Tópicos | Fauno

A cantora Cacau Novais é a atração desta sexta-feira (29) no projeto Jazz N’ Blues do espaço de arte e gastronomia Casa do Fauno, em Belém. O show “Uma Noite com Ella” vai revisitar o repertório da diva do jazz Ella Fitzgerald. O início será às 22 horas, com ingresso a R$ 20.

Três dos mais talentosos e respeitados músicos paraenses acompanharão Cacau em seu passeio musical pelo melhor jazz cantado do século XX – o baterista José Sagica, o guitarrista Davi Amorim e o contrabaixista Príamo Brandão. “Ao longo dos anos, esses músicos vêm me acompanhando em fases diferentes da minha carreira. Já fizemos muitos trabalhos juntos. São músicos de primeiríssima qualidade, parceiros e cúmplices que me deixam absolutamente tranquila no palco”, elogia a cantora.

##RECOMENDA##

Cacau faz algum segredo da playlist de seu tributo a Ella Fitzgerald, mas dá pra imaginar o que ela vai interpretar na Casa do Fauno: as canções de Cole Porter e dos irmãos George e Ira Gershwin imortalizadas por Lady Ella, os clássicos de Cole Porter, as músicas inesquecíveis que a diva gravou com Louis Armstrong, a Bossa Nova made in Brazilque a cantora norte-americana tanto amou, gravou e ajudou a divulgar pelo mundo.

“Antigamente eu costumava dizer que divas como Ella eram minhas professoras. E acho que ainda são. Sempre que ouço a voz de Ella presto atenção na respiração, na agilidade com que executava as notas, na respiração, na entonação exatas e acabo tomando tudo isso como uma lição pra mim. Acho que as primeiras canções que ouvi na voz de Ella Fitzgerald foram as compostas por Cole Porter. Também sempre me encantou a interpretação que ela fazia de Gershwin, especialmente as canções da ópera ‘Porgy and Bess’”, derrete-se Cacau Novais, que, embora habituada a cantar jazz com repertório de intérpretes e compositores variados, pela primeira vez na vida vai encarar o desafio de cantar somente Ella.

Ella Fitzgerald, que em vida ganhou o epíteto de “Primeira-dama da Canção”, nasceu em 1917 e morreu em 1996, nos Estados Unidos, aos 79 anos. Sua carreira artística começou já aos 16 anos, em 1933, num programa de calouros; mas não cantando e sim apresentando um número de dança, pois sonhava ser bailarina.

Porém sua bela voz falou mais alto. Afinada, capaz de alcançar três oitavas, senhora absoluta do tempo e do ritmo, com “scat” inimitável, a voz de Ella ajudou-a até mesmo a superar o preconceito daqueles que a achavam feia para subir ao palco. Contratada pelo baterista Chick Webb como crooner de sua orquestra, ela começou a fazer sucesso – e jamais parou. Gravou com monstros sagrados do jazz como Louis Jordan, Dizzy Gillespie, Duke Ellington, Oscar Peterson, Count Basie. Seus duetos com Frank Sinatra, ainda e sempre reprisados pelos canais por assinatura especializados em música, são imortais.

Cacau Novais é cantora, arte-educadora e tem jazz na veia desde que se entende como artista. Começou a cantar na igreja, depois aperfeiçoou sua técnica estudando Canto Lírico no Conservatório Carlos Gomes. Trabalhou com  música erudita tradicional, música sacra e ópera, como integrante do coro lírico em Macbeth (2000), Romeo et Juliette (2009), La Traviata (2010) e Cavalleria Rusticana (2012), ou seja, em diferentes edições Festival de Ópera do Theatro da Paz. Apresentou-se também no Festival Internacional de Música do Pará em 2006, 2008 e 2012; atuou no musical “Ópera Profano” (2010) e nas peças “Batista” e “Acorde Margarida” (2012), de autoria de Carlos Corrêa Santos.

