-feira, 7, na qual informa que "tomou conhecimento do conteúdo do documento Adversial Threat Report, da empresa Meta, por meio de publicações na imprensa". O texto diz que o "Exército Brasileiro não fomenta a desinformação por meio das mídias sociais".

O Exército afirmou que possui contas oficiais nessas mídias e "obedece as políticas de uso das empresas responsáveis por essas plataformas". Informou ainda que entrou em contato com a empresa Meta (Facebook) "para viabilizar, dentro dos parâmetros legais vigentes, acesso aos dados que fundamentaram o relatório, no que diz respeito à suposta participação de militares nas atividades descritas". "Finalmente, cabe ressaltar que a instituição requer de seus profissionais o cumprimento de deveres militares, tais como o culto à verdade, a probidade e a honestidade."

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Pela manhã, generais consultados pelo Estadão já haviam afastado o envolvimento institucional do Exército no caso. No fim da tarde, o comando informava que, identificados, os responsáveis devem ser punidos de forma rigorosa. Sabe-se que os suspeitos teriam cursado a Academia das Agulhas Negras entre 2012 e 2014. Em 2019, o Exército publicou norma disciplinando o uso de redes sociais. No caso em questão, os perfis derrubados do Facebook eram mantidos com identidades falsas.

Para o antropólogo Piero Leirner, professor da Universidade Federal de São Carlos e autor do livro O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida, as contas derrubadas pelo Facebook têm indícios de terem sido usadas por quem conhece princípios de operações de guerra psicológica. "Há uma característica de um movimento de pinça, primeiro buscando agir como grupo simpático a um movimento social e depois como defensor do governo."

Leirner diz que a fase inicial das contas - a dos perfis Orgulho Sem Terra e Resistência Jovem, entre abril de 2020 e junho de 2020 - coincide com as primeiras manifestações contra Jair Bolsonaro, em razão de sua atuação na pandemia de covid-19. Já a segunda fase, simpática ao governo, foi próxima da Operação verde Brasil 2, em que o Exército combateu o desmatamento da Amazônia.

Dezenas de perfis que se passavam por ONGs ambientalistas e disseminavam informações falsas sobre a Amazônia estavam ligados a dois militares do Exército, constatou o relatório de ameaças encomendado pela Meta, detentora do Facebook e Instagram, publicado nessa quinta-feira (7). As contas foram derrubadas pela plataforma.

A análise da agência Graphika, contratada pela Meta para monitorar as postagens, identificou que a rede de fake news era controlada pela dupla que estava "servindo ativamente no exército em dezembro de 2021, de acordo com registros do governo brasileiro de pagamentos de funcionários federais".

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A rede de desinformação contava com 14 contas e 9 páginas no Facebook, e 39 contas no Instagram. Todas foram derrubadas sob a justificativa de apresentar "comportamento inautêntico coordenado".

Defensores do governo federal

O documento indica que os perfis enalteciam o governo federal, criticavam defensores do Meio Ambiente e defendiam que nem todo desmatamento é ruim. Os perfis também apoiaram os atos do último 7 de setembro e o Projeto de Lei 490, que modifica as regras de demarcação de território indígena. 

As primeiras páginas surgiram em 2022, como a “Resistência Jovem” e “Orgulho Sem Terra”, que postavam memes sobre questões sociais, como a reforma agrária e a pandemia.

Em 2021, os perfis passaram a fingir ser ONGs e ativistas, como a “NatuAmazon” e a “Amazônia Sustentável”, mas não alcançaram tanto engajamento. Cerca de 1.200 seguidores acompanhavam as páginas no Facebook e mais de 23 mil no Instagram.



Exército se afasta dos envolvidos

Em nota, o Exército alegou que soube das contas através da imprensa e que “não fomenta a desinformação por meio das mídias sociais”.

"A instituição possui contas oficiais nessas mídias e obedece as políticas de uso das empresas responsáveis por essas plataformas. Assim, o Exército já entrou em contato com a empresa Meta para viabilizar, dentro dos parâmetros legais vigentes, acesso aos dados que fundamentaram o relatório, no que diz respeito à suposta participação de militares nas atividades descritas", destacou o documento.

"A Instituição requer de seus profissionais o cumprimento de deveres militares, tais como o culto à verdade, a probidade e a honestidade", complementou.

O Facebook anunciou nesta quinta-feira, 7, que derrubou uma rede de contas e perfis falsos que tentavam distorcer o debate público relacionado a questões ambientais, como o desmatamento da Amazônia. Segundo a Meta (holding do Facebook), oficiais do Exército Brasileiro eram responsáveis pela operação de desinformação, mas as suas identidades não foram reveladas pela rede social.

