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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira, 30, que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) vai aumentar no ano que vem, mas que tentará minimizar o reajuste. Ele falou em evento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo, no Teatro da PUC, na zona oeste da capital. "O reajuste é uma obrigação legal regulamentada pela Câmara, mas vamos evitar uma majoração que comprometa os moradores. Da receita do IPTU, 60% já estão comprometidos com educação e saúde. A Justiça tributária é aquilo que o cidadão considera razoável", disse.

O prefeito considera o anúncio de investimentos para São Paulo, que será feito hoje pela presidente Dilma Rousseff, um "acordo de paz" da cidade com o governo federal e disse que a falta de projetos de parcerias prejudicou a capital paulista nos últimos anos. "Amanhã (esta quarta-feira), São Paulo vai fazer as pazes com o governo federal, com o anúncio dos primeiros investimentos. São Paulo não apresentou um plano, como fez o Rio, e os investimentos foram adiados inexplicavelmente", disse.

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Haddad, no entanto, negou que a queda nos investimentos esteja relacionada a divergências partidárias. "Não existe destinação de recurso sem projetos, tem de haver o pedido. Há dinheiro do governo federal em empreendimentos do governo estadual, como o Rodoanel e o monotrilho."

Ao falar sobre transporte urbano, o prefeito admitiu que pode testar temporariamente a ampliação do rodízio de veículos, como o Estado adiantou em maio. Com base em estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que mostra que incluir novas vias poderia aliviar os congestionamentos em 20%, Haddad cogitou expandir o rodízio de forma experimental.

"Não estamos seguros se vamos anunciar. Mas São Paulo está num momento em que podemos testar hipóteses, durante um mês, uma semana, e voltar atrás se a medida for inadequada. Não vemos problema em testar." Sobre os protestos ocorridos em junho, que tiveram como mote principal o aumento da tarifa de ônibus na cidade, ele negou que tenha apressado decisões em função da pressão popular. "Não houve guinada, se considerarmos que na eleição o nosso carro-chefe foi o transporte público."

Despreparo

Haddad falou ainda sobre o clima de tensão na cidade durante as manifestações e fez críticas à atuação da Polícia Militar em um dos dias mais tensos do mês passado, quando manifestantes tentaram invadir a Prefeitura. "O prédio da Prefeitura estava ameaçado e a Polícia Militar levou 2 horas para chegar. A cidade vivia um clima de insegurança e as forças policiais pareciam não estar preparadas para enfrentar aquele desafio", disse. "Tivemos perda completa de controle da cidade, perda de comando e, por muito pouco, não perdemos dois prédios históricos (Prefeitura e Theatro Municipal)." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira que a Prefeitura de São Paulo voltará a realizar investimentos durante sua administração. "E São Paulo vai perceber isso na qualidade dos serviços", disse.

De acordo com o prefeito, governar a cidade é um dos "maiores desafios políticos que alguém pode assumir". Ele disse ainda que, devido a essa complexidade, a cidade não costuma servir de trampolim para a carreira política de ninguém. "Todo prefeito de São Paulo envelhece muito rápido. Se você pegar o histórico dos anteriores, você vai ver que a situação não muda muito com ou sem protestos. É uma cidade difícil. Outro dia eu dizia que entendia São Paulo como um cemitério político. Nunca via alguém sair de São Paulo maior", afirmou. Haddad minimizou sua queda nas pesquisas de avaliação, dizendo que não é muito diferente do que ocorreu com outros políticos.

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Haddad participou na tarde desta terça de sabatina realizada pelos sete meses de início do seu governo. O evento foi realizado na Arena Tuca, na zona oeste de São Paulo, e foi organizado pelo jornal Folha de São Paulo e pelo site UOL.

Com dinheiro do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a Prefeitura de São Paulo abriu consulta pública para a construção de nove corredores de ônibus. A Prefeitura contará com uma ajuda federal de, aproximadamente, R$ 1,7 bilhão, que deve ser usada em investimentos no transporte público. O anúncio oficial dos corredores deve ser feito nesta quarta-feira, 31, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), durante visita da presidente Dilma Rousseff à capital paulista.

A verba federal é a maior aposta petista para tentar reverter danos à imagem de Fernando, causados pelos protestos na capital contra o aumento do ônibus, em junho. A maioria das obras já estava prevista no Plano de Metas da atual gestão, mas foi adiantada como resposta à exigência por melhoria da mobilidade urbana da cidade.

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Entre as obras contempladas, estão os corredores nas Avenidas Celso Garcia, na zona leste, e 23 de Maio, na zona sul. Áreas periféricas com pouca oferta de transporte público estão entre as contempladas. Na região do Grajaú, na zona sul, será feito o Corredor Cocaia, que passará pela Avenida Belmira Marin, uma das mais congestionadas do município, entre outras vias que cortam bairros populosos da zona sul. No extremo-leste, o Corredor São Miguel passará pela Avenida Águia de Haia. O início dos editais ocorre simultaneamente à adoção de faixas exclusivas para transporte coletivo nas principais vias da cidade, como Avenida Paulista e as Marginais do Tietê e Pinheiros. A operação foi denominada Dá Licença para o Ônibus.

Em construção

Antes, no fim de abril, o prefeito de São Paulo havia assinado R$ 1,43 bilhão em contratos para a construção de corredores de ônibus na periferia paulistana. Os contratos contemplaram algumas das maiores empreiteiras do País, como a OAS, a Andrade Gutierrez e a Construtora Gomes Lourenço.

Eram licitações que começaram em dezembro, no último mês da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e foram concluídas em abril. Um novo terminal de ônibus para o Jardim Ângela, na zona sul, novos corredores na Radial Leste, entre o Tatuapé e Guaianazes, e faixas exclusivas para coletivos na Avenida Inajar de Souza, na zona norte, estão entre as obras que as empreiteiras devem executar pelos próximos 36 meses.

Na zona leste, para a construção de 17 quilômetros de faixas exclusivas na Radial Leste, a administração municipal terá de desapropriar quadras inteiras em algumas regiões, além de alargar vias e calçadas. Ao todo, o plano do Poder Executivo municipal é entregar 147 km de corredores e 12 terminais de ônibus até junho de 2016.

Nessa primeira etapa do projeto, também são feitos 12,1 km de corredores entre a região da Vila Sônia e o Campo Limpo e a reforma dos 14 km do corredor da Inajar de Souza. Também estão no pacote a construção de um complexo viário de acesso ao futuro terminal do Jardim Ângela, por R$ 154 milhões, e a construção do próprio terminal, em área de 74 mil metros quadrados, por R$ 307,6 milhões.

Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff por mais de duas horas no Palácio do Planalto, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que é preciso dobrar a taxa de investimento da cidade de São Paulo, hoje em R$ 3 bilhões por ano. "Precisamos chegar a pelo menos R$ 6 bilhões por ano, que é o valor da taxa de investimento da cidade do Rio de Janeiro", recomendou.

Segundo o prefeito, o objetivo principal do encontro com Dilma foi apresentar o Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo para 2013 a 2016, com investimentos da ordem R$ 22,9 bilhões. Na próxima semana, segundo o prefeito, haverá um detalhamento do plano para os anos de 2013 e 2014, com foco em habitação, saneamento, educação, saúde e transporte. A Prefeitura de São Paulo quer alinhar o plano local com os financiamentos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos próximos anos na cidade.

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Haddad aproveitou para criticar indiretamente seus antecessores. "Até agora os investimentos dos recursos do PAC foram muito baixos. Há uma defasagem de investimentos desses recursos que vamos tentar recuperar agora", disse. Haddad estima que pelo menos a metade do total dos investimentos seja aplicada nesses primeiros dois anos. Ele disse que o município tem projetos em carteira no total de R$ 31 bilhões.

Indagado se sabia por que os investimentos do PAC não foram feitos anteriormente, ele respondeu: "Não sei porque não foi executado. Só que o investimento do PAC não tem sido expressivo, e estamos olhando para frente".

Ao responder a uma pergunta se ele e a presidente estariam pensando em reeleições ao integrar essas ações, Haddad explicou que, embora o plano de metas da cidade seja até 2016, o horizonte de trabalho é de dez anos. "Questões de Estado não podem ser tratadas para dois anos, tem de ser de dez anos, de longo prazo", disse.

Dívida

Haddad também defendeu a troca do indexador da dívida da prefeitura da cidade com a União. "A diferença entre a solvência e insolvência é a troca do indexador. Com esse indexador, São Paulo é insolvente", disse Haddad.

A troca desse indexador está em discussão no Congresso. O projeto que o governo federal enviou à Câmara prevê que o indexador seja IPCA mais 4% ou a Selic, prevalecendo a que for menor na ocasião do pagamento. Hoje a dívida é corrigida pelo IGP-DI mais 9%.

Segundo o prefeito, essa alteração permitiria que a dívida do município fosse paga integralmente até 2030 e abriria também um espaço para um endividamento da prefeitura da ordem de R$ 10 bilhões.

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta terça-feira que "está encaminhada" a permanência do GP do Brasil de Fórmula 1 no autódromo de Interlagos. Ele descartou a possibilidade de São Paulo perder o direito de abrigar a edição de 2014 da corrida, dois dias depois de Bernie Ecclestone, chefe da categoria, ter dito que a prova poderá sair do calendário de 2014 se não se adequar às exigências da F1.

"Eu já mandei há mais de um mês uma carta (para a Federação Internacional de Automobilismo) me comprometendo com a reforma do autódromo", revelou Haddad, que ainda qualificou as notícias que falam sobre a possibilidade de São Paulo perder o direito de ter o GP do Brasil de "irresponsáveis".

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Haddad se pronunciou sobre o assunto um dia depois de os organizadores da prova paulistana afirmarem não temer o risco de a cidade ser excluída do calendário da F1. Eles se baseiam em um contrato assinado pela Prefeitura de São Paulo e pelo próprio Bernie Ecclestone em 2006, que ampara a organização do evento.

No último fim de semana, quando aconteceu o GP da China, Ecclestone disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o autódromo de Interlagos possui a pior estrutura entre todos da F1 e está longe de cumprir as exigências operacionais da categoria, assim como enfatizou estar cansado de aguardar pelo cumprimento das promessas de melhorias e alertou que, caso não tenha a certeza de que haverá mudanças, a prova será retirada do calendário.

Em 2012, o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, prometeu incluir no orçamento deste ano uma verba de R$ 120 milhões destinada à reestruturação de Interlagos. Porém, o montante acabou não entrando no orçamento, e como o mesmo segue o que foi previsto no ano anterior, não é possível fazer grandes intervenções no autódromo paulistano em 2013.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, informou nesta quinta-feira (11), durante visita ao Itaquerão, que a emissão da segunda remessa de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) para a obra do estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014 será feita até o mês de junho. Ele não revelou o valor, mas a reportagem apurou que será de R$ 68 milhões.

Haddad fez o anúncio logo após confirmar que já foi feita a liberação dos R$ 156 milhões da primeira remessa de CIDs. "A gente acredita que essa liberação vai ajudar na liberação do empréstimo BNDES", disse. De acordo com o prefeito, os CIDs serviriam como um reforço nas garantias oferecidas pela Odebrecht, empresa responsável pela construção do estádio, ao banco repassador do empréstimo do BNDES.

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também presente à visita desta quinta-feira, assim como o governador Geraldo Alckmin, afirmou que a liberação do empréstimo da linha de crédito do BNDES "está marchando para um desfecho favorável". "O estádio do Corinthians será com certeza palco de abertura da Copa", prometeu. Ele também descartou qualquer paralisação da obra.

Outro que mostrou otimismo foi o ex-presidente do Corinthians e atual responsável pela obra do estádio, Andrés Sanchez. Ele garantiu que no último mês as negociações para a liberação do empréstimo do BNDES evoluíram em cerca de 60% e que acredita que nas próximas semanas tudo estará resolvido. "Estamos negociando com vários bancos e tudo caminha para um bom final."

As obras do Itaquerão alcançaram 70% de conclusão e o estádio deverá ser entregue em dezembro deste ano. Antes da visita, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad estiveram em uma cerimônia que marcou o início das obras da alça de acesso que vai ligar a Radial Leste com a Jacu Pêssego.

Garantir mais investimentos e o equilíbrio fiscal para os municípios. É esse o objetivo das 18 propostas apresentadas pela Frente Nacional dos Prefeitos ao Congresso Nacional. A reunião foi realizada nesta quarta-feira (20), numa iniciativa dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que também tiveram um encontro com governadores na semana passada.

Na pauta dos prefeitos, muitas questões também abordadas pelos governadores. O que todos querem é potencializar os investimentos e reduzir as dívidas com a União. Para o presidente da Frente Nacional de Prefeitos, João Coser, uma das necessidades incluir a arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na base de cálculo dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM). “Ampliar a base para a formação do FPM permitirá que os municípios tenham mais arrecadação. Isso será importante especialmente para os estados do Nordeste”, explicou.

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), defendeu o limite de endividamento dos municípios. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também quer a melhoria da situação fiscal das prefeituras. "É preciso rever os juros que estão sendo cobrados aos municípios para o pagamento de dívidas, porque boa parte das receitas está sendo usada para pagamento dessas dívidas, quando poderiam viabilizar mais investimentos de infraestrutura, mobilidade, saneamento, saúde, educação, que estão sob a responsabilidade dos municípios brasileiros", frisou.

O prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), também pediu mais recursos para a saúde. "Mesmo que as prefeituras invistam os 15% das receitas na área, assim como determina a lei, esse montante não dá conta da demanda. Não adianta, por exemplo, implantar UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], se não tiver como custeá-las", frisou.

Outro serviço público entrou na pauta dos prefeitos: transporte. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), defendeu a proposta de desoneração do transporte público e a criação de um novo tributo para subsidiar parte do custo da passagem do transporte público a partir do consumo do álcool e da gasolina. ACMN Neto também tocou nesse assunto. "O transporte coletivo está estrangulado em todas as capitais. Precisamos de investimentos vultosos para melhorar a mobilidade das cidades, mas não podemos fazer isso forçando um aumento nas tarifas", salientou.

A Prefeitura de São Paulo quer importar de Londres o modelo dos novos semáforos inteligentes que promete instalar na cidade. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, está na capital inglesa e visitará também Glasgow, na Escócia, para conhecer detalhes do modelo que quer ver nas ruas da capital paulista.

Tatto disse anteontem, antes de embarcar, que a sinalização da cidade é "burra inteligente ou uma inteligente burra, porque os controladores (semafóricos) não conversam entre si". E é um sistema "conversador" que o secretário foi conhecer.

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O sistema londrino foi adotado na cidade para os Jogos Olímpicos ocorridos no ano passado. O principal interesse pelo modelo de lá é o uso do chamado "protocolo aberto", uma configuração de sistemas que permite o uso de equipamentos de controle de diferentes fornecedores, o que facilita as compras, deixa-as mais baratas e gera mais economia ao longo do tempo, principalmente na manutenção.

Os semáforos inteligentes são considerados por especialistas como "essenciais" para melhorar a fluidez da cidade. Na capital, os controladores semafóricos tidos como inteligentes funcionam cada um em um determinado cruzamento, sem que seja possível uma reprogramação rápida e abrangente, mudando o tempo de parada, por exemplo, em corredores importantes como Consolação-Rebouças-Francisco Morato, que liga o centro à zona oeste.

A proposta é justamente mudar esses controladores para um sistema integrado, em que cada bloco de semáforos esteja conectado a um controlador inteligente, e este ligado a uma central para toda a cidade. Há no Brasil tecnologia para instalar um sistema que detecte o movimento nas vias e, automaticamente, seja capaz de abrir e fechar o sinal daquelas com maior demanda.

Tecnologia. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, Silvio Médici, é possível ir além: instalar dispositivos em viaturas de polícia e ambulâncias que disparem um alerta para a central e abram os semáforos para dar passagem a esses veículos.

"A tecnologia está disponível no Brasil. Não precisa importar, é só investir", afirma Médici. "Se utilizássemos o dinheiro da arrecadação municipal de multas e investíssemos, nós certamente teríamos um sistema de primeiro mundo", critica.

Antonio Clóvis Pinto Ferraz, do Núcleo de Pesquisas do Trânsito do câmpus de São Carlos, da Universidade de São Paulo, é cauteloso sobre os benefícios de um sistema semafórico semelhante ao de Londres. "Visitei algumas capitais europeias e, em Londres, o congestionamento não é muito diferente do de São Paulo. Há lentidão e um número muito grande de veículos nas ruas."

Ele diz que modernizar o sistema de semáforos de São Paulo não será suficiente para diminuir os tempos de espera nos congestionamentos. "Em um primeiro momento, as condições do trânsito vão melhorar, mas isso provocará um aumento gradual do número de veículos", alerta.

O prefeito Fernando Haddad (PT) já prometeu licitação de R$ 100 milhões para trocar equipamentos do centro expandido. No mês passado, após uma tempestade deixar 114 semáforos da cidade apagados - alguns por até cinco dias -, ele chegou a classificar como "sucateada" a estrutura semafórica deixada pela gestão de Gilberto Kassab (PSD). "Estou inconformado com a situação e pedi um relatório de todo o problema. E o que eu constatei, até por fotografias, é que a rede de semáforos da cidade está precária", disse, na época. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Falta de respeito dos motoristas, buracos, ausência de recapeamento, carros parados em fila dupla e veículos em alta velocidade. Esses são alguns dos problemas enfrentados rotineiramente por ciclistas na cidade de São Paulo, segundo levantamento feito pelo Estadão.com.br, que mapeou os pontos perigosos na cidade. Além disso, há falhas de sinalização em ciclovias.

As informações foram enviadas na última semana por leitores que costumam andar de bicicleta na capital. A lista foi enviada ao Comando de Policiamento do Trânsito (CPTran) da Polícia Militar, que solicitou os dados para fazer fiscalizações.

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Os problemas apurados estão presentes em todas as regiões da capital, e incluem até vias que já têm medidas públicas que visam à melhor circulação das bicicletas, como ciclofaixas e ciclorrotas (trajetos partilhados por bikes e veículos automotores).

Um dos depoimentos é do garçom Tiago Cabral, de 27 anos. Ele mora no Imirim, na zona norte, e usa sua bicicleta para ir trabalhar todos os dias. No caminho, passa pela Avenida Engenheiro Caetano Álvares, que corta bairros como Limão e Casa Verde. "Nos horários de pico, não dá nem para passar pela avenida, o trânsito é muito grande."

Cabral diz que, para ciclistas, a Marginal do Tietê, é "um risco de vida". "Já sofri acidente e fui atropelado. E por isso nunca mais fui lá." O carro que o atingiu entrou sem dar a seta e o derrubou, provocando luxação nos ombros e no joelho. "Graças a Deus não aconteceu mais nada de grave."

Há dois anos, o garagista Aguinaldo Santana, de 40 anos, usa a bike como meio de transporte de casa para o trabalho e passa pela ciclovia da Avenida Sumaré, na zona oeste. "Onde não tem ciclovia você tem de acabar no trânsito livre e se torna um alvo mais fácil. A sorte é aliada e é preciso estar sempre alerta."

A saída aprontada pela Prefeitura para ampliar a segurança dos ciclistas na capital passa pela construção de ciclovias - 150 quilômetros - até o fim de 2016, segundo promessa da gestão Fernando Haddad (PT).

As vias exclusivas, segundo a Prefeitura, estão sendo desenhadas para passar nos principais corredores viários da cidade. São as vias que vão abrigar os corredores de ônibus prometidos por Haddad para desafogar o trânsito de São Paulo.

Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, os corredores serão obras "de parede a parede". Ou seja: os trabalhos vão reformar as calçadas, enterrar a fiação aérea, recapear as vias, instalar asfalto de concreto nas faixas dos ônibus e criar ciclovias, que podem ser ao lado da calçada ou no canteiro central. Os primeiros 80 km de corredores devem entrar em obras ainda neste ano, diz Tatto. Serão nas Avenidas 23 de Maio, dos Bandeirantes e Celso Garcia - além da Radial Leste.

Outra promessa ligando ônibus e bicicletas é que, nos terminais e pontos de parada, haverá locais de locação para as bikes, cujo pagamento poderá ser feito com bilhete único. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), liberou nesta sexta-feira R$ 84,6 milhões para serviços de coleta de lixo. A medida visa a reduzir riscos de enchentes com ações emergenciais em favelas, beiras de córregos e ocupações ilegais, onde desde esta sexta-feira equipes das concessionárias Loga e Ecourbis trabalham para retirar o lixo acumulado.

Com a liberação, Haddad conclui a concessão de reajuste nos contratos do lixo retroativo a 2009, apontado como necessário em estudo de 2012 da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A não concessão do aumento foi um dos argumentos das empresas para não ampliar a coleta seletiva e a instalação de contêineres na periferia.

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No dia 28, o governo anterior e a equipe de transição decidiram adiantar R$ 117,4 milhões à Loga. Nesta sexta-feira, a Ecourbis recebeu R$ 84,6 milhões. Os recursos também pagam investimentos feitos nos últimos anos pelas duas concessionárias, como a renovação da frota e o aumento de pontos de coleta de resíduos hospitalares - os pontos em unidades de saúde saltaram de 4 mil em 2004 para 13 mil no ano passado e cada concessionária adquiriu 20 novos caminhões.

Os donos da Loga e da Ecourbis se reuniram na quarta-feira com o secretário de Serviços, Simão Pedro, que pediu uma lista de medidas emergenciais que as empresas avaliam como necessárias para a cidade ficar mais limpa. O reequilíbrio dos contratos deu novo fôlego financeiro às concessionárias do lixo às vésperas das chuvas de verão, na avaliação de técnicos. Nesta sexta-feira, as empresas já colocaram funcionários para retirar lixo de favelas das zonas norte e leste.

O governo também cobrou das empresas melhora da coleta de regiões comerciais do centro e nos bairros e a ampliação da coleta seletiva, que hoje atinge apenas 1% das 17 mil toneladas de resíduos retirados da capital todos os dias. O secretário de Serviços pediu às empresas instalação imediata de contêineres em áreas do comércio popular do Bom Retiro, Brás, Pari, Santa Ifigênia e 25 de Março para facilitar o recolhimento do lixo que tem entupido os bueiros.

O prefeito tem mobilizado sua equipe de secretários para cobrar mais empenho das empresas de limpeza e varrição, além de fiscalizar os serviços com maior rigor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que com a renegociação da dívida do município com a União, de 20% a 30% das necessidades de investimentos da capital paulista seriam retomadas. Segundo Haddad, só com a União, o débito chega a R$ 50 bilhões, o que o levou a defender uma repactuação da dívida e a negociação diretamente com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Já tivemos algumas reuniões e ainda esta semana teremos um novo encontro, só aguardo um telefonema, pois (Mantega) me assegurou que irá me receber antes das férias", disse Haddad, na noite desta terça-feira, após deixar a Prefeitura.

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Haddad citou, sem dar números, que o investimento de São Paulo per capita é a metade do feito no Rio de Janeiro. "Como isso é possível? Há uma percepção clara da presidenta (Dilma Rousseff) e do ministro (Mantega) que a situação se tornou insustentável", disse o prefeito, repetindo o termo utilizado em seu discurso para classificar a dívida da Prefeitura. "No caso dos Estados, a situação é grave e no de São Paulo é gravíssima, incomum", completou.

Mesmo sem a repactuação, Haddad afirmou que irá começar o seu governo com os recursos orçamentários de custeio, o suficiente para um mês, e com as parcerias dos governos estadual e federal. "Não temos recursos para o que foi divulgado na campanha, mas já havíamos dito que vamos buscar os recursos que são de São Paulo, tanto do governo federal, quanto do estadual", concluiu.

A proposta do prefeito eleito Fernando Haddad (PT) de flexibilizar a inspeção veicular na Capital deve encontrar resistência da bancada de oposição na Câmara Municipal. A ideia de que apenas veículos com mais de cinco anos passe pela inspeção a cada dois anos foi considerada pelo vereador Andrea Matarazzo (PSDB) como uma medida para eliminar a inspeção. "Essa medida praticamente elimina a inspeção veicular, o que nós defendemos é aquilo que foi assumido na campanha, que é manter a inspeção veicular sem a cobrança da taxa", afirmou o tucano, durante cerimônia de posse realizada hoje.

Para o vereador Gilberto Natalini (PV), a flexibilização da inspeção veicular é um "erro gravíssimo", uma vez que coloca em risco centenas de vida na cidade, por conta da poluição que os carros geram. Segundo ele, essa proposta de Haddad só teria ocorrido após o novo prefeito perceber que não teria condições do executivo municipal bancar a isenção da taxa, conforme ele prometeu em campanha. "O Haddad prometeu a isenção da taxa, mas quando viu o custo disso, percebeu que a Prefeitura não teria dinheiro, aí decidiu flexibilizar a inspeção, o que acho muito errado."

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Na mesma linha, o líder da bancada do PSDB na Câmara, vereador Floriano Pesaro, também se mostrou contrário à flexibilização sugerida por Haddad, mas preferiu, neste momento, adotar um tom de cautela. "A princípio, somos contra, mas vamos estudar a proposta porque até o momento só ficamos sabendo dela através da imprensa. É preciso saber exatamente o que vai se fazer com a inspeção veicular na cidade", disse o tucano, ponderando que é a favor da inspeção veicular anual.

O representante da bancada do PT, Arselino Tatto, disse que o partido defende aquilo que foi proposto no programa de governo de Haddad, que é o fim da taxa de cobrança da inspeção. "Existem algumas nuances que vamos discutir, mas a ideia central da proposta nós vamos defender."

O novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou, em seu discurso de posse, que a dívida do município é "insustentável" e que, apesar do orçamento bilionário, a cidade perdeu a capacidade de investimento. "Não há condições de levar para frente sem repactuar (a dívida)", disse Haddad, cobrando ações junto ao Congresso Nacional e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que essa repactuação seja estendida a Estados e municípios.

"A dívida é de 200% da arrecadação (de R$ 40 bilhões), o que compromete a capacidade de investimento. Não bastará apenas a troca do indexador da dívida, temos de buscar as parcerias necessárias com os governos federal e estadual, no âmbito das Parcerias Público-Privadas (PPPs), com empreendedores, para recuperar os investimentos", afirmou Haddad.

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Falando ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), Haddad, que concorreu e venceu sua primeira eleição, pregou um pacto federativo, com a mudança de postura da própria classe política em relação a ela mesma. Ainda para o governador, Haddad afirmou: "Não posso, não devo, não farei e não recusarei um único centavo do governo do Estado, do governo federal que é de direito do cidadão paulistano, independentemente de partido." E continuou: "Quero dar as mãos ao senhor para trazer os benefícios que o povo de São Paulo tanto merece e anseia".

Antes do discurso de pouco mais de 20 minutos, ainda na transmissão de cargo, Haddad recusou a caneta oferecida por Kassab e preferiu utilizar a sua própria. Apesar de citar a dívida da cidade, no pronunciamento, Haddad elegeu como prioridade o enfrentamento da miséria extrema.

"Não é possível viver com tanta desigualdade, mazelas, com crianças brincando em esgoto à céu aberto e trabalhadores desamparados. Existe ainda muita miséria na cidade de São Paulo", afirmou o prefeito, que pediu uma "busca ativa" para identificar as pessoas que precisam de ajuda. "O programa federal Brasil sem Miséria pode dar o primeiro resultado pleno aqui. Temos de perseverar nesse caminho", completou.

Haddad citou ainda a necessidade de um amplo programa habitacional aliado à ações ambientais, de mobilidade e, novamente, com parceria entre os governos municipal, federal e estadual. E pediu uma ampla reforma para repensar o desenvolvimento da cidade, pedindo o apoio da Câmara Municipal, nas alterações necessárias do Plano Diretor. "O maior legado da Câmara é o conjunto de normas que apontem a visão de longo prazo, pois a maneira como a cidade se desenvolveu nos últimos 80 anos está ultrapassada", concluiu.

Dentre os presentes na transmissão de cargo de Kassab para Haddad estavam o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão. A principal ausência foi a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em sua despedida da Prefeitura de São Paulo, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD)disse na tarde desta terça-feira que deixa o cargo com a sensação de dever cumprido e "com a cabeça erguida." Citando o poeta Mário Quintana, Kassab disse que agora vai alçar novos voos em sua carreira política. "Vou cantar em outra freguesia", afirmou, com a voz embargada.

Em um discurso de aproximadamente 15 minutos, Kassab disse que passou os últimos dias entregando obras e que neste momento começa a sentir o vazio ao deixar o posto. Ele ainda deu conselhos para o novo prefeito Fernando Haddad (PT) e recomendou uma atenção especial às finanças municipais, mencionando diretamente a dívida da Prefeitura com o governo federal. "A dívida com a União é impagável. É preciso concluir essas negociações (com o governo Dilma Rousseff). É um combate necessário e urgente", ressaltou.

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Ao fazer um balanço de seus sete anos à frente da Prefeitura, Kassab falou de suas realizações nas áreas de transporte, educação, habitação e assistência social. "Até nos últimos momentos, nos preocupamos com o transporte dos paulistanos", exemplificou o ex-prefeito.

Ao final de seu discurso, Kassab desejou sorte ao sucessor e lembrou que apesar de todo o trabalho que realizou no executivo municipal, por ser uma metrópole, São Paulo sempre terá demandas a serem atendidas. "São Paulo é assim: você resolve um problema aqui e aparecem dois ali", finalizou.

A Prefeitura transmitiu a cerimônia ao vivo, por meio de um telão colocado em frente à sede do executivo municipal.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, em seu discurso na transmissão de cargo do prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que os interesses da cidade estão acima dos interesses partidários, numa referência à disputa entre os partidos de ambos. "Você poderá sempre contar com o apoio do governo do Estado naquilo que for de competência e interesse de São Paulo. Interesses de São Paulo que não conhecem e estão acima dos interesses de partidos", disse Alckmin.

Alckmin afirmou que o desafio dos prefeitos paulistas é "ultrapassar as dificuldades que atingem a qualidade de vida da população" e citou o empenho do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Governar a cidade de São Paulo é um enorme desafio, é por isso que é tão estimulante", completou Alckmin, antes de citar números que mostram o tamanho do município, o qual responde por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 28% da produção científica do Brasil.

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O vereador eleito Andrea Matarazzo (PSDB) disse o grande desafio para a Câmara Municipal de São Paulo é a elaboração do Plano Diretor da cidade. Pouco antes da cerimônia de posse dos 55 vereadores eleitos, e também do prefeito eleito Fernando Haddad (PT), Matarazzo afirmou que pretende usar sua experiência nos Executivos federal, estadual e municipal para participar da discussão e da elaboração do Plano Diretor. "Esse é o grande desafio da cidade", disse.

Matarazzo também citou outros temas importantes para o Legislativo municipal, como a regularização fundiária e a modernização de itens da legislação municipal vigente. Sobre a atuação do PSDB, que fará oposição a Haddad, o vereador eleito espera que o "prefeito não se recuse a ouvir propostas para a cidade de São Paulo".

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tomou posse há pouco em sessão solene na Câmara dos Vereadores, pregando um trabalho conjunto com o Legislativo, em prol dos projetos prioritários para o desenvolvimento da cidade e redução das desigualdades sociais. A sessão foi presidida pelo vereador Gilson Barreto (PSDB), que é o mais antigo dentre os 55 eleitos.

Em rápido discurso, Haddad adotou um tom conciliatório em relação aos vereadores eleitos. "Por ser da academia, acredito na República e na democracia e não há república e nem democracia sem um Legislativo forte", frisou. Haddad afirmou também que as portas de todas as secretarias e subprefeituras estarão abertas para os vereadores, com a finalidade de discutirem as soluções para os problemas de São Paulo. "Tenho grande respeito e consideração pelo Legislativo, não sou daqueles que encaram o Legislativo como uma barreira."

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Tomaram posse também os 54 vereadores eleitos em outubro do ano passado, sendo dois suplentes e a vice-prefeita Nádia Campeão (PCdoB). O vereador eleito Toninho Paiva (PR) não compareceu à cerimônia por motivos de saúde e, assim, não foi empossado.

Dentre os presentes, estavam o ex-ministro Orlando Silva e deputados federais e estaduais. Após a cerimônia solene na Câmara dos Vereadores, Haddad e Nádia Campeão seguiram para a cerimônia de transferência de cargo na Prefeitura de São Paulo.

Atendimento no "atacado". É o que promete o prefeito Fernando Haddad (PT) quando o assunto é a Câmara. Nos próximos quatro anos, o petista quer evitar conversas, cobranças e até apoios individuais. A meta é negociar a aprovação de projetos de lei diretamente com os líderes das bancadas partidárias. Hoje, além do prefeito, tomam posse os 55 parlamentares eleitos em outubro - que apostam que nada muda no trato com o Executivo.

A mudança, segundo Haddad, é inédita e visa a acabar com o "toma lá, dá cá". Na última década, muitas vezes o interesse de um único vereador barrava a votação de projetos. O prefeito não quer ficar refém de parlamentares que atuam isoladamente em defesa de igrejas ou de empresas do mercado imobiliário, como ocorreu nas gestões Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD).

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Em fevereiro de 2010, só para citar um caso, o então vereador e hoje deputado federal pastor José Olimpio (PP) conseguiu apoio de colegas evangélicos para barrar um projeto da Prefeitura que dava isenção de Imposto sobre Serviços (ISS) para empresas ligadas à área da cultura. Seu objetivo era pressionar Kassab a conceder alvará para um templo da Igreja Mundial no Brás, considerado ilegal pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Depois de conseguir derrubar quatro sessões seguidas na Câmara, com o apoio do então bloco político chamado "centrão", Olimpio conseguiu o que queria: do próprio punho, Kassab fez uma autorização para a reabertura do templo e a isenção de ISS para a cultura acabou votada na semana seguinte.

Para assegurar maioria e evitar situações como essa, Haddad conta com a experiência do deputado estadual João Antonio (PT), seu atual secretário de Relações Governamentais. Ex-vereador, ele terá a missão de agregar parlamentares para a base do prefeito. O objetivo é assegurar a aprovação de propostas que exigem três quintos dos votos, como o Plano Diretor.

Além dos 11 vereadores do partido, o novo prefeito já tem o apoio declarado dos eleitos por PMDB, PTB, PC do B, PP e PSB. Indiretamente, a lista aumenta com os parlamentares do PV e do PR. Mesmo derrotado nas urnas, o partido de Kassab não deve impor dificuldades à administração. Mas com oito representantes pode inverter a balança pró ou contra Haddad. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereador reeleito com 50.698 votos, o cantor Netinho de Paula (PCdoB) deve ser indicado pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para comandar a nova Secretaria de Igualdade Racial. O cargo faz parte da cota reservada aos comunistas, que também brigam com o PMDB para ficar com a pasta de Esportes, cuja tarefa será organizar a Copa do Mundo de 2014.

O PCdoB compôs a chapa vitoriosa do PT com a vice-prefeita eleita, Nádia Campeão, cotada para a Secretaria de Esportes e a articulação da Copa em Itaquera, na zona leste da capital.

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A indicação de Netinho também tenta amenizar a "mágoa" do vereador com a falta de apoio do PT à sua campanha pela reeleição à Câmara Municipal.

Na avaliação do cantor, sua baixa votação ocorreu porque não foi cumprido o acordo feito com os petistas em julho - quando foi definida a coligação com os comunistas - para a valorização da campanha de Netinho. Os petistas teriam priorizado a candidatura de Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro do Esporte, que não se elegeu. No segundo turno, Netinho, chateado, não pediu votos para Haddad. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O prefeito eleito Fernando Haddad (PT) vai manter os trabalhos técnicos da Prefeitura em tudo o que se referir à ação contra o deputado Paulo Maluf (PP-SP) em Jersey, e insistirá para reaver o dinheiro, mas politicamente o fará com discrição para não melindrar o aliado e nem seu partido, o PP, que o ajudaram a se eleger em outubro. Nenhuma atitude simbólica deve ser tomada em função da repatriação dos recursos referentes à condenação judicial do deputado.

Haddad, que tem dito reiteradas vezes que fará um governo de coalizão, deve instalar o PP na Secretaria de Habitação de sua futura gestão. Publicamente, a equipe de transição petista informa que a negociação com o partido é feita com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), mas Maluf participa dela e da indicação dos nomes que os pepistas oferecem a Haddad.

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O atual secretário informou também que a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) estuda acionar judicialmente por danos morais a instituição financeira que repassou o dinheiro a Jersey. Segundo ele, caberá à administração Haddad decidir se pedirá um valor específico ou se deixará que a Justiça o arbitre.

"Houve um banco estrangeiro que fez a transferência dessa moeda escusa para Jersey. Ele precisa responder pelo ato dele também", sustentou Lembo.

O secretário afirmou que, embora tenha tido acesso apenas a extratos da sentença final, ela lhe pareceu "rigorosa" e "muito clara e precisa sobre o andamento do dinheiro do Brasil para lá". Segundo Lembo, não há prazo para que o dinheiro retorne aos cofres da Prefeitura. "Não se esqueça de que essa ação durou muitos anos", asseverou ele.

Procurada ontem pela reportagem, a equipe de transição não quis se pronunciar sobre a condenação de Maluf e nem sobre como pretende atuar no processo.

"Pode ser contra quem for. Isso é obrigação constitucional. Não é uma decisão que possa ser tomada pelo prefeito. Não é decisão livre do prefeito. Ele está vinculado legalmente pelo ordenamento jurídico. E eu jamais deixaria de cumprir a lei", disse.

Contudo, a iniciativa deverá ser tomada pela atual gestão, o que livraria o petista desse ônus político para com Maluf, que ao se coligar com o PT proporcionou para um Haddad até então desconhecido, e com 3% de intenção de votos nas pesquisas, precioso 1min30seg de tempo de televisão no horário eleitoral.

Desgaste

Selada nos jardins da mansão do pepista em São Paulo, tendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como fiador, a aliança entre Maluf e Haddad resultou em desgaste para o petista. De cara, perdeu a então candidata a vice, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que abandonou a disputa alegando que não poderia estar no mesmo palanque de Maluf. Durante toda a eleição teve de responder sobre a incômoda presença do aliado - inclusive em debates na TV -, mesmo tendo o deputado se distanciado da campanha.

Agora, arca com o ônus da presença do PP no secretariado em meio à pendenga de Jersey.As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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