Tópicos | fascismo

A seleção da Croácia corre o risco de sofrer uma dura punição da Uefa nos próximos dias. Nesta quarta-feira, a entidade denunciou a Federação Croata de Futebol porque torcedores exibiram uma bandeira fascista na arquibancada durante jogo das Eliminatórias da Eurocopa de 2024.

A bandeira faz referência ao regime da Ustase, partido da direita radical da Croácia entre as décadas de 20 e de 40 do século passado. O partido tinha ligação com uma organização paramilitar terrorista croata nazista, acusada de assassinar milhares de sérvios, judeus, além de dissidentes políticos durante a Segunda Guerra Mundial.

##RECOMENDA##

Os torcedores exibiram a bandeira durante a goleada de 5 a 0 sobre a Letônia, na sexta-feira, na cidade croata de Rijeka. A denúncia pode fazer a seleção croata jogar sua próxima partida nas Eliminatórias sem a presença de torcedores no estádio, contra a Turquia, no dia 12 de outubro, em Osijek.

O risco é grande porque a federação croata já estava em processo condicional por "comportamento discriminatório", devido a outras denúncias do tipo. Uma delas havia acontecido em jogo da Liga das Nações da Uefa, em partida contra a Holanda, em junho. Por causa do comportamento inadequado de torcedores, a Croácia não pôde vender ingressos para sua torcida na partida de segunda-feira, contra a Armênia - venceu por 1 a 0.

A seleção croata lidera o Grupo D das Eliminatórias, com três vitórias em quatro jogos. Soma 10 pontos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que irá propor uma unidade do progressismo democrático pelo mundo como forma para impedir o ressurgimento do fascismo. Dentre os líderes mundiais, o chefe do Executivo disse que irá conversar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a ascensão da extrema-direita no mundo. Ao fazer um paralelo entre os ex-presidentes norte-americano Donald Trump e brasileiro Jair Bolsonaro, Lula disse que é preciso exigir que as "forças democráticas se manifestem, independente do partido".

"A extrema-direita existe hoje no mundo todo", pontuou o petista. "Aqui no Brasil nós ganhamos as eleições, e agora precisamos derrotar essa narrativa fascista", disse, em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (18). A viagem de Lula aos Estados Unidos está marcada para 10 de fevereiro.

##RECOMENDA##

Conforme faz um paralelo no Brasil, o petista pontua que o Partido Democrata, de Biden, enfrenta dificuldades de governar. A situação assemelha-se ao cenário que o presidente brasileiro irá enfrentar no Congresso, que apresenta grande peso conservador. "É preciso que os democratas digam o que vão fazer para vencer as eleições nos Estados Unidos." "Não podemos permitir que volte à normalidade que Trump instituiu", afirmou.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou seu segundo discurso na noite deste domingo (30) para uma multidão na Avenida Paulista, em São Paulo, e garantiu que essa foi "a eleição "mais difícil da vida".

"Essa não é uma vitória minha, não é só uma vitória do PT, foi uma vitória de todas as mulheres e homens que amam a democracia, que querem um país mais justo", afirmou.

##RECOMENDA##

Segundo o petista, essa é também uma vitória das pessoas que querem mais cultura, educação, fraternidade, igualdade. "Essa vitória é de todos os homens e mulheres que resolveram libertar esse país do autoritarismo, do fascismo", ressaltou.

Diante de milhares de pessoas, Lula ainda disse que a razão da conquista "foi a dedicação, o trabalho de cada homem e de cada mulher que acreditava na liberdade, que acreditava na possibilidade de a gente recuperar este país para o povo brasileiro".

Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, o petista destacou que precisa saber se seu adversário vai permitir que haja uma transição tranquila de poder.

"Nós derrotamos o autoritarismo e o fascismo neste país. A democracia está de volta no Brasil, a liberdade está de volta no Brasil. O povo vai poder sorrir outra vez, o povo vai poder ter acesso à cultura, porque a cultura vai voltar muito forte. A educação vai voltar muito forte", acrescentou Lula, garantindo que "as pessoas que estão dormindo embaixo da ponte vão voltar a comer, vão voltar a ter moradia e vão voltar a ter emprego".

O presidente eleito ainda agradeceu aos 215 milhões de habitantes do Brasil, mas principalmente ao povo nordestino, principal responsável por sua vitória, porque "foi muito porreta" e vai "ajudar a gente a governar este país".

Lula também enfatizou que "essa foi a vitória das mulheres que não querem ser tratadas como objeto de canto de mesa, querem ser tratadas como sujeitas da história". "A mulher quer, ela pode e ela deve estar onde ela quiser, sem pedir licença", afirmou.

Ministérios

O presidente eleito confirmou ainda que vai recriar o Ministério da Cultura e investir em educação para recuperar o tempo perdido durante a pandemia de Covid-19.

"Ninguém venha me dizer que a gente não pode colocar dinheiro na educação, que é gasto. Investir em educação não é gasto, é investimento no futuro", disse.

Além disso, Lula vai criar o Ministério dos Povos Originários, para que indígenas "nunca mais sejam desrespeitados, para que eles nunca mais sejam tratados como cidadãos de segunda categoria".

