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A Federação Única dos Petroleiros (FUP), confirmou nesta terça-feira (15), que a contaminação por Covid-19 está avançando na Petrobras. Segundo a entidade, em dois meses e dez dias, o número de trabalhadores mortos pela doença na estatal mais que dobrou e atingiu 45 trabalhadores.

A FUP se baseou no 61º Boletim de Monitoramento Covid-19, divulgado nesta terça (15), pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A entidade salienta que no comparativo com o 51º boletim do MME, divulgado no dia 5 de abril, 20 mortes por Covid-19 foram confirmadas na Petrobras. 

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Atualmente, 7.205 trabalhadores efetivos foram contaminados na Petrobras desde o início da pandemia. Do total de vítimas da doença, 6.949 foram recuperados, 216 confirmados em quarentena e 40 estão hospitalizados.

A FUP salienta que a Petrobras não detalha os números por unidade de produção. Tampouco contabiliza os trabalhadores terceirizados, que convivem com empregados contratados em unidades operacionais.

Porém, estatísticas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) permitem constatar que a grande parte dos infectados são trabalhadores de unidades de exploração e produção (E&P).

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, ressalta que “os números da Petrobras são subestimados, principalmente porque não registram terceirizados. A FUP já tem notícias de mais de 80 mortes por Covid na empresa”.

Para Bacelar, os números crescentes e assustadores de mortos e contaminados refletem o descaso da gestão da empresa com a saúde do trabalhador e a ineficiência da política de prevenção à Covid-19 nas instalações da Petrobras. 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos vão promover a Campanha dos Combustíveis a Preço Justo. Nesta quinta-feira (13), em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, os petroleiros vão vender botijões de gás de cozinha a R$ 40 - o preço médio do botijão no Brasil é de R$ 70. A campanha acontece em seis cidades de seis estados diferentes. 

A campanha, segundo aponta a FUP, quer mostrar à população que a política de preços adotada pela Petrobrás para os combustíveis, seja gasolina, óleo diesel ou gás de cozinha, pesa muito no bolso do consumidor. "Desde 2016, os preços dos combustíveis no Brasil seguem as variações do mercado internacional. Com isso, ficam vulneráveis a crises no exterior, como a do início do ano entre o Irã e os Estados Unidos. O quadro se agrava com o dólar, que já chegou a R$ 4,30", informa a assessoria.

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A FUP denuncia também que a Petrobrás vem reduzindo o uso de suas refinarias. "Há seis anos, as refinarias da empresa operavam com 95% de capacidade. Hoje esse número está em torno de 70%. Com isso, o país está importando mais combustíveis e ficando ainda mais exposto ao mercado internacional. E a situação deve piorar, já que a empresa está vendendo oito de suas 15 refinarias", salienta.

Confira os locais onde o gás de cozinha vai ser vendido na campanha

SALVADOR (BA)

Horário: 11h

Local: Posto BR – Avenida Vasco da Gama, em frente à antiga Coca-Cola

Combustível: Gasolina – 100 vouchers 

BELFORD ROXO (RJ)

Horário: 9h

Local: Rua Padre Egídio, 78 - bairro Lote 15 (Paróquia São Simão)

Combustível: Gás de cozinha – 50 botijões

MANAUS (AM)

Horário: 10h

Local: Avenida José Lindoso (antiga Avenida das Flores), s/n, Loteamento das

Orquídeas

Combustível: Gás de cozinha – 200 botijões

ESTEIO (RS)

Horário: 10h

Local: Rua Rio Grande, 2092, Centro

Combustível: Gás de cozinha – 100 botijões

JABOATÃO DOS GUARARAPES (PE)

Horário: 10h

Local: Rua Boa Esperança, s/n - em frente à Escola Estadual Nestor Gomes de

Moura - bairro Vila Rica

Combustível: Gás de cozinha – 200 botijões

SÃO MATEUS (ES)

Horário: 8h

Local: BR-101, km 67,5 - São Mateus (portaria da Base 61, sede da Petrobrás

em São Mateus)

Combustível: Gás de cozinha - 100 botijões

Os funcionários da Petrobras decidiram entrar em greve a partir da zero hora deste sábado (25). Eles afirmam que a empresa propôs reposição de apenas 70% da inflação no período e um reajuste superior a 17% na contribuição da assistência médica dos petroleiros. A decisão foi tomada em assembleia pelos dois sindicatos que representam a categoria: Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Em nota, os sindicatos informaram que “a gestão da Petrobras retirou diversas cláusulas do ACT, acabando com direitos e garantias conquistados pela categoria ao longo das últimas décadas”. Segundo as entidades, a direção da Petrobras foi informada no último dia 18 da decisão pela greve das assembleias realizadas em todo o país. E também de um prazo até o dia 22 para que as negociações fossem retomadas, com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho. “As assembleias foram uma consulta sobre a proposta do TST dentro do processo de mediação nacional bilateral, ou seja, entre os trabalhadores (FNP e FUP) e a Petrobrás, sendo o resultado do somatório nacional amplamente favorável aos indicativos das federações”, diz a nota.

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Petrobras diz que vai manter a produção

O diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, disse que a empresa já recebeu a notificação da maioria dos sindicatos para a greve de amanhã. "A gente sempre trabalha pelo melhor, mas tem que estar preparado para o pior. Recebemos a notificação da maioria dos sindicatos marcando greve a partir de amanhã, que pode ocorrer ou não. Fica a critério do sindicato iniciar o movimento ou não. A gente continua trabalhando para que a greve não aconteça. Caso ocorra, a gente está preparado, em termos de contingência, para manter a produção o mais próximo possível do normal e evitar impactos na nossa produção e impacto na sociedade como um todo. É prematuro a gente dizer agora. A gente continua trabalhando para que a greve não ocorra”, disse.

 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou como “vitoriosa” a greve temporária deflagrada nesta terça-feira (29) e suspensa hoje (31). Para o coordenador-geral da entidade sindical, José Maria Rangel, a paralisação chamou a atenção para uma pauta que extrapola às reivindicações da categoria.

“Conseguimos dialogar diretamente com a pauta da sociedade, que não aguenta mais pagar o preço abusivo que está sendo cobrado no litro da gasolina, do óleo diesel e também pelo botijão de gás”, disse Rangel em vídeo compartilhado pelas redes sociais. 

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Esta tarde, a Petrobras informou que todas as suas unidades já voltaram a operar. Em 95% delas, a greve já havia sido encerrada. Nos 5% restantes, equipes de contingência estavam atuando para normalizar a situação. Segundo a estatal, não houve impactos para a produção e nem há risco de desabastecimento.

No vídeo, o coordenador da FUP critica a gestão do atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, pela política de preços atualmente em vigor. Os petroleiros criticam o aumento dos preços do gás de cozinha e derivados e cobram a retomada da produção plena das refinarias do país.

Rangel também critica a Justiça trabalhista, que julgou a greve ilegal. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou uma multa diária de R$ 500 mil ao movimento. Posteriormente, aumentou o valor de eventuais sanções para R$ 2 milhões. “A Justiça do Trabalho está ao lado do capital, da criminalização dos movimentos sociais.”

Esta manhã, a FUP recomentou que os petroleiros de todo o país suspendessem a greve e retornassem a suas atividades. No primeiro momento, a entidade chegou a anunciar que a suspensão representa um recuo momentâneo e necessário para a construção de uma paralisação por tempo indeterminado.

A greve na Petrobras foi reforçada ontem, quando sindicatos integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) diminuíram o ritmo de trabalho nas principais unidades da empresa. Na Bacia de Campos, que responde por 80% da produção de petróleo e gás natural no País, o movimento foi iniciado às 19h. As demais unidades entraram em greve, aos poucos, a partir das 15h. Os primeiros a parar foram os terminais. Não há perspectiva de interromper a produção a ponto de provocar desabastecimento de combustíveis, informou a FUP.

A principal pauta de reivindicação da FUP é o fim do plano de venda de ativos da Petrobrás. Por estar com o caixa comprometido com dívidas, a empresa está se desfazendo de parte do patrimônio, na tentativa de fazer receita. No mês passado, anunciou a venda de 49% da subsidiária de distribuição de gás natural, a Gaspetro, para a japonesa Mitsui e ainda busca sócio para a BR Distribuidora.

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Para a FUP, é possível engordar o caixa da empresa sem vender parte dela. Além de argumentar que o plano de desinvestimento vai gerar demissões, os sindicalistas alegam que ele impactará também na economia brasileira como um todo.

"A FUP e seus sindicatos vêm desde junho tentando discutir com a Petrobrás e com o governo alternativas para que a empresa continue cumprindo o seu papel de indutora do desenvolvimento nacional", diz nota distribuída pela entidade. Os petroleiros citam estudo elaborado pelo Ministério da Fazenda, que aponta que, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no Brasil, o efeito sobre o Produto Interno Bruto (PIB) é de R$ 2,5 bilhões.

"Se o Plano de Negócios da empresa não for alterado, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixarão de ser gerados até 2019", informa a federação na nota.

Adesão. Desde quinta-feira passada, empregados da Petrobrás fazem greve, mas por indicação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que tem menos sindicatos filiados do que a FUP. A FNP tem cinco sindicatos. A FUP, 12. Com a adesão da FUP, a greve ganha importância, pois atinge grandes unidades operacionais.

Um dos seus integrantes é o conselheiro de administração da Petrobrás Deyvid Bacelar.

"Vamos cumprir a Lei de Greve, que garante uma cota de produção de combustíveis. A luta é por uma pauta que prevê a Petrobrás como indutora do crescimento. Não faria sentido paralisá-la", diz o diretor de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira.

Já os sindicatos da FNP pedem reajuste salarial de 18%. Em reunião com a estatal, na última quarta-feira, receberam a proposta de 5,7%. Ao fim do encontro, insatisfeitos com a petroleira, iniciaram a greve. A Petrobrás fez nova proposta (reajuste de 8,1%), mas os petroleiros consideraram que o porcentual não cobre a inflação do último ano e permanecem em greve por tempo indeterminado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou de "vagabundos" manifestantes ligados à Federação Única dos Petroleiros. O grupo fazia um protesto no aeroporto de Brasília nesta terça-feira, 4, contra a aprovação do projeto de lei que altera a participação da Petrobras na exploração do pré-sal, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

Os petroleiros cercaram Aloysio logo após ele desembarcar na capital federal e começaram a gritar palavras de ordem como "entreguista" e a usar buzinas para fazer barulho. No vídeo postado no Facebook pela Federação, não é possível ouvir o senador tucano chamando os manifestantes de "vagabundos", mas ele registrou o episódio em sua página na rede social. "O que faziam esses pretensos petroleiros que não estavam trabalhando? Ao que eu saiba, em Brasília não há grandes instalações da Petrobras. O que eu disse foi o seguinte: 'Vão trabalhar, vagabundos!'", escreveu.

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Aloysio acusou o grupo de ser ligado ao PT e chamou os manifestantes de "fascistoides", que agridem "aqueles que não concordam com seus pontos de vista".

O projeto de Serra acaba com a obrigatoriedade de a Petrobras atuar com participação mínima de 30% nas operações dos campos do pré-sal. O assunto tem gerado polêmica, e a previsão é que fosse instalada nesta terça-feira uma comissão especial para analisar a proposta. Por falta de quórum, porém, o colegiado deve ser oficializado somente na quarta-feira.

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