Na música popular, caminho sem volta para ela, Cacau Novais investe num repertório refinado e passeia por vários estilos. Participou da gravação do CD “Waldemar Inédito e Raro Henrique II” em 2005; apresentou shows  como “Sophisticated Lady” (2005) e “Toda Bossa e Recortes” (2011); participou do Projeto Sons do Brasil no Maifest Brooklin, São Paulo (2013) e também do projeto Samba e Amor e Caminhos de Fé (2013); em 2012 fez uma temporada de shows na Dinamarca, cantando música brasileira. Seu show cantando Ella Fitzgerald, na Casa do Fauno, será único. Mais um motivo para não perdê-lo. Poderá repetir-se, ou não, dependendo do rumo dos ventos e dos acontecimentos na carreira singular de Cacau Novais.

Serviço

Artista: Cacau Novais

Show: Uma noite com Ella

Local: Casa do Fauno

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém

Data e hora: 29 de março de 2019, sexta-feira, 22h

Ingresso: R$ 20

Informações: (91) 98038-9110

Da assessoria do evento.

[@#galeria#@]

Prova viva de que a música não tem limites nem fronteiras geográficas ou linguísticas, o músico, compositor e cantor paraense Edwaldo Henrique Lourenço sobe ao palco do espaço de arte e gastronomia Casa do Fauno nesta sexta-feira (15) para apresentar seu show Buscapé Blues, a partir das 22 horas, dentro do projeto Jazz N’Blues. O ingresso custa R$ 15.

##RECOMENDA##

Pouca gente sabe quem é Edwaldo, mas em Belém, nos circuitos de arte e cultura da Marambaia à Cidade Velha, não há quem não conheça Buscapé, identidade artística assumida por ele há mais de 30 anos. E o artista, para variar, estará em ótima companhia: Lobo Jr., contabaixo; Jorge Furtado, guitarra; André Macleuri, teclados; e Mauro Vaz, bateria.

Embora não toquem somente blues, Buscapé e sua trupe musical prepararam um set da pesada com composições clássicas e também adaptadas à linguagem do gênero, cuja matriz é a cultura negra do sul dos Estados Unidos. “A direção do Fauno provocou a gente pra fazer um show de blues, e nós adoramos a ideia. Vamos fazer, então, um blues com pegada brasileira, isto é, com muito Celso Blues Boy, muito André Cristovam e um bocado de Cazuza”, adianta o músico.

O abrasileiramento do blues é bem a cara de Buscapé. Embora ame o gênero e seus primos-irmãos como o rock-and-roll, o soul, o jazz e todas as variantes da música popular universal, o artista admite tomar as próprias liberdades com as tradições vindas de outras culturas nacionais, musicais e linguísticas. “Só canto em português. Aliás, eu só componho em português também. Me desculpe, mas acho a poesia da nossa música mais rica que a de língua inglesa. Temos, em nosso baú, verdadeiras preciosidades de grandes letristas de todos os tempos”, defende.

A trajetória artística de Buscapé daria um romance pop e até um filme ao modo de Quentin Tarantino. Ele se envolveu com arte, particularmente com arte musical, em meados dos anos 1980, no bairro da Marambaia, onde havia um circuito cultural periférico – se assim pode dizer sem resvalar na dicotomia simplista, e às vezes preconceituosa, centro versus periferia – que tinha a praça Tancredo Neves como polo de atividades. E lá rolavam música, pintura, fotografia, poesia e outras artes e ofícios.

“Nessa época eu comecei a compor e a subir ao palco para me apresentar. A primeira vez que toquei em público foi num festival de heavy metal no Teatro Waldemar Henrique, em 1986. Pra você ter ideia, o baixista da banda tocava um instrumento não com quatro, mas com apenas duas cordas”, recorda, entre risos. Naquele tempo, os ídolos maiores eram (e jamais deixaram de ser) Ozzy Osbourne – famoso, dentre outras façanhas, por arrancar a cabeça de um morcego no palco, com os próprios dentes –, Black Sabbath, AC/DC, Van Halen, Queen, Led Zeppellin, Pink Floyd, Iron Maiden e Judas Priest; e, antes deles, The Beatles, The Rolling Stones, Credence Clearwater Revival, dentre outros.

