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Para o bem ou para o mal, o universo tecnológico foi bastante movimentado no ano de 2021, uma vez que novas opções de se realizar pagamentos chegaram aos meios digitais; redes sociais foram derrubadas; e grandes empresas fizeram seus lançamentos. Acompanhe uma retrospectiva de cinco grandes ocorridos do mundo da tecnologia:

A popularização do PIX: Lançado em outubro de 2020, a modalidade de pagamento eletrônico PIX, não demorou muito para conquistar a aceitação de seus usuários. Devido a sua praticidade, ao longo de 2021 a modalidade PIX passou a ser incluso em diversos e-commerces conhecidos, entre eles o Mercado Livre. Além disso, em seu primeiro ano de vida, o PIX conseguiu alcançar resultados bastante expressivos: http://: https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/11/16/campos-neto-uso-do-pix-aumenta-mes-apos-mes/

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O anúncio do Meta: 2021 também foi o ano em que as empresas do grupo Facebook mudaram seu nome para Meta. Embora a alteração não cause impacto nas redes sociais individuais da companhia, como WhatsApp, Instagram e o próprio Facebook, o Meta chega com a proposta de conectar as pessoas do mundo todo, por meio da tecnologia de Realidade Virtual. Saiba mais: https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/10/30/meta-aposta-do-facebook-para-se-salvar/

Mais um ano, mais um iPhone: certos acontecimentos já podem ser considerados tradições, principalmente por parte de empresas que lançam produtos anualmente, como é o caso da Apple e sua 13ª geração de iPhones, lançada em 22 de outubro. O telefone chegou ao mercado nos modelos padrão, mini e pro, com opções de armazenamento de 128GB, 256GB e 512GB. Veja tudo o que foi anunciado pela Apple em 2021:http://https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/09/14/apple-apresenta-nova-linha-de-iphone-em-evento-digital/

A chegada de gigantes no streaming: não é de agora que as plataformas de streaming se tornaram um meio comum de se acompanhar filmes, séries e esportes no conforto dos lares, mas em 2021, as opções se tornaram ainda mais vastas, principalmente no Brasil, já que neste ano estreou serviços como Paramount+, HBO Max, Star+ e Discovery+. Vale destacar que por conta da alta expectativa do HBO Max, o lançamento sobrecarregou o sistema e gerou inúmeros transtornos. Relembre:http://https://www.leiaja.com/cultura/2021/06/30/hbo-max-chega-ao-brasil-com-alguns-problemas/

Facebook e WhatsApp ficam fora do ar: Provavelmente, o maior acontecimento do meio tecnológico de 2021 foi a queda do Facebook e todas as redes sociais que pertencem a companhias como WhatsApp e Instagram. Na ocasião, alguma falha interna fez com que o mundo ficasse sem acesso aos principais meios de comunicação digital, o que gerou transtornos para muitas pessoas, principalmente para os que têm as redes sociais atreladas aos seus trabalhos. Veja:http://https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/10/04/nao-e-seu-celular-whatsapp-facebook-e-instagram-cairam/

 

A Meta, empresa controladora do Facebook, anunciou, nesta quinta-feira (16), que desativou cerca de 1.500 contas vinculadas a empresas cibermercenárias acusadas de espionar ativistas, dissidentes e jornalistas em todo o mundo.

As contas suspensas do Facebook e Instagram foram vinculadas a sete empresas cujos serviços vão desde o armazenamento de informações públicas ao uso de perfis falsos para conquistar a confiança de suas vítimas e até mesmo espionagem digital através de ataques de hackers.

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A Meta revelou planos para alertar cerca de 50.000 pessoas que poderiam ser alvos de espionagem em cerca de 100 países por várias empresas, incluindo algumas sediadas em Israel, líder na indústria de vigilância cibernética. A plataforma também desativou contas relacionadas em outras plataformas Meta.

“Os cibermercenários frequentemente afirmam que seus serviços visam apenas criminosos e terroristas”, de acordo com um comunicado da Meta. Mas "os alvos são de fato indiscriminados e incluem jornalistas, dissidentes e críticos de regimes autoritários, famílias, membros da oposição e ativistas de direitos humanos", afirma o texto.

As empresas que vendem "serviços de inteligência na web" geralmente iniciam um processo de vigilância coletando informações disponíveis por meio de fontes públicas, como artigos de jornais e Wikipedia.

Assim, os cibermercenários criam contas falsas em várias redes sociais para coletar informações dos perfis e até mesmo participam de conversas e grupos para aprender mais sobre seus alvos, segundo pesquisadores da Meta.

Uma professora aposentada de 68 anos perdeu quase R$ 100 mil para um golpista, que a fez acreditar ser um empresário milionário, residente na Califórnia, Estados Unidos. O casal se conheceu no Facebook, a partir de uma abordagem do falso estadunidense, que enviou uma solicitação de amizade para a brasileira. O fake Gary Rone Wolfgang fingia ser um engenheiro químico californiano, do ramo de vacinas. As informações são do UOL. 

Wolfgang fingia estar em uma viagem de negócios à Austrália, em um navio, e prometia com frequência que iria visitar a namorada no Brasil. Usando dessa narrativa ao seu favor, afirmou que o capitão do navio alertou a tripulação sobre um possível assalto em alto-mar, uma abordagem por piratas, e que isso o fez enviar seus bens pessoais, incluindo dinheiro, em uma caixa endereçada ao Brasil. 

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Os bens teriam ficado presos na alfândega brasileira, ainda de acordo com a versão do golpista. Assim, ele pediu à professora que pagasse as taxas aduaneiras para que seus bens pudessem ser liberados. A professora fez quatro depósitos na conta indicada por ele, num total de R$ 98,9 mil. 