A luta contra o racismo também será prioridade em seu governo, segundo o petista. "Nós vamos ter uma luta ferrenha contra o preconceito e o racismo. O racismo é uma doença que nós precisamos extirpar do nosso país", concluiu Lula, que deve tirar alguns dias de folga para descansar. 

Da Ansa

No primeiro comício de sua campanha, em Belo Horizonte (MG), o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a disputa eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, é o enfrentamento da democracia e do fascismo.

"Não estamos fazendo uma campanha normal, não uma campanha comum, um partido contra outro, não é uma ideia contra outra ideia. O que está em jogo nesse instante é a democracia contra o fascismo, é a democracia ou a barbárie. O que está em jogo nesse instante é garantir que 33 milhões de brasileiros possam tomar café, almoçar e jantar todos os dias ou morrer de fome", declarou Lula, em um discurso emocionado e em alto tom.

##RECOMENDA##

O mesmo tom em defesa da democracia foi adotado pelo candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB). "A democracia brasileira está sob ameaça. E esta é a terra da liberdade. Em Minas Gerais se respira liberdade. E é nesta terra da liberdade que nós começamos esta campanha cívica", afirmou o ex-governador.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou inquérito nesta semana para apurar as denúncias de que uma loja localizada em Gravataí estaria vendendo produtos que fazem apologia ao nazismo.

Segundo o site Gaúcha ZH, o delegado Maurício Arruda Coronel deu o prazo de 30 dias para concluir as investigações. Para começar, deve ser ouvido o vereador Leonel Radde (PT), que é policial e foi o responsável pela denúncia.

##RECOMENDA##

Radde, por sinal, revelou detalhes dos produtos anunciados e até mesmo nome da loja em uma série de posts em sua conta no Twitter.

“Se a empresa nos acionou judicialmente pois consideram que o que estão fazendo é lícito, por que estão apagando as imagens dos produtos? Por que o Mercado Livre apagou?”, questionou o vereador petista.

[@#video#@]

A viagem do presidente Jair Bolsonaro à Itália está provocando as mais diversas reações. Em Pistoia, na Toscana, partidos de oposição e associações de esquerda, incluindo siglas LGBTQIA+, marcaram uma cerimônia para homenagear os soldados brasileiros caídos na luta contra o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial para poucas horas depois da visita do brasileiro.

A iniciativa foi agendada para terça-feira (2), às 15h (horário local), após Bolsonaro concluir sua visita no Monumento Votivo Militar, que fica no lugar de um antigo cemitério de soldados do Brasil.

##RECOMENDA##

O ato é organizado pelo Partido Democrático (PD), maior força de centro-esquerda na Itália, pela Associação Nacional dos Partisans Italianos (ANPI), Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), principal sindicato do país, além de Arci, Libera, Pax Christi e outras entidades da comunidade LGBTQIA+.

A cerimônia em protesto ao mandatário brasileiro se soma às demais que já foram anunciadas, como o fato de o dom Fausto Tardelli não rezar no monumento aos soldados brasileiros, conforme dita a tradição da diocese.

Hoje cedo, a Diocese de Pistoia, inclusive, chegou a publicar um nota para criticar o líder do partido de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, e pedir para que ele não use sua visita a cidade, onde irá encontrar Bolsonaro, para "comemorar mortes".

A oposição e vários grupos de ativistas de esquerda já programaram uma manifestação na manhã de terça-feira, na piazza Duomo, contra a presença de Bolsonaro em Pistoia.

A cidade de Pistoia tem uma forte ligação com a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e abriga um cemitério militar e a tumba do soldado desconhecido como forma de homenagear os brasileiros mortos na Guerra. Anualmente, no dia 2 de novembro, é realizada uma comemoração pelos caídos na batalha.

Atualmente, na localidade de San Rocco, fora da cidade italiana, próximo ao Monumento Votivo, apenas um soldado desconhecido repousa depois que os corpos dos 500 militares que morreram lutando na Guerra foram transferidos para o Brasil ao longo das décadas.

Da Ansa

A Lazio suspendeu nesta quarta-feira o falcoeiro Juan Bernabé - responsável por voar a águia mascote do clube antes do início dos jogos - depois dele ser flagrado fazendo uma saudação fascista em alusão ao ditador italiano Benito Mussolini. Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o funcionário fazendo o gesto enquanto a torcida do clube romano grita "Duce! Duce!", como era conhecido o chefe do governo italiano entre o período que antecedeu a Segunda Guerra. O incidente aconteceu no último sábado, na vitória por 3 a 1 sobre a Internazionale.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Bernabé era o instrutor do Olimpia, a águia de cabeça branca que a Lazio adotou em 2010. O voo do Olímpia sobre o Estádio Olímpico de Roma antes dos jogos em casa se tornou um momento simbólico para os torcedores. Anteriormente, ele havia trabalhado fazendo a mesma função no Benfica, que também possui uma águia como mascote oficial.

A torcida da Lazio é frequentemente criticada por alegações de cantos racistas e por elogiar o fascismo durante os jogos. A administração do clube vem lutando há anos para reprimir tal conduta. O vídeo gerou indignação entre as comunidades judaicas italianas. Noemi Di Segni, presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, pediu à Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano) que tire os fascistas do jogo para evitar que seu ódio "se espalhe do campo para cada quadrado" do país.