Mas este era apenas o Lado B do primeiro Buscapé, posterior ao Lado A, que vinha dos anos 1970 e tinha matriz nacional, alimentada dentro de casa pelos LPs que tocavam na vitrola da família. Nesta, os alto-falantes reverberavam o som de Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Secos & Molhados e de muita gente boa, além deles, que compunha e cantava no melhor português da Terra.

Serviço

Show: Buscapé Blues.

Artistas: Edwaldo Henrique Lourenço, Lobo Jr., Jorge Furtado, André Macleuri e Mauro Vaz.

Local: Casa do Fauno.

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém.

   Data e hora: 15 março de 2019, sexta-feira 22h.

Ingresso: R$ 15.

Informações: (91) 99808-2322.

Da assessoria do evento.

[@#galeria#@]

Primeiramente foi Tim Maia, lembrado e celebrado num show instrumental que cativou e emocionou o público no dia 16 de fevereiro. Agora, passado o carnaval, o Trio Igarité volta ao espaço de arte e gastronomia Casa do Fauno, em Belém, para revisitar o repertório da Tropicália, o movimento musical que implodiu a MPB há mais de 50 anos, com gritos e sussurros, guitarras elétricas, som eclético e vocação para causar polêmica. O show será neste sábado (9), a partir das 22 horas, com ingresso a R$ 15,00.

##RECOMENDA##

Se é para ter um nome – porque nem tudo é improviso, afinal –, o grupo intitulou o show como “Trio Igarité toca Tropicália e outros sambas”. Será também um show instrumental no qual os virtuoses do grupo interpretarão temas como “Panis et circenses” e  “Baby”, dentre outros de compositores do movimento, mas também “Samba de uma nota só” e  “Desafinado”, que são Bossa Nova pura e destilada, e até composições do Beatles.

Misturar conceitos, referências e sonoridades era, de fato, especialidade dos tropicalistas, liderados por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Torquato Neto e Capinam, dentre outros. Em seu “Livro de Ouro da MPB” (Ediouro, 2003), o crítico e pesquisador Ricardo Cravo Albin assinala que “a estética do Tropicalismo ressaltava os contrastes da cultura brasileira, como o arcaico convivendo com o moderno, a cultura de elite com a cultura de massa. Foi assim que absorveu vários gêneros musicais como samba, bolero, frevo, música de vanguarda erudita e o pop-rock nacional e internacional, mas também as inovações da Jovem Guarda, como a incorporação da guitarra elétrica. E, dentro dessa mesma linha, buscou apropriar-se poeticamente de disparidades, que iam de Brasília a Carmen Miranda, da ‘palhoça’ – a habitação rústica do nosso Brasil interiorano – ao legado do Movimento Modernista de 1922”.

“Nesse contexto musical multifacetado da Tropicália, nossa ideia é desenvolver temas de jazz a partir das melodias, todas muito conhecidas do público, e interferir nesses temas com nossos improvisos e com nossos solos de bateria, baixo e guitarra”, diz o contrabaixista Maurício Panzera. Além dele, a formação do Igarité para o show inclui André Macleuri na bateria e a participação especial de Marcelo Viana na guitarra. “Como de hábito, abriremos espaço para canjas”, promete o contrabaixista.

Panzera adianta que o show “Igarité toca Tropicália e outros sambas” será ainda mais instrumental do que o que homenageou Tim Maia, com casa cheia e público interagindo a cada canção. O motivo, ele diz, é que as letras dos tropicalistas são mais complexas que as de Tim e também menos conhecidas, o que decerto vai diminuir a participação direta da plateia ‘nos vocais’. “Mas tudo bem! Embora a ênfase do show vá ser no instrumental, acreditamos que mesmo assim devem rolar trechos cantados. Ficaremos abertos para isso. Não vamos podar o público”, promete.

Serviço

Atração: Trio Igarité

Artistas: André Macleuri, Marcelo Viana, Maurício Panzera

Show: Trio Igarité toca Tropicália e outros sambas

Local: Casa do Fauno

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém

   Data e hora: 9 de março de 2019, sábado, 22h

Ingresso: R$ 15

Informações: (91) 99808-2322

Da assessoria do evento.

<p>O cantor, compositor e instrumentista Mateus Moura não se contentou em apresentar-se sozinho, no formato voz e violão, e reuniu uma turma da pesada para subir com ele ao palco no show “Com licença”, que está agendado para o espaço de arte e gastronomia Casa do Fauno, em Belém, nesta quinta-feira (14), a partir das 22 horas. O ingresso custará apenas R$ 15.&#13;&#13;
</p><p>Em clima de carnaval, Mateus e convidados mandarão muitos sambas e marchinhas de autoria do próprio compositor. As participações especiais serão de Reebs Carneiro, Otânia Freire e Lu do Carmo (do grupo Cantos de Areia), Jimmy Goes (da banda Enfim Nós e Les Rita Pavone) e Larissa Medeiros (do Bando Mastodontes). “Entre canções antigas e inéditas, vai ser uma grande folia, isso eu garanto”, promete Mateus, cujo objetivo com o show é arrecadar recursos para a pré-produção e a finalização de seu primeiro EP, que terá o meus título do show – “Com licença”.&#13;&#13;
</p>##RECOMENDA##<p>Mateus Moura nasceu no Rio de Janeiro em 1987, mas foi criado no Pará. Começou a carreira artística em 2010. De lá para cá, testou seu cancioneiro na banda Les Rita Pavone, no projeto de compositores Urubu Pavão e em shows com múltiplos parceiros. Recentemente percorreu a América Latina, o sudeste e o sul do Brasil, dando início a novas parcerias musicais. “Meu estilo flerta com atmosferas aparentemente distantes. Acho que minha principal característica é transitar entre diversos gêneros, o que eu vejo como fruto irreversível de uma personalidade nômade que eu trago de berço”, autoanalisa-se o artista.&#13;&#13;
</p><p>Quem ouve Mateus Moura, portanto, ouve cânticos ritualísticos da mata, sambas introspectivos, cocos irreverentes, rocks de baile, valsas do mar, bois de protesto, carimbós de escracho, pontos e psicodelias variadas. “Meu foco principal é dar a cada música a interpretação e o arranjo que me sugere a sua singularidade”, afirma.&#13;&#13;
</p><p>No primeiro semestre de 2018, mais precisamente no mês de abril, Mateus foi convidado pela musicista Dominique Rabello para gravar algumas de suas canções nas dependências do Studio Aldeia, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Foram duas semanas intensas, sob o acompanhamento técnico de Paulo Maganinho. “Gravamos quatro músicas, que tiveram participações sensíveis de instrumentistas da cena petropolitana”, recorda o artista.&#13;&#13;
</p><p>No segundo semestre, já à altura de novembro, com Mateus Moura na voz e no violão, Dominique e Reebs Carneiro nos sopros, Jorge Amorim e Flavio Gama na percussão, Otânia Freire e Lu do Carmo no coro, teve início a turnê“Com licença”, com duas apresentações em casas de show importantes de Belém e a participação no I Jaca Fest. Agora essa turma da melhor qualidade vai baixar na Casa do Fauno com o mais puro espírito de Momo, seja a noite de quinta-feira de estio ou de chuva. “Vamo’ nessa, gente. Para nós já carnaval”, convida Mateus Moura.&#13;&#13;
</p><p><strong>Serviço</strong>&#13;&#13;
</p><p>Atração: Mateus Moura&#13;&#13;
</p><p>Show: “Com licença”&#13;&#13;
</p><p>Participações especiais: Reebs Carneiro, Otânia Freire, Lu do Carmo, Jimmy Goes e Larissa Medeiros&#13;&#13;
</p><p>Local: Casa do Fauno Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém&#13;&#13;
</p><p>Data e hora: 14 de fevereiro de 2019, quinta-feira, 22h&#13;&#13;
</p><p>Ingresso: R$ 15</p><p>&#13;&#13;
Informações: (91) 98038-9110&#13;&#13;
</p><p><em>Da assessoria do evento.</em></p>

[@#galeria#@]

Os amigos do moço tímido que circulava com os olhos encobertos por óculos miúdos, no final da década de 1980, pelos pavilhões e pela beira-rio do campus da UFPA, em Belém, eram cientes de sua paixão pela literatura. Os mais próximos liam os versos que escrevia e por meio deles reconheciam, de imediato, um talento muito acima da média dos poetas de ocasião aglutinados em concursos e antologias universitárias.

##RECOMENDA##

Trinta anos depois, o rapaz amadureceu; hoje é um respeitável cidadão de 56 anos. O poeta também evoluiu, e alçou-se, mais uma vez, acima dos diletantes. Agora Antônio Moura é um honorável escritor com 11 livros publicados, oito deles no Brasil, três no exterior. Tradutor de poesia de língua francesa (Jean-Joseph Rabearivelo) e espanhola (César Vallejo), tem sua própria obra vertida e disseminada além-mar, em traduções para o castelhano e o inglês.

Como poeta, Moura labora rigorosamente a palavra, revelando-se às vezes ascético e impessoal, observou o crítico Benedito Nunes (1929-2011) ao apresentar seu segundo livro, “Hong Kong & Outros Poemas" (Ateliê Editorial, 1999, 89 pág.). Seu verso não cede à rima; centra-se no ritmo, compondo-se recitável e até cantável, se o leitor, dentro do próprio horizonte de expectativas e desejos, assim o quiser. Em sua carpintaria literária, ora modela poemas em prosa, ora experimentos gráfico-poéticos à maneira concreta, ora tercetos, ora quadras, mas ama e aplaina mesmo é o dístico – estrofe mínima de dois versos –, forma essencial e hiperconcentrada, minimalista até, na qual já alcançou mestria, como se pode observar em “A outra voz” (Patuá Editora, 2018, 118 pág.), seu livro mais recente.

Na obra de Moura, os temas vão se alinhavando e adicionando livro a livro: o tempo e a linguagem – matérias-primas por excelência do fazer poético –, a filosofia e a memória, a amizade e o desejo, o drama duplamente cósmico e ontológico da existência, a poesia com suas múltiplas vozes e influências, e agora, com pesar e nota de espanto, a cena histórica maculada por extremismos redivivos no século XXI. “A oficina do fascismo fabrica frias algemas”, alerta no belo, ainda que pesaroso, “Poema para ler ao andar com cuidado”.

Primeiro autor paraense vivo a ter a obra discutida no projeto Café Literário da Casa do Fauno, Antônio Moura tem encontro marcado com o público nesta quinta-feira (7), a partir das 19h30, no casarão do Baixo Reduto. Na ocasião, de viva voz, discorrerá sobre “Poesia, existência, resistência”, e lançará o poema-cartaz “Onipresença Onipotência”, em série numerada e autografada de apenas 50 exemplares.

Com exclusividade para o LeiaJá Pará, Antônio Moura gravou um breve podcast no qual fala sobre a necessidade e a pertinência da poesia no mundo contemporâneo, sobre o caráter não mercadológico da palavra poética e sobre a vocação para a resistência que lhe é peculiar – e agora mais do que nunca necessária – nos territórios da linguagem e da política. Clique no ícone abaixo e ouça.

Serviço

Evento: Café Literário.

Tema: “Antônio Moura: poesia, existência, resistência”.

Convidado: Antônio Moura, poeta e tradutor.

Moderador: Iran de Souza, jornalista.

Local: Casa do Fauno.

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém.

Data e hora: 7 de fevereiro de 2019, quinta-feira, 19h30.

Entrada: gratuita.

Informações: (91) 99808-2322.

Por Iran de Souza, especialmente para o LeiaJá.

[@#podcast#@]

 

Ousado, inusitado, dançante, alto-astral é o mínimo que se pode dizer do show que vai balançar as estruturas do casarão da Casa do Fauno neste fim de semana. E quem vai aterrissar no palco do espaço gastronômico e cultural do Reduto, neste sábado (26), é ninguém mais, ninguém menos que a drag queen Dona Sandra, também cantora e apresentadora, com o show “Drag no Brega”. O início será às 22 horas, com ingressos a R$ 15.

Dona Sandra, cuja carreira musical começou na virada de 2014 para 2015, oferecerá ao público uma amostra do seu novo espetáculo musical, que está sendo ensaiado e com o qual, em breve, empreenderá uma turnê. “Drag no Brega” – ainda o nome provisório do show – contém músicas autorais do EP lançado por ela em 2017 e traz, também, material novo.