De acordo com seu depoimento feito à Justiça, a mulher somente começou a desconfiar de que caíra em um golpe quando ele indicou uma rota absurda para o seu navio. O filho também, ao usar o computador da mãe, percebeu que ela havia feito as transferências de dinheiro em grandes quantias. Ao questioná-la, descobriu a história e a levou para prestar queixa à polícia. 

A partir da quebra de sigilo bancário da conta que recebeu os depósitos, a polícia afirma que o milionário americano é, na verdade, Fidelis Isolor, um nigeriano residente no Brasil. 

Nas duas vezes em que foi interrogado, Fidelis optou pelo silêncio. A defesa apresentada por seus advogados à Justiça afirma que "as provas colhidas pela investigação não são aptas a ensejar uma sentença condenatória, pois não ficou clara qual foi a atuação do acusado". 

De acordo com a defesa, a professora aposentada não teve contato pessoal com os estelionatários, "o que traz dúvida insuperável quanto à autoria criminosa". "Não se sabe nem em que país o estelionatário se encontra. A investigação policial também foi inconclusiva, não se podendo afirmar com certeza qual foi a participação do acusado." 

Declarou ainda que a versão da acusação não é crível. "Não é lógico que um grupo de pessoas capaz de articular uma fraude tão bem desenvolvida forneça, para o depósito dos valores pelas vítimas, contas bancárias de titularidade de seus próprios integrantes." 

Fidelis foi condenado em primeira instância a devolver o valor à vítima, bem como a uma pena de reclusão de três anos e seis meses em regime inicial aberto. A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade. Damaris Pereira, titular da conta bancária para a qual a professora transferiu o dinheiro, recebeu a mesma condenação. 

O Procon de São Paulo multou a empresa responsável pelas redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp em mais de R$ 11 milhões por má prestação de serviço. A reclamação cita a falha que deixou os aplicativos fora do ar por cerca de 6 horas no dia 4 de outubro.

O problema na prestação do serviço afetou mais de 91 mil consumidores brasileiros do Facebook, mais de 90 mil do Instagram e mais de 156 mil do WhatsApp.

O Procon cita ainda cláusulas abusivas nos termos de uso dos três aplicativos, como a possibilidade de alteração unilateral do contrato por parte da empresa, mudança do nome de usuário da conta, encerramento ou alteração do serviço e remoção ou bloqueio de conteúdo. Além disso, o Facebook se desobriga da responsabilidade por problemas que possam ocorrer na prestação dos serviços.

A empresa tem direito a apresentar defesa.

A Agência Brasil tentou contato com a assessoria de imprensa do Facebook e aguarda resposta.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, causou alvoroço no mundo ao anunciar a mudança do nome da empresa para Meta. A mudança veio em meio a uma crise de imagem da companhia, que tenta manter sua credibilidade, mas também aponta para o futuro. O agora tão falado metaverso no qual pretendem investir pode trazer boas oportunidades de negócio para quem se antecipar e acompanhar as tendências vindouras.

A Meta será a holding que abrigará os aplicativos Facebook, Instagram e WhatsApp, além de outras iniciativas que viajam por outras áreas da tecnologia. E é aí que o metaverso entra. De forma simples, o conceito do metaverso pressupõe um espaço virtual que pretende "unir" o mundo real ao ambiente virtual, com diferentes níveis de imersão. É como levar elementos da realidade para o digital e inserir outros na direção contrária. Nesse ambiente, a realidade virtual e a realidade aumentada prometem ser os caminhos de liderança. Lembra-se do filme “Minority Report”, em que Tom Cruise interagia com projeções digitais no ambiente físico? Algo nesse sentido seria uma das possibilidades do metaverso, cujas bases e diretrizes ainda estão sendo estudadas e desenvolvidas. Imagine quantas inovações, quantos produtos ou serviços podem ser oferecidos com esses novos recursos. Cabe às marcas antever e preparar-se para adentrar nessa realidade.

A ideia é tão promissora que outras empresas já começam a voltar seus olhares para o metaverso. Gigantes como a Microsoft, Epic Games (criadora do game “Fortnite”) e Roblox estudam iniciativas para o ambiente híbrido. Até a Nike, uma das maiores marcas de moda esportiva, está de olho. Toda essa movimentação indica uma tendência a ser observada por empresas, profissionais e marcas em geral. O que veremos daqui para a frente é um mundo cada vez mais conectado e digitalizado, em que a presença digital será um fato cotidiano. Nessa realidade, é sempre bom lembrar que quem não acompanhar as tendências vai ficar para trás e perder grandes oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional e de negócios. Já defendo isso há tempos, mas o advento do metaverso veio para corroborar essa ideia. Também é importante destacar que aqueles que se mantêm na vanguarda da inovação tendem a ter mais sucesso e destaque.

O metaverso não é apenas um novo produto do Facebook, mas um conceito que terá alcance global dentro de anos e só tende a crescer. Nele, inúmeras possibilidades de atuação surgirão, trazendo novas formas de enxergar e lidar com o mundo, o que, por si só, também alterará a percepção e a interação com marcas, produtos e serviços. Quem desejar se manter relevante nessa realidade deve começar a estudar, desde já, os caminhos do metaverso.

Na próxima sexta-feira (19), Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o Facebook, em parceria com a Preta Hub, abrirá inscrições para a Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras. O objetivo é contemplar empresas em regiões periféricas ou comunidades de baixa renda no Nordeste, Norte, Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. 

