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O volante Felipe Melo, do Palmeiras, explicou na noite desta quinta-feira o motivo de ter feito gesto obsceno para a torcida do Cerro Porteño antes da partida entre as equipes, vencida pelo clube alviverde por 2 a 0, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O jogador explicou que teve essa atitude em resposta a um torcedor paraguaio que lhe insultou de forma racista.

"Reagi contra um torcedor que me chamou de macaco", disse Felipe Melo à Fox Sports da Argentina. O gesto, apontando os órgãos genitais, se deu antes do começo da partida, quando o time subiu a campo para o reconhecimento do gramado em Assunção. O jogo de volta entre as equipes será no dia 30 de agosto, no Allianz Parque.

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Felipe Melo também comentou que a experiência do novo treinador, Luiz Felipe Scolari ajudou a equipe a ter a atuação segura e conseguir abrir vantagem nas oitavas de final da competição. "A experiência de um treinador campeão do mundo ajuda muito, pela experiência de vida, pela bagagem internacional", disse em entrevista ao SporTV.

O volante disse que a equipe mostrou no Paraguai uma postura aguerrida formada ainda na fase de grupos. "Tem que ressaltar que o espírito de luta da equipe. Mas se a gente parar para raciocinar, isso vem também da vitória contra o Boca fora de casa, na virada com o São Paulo em casa", afirmou o volante. Em sete jogos na Libertadores, o Palmeiras tem seis vitórias e um empate.

O time completou agora quatro jogos seguidos sem levar gols. A última vez em que o Palmeiras foi vazado foi na derrota por 1 a 0 para o Fluminense, o último jogo sob o comando do técnico Roger Machado. "Fora de casa mantivemos o nosso gol imbatível. Isso é importante", comentou Felipe Melo.

Descontraído, confortável e realizado, o técnico Luiz Felipe Scolari chegou nesta sexta-feira ao Palmeiras. Aos 69 anos, o treinador se apresentou à equipe e em entrevista coletiva afirmou ter decidido voltar ao clube para a sua terceira passagem pela identificação com a torcida e, pela oportunidade de agora, desfrutar da estrutura de um time que se modernizou nos últimos anos.

O treinador deixou a equipe palmeirense pela última vez em setembro de 2012 e volta depois de quase seis anos. "Éramos naquela época uma equipe itinerante. Jogávamos (como mandantes) em Barueri, no estádio da Portuguesa, em Presidente Prudente... Porque não tínhamos nosso estádio. Agora temos um estádio maravilhoso e uma estrutura que, possivelmente, só vi algo assim em Londres, no Chelsea", afirmou Felipão, em sua apresentação oficial. A estreia dele será no domingo, contra o América-MG, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro.

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O novo técnico palmeirense afirmou que escolheu voltar ao Palmeiras e recusar oportunidades de dirigir seleções por ter identificação com o clube. "É uma equipe com a qual tenho identificação, assim como com a torcida. Estou muito feliz por retornar para a minha casa", disse. Felipão volta ao Palmeiras com contrato válido até dezembro de 2020, com multa rescisória fixada no pagamento de um salário.

O treinador dirigiu a equipe em 408 partidas, com 192 vitórias, 111 empates e 105 derrotas. Antes do retorno ao clube, ele estava no futebol da China, onde dirigiu o Guangzhou Evergrande por dois anos e meio, com sete títulos conquistados. Pelo Palmeiras o treinador conquistou na primeira passagem, entre 1997 e 2000, a Copa do Brasil e a Copa Mercosul em 1998, mais a Libertadores de 1999 e o Torneio Rio-São Paulo de 2000. Já na segunda vinda ao clube, entre 2010 e 2012, ganhou a Copa do Brasil no último destes anos. Em 36 anos de carreira foram 26 conquistas, a mais importante delas a Copa do Mundo pela seleção brasileira, em 2002.

O Palmeiras entrou em contato com Felipão na última semana, depois da demissão de Roger Machado. O experiente treinador estava em Cascais, em Portugal, quando foi acordado de madrugada por uma ligação do diretor de futebol Alexandre Mattos. Pego de surpresa, Felipão contou ter perdido o sono pela oportunidade e buscou conversar com a família para explicar o plano de voltar ao futebol brasileiro. "Os palmeirenses moram no meu coração", disse.

A motivação do treinador é encontrar em 2018 um Palmeiras bem mais forte do que o de 2012. "É muito diferente porque éramos itinerantes e tínhamos uma dificuldade financeira muito grande. Tínhamos que fazer contratação sem gastar no empréstimo e pagar valores irrisórios. Ainda assim, ganhamos a Copa do Brasil", comentou.

A terceira passagem de Luiz Felipe Scolari pelo Palmeiras começa na próxima semana com a expectativa sobre a maneira como o novo comandante poderá resgatar alguns jogadores em baixa. O treinador terá como uma das preocupações mexer com os ânimos de atletas como Dudu e Lucas Lima, que andaram apagados nos últimos jogos sob a batuta de Roger Machado.

A diretoria trocou o comando da equipe com o objetivo de obter melhores resultados a partir da evolução de atletas que estão abaixo das expectativas. A chegada de Felipão reanima o grupo e resgata algumas disputas por posição. Isso também pode tirar da zona de conforto alguns jogadores acomodados.

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O novo treinador não fez grandes exigências ao acertar o contrato de dois anos e meio. O Palmeiras quis estabelecer o valor da rescisão por ser de praxe no clube com os técnicos. Felipão no primeiro momento não queria multa, para depois combinar que um possível acerto seja o pagamento extra de um mês de salário.

Nesta sexta-feira, os dois auxiliares de Felipão, Paulo Turra e Carlos Pracidelli, estiveram na Academia de Futebol. A dupla acompanhou o trabalho do elenco e começou a se adaptar ao ambiente. Por enquanto, o Palmeiras será dirigido pelo interino Wesley Carvalho, treinador do sub-20. É ele que estará à frente do time no domingo, contra o Paraná, no Allianz, pelo Brasileirão. Felipão terá algumas informações do grupo de jogadores.

Ele vai se reencontrar com um antigo jogador seu dos tempos do Grêmio. O atacante Dudu vive um momento de instabilidade no Palmeiras e causa preocupação. Ele queria ser vendido. Sob o comando de Felipão, em 2014, teve boa fase em Porto Alegre. Naquela época as atuações renderam alta cotação na janela de transferências para o ano seguinte. O trio de ferro da capital paulista travou duelo nos bastidores para tentar a contratação do atacante.

No Palmeiras, Dudu perdeu o posto de capitão nos últimos meses e ficou frustrado com a recusa do clube em vendê-lo ao Shandong Luneng, da China. A oferta era tentadora, com salários perto dos R$ 2 milhões. O Palmeiras não o liberou por entender que ele é importante ao time. Dudu desabafou nas redes sociais e irritou a torcida. Nas duas últimas partidas, suas atuações foram discretas.

O cuidado com Dudu será importante, pois a diretoria recusou a proposta por considerar que não havia no elenco alguém com as mesmas características do atacante. O jogador assinou em março renovação de contrato, com aumento salarial.

Ele passa a ser uma das preocupações de Felipão. Outro desafio do técnico de 69 anos será Lucas Lima. O meia trazido do Santos vive período de baixa. A temporada pouco animadora não lhe ajudou a recuperar espaço na seleção, como era pretendido por ele ao mudar de clube.

Há outro mistério sobre a preferência de Felipão em relação ao gol do Palmeiras. Roger tratou as três opções principais como de mesmo nível. Por isso, começou o ano com Jailson, deu espaço para Prass e, no fim, analisou que Weverton era o mais preparado para ser titular.

Felipão passará pelo mesmo dilema de escolher qual dos três merece ser fixado na posição. A escolha vai ter a participação direta de Carlos Pracidelli, ex-preparador de goleiros do Palmeiras e da seleção brasileira, além de bastante experiente na função. Ele agora é auxiliar.

AMBIENTE POLÍTICO MAIS CALMO - A decisão do Palmeiras de trocar de comando e escolher um técnico experiente foi motivada por muita pressão nas alamedas do clube. Conselheiros, dirigentes e parte da torcida pediam a saída de Roger Machado. A escolha de Luiz Felipe Scolari se transformou em uma maneira de acalmar o ambiente político.

O presidente Maurício Galiotte vai disputar em novembro a reeleição e conta com um título neste segundo semestre para conseguir tranquilidade para ganhar a disputa. Em 2017, o primeiro ano da sua gestão, o Palmeiras não levantou taça. No pleito, os adversários devem ser antigos aliados. Um dos atuais vice-presidentes, Genaro Marino, desponta como principal opositor.

Galiotte era um defensor da atuação de Roger por acreditar no trabalho de treinadores mais jovens, como havia feito no começo de 2017 com Eduardo Baptista, contratado para substituir Cuca. Quando o time passou a ir mal e as tensões políticas aumentaram, o cenário mudou. A diretoria considerou ser mais adequado trocar o perfil do comando e contar com um profissional mais experiente e com currículo vitorioso no Palmeiras.

O técnico Luiz Felipe Scolari está de volta ao Palmeiras. Cerca de seis anos depois de encerrar a sua segunda passagem pelo clube, o treinador de 69 anos acertou nesta quinta-feira o retorno após recusar oportunidades de dirigir as seleções do Egito e da Coreia do Sul em busca da oportunidade de voltar a dirigir a equipe onde conquistou cinco taças.

O treinador começará a terceira passagem ainda com um detalhe para resolver: o tempo de contrato. Felipão pretende um vínculo até o fim de 2020, enquanto a diretoria palmeirense insiste que o acordo seja até 2019.

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Felipão chegou pela primeira vez ao Palmeiras em 1997 e ficou no clube até 2000. Nesse período, ganhou a Copa do Brasil e a Copa Mercosul, em 1998, a Copa Libertadores em 1999, o Rio-São Paulo, em 200. Também foi vice do Brasileirão, e de uma outra edição da Copa Libertadores. Já na segunda passagem, entre 2010 e 2012, o treinador conquistou a Copa do Brasil.

O treinador retorna ao clube para suceder um antigo pupilo. Roger Machado, demitido na quarta-feira depois da derrota para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, foi atleta dele no Grêmio na década de 1990 e saiu pela dificuldade em fazer o time evoluir. Também pesa para a contratação a chegada de um nome experiente e com conhecimento dos bastidores.

Felipão é o segundo nome que mais vezes dirigiu o Palmeiras, com 409 jogos, atrás de Oswaldo Brandão, com 585. Ele é ainda o treinador que mais esteve à frente do Palmeiras em partidas de Libertadores (28) e Campeonato Brasileiro (166).

O treinador terá como missão organizar um elenco caro e badalado. O Palmeiras vive a pressão de ter passado a última temporada sem conquistas e passa pelo temor de repetir em 2018 o mesmo fracasso. O clube faz campanha irregular no Campeonato Brasileiro, foi vice do Campeonato Paulista e ainda continua na disputa de outras competições: Copa do Brasil e Libertadores, ambas vencidas pelo técnico em passagens anteriores.

A negociação entre clube e treinador foi rápida. Mesmo em Lisboa, onde está para resolver assuntos pessoais, Felipão demonstrou abertura para conversar com o clube e aceitou as condições estabelecidas para voltar. O retorno, inclusive, era um antigo objetivo do treinador.

A passagem anterior, finalizada em setembro de 2012, deixou Felipão aborrecido com a forma como terminou. O clube viria a ser rebaixado no fim do Brasileiro daquele ano e o técnico entendia ser preciso uma nova oportunidade para trabalhar com um elenco melhor e obter outros resultados.

O trabalho no Palmeiras será o segundo de Felipão no futebol brasileiro depois da Copa do Mundo de 2014, competição que deixou o treinador em baixa pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal. Logo depois do torneio ele teve uma passagem pelo Grêmio, concluída em 2015, com a oportunidade de trabalhar na China.

Em solo asiático o técnico conquistou sete títulos, o principal deles a Liga dos Campeões da Ásia, em 2015. A taça lhe deu a oportunidade de disputar o Mundial de Clubes daquele ano.

O retorno ao Palmeiras é uma cartada da diretoria para garantir uma taça antes da eleição presidencial do clube, marcada para novembro deste ano. A gestão do presidente Mauricio Galiotte, empossada no fim de 2016, ainda não conquistou títulos, apesar da alta expectativa pelo sucesso e de contratações de peso. Por isso, a cúpula aposta na vinda de uma conquista para conseguir se fortalecer na disputa pela continuidade no cargo.

Um dos nomes mais especulados no Palmeiras neste momento, o técnico Luiz Felipe Scolari não parece disposto a assumir o cargo de sucessor de Roger Machado. Apesar de estar sem clube desde novembro do ano passado, quando deixou o futebol chinês, o treinador está no momento em Lisboa, onde cuida de assuntos pessoais e negocia para assumir a seleção da Coreia do Sul.

Felipão, de 69 anos, recusou recentemente uma proposta para dirigir a seleção do Egito e ainda não recebeu contato para negociar com o Palmeiras sobre a possível oportunidade. O clube pretende contar com um treinador experiente no momento, por entender que é necessário contar no momento com um profissional deste perfil para organizar rapidamente a equipe.

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O treinador gaúcho tem em mãos uma proposta da Coreia do Sul. A equipe disputou a Copa do Mundo da Rússia, saiu na fase de grupos e decidiu não continuar com o técnico Shin Tae-yong. Felipão teve duas passagens pelo Palmeiras. Na primeira, entre 1997 e 2000, ganhou uma Copa do Brasil e uma Copa Libertadores. Na segunda, de 2010 a 2012, venceu novamente a Copa do Brasil.

O último trabalho de Felipão no futebol brasileiro foi no Grêmio, entre 2014 e 2015. Desde então ele se fixou no Guangzhou Evergrande, da China, onde conquistou sete títulos, o principal deles a Liga dos Campeões da Ásia, que valeu a participação da equipe no Mundial de Clubes da Fifa, em 2015.

O Chelsea demitiu o técnico italiano Antonio Conte nesta quinta-feira (12), após duas temporadas no comando do time, durante as quais conquistou a Premier League e a Copa da Inglaterra. A informação foi dada pela imprensa local, apesar do clube ainda não se pronunciar oficialmente.

O meia Cesc Fábregas, por sua vez, já se despediu de Conte nas redes sociais.

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"Obrigado, mestre, por outro título da Premier League e da Copa da Inglaterra. Não foi fácil para mim convencê-lo no início, mas, no fim, espero que tenha deixado você orgulhoso. Boa sorte no futuro", postou o jogador.

De acordo com os jornais britânicos, o Chelsea se apressa para fechar contrato com o técnico Maurizio Sarri, ex-Napoli.

Da Ansa

O técnico Felipão vai esperar para ver a campanha que o governo federal promete lançar nos próximos dias nas redes sociais, comparando-o com a presidente cassada Dilma Rousseff, para avaliar o conteúdo da peça. Caso entenda que sua imagem está sendo arranhada, pretende processar a União.

"Se a campanha usar o nome do treinador, ou sua imagem, de forma pejorativa, ele responderá pública e judicialmente contra o governo Temer", informou à reportagem a assessoria do treinador.

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A informação de que o presidente Michel Temer prepara uma campanha mais agressiva nas redes para atacar a gestão petista e fazer um contraponto com a sua administração foi revelada na quinta-feira (19), pela Coluna do Estadão.

A campanha será inspirada na derrota do Brasil para a Alemanha, por 7 a 1, na Copa do Mundo de 2014 e destacará a reviravolta do time depois da mudança de comando. Dilma será comparada a Felipão. Já Temer, a Tite, atual técnico do Brasil. As peças ainda vão mostrar obras paradas que Temer herdou pós-impeachment.

Procurado pela reportagem, Tite não respondeu até a conclusão desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Técnico campeão da Copa do Mundo em 2002, Luiz Felipe Scolari foi coadjuvante em um momento histórico para o futebol mundial nesta quarta-feira: a primeira vez que uma mulher comandou um time masculino em um torneio internacional de elite. Mas, sob o comando de Chan Yuen-ting, o Eastern, de Hong Kong, não foi páreo para o Guangzhou Evergrande, perdendo de 7 a 0 na China.

Yuen-ting vem fazendo história no futebol. Ela não é a primeira mulher a treinar um time profissional masculino, mas foi a primeira a ganhar um título nacional, no ano passado. Agora, é pioneira numa competição continental, uma vez que o duelo desta quarta valeu pela primeira rodada do Grupo G da Liga dos Campeões da Ásia.

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O Eastern, líder do campeonato de Hong Kong, porém, foi presa fácil para o atual campeão chinês, que fazia sua primeira partida oficial da temporada. Ricardo Goulart, de pênalti, Alan e Paulinho fizeram um gol cada. Os brasileiros são os três estrangeiros do elenco de Felipão. O colombiano Jackson Martínez, ex-Atlético de Madrid, nem foi inscrito na Liga.

Pelo mesmo Grupo G, o Kawasaki Frontale, do Japão, empatou em 1 a 1 com o Suwon Bluewings, da Coreia do Sul. O torneio tem divisão geográfica, com os times da Austrália e da Ásia Oriental definindo um finalistas e as equipes do Oriente Médio apontado o outro.

A rodada "oriental" da Liga dos Campeões da Ásia desta quarta-feira ainda teve outro gol brasileiro. Ramires aproveitou bate-rebate na área aos 45 minutos do segundo tempo e fez o gol da vitória do Jiangsu Suning, da China, sobre o Jeju United, na Coreia do Sul. Alex Teixeira também atuou como titular do time chinês. Já na Austrália o Gamba Osaka, do ex-são-paulino Ademílson, fez 3 a 0 no Adelaide United.

"Todos os jogadores precisam receber um grande abraço, principalmente aquele pessoal da retaguarda. Parabéns, Portugal! Muito bonito o que fizeram na França. Seis horas da manhã, raiando o sol aqui na China. Maravilhoso dia. Portugal campeão da Eurocopa. Parabéns! Fernando Santos (técnico da seleção), maravilha. Fantástico! Cristiano Ronaldo foi um grande líder. Para ganhar hoje, alguém teve que chegar a uma final lá atrás, fazer um Mundial excelente, chegar a outra Euro. Se Portugal está hoje nessa posição é porque trilhou um caminho ao longo dos anos. Se havia um treinador português que merecia era mesmo o Fernando Santos, homem humilde, técnico da velha guarda, diferentemente dos moderninhos convencidos de hoje em dia".

As declarações são de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, ex-técnico da seleção portuguesa na Eurocopa de 2004, quando o país recebeu a competição da Uefa, chegou à final, mas perdeu para a Grécia por 1 a 0, no estádio da Luz, em Lisboa.

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O treinador brasileiro, que hoje trabalha na China (no Guangzhou Evergrande), de onde mandou o recado ao jornal O Estado de S.Paulo, também dirigiu Portugal na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Seu time foi eliminado nas semifinais para a mesma França, em gol de pênalti, de Zidane, que os portugueses questionam até hoje.

A ida de Felipão para Portugal aconteceu logo depois da conquista do penta com a seleção brasileira no Mundial de 2002, realizado em conjunto por Japão e Coreia do Sul. Ele ficou lá até 2008, quando saiu após a eliminação para a Alemanha nas quartas de final da Eurocopa realizada em conjunto por Áustria e Suíça.

Depois de passagens por clubes como Chelsea (Inglaterra), Bunyodkor (Usbequistão) e Palmeiras, Felipão voltou à seleção brasileira no final de 2012 no lugar de Mano Menezes. Conquistou o título da Copa das Confederações em 2013, mas fracassou na Copa do Mundo de 2014, em casa, com a goleada sofrida para a Alemanha por 7 a 1 na semifinal.

A presença de Neymar na semifinal do Mundial de Clubes, nesta quinta-feira, ainda é uma incógnita. O craque do Barcelona continua se recuperando de uma lesão fibrilar na coxa esquerda, treinou normalmente nesta quarta, mas ainda não foi confirmado por Luis Enrique. A possível ausência é boa para o Guangzhou Evergrande, que sonha com uma histórica zebra no confronto de Yokohama, mas o técnico Luiz Felipe Scolari a minimizou.

"Neymar é um dos três melhores jogadores do mundo. Já está há cinco anos progredindo. Qualquer equipe do mundo acusaria uma baixa como essa, mas o Barcelona é diferente, tem 25 jogadores como ele. No Barça, todos os jogadores estão em nível similar", declarou nesta quarta-feira.

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Mesmo com bons nomes do futebol brasileiro, como Paulinho, Robinho, Ricardo Goulart, Elkeson e Allan, uma vitória do Guangzhou sobre o Barcelona representaria uma das maiores zebras do futebol na história. Felipão prefere não pensar muito nisso e cobra de seus comandados apenas uma boa atuação nesta quinta.

"Estamos progredindo dia a dia. Nós sabemos as nossas limitações. O Barcelona é uma das melhores equipes do mundo e nossos jogadores compreendem muito bem isso, mas eles estão muito motivados e são inteligentes. Por isso, acho que faremos uma boa partida", apontou.

Será a primeira partida de boa parte do elenco chinês diante de Lionel Messi, mas Felipão lembrou que o elenco catalão vai muito além do argentino, mesmo que Neymar não esteja em campo.

"Messi é um dos três melhores jogadores do mundo, mas o Barcelona não é só ele, tem muitos bons jogadores. Nossa tática é mudar dependendo de nossos adversários. O Barça tem muitos jogadores, como Suárez, Iniesta... Então, também teremos que estar atentos aos outros jogadores", comentou o treinador brasileiro.

Após suas passagens pela seleção brasileira e pelo Grêmio, o técnico Luiz Felipe Scolari voltou a viver um bom momento no futebol. E a "redenção" do treinador chegou bem longe dos grandes centros: em menos de seis meses no Guangzhou Evergrande, da China, já são dois títulos: o Campeonato Chinês e a Liga dos Campeões da Ásia, vencida neste sábado, em casa, contra os campeões dos Emirados Árabes, o Al Ahli.

Mais do que isso, Felipão está invicto no comando da equipe: são 24 jogos com 15 vitórias e nove empates. Neste tempo, teve até vitória sobre o poderoso Bayern de Munique nos pênaltis, em amistoso em julho. "Vencer a Copa da Ásia é um presente que meus atletas e minha comissão técnica me deram neste final de 2015. O Al Ahli foi uma ótima equipe e é muito bem treinada e organizada. Vencer na Ásia é preencher e coroar um trabalho de muitos e bons anos que é feito aqui no Guangzhou", declarou o treinador.

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Em 17 jogos na Liga Nacional, o técnico, que ainda conta com a presença dos brasileiros Elkeson, Robinho, Ricardo Goulart, Paulinho e Junior Urso no elenco, conseguiu 80% de aproveitamento, com 12 vitórias e cinco empates. "Estamos muito felizes por termos sido escolhidos para treinar o Guangzhou e pela receptividade desta cidade e da população. No clube, todos, vou reafirmar, todos os departamentos trabalharam e fizeram por merecer estes dois títulos. Foram obedientes e disciplinados e gostam de aprender", concluiu Felipão.

O técnico repetiu o feito de um título continental 16 anos após a conquista da Copa Libertadores pelo Palmeiras, em 1999, onde também foi campeão da Copa Mercosul em 1998. Pelo Grêmio, também venceu a Libertadores e a Recopa Sul-Americana, em 1995 e 1996, respectivamente. Agora, o treinador volta à disputa de um Mundial de Clubes.

O Guangzhou estreia na competição no dia 13 de dezembro, contra o América do México. Nas duas vezes em que buscou o título, Felipão foi derrotado. Em 1995, o Grêmio perdeu para o Ajax e, em 1999, o Palmeiras caiu para o Manchester United.

Luiz Felipe Scolari voltará a disputar um Mundial neste ano. Após fracassar com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, o treinador vai liderar o Guangzhou Evergrande no Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, após se sagrar campeão da Liga dos Campeões da Ásia, neste sábado.

O time chinês faturou o título pela segunda vez em três anos ao derrotar o Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, pelo placar de 1 a 0, na partida da volta, na China. O primeiro jogo terminou sem gols. O brasileiro Elkeson, ex-Botafogo, foi o autor do único gol da decisão. Ele também havia marcado nas finais da Liga de 2013, contra o FC Seoul.

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O gol deste sábado foi marcado aos 9 minutos do segundo tempo. Três minutos depois, o Al-Ahli se complicou ainda mais na partida ao perder o zagueiro Salmin Khamis, expulso de campo. Com a mais em campo, o Guangzhou Evergrande não teve dificuldades para sustentar a vantagem no placar e confirmar o favoritismo.

Com o resultado, o time chinês disputará novamente o Mundial de Clubes. Felipão e Elkeson não serão os únicos brasileiros a defender o Guangzhou Evergrande no Japão. A equipe conta também com Ricardo Goulart, Paulinho (ex-Corinthians), Robinho (ex-Santos), Renê Junior e Alan.

Goulart, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, vem sendo o principal destaque da equipe. No mês passado, foi eleito o craque do Campeonato Chinês, também vencido pelo time de Felipão.

Com a definição do campeão asiático, o Mundial de Clubes está praticamente definido. Agora só resta conhecer o time que vai representar o anfitrião Japão. Já estavam garantidos o Barcelona, o River Plate, o América (México), o Auckland City e o Mazembe.

Ao contrário dos principais favoritos, o Guangzhou Evergrande vai estrear na fase de quartas de final do Mundial, contra o América, no dia 13 de dezembro. O vencedor enfrentará na semifinal o Barcelona, de Lionel Messi, Neymar e Luis Suárez, no dia 17. A competição terá início no dia 10 e será encerrada no dia 20.

Alex resgatou as glórias e os dissabores de sua carreira como jogador ao lançar a sua biografia. E vislumbra um futuro novo, começando aos quase 40 anos: ele quer ser técnico de futebol. Em entrevista exclusiva, o ex-meia que marcou mais de 400 gols apontou uma falha que, segundo ele, atinge uma boa parte dos técnicos brasileiros: o discurso ultrapassado. "Acho justo o questionamento (em relação aos técnicos brasileiros). Cabe a quem é treinador se aprimorar. Para mim o grande problema hoje é o discurso. Um discurso dos anos 2000 não cabe mais hoje. A sociedade mudou".

A seguir, confira os principais trechos da entrevista em que o ex-jogador e agora comentarista da ESPN fala também do Bom Senso FC, de seleção brasileira e da mágoa com Felipão, que não o levou para a Copa do Mundo de 2002.

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Agência Estado - Você pensa em ser treinador?

Alex - Penso e um dia pode acontecer.

AE - Mas o que falta?

Alex - Primeiro eu tirar a vestimenta de jogador de futebol, o sentimento de jogador, que é diferente do de treinador. Jogador é individualista, cuida só dele. O treinador cuida de todo um conjunto, monta um time, comissão técnica... Depois, preciso obter as qualificações burocráticas, as certificações. No Brasil você até pode burlar, mas não vou fazer isso. Vou começar os cursos, mas não sei se termino ano que vem, não sei o funcionamento exato do processo burocrático.

AE - Após a derrota do Brasil na Copa (7 a 1), os técnicos brasileiros passaram a ser ainda mais criticados. O que você pensa sobre isso? É justa toda essa contestação?

Alex - Acho justo o questionamento. Cabe a quem é treinador se aprimorar. Para mim o grande problema hoje é o discurso. Um discurso dos anos 2000 não cabe mais hoje. A sociedade mudou. O jogador de futebol é a mesma coisa. Vários treinadores têm o mesmo discurso. É um discurso de quem foi campeão, de quem ganhou um dia. Eu não vejo o treinador brasileiro como ultrapassado, ele entende a cultura do país, mas vejo alguns perdendo espaço pelo discurso, um discurso repetido de uma década atrás.

AE - Entre os técnicos com que você trabalhou, qual mais te inspira?

Alex - O melhor treinador que eu tive foi o Vanderlei (Luxemburgo). Só que o Vanderlei foi meu treinador em 2003 e nós estamos falando em 2015, quase 2016. Com todos eles eu absorvi alguma coisa. Se eu virar treinador, vou usar algo do que absorvi, mas com os modelos de hoje. O treinador precisa de uma metodologia. Vou treinar isso porque quero atingir esse objetivo. O problema (no Brasil) é que as vezes não há tempo, quando ele pode atingir, ele perdeu o emprego. Essa é a dificuldade. Estou curioso para ver o Roger (técnico do Grêmio) ano que vem. O Tite é consagrado, ganhou vários títulos, vai ganhar o Brasileiro a qualquer momento, mas o treinador revelação do Brasil é o Roger.

AE - Por que o Roger?

Alex - O Roger surgiu num Grêmio que o Felipão dizia que ia jogar para escapar da segunda divisão. O Felipão, treinador consagrado, não acreditava no time, achava que aquele Grêmio brigaria embaixo. Aí aparece um Roger, que já tinha dirigido o Grêmio interinamente, aglutina o grupo e coloca o Grêmio na Libertadores.

AE - O Tite é o melhor técnico hoje?

Alex - É o melhor treinador do Brasil, é o que o Telê (Santana) era no início dos anos 90, depois substituído pelo Vanderlei. Se olhar para trás. o que foi o Rubens Minelli, o seu Ênio Andrade, o Muricy... Aí surge o Tite, ele é o cara.

AE - Dois técnicos que trabalharam com você, Felipão e Luxemburgo, estão na China. Esses dois técnicos se enquadram nesse discurso ultrapassado dos anos 90?

Alex - Não digo que o discurso seja ultrapassado, o discurso é o discurso que fez deles dois vencedores.

AE - E não serve mais hoje?

Alex - A aceitação dos moleques hoje é totalmente diferente da nossa época. Se o Felipão me desse um esporro na década de 90 eu me encolhia todo, absorvia o que ele falava e ia tentar fazer. Mas se ele der um esporro hoje num moleque igual ao que ele dava em mim na década de 90, o moleque tá c... para ele. Não tá nem aí porque o sistema hoje favorece o jogador de futebol. O moleque liga para o empresário e fala: ‘pô, o Felipão me deu um esporro’, e o cara fala: ‘fica tranquilo, a gente resolve isso, sossegado’. O discurso hoje é outro. Eles entendem de bola pra cacete, foram campeões. Foram não, são, o Felipão acabou de ganhar um título, mas o discurso dele... Por exemplo: o auxiliar dele é o Murtosa. O que o Felipão pensa e o Murtosa pensa é a mesma coisa desde que eles se conhecem. E o jogador de hoje não é o jogador da década de 90. O Felipão viveu isso na pele com o time que ele montou em 2002 e com o time que ele montou em 2014, o sentimento é diferente, a aceitação é diferente, a educação é diferente.

AE - Como foi participar do Bom Senso FC jogando futebol?

Alex - Desgastante. Primeiro porque o jogador de futebol quer que o movimento aconteça, mas não quer participar. Ele quer que tenha alguns escudos. O Alex se expunha, o Ceni... Hoje o único que se expõe é o Fernando Prass. O Paulo André já nem consegue se expor de tanta carga que colocaram nele. Mas o movimento tem de acontecer. E o pior não é o jogador, o pior é o treinador porque eles não conseguem se posicionar.

AE - Mas na prática qual foi a conquista do Bom Senso FC?

Alex - A conquista do Bom Senso foi criar uma discussão. Mas discutiu-se muito o calendário e agora surge uma nova Liga com mais um campeonato (Copa Sul-Minas-Rio). A Liga seria boa se fosse um embrião para formar uma Liga nacional. Para que essa Liga Nacional tivesse 4 Divisões e os Estaduais, disputados por equipes menores, desse acesso a essa Liga Nacional.

AE - O presidente da CBF não pode viajar e a entidade que controla o futebol no País está fragilizada. Não seria esse o momento para uma Liga Nacional?

Alex - Entre a CBF e os clubes existe uma coisa chamada Federação, que é envolvida nesse esquema todo. Aposto que tem presidente de federação louco pra que o Del Nero saia para que ele possa assumir a CBF. O legal seria o cara assumir a CBF e falar: ‘este ano não dá mais tempo, mas se organizem porque a partir de 2017 eu, CBF, vou cuidar da seleção, dos meninos até a principal, e vocês, clubes, se organizem para fazer a Liga’.

AE - Olhando para a sua carreira, você se sente realizado?

Alex - Eu me sinto porque consegui jogar no meu time, consegui jogar em São Paulo, em Minas, na seleção, consegui jogar num clube europeu, fui artilheiro de algumas competições, joguei contra os melhores da minha geração... Poderia ter ganho mais? Poderia. Mas dentro do que surgiu, fico muito feliz. Estou entre os maiores goleadores de Coritiba, de Palmeiras, do Fenerbahçe, ganhei com a seleção brasileira...

AE - Palmeiras de 99 ou Cruzeiro de 2003? Qual foi melhor?

Alex - O Palmeiras de 99 era muito forte, jogadores consagrados e eu era menino. E o Cruzeiro era o contrário, o jogador campeão era eu. Mas em termos de plasticidade, o Cruzeiro de 2003. Individualmente falando, talvez o Palmeiras de 99 fosse mais forte. Mas aí entra a figura dos dois treinadores, o Felipão era pragmático e o Vanderlei queria ganhar jogando para a frente.

AE - Você não jogou uma Copa porque na sua posição havia Kaká, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, como escreveu Tostão em seu livro, ou porque o Felipão não te levou em 2002?

Alex - O Tostão relata um fato, eles eram Bola de Ouro. A minha não participação na Copa do Mundo (2002) é opção do Felipão, pessoal dele, porque em 2002 o Kaká não era Bola de Ouro. O Felipão aposta no Kaká em detrimento a mim. Talvez, se eu tivesse jogado 2002, tivesse trilhado um outro caminho. Se você me perguntar se me sinto inferior a esse pessoal, eu respondo que não. Acredito que poderia estar em 2002. Eu dividia espaço com esses caras. De 98 a 2002, eu jogo, fico no banco (na seleção). A figura do Kaká surge na última hora. Por isso seleção é preferência do treinador. Podem passar 50 anos e o Felipão não vai me convencer de que o Kaká foi convocado pelo jogo contra a Islândia. O porquê do Kaká, só ele (Felipão) sabe.

AE - Ficou magoado com o Felipão?

Alex - Como treinador, não, mas como pessoa fiquei muito. Vou carregar isso o resto da vida.

O treinador Luiz Felipe Scolari pagou uma multa de 3 milhões de euros e encerrou o inquérito do Ministério Público de Portugal que o havia acusado de fraude fiscal. Em uma nota emitida nesta terça-feira (28), o Departamento Central de Investigação e Ação Penal do MP de Lisboa confirmou que o processo foi "concluído".

"Os fatos remontam ao período compreendido entre 2003 e 2007", diz a nota, numa referência aos anos em que o treinador teve residência em Portugal. Segundo a investigação, os dados recolhidos apontam para "crimes de fraude fiscal", principalmente no que se refere a contratos de direitos de uso de imagem de Scolari, que foi treinador da seleção portuguesa.

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Um acordo foi proposto, em que Scolari pagaria os "impostos em dívida, acrescido de juros e de uma injunção, no montante global de 3 milhões de euros" (cerca de R$ 13 milhões). O MP também indicou que o brasileiro concordou com o acerto e que, portanto, houve uma "suspensão provisória do processo" por dois meses, até que Scolari fizesse o depósito. Nesta terça, o Ministério Público confirmou o recebimento dos recursos e decretou o caso como "arquivado". Atuando hoje na China, Scolari dirige o Guangzhou Evergrande, equipe que venceu dez jogos e empatou outros cinco desde junho.

A CPI do Futebol aprovou um plano de trabalho que inclui o depoimento dos ex-craques Pelé e Zico a fim de contribuir com sugestões para a reestruturação do futebol brasileiro. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), membro da CPI, avalia que a programação do colegiado está praticamente completa e deverá trazer elementos para que os parlamentares destrinchem os problemas do esporte mais praticado do país e tentem encontrar soluções. 

De acordo com o plano de trabalho, os jornalistas Juca Kfouri, José Cruz, Sérgio Rangel e Jamil Chade, todos repórteres de esporte de grandes veículos de comunicação do país, serão os primeiros a falarem na CPI. Eles irão à CPI, já na próxima semana, na condição de testemunhas.

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Além deles, os parlamentares irão ouvir presidentes de federações de futebol de vários estados; presidentes de grandes clubes, como Flamengo, São Paulo, Grêmio e Atlético-MG; os próprios jogadores, representados pelo Bom Senso Futebol Clube; e ex-atletas como Cafu e Roque Júnior.

Segundo o senador, o objetivo original da CPI de investigar eventuais irregularidades em contratos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (COL) está mantido, mas que a ideia é avançar ainda mais. 

“Vamos muito além disso. A ideia é discutirmos aqui todos os pontos relacionados ao futebol, ouvindo os envolvidos com o esporte e nos debruçando, inclusive, sobre os documentos decorrentes de investigações já em curso feitas por órgãos competentes do Brasil e do exterior”, afirma Humberto.  

O plano de trabalho inclui ainda a vinda dos técnicos Felipão, Carlos Alberto Parreira e Dunga, assim como o depoimento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira. 

“O nosso objetivo é realizar as oitivas para analisar a situação do esporte como um todo: o calendário de jogos, a situação financeira dos clubes e das federações, as condições de trabalho dos atletas e árbitros, assim como a gestão da CBF”, explica Humberto.

Os integrantes da CPI também aprovaram, na sessão de hoje, requerimentos que solicitam autorização da Procuradoria Geral da República para o compartilhamento de informações sobre o caso Fifa, investigado originalmente pelo FBI, e autorização para a ida de um grupo de trabalho formado pelos senadores aos Estados Unidos em busca da documentação. 

A ideia dos senadores é apresentar o relatório final da CPI no dia 24 de novembro e discuti-lo e votá-lo no dia 8 de dezembro.

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, anunciou nesta terça-feira a demissão do técnico Luiz Felipe Scolari. De acordo com o dirigente, o treinador pediu para sair. A terceira passagem de Felipão pelo time gaúcho foi encerrada após reunião nesta manhã, no CT Luiz Carvalho.

O técnico deixará o clube junto do auxiliar Flávio Murtosa e do preparador físico Darlan Schneider. O auxiliar Ivo Wortmann, que chegou ao clube na companhia de Felipão, deve ser o único a permanecer. Será o comandante da equipe na partida de sábado, contra o Figueirense, sábado, em casa,

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O mais cotado para assumir o Grêmio é Cristóvão Borges, ex-Fluminense. O presidente do clube, contudo, negou que já tenha algum acerto com o treinador. Celso Roth, velho conhecido dos torcedores gremistas, também foi cogitado pela imprensa local. Romildo Bolzan não estabeleceu prazo para anunciar o substituto de Felipão.

O técnico de 66 anos deixou o clube abalado pela sequência de resultados ruins e pelas dificuldades no vestiário do time. O Grêmio tropeçou nas duas primeiras rodadas do Brasileirão, perdeu para o arquirrival Internacional na final do Gauchão e não convenceu no Brasileirão e na Copa do Brasil do ano passado.

Felipão voltou ao Grêmio, time que o projetou para o sucesso mundial como treinador, no fim de julho do ano passado, menos de um mês depois do fiasco na Copa do Mundo - a trágica goleada de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal ficou marcada na carreira do treinador. Tentando deixar a decepção para trás, o técnico chegou ao clube prometendo títulos. Mas não teve sucesso nesta empreitada.

"A história do Luiz Felipe não tem nenhum arranhão. Toda sua trajetória, seu mérito de campeão nacional, campeão gaúcho, sul-americano. Foi vice-campeão mundial. Ele continua sendo um grande treinador, um grande exemplo, um ícone, um símbolo. Tudo isso vai permanecer. Sua passagem pelo Grêmio agora não altera isso", afirmou o presidente do Grêmio. No retorno ao clube, Felipão comandou o Grêmio em 51 jogos. Foram 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas.

A sequência, contudo, não foi tão decisiva para a queda do treinador quanto ao clima criado no clube. Felipão causou atritos na diretoria e entre os jogadores ao fazer críticas públicas às limitações do elenco do Grêmio no fim do ano passado e na atual temporada.

O clima ficou ainda pior no fim de semana, após a derrota por 2 a 0 para o Coritiba, fora de casa. No desembarque do time em Porto Alegre, um grupo de 50 torcedores protestou contra Felipão e os jogadores. Eles chamaram o grupo de "time sem vergonha" e "vendidos". Alguns deles chegaram a atingir o ônibus que conduzia a delegação gremista.

Marco Polo Del Nero deu uma estocada nesta quinta-feira (16) no técnico Luiz Felipe Scolari, que comandou a seleção brasileira na Copa do Mundo e foi contratado com sua aprovação. Ao falar sobre a "tragédia" que foi a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, ele disse que a seleção trocou a filosofia da "família" pela modernidade.

"Foi uma tragédia naquele dia (em que a seleção foi goleada). Mas hoje temos outra mentalidade. O Dunga não gosta desse negócio de família", disse. "Ninguém tem cadeira cativa. Ele costuma dizer aos jogadores que se alguém deixa a cadeira vazia vem outro e senta. É assim que eu entendo que deve ser".

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Nas suas duas passagens pela seleção brasileira - tanto na vitoriosa campanha de 2002 como no fracasso do ano passado - Felipão trabalhou a partir de determinado momento com um grupo fechado de jogadores. No ano do penta, o grupo ficou conhecido como "a família Scolari".

Del Nero entende que a seleção vai recuperar o prestígio rapidamente, "porque temos mais a ensinar do que a aprender" em nível mundial. Mas também porque hoje o comando está em boas mãos. "O Dunga e o Gilmar (Rinaldi, coordenador) gostam de trabalhar, estudar. É disso que precisamos. Trabalhar na evolução técnica, científica. É outra mentalidade. Eu percebo que o trabalho deles é muito bom".

O presidente, porém, admitiu que é um erro o Brasil continuar a agir com arrogância, usando os cinco títulos mundiais para isso. "Não podemos ficar achando que somos deuses do futebol. Em cima desse estudo técnico e científico vamos usar algumas coisas deles (as principais escolas do futebol), mas eles também usam as nossas".

O técnico Luiz Felipe Scolari decidiu fazer mistério antes das prováveis estreias dos meio-campistas Cristian Rodríguez e Maicon no Grêmio. Nesta sexta-feira (13), na véspera do duelo com o Cruzeiro de Porto Alegre, na Arena, pela 11ª rodada do Campeonato Gaúcho, o treinador comandou uma atividade com os portões fechado do CT Luiz Carvalho, escondendo a escalação do time.

Quando a imprensa teve acesso ao treinamento, os jogadores gremistas já realizavam um trabalho recreativo. Assim, não há uma indicação sobre nas vagas de quais jogadores Cristian Rodríguez e Maicon vão entrar ou até mesmo se eles serão titulares na partida deste fim de semana.

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Certo mesmo é que o centroavante Braian Rodríguez deve ser o substituto de Yuri Mamute, suspenso. O outro desfalque gremista é o volante Fellipe Bastos, também por suspensão. E, nesse caso, Maicon disputa uma vaga com Ramiro e Araújo para começar jogando no meio-de-campo gremista. Já Cristian Rodríguez poderia ficar com a vaga de Luan, formando o trio de armadores do time com Douglas e Giuliano.

O fim do mistério, porém, só deverá ser conhecido momentos antes do início do duelo entre o Grêmio, terceiro colocado no Campeonato Gaúcho, com 17 pontos, e o Cruzeiro, líder da competição com 19.

Diante dos rumores de que poderia assumir o comando da seleção do Peru, deixando o Grêmio, o técnico Luiz Felipe Scolari se manifestou nesta quinta-feira (5) através da sua assessoria de imprensa para negar a possibilidade. Além disso, garantiu que nem começou negociações com a Federação Peruana de Futebol, pois recusou o convite inicial.

De acordo com a nota oficial, Felipão enviou um e-mail ao comando da Federação Peruana de Futebol para recusar a possibilidade de comandar a seleção do país. Assim, destacou que não conversou sobre salários, ao contrário do divulgado por um jornal peruano.

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"Primeiro nunca foi divulgado ou falado publicamente os valores de seu contrato com a CBF. Segundo, no convite feito, Luiz Felipe Scolari avisou por e-mail ao Alberto Tejada da Federação Peruana que não poderia aceitar o convite neste momento. Terceiro, nunca foi falado sobre valores. Nem foi feita uma oferta, e muito menos solicitado, porque Scolari, repito, não poderia aceitar o convite neste momento", afirmou a nota oficial.

Técnico do Brasil nas Copas do Mundo de 2002 e de 2014, Felipão também tem passagem de destaque por uma outra seleção nacional, a de Portugal. Assim, a Federação Peruana de Futebol tentava levá-lo para assumir a seleção do país, mas não teve sucesso na tentativa.

Com isso, Felipão permanece no comando do Grêmio, time em que iniciou mais uma passagem no final de julho de 2014. Derrotado pelo Aimoré por 2 a 1 na noite de quarta-feira, o time volta a entrar em campo neste domingo, contra o Avenida, em Santa Cruz do Sul, pela terceira rodada do Campeonato Gaúcho.

Agora com o Grêmio sem objetivos a buscar nesta rodada final do Campeonato Brasileiro, o técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou o treino que comandou na manhã desta quinta-feira para promover testes já visando a temporada de 2015. O treinador dirigiu um trabalho tático, que teve uma parte fechada para a imprensa, e a parte que foi vista pelos jornalistas exibiu a equipe com mudanças na equipe titular.

O garoto Marcelo Hermes, de 19 anos, foi escalado no lugar do veterano Zé Roberto, de 40, na lateral esquerda, enquanto o volante Matheus Biteco, da mesma idade, foi testado no meio-campo neste trabalho que visou o duelo deste domingo, contra o Flamengo, às 17 horas, na Arena do Grêmio.

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Durante a parte aberta do treinamento para a imprensa, Felipão escalou o Grêmio com Marcelo Grohe; Pará, Rhodolfo, Bressan e Marcelo Hermes; Fellipe Bastos, Ramiro, Matheus Biteco e Everton; Luan e Barcos.

Titular nesta atividade, Ramiro destacou nesta quinta-feira a importância de o Grêmio se despedir do Brasileirão de maneira digna, depois de ter encerrado suas chances de ir à Libertadores com a derrota por 1 a 0 para o Bahia, sofrida no último domingo, em Salvador.

"Em nenhum momento faltou entrega ou união do grupo. Vamos sair da competição de cabeça erguida, embora tenhamos falhado em alguns momentos. Vestir a camisa do Grêmio é razão de orgulho e motivação e isso vale para todas as partidas", ressaltou o jogador, em entrevista coletiva.

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