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A cada ano, estudantes de todo o País se preparam para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e aguardam o tão esperado dia do resultado para saber para quais universidades poderão se candidatar com as notas obtidas. Mas não são apenas as instituições de ensino superior brasileiras que aceitam essa pontuação como forma de ingresso.

Diversas universidades estrangeiras permitem que alunos brasileiros participem do processo seletivo utilizando a nota do Enem, algumas até dispensando o candidato de fazer a prova da instituição. Confira como funcionam a aplicação e ingresso em algumas universidades pelo mundo utilizando os resultados do Exame.

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Portugal

É o país onde mais universidades aceitam estudantes brasileiros por meio dos resultados do Enem. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 50 instituições de ensino no País participam da parceria com o governo brasileiro, desde 2014.

Uma delas é a Universidade de Aveiro (UA). Segundo o gestor de Relações Internacionais da instituição, Miguel Oliveira, existem atualmente mais de mil estudantes brasileiros vinculados à universidade, que entraram utilizando a nota do Enem como porta de entrada. Ele relata que as notas são avaliadas de acordo com o critério de cada curso. “Para cada curso em particular, valorizamos alguns componentes. Isto é, nós não consideramos a nota final do Enem, mas vamos buscar as notas correspondentes [às áreas do conhecimento] para cada curso”, ele explica.

Um aluno que esteja aplicando para o curso de engenharia precisará mostrar o melhor desempenho na prova de Matemática e suas Tecnologias, por exemplo. Para saber a classificação, é necessário fazer um cálculo que varia de acordo com os pesos que cada disciplina terá.

A estudante Lara Monique estuda engenharia e gestão industrial (equivalente à engenharia de produção no Brasil), desde 2018 na UA, e conta que o tempo de espera pelo resultado não foi demorado, levando menos de dois meses para todo o processo. “Para me candidatar eu tive que enviar só o Enem e meu histórico escolar de conclusão do ensino médio. (...) Foi tudo online. Quando eu fui aprovada eu recebi a carta de aceite da universidade, me matriculei, e aí fui no consulado para emitir meu visto e aí com o visto pronto, tudo isso concluído, eu consigo embarcar para Portugal”, ela relata.

Devido à pandemia do novo coronavírus, a instituição adaptou as aulas para o formato on-line, mas a previsão é que o próximo ano letivo (que em Portugal começa em setembro), tenha algum retorno às atividades presenciais. Atualmente, Portugal está vivendo um retorno gradativo do isolamento, em consequência da diminuição dos casos de Covid-19 no País.

Reino Unido

Algumas universidades aceitam a nota do Enem como parte do processo de ingresso, podendo haver a necessidade de realizar a prova própria de cada instituição para compor a nota de aplicação. É o caso da Universidade de Oxford, onde outros critérios também são avaliados, como o conhecimento do inglês e histórico escolar do ensino médio (ficha 19).

Outras universidades não somente utilizam parte da nota do Enem, como exigem que ela componha a avaliação do candidato brasileiro, como acontece em Kingston (exigência de aproveitamento mínimo de 55% da nota), Bristol, Glasgow e na Birkbeck University of London.

França

Algumas universidades no País aceitam a nota do Enem como parte do processo de avaliação, porém as exigências para a aprovação são um pouco maiores. Não basta o candidato enviar o resultado das provas feitas, mas também ser aprovado em alguma universidade brasileira no curso para o qual o candidato está almejando na França.

Também é importante observar se o curso aceita o Enem como parte da aplicação. Mais informações sobre os processos de seleção em universidades francesas podem ser encontradas no site da Campus France, órgão ligado ao governo francês responsável pelo ensino superior no País.

Estados Unidos

Uma das universidades americanas, a New York University, aceita a nota do Enem em substituição das provas tradicionais realizadas no País. No entanto, não é apenas a nota do Exame que garante a aprovação na instituição, sendo também necessário apresentar certificado de conclusão do ensino médio e comprovação de proficiência em inglês.

O site Common app é uma plataforma que indica universidades nos Estados Unidos, e detalha os processos de seleção para cada instituição.

Canadá

No país, a Universidade de Toronto exige a nota do Enem para candidatos brasileiros, assim como certificado de conclusão do ensino médio.

Muitos candidatos que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) edição 2019 encararam as provas como grande oportunidade para alcançar o sonho de cursar uma graduação. Por isso, após longos períodos de estudos durante o ano e 180 questões enfrentadas no processo seletivo, é comum que o aluno permaneça agitado, visto que a missão agora é esperar o resultado individual. 

De acordo com o psicólogo e professor de geografia Dino Rangel, o candidato tem que ter a consciência de que se ele fez o seu melhor, precisa descarregar a energia de autocobrança. “Se ele viu gabaritos não-oficiais e comentários sobre a prova, deve está pensando nas questões que acertou e errou. Então, primeiramente, ele deve ter a tranquilidade e saber que cumpriu o seu papel”, diz o docente.

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Para a professora de redação e Linguagens Lourdes Ribeiro, não é indicado que o candidato olhe o gabarito, mesmo que seja o oficial, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizador do Enem. “Existe a possibilidade de questões serem anuladas, então é uma angústia desnecessária. Acredito que a melhor opção é esperar o resultado individual”, explica a educadora.

Segundo a psicopedagoga Simone Bérgamo, não adianta o candidato se desesperar ou continuar estudando com base no que errou, visto que o Exame já passou. “O ideal é manter a calma, até porque, a partir do resultado do Exame, ele poderá definir o caminho que irá traçar", diz.

Nesse momento de espera é interessante que o fera aproveite o tempo para realizar atividades de lazer. “Ir à praia, cinema, namorar, praticar esportes são atividades que ajudam o estudante a canalizar sua energia e relaxar, pois liberam naturalmente hormônios que vão servir como aliviadores e refrigérios para a tensão física e psicológica”, conclui o psicólogo Dino Rangel.

O Inep promete divulga nesta quarta-feira (13) o gabarito oficial das provas do Enem. Já os resultados individuais estão previstos para janeiro, enquanto os resultados dos treineiros e a vista pedagógica da redação estão programados para março de 2020.

Com o fim da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que foram realizadas nos dias 3 e 10 de novembro, a próxima etapa a ser cumprida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizadora do processo, é a correção do certame. O Enem contou com mais de 5 mil inscritos.

De acordo com o Inep, após a saída do último participante da sala de provas, o chefe de sala iniciou o procedimento de checagem e segurança que garante o sigilo e isonomia do exame. Foi feita a conferência dos cartões-resposta, além das folhas de redação e de rascunho dos candidatos presentes e ausentes.

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Após a conferência, os materiais foram encaminhados em malotes para o Rio de Janeiro, rumo ao consórcio aplicador, que é composto pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Fundação Cesgranrio. Ainda de acordo com o Inep, quase 10 milhões de cartões-reposta passam por uma triagem e digitalização.

O consórcio, por sua vez, é responsável pela computação dos dados constantes nos cartões, no qual é utilizado um sistema de reconhecimento automatizado que extrai os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante e em seguida são encaminhados ao Inep. 