Com a iniciativa, serão investidos um total de R$ 1,6 milhão entre as 50 empreendedoras selecionadas, em que cada uma receberá um valor de R$ 32 mil. O objetivo é acelerar negócios presentes nas cinco macrorregiões do país, em diversas áreas de produtos e serviços, como moda, audiovisual, educação, saúde e tecnologia. 

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Para participar é preciso ter seus empreendimentos formalizados, com CNPJ ou MEI. As candidatas serão submetidas a uma banca de avaliação, composta pelo Instituto Feira Preta e rede de aliados, e seus negócios serão avaliados a partir de critérios pré-estabelecidos. Ao todo, serão seis meses de aceleração, que incluirá ciclo de materiais para cada negócio.

A iniciativa busca além de disponibilizar recursos financeiros, também oferecer capacitação, consultorias, mentoria, serviços e produtos customizados de acordo com a demanda de cada negócio. No programa serão contemplados  temas de grande relevância para o sucesso de uma empresa, como controle administrativo e financeiro, ferramentas tecnológicas para automatização de processos, comunicação e marketing, além de uma trilha de conteúdo sobre finanças.

As inscrições estarão disponíveis no dia 19 de novembro por meio de preenchimento do formulário disponibilizado pelo programa Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras.

Por Thaynara Andrade

Quem usa as redes sociais já deve estar acostumado com a queda do Facebook, Instagram e Twitter, mas Spotify - aplicativo de música -, é caso raro. Na tarde desta terça-feira (16), o aplicativo de streaming musical apresentou instabilidade e, rapidamente, se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

A falha aconteceu simultaneamente com a queda do Google Cloud. Além do aplicativo de música, o Snapchat e o Discord também apresentaram instabilidade. Segundo o G1, no site Down Detector, que monitora queixas sobre serviços, o Spotify recebeu 2.663 notificações de usuários brasileiros por volta das 14h50.

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O LeiaJá tentou contato com a assessoria do aplicativo de música, ams até a publicação desta matéria não obteve resultado.

Duas publicações do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foram restringidas após o Instagram classificá-las como potencial fomentadoras de conteúdo falso. Nas postagens, o filho do presidente compartilha um vídeo de uma entrevista antiga do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tenta justificar o alto preço atual do gás de cozinha e da gasolina dizendo que o petista teria doado refinarias da Petrobras à Bolívia. A notícia é falsa e apresenta informações fora de contexto.

O vídeo foi classificado como falso pela descrição feita pelo parlamentar, já que a refinaria foi vendida ao país sul-americano em 2007 por US$ 112 milhões, aproximadamente R$ 570 milhões na cotação atual.

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Capturas de tela das publicações de Carlos Bolsonaro restringidas pelo Instagram. Foto: Reprodução

"A mesma informação foi analisada por verificadores de fatos independentes em outra publicação", afirma a rede social ao ressaltar que a informação postada é retirada de contexto e falsa.

O vídeo diz respeito a uma entrevista concedida em 2015 pelo ex-presidente Lula sobre a nacionalização das refinarias estrangeiras. Na ocasião, o petista relata uma conversa com Evo Morales, ex-presidente da Bolívia. Em nenhum momento, porém, o petista afirma que a refinaria brasileira teria sido doada ao país amigo. "Falso: Lula não disse em vídeo que deu refinarias para a Bolívia; instalações foram vendidas em 2007", enfatiza o Instagram.

Aviso do Instagram sobre o conteúdo publicado por Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução

Documentos internos do Facebook trazem uma lista com os principais países mais vulneráveis aos conteúdos classificados como tóxicos, entre eles, o Brasil. Publicações que trazem discurso de ódio, desinformação, violência explícita e desencorajamento cívico são “particularmente maiores no Brasil, comparado a outros aplicativos”, diz parte do texto.

Os documentos fazem parte do Facebook Paper, que é um conjunto de informações obtidas por um consórcio de veículos de comunicação, e foram vazados pelo ex-funcionário da empresa, Frances Haugen. Além do Brasil, o relatório cita a Índia, Egito, Turquia e Filipinas.

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Esses documentos são resultado de análises, através de questionamentos, do comportamento dos usuários da plataforma. Entre os apontamentos, a rede social perguntou qual a reação dos internautas diante de conteúdos de incitação de ódio e grupos com o mesmo segmento.

A tese de Diego Borges, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA - Universidade da Amazônia, foi selecionada no programa “Aceleração de Comunidades” do Facebook, que financia líderes de grupos e comunidades para iniciativas socioculturais. Ele concorreu com mais de 14 mil projetos, de 77 países, e em esteve entre os 131 classificados, sendo apenas 11 do Brasil.

A tese de Diego foi a única da Amazônia escolhida e vai receber U$ 50 mil para concretizar as ações do projeto, que envolvem oficinas, produção de livros e outras ações culturais. Bacharel em Publicidade e Propaganda, Diego tem pós-graduação em Markting e mestrado pelo PPGCLC.

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O impacto do mundo digital no mundo real sempre fascinou Diego, que decidiu estudar e entender como isso acontece. Quando ele entrou no mestrado pelo PPGCLC, encontrou o mesmo interesse na orientadora dele, professora doutora Ivana Oliveira. “Eu posso marcar como o início da tese essa inquietação que a gente teve de entender os impactos no mundo virtual no mundo de hoje, como as comunidades on-line conseguem interagir e unir as pessoas no mundo afora”, explica.

Diego Borges afirma que o foco da tese é justamente dar respostas a essa inquietação. “A nossa ideia é estudar o grupo Nerds Paraenses, que é o maior grupo virtual de compartilhamento de cultura do Estado do Pará, e entender de que forma uma comunidade virtual pode usar a cultura como ferramenta de inclusão digital na sociedade”, acrescenta.

O doutorando diz que ser selecionado pelo Facebook foi uma honra, e significa o reconhecimento do trabalho deles e do impacto que ele causa. “É relevante e merece ser discutido. Principalmente quando a gente analisa que o nosso trabalho foi o primeiro da Amazônia escolhido para esse programa, e um dos poucos do Brasil, já que são escolhidos apenas 10 daqui por ano”, complementa.

Diego Borges ressalta que ainda há muito a ser mostrado. Para provar a hipótese de que uma comunidade virtual pode influenciar o mundo real e a cultura como ferramenta de inclusão, os pesquisadores estão ministrando oficinas e workshops para servir de incubadora. “A ideia é de que essa comunidade virtual consiga revelar novos talentos na cultura”, afirma. 

O doutorando espera poder localizar novos agentes culturais nas oficinas. “A gente montou uma editora, para publicar esses novos autores, para capacitá-los e trazer o jovem paraense, que vive no mundo virtual, como foco de debate. A gente quer fazer essas pessoas acreditarem que eles podem viver de cultura”, destaca.

Diego diz que, apesar de serem os primeiros da Amazônia a serem escolhidos, espera que não sejam os últimos. O doutorando também fala sobre as expectativas a partir do treinamento, sendo uma delas o reconhecimento de pesquisas. Ou seja, assevera: “Saber que as pessoas lá fora estão olhando para a gente, estão vendo o que a gente está fazendo, e acreditando no potencial que nós temos para produzir cultura e conteúdo virtual, e entregar pesquisas relevantes para a sociedade”.

Formação

A pesquisa também pretende formar pessoas e mostrar que uma comunidade virtual pode ter impactos reais no mundo off-line. “Pode produzir formadores de cultura novos, pode produzir expoentes na sociedade, pode deixar algum legado de produção cultural inclusivo através do mundo virtual”, complementa.

A professora e pesquisadora Ivana Oliveira reforça que, durante a pandemia, foi incluído um novo foco e que o objetivo principal da tese é entender como são desenvolvidos os processos de inclusão digital na plataforma do Facebook, a partir dos projetos de financiamento da cultura regional.

A professora falou sobre o ambiente da pesquisa, a escola Augusto Meira, em Belém, onde o trabalho é feito desde 2019. “A gente teve uma parada por causa da pandemia, mas fazemos várias oficinas. Temos uma parceria entre o PPGCLC e a escola, justamente para avaliar essa questão da inclusão e a exclusão digital”, explica.

A professora também fala sobre o desafio de estar entre 131 projetos, em que apenas 11 foram selecionados no Brasil. “É o único da Amazônia. O projeto de tese dele, então, é o desenvolvimento de um estudo para analisar esse impacto da produção cultural do Estado, com oficinas de capacitação de produtores culturais, mensuração de resultados a partir desse projeto do Facebook”, complementa.

A professora fala da sensação que teve ao descobrir sobre a classificação da tese, destacando a grandeza do trabalho do doutorando. “O Diego é uma pessoa muito especial, como aluno e como pessoa, porque ele tem uma história nessa comunidade do Facebook. Então, é importante que nós ressaltemos isso. Ele tem uma história que teve um grande peso junto com a inclusão dessa ação social”, afirma.

Ivana acredita ainda que, com o estudo de Diego, nasce um grande pesquisador. Além disso, a professora celebra o estímulo aos estudos na região amazônica. “Na área digital, em qualquer área, incentivos a estudos, ciência, e pesquisa científica na Amazônia é sempre motivo de comemorar”, afirma. Ivana diz que se orgulha com o fato de o Diego estar à frente do projeto, e de ele ter sido classificado. “É muito especial que a Amazônia tenha essa representatividade dentro dessa seleção”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

Quando o Facebook apresentou na semana passada um esboço do "metaverso", o suposto futuro da Internet, mostrou pessoas transportadas para um mundo psicodélico de peixes voadores e robôs amigáveis.

Embora o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, admita que estas experiências estão longe de se tornar realidade, alguns entusiastas argumentam que uma versão mais modesta do metaverso já existe.

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"De alguma maneira, nós estamos nas etapas iniciais do metaverso", declarou a presidente da Magic Leap, Peggy Johnson, à AFP, na terça-feira (2) em Lisboa, durante a conferência anual de tecnologia Web Summit.

A Magic Leap fabrica dispositivos de realidade aumentada (RA), que já foram usados por cirurgiões que se preparavam para separar um gêmeos siameses e por supervisores de fábrica que fazem inspeções.

Nos dois casos, as informações surgiram diante dos olhos do usuários sobre o que estavam vendo.

Pode não parecer tão imersivo como as experiências de realidade virtual (RV) que Zuckerberg quer, eventualmente, levar para as casas das pessoas. Dilui, de qualquer maneira, a barreira entre o mundo físico e o digital, uma ideia-chave por trás do metaverso.

"Com a RV, você coloca um dispositivo e está em outro mundo", explica Johnson. "Com RA, você coloca o dispositivo e continua no seu mundo, mas nós ampliamos esse mundo com o conteúdo digital", acrescentou.

Até o momento, a experiência de muitas pessoas com RA se limita a jogar Pokémon Go, ou a experimentar filtros de imagens que colocam, por exemplo, orelhas no rosto de uma pessoa.

Segundo Johnson, porém, o potencial da RA começa a ser concretizado no campo da saúde.

