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Duas das principais apostas recentes do tênis sul-americano, o chileno Nicolas Jarry e o colombiano Robert Farah, atual número 1 de duplas, foram flagrados em exames antidoping, segundo admitiram ambos os atletas nesta terça-feira, às vésperas do Aberto da Austrália. Somente o caso de Jarry já foi oficializado pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês). O chileno culpou suplementos brasileiros pelo resultado positivo.

Jarry, de 24 anos, foi flagrado em teste antidoping realizado em novembro, durante as Finais da Copa Davis, em Madri. Sua amostra de urina apresentou duas substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada), Ligandrol e Stanozolol, que são considerados agentes anabólicos.

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"Em novembro passado, eu fiz dois testes de urina durante a Davis. O primeiro saiu limpo, mas no segundo foram detectadas duas substâncias proibidas. O nível encontrado é incrivelmente baixo, o que não me daria benefício algum. Não tive a intenção de utilizá-las, sou totalmente contrário ao doping e vou agora tentar esclarecer as coisas", comentou o chileno, em suas redes sociais.

No mesmo comunicado, ele disse se tratar de contaminação de suplementos que consumiu em novembro. E culpou um composto de vitaminas que teria sido produzido no Brasil. Ele, porém, não citou o nome do suplemento e nem o laboratório ou a suposta farmácia de manipulação que o teria elaborado.

"Tudo indica que o caso foi de contaminação cruzada de um multivitamínico feito no Brasil que meu médico me receitou e que não deveria conter uma substância proibida sequer. Meus advogados estão trabalhando no caso para provar minha inocência e por isso estou cooperando totalmente com a Federação Internacional de Tênis", declarou.

Com estas declarações, Jarry indica que sua estratégia de defesa junto à ITF deve ser a mesma utilizada nos últimos anos por tenistas brasileiros flagrados no antidoping, como Thomaz Bellucci e Marcelo Demoliner. Nos dois casos, os advogados dos atletas nacionais conseguiram reduzir as punições sofridas.

Atual número 78 do mundo, Jarry já figurou em 38º no ano passado, quando disputou sua melhor temporada da carreira até agora. Foram duas finais e o primeiro título de nível ATP em seu currículo, em Bastad, na Suécia. Recentemente, defendeu o Chile na ATP Cup e já representa o país na Copa Davis.

Com o resultado positivo, Jarry ficará suspenso de forma temporária, perdendo assim o Aberto da Austrália, que terá início no dia 20, em Melbourne. Poderá perder também o Rio Open, em fevereiro. Neste caso, o brasileiro Thiago Monteiro deverá entrar direto na chave principal, permitindo à organização dar o convite, inicialmente concedido a Monteiro, a outro tenista da casa. O provável beneficiado é João Menezes, atual número dois do Brasil.

NÚMERO 1 DO MUNDO - Outro flagrado em doping nesta terça foi o colombiano Robert Farah, que divide a liderança do ranking das duplas com o compatriota Juan Sebastian Cabal. Eles foram a sensação da temporada 2019, com os títulos de Wimbledon e do US Open.

Em comunicado nas redes sociais, Farah revelou o teste positivo para a substância Bodenona. A amostra foi acolhida em 17 de outubro, na cidade de Cali, na Colômbia, fora de período de competição. Farah revelou ter sido informado pelo caso pela própria ITF, por telefone. A entidade ainda não oficializou o resultado positivo para o colombiano.

Farah se defendeu ao afirmar que fez outros 15 testes ao longo da temporada 2019, somente com resultados negativos. Além disso, culpou uma suposta contaminação de carne que teria consumido na época.

"Como afirmou o Comitê Olímpico Colombiano em 2018, esta substância se encontra frequentemente na carne colombiana e pode afetar os resultados dos exames dos atletas. Tenho certeza de que foi isso o que gerou o resultado da prova em questão", argumentou o número 1 do mundo.