Ao Instituto, cabe processar os resultados do Enem, com base na Teoria da Resposta ao Item (TRI), e gerar o boletim de desempenho com as notas das quatro provas objetivas.

Uma boa preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige que muitos candidatos se dediquem a uma rotina que envolve horas de estudos ao longo de todo o ano. Após uma fase regrada a aulas, os feras puderam testar seus conhecimentos, neste domingo (10) e no último dia 3. Mas, com o fim da edição 2019 da prova, como proceder agora?

De acordo com a psicóloga Valéria Couto, o candidato deve aproveitar o término das provas do Enem para relaxar. “Como o Exame é algo muito esperado pelo estudante, é comum que ele apresente sinais de estresse na reta final. Por isso, ele deve separar um tempo para si”, explica.

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Algumas universidades utilizam as notas do Enem como forma de ingresso na graduação, enquanto outras também contam com vestibular. Nesse caso, a especialista diz que é importante que o aluno procure ficar tranquilo, mas sem perder o foco nos estudos.

Confira processos seletivos educacionais:

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), pelo qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. Poderá fazer a inscrição no Sisu, no primeiro semestre de 2020, o estudante que participou da edição 2019 do Enem e obteve nota na redação diferente de zero. Instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras utilizam o sistema como única forma de ingresso.

ProUni

Assim como o Sisu, o Programa Universidade Para Todos (Prouni) utiliza as notas do Enem como modo forma de selecionar os candidatos. O programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de ensino superior privadas. Podem participar do ProUni estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos.

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do MEC destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores da rede privada. Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. Com ele, é possível financiar um curso de graduação inteiro e pagar posteriormente à conclusão. Atualmente, o Fies oferece duas modalidades diferentes de ingresso, com até 100% de abatimento nas mensalidades. As datas do processo seletivo ainda não foram definidas.

Vestibular Fuvest

O vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) é uma das formas de ingresso na Universidade de São Paulo (USP). Das 11.147 vagas oferecidas pela instituição em 2020, 8.317 são destinadas à seleção por meio do Concurso Vestibular Fuvest.  As provas da primeira fase do processo seletivo serão realizadas nos dias 14 e 24 de novembro. Já nos dias 5 e 6 de janeiro de 2020, os vestibulandos encaram a segunda fase.

Vestibular da UNINASSAU

A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau possui cursos de graduação que podem ser feitos de forma presencial ou a distância. Com unidades físicas nas cidades do Recife, Aracaju, Fortaleza, Manaus, Natal, Salvador, entre outras, a instituição de ensino oferece formas de ingresso através do vestibular programado, no qual o processo de seleção respeita a disponibilidade de tempo e horário do candidato. A nota do Enem é aceita no processo seletivo. Saiba mais detalhes.

Dicas de professores 

Para o professor de português e redação Diogo Didier, os estudantes que fizeram o Enem e almejam enfrentar o vestibular devem aproveitar o conteúdo que foi estudado para o Exame. “Algumas universidades têm modelos de questões específicos, mas no geral, geralmente os assuntos são parecidos e próximos um do outro. Portanto, o aluno deve, primeiro, se desconectar um pouco da estrutura do Enem e tentar resgatar aquilo que pode ser resgatado na prova do vestibular”, explica o docente. O LeiaJá também conversou com professores das áreas das Ciências Humanas, Exatas e Biológicas:

Ciências Humanas

As graduações na área das Ciências Humanas envolvem cursos como história, jornalismo, publicidade, direito, entre outros. De acordo com o professor de geografia Carlos Lima, o aluno, ao se preparar para o vestibular, deve se ater aos conceitos geográficos. “É importante entender seu papel como agente transformador do espaço em que ele ocupa, bem como seu papel cidadão”, explica.

De acordo com o professor de história José Carlos Mardock, os candidatos devem estudar história geral do Brasil, que envolve assuntos como mundo colonial, império, república, Era Vargas, entre outros. Já em história geral, é importante entender sobre o mundo clássico, mundo medieval e a interferência da igreja católica e outros.

Ciências Exatas

O docente de matemática Alberto César acredita que o estudante deve, a princípio, buscar provas anteriores da instituição em que deseja prestar vestibular, para que assim, possa ter uma adaptação aos tipos de provas. “Em matemática as funções reais são recorrentes em todas as questões. Com exceção do SSA 3, da Universidade de Pernambuco (UPE), no qual indico estudar geometria analítica”, fala.

“Quando o aluno refaz as provas anteriores do vestibular que deseja encarar, ele tem uma noção sobre quais assuntos consegue desenvolver bem e quais não conseguem, para saber em que deve aumentar o estudo”, comenta o professor de física Fernando Valentin, que também indica que os candidatos estudem a leis de Newton, eletricidade, calorimetria.

Ciências Biológicas:

Para quem deseja fazer um curso na área de Saúde, como medicina, por exemplo, a disciplina de biologia possui um grande peso. De acordo com o docente de biologia Fernando Beltrão, o segredo para ir bem no vestibular é o estudante ler os editais com atenção, pois os assuntos podem variar de um processo seletivo para outro.

Já o professor de química Francisco Coutinho cita estequiometria, química orgânica, parte de grupos funcionais e soluções como assuntos que merecem atenção. O educador também ressalta que os estudantes devem focar nas disciplinas específicas de seus respectivos cursos, pois são o peso delas que irão aumentar as notas.

Após enfrentar o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo (3), os feras agora estão na expectativa para encarar as provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias, que serão realizadas na tarde de amanhã (10).

De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no primeiro dia, o exame levou mais 3,9 milhões de participantes aos locais de prova em todo país, número que representa 76,9% dos 5,1 milhões de inscritos. O candidato que não compareceu, pode, ainda assim, realizar as provas do segundo dia. No entanto, o boletim de desempenho individual trará apenas as notas das provas realizadas e o resultado só será usado para autoavaliação de conhecimentos. 

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Quem não realizou o exame por problemas logísticos poderá solicitar a reaplicação. O Inep considera como problemas logísticos casos excepcionais como: desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural) ou erro de execução de procedimento de aplicação pelo aplicador que incorra em comprovado prejuízo ao participante. O pedido de reaplicação poderá ser feito entre os dias 11 e 18 de novembro, por meio da Página do Participante.  

—> Faltosos do 1º dia poderão fazer o Enem no próximo domingo

Dessa vez os feras terão cinco horas, das 13h30 às 18h30, de acordo com o horário de Brasília, para solucionar 90 questões. É recomendável que o participante chegue com uma hora de antecedência ao local em que realizará o exame, visto que os portões fecham às 13h. Confira com detalhes os horários do segundo dia: 

Tempo de prova (segundo dia): 5 horas

Abertura dos portões: 12h 

Fechamento dos portões: 13h 

Início das provas: 13h30 

Candidatos podem sair do local de provas, sem o caderno de questões: 13h30 

Candidatos podem sair do local de provas, com o caderno de questões: 18h00 

Fim das provas: 18h30

O gabarito oficial e os cadernos de questões serão divulgados no dia 13 de novembro, segundo o Inep. Enquanto os resultados dos candidatos devem ser divulgados em janeiro do próximo ano. O resultados dos treineiros, por sua vez, está previsto para março de 2020.

Para realizar o exame, é necessário que o candidato esteja portando caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, bem como documento de identificação oficial com foto. Não será aceito nenhum documento digital ou cópia, mesmo que autenticada. Veja todos os documentos de identificação aceitos:

Cédulas de identidade (RG) emitidas por Secretarias de Segurança Pública, Forças Armadas, Polícia Militar e Polícia Federal; 

Identidade expedida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para estrangeiros, incluindo refugiados; 

Carteira de Registro Nacional Migratório; 

Documento provisório de Registro Nacional Migratório; 

Identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes que por lei tenha validade como documento de identidade; 

Carteira de Trabalho e Previdência Social emitida após 27 de janeiro de 1997; 

Certificado de Dispensa de Incorporação; 

Certificado de Reservista; 

Passaporte; 

Carteira Nacional de Habilitação com fotografia; 

Identidade funcional de acordo com o Decreto 5.703/2006. 

 

O participante não deve utilizar, ao ingressar na sala de provas, óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares, sob pena de eliminação. Antes de entrar na sala, o lanche será vistoriado pelo aplicador. O Ministério da Educação (MEC) divulgou uma relação do que pode acarretar na eliminação do candidato:

Cor da caneta

Realizar a prova com caneta que não seja esferográfica, transparente e de tinta preta.

 

Alimentação

Não permitir que o lanche levado seja vistoriado pelo aplicador da sala.

 

Documentação

 Prestar declaração falsa ou inexata (em qualquer documento);

Permanecer no local de provas sem documento de identificação válido.

 

Dispositivos eletrônicos

Utilizar qualquer dispositivo eletrônico no local de provas, por exemplo, laptop e celular;

Entrar na sala de provas com o telefone celular e/ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos fora do envelope porta-objetos;

Não manter aparelhos eletrônicos (celular, tablet, etc) desligados no envelope porta-objetos até a saída definitiva da sala de provas;

Se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque de ligação ou alarme;

 

Local de prova e aplicação

Perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das provas;

Utilizar, ou tentar utilizar, meio fraudulento em benefício próprio ou de terceiros em qualquer etapa do exame;

Utilizar livros, notas, papéis ou impressos durante a aplicação do exame;

Sair da sala com o cartão de respostas ou outro material de aplicação  - com exceção para o caderno de questões depois de duas horas do início da prova e se a saída for definitiva;

Entregar o cartão de respostas ao aplicador e ir embora definitivamente antes de duas horas de aplicação;

Não aguardar em sala de provas, das 13h às 13h30 (horário de Brasília) para procedimentos de segurança, exceto para a ida ao banheiro acompanhado por um fiscal;

Recusar-se a ser submetido à revista eletrônica, coleta de dado biométrico e ter seus objetos revistados eletronicamente;

Iniciar as provas antes das 13h30 (horário de Brasília-DF) ou da autorização do aplicador;

Usar óculos escuros, boné, chapéu, viseira, gorro ou qualquer acessório que cubra os cabelos ou as orelhas;

Portar armas de qualquer espécie, exceto para os casos previstos no art. 6º do Estatuto do Desarmamento;

Receber, de qualquer pessoa, informações referentes ao conteúdo das provas;

Fazer anotações em outros objetos ou qualquer documento que não seja o cartão de respostas, o caderno de questões, a folha de redação e a folha de rascunho;

Não manter, debaixo da carteira, o envelope porta-objetos, lacrado e identificado desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva da sala provas.

Portar, na sala de provas, objetos proibidos pelo edital do Enem, como lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borracha, régua, corretivo, wearable tech, calculadoras, entre outros.

 

Fiscal

Não permitir que os artigos religiosos, como burca, quipá e outros sejam revistados;

Ausentar-se da sala de provas, a partir das 13h (horário de Brasília), sem o acompanhamento de um fiscal;

Comunicar-se verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma, com qualquer pessoa que não seja o aplicador ou o fiscal, a partir das 13h (horário de Brasília);

Fazer anotações no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na folha de rascunho e/ou demais documentos do exame, antes do início das provas;

Descumprir as orientações da equipe de aplicação;

Não entregar ao aplicador, ao terminar as provas, o cartão-resposta, a folha de redação e a folha de rascunho;

Não entregar ao aplicador o caderno de questões, exceto se deixar em definitivo a sala de provas nos 30 minutos que antecedem o término das provas;

Recusar-se a entregar ao aplicador o cartão-resposta e a folha de redação após 5h30 de provas, do primeiro dia, e 5h de provas, do segundo, salvo nas salas com tempo adicional ou com videoprova na Língua Brasileira de Sinais (Libras);

Não permitir que os materiais próprios, como máquina Perkins, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, assinador, régua, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária e/ou tábuas de apoio sejam revistados.

 

Candidatos que precisam comprovar a participação no Enem devem imprimir e levar a Declaração de Comparecimento, que está disponível na Página do Participante, no dia do exame. 

De acordo com o MEC, mais de 380 mil pessoas irão trabalhar durante a aplicação de prova. O número conta com coordenadores estaduais e municipais do Enem, coordenadores de locais de prova, assistentes e chefes de sala, além dos orientados aplicadores para os estudantes que solicitaram atendimento específico e especializado.  

Expectativa dos estudantes

Andréa Tabatchnick, 20, participa do Enem pela quarta vez e espera que as questões abordem assuntos estudados durante a sua preparação. "Espero que a prova seja justa e caia tudo aquilo que a gente estudou", explica.

Para Lucas Marinho, 21, que sonha em cursar medicina, depois de um ano de estudos, o melhor a fazer, no momento, é manter a tranquilidade. “Estou procurando relaxar e me tranquilizar para realizar a prova de forma menos ansioso possível”, conta o estudante ao LeiaJá.

 

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Saber o que está acontecendo pelo mundo é imprescindível para o fera que vai fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), visto que temas atuais podem estar presentes nas questões. No segundo dia do processo seletivo, que será realizado no próximo domingo (10), os candidatos terão cinco horas para resolver questões de matemática e suas tecnologias, além de Ciências da Natureza e suas tecnologias. Em conversa com o LeiaJá, os professores Berg Figueiredo, de química, Carlos Júnior, de física, e André Luiz Vitorino, de biologia, citaram assuntos atuais que os candidatos podem se deparar nas respectivas disciplinas. Veja:

Tratamento de água

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Para o professor Berg Figueiredo, o atual governo federal vem investindo em tratamento de água e saneamento, portanto é possível que os principais processos de tratamento de água, que envolvem métodos de separação e mistura, estejam presentes no Enem. “Os métodos de separação são divididos em dois processos: processo mecânico aplicado para separar Misturas Heterogêneas e processo físico aplicado para separar Misturas Homogêneas”, explica o educador.

Segundo Figueiredo, nos processos mecânicos podemos usar alguns agentes químicos para facilitar o processo de separação, como o sulfato de alumínio, que é utilizado no processo de decantação e floculação.

Prêmio Nobel de Química

Este ano o Prêmio de Nobel de química foi conquistado por três cientistas que desenvolveram baterias de íons de lítio. Para o professor de química, o Exame talvez não aborde exatamente o prêmio, mas pode permear parte da eletroquímica voltada para o processo de pilhas.

“Toda pilha é um processo de oxirredução, na qual uma parte sofre oxidação e uma parte sofre redução. A parte que sofre oxidação é chamada de ânodo e a que sofre redução de cátodo”, comenta Figueiredo. Segundo o educador, o Enem pode pedir também para o aluno calcular a diferença de potencial de uma pilha (ddp).

Utilização de fibra óptica e propagação de dados

Para o professor Carlos Júnior, o estudante pode se deparar com a fibra óptica dentro da prova de física, porque ela revolucionou a telefonia de longa distância, a TV a cabo e a internet, ao transmitir dados usando apenas a luz, além de ser utilizada em imagens médicas e inspeções de engenharia.  “Sua vantagem é poder transmitir dados em alta velocidade com perdas mínimas, mesmo a longas distâncias”, declara o educador.

É importante que o candidato saiba que as linhas das fibras ópticas possuem espessuras próximas a de um fio de cabelo e são construídas com três partes: a primeira consiste em um núcleo de vidro, que é por onde a luz se propaga. Já a segunda é composta por uma interface de outro material óptico que circunda o núcleo e, por último, uma camada protetora que preserva a fibra de danos e umidade. “O fenômeno responsável por permitir o confinamento da luz no interior do núcleo da fibra é a Reflexão Total”, conclui Júnior.

Ecologia

De acordo com o professor André Luiz Vitorino, os feras devem estar informados sobre assuntos que envolvam impactos ambientais, como aquecimento global, queimada, plásticos e a recente chegada dos óleos nas praias do litoral nordestino. “Os impactos caem evidenciando a falta de cuidados que o homem tem com o planeta. Nessa parte , vai falar muito sobre poluição da água, do ar e do solo”, ressalta o docente de biologia.

Programas de saúde

Doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outras como gripe, sarampo, dengue, chagas, toxoplasmose, filariose, esquistossomose e leishmaniose são enfermidades relacionadas com o cotidiano, na qual a deficiência da saúde pública gera precariedade nos diagnósticos. “Tratamentos, internamentos, reconhecer os agentes causadores da doença, formas de contágio, sintomas e profilaxias são subitens que normalmente a prova costuma cobrar”, fala.

Com o objetivo de revisar os assuntos mais importantes da área de Ciências da Natureza e tranquilizar os candidatos que farão o segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no próximo domingo (10), a Academia de Estudos Fernando Beltrão, no Recife, realizou um aulão gratuito nesta terça-feira (5), das 8h às 13h. O evento foi disponibilizado a estudantes que não fazem parte do curso preparatório de Beltrão.

Durante o evento, que foi ministrado pelos professores de biologia Fernando Beltrão e Arthur Costa e recebeu mais de mil alunos, os participantes puderam estudar por meio de resoluções de questões. “Trabalhamos as habilidades que caem muito (no Enem) e que o aluno tem condições de revisá-las sem envolver conteudismo excessivo e conteúdos novos que ele nunca ouviu falar”, explica Fernando Beltrão.

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Assuntos voltados para saúde humana, meio ambiente, preservação de espécies, genética entre outros foram vistos nas questões escolhidas pelos professores. “Não é momento de ir atrás de temas improváveis, difíceis e que o aluno não estudou. Quanto mais fácil for a abordagem, melhor, já que o Enem valoriza o acerto nas questões fáceis”, declara Costa sobre a preparação para a prova.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens 

Para a estudante Amanda Rocha, 18, que participou do aulão, o evento pôde proporcionar calma e segurança para o segundo dia de exame. “Como a prova está chegando, rever os principais conteúdos são importantes para dar uma acalmada”, comenta a candidata que sonha em cursar medicina e está fazendo o Enem pela segunda vez.

Nesse domingo (3), 3,9 milhões de pessoas compareceram ao primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para realizar as provas de redação, Linguagens e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Para os professores de sociologia e filosofia Salviano Feitoza e João Pedro de Holanda, as provas das áreas exigiram uma maior atenção por parte dos candidatos.

“Teve uma grande quantidade de textos, mas não textos longos e que pediam que os estudantes identificassem nas alternativas algo que estivesse expresso no texto”, declara Feitoza. 

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Segundo Holanda, uma maior concentração foi necessária com relação a grandes nomes estudados. “Houve questões de filosofia sobre autores conhecidos, porém com perguntas incomuns sobre eles”, fala.

De acordo com Feitoza, a prova de filosofia teve um foco maior em questões que envolviam o pensamento filosófico da modernidade, o que é visto como um ponto interessante para Holanda. “Tiveram questões sobre filosofia moderna, principalmente da relação com o homem com a natureza”, diz João Pedro de Holanda.

Com relação à sociologia, Holanda aponta que houve poucas questões da área. Ambos os professores sentiram falta de conteúdos sobre o racismo. “Questões importantes que envolviam diretamente o racismo não apareceram, mas tinham questões sobre intolerância religiosa, ligadas indiretamente ao assunto”, conta Holanda. 

Feitoza acrescenta: “Questões atreladas de maneira explícita ou direta sobre racismo ou movimentos sociais apareciam constantemente nos anos anteriores”, conclui o docente. Confira, a seguir, uma análise completa de todas as matérias do primeiro dia do Enem:

Candidatos de todo Brasil realizaram as primeiras provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na tarde do último domingo (3) e mesmo diante da declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre as provas não ter conteúdos ideológicos, segundo o professor de geografia Dino Rangel, uma questão pode ser caracterizada nesse aspecto.

Em entrevista ao Vai Cair no Enem, na qual comentou sobre a prova de geografia, o docente destacou a questão 66, da prova branca, que fala sobre a fome.  “O texto fala claramente que a fome existe não por falta de recursos, portanto, devem haver políticas públicas que visem uma melhor distribuição de renda proporcionando uma equidade melhor de desenvolvimento, sendo a letra 'b', ‘padrão de distribuição de renda’, a resposta correta”, declara o professor.

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De acordo com Rangel, o aluno pôde compreender que a questão possui um viés da teoria reformista, que por sua vez, é baseada no filósofo e sociólogo Karl Marx, já que o autor fala que o problema da distribuição de renda gera e potencializa a fome em um território. 

“Implicitamente a questão ideológica cai na prova, porque a pobreza e a fome não são geradas por falta de riqueza. A riqueza existe, mas a questão fala que não há uma distribuição e equidade. Karl Marx faz uma crítica ao capitalismo por conta disso”, explica o docente.

Karl Marx foi um filósofo, sociólogo, economista, jornalista e teórico político alemão  que deu origem a conceitos que serviram de base para a ideologia comunista e socialista.

Confira a questão comentada por Dino Rangel: 

 

Reprodução/Youtube/VaiCairnoEnem

 

A poucos dias para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), muitos feras se encontram preocupados e ansiosos, pois almejam obter uma boa pontuação para alcançar o sonho de fazer um curso superior. Mas, o que fazer diante de uma crise de ansiedade durante o processo seletivo.

Para a psicóloga Juliana Carneiro, a princípio, é preciso saber diferenciar a ansiedade que é saudável da ansiedade que paralisa e faz com que a pessoa não consiga realizar uma atividade. “Quando alguém está prestes a fazer algo importante, há mecanismos que vão dar uma descarga de adrenalina para que ele a faça. É normal sentir a mão suar, o coração acelerar, mas depois de um tempo os sintomas declinam. Já quando aparecem manifestações que ele não consegue controlar, como choro demasiados e tonturas, ele se encontra em uma crise ansiosa”, explica.

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De acordo com Juliana, não existe uma receita para que o participante não tenha uma crise de ansiedade durante a prova. No entanto, existem passos que o candidato pode seguir para evitar que a crise aconteça. “Um dia antes da prova, ao invés de revisar o assunto, o ideal é que ele realize atividades que proporcione relaxamento e tire o foco das provas. Pode ser ler um livro, ouvir música, assistir filmes, séries ou qualquer outra”, diz. A psicóloga também recomenda que no dia do Enem o aluno saia de casa com antecedência, se hidrate e leve uma comida que goste como forma de prêmio.

Se o candidato tiver uma crise de pânico, mesmo tendo seguido os passos citados anteriormente, Juliana Carneiro aponta que ele deve fazer exercícios de respiração, além de se questionar sobre o motivo pelo qual está ansioso. “O aluno deve lembrar que chegou no local de prova, que está bem e que estudou, portanto não precisa ficar ansioso”, declara.

Segundo Water Veríssimo, hipnólogo, a hipnose também pode ajudar o candidato antes, durante e após a prova, já que ela é capaz de causar relaxamento e fazer com que o estudante lembre, até mesmo, de assuntos vistos em sala de aula. “O ideal é que o candidato pratique auto-hipnose até o dia da prova e, durante o exame, usar técnicas que ajude ele a controlar a ansiedade, permanecer mais calmo e ter acesso a informações que foram estudadas”, comenta.

Para ajudar o participante que tem como interesse realizar a auto-hipnose, Veríssimo ensinou três técnicas, na qual a primeira consiste em ser praticada em uma etapa pré-exame e a terceira e segunda, durante a prova. Confira:

As provas do Enem serão realizadas no próximo domingo (3) e no dia 10 de novembro. No primeiro dia, os candidatos terão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no segundo dia, o certame terá quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

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Candidatos que irão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que será realizado nos dias 3 e 10 de novembro, e precisam comprovar sua presença na prova devem emitir a Declaração de Comparecimento, que está disponível na Página do Participante.

Cada dia de aplicação de provas conta com uma declaração diferente e a do primeiro dia já está disponível para impressão. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 530 mil inscritos no Enem já realizaram acesso ao documento até as 11h desta quarta -feira (23). Já a declaração do segundo dia estará disponível para impressão no dia 4 de novembro.

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De acordo com Murillo Gameiro, diretor de Gestão e Planejamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não será permitida a impressão do documento no local do exame. “O estudante deve levar a declaração já impressa no dia da prova. O documento é personalizado e somente ele consegue emitir o seu”, declara em nota divulgada pelo MEC.

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A redação é uma das etapas mais temidas para o candidato que irá realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), visto que ela avalia o texto dissertativo-argumentativo em cinco competências que o participante deve dominar.

A primeira consiste no candidato demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Já na segunda, ele deve compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema. Na terceira, o aluno deve selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Na quarta, deve demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e na quinta e última, é necessário elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado. 

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Tantas competências podem fazer com que o fera considere quase impossível conseguir tirar a nota máxima na redação do Exame, no entanto, o professor de linguagens e redação Vinícius Oliveira de Lima (@profviniciusoliveira), que é o único docente do Brasil com redação nota mil no Manual do Enem, revelou ao LeiaJá cinco dicas importantes para que os candidatos alcancem o feito. Confira:

Repertório nas áreas de conhecimento

É importante que o estudante demonstre repertório nas áreas de conhecimento apresentando dados, fatos e alusões históricas. “Escrever uma redação sem mostrar conhecimento é um problema, pois a segunda competência avalia a capacidade que o aluno tem de demonstrar o conhecimento que possui”, declara Oliveira. 

Para o estudante que não tem um repertório e encontra dificuldade para construir um texto, o docente dá uma orientação importante. “O candidato pode utilizar ideias que sirvam para diversos temas, como por exemplo, as dos contratualistas da filosofia: John Locke, Thomas Hobbes e Jean Jacques Rousseau”, explica. Os três contratualistas falam sobre assuntos como contrato social, vida em sociedade, problemas sociais, conflitos sociais.

Utilizar palavras que possuem juízo de valor

De acordo com Oliveira, os candidatos possuem muita dificuldade em opinar sobre um determinado tema, principalmente se ele for relacionado ao meio ambiente, o que não é bom. “Uma forma simples do aluno garantir que está sendo argumentativo é utilizar algumas palavras com juízo de valor, como indiferente, negligente, impróprio, inadequado.”, comenta. Ainda segundo o professor, estas palavras expressam opinião e forçam o aluno a ser argumentativo. 

Utilizar conectivos nos parágrafos

De acordo com Oliveira, caso o estudante não utilize conectivos no topo dos parágrafos, perde 40 pontos na quarta competência na correção da prova.  “Pode parecer bobo, mas os candidatos esquecem que deve haver conectivo no início do parágrafo, declara.

Durante a introdução, o candidato não tem como colocar conectivos, no entanto, é necessário que coloque nos parágrafos que vierem a seguir, por isso o professor indica quais termos podem ser utilizados. “No segundo parágrafo, ele pode começar com ‘a princípio ou em primeiro plano’, já no terceiro, pode ser ‘de outra parte ou ademais’ e na conclusão, ele pode utilizar ‘assim’ ou ‘portanto’”, explica.

Introdução com antecipação argumentativa e retomada

Na introdução, o aluno deve dar uma dica de quais serão os argumentos trazidos ao longo do texto para que ele se torne organizado. “Vão ser dois argumentos que devem ser trabalhados ao decorrer do desenvolvimento, o que não deixa o texto previsível, mas organizado”, fala o professor.

Ainda para manter a organização, o estudante pode apostar na retomada, que é quando o escritor da redação expõe uma ideia na introdução e ela aparece outras vezes no texto. “Quando o aluno coloca uma ideia no início da introdução, ela tem que ser retomada na conclusão.”, expõe Oliveira.

Proposta de intervenção com detalhamento

É na conclusão que o participante deve desenvolver uma proposta de intervenção, na qual, de acordo com o professor, é necessário que sejam utilizadas palavras como forma de detalhamento desta proposta. “Se o candidato utilizar termos como ‘com urgência’ e ‘com prioridade’, estará mostrando o modo em que a ação será feita e isso já serve como detalhamento.”, fala.

Veja na íntegra a redação do professor Vinícius Oliveira de Lima, que alcançou nota mil no Enem edição 2016:

Tolerância na prática 

A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se impõe. 

Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial , como disserta Gilberto Freyre em “Casa-grande e Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande , cuja religião oficial era católica , e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os negros lhes deram aparência cristã , conhecida hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve , pois, ser repudiado em um Estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença. 

De outra parte , o sociólogo Zygmunt Bauman defende , na obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós – modernidade , e , consequentemente , parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil , onde , apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é desconstruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo. 

Urge , portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de desconstruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover as ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito.

Quando o estudante resolve cursar medicina passa a encarar uma rotina que envolve muitas horas de estudo, já que a formação é uma das mais concorridas tantos nas instituições públicas quanto nas particulares. De acordo com Ministério da Educação (MEC), a formação foi a mais procurada na segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2019.

De forma teórica, as disciplinas como biologia, química, física, matemática e redação possuem peso para os candidatos que irão fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e desejam utilizar a nota para ingressar na graduação de medicina. O LeiaJá conversou com professores que revelaram estratégias indispensáveis para os participantes fazerem uma boa prova. Confira:

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Biologia

A prova de biologia é muito importante, pois o conteúdo é relacionado ao que o aluno de medicina irá estudar em sua graduação. Segundo o professor Fernando Beltrão, a atitude do participante é o principal ponto na hora da prova. “Quase todas as questões abrem com um texto, gráfico, tabela e depois vem um enunciado, seguido das alternativas. O estudante deve primeiro ler o enunciado, depois ler o texto, gráfico ou tabela e por último ler as alternativas”, conta. 

Se o candidato possuir dúvidas entre duas alternativas, na qual uma é a correta e a outra a ‘distratora’, o professor indica que ele deve reler o enunciado. “O aluno deve reler a pergunta e fazer um remendo para entender o que o Exame está querendo saber dele naquele ponto”, fala. Segundo o docente, também é importante que o participante domine assuntos como fisiologia humana, evolução, ecologia e genética.

Química

De acordo com o professor de química Berg Figueiredo, o ponto importante é que o Enem trabalha todas as provas com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), no qual o Exame busca a coerência dos acertos e não a quantidade. “Não é estratégico o aluno acertar uma questão difícil e errar uma fácil, porque não é coerente”, esclarece.

Para os candidatos que não sabem como identificar o nível de dificuldade das questões, o professor explica: “As que envolvem gráficos e teóricas são mais fáceis do que questões de cálculos, pois nas teóricas se perde apenas o tempo da leitura, diferente das de cálculo que exigem que o aluno leia o que está sendo perguntado, interprete e faça o cálculo”, fala o docente. 

Por fim, Figueiredo resume que na prova de química o fera deve seguir uma estratégia montada em três pilares. “Primeiro o estudante deve identificar quais são as questões teóricas, depois solucionar as que contém imagem e, por último, fazer as de cálculo”, conclui.

Física 

O professor de física Hugo Souza comenta que durante a prova, os participantes devem primeiro identificar o conteúdo que está sendo pedido, entender os conceitos básicos que permeiam a questão e procurar um padrão de resolução. “A maioria das questões do Enem segue um padrão de resolução que já apareceu em edições anteriores", comenta.

Sobre os assuntos que devem ser dominados, o docente explica que o aluno deve saber sobre ondulatória e eletrodinâmica. “Nesta reta final, o fera deve revisar a parte de equação fundamental da onda, fenômenos ondulatórios, acústica, circuitos elétricos, energia elétrica e potência elétrica", orienta.

Matemática 

Na prova de matemática o fera, além de estar atento à TRI, deve dominar assuntos que figuram entre as questões mais trabalhosas. “Logaritmo e progressão geométrica, por exemplo, devem estar frescos na cabeça do fera, pois por mais que apareçam em poucas questões por edição, costumam valer mais pontos que as demais”, explica o professor de matemática Yago Henrique Silva.

Segundo o docente, é importante que o aluno faça resolução de questões antes da prova. “O Enem é uma repetição, então se o estudante resolveu as provas anteriores e tem conhecimento do conteúdo, na hora do Exame ele tem que procurar palavras-chave sobre área, volume ou outros conteúdos que ele já viu”, explica. 

Além disso, o professor indica que o candidato deve se aprofundar não só na contextualização das questões, mas também nas propriedades e operações matemáticas, visto que a seleção promete ser mais conteudista.

Redação 

Para o professor de redação Diogo Xavier, o fera, antes do Exame, deve ler com atenção a Cartilha de Redação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O manual traz exemplos de redações notal mil, com os comentários da banca a respeito dos pontos fortes e dos erros", declara.

Diogo também conta que para medicina, o ideal é que o candidato tire uma nota acima de 900.0, portanto a redação deve apresentar uma introdução contextualizada com música, série, filme, citação, fato histórico ou até mesmo dados numéricos.

Já na argumentação, os parágrafos de desenvolvimento devem trazer opiniões bem delimitadas e fatos para comprovar. “O aluno deve trazer um problema, causa, consequências, aspectos negativos ou positivos, juízos de valor e utilizar uma notícia, estatística, fato histórico, citação ou exemplos de conhecimento geral para comprovar”, explica.

Na conclusão, o aluno deve apresentar, ao menos, uma proposta de intervenção bem construída e relacionada ao problema que foi discutido. “O candidato deve esclarecer quem fará, o que será feito e o propósito pelo qual será feito.”, conta.

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Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a questão da saúde mental e combater o preconceito relacionado à saúde psicológica, a Federação Mundial de Saúde Mental instituiu o dia 10 de outubro como o Dia Mundial da Saúde Mental, em 1992. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada quarenta segundos, uma pessoa morre por suicídio. No Brasil, 9,3 % da população convive com o transtorno de ansiedade.

Diante destes fatos, o professor de redação Diogo Didier, acredita que saúde mental pode ser tema da redação da edição 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  “É uma discussão super interessante e o mais esperado é que caia algo ligado ao suicídio, pela questão do viés juvenil, além da depressão, que é um mal que acomete a sociedade. Já a ansiedade, pode cair também como um outro ponto correlato.”, explica o docente.

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De acordo com Felipe Rodrigues, professor de linguagens e redação, na presença desse tema na prova, é muito importante que, primeiramente, o aluno tenha consciência dos problemas e das consequências trazidas pelas doenças relacionadas à saúde mental. “A depressão, por exemplo, é uma doença que pode levar o indivíduo a uma consequência drástica, que é a morte”, declara o docente.

A estrutura da redação

Para uma boa introdução, Didier conta que o ideal é que o aluno comece como, em suas palavras, "o Enem gosta": com uma alusão histórica. “Para não ficar tão comum, o fera pode ligar história e literatura em um único enunciado ao citar, por exemplo, a segunda geração do romantismo e o byronismo, que está ligado ao mal do século”, explica.

“Na argumentação é importante que o aluno fale sobre determinados problemas relacionados à saúde mental, mas que foque em apenas um, para não fugir do seu argumento”, declara Rodrigues sobre como o fera deve realizar o desenvolvimento da redação, além de alertar sobre a importância dele não deixar de falar sobre o Sistema Público de Saúde (SUS). 

Segundo Diogo Didier, a argumentação é a parte que mais interessa para a banca, já que é nela que o candidato mostra seus conhecimentos para o corretor. Por isso, ele deve ser inovador. “Colocar estudos ligados à análise do suicídio, depressão e ansiedade é uma boa alternativa, além de citar obras literárias também.”, comenta.

Já sobre a proposta de intervenção, o professor Felipe Rodrigues conta que é o ideal é que ela esteja presente na conclusão, para que, assim, não tome o espaço da argumentação. No entanto, ressalta que o estudante não pode esquecer a estrutura do texto. “É importante que o aluno fale sobre criar uma proposta de intervenção em que o assunto seja trabalhado dentro do ambiente escolar, com oficinas e gincanas, por exemplo, mas ele também não pode esquecer que precisa fechar a conclusão dos problemas que já foram pontuados.”, esclarece.

A partir do dia 16 de outubro os participantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão consultar os locais de prova do processo seletivo, já que na data será feita a liberação de acesso ao Cartão de Confirmação de Inscrição.

Os candidatos podem realizar a consulta pela Página do Participante, internet ou por meio do aplicativo do Enem, que encontra- se disponível para download na plataformas Apple Store e Google Play. O Enem será realizado nos dias 3 e 10 de novembro.

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Além dos locais de prova e endereço em que serão realizadas, através do Cartão de Confirmação de Inscrição, os participantes podem conferir o número de sua inscrição, número da sala, datas, horários do exame, opção de língua estrangeira que foi selecionada pelo candidato no ato da inscrição e o tipo de atendimento específico e/ou especializado com recursos de acessibilidade, caso tenham sido solicitados e aprovados.

Com um mês para processo seletivo, que possui 5,1 milhão de inscritos em 1.727 municípios brasileiros, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, conta que não há riscos para realização do exame. Mais de 54 mil malotes de prova serão distribuídos para 11.227 coordenações. “O cronograma de aplicação do Enem está sendo cumprido conforme o planejado. Todas as provas já foram impressas e estão prontas para distribuição aos estados”, afirmou.

Segundo o Inep, mesmo que não seja obrigatório, é recomendável que os participantes levem o Cartão nos dois dias de aplicação do exame, além de conferir o local de prova com antecedência. “Antes do exame, aconselhamos os participantes a fazerem o trajeto para verificar a distância, o tempo gasto e a melhor forma de chegar ao local de prova, evitando atrasos no dia da aplicação”, explica Lopes.

 O Inep também fez recomendações sobre os cuidados quanto a segurança durante o exame e horário em que será realizado:

Segurança

De acordo com o órgão, os participantes devem ficar atentos especialmente com relação ao uso de celulares durante a prova, já que serão eliminados aqueles cujo aparelho emita qualquer tipo de som, mesmo que ele esteja dentro da embalagem fornecido pelo fiscal de de prova. Na realização do Enem, é necessário que os aparelhos estejam desligados, com qualquer tipo de alarme desativado. 

Horário

Os portões dos locais de prova serão abertos às 12h, pelo horário de Brasília e serão fechados às 13h, portanto, o Inep recomenda que os candidatos cheguem ao local do exame com antecedência. Para realizar a prova é obrigatório que os participantes utilizem caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente.

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Com o objetivo de promover o reforço de aprendizado dos alunos na reta final dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no próximo sábado (5), será realizado o aulão 'La Casa do Enem'. O evento será na UNINASSAU Piedade, localizada na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, das 8h às 12h.

De acordo o professor e organizador do evento, Francisco Coutinho, o encontro, que é inspirado na série espanhola 'La Casa de Papel', pretende aumentar o interesse do aluno com relação às matérias que devem ser estudas para o exame. “A dinâmica de envolver a série capta a atenção do aluno pelo fato de ser algo que está na mídia, então eles gostam e se envolvem”, conta o docente de química.

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Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de aprender sobre matérias de Ciências da Natureza e Ciências Humanas através de cenas que foram exibidas na série. “Vamos explicar física, por exemplo, por meio do carro em velocidade que bateu na entrada do banco”, comenta Coutinho.

O aulão conta também com a participação de professores como Eduardo Pereira, de redação, Valter Júnior, de química e Diogo Barreto, de história. Nomes como Ranan Souto e Eduardo Almeida, ambos de matemática, Beraldo Ninja, de física, e Gilson Aurélio, de geografia, completam o time de docentes.

Para participar, interessados podem adquirir ingressos através do telefone (81) 99752-5295 ou do perfil do Instagram de Coutinho. A taxa de participação é de R$ 5,00.

O Squadrão Aula Show, realiza, no próximo domingo (29), um aulão musical que tem como tema “Time Tunnel: o ritmo da aprovação.” O evento, que tem como objetivo aumentar o conhecimento dos feras e reduzir o nervosismo, será realizado das 13h às 20h, no Paulista North Way Shopping, localizado no município de Paulista, Região Metropolitana do Recife.

Para oferecer um ambiente leve, o evento conta com uma banda no palco para acompanhar as músicas e paródias que serão cantadas ao vivo pelos educadores. “A música é uma forma de reduzir o estresse e um aulão dinâmico e divertido ajuda a descontrair e relaxar”, afirma o professor de redação e um dos organizadores do evento, Diogo Xavier.

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Segundo o educador de matemática e sócio do Squadrão, Alberto César, além da diversão, não faltará conteúdos voltados para a prova. “O fera contará com resolução de questões, paródias contextualizadas a conteúdos do Enem e dicas essenciais para o exame", afirma.

A programação do evento conta com músicas atuais que envolvem ritmos como sertanejo, funk, brega, entre outros e tem como foco realizar uma retrospectiva musical das últimas décadas. "Quisemos fazer um túnel do tempo, para resgatar as músicas mais relevantes, homenagear a bandas e cantores importantes da nossa história", afirma Berg Figueiredo, professor de química e sócio do curso.

Interessados em participar do evento podem adquirir os ingressos na secretaria do Squadrão Aula Show no valor de R$ 20,00 ou pelo site do sympla no valor de R$25,00.

*Com informações do Squadrão Aula Show

No dia 10 de novembro será aplicada a prova de Ciências da Natureza e suas tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que é composta por questões que envolvem as matérias de física, química e biologia. Com o objetivo de auxiliar o fera que almeja expandir ou revisar seus conhecimentos, o LeiaJá conversou com o professor de biologia, Douglas Marques, sobre a classificação dos seres vivos.

Sistemática é o ramo da biologia que se preocupa em estudar a biodiversidade existente, permitindo, assim, agrupar os organismos em categorias taxonômicas (táxons), baseado no grau de similaridade entre os mesmos.

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“Os primeiros modelos de classificação eram baseados em critérios artificiais, como por exemplo o hábitat ou a forma dos organismos (morfologia), sem levar em consideração os parentescos evolutivos e suas relações”, explica Douglas.

Em 1735, o médico sueco Carl Linné, mais conhecido como Lineu, publicou o livro “Systema Naturae”, no qual criou um sistema de classificação artificial que é utilizado até hoje, com algumas modificações. De acordo com Douglas, no livro de Lineu, a unidade básica e mais específica de classificação seria a espécie, na qual os indivíduos, que são semelhantes e têm capacidade de se reproduzir entre si, são agrupados em um único grupo. A categoria espécie pertence a um grande sistema de conjuntos como reino, filo, classe, ordem, família e gênero. Animais da mesma espécie são reunidos na categoria gênero. Gêneros semelhantes formam um grupo maior: a família. As famílias formam a ordem. As ordens formam a classe. Enquanto as classes formam o filo e os filos, finalmente, formam o reino.

Todos que pertencem ao mesmo gênero são agrupados em famílias, que são agrupadas em ordens, que por sua vez se reúnem em classes, reunidas em filos e, por fim, temos os reinos. Sendo assim:

Reino ->  Filo -> Classe -> Ordem -> Família -> Gênero -> Espécie

Com o passar dos anos, a filogenética, ramo da biologia que estuda a evolução das espécies, passou a aprimorar a classificação e utilizar diferentes critérios como caracteres anatômicos, fisiológicos, comportamentais, moleculares, entre outros. Segundo o modelo de Whittaker (1969), os organismos são baseados em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.

Após Woese (1990) realizar análises de RNA ribossômico, foram estabelecidas relações de ancestralidade entre os grupos, sendo criada uma categoria acima de reino: os domínios. Ficou, então, da seguinte forma:

Domínios -> Reino ->  Filo -> Classe --> Ordem -> Família -> 

Gênero -> Espécie

Segundo estas análises, os procariontes do reino monera não eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo, sendo divididos em dois domínios: Archaea (arqueas – bactérias altamente resistentes) e Eubacteria (bactérias gerais e cianobactérias). Os outros reinos constituídos por células eucariontes são agrupados em um único domínio: Eukarya.

Características principais de cada reino:

Reino Monera: organismo procarionte, unicelular, isolados ou formando colônias, autótrofos (quimiossíntese e fotossíntese) ou heterótrofos (decompositores, parasitas...), aeróbico ou anaeróbico (obrigatório ou facultativo), reprodução sexuada ou assexuada (divisão binária).

Reino Protista: Algas (eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, autótrofos fotossintetizantes, promove a base da cadeia alimentar no ambiente aquático e também ajuda no sequestro de carbono da atmosfera). Protozoários (eucariontes, unicelulares, heterótrofos, classificados quanto ao modo de locomoção, possuindo organismos de vida livre ou parasitas).

Reino Fungi: eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, heterótrofos. Vivem em ambientes abafados com baixa luminosidade. Grande importância na ciclagem de nutrientes e na biotecnologia em geral.

Reino Plantae: eucariontes, pluricelulares, autótrofos fotossintetizantes. Organismos clorofilados com uma grande diversidade de tecidos e separados em 4 grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Reino Animalia: eucariontes, pluricelulares, heterótrofos. Diferenciados em dois grupos gerais quanto a presença ou a ausência de coluna vertebral: vertebrados e invertebrados.

Neste sábado (7) é comemorado o Dia da Independência do Brasil, fato histórico que se deu quando Pedro de Alcântara (Dom Pedro I) proclamou o grito da independência às margens do rio Ipiranga, em 1822 e transformou o país em uma monarquia, na qual foi coroado como o primeiro imperador.

“A Independência do Brasil foi um ponto fora da curva comparado às outras independências na América. Diferente dos movimentos do México, Argentina, Venezuela e Colômbia, que foram com luta armada, a do Brasil não passou de um jogo político baseado em acordos entre D. Pedro I, parte das elites rurais do país e a Inglaterra”, explica o professor de história, Luís Henrique.

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Contudo, a independência não ocorreu do dia para a noite. Os movimentos liberais e separatistas que construíram ideal de uma nação já permeavam o Brasil desde o fim do século XVIII e culminaram com outros no século XIX. As ideias liberais do iluminismo deram pano de fundo para todos esses movimentos. Confira cinco momentos que culminaram na Independência do Brasil:

Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira pregava a independência para o estado de Minas Gerais, por isso, foi o primeiro movimento mais expressivo que trouxe uma ideia de separação política em que se pintou a figura de Tiradentes como um grande herói nacional e baluarte do republicanismo.

Conjuração Baiana

Mesmo que na prática a Conjuração Baiana em 1978 não tenha surtido tantos efeitos, foi uma revolta de caráter mais popular que pregava a separação do Brasil com relação a Portugal.

“A participação de escravos e ex-escravos no movimento não só mostra o caráter popular, mas também revelam, através de uma linha abolicionista, o ataque a um dos pilares da monarquia: a escravidão”, explica Luís.

Chegada da família real ao Brasil

A chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, mudou a dinâmica do cotidiano político brasileiro em muitos aspectos. A quebra do pacto colonial ocasionada pela abertura dos portos às nações amigas dá uma certa autonomia comercial ao Brasil e um crescimento das elites liberais. A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido junto a Portugal e Algarves também contribuiu para a crise do sistema colonial brasileiro e abriu caminhos para o processo de independência.

Revolução Pernambucana

A emblemática Revolução Pernambucana que aconteceu no dia 6 de março de 1817 revelou que o estado não só foi palco e berço para muitas ideias liberais e republicanas, como também foi executor desses pensamentos. Ao declarar a sua independência, Pernambuco se separou do Brasil por 75 dias.

Retorno da família real para Portugal

 O retorno da família real para Portugal como consequência da Revolução Liberal do Porto (1820) também foi fator decisivo para a independência. O retorno da coroa lusa deu um fôlego e o subterfúgio suficiente para as elites brasileiras apoiarem as negociações entre D. Pedro, o rei de Portugal e a Inglaterra.

"A Inglaterra funcionou como uma espécie de patrocinadora, emprestando cerca de 2 milhões de libras para o Brasil comprar sua independência. O dia 7 de setembro de 1822 é a data da declaração assinada entre os países de reconhecimento desse processo", conta o professor Douglas.

A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou, nesta quinta-feira (5,) a lista completa com os nomes dos candidatos aprovados no Vestibular à Distância (EAD) 2019. A matrícula pode ser realizada do dia 15 ao dia 17 de janeiro de 2020 nos polos da instituição, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Para efetuar a matrícula, o candidato deve apresentar duas fotos 3x4 atualizadas e documentos como Certificado de Conclusão do Ensino Médio, Certidão de Nascimento ou de Casamento, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Cédula de Identidade (RG), entre outros, com suas respectivas cópias.

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As provas do vestibular à distância da UPE foram realizadas no dia 4 de agosto. Mais informações podem ser conferidas por meio do edital de matrícula.

 

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