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Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio, Felipe Wu voltou às competições neste sábado (8) na chamada Final da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, que reúne os melhores do circuito em Bolonha, na Itália. O brasileiro, entretanto, não teve bom desempenho e terminou no 10.ª lugar, entre apenas 11 participantes.

Avançavam à final da prova os oito primeiros colocados e, para entrar na decisão, Felipe precisaria ter feito acima de 577 pontos - resultado do oitavo colocado. Marcou 574, entretanto, e não teve a oportunidade de brigar por medalhas.

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No Rio, em agosto, Wu penou para entrar na final. Avançou só no sétimo lugar, com 580 pontos, exatamente a marca mínima necessária. Depois, na fase final, eliminatória, controlou os nervos para ganhar uma medalha olímpica que o tiro esportivo brasileiro não conquistava desde 1928.

Com o resultado ruim na Itália, Felipe Wu deve perder a vice-liderança do ranking mundial na pistola de ar 10 metros. O brasileiro, que chegou à Olimpíada em primeiro, agora está atrás do campeão olímpico Xuan Vinh Hoang, do Vietnã, que optou por não ir a Bolonha.

O primeiro tiro da última série de Felipe Wu garantiria a medalha de ouro na pistola de ar 10m. Atrás do vietnamita Xuan Vinh Hoang desde a quarta série, o atirador brasileiro arrancou 10.2 pontos naquela rodada, enquanto o adversário fez 9.2 pontos. Os dois finalistas foram para a linha de tiro para o disparo decisivo sabendo que Wu estava a ponto de fazer história: 96 anos depois do título olímpico de Guilherme Paraense – cujo nome batiza o centro olímpico de tiro esportivo no Rio –, nos Jogos da Antuérpia, em 1920, um brasileiro poderia voltar a ser campeão no tiro esportivo.

“A minha tática é atirar um pouco mais rápido no final porque sei que não só aqui, com esta torcida gigante, mas também em outros eventos, sempre acontece uma reação da torcida. Então eu atirei e a torcida fez o papel dela. Eu sabia que tudo podia acontecer: tanto ele fazer um tiro bom quanto um ruim. Na etapa de Bangcoc, fiz a mesma coisa e o americano fez um tiro ruim por causa do barulho da torcida”, conta Wu, que cravou 10.1 pontos em seu tiro final.

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Durante os poucos segundos que separaram a aferição da marca de Wu para o momento que a nota de Hoang foi confirmada, o barulho da torcida foi realmente ensurdecedor. O estande lotado explodiu em vaias e gritos para impedir Hoang de tirar a diferença de dois décimos. Mas o sangue frio do rival prevaleceu: com um 10.7 no último tiro, o vietnamita chegou aos 202.5 pontos e eliminou qualquer possibilidade de ouro para Wu, que terminou com 202.1 pontos. Mas a medalha de prata, a que inaugurou a contagem de medalhas dos anfitriões dos Jogos Olímpicos, veio com a sensação de dever cumprido.

“Ele atirou muito bem e dei parabéns para ele, porque o resultado foi excepcional. Desde que percebi que ficaria entre os três primeiros, fiquei muito tranquilo. Sentia que a minha missão estava mais do que completa e o que viesse era lucro”. Depois de avançar como sétimo e penúltimo colocado na fase classificatória, superando um começo instável, Felipe Wu chegou para a final empurrado pelo público que lotou o estande de tiro. Seu sobrenome virou um grito de guerra que o levou até o pódio. E o reconhecimento da grandeza do feito do paulista de 24 anos veio quando os espectadores brasileiros entoaram o hino nacional para o segundo colocado.

“Todo mundo sabe que o tiro esportivo é um esporte que não é muito conhecido e das dificuldades que tivemos para chegar a esta medalha. É uma grande vitória e a torcida fez um gesto bonito para mim”, elogia. “Eu sempre digo que, no momento de atirar, sou eu, a arma e o alvo e nada pode me atrapalhar. Mas na maior parte do tempo a vibração deles me passou uma energia muito boa. Sempre que eu abaixava a cabeça, ouvia o barulho deles e me sentia muito bem”.

Cobrança

Primeiro colocado no ranking mundial na categoria, Wu sempre aparecia na lista dos prováveis medalhistas brasileiros. E não decepcionou. “Eu sabia que ia ser difícil. Pela minha expectativa, porque eu esperava ter um bom resultado, pela expectativa da imprensa, que me apontava como favorito, mas acho que consegui controlar bem. No começo foi mais difícil, mas depois fui ficando mais solto e deu tudo certo”.

O segredo para o pódio foi manter a regularidade, algo fundamental para o tiro esportivo. “Estava tentando sempre pensar em obter a minha melhor performance, com base no que eu já tinha feito. E foi exatamente o que eu consegui”. E ele quer mais: “Não vejo isso como o ápice da minha carreira. Eu sou bem novo e tenho outras metas, como o campeonato mundial da modalidade, em 2018. Então este não é o meu fim”.

Wu espera que a medalha inaugure uma nova fase da modalidade. Depois de anos treinando na garagem de sua casa por falta de bons locais para a prática do esporte, o atirador agora conta com estrutura de treino compatível com seus resultados. “Desde o Pan estou treinando na Hebraica (clube esportivo de São Paulo) e isso fez uma grande diferença no meu desempenho. Espero que agora o esporte possa ter mais apoio, e não só para mim. Não sou egoísta a este ponto. A nossa confederação é a única que não tem patrocínio algum. Espero que isso mude e minha medalha possa trazer mais visibilidade para o esporte”.

Sobre a quebra do tabu quase centenário e a volta do tiro esportivo ao quadro de medalhas, ele celebra: “Demorou, mas pelo menos, a partir de agora, as pessoas lembrarão da medalha de 2016, e não mais daquelas que conquistamos em 1920”. Embora sua especialidade seja a prova em que foi vice-campeão, Felipe Wu ainda compete na pistola 50m, com classificatória na quarta-feira, a partir das 9h. A final acontece no mesmo dia, às 12h.

O brasileiro Felipe Wu se mostrou à altura das expectativas, conquistando a medalha de prata dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 no tiro esportivo, categoria pistola de ar de 10 metros, após uma final emocionante disputada no Centro de Tiro de Deodoro.

Líder do ranking mundial e vencedor de duas etapas da Copa do Mundo neste ano, Wu era visto como grande chance de pódio do Brasil e não decepcionou, conquistando a prata, a primeira medalha do país nos Jogos com a pontuação total na final de 202.1.

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O ouro ficou com o vietnamita Xuan Vinh Hoang, que no último tiro ultrapassou o brasileiro para somar 202.5, enquanto o chinês Wei Pang, campeão olímpico em Pequim-2008, ficou com o bronze (180.4).

A medalha de prata de Wu foi a primeira de um brasileiro no tiro esportivo desde Antuérpia-1920, há 96 anos, quando Guilherme Paraense conquistou o primeiro ouro do Brasil em Jogos Olímpicos.

Parece mentira, mas não é. A Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF, na sigla em inglês) atualizou seu ranking mundial nesta sexta-feira, 1.º de abril, e pela primeira vez um brasileiro aparece na ponta. É Felipe Wu, medalhista de ouro na mais recente etapa da Copa do Mundo, que cresceu 55 posições de uma só vez e é o melhor do mundo na pistola de ar 10 metros.

Wu, de apenas 24 anos, ficou famoso no ano passado quando, ao faturar o ouro nos Jogos Pan-Americanos, revelou que treinava dentro de casa, num corredor de sete metros, apesar de competir numa prova na qual o alvo fico posicionado a 10 metros de distância. Prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, Wu cresceu na reta final do ciclo olímpico. Em março, ganhou a etapa de Bangcoc (Tailândia) da Copa do Mundo e um importante torneio na Alemanha, credenciando-se ao ouro nos Jogos Olímpicos do Rio.

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O curioso é que ele é o novo líder do ranking mundial apesar de só ter feito esta final em etapas de Copa do Mundo e ter sido apenas o 30.º colocado no Mundial do ano passado. Na Olimpíada, ele também vai disputar a pistola 50 metros, na qual é 58.º do ranking. Outro brasileiro bem colocado no ranking mundial é Cassio Rippel, em 22.º lugar na carabina deitado.

Às vésperas do início da Olimpíada do Rio, o tiro esportivo do Brasil não poderia pedir por um melhor resultado. Na madrugada deste sábado (5) (horário de Brasília), Felipe Wu surpreendeu e conquistou a medalha de ouro na etapa de abertura da Copa do Mundo da modalidade em Bangcoc, na Tailândia.

O incrível feito aconteceu na prova na pistola de ar de 10m e comprovou o grande momento vivido por Wu neste ciclo olímpico. O brasileiro já vinha de uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, além de duas vitórias no torneio internacional disputado na cidade de Haia, na Holanda, que serviu como aquecimento para as etapas da Copa do Mundo.

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Felipe Wu vive ascensão no esporte desde que despontou nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010, em Cingapura. Na ocasião, faturou a medalha de prata. De lá para cá, o brasileiro só cresceu, alcançou resultados expressivos e evoluiu com a chegada do técnico colombiano Bernardo Tobar.

Em Bangcoc, Felipe Wu já começou a se destacar na fase de classificação. Cada um dos 47 competidores tinha direito a 60 disparos para tentar terminar entre os oito primeiros que avançariam. O brasileiro anotou 582 pontos e foi o terceiro. Outro atleta do País na disputa, Julio Almeida terminou com 567, foi o 34.º e acabou eliminado.

Na final, Felipe Wu se manteve entre os primeiros colocados e evitou as eliminações graduais. Quando restavam três competidores, o brasileiro ganhou a segunda colocação e se garantiu na disputa direta com o norte-americano Will Brow, que liderava. Só que nos últimos dois tiros, Felipe conseguiu boa pontuação, 10,5 e 10,2, contra 10,2 e 9,7 de Brow. Assim, terminou com 201,9 pontos, cinco décimos a mais que o adversário, e ficou com o ouro.

Medalhista de prata nos Jogos da Juventude de Cingapura, em 2010, Felipe Wu voltou a colocar o seu nome na história do tiro esportivo brasileiro. Neste domingo, o jovem de apenas 23 anos obteve a segunda medalha de ouro do País nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, na pistola de ar 10 metros, e de quebra garantiu uma vaga para o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, a primeira da modalidade obtida em competição.

Esta é a terceira edição seguida do Pan que o Brasil vai ao pódio na pistola de ar 10 metros. Julio Almeida havia garantido a prata em 2007 e o bronze em 2011. O veterano de 45 anos, um dos nomes mais importantes do tiro esportivo na história recente de modalidade no País, também participou da final pan-americana deste domingo, terminando no sétimo lugar.

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O ouro para Wu não chega a ser uma surpresa, uma vez que ele é o grande nome da nova geração do tiro no Brasil. O jovem, entretanto, ocupa apenas o 52.º lugar do ranking mundial, tendo sido 30.º colocado no Campeonato Mundial do ano passado.

No Pan, estava em jogo apenas uma vaga olímpica, que ficou com Wu. O brasileiro somou 201,8 pontos durante toda a final, contra 199,0 do norte-americano Jay Shi com quem disputou a última etapa da competição - a partir deste ciclo olímpico, a cada rodada da final o último colocado é eliminado, até ficarem apenas dois adversários.

O Brasil já tinha convite para disputar a pistola de ar 10 metros nos Jogos do Rio. A Confederação Brasileira de Tiro (CBTE) inicialmente acreditava que novas vagas se somariam ao convite, mas o regulamento olímpico diz que o convite só pode ser utilizado se o Brasil não obtiver a vaga no estande de tiro.

Como país-sede dos Jogos, o Brasil tem um total de nove convites para a Olimpíada. A vaga obtida neste domingo por Wu é a primeira conquistada no estante de tiro.

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