"Foram tomadas medidas para a suspensão imediata da pessoa em questão do serviço e para a possível rescisão dos contratos existentes", disse o clube em um comunicado oficial.

Extremismo político e abusos racistas são um problema para a primeira divisão italiana da Série A, onde vários jogadores negros têm sido insultados durante as partidas. Após vários incidentes de racismo no início desta temporada, o presidente da FIGC, Gabriele Gravina, disse que os torcedores racistas devem ser identificados e banidos dos estádios para sempre.

“O povo vai ter que escolher entre a democracia e fascismo” foi o que disse o ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, nesta sexta-feira (13), à rádio CBN de Santa Catarina. O petista afirmou que a população não deve ter medo da polarização nas presidenciais de 2022, já que o pleito representa uma disputa entre dois extremos que são comuns em países democráticos. Lula, que decidirá no fim deste ano ou no início do ano que vem se disputará a Presidência, também disse que, caso seja candidato, será o representante da democracia, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro, será o representante da “antidemocracia”, do “negacionismo” e do “fascismo”.

"As pessoas não têm que ter medo de polarização porque a polarização que existe no Brasil hoje é um representante da democracia, que se eu for candidato vai valer, e outra candidatura que representa o fascismo, a antidemocracia, um negacionista, que nega tudo, ele só acredita nas suas mentiras. Então, eu acho que essa é uma polarização boa: o povo vai ter que escolher entre a democracia e o fascismo", disse o aspirante à presidência.

##RECOMENDA##

Ainda conforme o ex-presidente, Bolsonaro "governa baseado na mentira" e espalha a “discórdia”. "Ele (Bolsonaro) não tem nenhuma preocupação com a verdade. Você veja que ele não fala sobre nenhum assunto sério, o que ele fala é todo dia é tentando criar uma discórdia na sociedade”, continuou.

Apesar de não ter confirmado sua participação no pleito eleitoral de 2022, Lula é o possível futuro candidato mais aguardado para a corrida, além de estar liderando pesquisas feitas em todo o Brasil. Levantamento do Datafolha divulgado em julho mostrou que Lula ampliou vantagem sobre Bolsonaro e marcou de 58% a 31% no segundo turno.

"Tenho conversado com muita gente, de outros partidos políticos, e quando chegar mais ou menos no final desse ano, no começo do ano que vem, as coisas vão ficar mais ou menos sendo amarradas", disse ele quando questionado sobre alianças políticas.

Questionado sobre os pedidos de impeachment, Lula disse que cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautar a questão e que o PT tem cobrado para que isso aconteça.

Depois do trabalhismo dos anos pré-1964 e do fisiologismo posterior à redemocratização, o integralismo - versão brasileira do fascismo - chegou ao PTB. Fundada em 1945 por Getúlio Vargas, a sigla foi a casa das duas primeiras gerações trabalhistas, inclusive do presidente João Goulart, mas está cada vez mais radicalizado à direita.

Seu presidente, o ex-deputado Roberto Jefferson - condenado e preso por corrupção no mensalão -, personifica hoje o bolsonarismo: adotou um discurso armamentista, religioso e anticomunista. Um dos marcos da guinada à direita do partido é a recepção, em suas fileiras, a grupos declaradamente fascistas. No mês passado, integrantes da Frente Integralista Brasileira (FIB), entre eles o presidente Moisés José Lima, filiaram-se ao PTB em São Paulo. O grupo afirmou em comunicado que a sigla se converteu numa casa para os integralistas que quiserem disputar eleições no ano que vem e em 2024.

##RECOMENDA##

Fundado em 1932 pelo jornalista Plínio Salgado, o integralismo imitava o fascismo italiano, de Benito Mussolini. "Por mais contraditório que pareça a alguns, o fato de (o PTB) ter certa ligação no passado com Getúlio Vargas, a realidade é que a única ligação é histórica: desde sua refundação nos anos 80 até recentemente, o partido seguiu certo pragmatismo que já era observado no PTB de décadas anteriores", disse em seu site a Frente Integralista. "Tendo no último ano uma revisão doutrinária intensa, assumiram-se como bandeiras estatutárias a defesa da vida, o patriotismo, a família tradicional e os valores cristãos."

Autor do livro O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo em parceria com Leandro Pereira Gonçalves, o historiador Odilon Caldeira Neto diz que os grupos neointegralistas sempre buscam aproximação com algum partido político estabelecido. No Brasil essa prática começou, afirma, com o antigo Prona, de Enéas Carneiro, passou pelo PRTB de Levy Fidelix e agora dá sinais de que tentará o mesmo com o PTB. "Parece que, nesse sentido, o Roberto Jefferson virou o novo Levy. Foi Levy, na eleição de 2010, quem ajudou a popularizar certas ideias radicais. Com a emergência das chamadas novas direitas, ele e o PRTB fizeram um grande esforço em prol da sua radicalização", afirmou Neto.

O historiador estima que a FIB não tenha mais que algumas centenas de militantes, o que também é uma característica de grupos neofascistas de outros países. Eles não tentam ser uma organização de massa - diferentemente do passado, quando protagonizavam desfiles militarizados, uniformizados de verde e com braçadeiras com o sigma. Preferem se aproximar de grupos mais amplos, que tenham poder. Nos anos 50 e 60, chegaram a se reorganizar no Partido de Representação Popular (PRP), sem expressão.

Interlocutor da FIB com a institucionalidade, o advogado Paulo Fernando Melo da Costa, ex-secretário especial da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), atuou pela soltura dos militantes bolsonaristas Sara Giromini e Oswaldo Eustáquio, acusados de atentar contra a democracia. Foi Costa quem articulou as filiações de integralistas ao PTB.

Caldeira Neto considera que os valores morais defendidos pelos neointegralistas são os mesmos de segmentos maiores do conservadorismo brasileiro, o que os aproxima do bolsonarismo. Mas vão além da defesa um tanto quanto genérica da "família" e cultivam visões de Estado inspiradas no fascismo. "Defendem um certo tipo de organização da sociedade: integral, antidemocrática, antiparlamentarista; a extinção dos partidos políticos, o controle da imprensa e assim por diante. Inspiram-se de forma muito afeiçoada no modelo de sociedade integral do tempo do fascismo."

Em nota, a FIB nega ser versão brasileira do fascismo, ao contrário do que dizem historiadores. "Diversas críticas ao fascismo e movimentos diversos foram feitas - durante e inclusive antes mesmo da AIB - por Plínio Salgado", diz a nota, assinada por Lucas Carvalho, secretário-geral da FIB. A Frente alega o PTB não passa a ser necessariamente a casa dos neointegralistas, que estão espalhados por outras legendas.

Um grupo de cerca de 70 italianos saudosos do fascismo se reuniu neste domingo (2) no Lago de Cuomo, no norte da Itália, para fazer "saudações romanas", gesto que se tornou símbolo dos fascistas, em homenagem a Benito Mussolini (1883-1945).

O encontro ocorreu na piazza Paracchini, em Dongo, para lembrar a data de 28 de abril de 1945, dia em que o líder fascista e sua amante, Claretta Petacci, foram presos e executados.

##RECOMENDA##

A homenagem foi feita em frente ao portão da Villa Belmonte, onde ambos foram mortos. A cerimônia foi organizada pela associação Mario Nicollini de Coma, autorizada pelo Quartel-General da Polícia e pela Prefeitura.

A "saudação romana" consiste em levantar o braço direito com a palma da mão aberta e foi incorporada pelo fascismo durante a ditadura de Mussolini.

O ato, no entanto, foi alvo de críticas e protestos por parte da Associação Nacional dos Partisans Italianos (Anpi). Do outro lado da praça, centenas de manifestantes repudiaram a homenagem, ao som de "Bella Ciao", música símbolo da Resistência.

Da Ansa

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou ao Plenário que determinou à Secretaria Geral da Mesa que apure gesto feito por Filipe Martins, assessor Internacional do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O gesto foi denunciado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda durante a sessão desta quarta-feira (24). Martins estava acompanhando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na sala de transmissão da sessão temática remota do Plenário do Senado. O ministro havia sido chamado para falar das ações da pasta na compra de vacinas contra o coronavírus.

##RECOMENDA##

De acordo com Rodrigo Pacheco, a Secretaria da Mesa colherá as informações necessárias sobre o ocorrido e as encaminhará à Policia Legislativa.

O assessor do Planalto estava um pouco atrás de Pacheco enquanto este abria a sessão, e repetiu gestos com os dedos da mão direita. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) lamentou o ocorrido e disse que o Senado “não é lugar pra fazer gracinha ou pagar aposta com alguém”.

— Aliás, continuo perturbado pela presença do assessor que fez esses gestinhos, aí atrás do Presidente do Senado. Não sei nem que gesto importa tanto, se é um neofascista, se é uma ofensa depreciativa, o fato é que aqui não é local, nem momento para fazer gracinha, pagar aposta para ninguém. Não sei o que é isso aí, mas vai ser investigado.

Em sua conta no Twitter, Martins alegou que estava apenas mexendo na lapela de seu paletó. O tweet foi encaminhado à Secretaria Geral da Mesa pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) como mais um elemento para apuração do episódio.

Ao comunicar aos senadores a decisão de apurar a conduta de Martins, o presidente do Senado acrescentou que não fará pré-julgamentos e que haverá respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de inocência.

"Deboche"

Durante a sessão, Randolfe apontou os gestos de Martins, que tiveram repercussão nas redes sociais, e entendeu que o próprio presidente do Senado estava sendo desrespeitado. Para ele, foi uma ofensa a Rodrigo Pacheco e ao Plenário do Senado. Por meio de uma questão de ordem, Randolfe pediu que Martins se explicasse ou que fosse conduzido pela Polícia Legislativa para fora das dependências do Senado. O senador chegou a pedir a suspensão da sessão. Os gestos foram classificados por Randolfe como "obscenos" e de "deboche".

— Ele estava ironizando a fala do presidente da nossa Casa. Isso é inaceitável e intolerável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortos [na pandemia] — declarou o senador.

Fonte: Agência Senado

Intimado a depor sob acusação de ferir a Lei de Segurança Nacional ao classificar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como 'genocida', Felipe Neto recebeu a solidariedade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa terça-feira (16), líder petista afirmou que 'o silenciamento é uma das armas do fascismo'.