As informações surgiram no relatório trimestral que a empresa produz sobre ameaças na plataforma. Na atual edição do relatório, foram listados casos no Azerbaijão, na Rússia, na Ucrânia, no Irã, na Costa Rica e nas Filipinas. A rede brasileira aparece como um exemplo de "comportamento inautêntico coordenado", termo da empresa que se refere a redes de perfis e páginas falsas usadas em esforço para manipular o debate público.

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No total, foram derrubados 14 perfis falsos e nove páginas no Facebook, além de 39 contas no Instagram - parte desses perfis e páginas também estavam conectadas a páginas no Twitter. Nos serviços do Facebook, a rede somava 25 mil seguidores.

"Não podemos compartilhar muitos detalhes de como nossa investigação chegou aos militares. Quanto mais compartilhamos, mais essas redes conseguem se esconder. Usamos sinais técnicos e comportamentais", disse ao Estadão Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança global do Facebook.

Antes de derrubar a rede, porém, o Facebook compartilhou suas informações com a Graphika, empresa de monitoramento de redes sociais - a ideia era ter um olhar terceiro além da pesquisa realizada pela companhia de Mark Zuckerberg. A Graphika publicou um relatório independente, no qual deu mais detalhes sobre como conseguiu mapear os militares. Novamente, as identidades não foram reveladas.

Segundo o documento, dois oficiais do Exército estão por trás da rede - a empresa confirmou pelo Portal da Transparência, do governo federal, que, até dezembro de 2021, quando fez a checagem, ambos estavam na ativa. Quatro perfis pessoais dos oficiais foram identificados, o que permitiu determinar a ligação dos homens com o Exército. Entre as evidências estão posts nos quais eles aparecem fardados e congratulações de parentes por conquistas em treinamentos e cursos militares, além de fotos de arquivo pessoal que abrangem um período de 10 anos.

"Os nomes deles apareciam em registros governamentais e documentos públicos militares, incluindo os resultados de exames de admissão no Exército e uma tese de graduação da Academia Militar, o que nos permitiu determinar que suas carreiras começaram em 2012 e 2014", diz o relatório. A Graphika não conseguiu determinar as funções específicas dos homens no Exército, mas acredita que ambos têm funções ligadas à cavalaria.

Porém tanto Facebook quanto Graphika não fazem conexões dos oficiais ao comando do Exército.

Desmatamento, ação militar e ONGs

Segundo o relatório do Facebook, os perfis e páginas tentavam se passar por organizações da sociedade civil e ativistas interessados na preservação da Amazônia - foi a primeira vez que a rede social identificou uma rede do tipo atuando em questões ambientais. O documento diz que alguns posts diziam que "nem todo o desmatamento da floresta é prejudicial". Além disso, havia ataques a ONGs que atuam para a preservação do meio ambiente.

No relatório da Graphika, é citada a página NaturAmazon, organização ambiental inexistente que tinha 6.650 seguidores no Instagram e que operou entre maio e setembro de 2021. Além de postar imagens de animais, a página costumava elogiar o governo no combate ao desmatamento e afirmava que o Brasil é líder na proteção ao meio ambiente.

A Graphika ainda afirma que a página postava sobre o suposto sucesso do governo e do Exército no combate ao desmatamento - a culpa pelo impacto ambiental negativo era transferida para os cidadãos em nível individual, ignorando causas sistêmicas nas ações. "A NaturAmazon postava apenas notícias e estatísticas que apresentavam o governo e os militares de maneira positiva", diz o documento.

Outra página citada é a O Fiscal das ONGs, que tinha 7 mil seguidores no Instagram e parou de postar em setembro de 2021. O objetivo do perfil, segundo a Graphika, era abalar a credibilidade de ONGs ambientais. Entre os alvos estavam o Imazon, o Instituto Socioambiental (ISA), o Greenpeace e o WWF.

O Fiscal das ONGs costumava postar também partes de um filme conspiratório produzido pelo site bolsonarista Brasil Paralelo. A Graphika identificou também dois posts que incluíam falas do senador amazonense Plínio Valério (PSDB) sobre supostamente ter evidências de que ONGs querem comprar terras na Amazônia para atender a interesses estrangeiros.

Ataques a Bolsonaro

A rede desmontada pelo Facebook teve uma fase anterior envolvimento com questões ambientais. Entre abril e junho de 2020, os perfis e páginas eram usados para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e promover questões sociais. Segundo o documento, a rede fracassou para obter engajamento nessa fase e foi desativada. Ela só voltou a operar em maio de 2021 já na etapa ambiental, considerada a principal da operação.

Na sua primeira fase, uma das páginas, chamada Resistência Jovem, postava memes, infográficos e manchetes de veículos de imprensa tradicionais que criticavam Bolsonaro, especialmente a sua atuação na pandemia. O perfil, porém, obteve apenas 531 seguidores.

Outro perfil, Orgulho Sem Terra, postava conteúdo relacionado ao Movimento Sem Terra, além de críticas a Bolsonaro.

As duas fases claramente antagônicas em conteúdo não são explicadas pelo Facebook ou pela Graphika. As duas empresas dizem focar apenas nas operações que resultam em comportamento coordenado inautêntico. O estudo da Graphika diz que "a atividade reforça a importância de analisar as operações dentro de um contexto social e político". E diz ainda: "Isso é particularmente relevante no Brasil, que tem uma história de agentes com motivações políticas engajados em comportamento coordenado online prejudicial".

O documento cita as desavenças entre Bolsonaro e os militares, que resultaram nas trocas de comando nas Forças Armadas em março de 2021.

Procurado pela reportagem, o Exército Brasileiro ainda não se manifestou.

A Meta, empresa matriz do Facebook, afirmou nesta quinta-feira (7) que atores estatais russos e outros intensificaram as tentativas de usar suas redes sociais, Facebook e Instagram, para propósitos de espionagem, hackeamento e desinformação, quando as plataformas digitais se transformaram em um dos fronts de guerra na Ucrânia.

"Esses atores perigosos não vão desistir", disse Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança do Facebook, em entrevista coletiva. "E eles tendem cada vez mais a combinar diferentes abordagens."

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Um grupo de hackers chamado Ghostwriter, que parece operar na Rússia, intensificou sua atividade, segundo a equipe de segurança da empresa californiana. O Ghostwriter usa particularmente o phishing para incentivar suas vítimas a clicar em links que levam a sites maliciosos para roubar suas senhas.

"Desde nossa última atualização, este grupo tentou hackear as contas do Facebook de dezenas de membros do exército ucraniano", disse Meta em seu relatório. "Em alguns casos, eles postaram vídeos pedindo aos militares que se rendessem", se passando pelos verdadeiros donos das contas roubadas.

A Meta bloqueou o compartilhamento desses vídeos, disse Gleicher.

Sua equipe enfrenta as já clássicas campanhas de desinformação nas redes por meio de contas falsas, mas também outras táticas como "mobbing" ou "perseguição". Já desmantelou uma rede de cerca de 200 perfis russos que acusavam usuários de violar as regras da plataforma com o objetivo de remover seu conteúdo sobre a Ucrânia.

"Os envolvidos usaram contas falsas e genuínas para registrar centenas e até milhares de denúncias contra seus alvos", detalha o relatório. "Para não serem detectados, eles se coordenaram por meio de um grupo temático de receitas culinárias."

O relatório também menciona atividades de espionagem nas telecomunicações ucranianas, bem como jornalistas e ativistas.

A Meta já tomou medidas para reduzir a desinformação russa: a mídia estatal russa não pode mais veicular anúncios, e até mesmo RT e Sputnik são totalmente proibidos na União Europeia.

Moscou respondeu a esse movimento bloqueando o Facebook e o Instagram na Rússia.

Atualmente, a AFP faz parte do programa de verificação digital da Meta em mais de 80 países e 24 idiomas. Nesse programa, a Meta paga cerca de 80 organizações, incluindo veículos de comunicação e especialistas em fact-checking (checagem de fatos) para usar suas verificações de fatos no Facebook, WhatsApp e Instagram.

Assim, o conteúdo classificado como "falso" atinge um público menor. O usuário que tentar compartilhar essa postagem receberá um artigo explicando por que a postagem é enganosa e aqueles que já a compartilharam receberão uma notificação com um link da checagem.

Nenhuma postagem é removida das plataformas e os verificadores de fatos são livres para escolher como e o que investigar.

Com o crescimento dos universos digitais e a expansão do Metaverso, novas perguntas chegam ao horizonte de preocupações do público. Um avatar pode ser assediado sexualmente? Nesta semana (01/04), começaram a surgir relatos de casos de assédio sexual no Metaverso, experiência que pode ser traumatizante.

“Eles tocaram e apalparam meu avatar sem meu consentimento. Enquanto isso, tinha outro avatar que tirava selfies de tudo”, relatou. O agressor mostrou-lhe as fotos virtuais do ocorrido. A empresária britânica que também é vice-presidente de uma empresa que realiza pesquisas em metaversos relatou que foi só neste momento que percebeu que havia sido vítima de uma “agressão sexual”.

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Depois de exigir que os agressores parassem, ela retirou o capacete de realidade virtual. Pelas caixas de som da sala, conseguia ainda ouvir as vozes dos homens: “não finja que não gostou” ou “é por isso que você veio aqui”. Esta cena aconteceu no “Horizon Venues”, metaverso da própria Meta, empresa controladora do Facebook.

O depoimento da empresária não é um caso isolado, diversos outros relatos começaram a surgir nas redes sociais a partir de sua publicação. Meta e Microsoft anunciaram que aplicarão bolhas de proteção que envolverão os avatares, evitando que avatares se aproximem a menos de um metro de distância.

Por Matheus de Maio

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