"Você pode chamar especialistas que podem ver o mesmo que você, mas de outra parte do mundo", destaca. "Durante uma cirurgia, você pode estabelecer linhas digitais onde talvez a incisão será feita", exemplifica.

Fundada em 2010, a missão inicial da Magic Leap era popularizar a RA, o que gerou tanto entusiasmo que a empresa captou US$ 2,3 bilhões em investimentos.

Quando o primeiro dispositivo da Magic Leap foi apresentado em 2018, a decepção foi geral, porém. O produto era muito volumoso e caro para o grande público. A empresa foi obrigada a demitir quase metade dos funcionários no ano passado.

- Futuro próximo -

Ex-executiva da Microsoft, Peggy Johnson assumiu a presidência da empresa em agosto de 2020 e começou a desenvolver óculos de uso profissional.

Em outubro, esta companhia com sede na Flórida anunciou que arrecadou outros US$ 500 milhões em financiamento para um novo dispositivo, o Magic Leap 2, que será lançado em 2022.

A versão atualizada é mais leve, mas seu emprego ainda está previsto, principalmente, para pessoas acostumadas a usar óculos de proteção no trabalho. É o caso cirurgiões em uma operação delicada, ou de especialistas da indústria bélica.

Google Glass, os "óculos inteligentes" que não tiveram sucesso no lançamento em 2014, também ressurgiram como um produto dirigido a usuários profissionais.

Johnson prevê que deve levar alguns anos até que a Magic Leap, ou alguma de suas concorrentes, possam criar dispositivos de RA para o uso do público em geral.

Para Johnson, este será o momento em que a RA transformará nossa vida cotidiana.

A tecnologia poderá, por exemplo, permitir observar comentários de restaurantes, enquanto estamos na rua decidindo para onde ir, afirma.

Se você esqueceu o nome de uma pessoa, sem problema, porque pode aparecer sobre sua cabeça quando a pessoa se aproxima.

"Agora estamos todos olhando para baixo, para nossos telefones celulares", disse Johnson.

A realidade aumentada, espera ela, pode nos ajudar a absorver o mundo ao nosso redor, um mundo com informações extras em camadas.

Se esta revolução acontecer, o mercado pode ficar lotado.

O Facebook trabalha em seu próprio dispositivo de RA, e há boatos de que a Apple também.

Como será o metaverso em 15 anos?

"Eu penso que você vai voltar para casa para pegar seus óculos, porque o esqueceu", prevê Johnson. "Da mesma maneira que você faz hoje com o telefone celular", completou.

O Facebook deixará de usar seu sistema de reconhecimento facial que permite identificar, desde 2010, uma pessoa em fotos ou vídeos publicados na rede social, anunciou sua casa matriz nesta terça-feira (2).

O anúncio ocorre em um momento em que o Facebook luta contra uma grande crise após o vazamento na imprensa nos Estados Unidos de uma grande quantidade de documentos internos.

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"Há muitas preocupações sobre o lugar que a tecnologia de reconhecimento facial ocupa na sociedade e os reguladores ainda estão no processo de fornecer um conjunto claro de regras para regirem seu uso", disse a Meta em um comunicado.

"Em meio a essa incerteza constante, acreditamos que é adequado limitar o uso do reconhecimento facial a um conjunto reduzido de casos", acrescentou.

Não está claro quando as mudanças entrarão em vigvor, mas serão amplamente sentidas porque, segundo a plataforma, mais de um terço dos usuários optou por usar o sistema de reconhecimento facial.

A modificação "resultará no cancelamento de mais de um bilhão de perfis individuais de reconhecimento facial", segundo o comunicado.

O Facebook acabou de mudar o nome de sua empresa matriz para "Meta", em um esforço para chamar a atenção para sua visão da realidade virtual para o futuro, tentando mudar o foco sobre os diversos escândalos em que está envolvido.

Facebook, Instagram e WhatsApp, que são usados por bilhões de pessoas no mundo, manterão seus nomes.

Ao mudar o nome para Meta, o chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, tenta desviar a atenção dos escândalos, mas também faz uma aposta gigantesca, a do metaverso, à qual vai dedicar dezenas de bilhões de dólares sem ter certeza de sua lucratividade.

Após o anúncio de quinta-feira, muitos brincaram ou criticaram o que consideram uma medida para distrair o público dos escândalos recentes no Facebook.

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Para Zuckerberg, o novo nome demonstra o compromisso da empresa com a construção do "metaverso", uma versão em realidade virtual da internet que busca interações online, como bater um papo com amigos ou assistir a um show.

"Isso significa que o metaverso não é um projeto acessório", estima Colin Sebastian, analista da Baird, para quem "a empresa está totalmente comprometida com o desenvolvimento da próxima plataforma digital, sucessora da internet móvel".

Zuckerberg "está fazendo um movimento para controlar o futuro da internet", acrescenta Evan Greer, da ONG Fight for the Future.

O Facebook anunciou que planeja contratar 10.000 pessoas nos próximos cinco anos na Europa para seu projeto de metaverso.

Na segunda-feira, durante a apresentação dos resultados do grupo, Zuckerberg estimou que os recursos destinados ao Facebook Reality Labs, ponta de lança do metaverso, amputariam o lucro do grupo em cerca de 10 bilhões de dólares este ano.

"E planejo que esse investimento cresça a cada ano no futuro", revelou o cofundador da rede social.

Uma quantia de dinheiro que a empresa sentirá falta, pois antes de transformar o metaverso em realidade tangível, deverá continuar a rentabilizar o seu modelo atual, baseado na publicidade, que vive sob pressão.

Documentos internos vazados pela ex-funcionária Frances Haugen mostram que o grupo de Menlo Park (Califórnia) se preocupa em não atrair o interesse de jovens usuários, não só no Facebook, tendência há tempos, mas também no Instagram.

Além disso, a recente atualização do sistema operacional do iPhone - que permite aos usuários bloquear o rastreamento de dados - perturbou seu relacionamento com os anunciantes, que agora não têm visibilidade suficiente sobre a eficácia de suas campanhas publicitárias.

Mas deixar de lado a Apple e todos os intermediários ao propor um ecossistema autossuficiente também é uma das principais apostas do projeto metaverso, explica Audrey Schomer, analista do gabinete eMarketer.

Zuckerberg insistiu muito na necessidade de interoperabilidade (facilidade de transferência entre universos virtuais): convidou atores externos para se juntarem à aventura, enquanto continuou se posicionando como o criador e referência de um sistema universal como a App Store da Apple, o motor de busca Google ou mesmo a internet como um todo.

- Importância -

A criação do Meta é diferente a da Alphabet, que se tornou controladora do Google em 2015, já que esta não representou uma mudança de paradigma. E, para Sebastian, "não é um 'momento iPhone'", referindo-se ao lançamento da marca Apple, que mais tarde se tornou seu carro-chefe.

O então CEO da Apple, Steve Jobs, tinha um produto disponível para apresentar, o que não é o caso de Zuckerberg, destaca o analista. Mas Sebastian vê o lançamento do Cambria, o novo capacete de realidade virtual do Facebook/Meta previsto para o próximo ano, como "uma fase crucial para os produtos VR (realidade virtual) e AR (realidade aumentada)".

No entanto, a popularidade cada vez menor dos VR e AR levanta a questão do apelo de um universo paralelo.

"Hoje, a realidade virtual ameaça estagnar completamente e se tornar nada mais do que uma pequena parte do universo para os fãs de videogame", disse o especialista em tecnologia Benedict Evans em seu blog.

Para Schomer, grande parte desse fracasso se deve ao preço dos aparelhos de realidade virtual, mas também ao fato de que "não há conteúdo atraente disponível o suficiente".

Para acelerar a penetração desses aparelhos, Zuckerberg quer vendê-los "a preço de custo ou subsidiá-los", ou seja, vendê-los com prejuízo ou doá-los, embora avise: "Devemos cuidar para não perder muito dinheiro desta forma".

Os anúncios feitos por Zuckerberg desde segunda-feira não preocupam os analistas por enquanto, que, com poucas exceções, continuam aconselhando a compra ou a manutenção de ações do Facebook.

"O caminho do Facebook para o metaverso é relativamente claro", afirma Eric Seufert, analista do site Mobile Deb Memo, no Twitter.

Segundo ele, o grupo está entrando "no caminho do inevitável", que fará "da empresa a mais importante na vida da maioria das pessoas nos próximos 20 ou 30 anos".

Nesta quinta (28), o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa passará a se chamar ‘Meta’. O anúncio ocorreu durante a conferência Facebook Connect, evento de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) da companhia, que pretende ampliar seus investimentos em ambos os setores.

Na prática, a mudança não significa o desaparecimento das redes sociais da empresa, mas marca a criação de uma holding que vai comandar os dois diferentes negócios da empresa: o de redes sociais e os dedicados a AR e VR.  O movimento é similar ao que foi realizado pelo Google em 2015, com a criação da Alphabet.

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"Criar produtos de redes sociais sempre será importante para a gente, mas acreditamos que o nome Facebook está altamente ligado a isso. O nome não engloba mais tudo o que queremos fazer", afirmou Zuckerberg, na conferência.

A mudança também denota um gesto de reposicionamento da empresa, depois de panes em seu funcionamento e de uma série de denúncias bombásticas feitas pela ex-funcionária Frances Haugen ao Senado norte-americano. De acordo com Haugen, a empresa retinha informações do público e dos governos.

A atenção do Congresso dos Estados Unidos se voltou nesta terça-feira (26) para o TikTok, o Snapchat e o YouTube, que, assim como o Facebook, são acusados de prejudicar a saúde mental e física de crianças ao expô-las a modelos de vida irrealistas e a anúncios inapropriados.

Representantes dessas três redes sociais, muito populares entre os mais jovens, tentaram mostrar aos senadores americanos que suas plataformas são melhores do que o Facebook nessas questões.

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Mas o Facebook e seu aplicativo Instagram não têm o monopólio da infelicidade dos adolescentes, replicaram os congressistas.

"Ser diferente do Facebook não é uma defesa", disse o democrata Richard Blumenthal. "Queremos uma corrida ao topo, não ao fundo."

A audiência no Congresso acontece algumas semanas depois de Frances Haugen fazer denúncias sobre o Facebook diante da mesma comissão.

A ex-engenheira do Facebook revelou, apoiada por documentos, que a empresa estava ciente dos efeitos nocivos de seus serviços sobre alguns dos adolescentes que os utilizam, de acordo com sua própria investigação interna.

Segundo Haugen, o grupo californiano está colocando o benefício econômico acima do bem-estar de seus usuários, uma frase que agora é amplamente utilizada por um grande número de ONGs e legisladores.

"Mais pares de olhos significam mais dólares. Tudo o que se faz é para adicionar usuários, especialmente crianças, e mantê-los dentro de seus aplicativos", afirmou Blumenthal.

- 13 anos -

O senador contou histórias de pais impotentes frente às experiências online de seus filhos, como uma mãe cuja filha foi "inundada com vídeos sobre suicídio, automutilação e anorexia porque estava deprimida e buscava conteúdo sobre esses temas".

Seus colegas também questionaram as opções das plataformas quanto a idade mínima, os métodos de moderação de conteúdo (humano e/ou algorítmico) e a proteção da privacidade.

Os representantes das três redes se defenderam com comparações lisonjeiras e citando medidas já estabelecidas.

"O Snapchat foi construído como um antídoto contra as redes sociais", declarou Jennifer Stout, vice-presidente do grupo Snap.

A idade mínima definida para ingressar na plataforma, que tem 500 milhões de usuários mensais, é de 13 anos.

O aplicativo difere dos outros por ser muito menos aberto a conteúdo externo. Os usuários trocam conteúdo principalmente entre si e têm acesso a vídeos e textos de veículos de imprensa, clubes esportivos, marcas, etc. em uma seção de "descoberta".

O TikTok e o YouTube possuem versões adaptadas para usuários mais jovens, com características específicas. O TikTok para crianças menores de 13 anos não permite que elas postem vídeos ou façam comentários nos vídeos publicados por outras pessoas.

Para os adolescentes entre 13 e 16 anos, a rede social proíbe as transmissões ao vivo e, por padrão, mantém as contas desses jovens usuários como privada, o que significa que só pode ser visualizada por pessoas autorizadas pelo titular.

- "Não terminamos" -

"Descobrimos que pessoas com transtornos alimentares acessam o TikTok para falar sobre isso de maneira positiva", disse Michael Beckerman, chefe de políticas públicas nas Américas da chinesa ByteDance, que tem uma versão separada do app na China sob o nome Douyin.

A plataforma anunciou no final de setembro que havia ultrapassado a marca de um bilhão de usuários ativos mensais, muito atrás do YouTube e seus 2,3 bilhões de usuários que se conectam pelo menos uma vez por mês, segundo dados de 2020.

O serviço de vídeo do Google, por sua vez, destacou seus esforços para remover milhões de conteúdos que violam suas regras.

"As redes sociais podem oferecer oportunidades de entretenimento e educação", reconheceu a comissão, "mas esses aplicativos também foram usados indevidamente para se aproveitar de crianças e promover atos destrutivos, como vandalismo escolar, desafios virais que representam risco de vida, bullying, transtornos alimentares (...) e abuso de menores".

Muitos congressistas procuram legislar para que haja mais mecanismos para proteger os menores de idade.

"Não terminamos", disse Blumenthal.

O Facebook anunciou nesta segunda (25) uma reorganização em sua estrutura financeira que indica que uma mudança de nome deve ocorrer em breve. No balanço do terceiro trimestre, a rede social comunicou investidores que, a partir do próximo trimestre, os resultados do Facebook Reality Labs, ou FRL, serão separados dos números de outros serviços, como Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp.

Com a nova estrutura, receita e lucro dos apps serão registrados separadamente dos produtos do FRL, que desenvolve produtos voltados a realidade aumentada e realidade virtual. A divisão tem 10 mil funcionários.

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Na semana passada, o site The Verge afirmou que a empresa deverá anunciar a mudança de nome, baseada no novo foco na construção de um metaverso, um conceito amplo que se refere a espaços digitais que se tornam mais realistas com o uso de realidade virtual e aumentada.

Segundo o diretor financeiro da empresa, David Wehner, o Facebook espera que o investimento na FLR reduza o lucro operacional de 2021 em cerca de US$ 10 bilhões. A expectativa é que Zuckerberg fale sobre a mudança na conferência Connect, marcada para quinta-feira, 28.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, declarou nesta segunda-feira (25), em uma audiência no Parlamento do Reino Unido, que publicar conteúdo de ódio "é a melhor maneira de crescer" na rede social, e pediu o endurecimento da legislação sobre as plataformas virtuais.

Segundo a delatora, que vazou estudos que mostram que o Facebook está a par dos aspectos nocivos de sua plataforma, a rede social sabe "indubitavelmente" que propaga o ódio online.

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Haugen, que também participou este mês de uma audiência semelhante no Congresso dos Estados Unidos, explicou que o Facebook utiliza um sistema que prioriza os conteúdos que geram mais interações, que são, precisamente, os que mais provocam divisão.

"O ódio e a ira são a forma mais fácil de crescer no Facebook", declarou a denunciante, que deixou a companhia em maio deste ano.

"Estou profundamente preocupada com o fato de que não seja possível fazer com que o Instagram seja seguro para os jovens de 14 anos e duvido sinceramente que algo possa ser feito para torná-lo seguro para alguém de 10 anos", assinalou Haugen.

Além disso, a ex-funcionária do Facebook defendeu a adoção de uma legislação "flexível" e atualizada, para poder "responsabilizar as empresas".

Por sua vez, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, rejeitou anteriormente as alegações de Haugen, dizendo que seus ataques à empresa estavam "deturpando" o trabalho da mesma, e destacando suas iniciativas para combater o ódio nas redes.

Após o Facebook decidir excluir de sua plataforma a última transmissão do presidente Jair Bolsonaro em que ele fazia uma falsa relação entre vacinas contra Covid-19 e desenvolvimento de HIV, o vírus da aids (síndrome de imunodeficiência adquirida), o mandatário brasileiro justificou que a relação, falsa, foi feita com base em uma notícia da revista Exame, jogando a culpa da sua fala na imprensa, uma "fábrica de fake news", como classificou. Contudo, o presidente não retificou suas declarações.

"Na segunda-feira, a revista Exame fez uma matéria sobre vacina e aids, eu repeti essa matéria na minha 'live', dois dias depois a revista Exame falou que eu falei fake news. Foi a própria Exame que falou da relação de HIV e vacina. Eu apenas falei sobre matéria da revista Exame"

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A reportagem a que Bolsonaro se refere foi publicada em outubro de 2020 com o título "Algumas vacinas contra a Covid-19 podem aumentar o risco de HIV?". A matéria afirma que pesquisadores estavam preocupados que algumas vacinas que usam um adenovírus específico no combate ao vírus SARS-CoV-2 podem aumentar o risco de que pacientes sejam infectados com HIV. No entanto, o revista diz que, até aquele momento, "não se comprovou que alguma vacina contra a Covid-19 reduza a imunidade a ponto de facilitar a infecção em caso de exposição ao vírus."

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o Facebook decidiu excluir de sua plataforma a transmissão ao vivo realizada pelo presidente. Controlado pelo Facebook, o Instagram também removeu o conteúdo. Já o YouTube mantém a "live" disponível até o momento. Em nota encaminhada à reportagem, o Facebook cita as políticas internas da plataforma após decidir pela exclusão da "live". "Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas", afirma a empresa.

A aids é causada pelo vírus HIV. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, recomenda a vacinação de pessoas com o vírus.

A fala de Bolsonaro foi desmentida por especialistas ao longo do final de semana. "Não existe NENHUMA possibilidade de vacina causar Aids. ZERO. Qualquer que seja a vacina. É isso que precisa ser divulgado de forma clara e direta", esclareceu o médico sanitarista Daniel Dourado.

A live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), postada no último dia 21 de outubro, foi derrubada pelas plataformas Facebook e Instagram, que pertencem à mesma empresa. O motivo da penalidade, segundo as redes, foi uma informação falsa reproduzida pelo mandatário, na qual ele associa as vacinas contra a Covid-19 a casos de aids no mundo. É a primeira vez que a companhia Facebook tira do ar algum conteúdo do presidente, que também já foi penalizado pelo Google, através de um vídeo do YouTube.

“Nossas políticas não permitem alegações de que vacinas da covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, alegou o porta-voz da companhia. A decisão de derrubar a live ocorreu no domingo (24), quase três dias após a transmissão. Bolsonaro realiza suas lives regularmente às quintas-feiras, e nelas costuma fazer atualizações sobre o seu governo, mas é comum que declarações polêmicas e informações falsas sejam parte do repertório.

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A fala da última quinta-feira (21) afirmou que pessoas que completaram seus esquemas vacinais contra o novo coronavírus no Reino Unido estão desenvolvendo aids. O chefe do Executivo considera o assunto “grave” e já o havia abordado anteriormente, quando disse que “apanhou muito” por ser honesto sobre o tema. Bolsonaro, no momento, segurou um papel que se parece com um jornal impresso, indicando que havia sido notícia na mídia internacional.

“Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) muito mais rápido que o previsto. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live”, disse.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) lançaram uma nota para rebater a afirmação do presidente. Segundo os especialistas, não se conhece nenhuma relação entre a vacina e a Aids. Até o momento desta publicação, o presidente Jair Bolsonaro não havia se manifestado sobre a decisão das plataformas.

Dois garçons e um técnico de computador foram presos em flagrante com R$ 3.500 em notas falsas durante uma corrida de Uber a caminho de uma casa de prostituição no Centro do Recife. Eles informaram à Polícia Federal (PF) que as cédulas foram adquiridas em um anúncio do Facebook e parte já havia sido gasta no comércio local.

O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) deu ordem de parada ao motorista por aplicativo na Avenida Guararapes, bairro de Santo Antônio, por volta das 22h dessa terça-feira (19). Após revista nos passageiros, R$ 500 foram encontrados no bolso de um deles e R$ 300 com outro, somando R$ 800 em notas falsas. O condutor não teve envolvimento constatado.

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Já na presença de agente federais, um dos suspeitos confessou que escondia mais R$ 2.700 em casa. Os policiais localizaram a quantia e, ao todo, apreenderam R$ 3.500 em cédulas de R$ 100 e R$ 50 com a mesma numeração.

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De acordo com a PF, o trio pego em flagrante é composto por dois garçons, um de 23 anos e o outro de 20, e um técnico de computador, de 20. Todos são moradores do bairro do Ibura, na Zona Sul da capital, e não possuíam antecedentes criminais.

Já na sede da PF, eles foram autuados por introduzir em circulação nota falsa. Durante o interrogatório, revelaram que pagaram por R$ 800 para adquirir R$ 5.000 oferecidos em um anúncio do Facebook.

O grupo também informou que já havia gastado parte do montante no comércio do Centro com sorvetes, lanches e um item em uma loja de material de construção, e seguiam de Uber para uma casa de prostituição, onde pagariam pelos serviços com o dinheiro falso.

Presos em flagrante, os jovens passaram por audiência de custódia e podem ser condenados de 3 a 12 anos de reclusão, além de pagamento de multa. Ainda conforme as autoridades, o trio foi liberado e vai responder ao processo em liberdade.

O levantamento da PF aponta que, só neste ano, 12 pessoas foram presas em Pernambuco com R$ 18.400 em notas falsas. Índice superior a todo 2020, quando oito criminosos foram presos com R$ 16.400.

Uber se pronuncia

Em nota enviada ao LeiaJá, a Uber informou que não foi possível verificar o caso relatado porque, até o momento, não foram fornecidas à empresa informações suficientes para checar se a ocorrência mencionada se deu em viagem com o aplicativo da Uber. A empresa disse ainda que se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.

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