Para reafirmar sua posição, o influenciador digital publicou um vídeo no qual elenca episódios em que o atual chefe de Estado incentivou o desrespeito às normas sanitárias contra a Covid-19 anunciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades competentes.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

 

Nesta quinta-feira (18), às 14h, professores irão discutir o tema ‘Fascismo: ontem e hoje’. A aula será dada por meio de live feita no canal do YouTube do Nuce Concursos. As inscrições devem ser realizadas gratuitamente através da internet.

O momento contará com a presença remota dos professores de história Tiago Licarião, Arthur Lira e Marcos Otoch, que discutirão as formas do fascismo no passado e no presente.

##RECOMENDA##

“Através do estudo do fascismo podemos reconhecer vários dos seus elementos ainda presente na humanidade, como por exemplo, o autoritarismo que corrói as instituições democráticas comprometendo o estado democrático de direito”, analisa Licarião.

A prisão temporária da ativista Sara Winter, líder do grupo '300 do Brasil' que defende o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem repercutido entre os políticos. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) usou o Twitter, na manhã desta segunda-feira (15), para afirmar que o fascismo é crime e quem o pratica deve ser preso. 

"Fascismo é crime. Fascistas na cadeia!", escreveu o psolista na rede social. E acrescentou: "Formação de milícia política, atos violentos contra as instituições democráticas, disseminação de fake news... São muitos os crimes de Sara Winter. Nenhum deles é mais grave do que os cometidos por Jair Bolsonaro e seus filhos".

##RECOMENDA##

Outra parlamentar que concordou com a prisão de Sara Winter foi a deputada Sâmia Bomfim (PSL-SP). "Fascistas devem ser presos, julgados e punidos. As liberdades e os direitos do povo são os verdadeiros alvos desses fanáticos da morte, que não podem seguir impunes. A prisão de Sara Winter é correta. Agora, falta chegar aos financiadores privados e cúmplices em cargos públicos", observou. 

A ativista foi presa após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, como parte do inquérito que a Polícia Federal investiga os movimentos antidemocráticos. 

Sara liderou, no fim de semana, atos do grupo 300 do Brasil que estava acampado em Brasília, mas foi retirado do local por determinação do governo do Distrito Federal no último sábado (13). Neste mesmo dia, o movimento protagonizou uma invasão ao prédio do Congresso Nacional e seus integrantes soltaram fogos em direção à sede do STF. 

Após ataques contra estátuas de personalidades escravocratas e racistas no Reino Unido e na Bélgica, manifestantes se voltaram contra monumentos em homenagem a Cristóvão Colombo nos Estados Unidos.

Em Richmond, na Virgínia, uma estátua do explorador italiano foi derrubada e atirada em um lago. Já em Boston, Massachusetts, manifestantes "decapitaram" uma escultura de Colombo.

##RECOMENDA##

Para os manifestantes, o explorador simboliza o "genocídio" dos povos americanos nativos e a violenta colonização europeia no continente.

[@#video#@]

Nos últimos dias, a Prefeitura de Antuérpia, na Bélgica, já havia anunciado a retirada de uma estátua do rei Leopoldo II, patrocinador de atrocidades na atual República Democrática do Congo, sua antiga propriedade particular.

Já no Reino Unido, manifestantes derrubaram a estátua de um traficante de escravos chamado Edward Colston.

Da Ansa

Desde o último domingo (31), quando grupos antifascistas ligados a torcidas organizadas de times de futebol organizaram atos pela democracia e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em várias cidades, têm surgido postagens nas redes sociais com imagens de uma bandeira associada ao movimento antifascista, com usuários se identificando com esse posicionamento político. O LeiaJá ouviu professores e uma ativista para explicar o conceito de antifascismo e o que significa a bandeira antifa, como o movimento também é chamado. 

O que é o fascismo?

##RECOMENDA##

Karl Schuster é historiador e professor há 17 anos, fez pós-doutorado em História Contemporânea pela Universidade Livre de Berlim e atualmente é livre docente da Universidade de Pernambuco (UPE). Ele explica que: “entende-se por fascismo o conjunto de movimentos políticos que pavimentaram a chegada da extrema-direita ao poder na Europa durante a década de 1920”, mas também as manifestações contemporâneas que se dão dentro de sistemas democráticos e tentam destruir o estado democrático de direito aos poucos. 

“O modo de atuar no novo fascismo promove uma erosão do ambiente democrático. A erosão é gradual, cria inimigos internos, produz isolamento, enfim, ameaça o sistema como um todo. Daí a importância do uso do plural, fascismos. O nazismo foi, em verdade, um tipo de fascismo. Esses movimentos são aquilo que o historiador alemão Ernst Nolte chamou de Anti, são antiliberais, anticomunistas, antimarxistas. O alimento da política e do discurso fascista é a eterna sensação de que o país vai de mal a pior e que apenas eles, os fascistas, seriam capazes de restituir o que a sociedade perdeu, seja por defender um ultra fanatismo em costumes, retomando pautas já superadas, ou com o discurso de que são a própria renovação de uma política carcomida pela corrupção”, explicou o professor. 

No Brasil, de acordo com o professor de história José Carlos Mardock, o fascismo teve uma relação forte com o governo de Getúlio Vargas no período ditatorial do Estado Novo, perseguindo seus opositores. “O escritor alagoano Graciliano Ramos, que era membro do Partido Comunista Brasileiro, foi um dos presos políticos do Estado Novo a transitar pelos calabouços da repressão. Toda a sua experiência está relatada no livro Memórias do Cárcere”, contou Mardock.

Jones Manoel tem 30 anos, é historiador, mestre em serviço social, educador e comunicador popular, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do movimento negro. Ele explica uma das manifestações do fascismo no Brasil se deu por meio do Integralismo, liderado por Plínio Salgado, num grande partido que chegou a ter mais de 80 mil militantes. 

“Basicamente defendia resgatar uma ideia de brasilidade dentro de um programa nacionalista conservador, violentamente anti comunista, anti sindicatos, anti militância que misturava positivismo com fascismo e supostas tradições reais do Brasil. O Brasil desde os anos 1930 para cá nunca teve movimentos de massa fascistas, mas sempre teve pequenos grupos que reivindicam o nazismo, o nazifascismo, via de regra agindo numa perspectiva de gangue, fazendo ataques contra mendigos, homossexuais, pessoas em situação de rua e por aí vai”, disse Jones.  

Movimento e bandeira antifascista

Os movimentos de resistência aos diferentes tipos de fascismo surgem porque, como explica o professor Karl, “O fascismo não morreu com Hitler ou com o fim da segunda guerra mundial. Da mesma forma que os fascistas e as condições sociais para sua existência continuaram existindo, a resistência também. Sempre existirão [ameaças fascistas] enquanto continuarmos com as condições sociais do fascismo. Para mim, fascismo é a negação do outro. É um forte problema de alteridade e de entendimento de existência do outro como inimigo a ser aniquilado”, explicou o professor. 

Ele também conta que o enfrentamento ao fascismo nem sempre nasce de grupos necessariamente denominados antifascistas ou em momentos em que a ameaça é iminente e muito forte, mas também de pautas de movimentos da sociedade civil em busca de mais democracia. 

“[Há movimentos que] não são necessariamente antifascismo, eles abraçam essa pauta por serem movimentos que vigiam, garantem o mínimo de manutenção do estado democrático. Eles são fundamentais para a democracia e existem mesmo sem o fascismo como perigo eminente. Eles nascem da sociedade civil organizada. Nascem da natureza desigual do estado e se fundam numa luta constante por reconhecimento e autonomia das minorias ou de pautas de inclusão, de direitos humanos ou mesmo de reforma agrária, no caso do passado recente do Brasil”, disse o professor Karl Schuster. 

Os movimentos conhecidos como “antifas” surgiram, segundo o professor Mardock, da união entre os partidos Comunista Alemão (KPD) e o socialista alemão (SPD) da luta contra o fortalecimento nazista na década de 1930. “Os partidos KPD E SPD, juntos, venceram Hitler nas eleições de 1933, daí a justificativa para as bandeiras”, explicou ele.

Já o professor Karl conta que a imagem das duas bandeiras, que também aparecem em vermelho e preto, representam uma ideia da criação de uma frente única contra o fascismo e também representam o anarquismo. “Essa bandeira representa a ideia de frente única, a ideia de que todos que são antifascistas estariam unidos, ao menos naquele momento, contra a avalanche fascistizante. As cores representam o anarquismo, o socialismo libertário. Liberdade de quaisquer tipos de hierarquia e coerção são fundamentais nessas duas correntes, que têm rejeitam o socialismo clássico por não aceitarem a hierarquia. Para ambos, o controle centralizado deve ser destruído e abolir o controle autoritário sobre os meios de produção é a ideia central”, contou ele.

De acordo com o historiador, educador e mestre em serviço social, Jones Manoel, havia uma disputa entre anarquistas e comunistas pela “cabeça” do movimento operário, mas diante da ameaça de um grande inimigo maior, foi necessário unir forças. “Como o fascismo tem a característica de montar suas tropas de choque, suas milícias armadas, o antifascismo se dava a partir de ações de massa, debates, ações culturais, mas também ações de rua para tentar intimidar os fascistas e não deixar que eles tomassem conta da arena pública. Aqui no Brasil teve um famoso evento antifascista, a batalha da Praça da Sé, quando antifascistas de variadas matizes se uniram para expulsar os integralistas numa batalha que envolveu muita porrada, agressões físicas e alguns tiros, num episódio em que os comunistas colocaram os fascistas para correr no episódio que ficou conhecido como a ‘revoada das galinhas verdes’. Basicamente os grupos antifas surgem da percepção do movimento operário do perigo que o fascismo representa”, explicou ele.

Reunião de grupo da Juventude Integralista, grupo fascista brasileiro/Domínio Público

Militância on-line e nas ruas

A advogada Ana Cristina Rossi, de 28 anos, é natural de Florianópolis mas mora em São Paulo desde 2013, ano em que começou a participar de manifestações de rua. Em 2016, junto com outros dois amigos, ela fundou o Coletivo Pela Democracia, com o objetivo de promover atos e impedir o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Recentemente, em decisão conjunta com os demais administradores do coletivo, o grupo mudou de nome e passou a se chamar “Coletivo Democrático Antifascista M14”. 

“Com o avanço dos retrocessos e os absurdos que o Presidente vinha propagando dia a dia, a ineficiência desse governo no combate ao Covid-19, foi gerando uma revolta muito grande, então sugeri um novo nome. Sempre tivemos esse posicionamento antifascismo, contra a extrema-direita, racismo, xenofobia. Nossa ideologia é completamente voltada ao socialismo, comunismo, de forma que a gente era a oposição da oposição para esse governo. O discurso desse governo é fascista, nossa principal pauta é a democracia”, contou ela. 

Questionada sobre a razão para, em sua opinião, ter crescido o volume de pessoas nas redes sociais se identificando como antifascistas, Cristina aponta uma conexão entre os atos contra a violência policial que têm ocorrido nos Estados Unidos e a realidade violenta que também é fortemente enfrentada nas periferias do Brasil. 

“Eu acredito que tenha relação em primeiro lugar com o movimento #blacklivesmatter. Esse movimento se alinhou muito com o que está acontecendo aqui no Brasil, o número de mortos nas periferias do Brasil, a forma como a polícia atira indiscriminadamente no povo preto. Dois coletivos se reuniram para combater esse fascismo crescente na América: Democracia Corinthians e Palmeiras antifascista, se eu não me engano, estavam na [Avenida] Paulista com uma pauta muito bacana, Anti Bolsonarista, e houve confronto com a polícia. Isso tudo foi uma das razões para deixar bem claro o que eu já sei desde sempre sofremos com a ação da PM do governo de SP, mas agora eles se sentem legitimados”, afirmou a advogada. 

Jones Manoel, de 30 anos, nasceu na favela da Borborema, zona sul do Recife. Negro, filho de empregada doméstica e órfão de pai aos 11 anos, precisou trabalhar ainda na adolescência e conta que aos 19 anos um amigo lhe apresentou a universidade. A partir desse momento, ele começou a se empenhar para o vestibular e conseguiu a aprovação, montando depois um cursinho popular ao descobrir que junto a outros dois amigos de sua comunidade, eles eram os primeiros daquela região a entrar na universidade. O projeto durou dois anos e ajudou 30 jovens a serem aprovados. 

Durante sua vida de militância, além do PCB e do movimento negro, Jones participou de outros espaços de luta política, como o movimento estudantil, movimento passe livre e jornadas de junho, entre outras atividades. Questionado sobre as razões pelas quais acredita que as imagens da bandeira antifascista passaram a ter um compartilhamento massivo nas redes sociais desde o último final de semana, Jones aponta tanto para o perfil autoritário do projeto bolsonarista de governo quanto para os atos pró-democracia e antifascistas realizados no domingo (31). 

“Os atos de domingo abertamente se colocando em defesa da democracia numa perspectiva popular e antifascista, deram um gás, renovaram esperança e chamaram atenção. Eu acho que é por isso que se colocou essa ideia do antifascismo, porque não existe mais dúvidas que o projeto bolsonarista é fascista. O governo não é fascista, o Estado não é fascista, o fascismo enquanto regime político não está implantado no Brasil e nem eu acho que vai, espero estar certo, mas Weintraub, Ricardo Salles, Bolsonaro, são ideologicamente fascistas, têm uma simbologia fascista e vários grupos fascistas os apoiam”, diz.

LeiaJá também

--> Manifestos pró-democracia ganham força e unem rivais

--> A história alerta: o nazismo não deve ser saudado

--> Bolsonaro republica tuíte de Trump contra movimento antifa

Diante de manifestações que repercutem no País, o Levante Popular da Juventude, movimento da sociedade civil organizada, promove um curso on-line que aborda o tema ‘fascismo e racismo’. O encontro será transmitido através do canal no YouTube da organização, entre os dias 4 e 16 de junho, às 17h, de forma gratuita.

Interessados em participar do curso de qualificação deverão realizar a inscrição através deste link  até o dia 16 de junho. O objetivo é contabilizar as pessoas participantes para entrega de certificado ao final do curso, e por isso, não há cobrança de valores. 

##RECOMENDA##

O curso, dividido em quatro módulos, pretende tornar comum o conhecimento sobre os processos de opressão política na sociedade brasileira e seus desdobramentos. As aulas serão oferecidas nas terças e quintas-feiras, respectivamente, nos dias 4, 9, 11 e 16 de junho, às 17h, no canal do YouTube do Levante Popular da Juventude. Todas os encontro virtuais serão disponibilizados no próprio canal para consulta posterior. 

LeiaJá também

--> Concurso abre inscrições para projetos de negros LGBTI+

Em pronunciamento nesta terça-feira (2), o senador Humberto Costa (PT-PE) declarou que é notório o crescimento de levantes populares contra o racismo e o fascismo que estão ocorrendo Brasil e no exterior. Para o senador, essa forte reação popular é fruto da insatisfação das pessoas contra as pautas e as políticas implementadas por governos da extrema direita em nível internacional. Humberto alegou que o mundo já se cansou das “aberrações” cometidas por líderes como os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos.

‘As pessoas não aceitam mais a retirada de direitos dos trabalhadores, a destruição das políticas sociais, o crescimento da violência contra os povos e as populações oprimidas e o aumento das desigualdades. Não aceitam, também, os arroubos autoritários e as ameaças à democracia, à liberdade e ao estado democrático de direito”, ressaltou.

##RECOMENDA##

De acordo com o senador, no caso específico do Brasil, está evidente a conduta do governo federal que "tem se empenhado no desmonte das políticas afirmativas de igualdade racial", construídas, segundo ele, nos governos do Partido dos Trabalhadores. Acrescentou que não percebe qualquer esforço do presidente Jair Bolsonaro na construção de uma política social de inclusão e efetivamente democrática no Brasil.

“A política do governo é voltada a oprimir ainda mais as populações indígenas, negras e quilombolas em nosso país. Mas aqui, no Brasil, e igualmente no mundo, há uma forte reação contra tudo isso. Percebemos também o início de uma forte resistência contrária à pregação de ódio, de violência, de defesa do armamento e da guerra civil propostas pelo presidente Bolsonaro. Apesar disso, essa não é a índole do povo brasileiro. Os estímulos do presidente da República e seus apoiadores não encontram amparo entre os cidadãos do país, que, sim, querem avançar com luta para melhorar sua condição de vida, mas não aceitam de forma alguma os métodos de incentivo ao ódio e à violência do governo federal “, afirmou.

Impeachment

Humberto Costa pediu, ainda a união de todas as forças democráticas para "fazer frente à intenção do presidente de querer dar um golpe de Estado para implantar uma ditadura no Brasil". Ele disse que Bolsonaro tem utilizado métodos e símbolos "claramente nazistas", e que a cada dia o chefe do Executivo tem dado um passo a mais para conquistar apoio a seus intentos de fomentar uma ruptura constitucional.

Apesar disso, ressaltou o senador, a população está desperta e atenta à situação e já iniciou uma reação contrária a esses movimentos antidemocráticos. Para Humberto, a ocasião é oportuna para que a sociedade se una na defesa das liberdades democráticas e na defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, para impedir que ele não continue a implantar essa política “genocida”, ressaltou.  

*Da Agência Senado

 

O vocalista da banda CPM22, Fernando Badauí, publicou em seu Twitter um desabafo sobre tudo o que está acontecendo no mundo. “Estamos vivendo o pior momento de nossa geração e o mais escancarado também. As máscaras estão caindo e isso facilita na escolha de quem realmente queremos ao nosso lado”, diz.

Algumas horas depois de sua postagem, o artista comentou que perdeu alguns seguidores no Twitter e no Instagram. “‘Desculpa aí’ se eu te decepcionei defendendo a democracia ou repudiando atos racistas”, ironiza o vocalista.

##RECOMENDA##

Não é a primeira que Badauí utiliza suas redes sociais para se posicionar, desde o início da pandemia que o músico tem se manifestado a respeito de assuntos como pandemia, política, racismo e fascismo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou um vídeo no Facebook, na noite do domingo (31), com uma famosa frase atribuída ao líder fascista Benito Mussolini. No vídeo, um idoso italiano está caminhando na rua e fazendo um discurso supostamente defendendo a liberdade. Em determinado momento da gravação ele diz "melhor um dia como leão do que cem anos como ovelha", citação usada pelo fascismo italiano e que teria sido repetida por Mussolini.

"Em 1 minuto o velho italiano resumiu o que passamos nos dias de hoje", escreveu Bolsonaro na publicação.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Em 2016, o então pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou a mesma frase no Twitter. Ela havia sido escrita por uma conta paródia cuja foto de perfil era uma imagem do ditador italiano com os cabelos de Trump.

O atual presidente dos Estados Unidos recebeu uma série de críticas por compartilhar a mensagem. Em entrevista à TV americana NBC, Trump disse que não sabia que a citação era de Mussolini, mas não pareceu arrependido. "É uma citação muito boa. Eu não sabia quem tinha dito, mas que diferença faz se foi Mussolini ou outra pessoa? É uma ótima citação", disse na ocasião.

[@#podcast#@]

Alguns políticos criticaram Bolsonaro pelo vídeo compartilhado. "Bolsonaro exalta Mussolini, um ditador fascista aliado de Hitler, responsável por mais de 440 mil mortes e que perseguiu quem discordava dele. O presidente brasileiro deixa bem claro que quer um regime autoritário por aqui", escreveu o deputado federal Alessandro Molon (PSB). A deputada federal Luzianne Lins (PT) afirmou: "O genocida Bolsonaro não para de flertar com o fascismo e de cometer crimes de responsabilidade. Faz postagem com frase de Mussolini, fundador do fascismo, para atiçar sua horda de lunáticos. Já conhecemos bem suas artimanhas". O presidente não se manifestou sobre a publicação.

A frase dita pelo idoso é uma das utilizadas pelos regimes nazifascistas, explica o professor de história José Carlos Mardock. Segundo o professor, tais regimes tinham como característica o uso de linguagem simples e objetiva, com o objetivo de manipular as massas e ativar o nacionalismo. Na opinião do docente, Bolsonaro usou o vídeo para confundir os espectadores, afirmando que “o Congresso estaria infringindo um direito constitucional, o de ir e vir, garantido pela Carta de 1988. Porém, as frases destacadas pelo idoso são, em sua maioria, de extrema direita. Essa tem sido a saída do presidente, o uso de mensagens subliminares ou com duplo sentido”, avalia.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando