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O técnico Luiz Felipe Scolari deixou o comando do Cruzeiro nesta segunda-feira. Em nota oficial, o clube afirmou que a decisão foi tomada "em consenso". O treinador assumiu o comando do time em outubro de 2020 e ajudou na luta contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro, mas ficou longe de conseguir o acesso para e elite nacional.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Felipão valorizou o trabalho realizado nesta segunda passagem pelo clube. "Quando em outubro recebi em Porto Alegre o presidente Sérgio e diretoria, eu disse sim ao plano de construção de um novo Cruzeiro EC. Sabia do desafio que era recuperar o time na Série B. Naquele momento havia uma grande ameaça de queda para a Série C. Todos nós naquela reunião assumimos o compromisso com este projeto. Um trabalho organizado onde todos deveriam dar sua contribuição, cada um no seu setor. Aceitei retornar com enorme prazer em ajudar e trabalhar pelo clube. Conseguimos recuperar o time na Série B".

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Felipão comandou o Cruzeiro em 21 partidas, com nove vitórias, oito empates e quatro derrotas. Considerando as duas passagens, o treinador tem ao todo 49 vitórias, 31 empates e 16 derrotas à frente do time celeste.

No comunicado divulgado em seu site oficial, o Cruzeiro "agradece e reconhece todo o trabalho, dedicação e profissionalismo de Felipão e seu staff para com o Clube neste momento importante, e deseja toda sorte e felicidade ao técnico campeão do mundo e sua comissão".

Com 48 pontos, o Cruzeiro ocupa a 12.ª posição na Série B. O time ainda tem um compromisso a fazer no torneio, na próxima sexta-feira, diante do Paraná, fora de casa.

O Cruzeiro garantiu a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro com a vitória sobre o Operário-PR por 2 a 1, na quarta-feira, em Belo Horizonte. No entanto, os torcedores ainda não sabem se o treinador do time continuará sendo Luiz Felipe Scolari após o término desta temporada. Questionado sobre o planejamento, o técnico disse que ainda precisa se reunir com o presidente Sérgio Santos Rodrigues.

"Estamos a dois jogos do fim do campeonato, vamos terminar e depois conversamos. Com o presidente, com os diretores. A gente vai ver o que vai acontecer. Uma série de situações que temos pela frente, então é tranquilo. Vamos conversar novamente. Vamos ouvir algumas coisas, vamos passar situações", disse Felipão.

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O treinador foi questionado sobre os assuntos que precisam ser tratados com a diretoria, mas, outra vez, se esquivou. Disse que são pautas internas e que há "fofocas" demais sendo feitas nas redes sociais sobre o futebol do Cruzeiro.

"Gente, o que eu vou falar com a direção é uma coisa interna. Já chega de tanta fofoca, de tanta frescura, de tantas pessoas colocarem bobagens em Twitter e em redes sociais. Chega! Eu acho absurdo o que estão fazendo com o Cruzeiro. Tenho que me posicionar como técnico, junto com o (André) Mazzuco, com o Deivid, com o Sérgio (Rodrigues), com as pessoas", explicou.

O Cruzeiro encerrou a 36.ª rodada da Série B com 47 pontos. Primeiro clube na zona de rebaixamento, o Figueirense tem 39 e não pode mais alcançá-lo na tabela de classificação. Pelo objetivo cumprido, Felipão agradeceu seus jogadores. "Em primeiro lugar, quero agradecer aos jogadores pela dedicação. Conseguimos alcançar o primeiro objetivo, que era sair daquele embrulho que estávamos. Já tivemos oito rodadas na Série C, entre o 17.º e o 20.º lugar, saímos", relembrou.

"Conseguimos fazer 12 pontos em seis jogos, conseguimos fazer 13 pontos em (outros) seis jogos e, agora, nos últimos seis, sete jogos, tivemos alguns tropeços em razão de que sabemos o motivo. O que tem acontecido, como trabalhar e uma série de detalhes", complementou Felipão.

A situação no Cruzeiro não é nada boa dentro e fora dos gramados. Em campo, o time foi derrotado na quarta-feira (13) pelo lanterna Oeste por 1 a 0, em Belo Horizonte, e praticamente ficou sem chances de acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Nos bastidores, os jogadores fizeram um protesto contra os atrasos salariais e a falta de perspectiva do pagamento dos vencimentos pela diretoria do clube ao não concentrarem para a partida.

Com a incerteza da continuidade de seu trabalho no Cruzeiro, o técnico Luiz Felipe Scolari disse que entendeu o ato dos atletas e sinalizou que não há diálogo neste momento entre jogadores e diretoria. Para ele, a atitude do grupo foi uma situação normal.

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"Entendi perfeitamente que é uma forma de tentar conversar com a direção. Foi tudo bem. Cada um foi para sua casa, dormiu tranquilamente, como dormem todos os dias nas semanas que antecedem os jogos ou naqueles dias que não vamos ter jogos. Eles vão para casa normalmente. Se comprometeram a ir para casa, terem os cuidados necessários, e acho que aconteceu tudo isso normalmente. Tranquilamente. Não tem problema nenhum neste sentido", disse Felipão.

Questionado sobre o seu futuro dele como técnico do Cruzeiro - tem contrato até o final de 2022 -, o técnico disse que seguirá o planejamento até o fim da Série B, mas não respondeu sobre a continuidade do vínculo a partir de fevereiro.

"Quanto à minha continuidade, vou hoje (quinta-feira) para a Toca fazer meu exame para ir para Caxias do Sul. E está tudo seguindo os parâmetros que a gente traçou. Normalmente até o fim do campeonato e é o que a gente vai fazer tranquilamente.... Até agora à noite (minha paciência) que vou fazer o teste do covid para o jogo contra o Juventude. Minha paciência é essa, a normal. Saio daqui, vou para a Toca, faço o teste de covid e rezo a Deus que não tenha nenhum problema e viajo amanhã (sexta) para Caxias para jogar contra o Juventude", explicou.

Felipão revelou que irá conversar novamente com a direção para saber da real possibilidade de se montar um time forte, sabendo da realidade financeira do Cruzeiro. "Nós temos que conversar com a direção, mostrar o que temos pela frente, o que pretendemos fazer, entregar essa possibilidade de contratações, que são difíceis, ou saídas que também são difíceis, porque rescisão são valores. É uma série de detalhes que vai ter que ser trabalhado nesses 10 ou 15 dias para terminar o campeonato e só nos safarmos da Série C, que inicialmente pretendíamos. Mas tivemos chance de melhorar um pouco mais e não conseguimos. Agora é conversar, ver uma possibilidade de trabalho que possa ser um pouco melhor e vamos ver o que vai acontecer nesses diálogos entre nós", completou.

O empate sem gols contra o Cuiabá, na terça-feira, em Belo Horizonte, praticamente acabou com as chances de acesso do Cruzeiro à Série A do Campeonato Brasileiro. Agora é preciso vencer as seis partidas que restam e torcer por uma combinação de resultados, mas para o técnico Luiz Felipe Scolari a missão do time é outra na competição: fugir do rebaixamento à Série C, como foi dito por ele quando foi contratado em outubro.

"O que eu vim fazer e o que vamos fazer é tirar o Cruzeiro da Série C. O Cruzeiro tinha 13 pontos, era o 19.º. Estávamos com oito ou nove rodadas na (zona de rebaixamento para a) Série C e agora não está. Ganhando três ou quatro pontos, estará na B. Agora, isso tudo foi montado no início do ano e não tenho como discutir como pensaram. Eu tenho que pensar na equipe que nós assumimos", afirmou Felipão.

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O treinador fez questão de ressaltar que não se evita uma queda à terceira divisão nacional apenas com a camisa do Cruzeiro e títulos na história. Muito menos com a base de garotos. Com a chegada dele, os experientes atacantes Rafael Sobis e William Pottker foram contratados.

"Quando assumimos, fizemos os pontos necessários para sair da Série C. E não sai da Série C só com camisa, sai com jogadores. Não sai só com meninos, sai com jogadores mais rodados e tudo isso temos que estudar para o ano que vem. E pronto", resumiu.

Com Felipão, o Cruzeiro melhorou na Série B. Engatou uma invencibilidade de sete rodadas, se afastou da zona de rebaixamento e até chegou perto da zona de acesso. Mas o time teve uma queda brusca de rendimento e venceu apenas um dos últimos cinco jogos. Perguntado sobre o motivo da queda, não teve resposta: "Não tenho como explicar", disse.

O próximo jogo, pela 33.ª rodada, é contra o Sampaio Corrêa, que briga pelo acesso. O duelo será no dia 8 de janeiro, no estádio Castelão, em São Luis, no Maranhão. O elenco do Cruzeiro ganhará três dias de folga nesta semana. O descanso começou nesta quarta-feira e vai até sexta. Os jogadores se reapresentarão na Toca da Raposa, em Belo Horizonte, às 16 horas de sábado.

Na noite de sábado (27, no Mineirão, o Cruzeiro perdeu a primeira partida na Série B, sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari. O Confiança bateu a Raposa pelo placar de 2 x 1. Ao final da partida, o treinador reclamou da arbitragem, sobre um pênalti não marcado a favor da Raposa.

No entanto, o que chamou a atenção foi a forma como Felipão se queixou. O técnico associou o suposto erro do árbitro Andrey da Silva e Silva ao fato de ele ser paraense e o time do Confiança ser de Sergipe. Vale ressaltar, que o Pará é um estado da região norte, enquanto Sergipe é da região nordeste.

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"Eu queria saber como a CBF faz essa escala de árbitro. Vai jogar um time lá de Sergipe e vem gente do Pará para apitar. O pênalti poderia ser dado pelo árbitro que estava a cinco metros do lance, ele mandou seguir a jogada. A menina (bandeirinha), que estava aqui fora, a 20 metros, deu o pênalti”, afirmou.

 

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O empate por 1 a 1 com o Figueirense, na noite de sexta-feira, no Mineirão, ampliou o cenário de dificuldades para o Cruzeiro na Série B do Campeonato Brasileiro. Com apenas 25 pontos somados em 22 compromissos, o time já vê a possibilidade de disputar por dois anos consecutivos a segunda divisão nacional como algo provável. E ainda precisa conviver com o risco de queda à Série C.

Essa situação foi, novamente, reconhecida pelo técnico Luiz Felipe Scolari após o tropeço em casa. Apenas na 15.ª posição na Série B, o time está a 12 pontos do G4 e com apenas cinco de vantagem para a zona de rebaixamento, o que pode ainda piorar com a conclusão da 22.ª rodada, neste sábado.

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"Não vou brigar com o torcedor, eles podem alimentar qualquer situação. Eu, não. Estamos seis jogos aqui, empatamos três, vencemos três. Imagina se tivéssemos perdidos os três jogos? Com todos esses pontos, estamos em 15º, sem eles estaríamos em 19º. Vou desenvolver o projeto, com os jogadores, até conseguir o primeiro objetivo. Segundo objetivo nem vou falar com eles, nem com vocês, porque não estamos atingidos objetivo", afirmou Felipão.

O duelo com o Figueirense marcou a reestreia pelo Cruzeiro de Rafael Sobis, contratado após passagem pelo Ceará. Mas Felipão já adiantou que o clube não terá caras novas para a sequência da Série B. Recentemente, o clube não conseguiu chegar a um acordo financeiro para se reforçar com Copete, que está no Santos. "Não espero (reforços), não. Depois de toda a situação envolvendo o jogador do Santos, terminou. Não espero. Acho que não teremos ninguém mais", disse.

Invicto há oito jogos, com cinco empates e três vitórias, o Cruzeiro voltará a jogar na terça-feira, quando vai visitar a líder Chapecoense, às 21h30, na Arena Condá, pela 23.ª rodada da Série B.

Em sua luta para deixar as últimas colocações da Série B do Campeonato Brasileiro, e depois buscar uma vaga no grupo de acesso à elite nacional, o Cruzeiro terá reforços para a segunda metade da competição. O técnico Luiz Felipe Scolari revelou que o clube está perto, faltando apenas poucos detalhes, de anunciar contratações.

"Nós estamos conversando e praticamente acertados com A e B. Ainda há algumas coisas mínimas que faltam. Provavelmente, na nossa volta, daqui dois ou três dias, que demos de liberdade para o grupo, esses reforços ou um deles já estará aqui. Aí teremos uma equipe completa para até o final da Série B, com melhores possibilidades", afirmou Felipão.

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A procura do Cruzeiro para atender os pedidos do técnico é por um meio-campista, que faça a transição da defesa para o ataque, e um atacante que jogue pelas pontas. O clube mineiro ainda pode quatro mudanças na lista de jogadores que atuam neste momento. O prazo final para contratações é 7 de dezembro.

Contratado há cerca de um mês, Felipão segue invicto, agora com três vitórias e dois empates na segunda passagem pelo Cruzeiro. Na segunda-feira, o time teve dificuldades contra o Guarani, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, empatou por 3 a 3. O treinador disse que, pelas circunstâncias da partida (o atacante William Pottker foi expulso no começo do segundo tempo), o ponto deve ser valorizado, mesmo que em casa.

"O que eu quero elogiar é que, com 10 jogadores, passamos a jogar bem, bem melhor até do que com 11. Tivemos a supremacia do jogo quando empatamos, tivemos hombridade e vontade para conseguir o empate, que a gente sabia que seria importante para nós. No final não veio a vitória que nós queríamos, mas este empate, nessas circunstâncias, foi bom"", ressaltou.

Com o empate, o Cruzeiro segue na 15.ª colocação, agora com 24 pontos, 10 a menos que o Juventude, o atual quarto colocado, que tem um jogo a menos. Com relação à zona de rebaixamento, são quatro a mais que o Náutico, que abre a degola na 17.ª posição.

Foram apenas três jogos, mas, desde que chegou ao Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari ainda não perdeu. Em duas vitórias e um empate, o técnico já promoveu mudanças na escalação e alterou o ambiente do time, visivelmente mais confiante. Para tanto, Felipão vem apostando no trabalho de uma psicóloga, no seu estilo motivacional e em jogadores mais experientes.

A situação do time inspira cuidados. Vivendo uma dura crise financeira, o clube está longe de brigar pelo acesso para retornar à Série A do Campeonato Brasileiro, que seria o objetivo mais óbvio para a equipe, uma das mais vitoriosas do País. Pelo contrário, o Cruzeiro busca no momento é se afastar da zona de rebaixamento, correndo risco de uma nova queda, desta vez para a Série C. No momento é o 16.º colocado, uma posição acima da zona da degola, com 20 pontos.

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Ao ser contratado, no dia 15 de outubro, Felipão já chegou mudando o discurso do time. A narrativa sobre volta à primeira divisão deu lugar a declarações cautelosas, no estilo "um dia de cada vez". "O mínimo para não cair à Série C é de 45 pontos. Nós só temos apenas 20. Não adianta ficar enganando ninguém. Temos que correr atrás de no mínimo 25 para depois correr atrás de outras coisas", disse o treinador, que ganhou sete dos nove pontos em disputa em seus três primeiros jogos.

Com a postura mais prudente, ele reforçou sua função extra de "escudo" do elenco. Felipão passou a concentrar as atenções da imprensa e da torcida. Internamente, passou a fortalecer a confiança dos jogadores com seu conhecido estilo motivacional, às vezes até passional. Nesta busca, passou a trabalhar com a psicóloga Michelle Rios para extrair o melhor de cada atleta, ciente de que no momento o clube não tem condições de trazer reforços de peso.

O choque de confiança deu resultado nos três primeiros jogos sob o seu comando. O time está mais atento e concentrado em cada partida. Os jogadores estão arriscando mais em campo, deixando a apatia de lado e mostrando mais competitividade. Desta forma, Felipão alcançou o seu primeiro objetivo: voltar a vencer.

A meta seguinte é melhorar a performance coletiva. Se a autoconfiança voltou ao elenco, as limitações táticas e técnicas seguem presentes. "Eu diria que a identidade está sendo criada à medida que os jogos estão sendo jogados, na medida no que estamos nos conhecendo nos treinamentos e no dia a dia da Toca (da Raposa). Algumas coisas eu tenho cobrado, outras coisas eu tenho feito quase que como um professor de escola, orientando muitos jovens, que precisam de muito carinho e ensinamento", afirmou o experiente treinador.

Na escalação, as mudanças são mais sutis. Felipão fez poucas alterações desde a estreia. Mas já deixou claro que pretende dar maior espaço aos veteranos. "Não se faz um campeonato de Série B com meninada, com 10 ou 12 meninos, não se faz", reforçou o treinador. Não por acaso a primeira mudança no elenco foi a troca do jovem meia Maurício, de 19 anos, pelo atacante William Pottker, de 26.

Pottker deve se tornar o parceiro de Marcelo Moreno no ataque, com Arthur Caíke de opção no setor. O atacante veterano boliviano, de 33 anos, é o exemplo típico do que Felipão está mudando no Cruzeiro. Com o treinador, Moreno voltou a ser titular, empurrando Airton e Sassá para o banco de reservas. Felipão espera que ele recupere a sua melhor forma técnica como fez em 2014, quando ajudou o Cruzeiro a ser campeão brasileiro, com 24 gols em 57 jogos.

Na defesa, retomaram seus postos o lateral-direito Raúl Cáceres e o zagueiro Manoel, o que explica em parte as boas atuações do Cruzeiro nos últimos três jogos. O lateral se recuperou de lesão, enquanto Manoel está reabilitado após contrair o novo coronavírus. No meio de campo, Felipão segue apostando na experiência de Marquinhos Gabriel, apesar das críticas da torcida.

Outro trunfo do técnico em seu retorno ao time foi o período privilegiado de treinos. Ele já teve por duas vezes quase uma semana inteira livre para treinar a equipe mineira, uma vez que o Cruzeiro já foi eliminado na Copa do Brasil e agora disputa apenas a Série B.

O técnico Luiz Felipe Scolari corre contra o tempo para ajustar o mais rápido possível o Cruzeiro. Nesta segunda-feira, ele se integrou ao elenco em Curitiba e já começou a implantar a sua filosofia de trabalho.

Registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, o técnico quer estrear com vitória diante do Operário-PR, em Ponta Grossa, nesta terça, em rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Uma vitória pode já significar a saída da zona de rebaixamento, a primeira missão do novo treinador.

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Ao lado dos auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli, além do preparador físico Anselmo Sbragia, o comandante bateu um longo papo com os jogadores cruzeirenses antes de comandar um trabalho de posicionamento.

Erguer o moral do abatido elenco e mostrar que os jogadores têm condições de render mais são as principais tarefas. O Cruzeiro vem perdendo muitos gols na Série B e castigado nos contragolpes. O time, com muitos jovens, não consegue mostrar reação após sair atrás.

Felipão tenta arrumar a casa e corrigir esse defeito. Não apenas na conversa. Depois do papo com o grupo, ele pegou o apito e foi ao campo. Gesticulou bastante para mostrar como e onde quer seus comandados.

Além dos inúmeros problemas, com o Cruzeiro no penúltimo lugar da tabela, sem vencer há quatro jogos, e com pequena chance de acesso no momento, Felipão ainda iniciará sua segunda passagem no clube sem a defesa titular.

O zagueiro Léo está machucado e o capitão Manoel foi diagnosticado com a covid-19. Terá de apostar nos meninos Caca e Paulo.

Após rejeitar um primeiro convite, o técnico Luiz Felipe Scolari aceitou o desafio de comandar novamente o Cruzeiro. A contratação do treinador pentacampeão do mundo para substituir Ney Franco, demitido no último domingo, foi confirmada pelo clube na noite desta quinta-feira.

Felipão assinou contrato até dezembro de 2022 e terá como missão recuperar o time na Série B do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro soma apenas 12 pontos em 15 jogos e ocupa o antepenúltimo lugar, à frente apenas do Oeste de Barueri, o lanterna da tabela, com sete pontos.

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"Não queremos só este ano. Queremos este ano que está terminando, queremos 2021, 2022 e 2023. Vou estar com vocês dando tudo aquilo que posso dar com a minha contribuição do meu conhecimento, de amizades e tudo aquilo que o cruzeiro me deu também. Conto com vocês também", afirmou Felipão, em vídeo divulgado pelo clube.

Antes de comandar a seleção brasileira na conquista do pentacampeonato mundial em 2002, na Copa do Japão e da Coreia do Sul, com 100% de aproveitamento, Felipão comandou o Cruzeiro nos anos de 2000 e 2001, tendo sido campeão da Copa Sul Minas, em 2001.

A diretoria do Cruzeiro aposta no currículo vitorioso do treinador de 71 anos para recuperar o moral no elenco e iniciar uma reação na Série B. A equipe mineira está a 14 pontos do primeiro time que garante o acesso à elite do futebol brasileiro, que é o América-MG, com 26.

Felipão deve desembarcar em Belo Horizonte nesta sexta-feira e acompanhar o jogo contra o Juventude, às 21h30, no Mineirão, pela Série B.

O atacante Diego Costa, do Atlético de Madrid e da Espanha, participou de uma entrevista no canal ESPN Brasil, na qual comentou sobre diversos momentos da carreira. O atleta, que nasceu no Brasil mas é naturalizado espanhol, falou sobre a escolha de defender a seleção do país europeu e também sobre um momento pitoresco: quando fez um tratamento com placenta de égua para jogar a final da Liga dos Campeões da Europa em 2014.

"Esse tratamento foi verdadeiro, enquanto me aplicavam as descargas elétricas na perna o médico fumou dois cigarros. Foi difícil e muito doloroso. Tanto que logo a seguir corri e não sentia qualquer tipo de dor. Foram duas horas de sessões antes de voltar ao hotel. Para mim, naquela época, não havia mais nada para além da final da Liga dos Campeões. Não pensei em mais nada. Nem no Mundial nem na temporada seguinte, só no jogo de Lisboa", relatou o centroavante.

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"Foi um dos momentos mais tristes da minha carreira. Antes de entrar em campo dei um salto e notei logo uma cãibra. Não conseguia acreditar. Tentei aguentar, mas não consegui continuar e antes dos 10 minutos tive de sair. Preferia não ter jogado e dar o meu lugar a outro colega", completou Diego Costa. Na partida, o Atlético de Madrid saiu na frente, mas o Real Madrid empatou nos acréscimos do segundo tempo e fez três gols na prorrogação.

O jogador também falou sobre o processo que o levou a jogar pela seleção espanhola e não pela brasileira, deixando claro que tem uma certa mágoa com o técnico Felipão. Diego Costa foi chamado para dois amistosos, contra Itália e Rússia em 2013, e ficou fora das convocações seguintes. Na sequência, escolheu atuar pela Espanha.

"Aí depois do amistoso contra a Rússia ele falou que me convocaria de novo porque eu tinha tido poucos minutos. Não sei se foi só para passar a mão na minha cabeça... Depois tiveram outros amistosos. E machucou o Hulk, machucou o Fred e o Felipão não me convocava. Fiquei quieto, né? Teve a Copa das Confederações, não me convocou", continuou Diego Costa.

"Surgiu a possibilidade da Espanha, eu aceitei. Como você vai dizer não? Aí quando saiu que eu aceitei, começaram a dizer que o Felipão me queria... Pô, não me ligou uma vez, como é que ele quer? Aí foi falar no Jornal Nacional que eu dei as costas para o sonho de milhões de brasileiros? Pelo amor de Deus, como é que vou dar as costas? Por que não fala que não me procurou? Por que não fala que não me convocou antes?", questionou Diego Costa, que disputou as Copas de 2014 e 2018 pela seleção espanhola.

Aos 71 anos e afastado do futebol desde setembro de 2019, o técnico Luiz Felipe Scolari garantiu que ainda não pensa em aposentadoria e voltará ao trabalho melhor do que estava. Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, o treinador campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002 fez uma análise sobre a carreira e voltou a lamentar que carrega uma grande carga de responsabilidade pela derrota da equipe nacional na Copa de 2014.

Felipão está sem trabalhar desde a saída do Palmeiras, embora tenha recebido outras propostas desde então. A última delas foi do Colo-Colo. Dirigentes do time chileno viajaram ao Brasil para negociar com o treinador. Porém, não houve acordo. O técnico não demonstra estar apressado para encontrar algum emprego e passou os últimos meses observando jogos.

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"Eu tenho assistido o Campeonato Inglês e os jogos no Brasil. Tenho tempo para examinar os jogos, times e os gols que foram marcados. Eu voltarei melhor do que eu estava antes", disse Felipão.

A entrevista foi feita antes da pandemia do novo coronavírus e o treinador contou que aproveitava o tempo livre para passar dois meses na praia. "É a primeira vez que consegui fazer isso em 50 anos", completou.

Felipão voltou a lamentar na entrevista ter sido rotulado no Brasil como o principal culpado pela derrota por 7 a 1 diante da Alemanha na semifinal da Copa de 2014. "Eu era a pessoa mais associada ao desastre. Sou até hoje. Sou aquele que levou a maior parte da culpa. Quando o Brasil ganhou em 2002, eu não era o grande herói. Todos eram heróis", afirmou.

O técnico atribuiu a derrota ao excesso de erros do Brasil naquele jogo no Mineirão. "Os erros aconteceram e eles foram esplendidamente aproveitados pela Alemanha. Isso foi um desastre em termos de imagem, especialmente aqui no Brasil", comentou. "Foi uma grande bomba, o maior desastre que a seleção já sofreu, provavelmente. Em 1950, eles perderam (para o Uruguai), foi um desastre, mas foi só 2 a 1", comparou.

Ao analisar a carreira, Felipão disse que a experiência como professor de educação física em escolas o ajudou demais a criar um estilo de trabalho. "Eu sabia da minha influência em fazer as pessoas crescerem, jogarem melhor e ser melhores pessoas nas vidas deles", afirmou. "Tudo isso que vivi como treinador, eu tinha aprendido na escola como professor", acrescentou.

Questionado sobre a saída do Palmeiras, que foi marcada por críticas e protestos de membros de torcidas organizadas, Felipão disse que não sentiu medo dessas manifestações. "Você não pode ficar assustado de pessoas que são fortes quando estão em grupo, mas não são o mesmo quando estão sozinhas", afirmou.

O técnico Luiz Felipe Scolari será homenageado com o título de cidadão paulistano na próxima terça-feira, em sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo. A iniciativa foi proposta pelo vereador Reis (PT) em agosto do ano passado, quando o técnico comandava o Palmeiras, reconhecendo a sua "trajetória e importância para o país".

Em entrevista ao Estado, o vereador contou que a ideia surgiu quando a seleção brasileira sagrou-se pentacampeã mundial em 2002, no comando de Felipão, "mas o projeto só foi construído quando ele estava no Palmeiras, que é o meu time. Em um jogo, alguns palmeirenses me cobraram sobre o título", comenta.

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Em sua justificativa o petista ressalta momentos marcantes do técnico no clube. "Felipão se reencontrou com o Palmeiras. O treinador deu uma nova cara ao time e colocou o 'Verdão' na liderança isolada do Brasileirão 2018", menciona.

A homenagem deveria acontecer com Felipão no Palmeiras, mas o técnico não resistiu à pressão pela eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores e foi demitido no início de setembro. Em sua terceira passagem pelo clube, o treinador acumulou cinco eliminações em torneios mata-mata. Sua grande conquista neste período foi o Brasileirão de 2018. Ao todo, foram 76 jogos, com 46 vitórias, 21 empates e nove derrotas.

"O título está pronto e queremos que o Felipão esteja aqui para receber mesmo ele não estando no clube. É o técnico com mais resultados positivos pelo Palmeiras. Estamos conversando com ele e confirmamos a sua presença na sessão", afirma o vereador, que destaca em sua lista os títulos conquistados ao longo da carreira do técnico, entre eles os campeonatos Gaúcho, Copa do Brasil, Copa Libertadores da América e a Copa do Mundo.

Já de acordo com a Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal, o homenageado "apresenta um longo histórico de importantes conquistas esportivas, marcou o seu nome na história do futebol internacional e brasileiro. Portanto, o parecer é favorável para a Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa".

A sessão na Câmara Municipal de São Paulo para homenagear Felipão está marcada para as 19h da próxima terça-feira no Salão Nobre do local.

Candidato de oposição na eleição para a presidência do Boca Juniors, José Beraldi promete agitar o futebol sul-americano caso seja eleito no clube argentino. Ele promete tentar a contratação de Paolo Guerrero, do Internacional, e vários outros nomes de peso, como Felipe Melo, do Palmeiras, Daniel Alves, do São Paulo, e Cavani, do Paris Saint-Germain, todos sul-americanos. Ele sonha também com o técnico Luiz Felipe Scolari.

"Se eu for presidente do Boca, gostaria de trazer o Felipe Melo. E, se estivesse agora como presidente, Daniel Alves não me escapava. Outro que gostaria de ter é Paolo Guerrero", afirmou o candidato, em entrevista à Rádio Mitre, da Argentina. Ele faz campanha pesada para as eleições no clube, e adota um estilo de trabalhar com medalhões.

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Beraldi disse, em outras entrevistas para veículos locais do país, que ouviu de Cavani, Torreira e Godín que o trio uruguaio gostaria de defender o Boca. "Cavani me disse que quer vir para o Boca. O mesmo me disseram Torreira e Godín", disse o ex-dirigente, que chegou a comandar o futebol do clube na época em que Mauricio Macri, atual presidente da Argentina, era o mandatário no Boca Juniors.

Beraldi disse que pode buscar um nome de peso até para a comissão técnica. Ele afirmou que o atual técnico Gustavo Alfaro só irá se manter no cargo caso tenha bons resultados. "Os resultados mandam. Se Alfaro ganhar o título, ele continua. Caso contrário, tenho em mente trazer o Luiz Felipe Scolari", projetou.

A eleição para presidente do Boca Juniors acontece no dia 7 de dezembro. O atual presidente, Daniel Angelici, não poderá concorrer e aposta suas fichas e Christian Gribaudo.

A troca de Luiz Felipe Scolari por Mano Menezes segue uma tendência de instabilidade no comando do Palmeiras. Nos últimos dez anos, o clube chega aos 16 treinadores diferentes e quatro interinos. Nem mesmo nomes consagrados no futebol brasileiro como Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho conseguiram dar continuidade em seus trabalhos. Apenas em duas temporadas neste período um mesmo profissional iniciou e terminou um ano completo no clube: o próprio Felipão, em 2011, e Gilson Kleina, em 2013.

Há dez anos, Vanderlei Luxemburgo começou a temporada 2009 ainda prestigiado pelo título de campeão paulista de 2008. Ele deixou o comando da equipe após barrar o atacante Keirrison, que estava em negociação com o Barcelona. A atitude foi vista pela diretoria como uma quebra de hierarquia. Para seu lugar, Jorginho Cantinflas assumiu de forma interina e acabou colocando o Palmeiras na liderança do Brasileirão. Mas uma "oportunidade de mercado apareceu" e Muricy Ramalho foi contratado.

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A escolha acabou não surtindo o resultado esperado e nem a vaga na Libertadores veio naquele ano. No começo o tricampeão brasileiro pelo São Paulo (2006, 2007 e 2008) acabou caindo e um dos anos mais confusos no clube em relação aos técnicos começava.

Antônio Carlos Zago e Jorge Parraga tiveram curtas passagens até Felipão acertar seu primeiro retorno ao time. De sua contratação até a queda, em 2012, foram vários altos e baixos. O ápice foi o título da Copa do Brasil de 2012, no entanto, a equipe acabou tento um desempenho muito abaixo no Brasileirão. Narciso ainda comandou o time o time por um jogo antes de Gilson Kleina ser contratado, mas a queda para a segunda divisão foi inevitável.

Responsável por recolocar o Palmeiras na elite, Kleina foi demitido em maio de 2014. Alberto Valentim ficou no posto de forma interina até o anúncio de Ricardo Gareca. O argentino, campeão nacional em seu país com o Vélez em três oportunidades, durou apenas 13 partidas. Dorival Júnior terminou como o técnico naquele ano.

ERA ALEXANDRE MATTOS - A chegada do diretor de futebol Alexandre Mattos marcou um momento de grandes investimentos em contratações e também de rotatividade no comando técnico. Oswaldo de Oliveira foi o escolhido para iniciar essa nova fase vitoriosa do Palmeiras, mas foi trocado rapidamente por Marcelo Oliveira. Bicampeão com o Cruzeiro ao lado do dirigente, o mineiro conseguiu faturar o título da Copa do Brasil em 2015. Mesmo assim, uma forte pressão por resultados derrubou o técnico em 2016.

Na sequência, Cuca chega para conduzir o time alviverde ao título do Campeonato Brasileiro. No fim campanha, de forma surpreendente, o treinador dá um tempo na carreira por questões pessoais.

Pensando em renovação, uma oportunidade foi dada para Eduardo Baptista, que vinha de bom trabalho no Sport. Mas 23 jogos depois, ele acabou caindo e Cuca retornou. Apesar da grande expectativa, o campeão brasileiro não conseguiu repetir a trajetória de sucesso e acabou caindo.

Assim como aconteceu na última passagem de Felipão, os questionamentos por um bom futebol fizeram o clube a apostar em um treinador com proposta mais ofensiva. Foi com esse intuito que Roger Machado chegou no começo de 2018. Mas a derrota para o Corinthians na final do Campeonato Paulista e o começo ruim no Brasileirão acabaram resultando em sua demissão. Na época, Alexandre Mattos fez questão de dizer que o treinador não iria sair.

"Temos confiança total no trabalho, os números são bons. Obviamente queríamos ser campeões paulistas, infelizmente não fomos. Queríamos estar melhor no Campeonato Brasileiro, talvez com três ou quatro pontos a mais. Agora tem que correr atrás, temos que fazer passagem de tabela superior", afirmou o dirigente para a Fox Sports.

Sua saída deu início à terceira passagem de Felipão ao clube. Campeão brasileiro em 2018, o veterano perdeu prestígio no clube principalmente pela queda de rendimento após a Copa América. Eliminado da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, ele deu lugar a Mano Menezes.

Confira a lista de técnicos do Palmeiras nos últimos 10 anos:

2009 - Vanderlei Luxemburgo

2009 - Jorginho - interino

2009/2010 - Muricy Ramalho

2010 - Antônio Carlos Zago

2010 - Parraga

2010/2012 - Luiz Felipe Scolari

2012 - Murtosa - interino

2012 - Narciso - interino

2012/2014 - Gilson Kleina

2014 - Alberto Valentim - interino

2014 - Ricardo Gareca

2014 - Alberto Valentim - interino

2014 - Dorival Júnior

2015 - Oswaldo de Oliveira

2015 - Alberto Valentim - interino

2015/2016 - Marcelo Oliveira

2016 - Alberto Valentim - interino

2016 - Cuca

2017 - Eduardo Baptista

2017 - Cuca

2017 - Alberto Valentim - interino

2018 - Roger Machado

2018 - Luiz Felipe Scolari

2019 - Mano Menezes

O presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Palmeiras, Seraphim Del Grande, criticou nesta segunda-feira a decisão do presidente do clube, Mauricio Galiotte, de demitir o técnico Luiz Felipe Scolari e abrir negociação com Mano Menezes. Em áudio gravado pelo aplicativo WhatsApp e recebido pelo Estado, o dirigente pede a saída do diretor de futebol Alexandre Mattos e avalia que a troca no comando da equipe pode prejudicar politicamente a atual gestão.

"Sem dúvida, se vier o Mano Menezes, seria o caos para nós. Eu espero que o Mauricio (presidente) não faça essa burrice, que se fizer a burrice é o enterro do resto do mandato dele", disse Del Grande no áudio, antes de o Palmeiras anunciar oficialmente a contratação de Mano nesta terça-feira. "Eu acho que nem era o momento de mandar o Felipão embora, devia mandar o Alexandre Mattos embora, e não ele. Ele deveria continuar mais uns dois meses para ver como ia o time. Mas infelizmente o problema do Palmeiras é o Alexandre Mattos", comentou em outro trecho da gravação.

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Questionado pelo Estado nesta terça-feira, Del Grande confirmou a veracidade do áudio. "Eu tenho minha opinião. Não tenho nada a esconder", disse Del Grande por telefone à reportagem. Na opinião do presidente do Conselho Deliberativo, a opção de trazer Mano Menezes não é benéfica, pois o treinador não desfruta de prestígio no clube. "O Palmeiras está precisando agora de tranquilidade. A vinda do Mano, pela repercussão que tem, vai manter a pressão em cima do clube. Do que o Palmeiras menos precisa agora é de pressão", comentou.

Del Grande é um aliado político importante na gestão de Galiotte. O presidente do Conselho Deliberativo esteve ao lado do mandatário do clube em pautas importantes, como uma do ano passado, na articulação para conseguir a mudança no estatuto para alterar o tempo de gestão do presidente de dois para três anos. Del Grande se reelegeu em março deste ano para a presidência do CD, inclusive com apoio do próprio Galiotte. Ele tem voz ativa e é respeitado o clube.

Nas redes sociais, a torcida palmeirense demonstrou reprovação na noite de segunda-feira à informação das conversas iniciais entre o clube e Mano Menezes. A campanha contrária ganhou força nas redes sociais. Segundo Del Grande, nos bastidores do Palmeiras também há resistência à escolha. "Eu não estou levando em consideração o trabalho dele, mas sim vir a pressão e continuar com um clima bélico no Palmeiras. Já há muita rejeição sobre ele no clube", disse.

Mano Menezes é o novo técnico do Palmeiras. O treinador gaúcho de 57 anos aceitou a proposta do clube e será o substituto de Luiz Felipe Scolari no comando da equipe. O acerto já é oficial e o contrato será até o fim de 2021. O novo comandante assumirá o cargo nos próximos dias com a missão de fazer o reagir no Campeonato Brasileiro após sete rodadas consecutivas sem vitória. A estreia dele está marcada para sábado, contra o Goiás, no Serra Dourada, em Goiânia.

A diretoria agiu rápido para buscar negociar com Mano Menezes. Poucas horas depois de demitir Felipão na noite de segunda-feira, o Palmeiras abriu negociação com o substituto. O novo treinador palmeirense estava sem clube desde o começo de agosto, quando deixou o Cruzeiro e encerrou uma passagem de três anos. Pela equipe mineira, foi duas vezes campeão da Copa do Brasil.

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Fora o desafio de reerguer o Palmeiras, Mano terá de vencer também a desconfiança da torcida. Identificado com o rival, o Corinthians, onde teve duas passagens, o técnico vai trabalhar agora no maior rival do clube alvinegro. Mano também teve trabalhos em clubes do interior gaúcho, assim como no Grêmio, Flamengo e no Shandong Luneng, da China.

Curiosamente, a mudança de comando no Palmeiras repete o cenário de anos atrás na seleção brasileira. No fim de 2012, Mano deixou o comando da equipe após duas temporadas e foi substituído exatamente por Felipão. Desta vez, agora na equipe alviverde, o processo se inverte e é o treinador campeão da Copa de 2002 quem deixa o cargo para a chegada do colega.

"Será uma honra dirigir a Sociedade Esportiva Palmeiras. Minha trajetória vem ao encontro do que pensa o clube e sua imensa torcida. O respeito construído como adversário agora nos torna parceiros. Estilo de jogo se constrói com um grupo de jogadores qualificados e isso certamente temos. As conquistas serão resultado do somatório dessas forças. Os adversários devem ser os outros. Para seguir conquistando vamos em frente. Que assim seja", afirmou Mano ao site oficial do clube.

O técnico deve desembarcar em São Paulo nos próximos dias para assinar o vínculo e comandar o time. Além de Mano, passam a fazer parte da comissão técnica o auxiliar Sidnei Lobo e o preparador físico Eduardo Silva (o Dudu). O clube ainda não confirmou a data da apresentação oficial do novo treinador.

Luiz Felipe Scolari está fora do Palmeiras. O técnico não resistiu a mais um mau resultado na temporada, a derrota por 3 x 0 para o Flamengo, no domingo passado, pelo Campeonato Brasileiro.

O time ainda não anunciou o substituto. Nessa passagem pelo clube, a terceira em sua carreira, Felipão foi campeão brasileiro de 2018.

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A diretoria do Palmeiras convocou nesta quinta-feira uma entrevista coletiva de última hora para a Academia de Futebol, em São Paulo. Apesar de o encontro com os jornalistas não estar programado, o diretor de futebol Alexandre Mattos e o técnico Luiz Felipe Scolari garantiram que não haverá mudança no comando da equipe após a queda na Copa Libertadores e defenderam o planejamento realizado para o clube nesta temporada.

"O Felipe é o nosso treinador. Tem contrato conosco. Não passou na cabeça dele nem na nossa de fazer alguma troca. Nós vamos prosseguir", disse Mattos ao abrir a entrevista. O dirigente pediu desculpas à torcida pela derrota por 2 a 1 diante do Grêmio, na última terça-feira, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e classificou o revés como um dos resultados mais difíceis que já teve na carreira. "Sem dúvida alguma foi a derrota mais dolorosa de todas. Eu sou profissional de vestir a camisa e amo minha profissão e estar no Palmeiras", comentou.

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O dirigente, ao lado de Felipão, evitou citar erros no planejamento da equipe para a temporada e cobrou foco na disputa do restante do Campeonato Brasileiro. "Nosso objetivo é ser protagonista. Só um consegue ser campeão. Óbvio que você foca nas competições. Quando não ganha é porque faltou alguma coisa. Temos de aprender e melhorar para o ano que vem para ser protagonista e, quem sabe, ser campeão" afirmou Mattos.

O diretor do Palmeiras pediu para a torcida ter paciência com a utilização de alguns dos reforços trazidos para 2019. Jogadores como Matheus Fernandes e Arthur Cabral chegaram à equipe em janeiro e não tiveram sequência no time na temporada. Na opinião do dirigente, o clube apostou em jovens, como esses atletas, para prepará-los para as temporadas seguintes.

Para Mattos, o Palmeiras recebe cobranças excessivas da torcida e de parte da imprensa. "Estamos pensando no projeto de presente e futuro, mas agora vem a falta de paciência. A grande maioria dos críticos diz que nós temos o melhor elenco do Brasil, mas agora na hora de perder ninguém presta. Nós respeitamos o manifesto do torcedor. Eu tenho respeito por eles todos, sou bem recebido nas ruas e nas organizadas e vou continuar respeitando", comentou.

Por fim, o diretor de futebol rebateu as acusações recebidas pela torcida organizada Mancha Alviverde. Em nota no Facebook, a agremiação criticou a gestão de Mattos e apontou possíveis irregularidades financeiras. "Tenho respeito muito grande pelos que conheço e sei quem até escreveu a nota. O sofrimento fica mais pela família que viu tudo aquilo, mas minha vida é limpa. Estou aqui porque minha vida é limpa e mantenho caráter. É a família que sofre ao ler aquilo", disse.

O técnico Luiz Felipe Scolari disse que o Palmeiras "pagou caro pelos erros" na queda para o Grêmio nas quartas de final da Copa Libertadores. Após vencer o duelo de ida por 1 a 0 em Porto Alegre, o time alviverde abriu o placar nesta terça-feira, mas levou a virada por 2 a 1 e foi eliminado, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Foi a terceira queda do Palmeiras em torneios mata-mata neste ano, após já ter sido eliminado na semifinal do Campeonato Paulista e nas quartas de final da Copa do Brasil. O time agora só disputa o Brasileirão, realizado em pontos corridos.

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Para Felipão, a equipe precisa evoluir na disputa de mata-mata. "Posso dizer que nós pagamos caro pelos nossos erros do primeiro tempo, tanto na parte ofensiva quanto na defensiva. Criamos oportunidades, mas não conseguimos fazer nosso segundo gol. Pagamos por erros que cometemos e que sabíamos, que tínhamos estudados", declarou.

"Por alguma razão, não estávamos no lugar certo. Pagamos com a desclassificação após uma situação interessante para nós, saímos vencendo e depois levamos o gol. Vamos buscar corrigir para que no futuro não aconteça como aconteceu, principalmente em jogos de mata-mata", afirmou o treinador, em entrevista coletiva após a partida no Pacaembu.

O Palmeiras é o atual campeão brasileiro e conquistou pela última vez um torneio mata-mata em 2015, com a Copa do Brasil. Para 2020, Felipão já busca evoluir o "espírito copeiro" de sua equipe, mas alertou que jogadores e dirigentes também precisam querer.

"Temos lições ano a ano. Temos a lição do Cruzeiro no ano passado (eliminação na semifinal da Copa do Brasil), do Inter neste ano na Copa do Brasil e agora mais essa. Ou aprendemos ou vamos ser derrotados em competições disputadas desta forma. Cabe a nós, técnicos, dirigentes e jogadores, entendermos que precisamos disso e buscarmos uma situação melhor", disse Felipão.

"O Grêmio teve quatro chances vivas de gol, aproveitou duas oportunidades em erros que tínhamos consciência. E nós que criamos, não aproveitamos. Temos que tirar essa lição, de equipe altamente copeiras, como Grêmio, Boca Juniors (ARG) e outras, para aprendermos a nos portar ano que vem nas outras competições. É uma questão que temos de evoluir no nosso grupo, e cada um tem que querer", acrescentou o treinador.

Após o fim da partida no Pacaembu, parte dos torcedores chamaram o time de "sem vergonha" e afirmaram que o Campeonato Brasileiro "virou obrigação". O treinador evitou falar sobre a manifestação dos torcedores e traçou planos para o próximo jogo contra o Flamengo, no domingo.

"Sobre os torcedores, não vou falar nada. Sobre a minha equipe, vou tentar corrigir algumas coisas para que a gente possa ter um jogo normal contra o Flamengo e seguir em frente no Brasileiro em condições de disputar o título", declarou.

O Palmeiras é o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro, com três pontos a menos do que Flamengo e Santos. A equipe alviverde, porém, disputou uma partida a menos do que os adversários. Na próxima rodada, o time visita o Flamengo no domingo, às 16h, no Maracanã.

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