##RECOMENDA##

Dentre as músicas lançadas por Dona Sandra, do final de 2018 para cá, estão três cujos clipes podem ser vistos no YouTube: “Bumbum batendo”, uma mistura de reggaeton com batidão de brega; “Tremendo o paredão”, um tecnobrega da pesada com participação da diva do gênero Keila Gentil; e “Dançando merengue”, um merengue, como o nome já diz, com participação da banda Xeiro Verde – esta lançada por último, já no mês de dezembro.

Em sua performance no palco, Dona Sandra terá a companhia da DJ Daniela, no sampler, com quem trabalha em sintonia fina. “Todas as músicas que vou apresentar eu mesma compus, a não ser uma que foi feita em parceria com uma amiga”, revela. Serão mais ou menos 90 minutos de apresentação. “Aviso logo: em show meu ninguém fica sentadinho, comportadinho, paradinho, viu? Vou botar todo mundo pra dançar”, promete.

A música de Dona Sandra é, de fato, um convite a soltar o corpo e deixar-se levar pelos ritmos que ela mistura com verve, suingue e uma dose generosa de bom humor. A artista conta que seu primeiro EP já tinha uma atmosfera sonora de boate, tipo festa mesmo, com batida eletrônica e letras insinuantes que convidam o ouvinte a cair na pista. No segundo EP eu trago mais batidas ainda do que no primeiro, mas sem perder essa vibe, essa pegada, esse alto astral, porém com um certo predomínio do tecnobrega”, detalha.

É importante que o público saiba, observa a artista, que Dona Sandra é uma identidade artística que só existe no palco. Fora dele, sem as roupas e a maquiagem extravagantes com as quais se apresenta, a drag queen abre espaço para seu criador, o publicitário Fabrício Figueiredo, de apenas 23 anos, especializado em design gráfico e marketing. “Eu uso a drag apenas para mostrar minha arte. Não sou Dona Sandra o tempo todo. E quem sou eu, de fato? Olha, sou um rapaz como outro qualquer. Há quem diga que sou até bonitinho, há quem diga que nem tanto”, ironiza.

Fabrício, que foi ator de teatro por cinco anos, conta que Dona Sandra nasceu na ribalta, em uma peça homônima – ou seja, intitulada “Dona Sandra” – dirigida por seu primo Bruno Torres. “A personagem era uma vendedora de tacacá, moradora da periferia de Belém, que tinha o sonho de virar estrela pop. Até que um dia o milagre acontece, mas somente no plano onírico, não na vida real”, conta.

Na época – virada de 2014 para 2015 –, para divulgar a peça, Fabrício destacou apenas uma cena musical do espetáculo e apresentou-a à parte sempre que encontrava ocasião.  A resposta do público foi tão boa, mas tão boa, que Dona Sandra, aos poucos, ganhou vida própria e virou o projeto artístico-musical que é agora.

 Perguntado se não é muita ousadia, em plena onda neoconservadora, investir numa identidade artística como a de Dona Sandra, com imagem pansexual, atitude e discurso provocadores, Fabrício reflete e conclui: “Acho que ser artista neste momento é carregar uma responsabilidade ainda maior. O público conservador, bem, esse não te aceita de qualquer jeito – não tem conversa. Mas quem compreende a nossa música, a nossa proposta e a nossa atitude, e muita gente compreende, pode ter certeza, não espera menos da gente. São pessoas que, como nós, querem resistir ao conservadorismo. Então vamos resistir juntos, né? E a música faz essa ponte, a música é o elo que nos une e nos fortalece numa resistência ao retrocesso que, agora, na minha opinião, é mais necessária do que nunca”, diz Dona Sandra – a face artística, ousada e criativa de um rapaz latino-americano, esclarecido e destemido, chamado Fabrício Figueiredo.

Serviço

Show: Drag no Brega

Artistas: Dona Sandra

Local: Casa do Fauno

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém

 Data e hora: 26 de janeiro de 2019, sábado, 22h

Ingresso: R$ 15

 Informações: (91) 99808-2322

Da assessoria do evento.