"Com a minha e equipe e um grupo de assessores, estamos avaliando os próximos passos nesse processo, em que pretendemos demonstrar que eu nunca utilizei nenhum produto que atente contra o jogo limpo e a ética características desse esporte. Estou tranquilo e confiante no resultado deste processo, já que sempre atuei com retidão e honestidade em toda minha vida", afirmou.

Um homem vestido com o uniforme do exército afegão matou neste sábado, 8, três soldados norte-americanos e feriu outros três que treinavam com ele na província de Paktika, no leste do país, disseram autoridades. O incidente foi o último de uma série dos chamados "ataques internos", nos quais soldados afegãos abriram fogo contra as tropas internacionais.

Os atentados ameaçam abalar a confiança dos dois lados, num momento em que a retirada da maioria das forças estrangeiras se aproxima. Um discussão entre o militar afegão e seus treinadores aparentemente foi o motivo do tiroteio em uma base do exército no distrito de Kher Qot, em Paktika, de acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do governador local.

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A coalizão militar internacional no Afeganistão confirmou a morte de dois soldados e um civil dos Estados Unidos. O soldado do Afeganistão, que não tinha nenhuma conexão conhecida com insurgentes, foi baleado por membros das tropas internacionais depois que abriu fogo contra os militares norte-americanos.

Um segundo homem afegão foi detido depois do tiroteio e uma investigação foi aberta, esclareceu a coalizão. Até agora neste ano, houve cinco ataques internos contra forças estrangeiras, com um total de nove mortos. Em 2012, foram relatados 29 casos e 62 mortes.

Também hoje, na província de Farah, no oeste do Afeganistão, um soldado italiano foi morto e outros três ficaram feridos em um ataque a granada contra o veículo blindado em que estavam. O Ministério de Defesa da Itália disse que o atentado aconteceu quando os soldados retornavam para a base depois de um treinamento com as forças de segurança afegãs.

Suicidas disfarçados de soldados afegãos atacaram um complexo do governo afegão nesta quarta-feira numa fracassada tentativa de liberar mais de dez prisioneiros do Taleban que eram transferidos para serem julgados num tribunal do oeste do país. Pelo menos 10 pessoas foram mortas, dentre elas três participantes do ataque.

As ação, ocorrida na província de Farah, é o mais recente exemplo da capacidade do Taleban de atacar instituições governamentais, apesar das fortes medidas de segurança. A violência recorrente tem prejudicado a confiança no governo do presidente Hamid Karzai, que tenta consolidar seu aparato de segurança antes da retirada das tropas de combate do país, no final de 2014.

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Seis homens usando coletes com explosivos chegaram de carro ao centro da capital da província, que também se chama Farah, em veículos do Exército, o que permitiu a eles passar pelos postos de verificação, disse o chefe de polícia Agha Noor Kemtoz.

Dois dos atacantes detonaram os explosivos no interior de um dos veículos, enquanto quatro saltaram do segundo e correram na direção do tribunal e do escritório da promotoria, disse ele. Os guardas abriram fogo, matando um dos participantes do ataque, mas outros três fugiram para prédios próximos e iniciaram um violento combate, que impediu os funcionários de deixarem seus escritórios.

Kemtoz acredita que dois desses atacantes foram mortos, mas a informação não pode ser confirmada porque os confrontos ainda estava acontecendo. Segundo ele, o ataque tinha como objetivo libertar 15 prisioneiros do Taleban que eram transferidos para um tribunal, onde serial julgados.

"Definitivamente, o plano era libertar os prisioneiros com o ataque, mas graças a Deus, ele não conseguiram", afirmou. "Nenhum prisioneiro fugiu."

Dois policiais e três civis, dentre eles um juiz e seu filho, também foram mortos. O diretor de saúde pública da província, Abdul Jabar Shayeq, disse que 72 pessoas ficaram feridas, das quais 12 são integrantes das forças de segurança e 60 são civis. As informações são da Associated Press.

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