 

[@#galeria#@]

Se estivesse viva, Elis Regina Carvalho Costa faria 74 anos no dia 17 de março. Dá para imaginar o quanto a "Pimentinha", com seu talento inigualável e seu temperamento explosivo, ainda estaria aprontando na cena musical brasileira. Mas a maior cantora do País passou como um furacão pela Terra: morreu há exatos 37 anos, com quase 37 de idade também, em 19 de janeiro de 1982. Em tributo a Elis e a sua grande arte, e para marcar a data em que ela disse adeus, o cantor Anderson Moyses fará show na Casa do Fauno, em Belém, neste sábado (19), a partir das 22 horas. A direção artística é de Cacau Novais.

##RECOMENDA##

Nascido em 1994, 12 anos depois da morte de Elis Regina, Moyses, de apenas 24 anos, é mais que admirador da artista. Considera-se "benemérito" do fã-clube universal da cantora. Ouve-a desde cedo, e confessa que começou a cantar por causa dela, dando “canja” em bares antes de profissionalizar-se. “Elis é o meu mito, minha maior inspiração. Todo ano eu a homenageio em meu show autoral de música paraense, incluindo material dela no repertório. Mas sempre tive o desejo de fazer um espetáculo cantando exclusivamente suas canções. E vai ser agora”, confessa o cantor.

Apadrinhado na carreira por Ronaldo Silva, um dos mestres-fundadores do Arraial do Pavulagem, Anderson Moyses já homenageou, no palco, outro de seus mitos musicais: a cantora Clara Nunes, que morreu um ano depois de Elis, em 1983. Sobre os bastidores do show, Moyses conta que que "vendeu" a ideia do tributo a Elis à cantora e produtora musical Cacau Novais, que costuma, ela própria, interpretar Elis Regina com pegada de jazz. A cantora-produtora topou na hora. “É claro que não se trata de uma superprodução, mas de um show pequeno, intimista, acústico, mas trabalhado nos mínimos detalhes – nos arranjos, nos figurinos, no repertório”, adianta Moyses, que virou o ano ensaiando bastante para fazer bonito no palco.

Acompanhado pelo percussionista Heraldo Santos, do Arraial do Pavulagem, e pelo guitarrista Silvio Junior, que vai tocar violão no show, Moyses pinçou o suprassumo do repertório de Elis Regina para o show de sábado na Casa do Fauno. O set list inclui clássicos como "O bêbado e a equilibrista", "Como nossos pais", "Onze fitas", “Alô, alô marciano", "Fascinação", "Casa no Campo", "Arrastão", "Corsário", "Black is beautiful", "Joana Francesa" e "Atrás da porta". “Cada canção tem sua história, e eu vou contar um pouco dessas histórias ao longo do show”, promete.

Para dividir com Anderson Moyses a responsabilidade de homenagear não apenas uma grande voz – reconhecidamente a maior da MPB –, mas um cantora que, com suas habilidades dramáticas, transformava cada canção numa performance inimitável tanto no palco quanto em estúdio, o artista terá como convidados a cantora de jazz Luana Almeida e o cantor de MPP Nean Galuccio. “Só posso adiantar uma coisa: todos estamos operando no modo Elis Regina de fazer música, que é o modo da paixão”, finaliza o cantor.

Serviço

Show: Anderson Moyses canta Elis.

Local: Casa do Fauno.

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém.

Data e hora: 19 de janeiro, sábado, 22h.

Ingresso: R$ 15.

Informações: (91) 99808-2322.

Realização: Cuxá Produtora Cultural.

Direção artística: Cacau Novais.

Ingressos: www.sympla.com.br.

Aqui, clipe do artista no YouTube (autoral).

Da assessoria do show.

 

Amigos, parceiros e cúmplices musicais, a cantora, instrumentista e compositora Ana Clara e a banda Meio Amargo – projeto musical do também cantor, instrumentista e compositor Lucas Padilha – têm encontro marcado nesta quinta-feira (20), em Belém, na Casa do Fauno. O som esquentará a noite de inverno a partir das 22 horas.

O show de Ana Clara e Meio Amargo foi apresentado em São Paulo, no mês de setembro, e agora chega a Belém com alguns acréscimos no repertório – um pouco do trabalho de cada um, mais releituras de composições alheias –, com arranjos de voz, violão e microkorg. Destacam-se faixas gravadas por ela, como “Prumar” (Estêvão Bertoni) e “Polaroid sem cor” (Toni Soares e Mariano Klautau Filho), e canções do Meio Amargo, como “The Johnny Depp Song” e “Pra nós dois”. Dentre as composições está a inédita “Ruído Branco”, single que está em pré-produção e tem lançamento previsto para 2019.

##RECOMENDA##

Ana Clara, voz e sintetizador, Meio Amargo, voz, violão e banjo de Lucas Padilha, é uma mistura que vem dando certo há tempos. “Somos muito amigos e temos muitas afinidades musicais, gostos e referências parecidas. E já temos muitas composições juntos”, relata Ana Clara. “É verdade. Nossa parceria tem alguns anos já. Somos amigos. Lançamos um single juntos. Compomos juntos. Nunca havíamos planejado um show com o nosso repertório, até que fizemos um em setembro, em São Paulo, e agora vamos apresentá-lo em Belém”, corrobora Lucas Padilha.

Para o show desta quinta-feira, o clima é de fim de ano, de confraternização, com expectativa de ter amigos, parentes e admiradores ao alcance da vista. “Além do formato em si, também por isso será um show mais intimista, com o público mais perto da gente e do próprio universo das canções. Vai ser emocionante pra nós”, diz Lucas. “Além do mais, eu adoro tocar na Casa do Fauno, um lugar que tem essa proposta bacana de valorizar a música, a gastronomia, a literatura e todas as artes produzidas aqui”, confessa Ana Clara.

O incremento da parceria artística nos últimos anos levou, inevitavelmente, ao projeto de um show que juntasse Ana Clara e Meio Amargo no palco. Um marco importante dessa trajetória em comum foi o single “Zelda”, de 2015. No ano passado, os dois lançaram uma série de quatro vídeos e, em 2018, mais dois caíram nas redes sociais: “A Outra História de Carl e Ellie”, do Meio Amargo, e novamente “Zelda”, ambos adaptados para voz e violão. Todos podem ser conferidos nas páginas dos artistas no Facebook, no Instagram e no canal Ana Clara + Meio Amargo, no YouTube. “Agora estamos alimentando um plano de longo prazo, que é fazer um álbum juntando as coisas que a gente já tem”, antecipa a cantora.

Passeando entre a suavidade do pop e as guitarras distorcidas, com um repertório que contrasta delicadeza e acidez, Ana Clara tem um EP chamado "Canções de Depois", de 2014 (CD independente e vinil pelo selo Discosaoleo) e um álbum homônimo, de 2015 (Na Music), que ganhou edição em vinil este ano, novamente pelo selo Discosaoleo. Também tem dois clipes lançados, ambos dirigidos por Carolina Matos, para as faixas "Polaroid sem cor" e "Ele sabe dançar". Atualmente, trabalha em estúdio na produção de seu próximo single.

O Meio Amargo, com suas músicas assobiáveis, não se envergonha de falar de dores e amores. Desde o início, em 2014, já lançou dois EPs e o álbum "Tudo o que dissemos que não era” (2017), com distribuição em plataformas digitais, CD independente e fita K7 pelo selo Discosaoleo. As faixas “Cão Bravo” e “Pra nós dois” renderam vídeos, o último catalogado pelo site Som do Som como um dos 50 melhores clipes de 2017. Em 2018, encarou sua primeira turnê, passando pelos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Agora, Lucas Padilha se estabeleceu em São Paulo, de onde pretende alavancar planos pessoais e artísticos. Para ele, o show desta quinta-feira será, portanto, uma volta para casa.

Serviço

Evento: Show Ana Clara & Meio Amargo.

Local: Casa do Fauno.

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém-PA.

Data e horário: 20 de dezembro, quinta-feira, 22h.

Informações: (91) 99808-2322.

Entrada: R$ 15.

Da assessoria do evento.

[@#galeria#@]

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando